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ORÇAMENTO PÚBLICO BÁSICO PARA

SERVIDORES DO CBMMG

ABEL MOURA FONSECA

BELO HORIZONTE-MG

2012

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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ABEL MOURA FONSECA

ORÇAMENTO PÚBLICO BÁSICO PARA SERVIDORES DO

CBMMG

1° edição

Belo Horizonte Abel Moura da Fonseca

2012

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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EMBORA CONTENHA FORTE FUNDAMENTO NORMATIVO, ESTE LIVRO DIGITAL NÃO REPRESENTA O POSICIONAMENTO INSTITUCIONAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS-CBMMG, ENQUANTO NÃO APROVADO POR NORMA INTERNA DA CORPORAÇÃO. A PRESENTE OBRA POSSUI CARATER DIDÁTICO, SENDO FONTE DE PESQUISA E APRENDIZADO AOS INICIANTES NA ÁREA DE GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DA INSTITUIÇÃO.

Livro digital, em formato pdf, gratuito e disponível para download em sites de publicação eletrônica. Este livro digital pode ser solicitado no e-mail: [email protected]

Respeitada a autoria em citações, é permitida a impressão, reprodução total ou parcial da obra, em especial, aos servidores do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais – CBMMG.

ISBN 978-85-915768-0-7

Fonseca, Abel Moura Orçamento público básico para servidores do CBMMG/ Abel Moura Fonseca- Belo Horizonte, 2012. 110p. ISBN 978-85-915768-0-7

1. 1. Orçamento público 2. Finanças públicas. 3. Despesa pública. 4.Militar

CDD 350

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Na complexidade dos infindáveis procedimentos burocráticos da

administração pública brasileira, seus servidores não podem esquivar-se

da pesquisa doutrinária e normativa constante, pois palpiteiros e falaciosos

não assinam termo de responsabilidade.

Abel Moura Fonseca

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SUMÁRIO

I Introdução à gestão orçamentária e conceitos dentro do orçamento público ..08

II As leis de orçamento e a elaboração da proposta orçamentária ..............12

III O Processo de despesa pública no CBMMG ....................................................15

IV Funcional programática no CBMMG segundo as Normas de Execução de

Recursos Orçamentários- NERO ..........................................................................21

V Fontes de Recursos do CBMMG e suas aplicações e origens ..................29

VI Fluxograma orçamentário do CBMMG, competências gerenciais e Norma

de Execução de Recursos Orçamentários - NERO ..............................................30

VII A Seção de Orçamento e Finanças- SOFI e os Agentes de Atividade/Projeto

na Unidade Executora do CBMMG........................................................................47

VIII Das responsabilidades dos agentes e autoridades públicas na gestão

financeira e orçamentária .....................................................................................65

Glossário elementar ............................................................................................85

Anexos .................................................................................................................95

Referência Bibliográfica ....................................................................................107

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SIGLAS PRINCIPAIS DA OBRA *

AAS : Assessoria de Assistência à Saúde

ABM: Academia de Bombeiro Militar

B/4: Designação genérica do setor, dentro da Unidade Executora Batalhão,

responsável pela gestão logística e orçamentária não relativa a pessoal

CBMMG : Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

CPARM : Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material

CSM : Centro de Suprimento e Manutenção

DAI : Diretoria de Assuntos Institucionais

DAL : Diretoria de Apoio Logístico

DCF : Diretoria de Contabilidade e Finanças

DD/QOD : Detalhamento e Desdobramento do Quadro de Organização e

Distribuição

DRH : Diretoria de Recursos Humanos

DTS : Diretoria de Tecnologia e Sistemas

EMBM: Estado Maior Bombeiro Militar

N-AFCA/BM : Normas de Administração Financeira Contabilidade de Auditoria do

CBMMG

NERO-BM: Normas de Execução dos Recursos Orçamentários do CBMMG

SEPLAG: Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais

SIAFI: Sistema Integrado de Administração Financeira

SOFI: Seção de Orçamento e Finanças ( setor dentro do organograma da Unidade

Executora)

UE : Unidade Executora

USDO: Unidade setorial descentralizadora orçamentária

* Há glossário de termos conceituados ao final da obra

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NOTA DO AUTOR

O presente trabalho fundamenta-se em previsões legais e na experiência do autor

como professor de Gestão orçamentária e financeira aos Cursos de Formação de

Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG, de

Formação de Sargentos, curso de Aperfeiçoamento de Sargentos. Quanto à

fundamentação acadêmica, o presente trabalho de cunho técnico de revisão

bibliográfica e normativa, advêm da constatação, em nível científico, de que existe

uma lacuna considerável entre ensino/formação e prática dos profissionais das

Unidades Executoras do CBMMG que desempenham funções da área

orçamentária e controle patrimonial. Tal fato exorta o autor a buscar iniciativas

para minimizar o problema.

Alerto que não se trata de um trabalho técnico acabado, mas sim o início de uma

política de produção de conhecimento voltada para o ensino de gestão

orçamentária a iniciantes nesta área e que contenha elementos de cunho prático

e acadêmico servindo como fonte de consulta técnica, normativa e bibliográfica.

A presente obra não representa a doutrina institucional do Corpo de Bombeiros

Militar de Minas Gerais, enquanto não aprovada por norma interna da corporação.

Abel Moura Fonseca * Ações de gestão para o interesse público

(*) Especialista em Gestão Pública pela Escola de Governo- Fundação João Pinheiro

Graduado, em 2005, no Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar de Minas Gerais Experiência profissional em gestão logística e de compras públicas

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CAPÍTULO I

Introdução à gestão orçamentária e conceitos dentro do orçamento público

Caros profissionais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG,

para iniciar a presente obra, trabalharemos alguns conceitos sobre o orçamento

dentro da esfera pública e entender como se processa, de forma elementar, o

orçamento dentro de todo o complexo sistema de controle e de execução

orçamentária do Estado.

Preliminarmente, cabe diferenciar a temática de aplicação de recursos financeiros

do setor público em relação ao âmbito das entidades privadas e dos entes

particulares. Para o a execução da despesa pública, é necessário um aporte de

procedimentos administrativos de planejamento, obediência a requisitos legais e

controle contábil constante que pressupõem a participação legislativa, do poder

executivo acompanhada por uma de rigorosa classificação do orçamento público.

De modo sintético, pode-se dizer que o gasto de recursos financeiros por parte da

iniciativa privada ou pelo particular inicia-se pela simples e livre vontade dos

mesmos, enquanto os recursos financeiros públicos exigem, necessariamente, um

complexo rito de controle e de procedimentos legalmente constituídos em função

da busca de eficiência e aplicação justa no alcance de seus objetivos finalísticos.

O orçamento funciona como um instrumento de planejamento, gestão de negócios

do Estado concebido inicialmente como um mecanismo de controle político dos

órgãos públicos.

O orçamento pode ser constituído de um relatório, uma estimativa e uma proposta

que garantam a criação de renda e disposição dos créditos do tesouro público

fazendo com que as ações de Governo não sejam isoladas e sim parte de um

programa abrangente. O Orçamento público é um documento de previsão de

receitas e estimativa de despesas a serem realizadas em determinado período de

tempo, no Brasil o período é de 01 de janeiro a 31 de dezembro sendo este

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período chamado de exercício financeiro. Giacomoni (2009) cita o conceito de

Manvel (1944) para o orçamento como:

um plano que expressa em termos de dinheiro, para um período de tempo definido, o programa de operações do

governo e os meios de financiamento desse programa. (GIACOMONI, 2009, p. 58)

O orçamento público decorre do aumento constante da atuação do Estado na

sociedade em função do crescimento das despesas com o surgimento das

funções administrativas e de segurança, das crescentes demandas por maior

bem estar social ( saúde, educação, habitação, transporte etc) e a maior

intervenção direta e indireta dos governos no processo de produção e ajuste

econômico.

Nesta ótica, os fatores geradores de despesa do Estado revelam atribuições

econômicas específicas do ente público ao qual, segundo Giacomoni (2009),

citamos as seguintes funções econômicas do Estado:

Função Alocativa:

Promove os ajustamentos na alocação de recursos, ou seja, investir os recursos

em prol das demandas, preferencialmente coletivas. Essencial nos casos em que

não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo de ação dos entes

privados (sistemas de mercado, empresariado ou entidades que objetivam lucro).

Os investimentos na infra-estrutura ( transportes, produção de energia,

comunicações etc) e a provisão de bens públicos que promovem o

desenvolvimento coletivo.

Função Distributiva:

Promover os ajustamentos na distribuição de renda da população. O orçamento,

assim como na função Alocativa, é o principal instrumento para a viabilização das

políticas públicas de distribuição de renda através dos tributos progressivos para

cobrir subsídios aos programas de alimentação, transporte e moradias populares

etc.

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Função Estabilizadora:

Manter a estabilidade econômica do país. A política fiscal, materializada pelo

orçamento público, possui quatro objetivos macroeconômicos:

a) manutenção de elevado nível de emprego,

b) estabilidade nos níveis de preços,

c) equilíbrio no balanço de pagamentos ( de modo simples: o país exportar

mais produtos que importar ) e

d) razoável taxa de crescimento econômico.

Para o estudo dos aspectos do processo orçamentário, apresenta-se, segundo

Giacomoni (2009), alguns dos Princípios do Orçamento considerados importantes,

porém não são seguidos à risca por muitos governos. São eles:

Princípio da Unidade:

Na expressão mais simples desse princípio, o orçamento deve ser uno, isto é,

cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. A unidade

orçamentária neste caso, tende a reunir em um único total, todas as receitas do

Estado, de um lado, e todas as despesas de outro lado.

Princípio da Universalidade:

O orçamento agrega todas as receitas e despesas dos Poderes, fundos, entidades

diretas ou indiretas. A Lei Orçamentária deve incorporar todas as receitas e

despesas, ou seja, nenhuma instituição pública deve ficar fora do orçamento.

Princípio do Orçamento Bruto:

Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em

seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução.

Princípio da Anualidade:

O orçamento cobre um período limitado de um ano. No Brasil, este período

corresponde ao exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. Estabelece um período

limitado no tempo para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o

orçamento dever compreender o período de um exercício, que corresponde ao

ano fiscal.

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Princípio da não Afetação das Receitas:

É vedada a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto as

transferências constitucionais, para manutenção e desenvolvimento do ensino,

saúde, Fundo de Participação de Municípios etc.

Princípio da Discriminação ou Especialização:

As receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira

discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos

recursos e sua aplicação.

Princípio da Exclusividade:

A lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo-se dela

qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para

o próximo exercício.

Princípio do Equilíbrio:

As despesas autorizadas no Orçamento devem ser sempre iguais às Receitas

Previstas (se possível). Não pode haver um desequilíbrio acentuado nos gastos.

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CAPÍTULO II

As leis de orçamento e a elaboração da proposta orçamentária

O Plano Mineiro De Desenvolvimento Integrado – PMDI é o plano que estabelece

as linhas gerais a serem seguidas pelo governo, constituindo um planejamento de

longo prazo. Em Minas Gerais, o PMDI, de previsão constitucional, procura

conduzir o Estado a um parâmetro de situação desejada, embora a Constituição

Estadual não defina o período do PMDI, hoje, o atual PMDI abrange o período de

2011 a 2030 compreendendo 20 anos ao qual pode-se passar por revisões.

Lei do Plano Plurianual - PPA: Em Minas Gerais, o PPA possui o nome de

PPAG ( Plano Plurianual de Ação Governamental) cujo período é de quatro anos.

De acordo com o art. 165 da Constituição Federal, a lei que institui o PPA ( Plano

Plurianual ) estabelece que este seja:

a) De forma regionalizada;

b) As diretrizes, objetivos e metas da administração pública;

c) Para as despesas de capital e outras delas decorrentes e

d) Para os programas de duração continuada.

Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO: é uma inovação no sistema

orçamentário brasileiro, a LDO representa uma colaboração positiva no esforço de

tornar o processo orçamentário mais transparente ( acessível ao conhecimento da

população) e, especialmente, contribui para ampliar a participação do Poder

Legislativo ( Assembléia legislativa ou Câmara municipal com a atuação dos

Deputados/Vereadores) no disciplinamento das finanças públicas. A LDO

compreende as metas e prioridades da administração pública estadual e

estabelece diretrizes para a elaboração do orçamento.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá também:

a) Alterações na legislação tributária;

b)Política de aplicação das agências oficiais de fomento.

c) Limites para elaboração das propostas orçamentárias do Poder Judiciário e do

Ministério Público.

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Lei Orçamentária Anual - LOA: a lei orçamentária deve acompanhar-se de um

demonstrativo que especifique as ações governamentais, servindo como

instrumento do poder Legislativo. A LOA deve conter no mínimo:

a) Objetivos e metas;

b) Fontes de recursos

c) Natureza da despesa

d) Identificação dos investimentos por região do Estado.

De acordo com a autorização legislativa, os decretos, com atos do poder

executivo, promovem os ajustes do orçamento que compreendem as

suplementações de crédito entre órgãos do Estado.

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG, por meio de resolução,

emite anualmente as Normas de Execução dos Recursos Orçamentários –

NERO, para um determinado exercício financeiro, definindo as diretrizes para

sua execução orçamentária dentro da Corporação, cuja vigência anual sofre, de

modo geral, modificações no exercício financeiro seguinte. Até que a nova NERO-

BM seja editada e publicada, a NERO do exercício anterior possuirá validade

quanto aos itens não revogados. As NERO-BM, de forma geral, preconizam que a

execução financeira do orçamento público compreenderá o consignado na Lei do

orçamento, quanto a receita e despesa, acrescido, quanto a esta, do que for

dotado por crédito adicional ou destacado para a Corporação.

A execução financeira do orçamento será adstrita ao exercício financeiro

determinado por lei. A receita e a despesa públicas obedecerão à classificação

que a lei determinar.

O exercício financeiro coincide com o ano civil (do dia 01 de janeiro a 31 de

dezembro) e a ele pertencem:

I - as receitas nele arrecadadas;

II - as despesas nele empenhadas;

III - as demais receitas e despesas que, por força de lei, assim devam ser

consideradas.

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Publicados a lei orçamentária e os decretos de abertura de créditos

adicionais, fica o Corpo de Bombeiros Militar, desde logo, habilitado a tomar as

providências cabíveis para o desempenho de suas tarefas.

O Corpo de Bombeiros Militar, assim como os demais órgãos do Estado, somente

realizará receita que a lei especificamente determinar.

A necessidade do controle do gasto público com atos do executivo

regulamentando os procedimentos execução orçamentária e patrimonial é

ocasionada para evitar as práticas de cunho patrimonialista e desvios de conduta

de alguns servidores ou particulares com relação com o ente estatal. O Controle

Social quanto aos seus preceitos de transparência pública e accountability (

práticas administrativas de gestão pública voltadas para prestação de contas,

eficiência e responsabilização dos agentes públicos) e a nova postura do Estado

frente à sociedade é uma pratica que é enfatizada por diversos autores de obras a

respeito de gestão púbica contemporânea.

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CAPÍTULO III

O Processo de despesa pública no CBMMG

A impessoalidade na Administração pública requer que haja registros formais de

todos os atos e decisões de seus agentes, através de processos formais. Os

agentes públicos não são permanentes em suas funções, ao serem sucedidos por

outros servidores públicos, devem-se deixar registros de todas as ações

anteriores. Na gestão orçamentária e execução financeira ( fase de liquidação e

pagamento), a formalização dos atos administrativos correlatos é obrigação

normatizada no âmbito do CBMMG.

Como principais despesas públicas que merecem destaque quanto à sua

formalização de processos, temos:

a) Diárias de viagem;

b) Compras por licitação previstas da Lei federal 8.666/93 e Pregões;

c) Dispensas de licitação diversas ou por menor preço ( Cotação

eletrônica) e inexigibilidades;

d) Pagamentos de serviços continuados ou não;

e) Adiantamentos financeiros a servidores;

f) Ressarcimentos;

g) Prestação de contas diversas;

h) Outras despesas públicas que necessitam de registro ou por ordem do

Ordenador de Despesas;

Neste capítulo, serão traçados os artigos importantes sobre os Processos de

Despesa descritos e normatizados na Instrução Técnica Conjunta CBMMG n. 02

de 01 de Janeiro de 2009:

Os processos de despesa serão numerados de acordo com o número da Ordem

de Pagamento Bancária - OP. Os documentos que compõem o processo físico de

despesa pública deverão ser numerados seqüencialmente, em ordem cronológica,

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e rubricados pelo militar/servidor encarregado da montagem, constando sua

identificação no documento que receber a última numeração.

As seguintes despesas, abaixo citadas, poderão estar em uma mesma capa,

devendo ser relacionados os números de todas as Ordens de Pagamento:

I - diárias de viagem, quando a Ordem de Serviço constar mais de um militar

empenhado na mesma Diligência (DSP), no máximo 20 (vinte) Ordens de

Pagamento;

II - pagamento às concessionárias públicas, quando os pagamentos forem

efetuados no mesmo mês e para a mesma concessionária;

III - pagamento de seguro de viatura, que deverá conter, no máximo, 30 (trinta)

Ordens de Pagamento.

Os Processos de Despesa deverão ficar arquivados em ordem seqüencial, em

caixa arquivo, devidamente controlado por índice próprio (mês e número dos

Processos), facilitando a localização dos mesmos pelos órgãos de fiscalização

internos e externos.

Os processos de despesa deverão ficar arquivados na SOFI (Seção de

Orçamento e Finanças) da Unidade Executora.

Em todos os processos de despesa, em que o empenho for global ou por

estimativa, deverá ser anexado ao processo o extrato de empenho, devendo a

Nota de empenho ser anexada no último processo de pagamento juntamente

com o extrato de empenho.

Como comprovante de despesa só serão aceitas as primeiras vias de nota fiscal

ou documento equivalente (recibo, fatura, passagens), com certificado datado e

firmado por 02 (dois) funcionários responsáveis pelo recebimento dos materiais,

bens ou serviços solicitados, declarando que os mesmos foram recebidos ou

efetuados em condições satisfatórias para o serviço público estadual.

O certificado poderá ser substituído por carimbo, aposto no verso dos

comprovantes de despesa, conforme modelo da Instrução 02/2009.

As notas fiscais possuem prazo de validade que normalmente vem impresso no

cabeçalho e rodapé e em letras minúsculas, não sendo aceitas quando vencidas e

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o documento fiscal não terá validade se tiver alguma rasura ou algum campo em

branco sem preenchimento, principalmente, data de emissão e saída.

Tais campos não podem ser preenchidos pela Unidade Executora, apenas pela

firma ou empresa responsável pela entrega de materiais ou prestadora de serviço.

É vedada a comunicação por carta para corrigir valores ou quantidades, substituir

ou suprimir a identificação das pessoas consignadas no documento fiscal (RAZÃO

SOCIAL), da mercadoria ou do serviço e data de saída da mercadoria. Ocorrendo

extravio da primeira via da nota fiscal, será aceita cópia xerográfica da via fixa,

pertencente ao fornecedor, autenticada pela repartição fazendária do domicílio do

contribuinte. A natureza de operação constante na nota fiscal deverá ser de

acordo com a natureza de despesa do empenho. Exemplos: empenho 33.90.30 (

aquisição de material de consumo) ou 44.90.52 (aquisição de material

permanente) natureza de operação da nota fiscal será VENDAS; empenho

33.90.39 (serviços diversos) natureza da operação SERVIÇO.

O material adquirido por compra será lançado em estoque por intermédio do

Sistema Informatizado de Materiais do CBMMG (Sistema Integrado de

Administração – SIAD) de acordo com a nota fiscal ou documento correspondente

que conterá, no verso, o carimbo com o número de lançamento e a devida

assinatura do operador do sistema.

A realização da despesa pública sujeita-se, obrigatoriamente, aos estágios de empenho, liquidação e pagamento.

Toda despesa será realizada mediante emissão de Notas de empenho, Nota de

liquidação e Ordem de pagamento devidamente assinadas pelas autoridades

competentes dentro da Unidade Executora. Dentre estas autoridades, destaca-se

a atribuição administrativa do Ordenador de Despesas.

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O Ordenador de Despesas é o dirigente máximo do órgão investido do poder de

realizar despesa, que compreende o ato de empenhar, liquidar, ordenar

pagamento e movimentar recursos que lhe forem atribuídos. A delegação da

competência ao Chefe de uma Unidade Executora, por meio de ato publicado no

órgão oficial dos Poderes do Estado, observado o princípio de segregação de

função é permitida. O Comandante-Geral, dirigente máximo do CBMMG, delega a

competência de Ordenador de Despesas ao Diretor/Chefe/Comandante da

Unidade Executora.

Todo pagamento será feito após a regular liquidação da despesa, mediante

Ordem de pagamento, respeitado o saldo financeiro disponível e a ordem

cronológica de registros e vencimento.

A arrecadação das receitas realizadas no âmbito do poder Executivo do Estado

será feita, exclusivamente, por Documento de Arrecadação Estadual - DAE.

Como regra fundamental para que haja a correta e regular execução da

despesa pública, deve-se obedecer rigorosamente a seguinte regra:

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho

Os empenhos da despesa ( reconhecimento do Estado de que possui despesa a

liquidar com um credor), cuja conceituação doutrinária seguirá em capítulo a parte,

se classificam em três tipos:

I - ordinário – aquele destinado a atender a despesa de valor exato, cujo

processamento seja feito por uma única Nota de Liquidação e Ordem de

Pagamento;

II - estimativo – aquele destinado a atender a despesa para as quais não se possa

determinar o valor exato;

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Os empenhos por estimativa, que apresentarem saldo insuficiente para a

realização de novas despesas, deverão ser reforçados previamente através de

procedimento próprio.

III - global – aquele destinado a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas

a parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado.

A Unidade Executora deverá providenciar a abertura de processo físico para o

arquivamento dos documentos relativos à gestão orçamentária, como compras e

contratações por licitação, dispensa ou inexigibilidade de licitação, contendo os

documentos, devidamente assinados:

Com o advento do Novo Portal de Compras do Estado de Minas Gerais e as

determinações do artigo 18 da Resolução SEPLAG 36/2009 que assim

preconizam:

Art.18 . Sem prejuízo dos demais documentos necessários à instrução processual, conforme exigências da legislação vigente, os seguintes documentos do sistema deverão ser impressos e anexados aos autos do processo:

I - Pedido de Compra do Portal de Compras MG; II - Relatório detalhado do processo de compras

emitido pelo Portal de Compras MG.

Os processos de Cotação eletrônica de Preços- COTEP, que são uma forma de

dispensa de licitação, deverão ficar arquivados na Seção de Orçamento e

Finanças –SOFI da Unidade Executora, em ordem seqüencial, sendo uma capa

para cada processo.

Os processos de despesa deverão ser auditados pelo Agente de Coordenação e

Controle ( oficial B/4 do Batalhão ou Chefe de Seção Administrativa) ou

equivalente, devendo o mesmo manter rigoroso controle dos processos, com o

objetivo de evitar possíveis falhas.

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Será imputada responsabilidade ao Ordenador de Despesa ou servidor credenciado, quando incorrer em erro, falha ou omissão em decorrência da não observância das disposições legais nos estágios da despesa.

No mesmo aporte do enunciado anterior, em destaque, temos a Súmula 12,

revisada em 2008, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais que

assevera:

As despesas públicas realizadas sem a observância do requisito legal do empenho prévio são irregulares e de responsabilidade pessoal do ordenador.

A Diretoria de Contabilidade e Finanças - DCF, no âmbito do CBMMG, é a

unidade administrativa, de controle interno, responsável pela impugnação de

despesa realizada em desacordo com as normas pertinentes à execução da

despesa. O Ordenador de despesas, no âmbito de sua Unidade Executora, pode

impugnar despesa que julgar irregular.

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CAPÍTULO IV

Funcional programática no CBMMG segundo as Normas de Execução de

Recursos Orçamentários- NERO

O crédito orçamentário ou dotação orçamentária é a seqüência numérica que

descreve detalhadamente a classificação de uma determinada despesa pública.

Por exemplo, se o Estado contrata um serviço de fornecimento de refeição por

pessoa jurídica, a dotação ou crédito orçamentário será o número:

1401.06.182.745.4273.0001.339039.03.53.1.0 XX ID

De modo geral, a classificação orçamentária pode ser assim descrita;

1401.06.182.745.4273.0001.4490XX.ID.27.1.0

1401.06.182.745.4273.0001.3390XX.ID.10.1.0

Significado de cada seqüencial numérico de um crédito orçamentário é exposta de

forma simplificada conforme se segue:

1401. ÓRGÃO - Código do Corpo de Bombeiros

06. FUNÇÃO- Número que se refere à execução orçamentária que deve ser

investida em projetos que objetivem a Segurança Pública

182. SUBFUNÇÃO- Número que se refere à execução orçamentária que deve

ser investida em projetos que objetivem a Defesa Civil

745. PROGRAMA - Número que se refere à execução orçamentária que deve

ser investida em projetos que objetivem à promoção da Defesa Civil

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4273. ATIVIDADE OU AÇÃO - Número que se refere à execução orçamentária

que deve ser investida em projetos que objetivem garantir prevenção e

combate a sinistros

0001 – SUBATIVIDADE - Número que se refere à execução orçamentária que

deve ser investida em projetos que objetivem garantir Planejamento, Gestão

e Finanças

3390XX. ELEMENTO DE DESPESA, – Seqüencial numérico que se refere à

execução orçamentária de bens de custeio e serviços ou 4490XX.

ELEMENTO DE DESPESA – Seqüencial numérico que se refere à execução

orçamentária de bens de capital ( móveis, viaturas e eletrônicos ect).

Observação: a representação XX refere-se a uma classificação que

especifica o Elemento de Despesa em seu todo. Exemplo: 449052, ( o

elemento XX é o número 52 que trata de material permanente diverso),

339030 (o elemento XX é o número 30 que trata de material de consumo

diverso ), 339039 (o elemento XX é o número 39 que trata de prestação de

serviços diversos )

ID. ITEM DE DESPESA – É a codificação numérica que, que embora não

citada doutrinariamente, classifica para o CBMMG, através do Classificador

Econômico da Despesa do Estado de Minas Gerais, o objeto que comporá a

despesa conforme quadro da classificação econômica do capítulo

“Fluxograma orçamentário do CBMMG, competências gerenciais e Norma de

Execução de Recursos Orçamentários - NERO ”.

53 , 10 ou 27 dentre outras fontes – Fonte de recurso

1. IDENTIFICADORES DE PROCEDÊNCIA E USO- IPU

0. IDENTIFICADORES DE PROGRAMA GOVERNAMENTAL - IPG

Esta seqüência numérica serve como mecanismo de controle do Estado para que

órgãos como a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais-

SEPLAG saibam onde estão sendo gastos os créditos orçamentários e seus

respectivos valores contábeis. A classificação orçamentária é um mecanismo de

Page 23: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

23

controle do CBMMG, por meio de seus setores orçamentários e de controle

interno, que ao prover os devidos repasses orçamentários às Unidades

Executoras ( Batalhões, Centro de Suprimento e Manutenção - CSM, Academia de

Bombeiro Militar - ABM e Ajudância Geral) para a consecução dos processos de

compra pública e contratação de serviços possam realizar um controle sistemático

das ações.

De forma breve, cita-se o quadro exemplificativo completo da classificação

orçamentária em todos seus componentes, segundo classificador de despesas do

Estado de Minas Gerais.

DIAGRAMA DA CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL E POR PROGRAMAS

Fonte: Classificador de despesas de Minas Gerais de 03 Jan. 2012

Page 24: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

24

Para os itens de IPU e IPG da classificação orçamentária para 2012, temos o

seguinte quadro explicativo:

IDENTIFICADORES DE PROCEDÊNCIA E USO- IPU

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO

1 Recursos Recebidos para Livre Utilização

2Recursos Recebidos de Outra Unidade Orçamentária do Orçamento Fiscal para livre

utilização

3 Recursos Recebidos para Contrapartida

4 Recursos Recebidos para Atendimento de Demandas de Participação Cidadã

5 Recursos Recebidos para benefícios previstos no art. 39 da Lei Complementar 64/2002

7 Recursos Recebidos para Auxílios Doença, Funeral, Alimentação, Transporte e

Fardamento

8 Recursos Recebidos para Emendas Parlamentares

9 Recursos Recebidos para Precatórios e Sentenças Judiciais

IDENTIFICADORES DE PROGRAMA GOVERNAMENTAL -IPG

CÓDIGO INTERPRETAÇÃO

0 Programa Associado ou Especial

1 Programa Estruturador

Fonte: Classificador de despesas de Minas Gerais de 03Jan.2012 adaptado

Em função da previsão normativa da NERO de 2012, alteráveis por necessidade

do Comando em NERO ou norma específica posterior, são Unidades

coordenadoras dos componentes da classificação orçamentária:

a) das funções, subfunções e programas: o Estado-Maior;

b) dos projetos/atividades e subprojetos/subatividades: os Gerentes de Atividade

específicos.

A NERO-BM define que Unidades Executoras do orçamento serão os

responsáveis por apoio administrativo a Unidades não executoras e execução da

despesa segundo diretrizes emanadas pelo Gerente de Atividade e pelo Estado

Maior do CBMMG.

Page 25: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

25

Nos próximos quadros, elenca-se o significado, de forma exemplificativa, alguns

elementos essenciais da funcional programática.

No primeiro quadro seguinte relacionando, a Unidade setorial descentralizadora

orçamentária- USDO, também referida como Gerente de Atividade, é definida

anualmente pela Resolução do CBMMG que aprova a NERO-BM. A cada

exercício financeiro, as competências das Unidades do CBMMG, quanto ao

controle orçamentário e sua execução podem mudar, de acordo com os interesses

do Comando através de mecanismo normativo.

Gerente ATIVIDADES

DRH – DAL 2.002 - Planejamento, Gestão e Finanças

DRH 2.058 - Auxílio Transporte, Alimentação,

Funeral e Doença para Servidores Militares

DRH 2.417 - Remuneração do Pessoal Ativo

DRH 7.007 - Proventos de Inativos Militares

DTS 2.427 - Tecnologia da Informação

DE 4.366 - Recrutamento, Treinamento e Formação de Bombeiros

Militares

DRH 2.021 - Assistência e Promoção Social

DAL 2.087 - Reforma e Ampliação de Unidades

Prediais do CBMMG

DRH – DAL 4.273 - Prevenção e Combate a Sinistros

DTS 4.365 - Manutenção e Ampliação do

Sistema de Comunicação

DTS 4.086 – Disseminação de Acesso aos

Sistemas de Informação

AAS 2.052 - Assistência Médico-Psicológica

aos Bombeiros Militares

AAS 2.054 - Assistência Odontológica

a Bombeiros Militares

GERENTES PROJETOS

DAI 1.268 - Coordenação e Controle

das Atividades de Bombeiros Voluntários

Fonte: NERO 2009, alterável por iniciativa do Comando do CBMMG

Page 26: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

26

ESTRUTURA DA FUNCIONAL PROGRAMÁTICA NO CBMMG QUANTO AOS PROGRAMAS DE TRABALHO*

PROGRAMAS DE TRABALHO – 2009

FUNÇÃO

SUB-FUNÇÃO PROG ATIV. S. ATIV.

DEFINIÇÃO

06 Segurança Pública

122 Administração Geral

701 Apoio à Administração Pública

2.002 Planejamento, Gestão e Finanças

0001 Planejamento, Gestão e Finanças

06 Segurança Pública

122 Administração Geral

701 Apoio à Administração Pública

2.417 Remuneração de Pessoal Ativo do Estado

0001 Remuneração de Pessoal Ativo do Estado

06 Segurança Pública

122 Administração Geral

701 Apoio à Administração Pública

2.058 Auxílio Transporte, Alimentação, Funeral e Doença para servidores militares - BM

0001 Auxílio Transporte, Alimentação, Funeral e Doença para servidores militares - BM

06 Segurança Pública

122 Administração Geral

701 Apoio à Administração Pública

2.427 Tecnologia da Informação

0001 Tecnologia da Informação

06 Segurança Pública

272 Previdência do Regime Estatutário

702 Obrigações Especiais

7.007 Proventos de Inativos Militares

0001 Proventos de Inativos Militares

Fonte: NERO 2009 *Tabela exemplificativa alterável anualmente pela NERO

Page 27: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

27

Fonte: NERO 2009 *Tabela exemplificativa alterável anualmente pela NERO

FUNÇÃO

SUB-FUNÇÃO

PROG

ATIV S.

ATIV DEFINIÇÃO

06 Segurança Pública

182 Defesa Civil

724 Assistência ao Bombeiro Militar

2.021 Assistência e Promoção Social ao Bombeiro Militar

0001 Assistência e Promoção Social ao Bombeiro Militar

06 Segurança Pública

128 Formação de Recursos Humanos

745 Promoção de Defesa Civil

4.366 Recrutamento, Treinamento e Formação de Bombeiros Militares

0001 Recrutamento, Treinamento e Formação de Bombeiros Militares

06 Segurança Pública

182 Defesa Civil

745 Promoção de Defesa Civil

4.365 Manutenção e Ampliação Sistema Comunicação

0001 Manutenção e Ampliação Sistema Comunicação

06 Segurança Pública

182 Defesa Civil

745 Promoção de Defesa Civil

4.273 Prevenção e Combate a Sinistros

0001 Prevenção e Combate a Sinistros

10 Saúde

302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial

724 Assistência ao Bombeiro Militar

2.052 Assistência Médico-Psicológica aos Bombeiros Militares

0001 Assistência Médico-Psicológica aos Bombeiros Militares

Page 28: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

28

FUNÇÃO SUB-FUNÇÃO

PROG ATIV. SUB.ATIV

DEFINIÇÃO

10 Saúde

302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial

724 Assistência ao Bombeiro Militar

2.054 Assistência Odontológica a Bombeiros Militares

0001 Assistência Odontológica a Bombeiros Militares

06 Segurança Pública

182 Defesa Civil

745 Promoção de Defesa Civil

2.087 Reforma e Ampliação de Unidades Prediais do CBMMG

0001 Reforma e Ampliação de Unidades Prediais do CBMMG

06 Segurança Pública

182 Defesa Civil

745 Promoção de Defesa Civil

1.268 Coordenação e Controle das Atividades dos Bombeiros Voluntários

0001 Coordenação e Controle das Atividades dos Bombeiros Voluntários

06 Segurança Pública

126 Tecnologia da Informatização

021 Gestão Integrada de Ações e Informações de Defesa Social

4.086 Disseminação de Acesso aos Sistemas de Informação (CBM)

0001

Fonte: NERO 2009 *Tabela exemplificativa alterável anualmente pela NERO

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

29

CAPÍTULO V

Fontes de Recursos do CBMMG e suas aplicações e origens

As fontes de recursos financeiras para o CBMMG, em 2012, foram classificadas

por códigos cuja origem pode ser de tributos arrecadados quanto empréstimos do

Estado. Veja as fontes utilizadas por nossa Instituição.

FONTES DE RECURSOS RECURSOS ORDINÁRIOS

DESTINAÇÃO ORIGEM

10 - Recursos Ordinários Despesas de Pessoal Despesas correntes

Recursos do Tesouro para os quais não existe destinação específica, sendo passíveis de livre programação.

RECURSOS VINCULADOS DESTINAÇÃO ORIGEM

24 - Convênios, Acordos e Ajustes provenientes da União e suas entidades

Despesas de Pessoal (apenas 27) Despesas Correntes Despesas de Capital (exceto 27)

Recursos provenientes de convênios, acordos e ajustes firmados exclusivamente com a União e suas entidades.

27 - Taxa de Segurança Pública Recursos provenientes da utilização de serviços por pessoas físicas ou jurídicas, prestados permanentemente pela vigilância policial ou administrativa do Poder Público estadual, visando a preservação da segurança.

53 - Taxa de Incêndio Recursos provenientes da Taxa de Segurança Pública pela utilização potencial do serviço de extinção de incêndio.

70 - Convênios, Acordos e Ajustes Provenientes dos Municípios, Estados e Organizações Particulares

Recursos provenientes de convênios ou acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e organizações particulares para realização de objetivos de interesse comum, excetuando aqueles firmados com a união e suas entidades.

RECURSOS DIRETAMENTE ARRECADADOS

DESTINAÇÃO ORIGEM

60 - Recursos Diretamente Arrecadados

Despesas Correntes Recursos que têm origem no esforço próprio de arrecadação de órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta.

Fonte: NERO 2012, alterável por NERO posterior

Page 30: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

30

CAPÍTULO VI

Fluxograma orçamentário no CBMMG, competências gerenciais e Normas de

Execução de Recursos Orçamentários-NERO

Após a aprovação da Lei orçamentária anual pelo Poder Legislativo, as previsões

orçamentárias advindas de um planejamento sistemático passam às Unidades

Orçamentárias - UO que realizarão o repasse de créditos orçamentários as suas

Unidades Executoras objetivando proceder os trâmites das compras públicas de

acordo com as demandas planejadas e imprevisivelmente surgidas.

A assessoria aos dirigentes dos órgãos centrais e Comandantes por parte do

pessoal da área de compras públicas e gestão patrimonial se processa conforme

previsão legal interna e externa, que com a finalidade de esclarecer conceitos

dentro da pesquisa, proceder-se-á algumas definições importantes e atribuições

de competência para a cadeia de Comando dentro de uma Unidade Executora no

trato da gestão orçamentária.

Como positivação normativa interna, a Resolução do Corpo de Bombeiros Militar

de Minas Gerais n. 003 de 08 de fevereiro de 2000 define atribuições e conceitua

os diversos agentes públicos que compõe o sistema de Normas de

Administração Financeira Contabilidade de Auditoria - N-AFCA/BM da

Corporação como se seguem transcritas.

A Resolução CBMMG n. 03/2000 determina quem são agentes públicos do

sistema de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria -AFCA/BM,

no âmbito do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais- CBMMG, que

tenham participação direta ou indireta de administração de valores e outros bens

públicos.

Page 31: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

31

São agentes do sistema positivado no N-AFCA-BM:

I - Supervisor;

II - Diretor ou Chefe do Órgão Central;

III - Gerentes dos Projetos e/ou Atividades;

IV - Ordenadores de Despesa;

V - Agentes de Coordenação e Controle;

VI - Agentes Coordenadores de Projetos e/ou Atividades;

VII – Assessores (Chefe da SOFI);

VIII - Responsáveis por adiantamentos.

A pessoa administrativa do Ordenador de Despesas, atribuição de Chefes e

Comandantes de Unidades Executoras ( Batalhões, ABM, CSM e Ajudância

Geral), possui a responsabilidades de zelar pela aplicação correta dos recursos

sob sua responsabilidade, procurando obter o máximo rendimento de seu

emprego e pela fiel observância de todos os instrumentos legais que regulem as

atividades do Sistema N-AFCA-BM, tomando as providências cabíveis quando

ocorrerem quaisquer irregularidades na administração da Unidade Executora.

O Ordenador de Despesas, segundo a Resolução do CBMMG 03/2000, possui as

seguintes responsabilidades:

a) providenciar para que a documentação relativa às atividades do

Sistema seja mantida em dia e em ordem e encaminhada aos órgãos

de destino, conforme as prescrições vigentes;

b) determinar as licitações, nomear as respectivas Comissões;

c) examinar e decidir sobre as licitações realizadas;

d) formalizar contratos, decorrentes de licitações realizadas pela

Unidade Executora ou cuja licitação esteja dispensada;

e) ordenar o empenho dos créditos necessários às despesas;

f) mandar proceder a liquidação das mesmas e respectivo pagamento,

consoante as prescrições do Sistema N-AFCA-BM;

Page 32: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

32

g) conceder Adiantamentos;

h) solicitar das autoridades competentes suplementações de dotações

às necessidades eventuais, imprevisíveis à época da orçamentação;

i) providenciar para que sejam atendidos os direitos financeiros do

pessoal civil e militar de sua Unidade Executora;

j) mandar averbar os descontos obrigatórios;

k) mandar averbar, face ao atendimento dos requisitos necessários, as

consignações permitidas;

l) mandar certificar, a requerimento dos interessados, o que for de

direito, quanto às atividades do Sistema N-AFCA/BM;

m) indicar ao Órgão Central as despesas a serem inscritas em restos a

pagar, conceder Permissões de Uso na forma das normas vigentes;

n) manter em arquivo, durante os prazos legais, a documentação

comprobatória dos atos praticados pela administração da Unidade

Executora, colocando-os oportunamente à disposição dos órgãos

de controle interno e externo;

o) prestar contas, na forma das normas em vigor e delegar atribuições

de acordo com as normas em vigor.

Nesta cadeia de comando, temos a atuação do Agente de Coordenação e

Controle geralmente, atribuição do posto de Capitão, exercida pelo chamado

B/4 dos Batalhões e Chefes de Seção Administrativa nas Unidades em nível de

Centro dentro da Corporação, que gerencia a administração dos

Encarregados/Chefes dos Almoxarifados, Seções de Manutenção de Frota

(Transportes), Seção de Orçamento e Finanças, Seção de Apoio Operacional

dentre outras seções da área orçamentária e logística.

Page 33: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

33

A NERO-BM do ano de 2012, em seu artigo 41, assim descreve: O Agente de Coordenação e Controle das Unidades Executoras será de acordo com o DD/QOD: I na Diretoria de Recursos Humanos – DRH: o Chefe da Adjuntoria de Orçamento da DRH - DRH/4; II nos Batalhões de Bombeiros Militar- BBM: o oficial B/4 ou equivalente no Batalhão; III na Unidade da Ajudância Geral: o Chefe da Seção Administrativa; IV no Centro de Suprimento e Manutenção – CSM: o Chefe da Seção de Fiscalização e Controle; V na Academia de Bombeiro Militar – ABM: o Chefe da Divisão Administrativa.

O Agente de Coordenação e Controle assessora o Ordenador de Despesas na

coordenação das atividades de administração contábil e logística da Unidade

Executora, na execução dos projetos e atividades, particularmente no tocante à

disponibilidade de crédito em cotejo com os encargos a atender, no

acompanhamento e indicação sobre as flutuações de disponibilidades de saldos

orçamentários e financeiros, propiciando-lhe melhores condições de tomada de

decisões. Atua na determinação e orientação da execução da escrituração

relativa aos atos e fatos decorrentes da gestão ou com a mesma

correlacionados, sob os aspectos orçamentário, financeiro e patrimonial,

observando o Plano de Contas em vigor e demais prescrições do Sistema N-

AFCA/BM, na análise dos balanços, balancetes e demonstrativos, verificando os

resultados obtidos, de conformidade com o Plano de Contas vigente. O Agente de

Coordenação e Controle possui a responsabilidade de observar as instruções e

demais princípios e normas legais em vigor, elaborando relatórios sobre os

elementos analisados e nos assuntos que aconselham a realização de tomada de

contas especial em face dos elementos analisados.

Page 34: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

34

O servidor investido da competência de Agente de Coordenação e Controle acumulará o encargo de Responsável Técnico para atuação junto ao sistema SIAFI-MG, conforme Decreto estadual 42.251/2002

O objeto do presente estudo não foca a situação dos profissionais da área de

logística institucional como nas atribuições dos Encarregados dos Setores de

Almoxarifado, de Aquisição de Materiais e/ou Prestação de Serviços geralmente

delegadas a Tenentes, que ocupam as funções de Agente Coordenador de

Atividade/Projeto a ser tratado em capítulo posterior.

A pesquisa normativa e doutrinária deve ser uma constante entres os Agentes públicos do sistema N-AFCA-BM, em especial, dentro da Unidade Executora.

Para exemplificar a complexidade procedimental que permeia o fluxograma de

procedimentos de gestão logística e financeira do Corpo de Bombeiros Militar

de Minas Gerais - CBMMG, segue neste item, uma sinopse envolvendo as

compras públicas na sua fase da licitação, recebimento de material ou serviço,

lançamentos no Sistema Integrado de Administração de Materiais –SIAD e as

práticas de empenho, liquidação e pagamento ao fornecedor, no Sistema

Integrado de Administração Financeira - SIAFI , por parte da Seção de

Orçamento e Finanças – SOFI da Unidade Executora.

Toda a operacionalização de qualquer organização exige uma alocação eficiente

dos recursos materiais que possam garantir a manutenção da estrutura

institucional existente. O correto e otimizado amparo logístico da Corporação

passa, obrigatoriamente, pelos ritos procedimentais das compras e contratações

públicas que são controlados pelos sistemas de controle interno do Estado, em

sua maioria, por sistemas informatizados.

Page 35: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

35

A seqüência básica do fluxograma da gestão orçamentária e logística passa,

basicamente, pelas solicitações das Unidades apoiadas e constatação de outras

necessidades logísticas. Como procedimentos elementares neste processo,

temos: o planejamento antecipado de demandas; a especificação do

material/serviço; a orçamentação de mercado; a realização da compra

pública por meio de licitação ou outro meio legal ( dispensa ou

inexigibilidade de licitação), a execução orçamentária e financeira, controle

de materiais/ prestação dos serviços e distribuição/ entrega de serviços.

Os Agentes do sistema N-AFCA-BM, em espacial dentro da Unidade Executora, devem buscar realizar o levantamento de suas necessidades logísticas e de execução orçamentária para elaboração de sua PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA-PO, para o respectivo exercício financeiro, que deve ser enviada ao respectivo Gerente de Atividade.

As Programações Orçamentárias – PO serão apresentadas pelas Unidades com a

atribuição de Gerentes de Atividade, conforme NERO-BM vigente, de acordo com

suas competências específicas de cada Unidade, em consonância com os

recursos a serem disponibilizados a cada Gerência, e sujeitar-se à análise pelo

Estado Maior do Corpo de Bombeiros - EMBM. Esta prática de planejamento,

ocorre em consonância às diretrizes da SEPLAG e limites para empenho definidos

por aquele órgão.

De acordo com as diretrizes vigentes, a Programação Orçamentária-PO levará em

consideração o detalhamento registrado no Plano Plurianual de Ações

Governamentais (PPAG) para o exercício vigente e a real necessidade de

recursos para atendimento às demandas administrativas e operacionais

evidenciadas junto às diversas Unidades Executoras no período, derivadas de um

fiel controle e coordenação dos diversos processos de aquisição de bens e

serviços.

Page 36: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

36

Para elaboração da PO, conforme NERO de 2012, as Unidades Gerentes de

Atividade definem, por intermédio de instruções específicas, os prazos e a forma

de envio pelas respectivas Unidades Executoras das informações necessárias.

As demandas orçamentárias da Unidade Executora, não previstas para o exercício da Programação Orçamentária- PO, deverão preliminarmente ser apresentadas aos Gerentes de Atividade específicos a fim de possibilitar análise da capacidade de atendimento com os recursos estimados para a ação e seus impactos no cumprimento das metas fixadas.

As programações orçamentárias – PO produzidas por Unidades Executoras e

remetidas pelas Gerências de Atividade ao Chefe do Estado Maior do CBMMG,

em conformidade com o PPAG, Lei Orçamentária Anual, Decreto de Execução

Orçamentária são um importante mecanismo de base para o registro das

informações no Módulo de Programação Orçamentária do SIAFI, constituindo-se a

base das descentralizações, até que sejam definidos, em instrução a ser

elaborada entre EMBM e Gerentes, os procedimentos de programação mensal

dos contratos no Portal de Compras.

As Unidades executoras devem ser eficientes na elaboração da PO e na remessa aos respectivos Gerentes de Atividade, pois os prazos para remessa de reprogramações pelos Gerentes ao EMBM, de acordo com NERO vigente, poderão ser nos meses de janeiro (1º quadrimestre), abril (2º quadrimestre) e agosto (3º quadrimestre).

A apresentação intempestiva de demandas para os respectivos períodos, mesmo

que previstas para o exercício, poderá acarretar o não atendimento, caso exija

Page 37: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

37

adequação orçamentária junto à SEPLAG, em conformidade com os limites de

cotas para cada período.

As cotas orçamentárias serão descentralizadas aos Gerentes de Atividade

específicos ou apoiadores, somente, após a aprovação das programações

orçamentárias encaminhadas ao Chefe do Estado Maior do CBMMG. Os créditos

orçamentários para empenho serão repassados às Unidades Executoras pelos

Gerentes de Atividades específicos ou apoiadores, após descentralização pelo

EMBM das cotas orçamentárias.

A seguir, elenca-se de forma breve a conceituação básica dos processos de

aquisição e contratação de serviços pelo ente público.

Realizada a compra ou contratação de serviços por uma das modalidades de

licitação, em especial o pregão, a autoridade competente da Unidade Executora

homologa o certame após a adjudicação ( reconhecimento de que o objeto do

certame foi vencido por determinado fornecedor) realizada pelo pregoeiro. Após

homologação do pregão e verificada a situação de regularidade fiscal e a inscrição

no cadastro geral de fornecedores com o Estado- CAGEF, da empresa vencedora

do certame da compra pública, poderá ser procedida a primeira fase da despesa,

ou seja, o empenho no sistema SIAFI. Nesta cadeia de eventos, pode-se haver a

dispensa ou inexigibilidade de licitação como procedimento de compra ou

contração de acordo com a Lei federal 8.666/1993. Após verificada a regularidade

da empresa vencedora do certame, será providenciado o empenho da despesa

no Sistema Integrado de Administração Financeira –SIAFI. Este empenho, que é

um registro da despesa no SIAF, é de responsabilidades da Seção de Orçamento

e Finanças – SOFI da Unidade Executora, onde é executada a despesa pública.

Page 38: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

38

É de extrema importância que o Agente de Coordenação e Controle, juntamente com os Agentes de Atividade, na Unidade Executora, gerenciem para que os antecedentes básicos de processos de uma compra/contratação pública ( orçamentação atualizável, especificação da compra/serviço, montagem dos termos de referência) de demandas existentes estejam prontos em meio físico antes do segundo semestre. Este método possibilita a imediata execução orçamentária após a autorização do Gerente de Atividade ou atendimento à solicitação de crédito da Unidade Executora. Tal prática evita a demora na execução orçamentária da Unidade Executora ou perda de créditos orçamentários por intempestividade legal para seu gasto.

As Normas de Execução de Recursos Orçamentários – NERO do CBMMG

estabelecem e definem as responsabilidades e competências das unidades da

Corporação que trabalham com a gestão orçamentária e financeira. Na Resolução

do CBMMG que autoriza a NERO-BM para o exercício financeiro, costuma-se

haver a descrição de autoridades competentes e suas respectivas funções e

setores envolvendo os estágios da despesa pública cuja execução passa pelo

empenho, liquidação e pagamento. Giacomoni (2009) conceitua o empenho

como ato da autoridade competente que traz ao Estado a responsabilidade ou a

obrigação de pagar uma despesa pendente ou não. O empenho é classificado

como ordinário, global e por estimativa. O art. 8º do Decreto 37.924/1996 exige

que toda despesa seja precedida do prévio empenho e o conceitua em

ordinário como aquele destinado a atender a despesa de valor exato ao qual

processamento seja feito por uma única nota de liquidação e ordem de

pagamento tendo, a título de exemplo, a compra de uma mercadoria específica. O

empenho por estimativa é destinado a atender a despesa para as quais não se

possa determinar o valor exato como despesas com serviços de telefonia ou

energia elétrica e podem ser reforçados mediante procedimento próprio. O

empenho global destina-se a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas

a parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado. A fase do empenho

antecede a liquidação e pagamento da despesa.

Page 39: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

39

O parâmetro de exigência das fases da despesa, obriga o Administrador público a

obedecer a mais um rito burocrático em meio a suas ações de gestão, exigindo

maior preparo técnico do servidor militar ou civil encarregado. O treinamento é

tratado como importante fator de desenvolvimento técnico e integração em uma

organização.

No âmbito do Corpo de Bombeiros, na positivação da Resolução CBMMG que

autoriza a NERO, a autoridade competente para realizar os atos dos estágios da

despesa será composta pelo Ordenador de Despesa.

Após a compra pública realizada, a Comissão Permanente de Avaliação e

Recebimento de Material - CPARM, no âmbito do CBMMG, possui a

responsabilidade pelo recebimento do material comprado ou serviço prestado ao

Estado. A atuação da CPARM , prevista na Resolução CBMMG 97/2003, pertence

a uma das últimas etapas da compra pública, ao qual a comissão deverá adotar a

providência, conforme edital ou especificação dos materiais, de receber o material

e cientificar o setor responsável da Unidade, caso ocorra irregularidade para

correção do problema dos equipamentos/material junto ao fornecedor.

A Sexta Seção do Estado Maior - EMBM/6 procederá à DESCENTRALIZAÇÃO

de cota orçamentária às Unidades Setoriais Descentralizadoras Orçamentárias –

USDO. As USDO, conforme previsão da NERO vigente, podem ser unidades do

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG como DAL, a DTS, a

DRH, a DE dentre outras Unidades de Direção Intermediária da Corporação.

Compete aos Gerentes de Atividades, de acordo com as Normas de Execução

de Recursos Orçamentários –NERO vigente, podendo ser a DAL, DTS, DRH,

DE, DAI ou AAS, proporem a execução de despesas diversas, atendendo

demandas da Corporação, bem como consolidar solicitações, dados e

informações colhidas e recebidas das Unidades Executoras, com vistas a

subsidiar e coordenar ações de planejamento e execução orçamentária, como,

também, produzir normas necessárias à execução orçamentária a cargo de sua

gerência.

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

40

Cada unidade Gerente de Atividade do CBMMG, realiza a gestão orçamentária

das Atividades da classificação orçamentária, conforme Anexo A, de sua

competência. De forma resumida, cita-se algumas unidades e suas respectivas

competências de gestão e controle orçamentário: DAL para Atividades da

classificação orçamentária referentes à logística geral como material operacional,

contratos de serviços comuns e obras; DRH para Atividades da classificação

orçamentária referentes à despesas de pessoal em geral como diárias, ajuda de

custo, auxílios e pagamento de pessoal; DTS para Atividades da classificação

orçamentária referentes à logística, contratos de serviços de tecnologia de

informática; DE para Atividades da classificação orçamentária referentes AO

ensino dentro da Corporação; AAS para Atividades da classificação orçamentária

referentes à material e contratos de serviços relativos à saúde de servidores do

CBMMG.

Compete à Sexta Seção do Estado Maior - EMBM/6 coordenar e controlar,

programar e descentralizar os créditos orçamentários, visando à plena efetivação

dos planejamentos existentes e aprovados.

Compete à DCF, como mecanismo de controle interno, acompanhar a execução

das despesas das Unidades Executoras, visando evitar ou minimizar a ocorrência

de deficiências na execução das despesas, formalizando ao EMBM as pendências

constatadas. O controle externo é exercido pelo Tribunal de Contas do Estado-

TCE/MG e nos casos de convênios do Estado com a União, o Tribunal de Contas

da União - TCU realiza fiscalização direta das despesas pactuadas nestes

convênios.

A necessidade do controle do gasto público com atos do executivo

regulamentando os procedimentos execução orçamentária e patrimonial é

ocasionada para evitar as práticas de cunho patrimonialista e desvios de conduta

de alguns servidores.

A Solicitação de crédito ou Pedido de credito é a formalização da Unidade

Executora ao Gerente de Atividade ( conforme NERO vigente podendo ser

DAL, DTS, DRH, AAS, DE dentre outras Unidades assim definidas)

Page 41: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

41

objetivando conseguir o REPASSE de crédito orçamentário com os valores em

Real (R$) para realizar a compra ou contratar determinado serviço. No documento

de Solicitação de crédito deverá conter obrigatoriamente alguns elementos

essenciais no corpo do pedido/solicitação de crédito tais como:

1- ATIVIDADE

2- NATUREZA DE DESPESA

3-ITEM DE DESPESA

4-OBJETO DA SOLICITAÇÃO DE CRÉDITO (Descrever o que será comprado ou

alvo de contração)

5-JUSTIFICATIVA

6-VALOR EM R$ DO CRÉDITO SEGUNDO PREÇO DE REFERÊNCIA

7-ASSINATURA DO ORDENADOR DE DESPESA

O modelo básico de uma Solicitação de Crédito e seus respectivos Gerentes

de Atividade encontram-se nos anexos desta obra.

As solicitações de créditos para quaisquer despesas, devidamente assinadas e

“justificadas” pelo Ordenador de Despesas, deverão ser enviadas aos Gerentes de

Atividade específicos, de acordo com a NERO-BM vigente. Para o ano de 2009, a

NERO positiva a AAS, DE, DTS, DRH, DAL e DAI como unidades Gerentes de

Atividade. A NERO-BM 2009 prescrevia a vinculação da despesa conforme a

seguir:

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

42

Natureza da despesa Item de despesa Gerente Responsável

3.1.90.XX Todos os elementos e itens DRH

3.3.90.08 3.3.90.14 3.3.90.15 3.3.90.19 3.3.90.33 3.3.90.46 3.3.90.49

Todos os itens DRH

3.390.39 50 DRH

3.3.90.30 01, 03, 09, 13, 15, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 30,

31, 32, 33, 34 DAL

3.3.90.30 07 DRH

3.3.90.30 02, 04, 05, 06, 08, 10, 16, 25,

35, 99 DE e DAL

3.3.90.31 Todos os itens DE e DAL

3.3.90.36 Exceto itens 08, 09 e 13 DE e DAL

3.3.90.32 3.3.90.35 3.3.90.37 3.3.90.47

Todos os itens DAL

3.3.90.39 05, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 27, 30,

34, 35, 36, 37, 40, 43, 45 DAL

3.3.90.39 24 DRH

3.3.90.39 03, 04, 06, 07, 08, 23, 26, 29,

31, 32, 39, 41, 42, 46, 99 DE e DAL

3.3.90.92 Todos os itens Conforme a origem

3.3.90.93 Todos os itens DE e DAL

4.4.90.52 01, 02, 05, 06, 07, 10, 17, 19, 20 DAL

4.4.90.52 21 DRH

4.4.90.52 03, 04, 08, 12, 13, 14, 99 DAL

Atividades/ Projetos Elemento/Item Gerente Responsável

4.366 Todos os elementos-itens DE

1.268 Todos os elementos-itens DAI

2.427, 4.086 e 4.365 Todos os elementos-itens DTS

2.052 e 2.054 Todos os elementos-itens AAS

Page 43: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

43

Como exemplificação de o que se significa os códigos dos itens de despesa,

temos um quadro de esclarecimento apenas das ATIVIDADES 2002

(PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS) e 4273 ( PREVENÇÃO E COMBATE

A SINISTROS:

Para facilitar a identificação do item de despesa, como exemplo de identificação,

temos;

Na descrição numérica 3.3.90.39.31 o número 31 é o item de despesa, este

último número da descrição será o item de despesa conforme quadros a

seguir que se significa o que é gasto com locação de serviços gráficos.

A Natureza de Despesa 3.3.90 refere-se à despesas correntes cuja classificação é de material não permanente e consumíveis( papel, água, alimentos e material descartável etc), diárias e serviços etc.

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADES

2.002 4.273

3.3.90.14.01 - Diárias-Civil (Diária de Viagem) X X

3.3.90.15.01 - Diárias-Militar (Diária de Viagem) X X

3.3.90.19.01 - Auxílio-Fardamento X X

3.3.90.30.01 - Artigos p/ Confecção, Vest. Cama, Mesa, Banho, Cozinha

X X

3.3.90.30.02 - Artigos para Esporte X X

3.3.90.30.03 - Utensílios para Refeitório e Cozinha X X

3.3.90.30.04 - Material Gráfico e Impressos X X

3.3.90.30.05 - Material para Escritório X X

3.3.90.30.06 - Material de Desenho X X

3.3.90.30.08 - Produtos Alimentícios X X

3.3.90.30.09 - Forragens e outros Alimentos para Animais X

3.3.90.30.10 - Material Médico e Hospitalar (atividades operacionais)

X

3.3.90.30.12 - Medicamentos (atividades operacionais) X

3.3.90.30.13 - Materiais de Laboratório e Produtos Químicos em Geral

X X

3.3.90.30.15 - Material Fotográfico, Cinematográfico e de Comunicação

X X

3.3.90.30.17 - Artigos para Limpeza e Higiene X X

3.3.90.30.19 - Mat. p/ Manut. e Reparos de Imóveis de Prop. Adm. Publ.

X X

3.3.90.30.20 - Material Elétrico X X

Page 44: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

44

3.3.90.30.21 - Material p/ Manut. e Reparos Bens Dom. Público ou Terceiros

X X

3.3.90.30.22 - Ferramentas, Ferragens e Utensílios X X

3.3.90.30.23 - Material p/ manutenção de veículos Automotores

X X

3.3.90.30.24 - Peças e acessórios p/ equip. e outros mat. Permanentes

X X

3.3.90.30.25 - Material de Segurança e Apetr. Operacionais e policiais

X X

3.3.90.30.26 - Combustíveis e Lubrificantes p/ Veículos Automotores

X X

3.3.90.30.27 - Comb. e Lubrificantes p/ Equip. e outros Mat. Permanente

X X

3.3.90.30.29 - Sementes, Mudas de Plantas e Insumos X X

3.3.90.30.30 - Material p/ Acondicionamento e Embalagens X X

3.3.90.30.31 - Livros Técnicos X X

3.3.90.30.32 - Material Cívico e Educativo X X

3.3.90.30.33 - Combustíveis e Lubrificantes para Aeronaves X

3.3.90.30.34 - Peças e Acessórios para Aeronaves X

3.3.90.30.35 – Hortifrutigranjeiros X X

3.3.90.30.99 - Outros Materiais X X

3.3.90.31.01 - Prêmios, Diplomas, Condecorações e Medalhas

X X

3.3.90.33.01 – Passagens X X

3.3.90.33.02 - Despesas com Táxi, Passes e Pedágios X X

3.3.90.33.03 - Fretamento e Locação (Mudança de Militar) X X

3.3.90.35.01 - Serviços de Consultoria - Pessoa Física X X

3.3.90.35.02 - Serviços de Consultoria - Pessoa Jurídica X X

3.3.90.36.05 - Locação de Serviços Técnicos e Espec. - Pessoa Física

X X

3.3.90.36.06 - Fornecimento de Alimentação (Pessoa Física) X X

3.3.90.36.07 - Confecção em Geral (Pessoa Física) X X

3.3.90.36.10 - Eventuais de Gabinete X X

3.3.90.36.11 - Locação de Bens Imóveis (Pessoa Física) X X

3.3.90.36.12 - Despesas Miúdas de Pronto Pagamento X X

3.3.90.36.15 - Encargos Financeiros (Pessoa Física) X X

3.3.90.36.16 - Reparo e Manutenção de Veículos (Pessoa Física)

X X

3.3.90.36.17 - Reparo de Equip, Instalações e Mat. Permanente (Pessoa Física)

X X

3.3.90.36.18 - Reparos de Bens Imóveis X X

3.3.90.36.19 - Conferências e Exposições X X

3.3.90.36.99 - Outras Despesas Pagas a Pessoas Físicas X X

Page 45: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

45

3.3.90.37.01 - Locação de Serviço de Conservação e Limpeza

X X

3.3.90.37.02 - Locação de Serviços de Apoio Administrativo X X

3.3.90.39.03 - Fornecimento de Alimentação (Pessoa Jurídica)

X X

3.3.90.39.04 - Confecção em Geral X X

3.3.90.39.05 - Transporte e Acondicionamento de Animais X

3.3.90.39.06 - Transporte e Acondicionamento de Materiais X X

3.3.90.39.07 - Impressão e Encadernação X X

3.3.90.39.08 - Publicação e Divulgação (exceto Imprensa Oficial)

X X

3.3.90.39.09 - Publicidade (somente Aj. Geral) X

3.3.90.39.11 - Assinatura de Jornais e Revistas e Periódicos X X

3.3.90.39.12 - Energia Elétrica X X

3.3.90.39.13 - Água e Esgoto X X

3.3.90.39.16 - Locação de TV por Assinatura X X

3.3.90.39.17 - Locação de Veículos X X

3.3.90.39.18 - Reparos de Veículos X X

3.3.90.39.19 - Locação de Máquinas e Equipamentos X X

3.3.90.39.20 - Locação de Bens Imóveis X X

3.3.90.39.21 - Reparos Equipamentos, Instalações e Mat. Permanente

X X

3.3.90.39.22 - Reparos de Bens Imóveis X X

3.3.90.39.23 - Recepção, Hospedagem, Homenagens e Festividades

X X

3.3.90.39.24 - Cursos, Exposições, Congressos e Conferências

X X

3.3.90.39.26 - Encargos Financeiros X X

3.3.90.39.30 - Multas de Trânsito X X

3.3.90.39.31 - Locação de Serviços Gráficos X X

3.3.90.39.34 - Seguro de Aeronaves X

3.3.90.39.35 - Reparos e Manutenção de Aeronaves X

3.3.90.39.37 - Taxa de Condomínio X X

3.3.90.39.38 - Serv. Imp. e Encadernação Executados pela Impressa Oficial

X X

3.3.90.39.41 – Anuidades X

3.3.90.39.42 - Serviços Gráficos e Segurança (somente Ajudância-Geral)

X

3.3.90.39.50 – Serviços de Agenciamento de Viagens (somente Ajudância-Geral)

X X

3.3.90.39.99 - Outros Serviços Pessoa Jurídica X X

3.3.90.47.01 - Obrigações Tributárias e Contributivas X X

3.3.90.92.01 - Despesas de Exercícios Anteriores X X

Page 46: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

46

3.3.90.93.01 - Ajuda-de-Custo X X

3.3.90.93.99 - Outras Indenizações e Restituições X X

A Natureza de Despesa 4.4.90.52 refere-se à despesas de capital e à classificação é de material permanente ( veículos, mobiliário, equipamentos não consumíveis e máquinas ect )

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADES

2.002 4.273

4.4.90.52.03 - Armamento e Equipamento de Uso Policial X X

4.4.90.52.04 - Máquinas, Aparelhos, Utensílios e Equip. de Uso Industrial

X X

4.4.90.52.05 - Embarc., Pontões, Diques, Flutuantes, Componentes Estruturais

X

4.4.90.52.08 - Equip. de Som, Vídeo, Fotográficos e Cinematográficos

X X

4.4.90.52.09 - Equip.Hospitalares, Odont. e de Lab. (ativ.operacional)

X

4.4.90.52.10 - Ferramentas, Equip. e Instrum. Oficina, Medição e Inspeção

X X

4.4.90.52.11 - Instrumentos Lab., Médicos e Odont. (ativ. operacional)

X

4.4.90.52.12 - Máquinas, Aparelhos, Utensílios e Equip. Uso Administrativo

X X

4.4.90.52.13 - Material Esportivo e Recreativo X X

4.4.90.52.14 – Mobiliário X X

4.4.90.52.17 – Veículos X X

4.4.90.52.19 - Instrumentos Musicais e Artísticos X X

4.4.90.52.20 - Equipamento de Segurança Eletrônica X X

4.4.90.52.99 - Outros Materiais Permanentes X X

Page 47: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

47

CAPÍTULO VII

A Seção de Orçamento e Finanças-SOFI e os Agentes de Atividade/Projeto

na Unidade Executora do CBMMG

Dentro da Gestão Financeira e Orçamentária do CBMMG, a Seção de Orçamento

e Finanças – SOFI de uma Unidade Executora possui a função operacional do

Sistema Integrado de Administração Financeira –SIAFI. O SIAFI é um sistema

informatizado que é controlado pelo Estado com o objetivo de estabelecer a

contabilidade pública do erário exercendo um controle das movimentações

financeiras da Unidade Executora. A Resol CBMMG n. 003/2000 prevê as

atribuições do Chefe da SOFI:

a) assessorar o Ordenador de Despesas, atuando como elemento técnico nas

atividades orçamentárias e financeiras da Unidade Executora - UE;

b) providenciar o recebimento dos créditos orçamentários e das liberações

escriturais de responsabilidade da Unidade Executora e a execução de toda sua

movimentação, na forma da legislação vigente;

c) providenciar os pagamentos e os recolhimentos obrigatórios, na forma da

legislação vigente;

d) providenciar a elaboração de documentação de registro e de informação da

movimentação financeira da Unidade Executora, consoante normas e instruções

específicas;

e) conferir e autenticar, antes de ser submetido à consideração do Ordenador de

Despesas, todos os papéis e documentos que importem em alteração da

situação financeira da Unidade Executora;

f) providenciar a guarda, consoante instruções específicas, dos valores entregues

à UE como cauções ou outras garantias;

g) providenciar a quitação de todas as importâncias e valores que forem

entregues ao setor financeiro para qualquer fim;

h) organizar os processos de despesas, de adiantamentos e de prestação de

contas da Unidade Executora, na forma de instruções específicas;

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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i) informar ao Ordenador de Despesa as irregularidades ou alterações, tomando

ou solicitando as providências necessárias, conforme o caso;

j) executar as fases de empenho, liquidação e pagamento das despesas, reunindo

os comprovantes de entrega do material ou da prestação do serviço e demais

documentos pertinentes, formalizando o processo de despesas;

l) providenciar o ajuste das contas do pessoal civil e militar desligado da Unidade

Executora, de acordo com as normas e instruções específicas;

m) ficar em condições de, mediante ordem de autoridade competente, prestar

quaisquer esclarecimentos sobre os assuntos orçamentários e financeiros da

Unidade Executora;

A função de Chefe da SOFI deverá ser atribuída a Oficial, observado o DD/QOD. Excepcionalmente, desde que autorizado pelo Diretor de Contabilidade e Finanças, tal função poderá ser atribuída a Subtenente ou Sargento habilitado tecnicamente.

Quanto ao sistema SIAFI, o Decreto 35.304/1993 assim enuncia seus objetivos

básicos:

I - simplificar, racionalizar e uniformizar a gestão orçamentária e financeira

das receitas e despesas;

II - otimizar a administração e o controle dos recursos públicos.

As funções básicas do SIAFI-MG são as seguintes:

I - elaboração orçamentária;

II - programação da execução orçamentária;

III - execução orçamentária;

IV- execução financeira;

V - contabilização.

Aos órgãos usuários do SIAFI-MG:

I - obrigatórios: os órgãos da Administração Direta, as autarquias, fundações

públicas e fundos do Poder Executivo;

Page 49: Orçamento  público básico para servidores do CBMMG

Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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II - por opção: os órgãos e entidades dos Poderes Legislativo e

Judiciário, o Tribunal de Contas e o Ministério Público.

Nos casos de utilização do SIAFI-MG pelos usuários referidos como por opção

(órgãos e entidades dos Poderes Legislativo e Judiciário, o Tribunal de

Contas e o Ministério Público), os procedimentos relativos às funções do sistema

serão adaptados, no que couber, de modo a observar os princípios

constitucionais de autonomia administrativa e financeira.

As Secretarias de Estado da Fazenda e do Planejamento e Coordenação

Geral são responsáveis por instruções necessárias à implantação e operação do

SIAFI-MG. O SIAFI é um sistema informatizado do Estado, através da Prodemge,

que registra, controla financeiramente e realiza os empenhos, liquidação e

pagamentos de despesa pública por alimentação de dados por comandos

realizados por servidores da SOFI da Unidade Executora.

A seguir, temos um exemplo de uma tela informatizada do sistema SIAFI:

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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Para exemplificar a operacionalização, pelos servidores da SOFI, do sistema

SIAFI, apresenta-se uma tela de opções a serem acessadas e sua sequencia de

comandos. Para o exemplo de acesso ao SIAFI pelos servidores que operam o

sistema na SOFI da Unidade Executora, mostra-se uma sequência de telas para

a fase de empenho da despesa pública para que possa haver a regular execução

orçamentária. As telas seguintes não mostram a telas intermediárias do Sistema

Integrado de Administração Financeira- SIAFI de mensagens ou de Unidades

orçamentárias.

Após Enter, teremos as seguinte telas para execução de um empenho no SIAFI.

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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Após a tela do SIAFI anterior, temos a tela de Apropriação de empenho ao qual se

escolhe o histórico da forma de empenhar a despesa que será seguida pela tela:

Após teclar F5, tem-se a próxima tela para concluir o empenho da despesa:

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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Na tela anterior, se for teclado F5, estará processado o empenho cujo número do

documento será o número do empenho gerado. As telas de empenho serão

impressas para controle do Chefe da SOFI.

Nos sistemas informatizados de controle estatal, existe a interface do SIAD

através do Portal de Compras do Estado no site www.compras.mg.gov.br com o

Sistema Integrado de Administração Financeira -SIAFI para fins de conformidade

na execução de contratos, controle de pagamentos e ajuste contábil público

dentre outras atividades da gestão físico orçamentária pública. Esta interface vem

se intensificando para melhor controle entre o que é real, o que é fisicamente

executado e o que é financeiramente executado dentro das Unidades

Executoras.

A Lei Federal 8.666 de 21 de junho de 1993 que regulamenta o art. 37, inciso XXI,

da Constituição Federal, instituindo normas para licitações e contratos da

Administração Pública traz as modalidades de licitação de Concorrência, Tomada

de preços, Convite, Concurso e Leilão. Em 2002, a Lei Federal 10.520 institui a

nova modalidade de licitação no país: o pregão. Minas Gerais, por força da Lei n.

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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14.167 de 10 de janeiro de 2002, adota o pregão como modalidade pública de

compra para bens e contratação de serviços comuns. A regulamentação do

pregão, no âmbito do Estado de Minas Gerais, está contida no Decreto n. 44.786

de 18 de abril de 2008 e esta é a modalidade de compra mais utilizada no

CBMMG.

Realizada a compra por uma das modalidades de licitação, em especial o pregão,

a autoridade competente da Unidade Executora, verificada a regularidade da

empresa vencedora do certame, permitirá o empenho da despesa no Sistema

Integrado de Administração Financeira –SIAFI.

Assim, temos a importante regra para a regular execução orçamentária da

despesa pública, cuja importância torna seu enunciado repetitivo ao longo da obra,

sendo como:

NÃO HÁ DESPESA PÚBLICA SEM PRÉVIO EMPENHO

O empenho é classificado como ordinário sendo aquele destinado a atender a

despesa de valor exato ao qual processamento seja feito por uma única nota de

liquidação e ordem de pagamento tendo, a título de exemplo, a compra de uma

mercadoria específica. O empenho é classificado como por estimativa quando é

destinado a atender a despesa para as quais não se possa determinar o valor

exato como despesas com serviços de telefonia ou energia elétrica e podem ser

reforçados mediante procedimento próprio. O empenho é classificado como global

quando destina-se a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas a

parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado.

Os agentes do sistema N-AFCA-BM, em especial, o Agente de Atividade e o

Chefe da SOFI devem ficar atentos ao calendário de data final para a fase de

empenho da despesa no ano, por meio do Decreto estadual de encerramento

de exercício financeiro.

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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Giacomoni (2009), ao citar a Lei Federal 4.320/1964, elenca a NOTA DE

EMPENHO como:

documento com os dados do credor, a especificação e a importância da despesa sendo a mesma a formalização de que o Estado reconhece o compromisso com o fornecedor de material ou serviço contratado pela Administração Pública.

O outro estágio da despesa é a liquidação que assim é conceituada:

A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tornando-se por base os títulos e documentos que comprovam o respectivo crédito. A verificação deverá apurar: (I) a origem e objeto do que se deve pagar; (II) A importância exata a pagar; (III) a quem se deve pagar a importância, isto é, o credor. (GIACOMONI, 2009, p. 303)

Quanto a esta fase da execução da despesa pública, o Decreto 37.924/1996

pressupõe que “ ... toda despesa será liquidada mediante exame prévio de sua

legalidade, com base nos documentos comprobatórios exigidos em legislação

específica e emissão da respectiva Nota de Liquidação...”. Tal exigência, obriga o

Administrador público a obedecer a mais um rito burocrático em meio a suas

ações de gestão, exigindo maior preparo técnico do servidor público encarregado.

O treinamento, de forma geral, é tratado como importante fator de

desenvolvimento técnico e de integração em qualquer organização.

O último estágio obrigatório da despesa, o pagamento, ocorre após efetivação do

estágio de liquidação e será precedido pela “ordem de pagamento” para se

processe o pagamento propriamente dito. Giacomoni (2009, p. 303) assim

assevera sobre a “ordem de pagamento” que esta “...será emitida após liquidação,

constitui-se em despacho exarado por autoridade competente”. Para fins práticos,

a fase de pagamento é um comando de dados sistêmicos lançados no sistema

SIAFI.

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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No âmbito do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, por positivação da

Resolução que aprova as Normas de Execução dos Recursos Orçamentários –

NERO-BM, a autoridade competente para realizar os atos dos estágios da

despesa será composta pelos Oficiais, preferencialmente Tenentes Coronéis, com

a delegação de Ordenador de Despesa.

A Normas de Execução dos Recursos Orçamentários-NERO-BM, do ano de

2012, preconizam que na Unidade Executora, a execução da despesa obedecerá,

em suas diversas fases, às seguintes prescrições:

I - especificação de compra/serviço: será registrada no SIAD pelo Agente

Coordenador da Atividade;

II - empenho: deverá ser elaborado pela SOFI (Seção de Orçamento e

Finanças) ou correspondente, mediante solicitação do Agente Coordenador da

Atividade e existência de crédito disponível para aquela finalidade, aprovado pelo

Agente de Coordenação e Controle e homologado pelo Ordenador de Despesas,

mediante sua assinatura e do Chefe da SOFI ou correspondente;

III - liquidação: será realizada pela SOFI ou seção correspondente da Unidade

Executora que emitiu o empenho, constituindo uma fase da movimentação da

despesa, devendo ser assinada pelo Ordenador de Despesas e Chefe da SOFI ou

correspondente. Deverá ser aprovada pelo Agente de Coordenação e Controle;

IV - pagamento: será processado, também, pela SOFI ou seção equivalente da

Unidade Executora que elaborou o empenho e fez a liquidação, cuja ordem de

pagamento deverá ser assinada pelo Ordenador de Despesas e Chefe da SOFI ou

correspondente.

Toda documentação decorrente das operações realizadas no SIAFI deverá

permanecer arquivada na Unidade Executora, através de sua SOFI ou seção

equivalente, compondo o processo normal de despesa ou receita. Estes

processos realizados na SOFI serão certificados digitalmente pelos

Ordenadores de Despesas.

A Diretoria de Contabilidade e Finanças – DCF baixará as instruções específicas

para emissão de empenho e pagamento através do SIAFI, bem como incluirá, em

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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suas rotinas de Supervisão Técnica, o exame das notas de empenho e demais

documentos emitidos, constando em seu relatório observações sobre erros que

indiquem o desconhecimento de normas por detentores de funções ou encargos

atinentes ao Sistema N-AFCA/BM, sugerindo treinamento ou substituição dos

mesmos.

Após a emissão do empenho e o recebimento do serviço ou material pelo setor de

Almoxarifado ou outro setor da Unidade Executora, deverá ser emitida a nota

fiscal pelo fornecedor para que seja liquidada na Seção de Orçamento e Finanças

– SOFI da Unidade. Porém, antes de a nota fiscal do fornecedor ser processada

como liquidada na SOFI, o serviço ou material adquirido pela Administração

Pública deve ser avaliada pela Comissão Permanente de Avaliação e

Recebimento de Material – CPARM que assim é descrita pelo art. 5º da

Resolução CBMMG n. 97 de 28 de abril de 2003:

A Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de

Material (CPARM) será constituída por três membros

dentre os integrantes da Unidade Executora, cabendo a

presidência a um oficial e Obrigatoriamente, um membro

da Comissão de Licitação da Unidade (CLU).

As participações do Agente de Coordenação e Controle, do Chefe da Seção de

orçamento e finanças - SOFI e do Ordenador de Despesas são vedadas para

compor CPARM. A Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de

Material- CPARM, sempre presidida por Oficial, possui a responsabilidade pelo

recebimento do material comprado pelo Estado. A CPARM, ao constatar

irregularidade do objeto analisado, adotará a providência de cientificar o setor

responsável da Unidade para que ocorra a devolução do material ao fornecedor

para correção das falhas ou irregularidades. A atuação da CPARM garante ao

Chefe da SOFI que as Notas Fiscais de material que devem ser liquidadas e

pagas pelo Estado estão em conformidade física, ou seja, a administração

recebeu o objeto comprado de acordo com qualidade e quantidade exigida.

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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O presidente e o secretário da Comissão de Licitação da Unidade ( CLU) não poderão integrar a Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material (CPARM).

Assim, elenca-se algumas disposições da Resol CBMMG 97/2003: em toda

Unidade Executora do Corpo de Bombeiros Militar haverá uma Comissão

Permanente de Avaliação e Recebimento de Material -CPARM. Cabe à Comissão

Permanente de Avaliação de Material - CPARM inspecionar, conferir, avaliar o

material adquirido pela Unidade Executora e recebê-lo formal e solidariamente

com o Agente Administrativo responsável pela guarda do material e viatura, bem

como os materiais recebidos por intermédio de doação, convênio, Cessão de

Uso/Comodato ou contrato; examinar e avaliar o imóvel a ser adquirido para a

Unidade ou imóvel a ser locado, alienado, permutado ou descarregado da

Unidade; examinar a avaliar material e viatura indicado para descarga, para baixa

de estoque, para alienação ou permuta de acordo com a legislação vigente;

examinar a avaliar material e viatura que se encontra fora da carga, de acordo

com a legislação vigente.

A Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material (CPARM) será constituída por três membros dentre os integrantes da Unidade Executora, cabendo a presidência a um oficial e Obrigatoriamente, um membro da Comissão de Licitação da Unidade (CLU). Ficam vedadas as participações do Agente de Coordenação e Controle, chefe da SOFI e do Ordenador de Despesas na CPARM.

Havendo necessidade, a Comissão poderá contar com o concurso de peritos ou

pessoas com abalizado conhecimento técnico para auxiliarem nos trabalhos de

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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avaliação mediante autorização do Comandante ou Chefe através solicitação dos

integrantes da CPARM.

Dentre as missões e atribuições dos Encarregados ( Almoxarifes, Seção de Apoio

Logístico - SAO ect ) com subordinação ao Agente de Coordenação e Controle (

B/4 ou similar), temos a importante figura administrativa do AGENTE

COORDENADOR DA ATIVIDADE OU PROJETO, ou simplesmente, Agente de

Atividade positivado pela NERO-BM e outros mecanismos normativos.

A Resolução CBMMG n. 03/2000, em seu artigo 30, define as principais

atribuições dos Agentes Coordenadores de Projeto e/ou Atividade:

I - coordenar a execução, em sua Unidade Executora, do Projeto ou Atividade sob sua responsabilidade, de modo a assegurar o atingimento das metas respectivas nos prazos previstos; II - adotar ou propor as medidas tendentes a assegurar a adequada execução do Projeto ou Atividade; III - manter o Ordenador de Despesa e o Agente de Coordenação e Controle permanentemente informados sobre a execução do Projeto ou Atividade, particularmente no tocante à disponibilidade de crédito em cotejo com os encargos a atender; IV - participar ou acompanhar as licitações de interesse do Projeto ou Atividade; V - emitir parecer, quanto ao mérito, nos processos de prestações-de-contas de adiantamentos concedidos à conta do Projeto ou Atividade; VI - preparar os documentos afetos à sua atividade destinados aos Gerentes de Projeto e/ou Atividade.

O Ordenador de Despesas designará Agentes Coordenadores de Atividades para

atuação no âmbito de sua Unidade Executora. Como exemplo das Atividades da

classificação orçamentária a serem de responsabilidade do Agente de Atividade

citamos algumas: o oficial B/1 ( setor de pessoal dentro da Unidade Executora) ou

equivalente é Agente da Atividade 2021, 2002, 4273 e 4366 (todas as atividades

relacionadas com pessoal (exemplos: diárias de viagem, mudança, ajuda-de-

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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custo, passagem e outras); o oficial B/3 ( setor de planejamento operacional

dentro da Unidade Executora) ou equivalente é Agente das Atividades 4366 e

1268; o oficial B/5 ( setor de comunicação dentro da Unidade Executora) é Agente

da Atividade 2021; Oficial encarregado do Setor de informática é Agente de

Atividade 2427 e 4086; o Oficial encarregado das comunicações é Agente da

Atividade 4365; o Oficial Almoxarife é o Agente das Atividades 2002, 2087 e 4273

e o Chefe da Seção de Manutenção e Transporte das Atividades 2002 e 4273. No

anexo A, há descrição das Atividades principais da classificação orçamentária.

É de extrema importância que todos os agentes do sistema N-AFCA-BM estejam atentos a todas as alterações anuais, e no decorrer do ano, nas Normas de Execução dos Recursos Orçamentários –NERO, bem como as prescrições e normas das Unidades e Controle interno do CBMMG.

Em cada Unidade Executora haverá Agentes Coordenadores de Atividades para

cada atividade, com publicação em Boletim Interno de sua designação ou

substituição, assim como os demais Agentes do Sistema N-AFCA/BM, podendo

ser designados tantos auxiliares quantos forem necessários para desempenho

efetivo dos trabalhos, conforme as peculiaridades. Os demais Agentes do Sistema

N-AFCA/BM devem ter suas designações e substituições publicadas em Boletim

Interno.

Nas Unidades Executoras em que não houver quadro de Oficiais com as funções

previstas ou correspondentes, serão Agentes Coordenadores de Atividades, os

Subtenentes ou Sargentos com qualificações técnicas para tal, conforme

entendimento do Ordenador de Despesas.

É de responsabilidade do Agente Coordenador de cada Atividade manter rigoroso controle diário dos créditos recebidos por natureza da despesa e fonte de recurso, bem como dos valores empenhados em cada item da despesa, consolidando tais dados mensalmente e mantendo-os em arquivo para futuras fiscalizações.

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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O controle da disponibilidade de crédito orçamentário por item de despesa, na

tela do sistema SIAFI para a Unidade Executora, por parte do Agente de

Atividade possibilitará a aferição da necessidade de se realizar pregões ou

cotações eletrônicas.

O atraso no recebimento das faturas não exime o Ordenador de Despesas da responsabilidade pelo pagamento após o vencimento, visto que as concessionárias possuem o serviço de emissão de 2ª via “online”, cabendo ao Agente de Atividade rigoroso acompanhamento quanto à emissão de faturas e controle das datas de vencimento. ( Art. 28 da Inst. Tec. Conjunta n. 02/2009) O Agente de Coordenador de Atividade não poderá acumular função na Seção de Orçamento de Finanças-SOFI na Unidade Executora.

Com a junção dos diversos fatores administrativos e burocráticos, evidencia-se a

complexidade procedimental que permeia o fluxograma de procedimentos de

gestão orçamentária e logística de um ente público, ao qual o Corpo de Bombeiros

Militar de Minas Gerais- CBMMG se infere. Em uma sinopse envolvendo uma

compra pública, desde seu planejamento, suas fases ou tipos de licitação, as

práticas de empenho, liquidação e pagamento ao fornecedor por parte da Seção

de Orçamento e Finanças – SOFI, o recebimento de material ou serviço e seus

lançamentos no Sistema Integrado de Administração de Materiais – SIAD,

percebe-se que há uma demanda de esforço diferenciado entre os diversos

setores dentro de uma Unidade Executora.

Toda operacionalização logística e controle orçamentário de qualquer

organização exige uma alocação eficiente dos recursos materiais que possam

garantir a manutenção da estrutura institucional existente. O correto e otimizado

amparo logístico da Corporação passa, obrigatoriamente, pelos ritos

procedimentais das compras públicas controlados pelos sistemas informatizados

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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do Estado. A conceituação básica dos processos de aquisição e contratação de

serviços pelo ente público são tratados em disciplina relativa à gestão patrimonial,

não cabendo detalhes a uma obra sobre orçamento público.

Dentre as modalidades de compra pública por dispensa de Licitação em razão do

valor, no âmbito do Estado, cita-se a Cotação eletrônica de Preços- COTEP

instituída pelo Decreto estadual 43.698/2003, que destaca-se nesta obra por ser

uma espécie de compra vinculada a limites de valores dentro de um item de

despesa da classificação orçamentária no mesmo exercício financeiro. A COTEP

apenas pode ocorrer no valor máximo de R$ 8.000,00 por item de despesa, no

mesmo exercício financeiro e mesma Unidade Executora, conforme

classificação orçamentária estuda em capítulo anterior.

O lançamento, execução operacional e finalização da Cotação Eletrônica de

Preços ocorre no Portal de Compras do Estado e ela deve ficar com acesso livre

para que os fornecedores possam efetuar seus lances por período mínimo de 08 (

oito) horas úteis após o sistema de compras notificar os fornecedores. A

notificação do sistema alerta os participantes que possuem linha de fornecimento

de material ou serviço pertinente ao objeto da COTEP.

Recomenda-se um critério maior na adoção da COTEP como modalidade de compra, pois seus limites de valor por item de despesa jamais devem ser ultrapassados. Uma vez realizado Pregão de qualquer valor no item de despesa, não se utiliza COTEP no mesmo item de despesa dentro da Unidade Executora no mesmo exercício financeiro.

A Cotação Eletrônica de Preços- COTEP, por ser uma dispensa de Licitação, é

um processo rápido de compra que dispensa publicação, edital e deve ser

utilizado para objetos de natureza comum. A utilização de COTEP para compras

que deveriam ser realizadas pela modalidade de Licitação Pregão ou outra

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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modalidade não deve ocorrer sob pena de configurar falta de planejamento da

Unidade Executora.

É estritamente necessário obedecer aos parâmetros da Resolução SEPLAG nº

61 de 29 de novembro de 2005 na adoção da COTEP como modalidade de

compra em conformidade com a Lei nacional de licitações e Contratos.

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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CAPÍTULO VIII

Das responsabilidades dos agentes e autoridades públicas na gestão

financeira e orçamentária

Além da Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de

Responsabilidade Fiscal, que define os limites de gastos por parte da União,

Estados e Municípios, existem vários mecanismos legais punitivos. A lei de

responsabilidade fiscal pressupõe a atuação responsável com as finanças

públicas como abaixo é asseverado:

A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. ( LEI COMPLEMENTAR 101/2000, art. 1º)

Assim, temos as positivações de cunho mais direto à prática de execução

orçamentária como se segue neste capítulo.

A Lei Federal 8.429 de 02 de junho de 1992 sobre as sanções aplicáveis aos

agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,

cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou de

fundações preconiza diversas providências no sentido de dar maior

responsabilização aos agentes públicos que lidam com o erário.

Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,

contra a Administração Pública, de empresa incorporada ao patrimônio público ou

de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos

conforme Lei.

As disposições de improbidade administrativa são aplicáveis àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. (LEI 8429/1992, art. 4°)

Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,

do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. No caso de

locupletamento, ou seja, enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou

terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Neste caso,

e quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público caberá a

autoridade administrativa responsável pelo inquérito ou Inquérito Policial Militar -

IPM representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do

indiciado.

Para definição dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam

Enriquecimento Ilícito considera-se auferir qualquer tipo de vantagem

patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego

ou atividade nas entidades mencionadas na lei 8.429/1992. Assim cita-se:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer

outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem,

gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser

atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente

público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,

permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas

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Abel Moura Fonseca Ações de gestão para o interesse público

Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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entidades públicas ( administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território,

de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou

custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do

patrimônio ou da receita anual ) por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,

permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal

por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou

material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das

entidades públicas ( administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território,

de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou

custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do

patrimônio ou da receita anual) , bem como o trabalho de servidores públicos,

empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para

tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de

contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa

de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para

fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer

outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de

mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades públicas da

administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa

incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o

erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio

ou da receita anual;

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou

função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à

evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou

assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de

ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do

agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de

verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,

para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou

valores integrantes do acervo patrimonial das entidades públicas;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do

acervo patrimonial público.

Para definição dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo

ao Erário considera-se qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje

perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ( atribuir baixo preço na

venda) ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas na Lei

Federal 8.429/1992. Assim, cita-se:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio

particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores

integrantes do acervo patrimonial das entidades públicas;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,

rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades

mencionadas na lei de improbidade administrativa, sem a observância das

formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda

que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do

patrimônio de qualquer das entidades mencionadas na lei de improbidade

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administrativa, sem observância das formalidades legais e regulamentares

aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do

patrimônio de qualquer das entidades referidas na lei de improbidade

administrativa, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior

ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por

preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e

regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das

formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou

regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que

diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes

ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,

máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade

ou à disposição de qualquer das entidades públicas na forma da Lei, bem

como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por

essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a

prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar

as formalidades previstas na lei;

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia

dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

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Para definição dos atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os

Princípios da Administração Pública considera-se qualquer ação ou omissão

que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às

instituições. Assim cita-se:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso

daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e

que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da

respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar

o preço de mercadoria, bem ou serviço.

Quanto às penas de improbidade, independentemente das sanções penais, civis

e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato

de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas

isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

Na hipótese dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam

Enriquecimento Ilícito; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao

patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função

pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa

civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar

com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,

direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja

sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

Na hipótese dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao

Erário; ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos

ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função

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pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa

civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio

majoritário, pelo prazo de cinco anos;

Na hipótese dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os

Princípios da Administração Pública; ressarcimento integral do dano, se houver,

perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos,

pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida

pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Na fixação das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente envolvido.

Em virtude destas situações de cunho penal, a posse e o exercício de agente

público fica condicionada à apresentação de declaração dos bens e valores que

compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal

competente e deverá ser anualmente atualizada.

Haverá punição com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar de maneira falsa.

Qualquer pessoa do povo poderá representar ( de forma escrita ou reduzida a

termo e assinada, contendo a qualificação do representante, as informações sobre

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento) à

autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação

destinada a apurar a prática de ato de improbidade administrativa.

Durante todo processo administrativo conforme Lei da improbidade Administrativa

e normas cabíveis de cada instituição, o Ministério Público, se não intervir no

processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de

nulidade.

Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos pela

Lei de improbidade administrativa o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código

de Processo Penal.

A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. (LEI 8429/1992, art. 18)

Quanto às disposições Penais, constitui crime a representação por ato de

improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da

denúncia o sabe inocente com pena de detenção de seis a dez meses e multa.

Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos

danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam

com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

A aplicação das sanções previstas nesta lei independe da efetiva ocorrência de

dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento ou da

aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal

ou Conselho de Contas.

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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No campo da gestão patrimonial, no âmbito do Estado de Minas Gerais, temos

as disposições do Decreto estadual 45.242/2009 para responsabilização dos

agentes públicos competentes.

Ao tomar conhecimento do desaparecimento de materiais ou sua avaria em

razão de uso inadequado, o servidor tem o dever de comunicar a irregularidade

ao seu chefe imediato e o titular do órgão ou entidade a obrigação de determinar

a apuração dos fatos. A apuração ocorrerá mediante registro da ocorrência junto

à Polícia Civil, ou no caso de militar estadual a instauração de Sindicância e

Inquérito Policial Militar - IPM, quando desconhecida a autoria, laudo pericial,

quando couber outros procedimentos apuratórios. O disposto anterior aplica-se

aos danos causados a veículos oficiais que não sejam decorrentes de atos

praticados na direção do veículo.

Comprovado o desaparecimento ou avaria de materiais por culpa ou dolo, em decorrência de processo administrativo, deverão ser adotados procedimentos para imputação de responsabilidades e recomposição do erário.

Dentre os procedimentos de imputação de responsabilidades temos: informar à

Corregedoria do CBMMG ou, quando não houver corregedoria própria,

Superintendência Central de Correição Administrativa da Auditoria Geral do

Estado - AUGE, encaminhar os autos à Procuradoria Jurídica da Autarquia ou

Fundação ou à Advocacia Geral do Estado -AGE na hipótese de o autor do dano

recusar-se a promover administrativamente a indenização ou ressarcimento à

Secretaria ou Órgão Autônomo e instaurar Tomada de Contas Especial- TCEsp,

nos termos da legislação vigente.

O Manual de Tomada de Contas Especial do CBMMG, aprovado pela Resol

CBMMG n. 382/2010 conceitua a Tomada de Contas Especial - TCEsp como um

processo formalizado, de rito próprio, elaborado por uma Comissão de Oficiais ou

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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por um Tomador de Contas, com o objetivo de apurar a responsabilidade daquele

que der causa a perda, extravio, omissão no dever de prestar contas ou outra

irregularidade de que resulte dano ao erário. A TCEsp deve mensurar o valor

atualizado do eventual prejuízo.

O Manual de Tomada de Contas do CBMMG, ao citar o caput do art. 1º, da

Instrução Normativa N°01/2002 do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais,

diz que o Administrador público tomará as providências necessárias à instauração

da Tomada de Contas Especial- TCEsp, nas ocorrências de:

a) omissão no dever de prestar contas;

b) falta de comprovação da aplicação de recursos repassados pelo Estado

ou pelo Município mediante convênio, acordo, ajuste ou instrumento

congênere;

c) ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos;

d) prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte

dano ao erário.

A Tomada de Contas Especial poderá ser conduzida por uma comissão com no

mínimo três Oficiais militares, ou por um único Oficial militar naqueles casos que a

irregularidade for de fácil investigação, sendo que a respectiva Portaria será

elaborada pela Diretoria de Contabilidade e Finanças – DCF para assinatura do

Comandante Geral. O Manual de TCEsp do CBMMG assevera que para

instaurar a respectiva Portaria, deve-se primar por esgotar todas as providências

administrativas internas com vistas ao ressarcimento à Fazenda Pública.

Quanto à recomposição ao erário, esta será em espécie, no valor

correspondente à recuperação do material permanente, no valor

correspondente ao custo de reposição do material ou por substituição do

material por outro de mesmas características. A recomposição ao erário que se

refere a citação a seguir:

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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Caracterizada inequivocamente a responsabilidade, estando ainda o processo na esfera administrativa, fica assegurado ao responsável pela avaria ou desaparecimento do material fazer a recomposição do erário, encerrando-se o processo, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis, nas esferas disciplinar e penal, quando couber. ( DECRETO 45.242/2009, art. 59.) Grifo do autor.

É vedada a recomposição quando se tratar de materiais permanentes singulares,

tidos como históricos, artísticos e culturais.

O militar que primeiro conhecer de irregularidade que implique em TCEsp deverá, sob pena de co-responsabilidade, adotar providências no sentido de comunicar o fato a Diretoria de Contabilidade e Finanças, observada sua cadeia de comando. O respectivo Ordenador de Despesa, concomitantemente à comunicação a DCF, adotará providências com vistas à apuração dos fatos, no âmbito de sua Unidade Executora, através de Sindicância ou IPM, em que constatado o responsável, lhe será facultado o ressarcimento do dano. ( Manual de TCEsp do CBMMG, item 2.3)

Dentre as normas citadas, a Resolução CBMMG nº 003/2000 traça as

responsabilidades dos agentes do Sistema AFCA/BM que envolvem todos os

aspectos funcionais relacionados com sua competência e atribuições no

sistema de administração financeira e contabilidade e auditoria do CBMMG e

serão definidos sob os aspectos civil, disciplinar e criminal, segundo as

prescrições dos diversos dispositivos legais vigentes, além do disposto no

presente na Resolução interna citada. À responsabilidade civil, disciplinar ou

criminal imputada a agente culpado, corresponderá, respectivamente, o

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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ressarcimento de danos ou prejuízos causados à Fazenda Estadual, a sanção

disciplinar e a sanção criminal.

Segundo as conceituações dos agentes do Sistema N-AFCA/BM são

considerados:

I - responsáveis: o Supervisor, o Diretor do Órgão Central, os Gerentes de

Projetos e/ou Atividades e os Ordenadores de Despesa;

II - co-responsáveis: os demais agentes cujas funções se enquadrem nas

conceituações referidas.

As responsabilidades assumidas pelos diversos agentes do Sistema

implicam, obrigatoriamente, em prestação de contas, e só serão definitivamente

liquidadas após a aprovação das contas por julgamento do Tribunal de Contas do

Estado e conseqüente baixa da responsabilidade do agente.

A responsabilidade civil, apurada em Tomada de Contas ou exame de

prestação de contas, determinará, de imediato, por parte da autoridade

competente e sem prejuízo das disciplinares ou criminais, as medidas

necessárias ao ressarcimento do dano ou prejuízo causado à Fazenda Estadual,

sem que tal procedimento implique em baixa da responsabilidade do agente,

que só se dará de acordo o parágrafo anterior.

Na apuração da responsabilidade civil, segundo o artigo 15 da Resolução

CBMMG 03/2000, levar-se-á em conta a competência e as atribuições dos

diversos agentes do Sistema especificados; a ocorrência de casos de força

maior, apurados na forma da legislação em vigor, principalmente no caso de

incêndio, inundações, terremoto ou outros sinistros, estragos produzidos por

animais, abandono ou inutilização de bens em decorrência de epidemias e

moléstias contagiosas, saque ou destruição por terceiros, roubo, furto ou

extorsão, acidente em serviço ou instrução, inutilização de bens pelo uso

continuado em serviço ou instrução, consoante as prescrições legais sobre a

matéria, falência de estabelecimento bancário onde estejam depositados valores

pelos quais responda o responsável por adiantamentos.

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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Quanto à possibilidade de isenção de culpa, artigo 15 da Resolução CBMMG

03/2000, ela se dará nos seguintes casos: pela ocorrência de motivos de força

maior e pelo conjunto de providências da alçada do agente no sentido de evitar ou

diminuir o prejuízo da Fazenda Estadual, bem como, nos casos de roubo ou

extorsão, pela consideração dos aspectos de ausência ou não de culpa e de

evidências de benefício ou não advindas para o mesmo; quando, apesar da

ponderação por escrito do agente executor de ordem que a seu ver implique em

prejuízo ou dano para a Fazenda Estadual ou contrarie dispositivo legal, for

aquele instado pela autoridade superior, formalmente e por escrito, a executá-la;

quando o prejuízo ou dano à Fazenda Estadual for causado por agente

subordinado que exorbitar da ordem recebida, desde que tenha o superior tomado

as providências cabíveis ao inteirar-se do fato; quando a decisão da qual

resultou o dano ou prejuízo à Fazenda Estadual foi fundamentada em

informação, laudo ou parecer incompleto, gracioso ou inverídico.

Na apuração da responsabilidade civil, levar-se-á em conta também a

persistência na ordem a subordinado que tenha ponderado a sua ilegalidade

ou possibilidade de causar dano ou prejuízo à Fazenda Estadual, a falta

antecedente que deu motivo à conseqüente, se for o caso.

A responsabilidade será solidária quando o agente deixar de providenciar, a

tempo, a responsabilização de seus subordinados por dano ou prejuízo à

Fazenda Estadual, a decisão, da qual resultou dano ou prejuízo à Fazenda

Estadual, fundamentou-se em informação, laudo ou parecer de outro agente do

Sistema, ressalvado quando a decisão da qual resultou o dano ou prejuízo à

Fazenda Estadual foi fundamentada em informação, laudo ou parecer incompleto,

gracioso ou inverídico, quando os membros de comissão legalmente constituída,

de comum acordo, praticarem qualquer ato que resulte dano ou prejuízo à

Fazenda Estadual, quando os agentes ou comissões encarregados de inquéritos,

de Tomada de Contas, de inspeção, de fiscalização, de verificação ou de exame

de prestação de contas julgarem regular a situação de qualquer agente do

Sistema e, posteriormente, a tais controles, seja este agente responsabilizado

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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por danos ou prejuízos à Fazenda Estadual, cometidos antes daqueles atos e

desde que fique comprovado que os agentes ou comissões dispunham de

elementos para tornar efetiva a responsabilidade do faltoso, quando qualquer

agente do Sistema, por indisciplina, negligência, desinteresse pelo serviço

ou má-fé, cooperar para a efetivação de dano ou prejuízo à Fazenda Estadual

ou permiti-la por omissão, embora não fosse diretamente envolvido

na circunstância;

Continuando a parte da apuração da responsabilidade civil, temos ainda que

ela ocorre quando o agente responsável por bens e valores públicos e de terceiro

responderá por aqueles bens e valores até que seja julgado o seu correto

emprego ou destino, de acordo com a legislação vigente, quando o agente que

subscrever ou conferir documentos é co-responsável pela autenticidade de

todos os dados nele expressos, e que responda pela omissão e veracidade de

alteração ou observações, legalidade das mesmas e exatidão dos cálculos;

quando a responsabilidade resultante da perda, dano ou extravio de dinheiro e

outros bens entregues eventualmente, por necessidade do serviço, a agentes

subordinados, só será imputada ao agente que fez a entrega quando ficar provada

a culpa deste.

Todos os danos ou prejuízos causados à Fazenda Estadual deverão ser

ressarcidos pelo agente ou pelos agentes solidários responsáveis pela culpa

apurada, excetuados os casos de possibilidade de isenção de culpa, quando

então os prejuízos serão imputados ao Estado.

Será competente para determinar o ressarcimento de danos e prejuízos à

Fazenda Estadual, observadas as prescrições desta Resolução e demais

legislação pertinente:

I - o Ordenador de Despesa, quanto a todos os agentes do Sistema que lhe

estejam subordinados;

II - o Gerente do Projeto ou Atividade, sobre cujos recursos tenha incidido o dano

ou prejuízo, quanto ao Ordenador de Despesa;

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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III - o Diretor do Órgão Central do Sistema, quanto a todos os Agentes do

Sistema, excetuando-se os que lhe forem hierarquicamente superiores;

IV - o Comandante-Geral, quanto a todos os agentes do Sistema;

V - o Tribunal de Contas do Estado, quanto a todos os agentes do Sistema.

Embora, os fatos criminais no âmbito militar estejam sujeitos ao Código Penal

Militar, seguem também as tipificações do Código Penal Comum – CPC, uma

vez que o núcleo do tipo é muito semelhante ao CPM e a Instituição do Corpo de

Bombeiros Militar de Minas Gerais possui servidores civis em seus quadros de

pessoal.

Por força do artigo nono do Código Penal Militar, o servidor militar está sujeito ao

crivo penal militar para as situações de responsabilização na área da gestão

orçamentária e patrimonial, como é positivado:

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;

Para uma explanação sucinta, o Código Penal Comum é citado, para fins de

responsabilização de servidores civis lotados no CBMMG. O artigo 125 da

Constituição Federal, em parágrafo quarto, não oferta competência aos

Tribunais de Justiça Militar estaduais, de julgar civis, como o Tribunal de Justiça

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Militar do Estado de Minas Gerais –TJMMG. Assim, cita-se o texto da Constituição

da República:

Art. 125 – Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. [. . .] § 4º – Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

Seguem-se as principais prescrições de atos criminais no âmbito militar e civil

referentes ao Código Penal Militar e as tipificações do Código Penal Comum –

CPC:

1- O Código Penal Comum – CPC elenca em seu art. 312 o Peculato como

sendo o “ ato de apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer

outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou

desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. Pena de reclusão, de dois a doze anos, e

multa. A mesma pena aplica-se, se o funcionário público, embora não tendo a

posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído,

em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a

qualidade de funcionário.

No Código Penal Militar-CPM , temos o peculato, no art. 303, assim previsto:

Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,

de que tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desviá-lo

em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de três a quinze anos.

§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o objeto da apropriação ou desvio é

de valor superior a vinte vêzes o salário mínimo.

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Peculato-furto

2º Aplica-se a mesma pena a quem, embora não tendo a posse ou detenção

do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em

proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a

qualidade de militar ou de funcionário.

Peculato culposo

§ 3º Se o funcionário ou o militar contribui culposamente para que outrem

subtraia ou desvie o dinheiro, valor ou bem, ou dele se aproprie:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

Extinção ou minoração da pena

§ 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a

sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade

a pena imposta.

Peculato mediante aproveitamento do êrro de outrem

No art. 304. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício

do cargo ou comissão, recebeu por êrro de outrem:

Pena - reclusão, de dois a sete anos.

2- O art. 315 do CPC elenca o Emprego irregular de verbas ou rendas

públicas que preconiza que dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa

da estabelecida em lei culmina na pena de detenção, de um a três meses, ou

multa.

No Código Penal Militar-CPM , temos no art. 331, que assim prevê a aplicação

ilegal de verba ou dinheiro como “Dar às verbas ou ao dinheiro público aplicação

diversa da estabelecida em lei “ cuja pena é detenção de até seis meses.

3- O crime de Concussão positivado no art. 316 do CPC preconiza que exigir,

para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes

de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida culmina na pena de

reclusão, de dois a oito anos, e multa.

O crime de Excesso de exação dentro do artigo referente ao crime de

Concussão ocorre se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe

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ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio

vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. A pena, neste caso será reclusão, de

três a oito anos, e multa; podendo ser de dois a doze anos e multa conforme o

caso.

No Código Penal Militar-CPM , temos no art. 305, que assim prevê a Concussão

como ato de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora

da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

O Excesso de exação

Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido,

empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

4- No CPM, há a previsão do crime de Desvio, previsto no art. 307, que tipifica:

Desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente, em

razão do cargo ou função, para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos.

5- A Corrupção passiva, positivada pelo art. 317 do CPC ocorre se o funcionário

solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora

da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou

aceitar promessa de tal vantagem. A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)

anos, e multa. A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da

vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de

ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

No Código Penal Militar-CPM , temos entre os artigos 308 e 309, que assim

prevê Corrupção passiva como ato de receber, para si ou para outrem, direta ou

indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão

dela vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Aumento de pena

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Orçamento público básico para servidores do CBMMG

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A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou

promessa, o agente retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica

infringindo dever funcional.

Diminuição de pena

Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de ofício com infração

de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

A Corrupção ativa, presente no art. 309 do CPM, prevê que dar, oferecer ou

prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática, omissão ou retardamento

de ato funcional:

Pena - reclusão, até oito anos.

Aumento de pena

A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem, dádiva ou

promessa, é retardado ou omitido o ato, ou praticado com infração de dever

funcional.

6- No Código Penal Militar-CPM, em seu art 310, tipifica a participação ilícita

como ato de participar, de modo ostensivo ou simulado, diretamente ou por

interposta pessoa, em contrato, fornecimento, ou concessão de qualquer serviço

concernente à administração militar, sobre que deva informar ou exercer

fiscalização em razão do ofício:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos.

Na mesma pena incorre quem adquire para si, direta ou indiretamente, ou por

ato simulado, no todo ou em parte, bens ou efeitos em cuja administração,

depósito, guarda, fiscalização ou exame, deve intervir em razão de seu emprego

ou função, ou entra em especulação de lucro ou interesse, relativamente a esses

bens ou efeitos.

7- A Prevaricação, positivada no art. 319 do CPC, e tão comentada na esfera

administrativa, ocorre quando o funcionário retardar ou deixar de praticar,

indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para

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satisfazer interesse ou sentimento pessoal. A pena é detenção de três meses a

um ano e multa.

No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 319, que assim prevê a

prevaricação como ato de retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de

ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou

sentimento pessoal:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

8- No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 320, que assim prevê o

crime de Violação do dever funcional com o fim de lucro, sendo o ato de

Violar, em qualquer negócio de que tenha sido incumbido pela administração

militar, seu dever funcional para obter especulativamente vantagem pessoal, para

si ou para outrem:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

9- No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 321, que assim prevê o crime

de Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento como ato de

extraviar livro oficial, ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do

cargo, sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o fato não constitui crime mais grave.

10- A Condescendência criminosa, art. 320 do CPC preconiza que deixar o

funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu

infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato

ao conhecimento da autoridade competente culmina na pena de detenção de

quinze dias a um mês ou multa.

No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 322, que assim prevê o crime de

Condescendência criminosa como sendo a ato de deixar de responsabilizar

subordinado que comete infração no exercício do cargo, ou, quando lhe falte

competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - se o fato foi praticado por indulgência, detenção até seis meses; se

por negligência, detenção até três meses.

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Glossário elementar

Elenca-se, a seguir, os termos definidos em normas federais, estaduais e por resoluções do CBMMG.

Adiantamentos: é a autorização concedida a um agente, preferencialmente afiançado pelo Ordenador de Despesa, com prazo certo e finalidade específica, para emprego de recursos, no caso de despesas que, por qualquer razão, não possam subordinar-se ao processo normal de emprego das dotações; Administração: órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente; Administração de material - conjunto de ações destinadas a assegurar a aquisição, registros e controles das atividades relacionadas com o emprego, movimentação e desfazimento dos diversos materiais; Administração Pública: a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidades jurídicas de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas; Agente Responsável ( material): É todo servidor que em virtude do cargo ou função que ocupa, ou em razão de determinação superior, responda pela guarda, depósito, controle ou uso de bens patrimoniais de propriedade do Estado, envolvendo todos os aspectos funcionais (civil, criminal e disciplinar); Assinatura Digital: Mecanismo eletrônico que faz uso da criptografia para assinar (validar) documentos de empenho, reforço, anulação de empenho, liquidação da despesa e ordem de pagamento; Atividade: um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do Governo; Atividade de Auditoria Financeira-Contábil: é a verificação, de maneira científica e sistemática, dos livros contábeis, comprovantes e outros registros financeiros e legais de uma autoridade ou de uma Organização Bombeiro Militar, com o propósito de determinar a exatidão e a integridade da contabilidade, mostrar a verdadeira situação financeira e as operações, e certificar a exatidão dos informes prestados, colhendo dados para estudos econômicos mais desenvolvidos, tais como: estudos de custos, viabilidade, etc.;

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Ato Administrativo: É toda manifestação de vontade da Administração Pública, agindo nessa qualidade, e que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administradores ou a si própria; Balancete Patrimonial: É o documento elaborado de acordo com o plano de contas do Estado, contendo o registro das movimentações de materiais; Balancete de início de exercício: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao início de cada exercício contábil, contendo os valores de saldos referentes ao final do exercício imediatamente anterior, representado por grupos contábeis; Balancete de final de exercício: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao final de cada exercício contábil, contendo os valores do saldo do início do exercício, das entradas e saídas de bens e do saldo final do mesmo exercício; Balancete de início de gestão: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao início de cada gestão contábil, contendo os valores de saldos referentes ao final da gestão imediatamente anterior, representado por grupos contábeis; Balancete de final de gestão: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao final de cada gestão contábil, contendo os valores do saldo do início da gestão, das entradas e saídas de bens e do saldo final da mesma gestão; Balancete Mensal: É o documento que contém os valores das movimentações patrimoniais, demonstrando o saldo inicial do mês, as entradas e saídas dentro do mês e o seu saldo final.O saldo inicial de um mês será sempre igual ao saldo final do mês imediatamente anterior; Bloqueio de Crédito: o adiamento, mediante expressa determinação e por prazo fixado, do poder de disposição sobre o todo ou parte de crédito atribuído a uma entidade, sem importar em sua extinção; Cessão de Uso/Comodato: É o instrumento contratual que formaliza a colocação de Bens móveis e/ou imóveis à disposição da Corporação, sem vínculo financeiro ou permuta, por prazo determinado, implicando na devolução após sua utilização; Comissão: comissão permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes;

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Compra: É aquisição de material mediante pagamento em dinheiro ou ordem de pagamento (OP) mediante Processo Licitatório ou por dispensa ou inexigibilidade de licitação conforme Lei 8.666/93. Pode ser centralizada ou não, de acordo com os interesses da Corporação e o tipo de material a ser adquirido; Consignação: crédito extra-orçamentário originário do desconto efetuado no ato de realização de uma despesa, a favor de terceiro; Conta Escritural: registra as liberações financeiras (repasses) para limite de saques pelas Unidades Executoras; Contrato: considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. O Contratante é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual e o Contratado é a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública; Convênio ou convênio administrativo: é o acordo firmado por entidades públicas de qualquer espécie ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes; Co-responsável: agente que, sob a direção ou supervisão do responsável e sempre em conjunto com este, pratique gestão de recursos ou outros bens públicos; Crédito (orçamentário): a autorização dada pelo Governo para seus agentes efetuarem despesas, expressa no Orçamento Geral do Estado ou em legislação específica sobre créditos adicionais; Dação para Pagamento de Material Extraviado: É uma forma de aquisição de bem material, na qual o doador assim procede para ressarcir ao patrimônio público de bem material extraviado que estava sob sua guarda; Delegação de Competência: procedimento de descentralização administrativa com que confere a outras pessoas poderes para ordenar despesas até o limite de crédito, com responsabilidades inerentes à delegação; Descarga de Material: É o encerramento da vida patrimonial do material permanente, com a retirada da Unidade ou da Corporação, por intermédio de procedimentos próprios para esta finalidade. O processo de descarga deve ser iniciado pelo Almoxarife e supervisionado pela DAL;

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Despesas Correntes: é o grupo de despesas operacionais realizadas pela administração pública, a fim de promover a execução, manutenção e funcionamento de suas atividades. Classifica-se em duas subcategorias: despesas de custeio e transferências correntes; Despesas de Capital: é o grupo de despesas que contribuem para formar um bem de capital ou adicionar um valor a um bem já existente. Classificam-se em três subcategorias: "investimentos", "inversões financeiras" e "transferências de capital”; Despesas de Custeio: destinam-se à manutenção e operação de serviços, como também à manutenção de bens móveis e imóveis. Trata-se de uma contraprestação direta de serviços; Destaque de Dotação (Destaque de Crédito): a forma de se transferir, ao Corpo de Bombeiros Militar ou órgão que deva utilizá-lo, o poder de disposição sobre os créditos constantes do Orçamento do Estado. Tal transferência dá-se em despacho do titular ou de autoridade delegada da Secretaria ou órgão à supervisão do qual estejam os referidos créditos, mediante documento formal; Doação: É a transmissão, sem ônus para o Corpo de Bombeiros Militar, bens móveis, imóveis por intermédio de Entidades Públicas, Privadas, Pessoa Física e/ou Jurídicas em conformidade com as normas legais; Dotação Orçamentária ou Crédito orçamentário: o recurso previsto no Orçamento Geral do Estado, constituindo-se, inicialmente, nos créditos orçamentários atribuídos aos diferentes órgãos e, posteriormente, no numerário correspondente àqueles créditos; Empenho de Despesa: o ato emanado de autoridade competente que cria a obrigação a administração pública, pendente ou não de implemento de condição; é o primeiro passo para a execução do orçamento no que tange a despesa. ( implemento de condição são as formalidades a serem cumpridas para se Ter uma dívida líquida e certa, cuja emissão do empenho não caracteriza). Caracteriza-se pelo registro realizado no sistema informatizado da Prodemge; o SIAFI(Sistema de Administração Financeira); Execução Centralizada: aquela em que o Gerente de Projeto e/ou Atividade executa a despesa através de sua própria Unidade Executora, em benefício de várias outras Unidades Executoras; Execução Concentrada: aquela que é realizada por uma Unidade Executora, diversa da do Gerente, em benefício de outras Unidades;

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Execução Descentralizada: aquela em que o total dos créditos é executado através de delegação do poder de disposição dos mesmos a outras Unidades Executoras; Exercício Financeiro: o período que abrange o conjunto dos fatos de natureza econômico-financeira ocorridos durante a gestão desenvolvida pela administração. O Exercício financeiro compreende o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro em obediência ao Princípio da Anualidade do orçamento público; Gerentes de Projetos/Atividades: Unidades do Corpo de Bombeiros Militar encarregadas da gerência superior de projetos ou atividades em consonância com as políticas setoriais da Corporação e outras diretrizes afins; Guia: É o documento que ampara a movimentação interna e externa de material do Corpo de Bombeiros Militar. A guia quando de transferência de material de capital emitida no sistema SIAD deve ser assinada pelo Almoxarife que entrega o material e pelo Almoxarife que recebe; Inventário: É o procedimento administrativo que consiste no arrolamento físico financeiro de todos os bens móveis e imóveis, e dos materiais de consumo existentes em uma ou mais Unidades Gestoras ou Administrativas; Liberação Escritural: disponibilidade escritural financeira para as Unidades Orçamentárias; no CBMMG, para a DCF; Licitação: o processo destinado a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos; Liquidação: é a verificação do direito do credor, tendo por sua vez os documentos comprobatórios que o material foi entregue, a que devemos pagar e o quanto vamos pagar para extinguir a dívida; Material Permanente: É o material que pelas suas características, não perde a sua identidade física, nem se incorpora a outro bem em razão do uso, que tem durabilidade acima de dois/anos e ainda que devido ao alto custo valorizam o patrimônio da Corporação; Mapa-carga ou Termo de Responsabilidade Total: É o documento informatizado que, dividido em grupos e classes de materiais, retrata a situação da

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carga da Unidade em quantidade e valores, devendo uma via permanecer arquivada no Almoxarifado; Material: designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, acessórios, matérias-primas e outros itens empregados, ou passíveis de emprego, nas atividades dos órgãos, autarquias e fundações do Poder Executivo; Material de consumo: aquele que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física ou tem sua utilização limitada a um prazo de, no máximo, dois anos contados de sua fabricação; Material de Consumo Controlado: É aquele cujo consumo está vinculado a prazos de validade, ou tempo estimado de uso, implicando na confecção de relatório que justifique o seu desaparecimento quando em uso; Material permanente: aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua identidade física ou foi fabricado com expectativa de durabilidade superior a dois anos; Material inservível: é o que não mais possa ser utilizado para o fim a que se destina, em virtude da perda de suas características, de sua obsolescência devido à modernização tecnológica, independentemente do seu valor de mercado; Material ocioso: aquele que, embora apresente condições de uso, não está sendo aproveitado; Material antieconômico: é o que possui manutenção onerosa ou rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; Material recuperável: aquele que, embora esteja com defeito, pode ser recuperado, desde que o custo da recuperação não supere quarenta por cento do seu valor de mercado ou a análise de custo/benefício demonstre ser plenamente justificável a recuperação; Material irrecuperável: material com defeito e que não pode ser utilizado para o fim a que se destina, em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação; Movimentação de Material: É o seu deslocamento de material de um local para outro, caracterizada pela substituição de responsáveis total ou parcial sobre ele. Pode ser interna ou externa. A movimentação deve ocorrer no sistema SIAD de forma eletrônica e entre locais de forma física;

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Movimentação Externa: É o deslocamento do material de uma Unidade para outra, ou de um Centro de Suprimento para uma ou mais Unidades, ou ainda destas para os Centros de Suprimento. que se caracteriza pela substituição do responsável total sobre o material movimentado; Nota Fiscal: É o documento comprobatório da aquisição de um bem ou serviço por intermédio de um fornecedor, na qual se especificam as mercadorias vendidas e serviços prestados com indicação dos preços unitário e global. Orçamento-Programa: a expressão de um plano de trabalho pelo conjunto das ações a serem desenvolvidas e pela especificação dos recursos necessários a sua execução; Ordenador de Despesa: denominação data as autoridades que pratiquem atos de empenhar, liquidar, autorizar pagamentos, adiantamentos ou dispêndios de recursos pelos quais é responsável. No CBMMG, o Ordenador de Despesa é seu dirigente máximo o Comandante Geral que delega esta competência aos Tenentes Coronéis, Coronéis ou outro militar também chefe de Unidade Executora. Órgãos Gerentes: são os órgãos do Corpo de Bombeiros Militar encarregados da gerencia superior de Projetos ou Atividades em consonância com as políticas setoriais da Corporação e outras diretrizes afins. Atualmente a DAL, DRH, AAS e BM/3 são os gerentes de Projetos e Atividades específicos de cada atribuição legal; Parecer Técnico: É o documento emitido por técnico ou perito, visando instruir os processos de aquisição de material ou contratação de Serviços, orientando as Comissões de licitações e Comissões Permanentes de Avaliação e Recebimento de Material, bem como para instrução de processos de baixa de bens por inservibilidade; Parecer de Recebimento: É o documento pelo qual, os bens materiais são incorporados em carga ou registrados no estoque de material da Unidade; Plano: a expressão material da função administrativa de planejamento, que compreende a formulação sistemática de um conjunto de decisões devidamente integradas, apresentando exequibilidade técnica, conveniência econômica e aceitação política e que expressa os propósitos do Governo Estadual e condiciona os meios de alcançá-los;

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Plano de Auditoria: o documento que estabelece os objetivos da atividade da auditoria sistemática e regula sua execução quanto aos órgãos a serem examinados, pessoal participante, datas de realização e condições de apoio; Prestação de Contas: a documentação compreendida pelo demonstrativo e os documentos comprobatórios de receita e despesa - organizada pelo próprio agente, entidade ou pessoa designada, responsável pelo recebimento ou aplicação de recursos financeiros; Programa: é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos; sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; Programa de Auditoria: a ordenação racional das atividades de auditoria, expressa num conjunto de ações integradas, visando a objetivo específico de um exame de auditoria, a fim de servir como esquema para o auditor no curso de seu trabalho; Projeto: um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resultam um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do Governo; Provisão de Crédito (descentralização de cota): instrumento mediante o qual é transferido o poder de decisão sobre determinado crédito, no seu todo ou em parte; Requisição: É o documento de solicitação de material, aos detentores destes, no âmbito da Corporação. Um agente público de uma Unidade Administrativa deve fazer a requisição de forma eletrônica na SIAD para posterior retirada do material no Almoxarifado; Responsável e co-responsável: pessoa legalmente instituída para gerir administrativa, financeira e patrimonial uma unidade que pratica atos de gestão. Especificamente no caso do SIAFI, pode-se dizer dos operadores do sistema, responsáveis pelo registro das transações; Ressarcimento: Ato de indenizar o servidor que realizou despesa devidamente comprovada em favor do Estado mediante autorização ou diligência custeada por ente público; Responsabilidade Total: É a responsabilidade decorrente da guarda e administração de toda a carga patrimonial de uma Unidade Administrativa;

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Responsabilidade Parcial: É a responsabilidade decorrente da guarda e administração de parte da carga patrimonial de uma Unidade Administrativa; Termo de Responsabilidade Parcial: É o documento informatizado que contém todo o material permanente de cada seção ou pelotão no âmbito de uma Unidade Administrativa; Tomada de Contas: o levantamento organizado por serviço de contabilidade analítica, baseado na escrituração dos atos e fatos praticados na movimentação de créditos, recursos financeiros e outros bens públicos, por um ou mais responsáveis pela gestão financeira e patrimonial a cargo de uma Unidade Administrativa e seus agentes, em determinado exercício ou período de gestão; Tomada de Contas Especial: Procedimento para apurar dano ao erário público e apontar seus respectivos responsáveis para adoção de medidas administrativas e penais; Transferências Correntes: dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços ao Estado, incluindo as contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado; Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo estas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública; transferências para a formação ou aquisição de um bem de capital nas entidades ou órgãos beneficiados; Unidade Administrativa: a Organização Corpo de Bombeiros Militar estruturada para exercer administração própria, possuindo competência para realizar atos de gestão de bens do Estado e de terceiros, dependendo entretanto de provisão de créditos para a execução de Projetos e/ou Atividades, ou parcelas dos mesmos, a seu cargo. Sua competência variará com o grau de autonomia que lhe for concedido. Não é contemplada nominalmente no Orçamento Geral do Estado; Unidade Executora: a que dispõe de organização e meios para exercer plena administração própria e tem competência para praticar todos os atos e fatos administrativos decorrentes da gestão de bens do Estado e de terceiros, bem como para estudar, dar parecer e julgar direitos. Representa aquela que o orçamento não atribui recursos, mas que é contemplada com a distribuição dos

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créditos da Unidade a qual está vinculada para a realização dos programas de trabalho; Unidade Orçamentária: a entidade da Administração Pública a que o Orçamento Geral do Estado atribui, especificamente, recursos para o atendimento de seus encargos, possuindo o poder de decisão sobre tais recursos.

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ANEXOS:

Anexo A; Unidades Gerentes e suas respectivas Atividades orçamentárias *

GERENTES de ATIVIDADE

ATIVIDADES

DRH – DAL 2.002 - Planejamento, Gestão e Finanças

DRH 2.058 - Auxílio Transporte, Alimentação,

Funeral e Doença para Servidores Militares

DRH 2.417 - Remuneração do Pessoal Ativo

DRH 7.007 - Proventos de Inativos Militares

DTS 2.427 - Tecnologia da Informação

DE 4.366 - Recrutamento, Treinamento e Formação de

Bombeiros Militares

DRH 2.021 - Assistência e Promoção Social

DAL 2.087 - Reforma e Ampliação de Unidades

Prediais do CBMMG

DRH – DAL 4.273 - Prevenção e Combate a Sinistros

DTS 4.365 - Manutenção e Ampliação do

Sistema de Comunicação

DTS 4.086 – Disseminação de Acesso aos

Sistemas de Informação

AAS 2.052 - Assistência Médico-Psicológica

aos Bombeiros Militares

AAS 2.054 - Assistência Odontológica

a Bombeiros Militares

GERENTES PROJETOS

DAI 1.268 - Coordenação e Controle

das Atividades de Bombeiros Voluntários

*Quadro exemplificativo alterável anualmente pela NERO do CBMMG

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Anexo B; Modelo de Solicitação de Crédito

OBM

Belo Horizonte, de de 2012

Ofício nº /2012 Assunto: Pedido de crédito

Sr. Coronel BM ,( GERENTE DE ATIVIDADE)

Solicito a V. Sa. Crédito Orçamentário, para as despesas

conforme quadro abaixo:

ATV NAT DESP ID OBJETO VALOR R$

Descrever o que será comprado ou

serviço a ser contratado. Não repetir o

a descrição do Item de despesa que

está na NERO.

JUSTIFICATIVA: o porquê da compra ou contratação segundo a

conveniência e oportunidade da Administração Pública. No caso de diárias de

viagem, colocar o valor, em reais, por militar e local da DSP.

, TEN CEL BM

ORDENADOR DE DESPESAS

Legenda: ATV – Atividade NAT DESP- Natureza de Despesa

ID- Item de Despesa

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Anexo C

CADERNO DE EXERCÍCIOS DE ORÇAMENTO PÚBLICO E FINANÇAS

01 - Marque a alternativa incorreta: a) A natureza de despesa 449052 refere-se a despesas de capital ao qual cita-se veículos e mobiliário; b) Dentro do processo orçamentário, temos, em ordem cronológica de aplicação, o PPAG ( Plano Plurianual de Ação Governamental), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA) e de decretos do poder Executivo; c ) As fontes de recursos financeiros para o CBMMG, classificadas por códigos, têm origem tanto de tributos arrecadados, quanto a empréstimos realizados pelo Estado; e) As Normas de Execução dos Recursos Orçamentários –NERO, para um limitado exercício financeiro, define as diretrizes para a execução orçamentária dentro da Corporação. 02- Dentro das Unidades Executoras (Batalhões), qual função não pode ser acumulada com o encargo de membro da CPARM? a) O CBU da Unidade; b) O Chefe da SOFI e o B/4; c) Comandante de Companhia BM; (d) Sub Comandante do Batalhão.

03- Quanto aos quesitos envolvendo a receita, a despesa pública e exercício financeiro, marque as resposta correta. a) A receita e a despesa obedecerão à classificação que advém de ato do poder executivo aprovando lei própria; b) O exercício financeiro coincide com o ano civil e a ele pertencem as receitas, mesmo não arrecadadas; c) as despesas empenhadas não pertencem ao exercício financeiro em que ocorreram; d) As receitas e despesas serão consideradas pertencentes ao exercício financeiro por força de lei. 04- Quanto à execução da despesa, podemos afirmar como resposta incorreta: a) O empenho global abrange as despesas cujo valor poderá ser parcelado; b) O empenho ordinário é destinado a atender a despesa para as quais se possa determinar o valor exato; c) O empenho por estimativa é destinado a atender a despesa para as quais não se possa determinar o valor exato cujo valor não pode ser alterado com reforço; d) O empenho global destina-se a atender a despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado;

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05- O controle e acompanhamento de notas fiscais e faturas a serem pagas pela Unidade Executora é de responsabilidade do: a) Agente de Coordenação e Controle; b) Subcomandante da Unidade; c) Agente de Atividade; d) Coordenador de Bombeiros da Unidade. 06- Quanto à Cotação eletrônica de Preços- COTEP, instituída pelo Decreto 43698/2003, podemos afirmar corretamente: a) A COTEP é uma modalidade de Licitação; b) A COTEP apenas pode ocorrer no valor máximo de R$ 8.000,00 por cada Unidade Executora, independente do item de despesa; c) A execução da COTEP exige a elaboração de edital; d) Uma vez realizado Pregão de qualquer valor no item de despesa, não se utiliza

COTEP no mesmo item de despesa dentro da Unidade Executora no mesmo

exercício financeiro.

07- Quanto ao orçamento público não podemos afirmar que ele: a) É como um instrumento de planejamento de negócios do Estado concebido inicialmente como um mecanismo de controle dos órgãos públicos; b) Um instrumento de gestão de negócios estatais concebido inicialmente como uma forma de controle das instituições públicas; c ) É constituído de um relatório estimativo e uma proposta que garantam a que as ações de Governo não sejam isoladas sendo integrante de um programa abrangente; d) Abrange o conjunto de políticas públicas em geral que não agrega seus custos e nem planos de ação; 08- Das alternativas abaixo, marque a incorreta: a) Os processos de despesa deverão ser auditados pelo Agente de Coordenação e Controle ( B/4 do Batalhão ou Chefe de Seção Administrativa) ou equivalente; b ) O Pregão é a modalidade de Licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns; c ) O EMBM/6 tem a função de coordenar e controlar, programar e descentralizar os créditos orçamentários, visando a plena efetivação dos planejamentos existentes e aprovados; d ) As despesas com bens de capital abarcam o grupo de itens de despesa ao qual podemos citar como exemplo a prestação de serviços quaisquer.

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09- No orçamento público, as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira especializada cujo grau de detalhamento demonstre a

origem dos recursos e sua aplicação no sentido atender, nestes parâmetros, o seguinte princípio orçamentário: a ) Universalidade; b ) Unidade; c ) Não afetação das receitas; d ) Discriminação. 10- Constitui um princípio do orçamento público, exceto: a ) Alocativa; b ) Discriminação; c ) Anualidade; d ) Exclusividade. 11- Marque a atribuição incorreta do Agente de Coordenação e Controle. a ) Assessora o Comandante da Unidade Executora e é exercido por um B/4; b ) Acompanha e indica as flutuações de disponibilidades de saldos orçamentários e financeiros na UE e exercida pelo Chefe da SOFI; c ) Gerencia no acompanhamento das atividades de logística e financeira da Unidade Executora; d ) Trabalha na elaboração de relatórios sobre os elementos analisados e nos assuntos que aconselham a realização de Tomada de Contas Especial em face dos elementos analisados. 12- O SOFI da Unidade Executora possui as seguintes atribuições, exceto: a) Conferir e ser responsável por pagamento de faturas cujo atraso no recebimento destas faturas é de pura responsabilidade do SOFI; b) Informar ao Ordenador de Despesa as irregularidades ou alterações, tomando ou solicitando as providências necessárias na gestão financeira da Unidade; c) Providenciar a guarda dos valores entregues ao Batalhão ou Centro como cauções ou outras garantias etc; d ) Organizar os processos de despesas, de adiantamentos e de prestação de contas da UE, na forma de instruções específicas; 13- Toda despesa pública deve obedecer ao princípio básico de procedimentos sequenciais para haver a regular execução da despesa, tal enunciado é corretamente elencado na alternativa: a) A realização da despesa pública sujeita-se, facultativamente, aos estágios de empenho, liquidação e pagamento; b) A realização da receita pública sujeita-se, obrigatoriamente, aos estágios de empenho, liquidação e pagamento; c) A realização da despesa privada sujeita-se, obrigatoriamente, aos estágios de empenho, liquidação e pagamento;

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d) A realização da despesa pública sujeita-se, obrigatoriamente, aos estágios de empenho, liquidação e pagamento. 14- Marque a alternativa correta: a ) O orçamento público ou privado decorre do aumento constante da atuação do Estado na sociedade em função do crescimento das despesas com o surgimento das funções administrativas e de segurança, crescentes demandas; b ) A Unidade Executora deverá ter apenas mais de um Agente Coordenação e Controle para cada atividade com publicação em BGBM; c) Dentre as modalidades de licitação, temos o Pregão para despesas de natureza comum. d) Qualquer despesa será empenhada mediante exame prévio de sua legalidade, com base nos documentos comprobatórios exigidos informalmente. 15- Marque a alternativa incorreta: a ) A Liquidação é o ato da autoridade competente que traz ao Estado a responsabilidade ou a obrigação de empenhar e pagar uma despesa pendente ou não; b ) O EMBM/6 procederá à descentralização de cota orçamentária às Unidades gestoras como a DAL, DRH , COB e dentre outras; c ) O EMBM/6 cabe descentralizar crédito orçamentário aos Gerentes de Atividade. d ) Compete à DCF, como mecanismo de controle interno, acompanhar a execução das despesas das Unidades Executoras. 16- Marque a alternativa incorreta: a ) A Solicitação de crédito ou Pedido de credito é a formalização da Unidade Executora a um Gerente de Atividade como a DAL, DTS, DRH, AAS ou DE; b) Dos elementos essências da Solicitação de Crédito, exclui-se a necessidade de citar o programa da classificação orçamentária; c ) Admite-se a realização de despesa sem prévio empenho, seja a despesa com contrações de serviços, seja em aquisições por compras ou diárias de viagem; d ) A Liquidação é a verificação do direito do credor, tendo por sua vez os documentos comprobatórios de que o material foi entregue, a que devemos pagar e o quanto vamos pagar para extinguir a dívida. 17- Marque a alternativa incorreta, dentre as sentenças abaixo, sobre a função Estabilizadora do orçamento público: a) A manutenção da estabilidade econômica do país é um dos requisitos de sua eficácia; b) A política fiscal, materializada pelo orçamento público, possui como um dos objetivos macroeconômicos a manutenção de elevado nível de emprego no país;

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c) A política fiscal, materializada pelo orçamento público, possui como um dos objetivos macroeconômicos a estabilidade nos níveis de preços; d) A política fiscal, materializada pelo orçamento público, possui como objetivos microeconômicos o equilíbrio no balanço de pagamentos e a razoável taxa de crescimento econômico. 18- O Chefe da SOFI da Unidade Executora possui as seguintes atribuições, exceto: a) Propiciar para que a regra fundamental, que garante a regular execução da despesa pública legalmente seja cumprida; b) Coordenar a execução das fases da despesa pública; c) Controle de notas fiscais que entram na Unidade Executora para conferência dos materiais ou serviços a serem empenhados e liquidados; d) O servidor chefe da SOFI não pode exercer a função de Agente de Atividade em concomitância. 19- Quanto aos Pedidos ou Solicitações de Crédito podemos afirmar que não é correta a alternativa: a) Dentre os elementos essenciais da Solicitação de crédito, temos a Natureza de despesa e o programa da despesa; b). Solicitação de crédito ou Pedido de credito é a formalização das Unidades Executoras a um Gerente de Atividade do CBMMG; c) As solicitações de créditos para quaisquer despesas, devem ser assinadas e justificadas pelo Ordenador de Despesa; d) A solicitação de crédito é o formalizado advindo da Unidade Executora a uma Unidade de mesma característica de gestão orçamentária de Unidades como DAL ou DTS. 20- Marque a alternativa incorreta sobre as ações que causam prejuízo ao erário relativa à Lei de Improbidade Administrativa: a) será permitido ordenar a realização de despesas desautorizadas em norma legislativa, se motivada em resolução editada pela Seplag; b) permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição do Estado, bem como o trabalho de militar, empregado ou terceiro contratado por órgão público; c) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia inidônea; d) frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente. 21- O Chefe da SOFI da Unidade Executora possui as seguintes atribuições, exceto: a) Controle de notas fiscais que entram na Unidade Executora para conferência dos materiais ou serviços a serem empenhados e liquidados.

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b) Coordenar a execução das fases da despesa pública. c) Propiciar para que a regra fundamental, que garante a regular execução da despesa pública legalmente seja cumprida. d) O servidor chefe da SOFI não pode exercer a função de Agente de Atividade em concomitância. 22 - Marque a alternativa incorreta: a) O orçamento público decorre do aumento constante da atuação do Estado na sociedade em função do crescimento das despesas com o surgimento das funções administrativas e de segurança, crescentes demandas; b) A Unidade Executora deverá ter seu Agente Coordenador de Atividade com publicação no Diário Oficial; c) Dentre as modalidades de licitação, temos o Pregão para despesas de natureza comum; d) A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor. 23 - Quanto ao orçamento público podemos afirmar que ele, exceto: a ) Abrange o conjunto de políticas públicas em geral objetiva o controle de custos e planos de ação do Governo. b) É como um instrumento de planejamento de negócios do Estado concebido inicialmente como um mecanismo de controle político sobre os entes públicos. c) É constituído de um relatório estimativo e uma proposta que garantam que as ações de Governo sejam integrantes de um programa mais abrangente. d) Um instrumento de gestão de negócios estatais concebido inicialmente como um mecanismo de controle dos órgãos públicos e privados. 24 - Quanto às atribuições do Agente de Atividade, podemos afirmar que ele, exceto: a)Deve ficar em condições de prestar qualquer esclarecimento sobre os assuntos de sua responsabilidade. b)É o responsável pela operação do sistema SIAFI e conseqüente controle da despesa. c) Deve subsidiar, como B/1, com informações ao Ordenador de Despesas sobre as atividades referentes à remuneração do pessoal civil e militar. d)É de responsabilidade do Agente de Atividade o rigoroso acompanhamento quanto à emissão de faturas e controle das datas de vencimento. 25 - Quanto às fases da despesa pública, podemos afirmar como resposta correta: a) O empenho ordinário abrange as despesas cujo valor é definido e poderá ser alterado. b) O empenho ordinário é destinado a atender a despesa para as quais se possa determinar o valor exato.

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c) O empenho por global é tipo de empenho que caracteriza atender a despesa para as quais não se possa determinar o valor exato. d) O empenho global destina-se, exclusivamente, a atender a despesas contratuais e outras de única ordem de pagamento. 26 - Marque a alternativa correta existente nas seguintes sentenças: a ) Para a definição dos gastos da despesa pública, é necessário um aporte de procedimentos administrativos de planejamento, obediência a requisitos legais e de controle contábil constantes que pressupõe apenas a participação legislativa. b) O princípio da não Afetação das Receitas admite a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa, mesmo nas transferências constitucionais para fins estaduais. c) O princípio da Exclusividade se fundamenta na tese de que lei orçamentária deverá conter apenas os detalhes da descentralização de repasse de créditos orçamentário no exercício. d ) A natureza de despesa 4490 refere-se a despesas de capital ao cita-se veículos e mobiliário.

27 - Marque a alternativa que contem a afirmativa correta: a) Não é de responsabilidade do Chefe da SOFI conferir o atraso no pagamento de faturas cujo recebimento destas faturas é de pura responsabilidade do Agente de Atividade. b) O Plano Plurianual de Ação Governamental ( PPAG) possui um período de quatro anos cuja modificação contempla despesas de capital e de custeio. c) O princípio do equilíbrio de gastos para consecução do orçamento público refere-se à criação de renda e disposição dos créditos do tesouro estadual. d) O empenho é o ato da autoridade competente que traz ao Estado a responsabilidade ou a obrigação de liquidar e pagar uma despesa pendente ou não. 28 - Marque a alternativa incorreta para a seguintes sentenças sobre os atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito. a)Receber vantagem econômica, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado. b) Perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza. c) Incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades público-comerciais. d) Usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial público. 29 - Quanto ao Ordenador de Despesas da Unidade Executora, podemos citar: a) Que ele possui a competência de formalizar contratos e determinar licitações dentro da Gerência de Atividade a que estiver subordinado.

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b) Ele está isento de responsabilidade se os atos irregulares na execução orçamentária e de controle foram cometidos por militares das Seções da Unidade Executora. c) Ele pode autorizar a algum militar a aprovar os processos de compra no Portal de compras do Estado na Unidade. d) A Nota de empenho é assinada, obrigatoriamente, pelo Ordenador de Despesa. 30 - Marque a alternativa incorreta: a) A Diretoria de Contabilidade e Finanças-DCF, no âmbito do Estado, é a unidade responsável pela impugnação da despesa realizadas. b ) O pedido de crédito deve ser a formalização que garante, de modo preliminar, a disponibilização de créditos orçamentários a um Batalhão do interior. c ) Somente o Comandante da Unidade Executora aprova o Processo de Compra no sistema do Portal de Compras para posterior homologação. d) O Gerente de Atividade deve controlar todo crédito orçamentário relativo às compras ou pagamentos de sua atribuição, como responsável designado pelo Ordenador de despesas, dentro da Unidade Executora. 31 - Marque a alternativa correta quanto aos pressupostos relativos ao gasto público. a) Quanto ao trato com o orçamento público, é importante distinguir a forma de aplicação de recursos financeiros do setor público em relação ao setor privado. b) A execução da despesa pública dispensa procedimentos administrativos de controle contábil que exigem a participação legislativa. c) Não se diferencia a temática de aplicação de recursos financeiros do setor público em relação ao âmbito das entidades privadas e dos entes particulares. d) Para o a execução da despesa pública, é necessária obediência a requisitos legais e controle contábil constante que dispensa a participação legislativa. 32 - Quanto aos Pedidos ou Solicitações de Crédito podemos afirmar que não é correta a alternativa: a) Solicitação de crédito ou Pedido de credito é a formalização das Unidades Executoras a um Gerente de Atividade do CBMMG. b) Dentre os elementos essenciais da Solicitação de crédito, temos a Natureza de despesa e o programa da despesa. c) As solicitações de créditos para quaisquer despesas, devem ser assinadas e justificadas pelo Ordenador de Despesa. d) A solicitação de crédito é o formalizado advindo da Unidade Executora a uma Unidade de mesma característica orçamentária da DAL ou DTS. 33 - Marque a alternativa incorreta desta questão. a ) A Lei orçamentária anual (LOA) é aprovada pelo Poder Legislativo cuja proposição é ato do Executivo.

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b ) A Liquidação, também compreende, a verificação do direito do credor, através de documentos comprobatórios de que o material foi entregue ao Estado. c) O Ordenador de Despesas das Unidades Setoriais do CBMMG recebe esta competência por delegação do Comandante Geral. e) A natureza de despesa 3390.39.XX refere-se à classificação orçamentária que

pode englobar as despesas de custeio relativas a serviços.

34 - Quanto ao exercício financeiro, podemos afirmar como opção incorreta: a) O ano civil compreenderá de 01 de janeiro a 31 de dezembro do mesmo ano para definição. b) O exercício financeiro compreende as datas de início e final do ano civil. c) Quanto ao orçamento público, o exercício financeiro infere as receitas e despesas do Estado. d ) É um período que não depende das datas que serão definidas pelo Decreto de encerramento de exercício financeiro. 35 - Marque a alternativa incorreta sobre as ações que causam prejuízo ao erário relativa à Lei de Improbidade Administrativa: a) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia inidônea; b) permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição do Estado, bem como o trabalho de militar, empregado ou terceiro contratado por órgão público. c) frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente. d) Nenhuma das alternativas anteriores. 36- (FCC-2005) É correto afirmar que caso não se possa determinar o montante exato da despesa, a) o empenho da despesa não poderá ser realizado. b) o empenho da despesa será feito sem estabelecer o valor. c) o empenho da despesa será feito por estimativa. d) o valor da despesa constará como sendo um limite máximo. e) o empenho da despesa será feito com o valor real da despesa. 37- ( FCC-2005) A administração pública do Estado de Minas Gerais tem duplo controle, Trata-se dos controles: a) pessoal e funcional. b) formal e informal. c) público e privado. d) interno e externo. e) temporal e atemporal.

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38 - ( FCC-2005) É correto afirmar que o empenho: a) de despesa é o ato praticado por autoridade competente que não cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. b) é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de recebimento pendente ou não de implemento de condição. c) de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento ou não de implemento de condição. d) de despesa é o ato praticado por servidor público que cria para o Estado o direito de pagamento. e) de receita é o ato emanado de autoridade competente que cria ao Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. 39 - ( FCC-2005) Considera-se atos de improbidade administrativa. a) os que importam enriquecimento ilícito, os que causam prejuízo ao erário e os que atentam contra os princípios da administração pública. b) apenas os causam prejuízo ao erário. c) apenas os que importam enriquecimento ilícito do servidor. d) os que configuram irregularidades formais, ainda que não acarretem prejuízo ao erário. e) somente os atos que possam configurar o crime de peculato doloso ou culposo. 40- Considere o quadro da classificação orçamentária até o nível de item de despesa a seguir e marque a alternativa correta. 3.3.90.30.03 - Utensílios para Refeitório e Cozinha

3.3.90.30.08 - Produtos Alimentícios

3.3.90.30.04 - Material Gráfico e Impressos

4.4.90.52.13 - Material Esportivo e Recreativo

3.3.90.30.05 - Material para Escritório 4.4.90.52.14 – Mobiliário 3.3.90.30.06 - Material de Desenho 4.4.90.52.17 – Veículos a) A natureza de despesa 4490 refere-se à classificação orçamentária para bens de natureza corrente; b) No elemento-item 52.13, pode-se executar despesas com materiais tais como: bolas de futebol, redes de peteca etc; c) A natureza de despesa 3390 refere-se à classificação orçamentária para bens de capital; d) A classificação orçamentária 3390.30.03 não contempla despesas envolvendo a compra de um fogão.

Gabarito

1-E 2-B 3-D 4-C 5-C 6-D 7-D 8-D

9-D 10-A 11-B 12-A 13-D 14-C 15-A 16-C

17-D 18-C 19-A 20-A 21-A 22-B 23-D 24-B

25-B 26-D 27-A 28-C 29-D 30-D 31-A 32-B

33- C 34-D 35-D 36-C 37-D 38-C 39-A 40-D

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Referência Bibliográfica BARBOSA, Marcelo Mendes. Alinhamento entre planejamento e gestão: O

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1940.

BRASIL, Decreto-Lei 1.001 de 21 de outubro de 1969. Código Penal Militar.

Brasília. 1969.

BRASIL, Lei 4.320 de 17 de março de 1964. Institui Normas Gerais de Direito

Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,

dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília. 1964.

BRASIL, Lei 8.429 de 02 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções

aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no

exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública

direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Brasília, 1992.

BRASIL, Lei 8.666 de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI,

da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da

Administração Pública e dá outras providências. Brasília. 1993.

BRASIL, Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de

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08 de fevereiro de 2000. Aprova as Normas de Administração

Financeira, Contabilidade e Auditoria do Corpo de Bombeiros Militar. .

Belo Horizonte, 2000.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, Resolução n. 097 de 28

de abril de 2003. Aprova as Normas e Procedimentos para Administração de

Material do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003.

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de julho de 2008. Dispõe sobre a concessão de diárias aos integrantes do

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de Outubro de 2010. Aprova o Manual de Tomada de Contas Especial do

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, Resolução n. 456 de 15

de Março de 2012. Dispõe sobre as Normas de Execução dos Recursos

Orçamentários para o exercício de 201 - (NERO/2012) e as diretrizes para sua

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gestão das atividades patrimonial e contábil de órgãos e entidades

integrantes do poder executivo e dá outras providências. Belo Horizonte,

1996.

MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 42.251 de 09 de janeiro de 2002. Institui o

Responsável Técnico para atuação junto ao Sistema Integrado

de Administração Financeira - SIAFI-MG. Belo Horizonte, 2002.

MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 43.635 de 20 de outubro de 2003. Dispõe

sobre a celebração e prestação de contas de convênios de natureza

financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou a realização de

eventos. Belo Horizonte, 2003.

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MINAS GERAIS (Estado), Lei n. 14.938 de 29 de dezembro de 2003. Altera a Lei

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Estado, e dá outras providências. Belo Horizonte, 2003.

MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 44.448 de 26 de janeiro de 2007. Dispõe

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administração pública direta, autárquica e fundacional, e dá outras

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MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 44.948 de 14 de novembro de 2008. Dispõe sobre o encerramento do exercício financeiro de 2008, para os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual . Belo Horizonte, 2008. MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 45.018 de 20 de janeiro de 2009. Dispõe sobre a utilização e gestão do sistema integrado de administração de materiais e serviços do estado de Minas Gerais - SIAD-MG do poder Executivo Estadual. 2009. MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 45.242 de 11 de dezembro de 2009. Regulamenta a gestão de material, no âmbito da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo. Belo Horizonte, 2009. SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE MINAS

GERAIS, Resolução n. 61 de 29 de novembro de 2005. Regulamenta os

procedimentos para realização de cotação eletrônica para aquisição de bens

e contratação de serviços de pequeno valor por dispensa de licitação, com

fundamento nos incisos I e II do art. 24 da Lei Federal n.º.666/93, no âmbito

da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder

Executivo do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE MINAS GERAIS, Classificação Econômica da Despesa. Belo Horizonte, 2011. Disponível em : http://www.planejamento.mg.gov.br/governo/planejamento/orcamento/arquivos/Classificador_da_Despesa.pdf. Acesso em 20 Fev.2011.

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VILHENA, Renata; MARTINS, Humberto Falcão; MARINI, Caio; GUMARÃES,

Tadeu Barreto (Orgs.). O Choque de Gestão em Minas Gerais: políticas da

gestão pública para o desenvolvimento. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2006.


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