OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
TÍTULO: A RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA
DOS EDUCANDOS
Autora Maria Mathilde Keller
Escola de Atuação Colégio Estadual Santos Dumont
Município da escola São Tomé
Núcleo Regional de Educação Cianorte
Orientador Marcos Clair Bovo
Instituição de Ensino Superior Unespar - Campus de Campo Mourão
Disciplina/área Geografia
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 3° ano do ensino médio
Resumo O objetivo dessa unidade didática é compreender a
relação entre o consumo e mídia na vida dos
educandos. Dentre as estratégias de ação desta
unidade didática destacam-se: leitura e produção
de texto, debates, análise de músicas e poesias,
charges, documentários e pesquisa de campo. A
atividade proposta segue a linha teórica do
materialismo histórico dialético pautado na
metodologia de pesquisa-ação. Dentre os
resultados esperados destacam-se: a
conscientização dos educandos em relação ao
consumismo; a compreensão das mensagens da
publicidade e estratégias da mídia e sua influência
na vida dos educandos, bem como as vantagens e
desvantagens do sistema de crédito e a
organização de orçamentos.
Palavras-chave Consumo; mídia; modo de produção; depredação ambiental.
APRESENTAÇÃO
A geografia como disciplina possibilita ao aluno compreender as relações de
produção capitalista que envolve o consumismo e que acabam sendo materializadas no
espaço geográfico ocasionando vários problemas socioambientais.
Fazendo esta análise o aluno constrói esse espaço e é preciso dar suporte para
que este seja inserido dentro de sua realidade, para poder agir conscientemente não
fazendo de sua impulsividade desajustes na sua organização de orçamentos e
entendendo as vantagens e desvantagens do crédito.
A metodologia usada nesta proposta visa aproveitar a realidade que o aluno já
possui e sabe para viabilizar o conhecimento científico, é o que (VASCONCELOS,
1993) coloca: ao invés de só apresentar o conteúdo que será trabalhado, o professor
deve criar uma situação problema, provocativa que irá mobilizar o aluno para mais
conhecimento. Por isso, as questões trabalhadas devem estimular o raciocínio, a
reflexão e a crítica.
A criticidade diante das situações problemas apresentadas é que o levam a ter
atitudes de transformações e confirmam que é um sujeito capaz de mudar sua realidade,
de buscar novos caminhos, de entender o que está por trás das constantes propagandas
apelativas que a mídia oferta.
O professor conduzirá a aprendizagem possibilitando a participação do aluno
para que indague, faça colocações, pois só assim haverá efetivamente um aprender com
significado, que o levará a ter novas posturas além da construção de sua cidadania
plena, o que permitirá interferir na sua realidade.
A proposta dessa unidade surge da necessidade de oportunizar ao educando a
pensar sobre suas atitudes diante das compras feitas por influência das propagandas, que
podem levá-lo a deixar o estudo em segundo plano, fazendo horas extras excessivas em
seu trabalho, levando a níveis de desgaste físico e mental.
LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO
A INFLUÊNCIA DA MÍDIA
A influência da mídia e a crescente busca pelo consumo é uma realidade que não podemos
ignorar, pois são fatores que falsamente tentam minimizar os conflitos emocionais, sociais e
econômicos que as pessoas estão vivendo. Entretanto, o consumo na sociedade capitalista
aparece como ícone da felicidade, constituindo-se com a sua representação. Neste sentido,
devemos indagar a verdadeira significação dessa felicidade. Para Baudrillard (1995, p, 47)
a: Força ideológica da noção de felicidade não deriva da inclinação natural de cada indivíduo
para realizá-la por si mesmo. Advém-lhe, sócio-historicamente, do fato de que o mito da
felicidade é aquele que recolhe e encarna, nas sociedades, o mito da igualdade. Dessa forma, a
felicidade falsamente imposta pelo ato de consumo, não satisfaz o comprador, pois o bem
adquirido apenas o coloca em um dado momento no status almejado.
Diante dessa situação a realização do consumo somente satisfaz provisoriamente, pois
novas necessidades serão sugeridas rapidamente.
PARA REFLETIR...
a) É possível aliar força econômica com a força intelectual?
b) Como se posicionar criticamente diante das propagandas?
c) O consumo representa que tipo de necessidade?
d) Quais são realmente as necessidades satisfeitas no ato do consumo?
e) Como agem os adolescentes diante da influência da mídia?
f) Como a escola e os pais podem auxiliar as crianças e adolescentes diante do mundo
das propagandas?
A SONDAGEM INICIAL
O comportamento social das pessoas de adquirir produtos dispensáveis, que não
são necessários naquele momento, é um ato fortalecido pelo sistema econômico, o
capitalismo. Esse comportamento social é denominado consumismo.
Para verificar se você é um consumista responda as questões abaixo.
ATIVIDADE 01
Pense e responda SIM ou NÃO:
1) Você costuma comprar só o que necessita? Você se pergunta antes de comprar: é
preciso? É útil? Eu posso pagar?
2) As propagandas levam você às compras?
3) Você costuma juntar dinheiro para comprar o que precisa à vista?
4) O parcelamento ou às compras pelo cartão de crédito faz parte de sua rotina?
5) Você faz as contas de quanto é o produto que adquire a vista ou em “suaves”
prestações?
6) Sua postura financeira é colocar gastos mensais pré-fixados no papel para ver
quanto você tem de disponibilidade de dinheiro?
7) Consegue guardar algum dinheiro para imprevistos que podem surgir?
8) Você acha que às compras levam à felicidade?
9) Você já adquiriu produtos fora do seu orçamento?
10) Quando consome por impulso e não
consegue pagar altera sua rotina:
sono, alimentação, etc?
Momento de discussão e reflexão:
Após as questões terem sido respondidas o aluno será indagado: Você é consumista?
Sim ou não? Justifique.
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Fonte: portal dia-a-dia educação
PARA REFLETIR
Na infância, a família, um dos grupos de maior influencia sobre o comportamento de
compra, transmite um com junto de valores que molda a preferência e cria hábitos de
consumo. Mais tarde a criança em contatos com os colegas, parentes e grupos,
aprendem e adquiriram e experimenta novos produtos, requalificando-os e até toma
novas decisões a respeito do seu comportamento. Na idade adulta, novos grupos passam
a exercer novas influências sobre as pessoas; os amigos da faculdade, os colegas de
trabalho, o pessoal do clube e assim por diante (DIAS, 2003, p.60).
É na adolescência que a pessoa começa a decidir pelo consumo independente da
vontade dos pais, já que “a necessidade de auto-afirmação e conformidade ao grupo faz
o jovem se afastar dos padrões de consumo familiar”. Muitas vezes consomem produtos
e marcas nas quais se podem confiar “estar fazendo a coisa certa”, o que permite
escamotear sua insegurança. Diante disso as normas para o consumo jovem são ditadas
pelos grupos de convivência e pelos pais, mas o nível de influencia é diferente entre
os/as adolescentes (GADE, 1998, p. 189).
É importante entendermos a diferença existente entre o consumismo dos séculos
anteriores e desta geração é que, antes se consumia para viver, hoje, vive-se para
consumir. Dessa forma o consumo não é motivado por necessidades reais, mas pelo
simples prazer e pela perspectiva da aceitação pelo grupo social. Hoje as circunstâncias
históricas revelam um comportamento de consumo diferente do que foi em séculos
passados. O que no passado era tido e mantido apenas como relação de troca, hoje como
comportamento de consumo, configura-se como um elemento fortemente ligado à
felicidade (MANCEBO, 2008, p.27).
“O tempo das crianças e dos adolescentes é muito mais rápido do que o tempo dos
adultos”. O enfoque são as mudanças subjetivas. Essas mudanças trazem profundas
rupturas de ideias e de valores. Outra característica desse tempo é a cultura do
descartável, [...] “a modernidade busca a permanência e a pós-modernidade, o
descartável” (OUTEIRAL 2001, p. 113).
O PAÍS DA FELICIDADE
Na nossa sociedade a felicidade está no ato de consumir. Essa ideia surge após a
II Guerra Mundial com a supremacia dos Estados Unidos que exigiram novas mudanças
comportamentais.
BUTÃO O PAÍS DA FELICIDADE
Para a realização dessa atividade serão assistidos dois documentários sobre o
país Butão, segue o link dos documentários:
https://www.youtube.com/watch?v=HMsSfjQuR1w
https://www.youtube.com/watch?v=lyXAD5HS2dY
ATIVIDADE 02
01) Localize o Butão no mapa abaixo:
Fonte:http://www.aovivonet.com/wp-content/uploads/2012/05/mapa-mundi-
continentes.gif
02) Quais são os países fortemente capitalistas que estão ao seu lado?
03) Como é medido o progresso nesse país? Explique.
04) Como funciona o trânsito nesse país?
05) Quais são as precauções tomadas diante do turismo?
06) Atualmente como a tecnologia está inserida nesse país?
07) Como é o relacionamento dos butaneses durante as colheitas agrícolas?
08) Você acha possível que esse país permaneça para sempre anti-capitalista?
Vídeos de apoio: https://www.youtube.com/watch?v=HMsSfjQuR1w
https://www.youtube.com/watch?v=lyXAD5HS2dY
PARA REFLETIR
É em nome da felicidade que se desenvolve a sociedade de hiperconsumo. A produção
de bens e serviços, os meios de comunicação social, as atividades de lazer, a educação,
o planejamento urbano, tudo é pensado e criado em princípio tendo em vista nossa
felicidade. Nesse contexto abundam os manuais e métodos para viver melhor, a
televisão, os jornais, destila conselhos sobre a saúde e manutenção da forma, os
psiquiatras ajudam os pais e os casais em dificuldades, são cada vez mais os gurus que
prometem a plenitude. Cuidar da alimentação, dormir, seduzir, relaxar, fazer amor, se
comunicar com os filhos, mantermo-nos dinâmicos: que esfera escapa ainda as receitas
da felicidade? Passamos do mundo fechado ao universo de possibilidades infinitas para
ser feliz (LIPOVETSAKY, 2007, p. 288).
LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO
AS MINHAS AQUISIÇÕES
De acordo com Santos (1999):
“Com a necessidade que temos de substituir cada vez mais rapidamente as coisas que nos cercam neste mundo, não podemos permitir-nos utilizá-las, respeitar a sua inerente durabilidade; precisamos consumir devorar por assim dizer, as nossas casas, os nossos móveis, os nossos carros, como se tratasse de “coisas boas” da natureza que se deterioram, inevitavelmente, a menos que entrem sem demora no ciclo incessante do metabolismo humano.” Hannah Arendt. In: Maria Eduarda V. M. dos Santos. Desafios pedagógicos para o século XXI. Lisboa: Horizonte, 1999. p. 126.
ATIVIDADE 03 Será entregue aos alunos um texto com o título “A natureza é inesgotável?”
(BOLIGIAN e ALVES, 2010, p. 140) e a seguinte prática será realizada: os alunos irão
verificar em suas casas quais são suas aquisições, itens pessoais, roupas e sapatos, bens
duráveis, se há algo que consideram velho, que não tem mais utilidade e que poderia
servir para pessoas menos favorecidas. A seguinte tabela será preenchida na sala de
aula:
Descrição
Itens úteis
Descrição
Itens não utilizados
Roupas
Calçados
Bens duráveis
Outros itens
Cada aluno fará um relato oral sobre os itens que não são mais utilizados. Será
sugerido para trazerem na próxima aula os produtos que não ocupam mais e queiram
doar para outras pessoas.
Texto de apoio: Geografia Espaço e Vivência. Levon Boligian, Andressa Alves. 2010,
vol. 3, p. 140.
LEIA OS TEXTOS E REFLITA
A FORÇA DA PROPAGANDA
Desde o nascimento, somos levados pela publicidade a consumir. A propaganda age no
inconsciente e a pessoa consome marcas e não produtos, com isso o mundo está se
transformando em um imenso “shopping center.”
Por trás de muitas compras há uma grande articulação da mídia, pois esta apresenta
novas criações, novos produtos e propagandas. Para atingir o público utilizam
propagandas atrativas, que mesclam com as ilusões das pessoas e tenham forte poder de
sedução sobre elas. Diante dessa situação, os brinquedos, as roupas infantis, as comidas
em tornado na sociedade do consumo os principais atrativos para as crianças e
adolescentes.
Nos dias atuais é possível verificar principalmente pelas crianças e adolescentes a
admiração pelos artistas. Estes com suas roupas, perfumes e bolsas de grife, estimulam
o sonho de consumo. Na fase adulta se ambiciona ter um carro que a televisão, a
internet, mostra, pois todas as atenções se voltam para quem o está dirigindo,
possibilitando fazer as mais mirabolantes conquistas, graças a esse poder de compra.
Vivemos numa cultura de admiração pelo belo, pelo estereótipo da “estampa” e o que é
de real valor fica em segundo plano, como a honestidade, as relações de amizade, o ato
de sentar numa praça e simplesmente “jogar conversa fora”, a procura da paz interior
para se ter uma felicidade plena não faz parte da grande maioria dos seres humanos.
Caímos na teia de quem teceu um monte de fios para nós próprios nos destruirmos, e até
os países que só lucraram até agora correm desenfreadamente para ter nas mãos
recursos naturais de países mais pobres.
ATIVIDADE 04
Será pedido para que os alunos formem seis grupos e cada grupo irá pesquisar
uma propaganda em:
As seguintes perguntas serão entregues a eles:
1) A pessoa que está na propaganda é famosa? Que produto está vendendo?
2) Atingiu o seu objetivo? Você compraria o que está sendo mostrado?
3) A propaganda é dirigida a que público alvo?
4) Está bem elaborada para o horário que está passando?
5) Você concorda que a propaganda é essencial para que se venda muito o produto?
6) Você consegue ter um posicionamento crítico depois de ver e analisar está
propaganda?
Jornal
Internet
Outdoor
Revista
Televisão
Rádio
Após as perguntas serem respondidas, será feito um debate sobre o resultado das
pesquisas. Também será solicitada para os alunos a produção de um texto referente ao
tema.
Textos de apoio: Território e sociedade no mundo globalizado. Elian Alabi Lucci,
Anselmo Lazaro Branco, Claúdio Mendonça. 2010, vol. 1, p. 240-241.
Território e sociedade no mundo globalizado.Elian Alabi Lucci, Anselmo Lazaro
Branco, Claúdio Mendonça. 2010, vol. 2, p. 17.
A FORMAÇÃO DE UM CONSUMIDOR PRECOCE
ALGUMAS CURIOSIDADES:
� A propaganda no Brasil movimenta R$ 130 milhões de reais por ano.
� Países desenvolvidos têm muitas regras que os publicitários dever seguir como,
por exemplo, não passar propaganda de brinquedos, em horários onde às
crianças assistam programas infantis.
� Os publicitários preferem os públicos alvos crianças e jovens e não se dirigir a
pessoa que já tem seus valores formados.
� No Brasil valores éticos e morais muitas vezes não são levados em conta, os
publicitários fazem as propagandas.
� Pesquisas feitas mostram que as crianças preferem ver televisão a brincar.
� Trinta segundos bastam de propaganda para influenciar uma criança.
� 80% das compras de uma casa vêm das crianças induzidas pelas propagandas.
� Pais conversam com filhos mais aos sábados e domingos, e a propaganda fala o
tempo todo com eles.
� Criança brasileira é a que mais assiste TV no mundo.
� 80% dos produtos alimentares que a mídia mostra são extremamente calórica e
não contém ingredientes essenciais à sua saúde.
� 30% das crianças brasileiras estão sobrepeso.
ATIVIDADE 05
Depois de ler as curiosidades acima e assistir ao vídeo Criança, a alma do
negócio, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KQQrHH4RrNc, os alunos
farão um texto com suas reflexões e apresentarão aos colegas.
Vídeo de apoio: www.yotube.com/wath?=KQQrHH4RrNc
RELAÇÃO CIDADANIA/CONSUMO
“O consumo é ingrediente da cidadania, ao consumir o indivíduo constrói sua cidadania, mas esse consumo não pode ser entendido apenas do ponto de vista das necessidades individuais e superficiais, pois o consumo integra a prática cotidiana da vida, do ponto de vista cultural, material e social. Nesse sentido, é direito do cidadão consumir, usar, usufruir material e espiritualmente de sua cidade, de tudo que ela tem, apreciar seus lugares, ter condições para apreciar paisagens, além de ter direito de consumir na cidade, consumir de fato seus objetivos (nas lojas, supermercados, área de lazer, cinema e museus)” p. 64 e 65, Cavalcante, Lana de Souza: Geografia e prática de ensino.
ATIVIDADE 06
Pesquise sobre o histórico do shopping center, supermercado e fast-food.
RESPONDA
1)Como a cidade dá liberdade às pessoas e ao mesmo tempo segregam para que todos
usufruam esses espaços e produtos?
2)E na sua cidade, São Tomé, com número pequeno de pessoas, você percebe que há
espaços onde só quem consome frequenta? Justifique.
Textos de apoio: A gente se vê no shopping? Gisele Zambone, cap. 10, p. 163 a 172.
A cidadania, o direito à cidade e a geografia escolar. Lana de Souza Cavalcanti, 2002.
MARCAS, SIGNOS DE UM
Os EUA no período pós
valorizasse demais o consumo.
com que os salários a serem pagos pelas impre
instalação de unidades de produção nos países mais pobres.
A mão de obra barata e
fatores de expansão das multinacionais e fizeram com que a industrialização
expandisse para países como
Porém, no fim da década de
processo de desgaste e a continuidade do crescimento do consumo encontrou barreiras
como: os aumentos dos salários passam a serem maiores dos que os da produtividade,
aumentando o preço dos produtos, diminuindo os lucros e assim as empresas
multinacionais criaram uma estrat
um caráter transnacional (período
Você sabia que:
O Ford fiesta (europeu) é montado em Valência (Espanha), os vidros vem do
Canadá, o radiador da Áustria
Alemanha e o eixo de transmissão da Inglaterra.
ATIVIDADE 07
Dividir a sala em três grupos para que pesquisemMcdonald’s; Nike. Farão uma para os outros alunos.
Esta pesquisa deverá se fixar nos
� Países onde se instalaram;
� Motivo da fixação em lugares mais pobres,
� Críticas feitas ao modo produtivo dessas
mercadorias (em que condições de instalação,
quem produz quem lucra salários, etc)
MARCAS, SIGNOS DE UMA LINGUAGEM MUNDIAL
período pós-guerra fizeram com que se formasse uma sociedade que
valorizasse demais o consumo. Quando surgiu necessidade de aumentar os lucros e
com que os salários a serem pagos pelas imprensas diminuíssem, foi
instalação de unidades de produção nos países mais pobres.
A mão de obra barata e matéria prima abundante e o consumo promissor foram
fatores de expansão das multinacionais e fizeram com que a industrialização
expandisse para países como Brasil, México e Argentina entre outros.
Porém, no fim da década de 1960 o crescimento capitalista começou por um
te e a continuidade do crescimento do consumo encontrou barreiras
como: os aumentos dos salários passam a serem maiores dos que os da produtividade,
aumentando o preço dos produtos, diminuindo os lucros e assim as empresas
multinacionais criaram uma estratégia de decompor o processo produtivo e assum
período de 1970) e fortalecido a partir de 1990.
fiesta (europeu) é montado em Valência (Espanha), os vidros vem do
Áustria, as baterias e ignição da Inglaterra, os pistões da
Alemanha e o eixo de transmissão da Inglaterra.
grupos para que pesquisem sobre os produtos: cocaFarão uma pesquisa onde deverão depois apresentar os resultados
Esta pesquisa deverá se fixar nos seguintes itens:
Países onde se instalaram;
Motivo da fixação em lugares mais pobres,
Críticas feitas ao modo produtivo dessas
ue condições de instalação,
salários, etc).
com que se formasse uma sociedade que
Quando surgiu necessidade de aumentar os lucros e fizer
, foi intensificada a
promissor foram
fatores de expansão das multinacionais e fizeram com que a industrialização se
60 o crescimento capitalista começou por um
te e a continuidade do crescimento do consumo encontrou barreiras
como: os aumentos dos salários passam a serem maiores dos que os da produtividade,
aumentando o preço dos produtos, diminuindo os lucros e assim as empresas
égia de decompor o processo produtivo e assumiram
990.
fiesta (europeu) é montado em Valência (Espanha), os vidros vem do
baterias e ignição da Inglaterra, os pistões da
sobre os produtos: coca-cola; pesquisa onde deverão depois apresentar os resultados
Fazer uma conclusão: Quem se beneficia dessa estrutura para produzir mais a preços menores para que o consumo se acelere cada vez mais?
Textos de apoio: Construindo o espaço: Igor Moreira e Elizabeth Curicchio2007 Editora Ática, pp. 38-41
Construindo Consciência - Geografia 2007 p.37, 38 e 39. Valquíria Pires e Beluce Bellucci, Editora Scipione.
Vídeo consumismo – marcas mundiais: http://bryotube.com/wath?V=YM_tylluXoA
CRITICIDADE E CONHECIMENTO
A criticidade é essencial para que se reflita sobre o que nos cerca, para poder
opinar, argumentar e modificar. É somente por meio do conhecimento que se
desenvolve a criticidade.
ATIVIDADE 08
Observe as figuras:
Cada aluno receberá o texto abaixo como auxílio para fazer a atividade: criação
de uma charge sobre o consumismo. No final todas as charges serão colocadas num
mural.
“Para que o mercado funcione é preciso que o sujeito esteja sempre disposto a
adquirir os novos produtos criados pela indústria. A isso se costuma chamar
‘consumismo’. A palavra consumismo, entretanto, é inadequada para designar o hábito
econômico ao qual se refere por dois principais motivos: primeiro, por nos fazer crer
que consumimos coisas que de fato, compramos: segundo, por dar a entender que somos
todos iguais diante da possibilidade de comprar mercadorias produzidas e vendidas em
Fonte: portal dia-a-dia educação.
larga escala. Na verdade a única coisa que consumimos são substâncias metabolizáveis
como alimentos, fármacos, etc. Por conseguinte, ao empregar a palavra consumir,
querendo ou não está salientando nossa condição de organismos físicos naturais. Desse
ponto de vista, obviamente, somos todos razoavelmente iguais, dado que nossas
necessidades biológicas são razoavelmente idênticas. Entretanto, se olhamos o consumo
como equivalente a poder de compra, não é isso que acontece. Comprar não é uma ação
regida por necessidades biológicas, mas um ato econômico com implicações sociais.
Diante de atos desse tipo somos todos diferentes e desiguais.” Costa, J. F. Perspectivas
da juventude na sociedade de mercado. In: Novaes, R.; Vannuchi, P. Juventude e
sociedade. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. p. 75-88.
CONSCIENTIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
ATIVIDADE 09
Leia com atenção poesia, “EU, ETIQUETA” de Carlos Drummond de Andrade, e a
música “Televisão” dos Titãs, como motivação para realizar essa atividade.
“Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta...”
Trecho da poesia EU, ETIQUETA. Autor: Carlos Drummond de Andrade.
TELEVISÃO
“A televisão me deixou burro
muito burro demais
agora todas as coisas que eu penso
me parecem iguais
o sorvete me deixou gripado
pelo resto da vida...”
Trecho da música Televisão. Autor: Titãs.
Será proposta para os alunos, que façam em dupla a confecção de um livreto. Use a
criatividade na capa, no título, nos desenhos, na linguagem. Procure enfatizar as ações
nos desenhos relacionados com o conteúdo trabalhado. Utilize as palavras-chaves como:
consumo, propaganda, depredação ambiental, capitalismo, conscientização. No final os
livretos serão dispostos na escola, para que todos possam ver.
SONDAGEM FINAL
ATIVIDADE 10
A sondagem inicial será repetida. As perguntas da atividade 01 serão entregues
novamente, com o objetivo de observar se houve mudança de pensamento/atitude após
toda a aplicação da unidade didática.
Pense e responda SIM ou NÃO:
1) Você costuma comprar só o que necessita você se pergunta antes de comprar: é
preciso? É útil? Eu posso pagar?
2) As propagandas levam você às compras?
3) Você costuma juntar dinheiro para comprar o que precisa à vista?
4) O parcelamento ou às compras pelo cartão de crédito faz parte de sua rotina?
5) Você faz as contas de quanto é o produto que adquire a vista ou em “suaves”
prestações?
6) Sua postura financeira é colocar gastos mensais pré-fixados no papel para ver
quanto você tem de disponibilidade de dinheiro?
7) Consegue guardar algum dinheiro para imprevistos que podem surgir?
8) Você acha que às compras levam à felicidade?
9) Você já adquiriu produtos fora do seu orçamento?
10) Quando consome por impulso e não consegue pagar altera sua rotina: sono,
alimentação, etc?
PARA REFLETIR
Vivemos numa cultura de admiração pelo belo, pelo estereótipo da “estampa” e o que é
de real valor fica em segundo plano, como a honestidade, as relações de amizade, o ato
de sentar numa praça e simplesmente “jogar conversa fora”, a procura da paz interior
para se ter uma felicidade plena não faz parte da grande maioria dos seres humanos.
Caímos na teia de quem teceu um monte de fios para nós próprios nos destruirmos, e até
os países que só lucraram até agora correm desenfreadamente para ter nas mãos
recursos naturais de países mais pobres.
REFERÊNCIAS
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