Universidade do MinhoInstituto de Educação
setembro de 2016
O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua Estrangeira
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Rosa Maria Fidalgo de Sousa Antunes
Rosa Maria Fidalgo de Sousa Antunes
setembro de 2016
O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua Estrangeira
Universidade do MinhoInstituto de Educação
Trabalho realizado sob a orientação daDoutora Ana María Cea Álvarez
Relatório de Estágio Mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu núcleo familiar mais próximo, em especial à minha mãe e à minha
filha pelo apoio, incentivo, compreensão e companheirismo.
Agradeço à minha orientadora Susana Santos o apoio demonstrado.
Agradeço à minha supervisora Ana María Cea Álvarez pelos questionamentos,
encorajamentos e ensinamentos ao longo deste processo.
iv
O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua
Estrangeira
RESUMO
Este relatório insere-se no âmbito da realização do Estágio Profissional do
Mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3º ciclo do ensino básico e no ensino
secundário e tem como finalidade apresentar o trabalho desenvolvido ao longo da
intervenção pedagógica supervisionada. Durante esta intervenção foi dinamizado um
projeto de investigação-ação que visa explorar as potencialidades do uso do diário de
aprendizagem como instrumento de reflexão na expressão oral em língua estrangeira. A
seleção desta temática surgiu após a observação inicial de aulas na turma onde iria ser
realizada a intervenção pedagógica supervisionada. Nesta observação percebi que os
alunos apesar de compreenderem e de se expressarem na forma escrita, como é
expectável para os objetivos de aprendizagem do nível B1, segundo o Quadro Comum
Europeu de Referência (20011), mostravam receio e alguma relutância de se expressar
oralmente em Espanhol. Após análise de resultados do questionário inicial foi possível
confirmar as minhas perceções o que levou ao desenvolvimento deste projeto,
recorrendo a uma metodologia de investigação centrada no processo e nos alunos.
Algumas das questões que foram tratadas neste projeto de intervenção
prendiam-se com a importância que os alunos atribuem à expressão oral na sala de
aula, com o grau de consciência que eles possuem sobre o processo de participação
numa interação oral ou das suas necessidades na área da oralidade.
Seguiu-se uma fase de elaboração de estratégias de intervenção para responder
às questões investigadoras que pautaram a elaboração do Projeto de Intervenção. O
desenho das estratégias apoiou-se na análise dos documentos reguladores do processo
de ensino aprendizagem das línguas estrangeiras, tais como o QECR e o Programa de
Espanhol do Ministério da Educação (2009), e de literatura relevante como o Plano
Curricular do Instituto Cervantes2 (2006).
A par do desenho das estratégias, criaram-se instrumentos para analisar a
evolução do processo, facilitando a autorregulação da aprendizagem, tanto na ótica do
aluno, como na perspetiva do desenvolvimento profissional da docente estagiária. O
diário de aprendizagem do aluno e o diário do professor foram o eixo central de
reflexão deste projeto de investigação-ação.
O presente estudo conclui que o diário de aprendizagem constitui um
instrumento de autorregulação que permite aos alunos um maior grau de consciência
relativamente à forma como aprendem e ao professor uma reflexão estruturada sobre a
forma como põe em práticas as suas planificações. É uma ferramenta educativa pouco
utilizada mas eficaz para um maior sucesso na vida académica. O uso consciente de
estratégias de aprendizagem possibilita a monitorização da forma como se aprende e
tem implicações que ultrapassam a disciplina de língua estrangeira e se estendem a
todo o processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: estratégias de aprendizagem, diário de aprendizagem, autonomia,
autorregulação.
1 Em diante QECR. 2 Em diante PCIC.
v
The use of the learning journal as a tool for reflection in oral interaction in foreign
language
ABSTRACT
This report is part of the context of the completion of the Master of Professional
Training in English and Spanish Teaching in the 3rd cycle of basic education and in
secondary education and aims to present the work done during the supervised teaching
intervention. During this pedagogical intervention it was spurred a project of research-
action that aims to explore the potential application of the learning journal as an
instrument of reflection in oral expression in a foreign language. The selection of this
theme arose after the initial observation of lessons in the classroom where the
supervised pedagogical intervention would be performed. Through this observation I
realized that although students understand and express themselves well in the written
form of the language, as is it expected in B1 level, according to Common European
Framework of Reference for Languages3, (2001), they showed fear and reluctance to
express themselves orally in Spanish. After analyzing the results of the initial
questionnaire my perceptions were confirmed, which led to the development of this
project, using a research methodology focused on research-action centered on the
process and on the students.
Some of the issues that were addressed in this intervention project were related to
the importance that students attach to oral expression in the classroom, with the degree
of awareness they have about the process of participation in oral interaction or their
needs in the area of oral language.
The next step in this process was the preparation of intervention strategies to
respond to the investigating issues that guided the drafting of the Intervention Project.
The design of strategies relied on the analysis of regulatory documents of the
teaching/learning process of foreign languages, such as the reference to the CEFR
(2001) and the Program of the Discipline of the Ministry of Education (2009), and
relevant literature as the Curricular Plan of the Cervantes' Institute.
In addition to the design of strategies some investigation documents were
developed in order to analyze the evolution of the process, facilitating self-regulation of
learning, both from the viewpoint of the student, as the perspective of the professional
development of the trainee teacher. The students’ learning journal and the teacher’s
journal were the central axis of reflection of this research-action project.
This study concludes that the learning journal is a self-regulatory instrument that
allows students a greater degree of awareness of the way they learn. It is an educational
tool underused but effective for greater success in academic life. The conscious use of
learning strategies enables the monitoring of how one learns and has implications that
go beyond the discipline of foreign language and extend the whole teaching-learning
process.
Keywords: learning strategies, learning journal, autonomy, self-regulation.
3 From now on CEFR (2001).
vi
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iii
RESUMO ........................................................................................................................ iv
ABSTRACT ..................................................................................................................... v
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... ix
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL ....................................... 12
1.1 Enquadramento teórico ........................................................................................ 12
1.1.1 A competência comunicativa............................................................................... 12
1.1.2 A interação oral e o desenvolvimento da competência comunicativa na LE ...... 13
1.1.3 O diário de aprendizagem: instrumento de reflexão e promotor de autonomia .. 14
1.1.4 Diário do professor .............................................................................................. 16
1.1.5 Estratégias de Aprendizagem – definição e tipologias ........................................ 17
1.1.6 O contributo das estratégias de aprendizagem para a autonomia do aluno ......... 18
2. O CONTEXTO DE INTERVENÇÃO ................................................................ 20
2.1 Caracterização da escola ...................................................................................... 20
2.2 Caracterização da turma ...................................................................................... 20
2.3 Objetivos e linhas do Plano de Intervenção......................................................... 21
3. CONCEÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ... 24
3.1 Metodologia e instrumentos de investigação....................................................... 24
3.1.1 Fase de Pré-Intervenção: avaliação diagnóstica e definição de estratégias ......... 25
3.1.2 Descrição do 1º Ciclo de investigação-ação e resultados .................................... 25
3.1.3 Descrição de resultados objetivos a partir do questionário inicial no 1º ciclo de
investigação-ação............................................................................................................ 27
3.1.4 Conclusões e planos de ação depois de analisado o questionário inicial ............ 43
3.1.5 Descrição do 2º ciclo de Investigação-ação: Fase de Intervenção ...................... 44
3.1.6 Monitorização do processo a partir da análise dos diários de aprendizagem ...... 45
3.1.7 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1 ................................................ 47
3.1.8 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2 ................................................ 48
3.1.9 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3 ................................................ 49
3.1.10 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4 ................................................ 50
3.2 Resultados obtidos a partir da grelha de observação da oralidade ...................... 53
vii
3.3 Descrição das estratégias pedagógicas e atividades utilizadas para o
desenvolvimento da interação oral ................................................................................. 55
3.4 Fase de Pós-Intervenção: descrição de instrumentos utilizados e resultados da
investigação .................................................................................................................... 57
4. SÍNTESE AVALIATIVA DO PROJETO .......................................................... 70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 72
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 74
Anexo 1: Grelha de observação focalizada das aulas da orientadora ............................. 79
Anexo 2: Questionário inicial ......................................................................................... 81
Anexo 3: Parrilla de Oralidad ......................................................................................... 88
Anexo 4: Ficha de avaliação do trabalho de grupo ........................................................ 89
Anexo 5: Questionário final ........................................................................................... 91
Anexo 6: Entrada 1 do diário de Aprendizagem ............................................................ 98
Anexo 6.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 1 .................................... 99
Anexo 7: Entrada 2 do diário de Aprendizagem .......................................................... 103
Anexo 7.1: Amostras do diário de aprendizagem 2 ..................................................... 104
Anexo 8: Entrada 3 do diário de Aprendizagem .......................................................... 107
Anexo 8.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 3 .................................. 108
Anexo 9: Entrada 4 do diário de aprendizagem ........................................................... 113
Anexo 9.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 4 .................................. 115
Anexo 10: Diário do professor: reflexão pós aula ........................................................ 122
Anexo 10.1: Diário do professor: após análise dos diários de aprendizagem .............. 145
Anexo 11: Planificação do 1º ciclo de investigação-ação ............................................ 148
Anexo 12: Planificação do 2º ciclo de investigação-ação ............................................ 149
Anexo 13: Planificação do 3º ciclo de investigação-ação ............................................ 150
Anexo 14: Plano de aula 4 e materiais ......................................................................... 151
Anexo 14.1: Informações e estratégias de aprendizagem para a unidade 5 ................. 157
Anexo 14.2: Plano de aula 6 e materiais ...................................................................... 164
Anexo 14.3: Plano de aula 10 e materiais .................................................................... 174
Anexo 14.3.1: Estratégias para realização e apresentação do trabalho ........................ 180
Anexo 15: Respostas dos alunos à última pergunta do questionário final ................... 185
viii
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: motivação para aprender espanhol ............................................................................................ 29
Gráfico 2: atividades preferidas para aprender espanhol ............................................................................ 28
Gráfico 3: atividades preferidas para aprender espanhol ............................................................................ 29
Gráfico 4: avaliação das competências de comunicação e EO em língua espanhola ................................. 32
Gráfico 5: circunstâncias em que o aluno fala espanhol na aula ................................................................ 33
Gráfico 6: atividades preferidas para trabalhar a compreensão e interação oral ......................................... 34
Gráfico 7: motivos que condicionam a participação do aluno na aula ....................................................... 35
Gráfico 8: estratégias utilizadas para superar dificuldades de compreensão oral ....................................... 36
Gráfico 9: estratégias utilizadas pelo aluno para superar dificuldades de expressão oral ........................... 37
Gráfico 10: estratégias que o aluno utiliza para interagir oralmente na aula .............................................. 38
Gráfico 11: utilização de algum instrumento para reflexão ........................................................................ 40
Gráfico 12: trabalho com diário de aprendizagem...................................................................................... 41
Gráfico 13: vantagens de um diário de aprendizagem ................................................................................ 42
Gráfico 14: formas possíveis de analisar um diário de aprendizagem ........................................................ 43
Gráfico 15: preferências para aprender espanhol ....................................................................................... 43
Gráfico 16: atividades preferidas para aprender espanhol .......................................................................... 44
Gráfico 17: competências da língua em que o aluno sente mais dificuldade.............................................. 60
Gráfico 18: avaliação das competências de comunicação oral em língua espanhola ................................. 61
Gráfico 19: circunstâncias em que o aluno fala espanhol ........................................................................... 62
Gráfico 20: atividades de interação oral preferidas .................................................................................... 63
Gráfico 21: objetivos alcançados com as atividades de interação oral ....................................................... 63
Gráfico 22: condicionantes a participação do aluno em atividades de oralidade na sala de aula ............... 64
Gráfico 23: estratégias para superar dificuldades de compreensão ............................................................ 64
ix
Gráfico 24: estratégias utilizadas para superar dificuldades de expressão oral .......................................... 65
Gráfico 25: estratégias utilizadas para superar dificuldades na interação oral ........................................... 65
Gráfico 26: vantagens na utilização do diário de aprendizagem ................................................................ 66
Gráfico 27: eficácia do feedback dado aos diários de aprendizagem ......................................................... 67
Gráfico 28: vantagens na utilização do diário de aprendizagem………………...………………………..68
Gráfico 29: eficácia do feedback dado aos diários de aprendizagem…..………………………………...69
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
EXPRESSÃO ORAL - EO
COMPREENSÃO ORAL - CO
INTERAÇÃO ORAL - IO
INVESTIGAÇÃO-AÇÃO – I-A
LÍNGUA MATERNA- LM
LÍNGUA ESTRANGEIRA- LE
PLANO CURRICULAR DO INSTITUTO CERVANTES - PCIC
QUADRO EUROPEU COMUM DE REFERÊNCIA PARA AS LÍNGUAS - QECR
COMMON EUROPEAN FRAMEWORK OF REFERENCE FOR LANGUAGES - CEFR
10
INTRODUÇÃO
O presente relatório foi escrito no âmbito do Estágio Profissional inserido no
Mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino
Secundário, produto do projeto de intervenção pedagógica desenvolvido no ano letivo
2013/2014 na Escola Secundária Vieira de Araújo, em Vieira do Minho. Teve como
professora supervisora a Doutora Ana María Cea Álvarez e como orientadora
cooperante a Dr.ª Susana Santos.
A escolha da temática para o meu Projeto de Intervenção partiu das necessidades
educativas que percebi durante o ciclo de pré-intervenção, através da observação de
aulas, segundo uma metodologia de investigação-ação, a qual procuro refletir no
presente relatório através de uma compilação das atividades e investigações realizadas
ao longo do ano letivo. Reunidos todos os dados, o diagnóstico foi que a expressão oral
se apresentava como a competência que mais necessitava de ser trabalhada.
Aprendemos uma língua para comunicar oralmente e por escrito. Esse é também
o conceito que está na base da configuração do QECR (2001:19), que enuncia como um
dos seu principais objetivos “descrever exaustivamente aquilo que os aprendentes de
uma língua têm de aprender para serem capazes de comunicar nessa língua e quais os
conhecimentos e capacidades que têm de desenvolver para serem eficazes na sua
atuação”. No que diz respeito à metodologia de ensino, para proporcionar
oportunidades de comunicação e interação oral mais diversificadas recorri ao enfoque
por tarefas, criando atividades finais preferentemente centradas no desenvolvimento da
oralidade e que fossem de encontro às necessidades do mundo real.
Acredito que é na interação oral que se aprende a comunicar e se ultrapassam
limitações ou dificuldades de comunicação. Tal como Rebecca Oxford (1990:7) refere a
comunicação pode ser definida como “a mutual exchange between two or more
individuals which enhances cooperation and establishes commonality”. Claro que o
enfoque dado à interação oral não deixou de lado as outras destrezas linguísticas, já que
estas foram trabalhadas de forma integrada refletindo o que acontece na comunicação
real, onde todas elas estão interligadas.
Procurei ao longo da minha intervenção refletir com os alunos sobre a dimensão
afetiva na aprendizagem de uma L2, concretamente na importância de arriscar e não ter
medo de errar na comunicação oral. Esta reflexão foi feita oralmente e por escrito
através do diário de aprendizagem. Através desta ferramenta pude perceber o que os
alunos iam sentindo relativamente às atividades propostas e às estratégias trabalhadas
com eles. Esta dimensão reflexiva é pouco explorada no ensino e no entanto é
fundamental para que os discentes se conheçam melhor a si próprios enquanto
aprendentes e pessoas. Refletir sobre a aprendizagem implica desenvolver uma série de
11
estratégias, como a cognição, a metacognição, a reflexão sobre as próprias emoções ou
o comportamento social no contexto de aprendizagem.
Oxford (1990:8) apresenta uma definição do que são estratégias de
aprendizagem: “learning strategies are specific actions taken by the learner to make
learning easier, faster, more enjoyable, more self-directed, more effective, and more
transferrable to new situations”. Esta capacidade de utilizar estratégias que se adaptam
ou se transferem para novas situações de aprendizagem é bastante útil para um maior
sucesso educativo. Ainda de acordo com Oxford podemos referir que todas as
estratégias de aprendizagem apropriadas são orientadas para a competências
comunicativa. “Development of communicative competence requires realistic
interaction among learners using meaningful, contextualized Language. Learning
strategies help learners participate actively in such authentic communication. Such
strategies operate in both general and specific ways to encourage the development of
communicative competence.”
O diário de aprendizagem enquanto instrumento de autorregulação sobre as
estratégias de aprendizagem usadas foi uma novidade para os alunos que inicialmente
se mostraram reticentes quanto à sua utilidade e muito inseguros quanto à forma de o
desenvolver. É pouco habitual que haja este registo escrito sobre a aprendizagem de
uma língua estrangeira. A dimensão metacognitiva que nos permite pensar sobre a
forma como aprendemos é muito pouco explorada. O uso do diário de aprendizagem
permite monitorizar o progresso do aluno e a relação afetiva com a língua estrangeira.
Permite ao professor um conhecimento mais individualizado de cada aluno e ao
discente um maior autoconhecimento. Oxford (1990:198) refere que “keeping a diary
or a journal is a very useful learning strategy in itself, and this strategy can be used to
help learners become aware of their whole range of strategies.”
12
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL
1.1 Enquadramento teórico
O principal propósito da aprendizagem de uma língua é ser capaz de comunicar-
se nessa língua de forma eficaz. Para isso é preciso ter em conta os saberes que os
alunos possuem do mundo e que influenciam a sua aprendizagem. O QECR (2001:147)
descreve as dimensões que devem ser desenvolvidas pelo estudante para alcançar uma
competência geral na aprendizagem: em primeiro lugar, faz referência ao conhecimento
declarativo, ou o saber. O conhecimento composto por competências e habilidades, ou
saber fazer, que lhe permitem agir em congruência com a situação em que se encontra.
A competência existencial, ou o saber ser, que pretende desenvolver atitudes,
motivações, valores, crenças e estilos de aprendizagem positivos perante a língua alvo.
Igualmente importante é também a capacidade de aprender, ou saber aprender, que se
prende com a capacidade de observar e participar em novas experiencias incorporando
conhecimentos novos aos já existentes, modificando estes quando seja necessário.
1.1.1 A competência comunicativa
Chomsky (1965) definia a competência comunicativa como capacidade
linguística inata pertencente a todos os indivíduos. Segundo este autor a criança nasce
com uma “habilidade para a compreensão” responsável pelo entendimento de signos
linguísticos que, posteriormente faz com que esta esteja apta a falar qualquer língua,
dependendo do contexto linguístico em que se encontra. Uma vez introduzida dentro
desse contexto específico de fala, esse dispositivo responsável pela aquisição da
linguagem inclui mecanismos que permitem que a criança desenvolva um código
linguístico específico em detrimento dos demais.
A partir desta noção de competência vários estudiosos, tais como Hymes (1972,
1979) ou Canale e Swain (1980) têm ampliado este conceito.
Hymes (1972: 7) cria o termo competência comunicativa e define-o como “o uso
real da língua em situações concretas” dentro de um contexto regido por normas
socioculturais. Segundo este autor a competência comunicativa abarca duas
subcompetências fundamentais. A primeira é a linguística, que se refere ao
conhecimento e uso das normas gramaticais da língua. A segunda é a sociocultural, que
se refere ao ato de fala propriamente dito tendo em conta os diversos contextos.
13
Mais tarde Canale e Swain (1980:30) alargaram ainda mais esta definição de
competência comunicativa ao acrescentar a subcompetência estratégica que definem
como um “componente constituído por estratégias de comunicação verbal e não-verbal
que podem ser usadas para compensar falhas na comunicação devido a uma
competência não muito bem desenvolvida ou a problemas cognitivos.”
O uso estratégico das competências de aprendizagem é uma ferramenta ao serviço
dos alunos que lhes possibilita, de uma forma mais consciente, atingir a competência
comunicativa. Uma das dimensões atribuída à subcompetência metacognitiva permite
que os alunos regulem a sua cognição e possam planear e avaliar o seu processo
enquanto evoluem na sua competência comunicativa. Por sua vez, as estratégias
afetivas desenvolvem a autoconfiança e a perseverança necessária para o envolvimento
ativo na aprendizagem de uma língua, fator fundamental para atingir a competência
comunicativa. Também as estratégias compensatórias são importantes na medida em
que ajudam os alunos a ultrapassar limitações recorrendo a técnicas que habitualmente
utilizamos numa comunicação autêntica.
A competência comunicativa é um conceito que tem vindo a sofrer alterações ao
longo dos tempos dada a sua complexidade. Esta competência é a soma de um conjunto
de capacidades e não uma capacidade indivisível e que abrange as competências de
compreensão e produção, tal e como especifica Oxford (1990:7): “Communicative
competence is, of course, competence or ability to communicate. It concerns both
spoken or written language and all four language skills”.
1.1.2 A interação oral e o desenvolvimento da competência comunicativa na
LE
A interação oral na teoria da comunicação aparece definida no Dicionário de
termos chave de Espanhol Língua Estrangeira da seguinte forma:
En la teoría de la comunicación se entiende por interacción un tipo de actividad
comunicativa realizada por dos o más participantes que se influyen mutuamente,
en un intercambio de acciones y reacciones verbales y no verbales.
No QECR (2001: 36) aparece descrito de forma contundente a importância da
interação numa aprendizagem que se quer significativa do ponto de vista comunicativo,
na qual:
participam oralmente e/ou por escrito pelo menos dois indivíduos, cuja produção
e receção alternam, podendo até, na comunicação oral, sobrepor-se. Os dois
interlocutores podem falar ao mesmo tempo e, simultaneamente, ouvir-se um ao
outro. Mesmo quando as tomadas de palavra são rigorosamente respeitadas, o
14
ouvinte já está geralmente a prever o fim da mensagem do emissor e a preparar a
sua resposta. Aprender a interagir assim inclui mais do que aprender a receber e
a produzir enunciados. De modo geral, atribui-se, portanto, grande importância
à interação no uso e na aprendizagem da língua, considerando o seu papel
central na comunicação.
Neste documento refere-se ainda a importância de preparar o aprendente de
línguas para interagir em vários contextos sociais, “o domínio público, privado,
educativo e profissional”.
Tendo em conta as orientações dadas no QECR (2001), um professor de línguas
deve preparar os seus alunos para situações comunicativas diversas não negligenciando
e dando especial importância às atividades de interação oral que são as que mais se
assemelham ao uso diário que fazemos da língua, pois um interlocutor é
simultaneamente falante e ouvinte no processo de interação oral.
No QECR (2001: 112) são elencados exemplos de atividades de interação:
Transações
Conversa informal
Discussão informal
Discussão formal
Debate
Entrevista
Negociação
Planeamento conjunto
Cooperação prática com vista a um fim específico
Estas atividades vão sendo gradualmente aplicadas aos diferentes níveis de
proficiência linguística.
1.1.3 O diário de aprendizagem: instrumento de reflexão e promotor de
autonomia
Oxford (1990:198) refere que manter um diário é uma estratégia muito útil que
pode ajudar os alunos a tornarem-se conscientes de todas as estratégias que possuem.
15
As estratégias de aprendizagem favorecem a autonomia nos alunos, pois ao
possibilitar uma autorregulação da própria aprendizagem, que consiste em tomar
consciência daquilo que sabemos, daquilo que desejamos saber e da forma como
podemos ultrapassar as nossas limitações, aponta o caminho para uma aprendizagem
mais autónoma e consciente. Este ato de reflexão é um ato isolado que exige análise e
capacidade de pensar sobre o sucedido com vista a uma ação que permita melhorias.
Quanto maior for o conhecimento do sujeito sobre si mesmo enquanto estudante maior
será o seu grau de autonomia na sua vida académica. Num sistema de ensino em que
cada vez mais temos turmas numerosas é fundamental para o sucesso dos alunos que
estes sejam autónomos no seu estudo. Esta autonomia é conseguida através da reflexão
que precisa de ser exercitada e inicialmente guiada através de linhas orientadoras para a
reflexão pretendida. Se pedirmos aos alunos que se foquem especificamente nas
estratégias de aprendizagem poderemos ter que lhes dar sugestões ou notas sobre as
estratégias por eles experimentadas4. Mais à frente no ponto 1.1.6 irei desenvolver este
aspeto.
Os diários de aprendizagem funcionam como ferramentas de autoavaliação que
ajudam os alunos a avaliar os seus progressos ao mesmo tempo que os ajuda a entender
os seus sentimentos, atitudes e perceções acerca do processo de aprendizagem de uma
língua.
Na aprendizagem de uma língua é importante ter em consideração a dimensão
afetiva. Utilizar um diário de aprendizagem permite que os alunos se conheçam melhor
de forma a evitar que as emoções negativas bloqueiem a aprendizagem e no sentido
oposto permite que cada aluno tire partido das emoções positivas que os ajudam a ser
bem-sucedidos.
Os alunos podem beneficiar quando partilham o diário com o docente, pois o
feedback pode trazer transformações que permitam, por exemplo, diminuir a ansiedade,
aumentar a autoconfiança ou ultrapassar inibições.5
Escrever um diário de aprendizagem e discutir os sentimentos com outra pessoa
são estratégias afetivas que permitem um maior conhecimento da “temperatura
emocional” de cada aprendente.
4 Nos anexos 6 a 9.1, é possível ver um conjunto de amostras dos diários de aprendizagem dos alunos (coloquei três amostras de diferentes alunos por cada entrada no diário de aprendizagem) e perceber como ao longo da intervenção pedagógica (verificar a data de cada diário) as suas reflexões foram ficando mais estruturadas. 5 Foi com esse intuito que fiz os comentários a cada aluno individualmente após análise das suas reflexões.
16
1.1.4 Diário do professor
O diário do professor foi desenvolvido por mim após cada aula assistida e após
cada análise dos diários de aprendizagem dos alunos com o intuito de criar um registo
escrito que me permitisse aferir a evolução dos alunos ao longo da minha intervenção
pedagógica. Cada entrada no diário do professor tem uma data que permite através da
análise cronológica desses diários ver as impressões que o trabalho com as estratégias
de aprendizagem realizado com os alunos foi surtindo. Apresento em anexo6 o corpus
dos diários do professor com o intuito de ser visível o trabalho desenvolvido pelos
alunos e o seu envolvimento no uso das estratégias de aprendizagem trabalhadas em
cada unidade.
Foram feitas dois tipos de reflexões: uma reflexão após cada aula dada, e outra
reflexão após a análise dos diários de aprendizagem dos alunos. Na reflexão pós aula
procurei apontar todos os aspetos relacionados com o projeto de intervenção e com as
estratégias trabalhadas. Na reflexão após análise de cada diário de aprendizagem dos
alunos procurei registar as reações dos alunos a cada diário de aprendizagem. Os alunos
realizaram uma entrada por unidade, totalizando quatro entradas. O número é reduzido,
mas aceitável para alunos com uma carga letiva de espanhol de apenas 90 minutos por
semana.
Efetuar uma reflexão escrita sobre a minha prática enquanto docente obrigou-me
a rever o que fiz e o que poderia melhorar em futuras intervenções. O diário do
professor funcionou como um espelho no qual procurava refletir todos os aspetos
relacionados com a atividade pedagógica com o maior detalhe possível, tendo em vista
uma reconstrução da minha ação enquanto docente. Esta perspetiva é defendida por
Maria Alfredo Moreira (2006:73), que refere:
O diário como estratégia de desenvolvimento profissional de professores
tem vindo a ser amplamente defendido no estudo do pensamento do
professor, enquanto instrumento facilitador do processo de construção de
conhecimento pela reflexão sobre/ indagação das práticas. O registo escrito
da experiência e o distanciamento que cria face a ação promove a
consciencialização crítica, ao oferecer um “espelho” que permite ao
professor ver-se e rever-se na sua prática educativa, compreender (-se)
melhor e à sua profissão, tendo em vista a reconstrução da sua ação
profissional.
6 Anexo 10.
17
1.1.5 Estratégias de Aprendizagem – definição e tipologias
Segundo o QECR (2001: 90):
As estratégias são um meio que o utilizador da língua explora para mobilizar e
equilibrar os seus recursos, para ativar capacidades e procedimentos, de modo a estar
à altura das exigências de comunicação em contexto e a completar com êxito a tarefa
em causa, da forma mais exaustiva ou mais económica segundo os objetivos pessoais.
O uso de estratégias é importante na aprendizagem de uma língua uma vez que
estas visam rentabilizar a eficácia comunicativa do aprendente. O desenvolvimento da
competência comunicativa requer a capacidade de interação real entre os aprendentes
através do uso de linguagem significativa e contextualizada.
Segundo Oxford (1990: 8) o conceito de estratégias de aprendizagem é um
conceito rico que visa melhorar a experiência do aprendente e que não se esgota na
disciplina em que é “treinado”:
As estratégias de aprendizagem são ferramentas que são usadas porque há um
problema para resolver ou um objetivo para atingir.
Ao longo da minha intervenção pedagógica procurei trabalhar com os alunos,
primeiro de forma explícita e depois de forma implícita, um conjunto de estratégias de
aprendizagem, das quais apresento em seguida a definição, de acordo com a obra de
Oxford (1990).
Ao longo da obra são abordadas seis estratégias de aprendizagem que são
divididas em estratégias diretas, aquelas que são usadas para lidar com aprendizagem
da nova língua; e estratégias indiretas, que têm a ver com a gestão da aprendizagem.
Estas estratégias estão interligadas e suportam-se mutuamente.
Dentro das estratégias diretas estão estratégias de memória, estratégias cognitivas
e estratégias compensatórias.
As estratégias de memória, por vezes chamadas mnemónicas, têm sido usadas
há milhares de anos. Permitem memorizar novos conceitos através da criação de
ligações mentais, através da aplicação de imagens ou sons, através da revisão do que se
está a aprender, ou através da ação (seja resposta física ou técnicas mecânicas).
Algumas estratégias cognitivas, tais como a análise e algumas estratégias de
memorização, como a técnica da palavra-chave, são extremamente úteis para
compreender e recordar nova informação.
As estratégias compensatórias, que permitem inferir um significado quando este
é desconhecido, ou usar sinónimos ou gestos para expressar o significado de uma
18
palavra ou expressão desconhecida, são muito úteis para o desenvolvimento da
competência comunicativa.
As estratégias indiretas englobam estratégias metacognitivas, estratégias afetivas
e estratégias sociais.
As estratégias metacognitivas ajudam os aprendentes a regular a sua própria
cognição e a organizar, planear e avaliar o seu progresso na sua evolução em relação à
competência comunicativa.
As estratégias afetivas desenvolvem a autoconfiança e a perseverança necessária
aos alunos para se envolverem ativamente na aprendizagem da língua, requisito
necessário para alcançar a competência comunicativa.
As estratégias sociais proporcionam o aumento da interação e um conhecimento
mais empático, duas características necessárias para alcançar a competência
comunicativa.
Segundo Oxford (1990:13) muitos fatores influenciam a escolha das estratégias a
trabalhar com os alunos: o grau de consciência, o nível de aprendizagem, as
características da atividade, as expectativas do professor, a idade, o sexo, a
nacionalidade/etnia, o estilo geral de aprendizagem, os traços de personalidade, o grau
de motivação, e o propósito com que se aprende a língua estrangeira.
1.1.6 O contributo das estratégias de aprendizagem para a autonomia
do aluno
O papel do professor tem vindo a mudar. A visão de uma figura autoritária que
tem como missão “curar” a ignorância dos alunos está ultrapassada. O que se espera do
professor atualmente é algo muito mais desafiante. Uma vez que o foco de atenção
recai agora sobre o papel do aluno, parte-se da hipótese de que este identifica as
estratégias de aprendizagem que costuma utilizar e aquelas que necessita para se tornar
mais autónomo. O papel do docente é atualmente mais variado e necessariamente mais
criativo, pois deve ajudar a desvendar essa informação para que o estudante se torne
mais eficaz.
A propósito da mudança no papel do professor Oxford (1990:10) refere: “Their
status is no longer based on hierarchical authority, but on the quality and importance of
their relationship with learners. When learners take more responsibility, more learning
occurs, and both teachers and learners feel more successful.”
19
As estratégias de aprendizagem, pelo facto de darem ao aluno ferramentas para
ultrapassar limitações, permitem que o aluno melhore a sua proficiência linguística e
aumente a sua autoconfiança7.
Oxford (1990: 1) explica a importância das estratégias de aprendizagem de uma
língua:
Learning strategies are steps taken by students to enhance their own learning.
Strategies are especially important for language learning because they are tools for
active, self-directed involvement, which is essential for developing communicative
competence. Appropriate language learning strategies result in improved proficiency
and greater self-confidence.
Segundo Oxford (1990: IX) as estratégias de aprendizagem aumentam a
autonomia do aluno “Learning strategies are keys to greater autonomy and more
meaningful learning. Although learning strategies are used by students themselves,
teachers play an important role in helping students develop and use strategies in more
effective ways.”
Para qua haja a conquista da autonomia é aconselhável um treino explícito e
implícito de modo a orientar os alunos na aprendizagem de estratégias que lhe
permitam maior independência no seu estudo.
Quando os alunos assumem mais responsabilidade no processo de ensino a sua
aprendizagem é mais significativa e tanto professor como alunos sentem-se bem-
sucedidos.
A autonomia é um processo que exige trabalho sério e contínuo, quer por parte
dos alunos, quer por parte do professor. É necessária reflexão sobre a forma como se
aprende para se identificar o que está menos bem e solucionar o “problema” de forma a
alcançar o sucesso pretendido.
Um maior conhecimento das estratégias de aprendizagem está diretamente
relacionado com uma maior autonomia dos alunos. É necessário um treino contínuo que
permita aos aprendentes a aquisição de ferramentas de aprendizagem que os tornem
mais autónomos na construção do seu conhecimento. Este treino requer formação
contínua da parte dos professores, para que estes se sintam aptos a ajudar os seus alunos
num território ainda pouco explorado, como é este do treino em estratégias de
aprendizagem.
7 Em cada unidade didática criei uma ficha com orientações para a tarefa final onde elencava algumas das estratégias de aprendizagem que os alunos poderiam utilizar para realizar a atividade pedida. Ver anexos 14.1.1 e 14.3.1. Na planificação de aula apresentada no anexo 14.3 também é possível verificar o tipo de estratégias eleitas para essa aula.
20
2. O CONTEXTO DE INTERVENÇÃO
2.1 Caracterização da escola
A escola onde foi desenvolvido o meu estágio profissional foi a EB 2,3/S Vieira
de Araújo em Vieira do Minho.
O Agrupamento de Escolas de Vieira de Araújo situa-se no concelho de Vieira do
Minho e abrange todas as freguesias do concelho. É composto por cinco
estabelecimentos de educação e ensino: as escolas básicas de Rossas e de Guilhofrei, os
centros escolares de Domingos Abreu e de Cávado e a Escola Básica e Secundária
Vieira de Araújo.
O agrupamento tem como missão promover o envolvimento de todos os alunos e
da comunidade educativa no processo de ensino/aprendizagem, ao nível de todos os
graus de ensino, com o intuito de combater a indisciplina e o insucesso escolar e
promover a cidadania e a sustentabilidade.
O contexto socioeconómico do Agrupamento é desfavorável uma vez que é
maioritariamente rural e há muito desemprego. No ano letivo 2013/2014 estiveram
inscritos no agrupamento 1783 alunos.
2.2 Caracterização da turma
As aulas foram postas em prática na turma da minha orientadora, a Dra. Susana
Santos, numa turma de 9º ano, de Espanhol nível B1 (segundo os níveis estipulados no
QECR, 2001). São 19 alunos, 13 raparigas e 6 rapazes, que vêm de turmas diferentes e
têm níveis de proficiência diferentes em Espanhol. A média de idades ronda os 14 anos
e há 3 alunos repetentes. Não demonstram problemas de indisciplina e têm uma postura
adequada. Ao nível do saber, revelam dificuldades na expressão e interação oral em
Espanhol. Essas dificuldades e o desconhecimento de estratégias de aprendizagem que
os ajudem a ultrapassá-las traduzem-se em insegurança em estabelecer interação oral na
21
língua estrangeira. A carga letiva desta turma é de apenas 90 minutos de Espanhol por
semana.
Esta turma iniciou o estudo da língua espanhola no 7º ano de escolaridade. É o
terceiro ano que tem a disciplina de Espanhol. O manual adotado foi “Club Prisma”
correspondente ao nível A2/B1, nível intermédio (conforme o QCER 2001). Na minha
intervenção pedagógica procurei usar maioritariamente o livro dos alunos de forma a
satisfazer um pedido dos representantes dos encarregados de educação que, na reunião
de início de ano, pediu que os alunos utilizassem os manuais adquiridos de forma a
rentabilizar o investimento feito pelos encarregados de educação. Contudo, tendo em
conta as orientações do Programa de Espanhol (2009) – Nível de Continuação 7.º, 8.º e
9.º anos de escolaridade, criei para todas as aulas materiais audiovisuais e outros
recursos adicionais que considerei uteis para estimular os alunos de forma a despertar a
sua curiosidade e interesse pela língua estrangeira em estudo. As tarefas finais pedidas
em cada unidade tiveram sempre em conta o caráter comunicativo da língua e embora
abrangessem todas a destrezas tiveram especial enfoque na expressão/interação oral.
Procurei que as atividades seguissem os requisitos previstos no programa que refere que
“As atividades têm de ser atraentes, referidas a temas que estejam relacionados com os
seus interesses e idades” (Programa de Espanhol, 2009: 14).
2.3 Objetivos e linhas do Plano de Intervenção
Neste ponto vou elencar os objetivos e linhas principais do plano de intervenção
que apresento numa tabela por considerar que essa forma de organização da informação
permite uma compreensão mais clara quer dos objetivos quer das estratégias e
instrumentos de investigação correspondentes a cada objetivo.
Numa fase inicial da intervenção procedeu-se à identificação de necessidades do
grupo alvo, através da observação de aulas e da leitura dos dados socioeconómicos da
turma, que se encontravam disponíveis para consulta na escola. Partindo daí, foram
criados alguns instrumentos de recolha de informação, como questionários, para aferir
as representações que os alunos têm da interação oral, das suas dificuldades e
estratégias para as ultrapassar.
22
Durante a intervenção foram recurso indispensável outros instrumentos de
autorregulação como reflexões escritas e pautadas no diário de aprendizagem com
respetivo feedback da docente estagiária e/ou questionários e atividades várias de
produção oral, que foram analisados em vários momentos do processo de
aprendizagem.
Na fase de pós-intervenção houve o recurso ao questionário com o intuito de
avaliar o impacto das estratégias utilizadas e as perceções dos alunos sobre as mesmas.
Dentro de uma metodologia de ensino comunicativa foi favorecido o trabalho
colaborativo, tendo o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem e
adotando um enfoque por tarefas que permita aos alunos trabalhar situações
comunicativas reais. O aluno é o centro do processo de ensino/aprendizagem e o
objetivo é que seja autónomo, para tal, numa pedagogia para a autonomia, é essencial a
reflexão como estratégia de autoconhecimento. Nesse sentido foi desenvolvido com os
alunos um diário de aprendizagem, que funcionou sempre em suporte digital. Ao longo
das aulas foram trabalhadas estratégias de aprendizagem de forma explícita que depois
eram objeto de reflexão por parte dos alunos. No final de cada unidade os alunos
recebiam no correio eletrónico da turma uma ficha guia, com tópicos e/ou questões,
para refletir sobre as estratégias usadas ao longo da unidade e para avaliarem o impacto
que estas tiveram na sua aprendizagem. Individualmente, cada aluno respondia a partir
do seu correio eletrónico e a docente estagiária dava o feedback em particular a cada
aluno, porque essa foi a forma como os alunos se sentiram mais à vontade para realizar
as suas reflexões sem estarem expostos à observação dos colegas de turma.
A reflexão foi a pedra de toque deste projeto de investigação-ação. Tanto a
reflexão dos alunos como a reflexão da professora feita no diário do professor, onde se
refletia sobre o trabalho desenvolvido e se traçavam linhas de ação futura em atividades
semelhantes caso a estratégia implementada não tivesse funcionado de forma
satisfatória. Todos os instrumentos de investigação utilizados tiveram como objetivo
cruzar informação para poder aferir de forma mais global as preocupações e
dificuldades dos alunos, assim como a sua perceção da utilidade das estratégias
desenvolvidas durante as aulas.
Apresento de seguida na tabela 1 o quadro síntese do meu Plano de Intervenção.
A cada objetivo delineado corresponde uma estratégia e o tipo de informação que
pretendo aferir.
23
Quadro síntese do Plano de Intervenção
Objetivos
Estratégias/Instrumentos de
Investigção
Informação a Recolher
1. Aferir as motivações e
perceções dos alunos
relativamente à importância da
interação oral para o
desenvolvimento da
competência comunicativa.
Observação de aulas com grelha
de observação focalizada
Modo como os alunos interagem na
sala de aula, seja entre si e/ou com
a professora.
Questionário inicial (criado para
aferir preferências e hábitos dos
lunos)
Perceções dos alunos sobre a
interação oral.
2. Promover a interação oral na
sala de aula através de tarefas
significativas que vão de
encontro às tarefas do mundo
real.
Audição de canções,
visionamento de curtas-
metragens e/ou publicidade,
jogos de dramatização, etc.
Envolvimento dos alunos nas
atividades realizadas e preferências
de aprendizagem.
3. Promover a autonomia e
recolher evidências do processo
de ensino/aprendizagem que
possibilitem controlá-lo de
forma mais apurada e
redesenhar práticas educativas.
Grelhas de observação direta e
reflexão sobre as mesmas.
Diário de aprendizagem
(alunos).
- Diário da docente.
Perceções dos alunos sobre a
interação oral.
Impacto da reflexão no
desenvolvimento da competência
estratégica com vista à autonomia
dos alunos.
Repensar práticas docentes.
4. Avaliar o impacto das
estratégias propostas no
processo de ensino
aprendizagem, contribuindo
para uma capacidade reflexiva
da docente.
Questionário final aos alunos
para aferir o impacto da
intervenção.
Comparar perceções iniciais, antes
do projeto de intervenção, com as
perceções que os alunos têm a meio
do ciclo e no final do ciclo de
investigação-ação, sobre o papel da
interação oral na aprendizagem da
língua estrangeira e o modo como
aprendem.
Tabela 1: Quadro síntese do Projeto de Intervenção
24
3. CONCEÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
3.1 Metodologia e instrumentos de investigação
Ao longo da intervenção foi implementada uma metodologia de investigação-
ação. De uma forma simplificada podemos afirmar que esta metodologia está orientada
para a melhoria da prática nos diversos campos da ação, pois destina-se à melhoria das
práticas mediante a mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas
mudanças. Permite a participação de todos os implicados e desenvolve-se numa espiral
de ciclos de planificação, ação, observação e reflexão. A investigação-ação pressupõe
investigação sobre a própria prática no seio da educação com o intuito de a melhorar,
tal como podemos verificar na citação que se segue:
Trata-se de um procedimento in loco visando lidar com um problema
concreto localizado num contexto imediato. Isto significa que o processo é
constantemente controlado passo a passo (numa situação ideal) durante
períodos de tempo variáveis, utilizando diversos modos de avaliação (diários,
narrativas, entrevistas, questionários e estudo de casos, por exemplo), de
modo que os resultados obtidos levem a reformulações, modificações,
ajustamentos e mudanças de direcção, conforme as necessidades, de modo a
orientar a investigação no caminho mais adequado. (Cohen & Manion,
19878).
O ciclo de investigação-ação compreendeu três fases. Numa fase inicial da
intervenção procedeu-se à identificação de necessidades do grupo alvo, através da
observação de aulas e da leitura dos dados socioeconómicos da turma. Partindo daí,
foram utilizados alguns instrumentos de recolha de informação, como questionários,
para aferir as representações que os alunos tinham da interação oral, das suas
dificuldades e estratégias para as ultrapassar. Durante a intervenção foram recurso
indispensável outros instrumentos de autorregulação como reflexões escritas e pautadas
no diário de aprendizagem com respetivo feedback da docente estagiária e/ou
questionários e atividades várias de produção oral, que foram analisados em vários
momentos do processo de aprendizagem. Numa fase final houve recurso a um
8 In https://sites.google.com/site/faadsaze/home (metodologias de investigação em educação).
25
questionário final que permitisse aferir e comparar as perceções dos alunos com as
inicialmente demonstradas.
Numa pedagogia para a autonomia o aluno é o centro do processo de
ensino/aprendizagem e o objetivo é que seja autónomo, para tal, é essencial o
conhecimento de estratégias que permitam ultrapassar limitações e que gerem maior
autoconhecimento. O diário de aprendizagem foi a ferramenta que permitiu desenvolver
a metacognição sobre a aprendizagem.
3.1.1 Fase de Pré-Intervenção: avaliação diagnóstica e definição de
estratégias
Numa fase de pré-intervenção foram efetuadas observações de aula na turma onde
iria ser implementado o projeto de investigação-ação. Essa observação foi registada em
grelhas de observação focalizada. Nesta fase foi possível aferir as áreas onde os alunos
se sentiam mais à vontade e também aquelas onde tinham mais dificuldades no domínio
do saber fazer.
A partir da observação foram delineadas estratégias de ação e foi criado o
questionário inicial que permitiu comprovar alguns dados observados e recolher mais
informação sobre preferências de aprendizagem da turma.
3.1.2 Descrição do 1º Ciclo de investigação-ação e resultados
O período de pré-intervenção decorreu durante o primeiro período letivo. Nesta
fase procedi à observação de aulas e à recolha de informação que me permitiu elaborar
o meu projeto de intervenção pedagógica. Utilizei uma grelha de observação (anexo 1)
onde registava as metodologias pedagógicas utilizadas pela minha orientadora da
escola, e durante as aulas observava também as áreas onde os discentes revelavam
maiores dificuldades. Partindo destas observações criei um questionário (anexo 2), que,
depois de analisar os dados recolhidos, me permitiu ver as áreas em que os alunos
diziam sentir maiores obstáculos. Este questionário estava dividido em duas partes. A
primeira parte, o grupo I, era referente à aprendizagem do Espanhol. Com as perguntas
26
aqui formuladas pretendia saber quais as motivações dos alunos para terem escolhido a
língua espanhola em detrimento de outra. Pretendia também aferir junto dos alunos que
atividades preferiam realizar na sua aprendizagem e que metodologias de trabalho eram
mais úteis para cada um. A última pergunta deste primeiro grupo pretendia recolher
junto dos alunos as suas perceções quanto às dificuldades sentidas em cada
competência da língua espanhola.
Este primeiro grupo deu-me informações que me permitiram pensar em
atividades que fossem ao encontro das preferências dos alunos e utilizar metodologias
de ensino variadas para tentar estimular as inteligências múltiplas deste grupo de
alunos. Permitiu-me ainda confirmar o que já tinha percebido nas observações de aulas,
que nem todos os alunos pareciam ter consciência das áreas onde as suas dificuldades
eram mais evidentes. Por isso resolvi desenvolver com os discentes um diário de
aprendizagem que os levasse a refletir sobre a sua aprendizagem. Esta componente
metacognitiva permitiu-lhes um maior grau de consciência das suas aprendizagens e
contribuiu para uma maior autonomia no uso da língua espanhola.
Na segunda parte do questionário pretendia saber as opiniões dos alunos
relativamente à interação e compreensão oral e sobre o seu hábito de refletir sobre as
estratégias que os ajudam a superar as suas dificuldades. Através da análise desta
segunda parte confirmei o que já tinha verificado também na observação: os alunos
diziam utilizar a língua espanhola desde que fossem estimulados pela professora a fazê-
lo, ou seja, a tendência era para utilizar sempre o português nas respostas, só quando a
professora insistia para que tentassem responder em espanhol é que os alunos iam
arriscando na utilização da língua estrangeira. Não tinham o hábito de refletir sobre as
estratégias que os poderiam ajudar porque nunca o tinham feito enquanto estudantes,
nem sob a forma de diário nem de qualquer outro modo. Estes dados permitiram-me
trabalhar com os alunos de forma consciente, umas vezes explicita outras
implicitamente estratégias que lhes permitissem arriscar no uso da língua espanhola,
tais como: trabalhar em grupo sem entrar em conflito dividindo tarefas, ter maior
confiança durante uma apresentação oral e sobretudo ter consciência de que errar faz
parte do processo de aprendizagem e que se nos damos conta de que erramos devemos
reformular e continuar o ato comunicativo.
27
Esta prática de estratégias afetivas, como não ter medo de arriscar a falar em
público e de estratégias compensatórias, como ultrapassar limitações na oralidade
utilizando sinónimos ou circunlóquios foi uma prática constante durante a minha
intervenção pedagógica. Num primeiro momento referia as estratégias e explicava aos
alunos em que consistiam e posteriormente quando sentia que as usavam perguntava-
lhes que tipo de estratégia estavam a utilizar levando-os a refletir sobre a sua
aprendizagem. Esta reflexão era também uma prática durante as entradas que faziam
nos diários de aprendizagem.
3.1.3 Descrição de resultados objetivos a partir do questionário
inicial no 1º ciclo de investigação-ação
Procedo agora à análise de resultados obtidos através do primeiro questionário
aplicado com o objetivo de aferir preferências dos alunos em relação a metodologias de
aprendizagem, hábitos de estudo, dificuldades sentidas9. O questionário continha
respostas maioritariamente fechadas, estruturadas numa escala que variava entre o nada,
pouco, bastante e muito. O questionário está dividido em três grupos, sendo que o
primeiro grupo de perguntas se refere à motivação e estilos de aprendizagem dos alunos
para aprender espanhol. Em seguida apresentam-se os dados recolhidos e a sua análise
estatística em função de cada um dos grupos do questionário.
Grupo I: motivação para aprender espanhol
9 As respostas deste questionário estão em Espanhol porque foram tratados na disciplina de Análise e Criação de Materiais Didáticos que era lecionada em Espanhol. O questionário, no entanto, foi feito em português para não constituir um entrave linguístico à compreensão dos alunos.
28
Gráfico 1: Motivação para aprender Espanhol
Ao efetuar esta pergunta pretendia saber qual a motivação dos alunos ao escolher
espanhol. Num total de 19 alunos, a principal razão pela qual escolheram espanhol foi
por considerarem que é uma língua fácil (14 alunos). Há um número considerável (10)
que refere que optou por esta disciplina porque gosta de aprender outras línguas. Há
ainda 8 alunos que referem que o espanhol é uma língua importante para o seu futuro.
Nesta pergunta pretendia que os alunos refletissem sobre as atividades que são mais
motivantes para aprender espanhol. A maioria, 17 alunos, diz que gosta de aprender a
ver filmes, publicidades, curtas-metragens, etc. Também referem que gostam de
exercícios de audição (14 alunos) e de falar.
Gráfico 2: Atividades preferidas para aprender espanhol
29
Na terceira pergunta pretendia conhecer os estilos de aprendizagem em relação ao
trabalho na sala de aula. Nas respostas referiram que o trabalho de pares, o trabalho de
grupo, e a interação professora/alunos, bem como atividades extracurriculares são as
metodologias preferidas desta turma.
Gráfico 3: Atividades preferidas para aprender espanhol
30
Com esta 4ª pergunta pretendia saber se os alunos têm algo que os desmotive e que lhes
faça ter menos sucesso nos seus estudos. As respostas dadas referem que os alunos não
creem que haja fatores que condicionem o seu sucesso escolar, o que demonstra que os
alunos não refletiram ainda sobre fatores externos ao que se passa na sala de aula mas
que podem condicionar o seu sucesso e o seu aproveitamento escolar.
Gráfico 4: Fatores que influenciam o êxito escolar
31
Com a pergunta número 5 queria saber em qual das competências de uma língua os
alunos sentem mais dificuldade. As respostas revelam alguma dispersão, mas a
expressão/interação oral e a compreensão escrita são as competências nas quais os
alunos dizem sentir mais dificuldade. De um universo de 19 alunos, 11 dizem sentir
pouca dificuldade na oralidade, 4 referem que sentem bastante dificuldade e apenas 1
refere que não sente dificuldades.
As perguntas que se seguem pertencem ao segundo grupo e dizem respeito à expressão
e à interação oral. Aqui procurámos perceber quais as representações que os alunos têm
relativamente a estas competências, especificamente a forma como avaliam as suas
competências de compreensão e comunicação oral em língua espanhola.
Gráfico 5: Competências linguísticas em que o aluno sente mais dificuldade
32
Grupo II: interação e compreensão oral
O objetivo desta sexta pergunta era aferir o grau de consciência relativamente à
utilização da língua espanhola em contexto de sala de aula e verificamos que os alunos
se consideram bastante competentes na compreensão e comunicação oral.
Relativamente ao uso da linguagem adequada ao contexto comunicativo, 10 alunos
referem que utilizam bastante, 2 alunos referem que utilizam muito e 7 dizem utilizar
pouco linguagem adequada ao contexto comunicativo.
Relativamente à participação em situações de comunicação propostas pela professora a
turma demonstra-se mais dividida: 10 alunos referem participar bastante e 9 alunos
dizem participar pouco.
Quanto à interação em espanhol com a professora e com os companheiros, 10 alunos
referem que interagem bastante na língua espanhola, 8 referem que interagem pouco e
apenas 1 refere que não interage em espanhol. No entanto na observação das aulas o
que se verifica é um número inferior de alunos a arriscar-se a interagir em espanhol.
Quanto à compreensão do que é dito em espanhol na sala de aula, 10 alunos dizem que
entendem bastante o que é dito; 8 referem que entendem muito do que é dito, ou seja
quase tudo; e um aluno refere que entende pouco do que é dito.
Gráfico 6: Avaliação das competências de comunicação e EO em língua espanhola
33
Quando questionados quanto às circunstâncias em que falam espanhol na aula, os
alunos deram respostas que se aproximam do que se observa nas aulas. A maioria dos
alunos, 12, refere que fala sobretudo quando a professora pede. Por iniciativa própria
apenas 3 alunos admitem falar bastante. Há 14 alunos que referem que falam pouco e 2
alunos que referem que não falam. No item seguinte, falar espanhol para esclarecer
dúvidas, 12 alunos admitem que falam pouco, 6 referem que falam bastante e 1 aluno
refere que não usa a língua espanhola. Na interação com os companheiros, 13 alunos
referem que usam pouco a língua espanhola, 4 alunos referem que usam bastante a
língua espanhola e 2 alunos dizem que não usam nada a língua espanhola na interação
com os seus pares. Quanto ao uso da língua espanhola na interação com a professora,
10 alunos referem que a utilizam pouco e 9 alunos referem que a utilizam bastante.
Gráfico 7: Circunstâncias em que o aluno fala espanhol na aula
34
Na oitava pergunta pretendia saber quais as atividades de compreensão e de interação
oral que os alunos preferem. O objetivo é adequar as atividades propostas na aula indo
de encontro ao agrado da maioria dos alunos.
As atividades que reúnem mais consenso são as de visualização de documentários,
publicidade, etc., 13 alunos referem gostar bastante, 5 alunos dizem gostar muito e
apenas um aluno refere gostar pouco destas atividades.
As atividades de audição também parecem ser do agrado dos alunos: 9 alunos dizem
gostar muito, 6 alunos referem que gostam bastante, 3 alunos dizem gostar pouco e 1
aluno não gosta deste tipo de atividades. O que se pode observar em contexto de sala de
aula é que os alunos gostam destas atividades de audição mantendo-se atentos e
participativos.
Quanto às apresentações orais, 8 alunos gostam pouco, 7 alunos gostam bastante, 3
alunos não gostam nada e 1 aluno gosta muito.
Relativamente aos debates, 11 alunos referem que gostam pouco, 5 dizem que não
gostam nada, 3 referem que gostam bastante.10 De referir que já se realizou uma
atividade de debate e que os alunos aderiram e participaram com entusiasmo.
10 Esta situação foi possível de ser verificada através de observação direta em aula.
Gráfico 8: Atividade preferidas para trabalhar a compreensão e interação oral
35
Quanto às dramatizações, 9 alunos referem que gostam pouco, 5 assinalam que gostam
bastante e outros 5 dizem não gostar nada, apesar de esta ser uma atividade sugerida no
programa do 9º ano de escolaridade à qual os alunos costumam aderir com agrado
Quando questionados quanto aos motivos que podem condicionar a sua participação na
aula, os alunos referem como causas principais o medo de errar: 5 alunos referem que
têm bastante medo de errar, 2 referem que têm muito, 8 referem que têm pouco e 4
referem que não têm medo de errar.
A timidez é apontada por 14 alunos como uma condicionante da sua participação: 8
alunos referem que pouco, 3 alunos dizem bastante e outros 3 referem que muito. Há,
no entanto 5 alunos que referem não sentir timidez.
A falta de vocabulário é um fator que segundo os alunos os limita pouco. De acordo
com a análise das respostas dadas, 10 alunos dizem sentir-se pouco condicionados pela
falta de vocabulário; 5 alunos sentem-se bastante condicionados; 3 alunos sente-se nada
condicionados e apenas 1 aluno admite sentir-se muito condicionado pela falta de
vocabulário.
Gráfico 9: motivos que condicionam a participação do aluno na aula
36
As outras opções apontadas como possíveis causas que pudessem condicionar a
participação dos alunos na sala de aula não pareceram ter muita relevância no
desempenho dos alunos, uma vez que as respostas dadas andam nas escalas mais
baixas, no pouco ou no nada, como se pode verificar no gráfico acima apresentado.
A pergunta número 10 referia-se às estratégias adotadas para superar as dificuldades de
compreensão oral. Foram elencadas 9 possíveis estratégias, conforme se pode constatar
no gráfico acima apresentado, e foi dada a possibilidade, tal como em todas as questões
anteriores, de acrescentar outras que considerassem relevantes. Não houve nesta, nem
em nenhuma outra pergunta qualquer tipo de sugestão.
Uma das estratégias apontadas para superar dificuldades de compreensão oral foi a
dedução de uma palavra pelo contexto: 8 alunos referem que a utilizam muito, 6 alunos
referem que utilizam bastante e 5 alunos dizem utilizar pouco esta estratégia.
Outra estratégia apontada era apreender a informação mais importante da mensagem:
14 alunos dizem utilizar bastante, 3 referem que a utilizam muito e 2 dizem que
utilizam pouco esta estratégia.
Gráfico 10: Estratégias utilizadas para superar dificuldades de compreensão oral
37
Seguia-se “ignoro palavras que considero não relevantes”: 11 alunos dizem utilizar
pouco esta estratégia e 8 referem que não a utilizam.
Outra estratégia assinalada era procurar entender o significado de palavras novas: 10
alunos dizem que o fazem bastante, 6 alunos referem que o fazem muito e 3 alunos
dizem que não usam esta estratégia.
Perguntou-se ainda se os alunos acham que ouvem com atenção tudo o que é dito: 9
alunos referem que bastante, 7 referem que muito e 3 dizem que pouco.
Perguntou-se ainda se o facto de não entenderem o que estava a ser dito os levava a
desinteressarem-se. A maioria da turma, 17 alunos, referiu que o facto de não
compreender alguma coisa não lhes causa desinteresse.
Num universo de 19 alunos, 15 diz recorrer ao português para pedir esclarecimentos.
Apenas 4 alunos referem que não o fazem.
Há 11 alunos (7 bastante e 4 muito) que referem que pedem à professora para repetir; 8
alunos dizem fazê-lo pouco.
Quanto à hipótese de pedir ajuda a um colega, 10 alunos referem que o fazem (5
bastante e outros 5 muito). Há 8 alunos que dizem que o fazem pouco e 1 aluno que diz
que nunca utiliza esta estratégia.
38
Na pergunta número 11 perguntei que estratégias utilizavam para superar as
dificuldades de expressão oral.
As estratégias que os alunos referem utilizar mais são: a utilização de frases simples (12
alunos bastante e 4 alunos muito), o uso da língua materna (10 alunos bastante e 4
alunos muito), pedir ajuda à professora ao nível do vocabulário (12 alunos bastante e 5
alunos muito), pedir ajuda a um colega (9 alunos bastante e 2 alunos muito) e
reformular o que pretendem dizer (9 alunos bastante e 4 alunos muito).
Gráfico 11: Estratégias utilizadas pelo aluno para superar dificuldades de expressão oral
39
Na pergunta número 12 procurei saber que estratégias utilizam os alunos para interagir
na aula. Esta pergunta vem no seguimento da anterior que se referia à expressão oral.
Também na interação os alunos utilizam estratégias semelhantes às que utilizam na
expressão oral. As estratégias mais apontadas são por ordem de preferência as
seguintes:
O uso da língua materna (11 alunos bastante e 3 muito)
A utilização de frases simples (9 alunos bastante e 5 muito)
Pedir ajuda à professora (8 alunos bastante e 6 muito)
Reformular ideias (7 alunos bastante, 3 muito e 8 pouco)
Pedir ajuda ao interlocutor (5 alunos bastante, 2 muito e 12 pouco)
Gráfico 12: Estratégias que o aluno utiliza para interagir oralmente na aula
40
Na 13ª pergunta perguntei se os alunos utilizavam (antes do projeto de
intervenção) algum instrumento para refletir sobre a forma como trabalham a interação
oral na sala de aula. Esta era uma pergunta que tinha apenas duas hipóteses: sim ou não.
Todos referiram que não.11
11 Convém referir que este foi o questionário inicial e que esta resposta foi recolhida antes de implementar o projeto de intervenção.
Gráfico 13: Utilização de algum instrumento para reflexão
41
Com a pergunta número 14 pretendia saber se os alunos alguma vez tinham trabalhado
com um diário de aprendizagem. Tal como na pergunta anterior todos referiram que
não.
Gráfico 14: Trabalho com diário de aprendizagem
Gráfico 15: Vantagens de um diário de aprendizagem
42
Nesta questão número 15 perguntei aos alunos quais eram, na sua opinião, as vantagens
de um diário de aprendizagem. Das hipóteses apresentadas as que recolheram mais
consenso foram:
Permite ao aluno refletir sobre a sua própria aprendizagem e avaliá-la com a
professora (12 alunos referiram bastante e 6 muito)
Os alunos adquirem autonomia ao envolver-se na avaliação da sua
aprendizagem (11 alunos referiram bastante e 5 muito)
Os alunos aprendem a rever o seu trabalho de forma organizada (10 alunos
referiram bastante e 6 muito)
Quando foi proposto aos alunos o uso de um diário de aprendizagem, no início da
intervenção, todos mostraram interesse por saber mais acerca deste instrumento. No
entanto, quando lhes foi pedido que fizessem a sua primeira entrada, de forma
organizada, houve alguns alunos que se mostraram relutantes em fazê-lo.
Gráfico 16: Formas possíveis de analisar um diário de aprendizagem
43
A última pergunta do questionário era “Como achas que se pode analisar um diário de
aprendizagem?”
A grande maioria dos alunos referiu que a melhor estratégia é: “a professora lê o que
escrevo e faz uma apreciação escrita, dando sugestões de melhorias”, tal como se pode
ver no gráfico acima apresentado.
No ponto seguinte faço uma análise sobre os dados recolhidos e elenco os planos de
ação traçados após a análise do questionário inicial.
3.1.4 Conclusões e planos de ação depois de analisado o
questionário inicial
Do questionário realizado retirei três grandes conclusões:
Os alunos não estão acostumados a refletir sobre o seu processo de
aprendizagem.
Os alunos não arriscam a falar espanhol por timidez e medo de errar.
Os alunos gostam de trabalhar com materiais audiovisuais.
Este questionário permitiu-me conhecer melhor a turma alvo e assim adequar as
práticas de modo a criar sequências didáticas que vão de encontro aos interesses e
necessidades da turma em questão. Permitiu ainda confirmar as perceções iniciais
sentidas na observação direta sobre a necessidade de trabalhar mais a oralidade. Nesse
sentido, orientando o questionário para essa competência, pude conhecer melhor as
atividades preferidas dos alunos. Com base na análise dos resultados preparei planos de
ação que me permitissem ajudar os alunos a ultrapassar as dificuldades identificadas e
que os motivassem para o uso da língua espanhola, seja na expressão ou na interação
oral.
Os planos de ação passam pelo treino explícito e implícito de estratégias de
aprendizagem que os ajudem ultrapassar as suas dificuldades e que os levem a refletir
sobre as estratégias trabalhadas em cada aula e a utilizar o diário de aprendizagem
como instrumento metacognitivo de reflexão. Recorrer ao uso de estratégias afetivas
que permitam aos alunos ultrapassar eventuais bloqueios, e também utilizar os meios
44
audiovisuais para estimular a oralidade através de discussões ou manifestação de
opiniões sobre a temática apresentada, uma vez que, como confirmei na análise dos
questionários, estes materiais são do agrado da maioria dos alunos.
Para além de recolher informação sobre aspetos importantes da minha investigação,
este questionário teve também a função de confrontar o aluno com diferentes formas de
refletir sobre a aprendizagem, por exemplo, através da participação em um diário, e
também sobre as possibilidades de avaliação ou correção por parte da professora. Desta
forma estava a dar-se ao aluno a possibilidade de escolher o meio pelo qual deveria
receber o feedback das suas entradas de diário e atribui-se-lhe também a faculdade de
poder refletir sobre este aspeto de forma autónoma.
3.1.5 Descrição do 2º ciclo de Investigação-ação: Fase de
Intervenção
No período de intervenção, que decorreu desde janeiro até maio, pus em prática o
projeto de intervenção.
Para cada unidade didática foram criados instrumentos que visavam monitorizar o
trabalho dos alunos. No primeiro ciclo de investigação foi criado o questionário inicial
(já analisado, no ponto anterior)12, uma ficha de auto e heteroavaliação do trabalho de
grupo13, uma outra ficha onde eram relembradas as estratégias que poderiam usar e foi
implementada a primeira entrada do diário de aprendizagem. Após cada aula era
também feita uma reflexão pela docente estagiária no diário do professor.14
Foi também criada uma grelha em Excel que apresento como anexo e que dividia
o processo em ciclos distintos de investigação-ação.15 Esta grelha começava por elencar
os objetivos da investigação, o ciclo de investigação em que se encontravam, assim
como os objetivos de cada sessão, ou aula, e os instrumentos/materiais utilizadas nessa
aula.
12 Anexo 2. 13 Anexo 4. 14 Anexos 10 e 10.1. 15 Anexos 11, 12 e 13.
45
3.1.6 Monitorização do processo a partir da análise dos diários de
aprendizagem
Ao longo da minha intervenção os alunos desenvolveram um diário de
aprendizagem em suporte eletrónico16, que era pautado por tópicos de reflexão e/ou
perguntas. O procedimento para realizá-lo era o seguinte: no final de cada unidade era
enviado para o correio eletrónico da turma um documento em Word com questões de
reflexão que incidiam sobre estratégias de aprendizagem trabalhadas durante as últimas
sessões, focando especialmente a interação oral (anexos do 6 ao 9.1). Cada aluno
refletia sobre as questões colocadas e enviava essa reflexão para o meu email. Depois
de analisar cada diário ia comentando individualmente a entrada de cada aluno nesse
diário com o intuito de aumentar a autoconfiança de cada um através do reforço
positivo e de orientar onde sentia que tinham maiores dificuldades, e reenviava para os
alunos através do correio eletrónico de cada discente por uma questão de maior
privacidade, e também porque no questionário passado na fase de pré intervenção todos
referiram que os diários de aprendizagem deveriam ser vistos apenas por cada aluno
que os fazia e pela professora estagiária. A linguagem que utilizei em cada comentário
feito aos alunos era simples de modo a criar empatia e encorajá-los na continuidade das
suas reflexões.
A partir da fase intermédia da minha intervenção e até ao final verifiquei que os
alunos tinham melhorado a sua capacidade de reflexão e percebia-se maior autonomia
nos seus momentos de autoavaliação. Na fase inicial as respostas dos discentes aos
questionários de autoavaliação eram afirmativas ou negativas com grandes dificuldades
de justificação da sua opinião. A partir do segundo ciclo de intervenção, os alunos, para
além de se mostrarem mais expressivos nos diários de aprendizagem, construíam textos
maiores e mais reflexivos, e conseguiam já explicar as suas opiniões baseando-se nas
estratégias que íamos trabalhando durante as aulas. Por exemplo, referiam que quando
se sentiam ansiosos antes de uma apresentação oral costumavam respirar fundo e olhar
em frente sem focar diretamente nenhum dos colegas, o que demonstra um aumento no
16 O Formato eletrónico foi aquele que os alunos elegeram no questionário inicial. Para além de ser mais apelativo para os alunos o uso do computador, o facto de ser um instrumento individual a que apenas cada aluno e eu tínhamos acesso deixou os alunos mais à vontade para fazer as reflexões. O feedback era dado individualmente a cada aluno enviando os comentários para o correio eletrónico individual de cada aluno, de modo a garantir a privacidade de cada um.
46
grau de consciência do processo de aprendizagem. Os alunos passaram de descrever os
factos a interpretá-los.
Apresento em seguida quatro exemplos de entradas dos diários de aprendizagem.
Estes quatro exemplos são amostras do trabalho de reflexão feito pelos alunos nos
diários de aprendizagem. Cada entrada apresentada pertence a uma unidade didática
diferente trabalhada durante a intervenção pedagógica. Como referi anteriormente, os
comentários da docente tinham como objetivo dar reforço positivo e incentivar os
alunos a investir na reflexão sobre a sua aprendizagem de modo a tornarem-se mais
conscientes da forma como aprendem e como ultrapassam as suas limitações através
das estratégias de aprendizagem.
Por uma questão de privacidade apresento apenas a inicial do nome de cada
aluno. A seleção destes diários em detrimento de outros foi por considerar que estes são
aqueles em que os alunos demonstram maior capacidade de reflexão e também por uma
questão de limite de páginas não me é permitido apresentar todas as entradas de todos
os alunos. Nos anexos apresento mais três amostras de entradas diferentes por cada
diário de aprendizagem desenvolvido (anexos 6 a 9.1)
A estrutura das tabelas em que foi construído o diário vai alterando à medida que
o ciclo de investigação-ação avançava por considerar que as alterações feitas permitiam
uma melhor organização da reflexão.
47
Amostra do diário de aprendizagem 1
3.1.7 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1
NOME: I DATA:11/02/2014
Nesta unidade aprendi: A nível dos conteúdos gramaticais dei o imperativo afirmativo e
negativo regular e irregular e a nível os conteúdos léxicos dei a publicidade. A nível de
estratégias a que recordo melhor é “não ter medo de arriscar a falar em Espanhol, pois errar
faz parte do processo de aprendizagem de uma língua”.
Alguns exemplos do que aprendi: A nível de dar ordens usamos o imperativo: Callate; No
comáis eso; No vayas es muy escuro… entre outros exemplos, também tivemos a experiencia
de fazermos uma publicidade em que apelássemos aos nossos colegas para a compra de um
produto e o resultado final foi um slogan muito bem elaborado: HIDRATIL PARA UNA
PIEL MÁS JUVENIL… COMPRÁLO E COMPRUEBALO POR TI MISMO!!!!
O que me pareceu mais fácil: Não tive grandes dúvidas, porém achei mais fácil quando
abordamos o tema da publicidade.
O que me pareceu mais difícil: Como em cima referi não tive grandes dúvidas, mas o que me
pareceu mais difícil foi o imperativo, principalmente nos verbos irregulares.
Quando algo nos causa mais dificuldade devemos insistir no seu estudo
No trabalho de grupo devo ter em conta: O barulho que faço, tendo respeito pelos meus
colegas e respeitar a ordem e as opiniões de cada elemento do grupo e tentar aproveitar as
mesmas ao máximo.
O que mais gostei: E obvio de que o que mais gostei foi dos bocadinhos das aulas que
tivemos mais praticas como por exemplo um jogo que fizemos onde aplicamos o imperativo e
na aula anterior quando trabalhamos em grupo para por em prática o conceito de publicidade.
O que menos gostei: Não tenho nada a apontar nesse aspeto, acho que as aulas são sempre
interessantes devido ao facto de fazermos atividades que não tornam a matéria tão aborrecida
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Já revelas alguma capacidade para refletir sobre o que aprendeste.
Quanto mais refletires sobre as tuas dificuldades mais fácil será ultrapassá-las, pois se
conseguires identificar qual é o problema é mais fácil resolvê-lo.
Relativamente aos teus pontos fortes, se souberes quais são as estratégias que resultam
melhor na tua aprendizagem, mais fácil será pô-las em prática e isso far-te-á ser mais
autónoma e bem-sucedida.
48
3.1.8 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2
NOME: M DATA:22/02/2014
As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da
oralidade)
Sim é muito importante denotar esse facto, até porque ao participarmos nas aulas dando a nossa opinião acerca
de assuntos e interagir como a Professora Rosa e com os colegas tendo como base os mais variados trabalhos
lúdicos que realizamos , como é obvio sempre em espanhol , pelo menos sempre que possível até porque nós,
alunos, tentamos quase sempre "esquivar-nos" ao espanhol. Mas o facto é que sempre que tentamos "arriesgar"
,tal como diz a Professora Rosa , estamos a contribuir para desenvolver a nossa capacidade de falar outra língua
em frente a outras pessoas , e os trabalhos lúdicos que temos feito durante as ultimas aulas simbolizaram isso
mesmo, uma oportunidade para evoluir a oralidade.
A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)
Prefiro sem dúvida, como deve ser do conhecimento da Professora Rosa, trabalhar em grupo mais
especificamente com 3 das minhas colegas de turma porque temos uma ideia partilhada de como devemos
trabalhar e sentimos nos também mais á vontade para estabelecer contacto a fim de realizar um trabalho do
agrado de todas.
Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade
Penso que o tipo de atividades de estamos a realizar nas aulas, que consiste em criar algo com base no que
nos é pedido e de seguida apresentar os nossos trabalhos á turma, que sinceramente ao inicio era um pouco
difícil para nós, até porque era necessário que nos sentíssemos á vontade em frente à turma, porém agora
começo sentir me mais á vontade para falar espanhol em frente á turma, o que prova que realmente todas
estas atividades são benéficas para os alunos .
Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão
Envia a tua reflexão por email até 25 de fevereiro
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
M: fico muito satisfeita por ver que consegues falar/escrever com bastante facilidade sobre a tua aprendizagem.
Essa capacidade de refletir sobre a forma como aprendes ser-te-á muito útil na tua vida de estudante e na tua
vida laboral, no futuro. Continua com o bom trabalho que tens feito e com essa capacidade de reflexão, pois
tentar compreender que tipo de atividades e estratégias te ajudam a evoluir é fundamental para o teu sucesso
escolar. Estás no bom caminho. PARABÉNS.
Amostra do diário de aprendizagem 2
49
3.1.9 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3
NOME: A DATA:10/03/2014
Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te
foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.
As estratégias que referimos foram:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.
Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.
Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.
Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.
As estratégias mais úteis para ti:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.
- quando não conheço a palavra em espanhol digo a palavra em português para que o professor me possa
corrigir.
•Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.
- esta estratégia foi útil para mim porque acho que quando erramos devemos corrigir porque se não corremos o
risco de voltar a cometer o mesmo erro.
Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar
referindo porquê:
Criação e gravação do Rap: Gostei muito da gravação e da criação do rap, pois foi uma tarefa muito divertida e
também um pouco difícil de realizar, porque tínhamos de fazer com que a letra do rap tivesse sentido e como
era em espanhol ainda tornou mais difícil a tarefa, mas acho que nos ajudou muito a desenvolver a nossa
oralidade.
Simulação de chamada telefónica: Foi também uma tarefa divertida de realizar porque inventamos um texto
muito engraçado e quando o lemos ainda foi mais divertido.
Expressar opinião: Acho as atividades que fazemos dentro e fora da sala de aulas muito importantes para o
desenvolvimento da nossa oralidade, pois ajuda-nos a ultrapassar o medo de errar alguma palavra, e ajuda-nos a
50
estar mais à vontade para praticar a língua.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
A: fico contente por perceber que revelas já uma capacidade desenvolvida de reflexão. O segredo para esta
capacidade melhorar é ser persistente e habituares-te a pensar sobre a forma como aprendes e quais as
estratégias de aprendizagem que resultam melhor para ti. Aliada a essa capacidade de pensar sobre as coisas,
está o expressares-te por escrito, pois quando pomos por escrito um pensamento este torna-se mais claro.
Quanto às estratégias que melhor resultaram para ti, usar uma palavra na língua materna quando não
conhecemos a palavra que precisamos na língua espanhola ajuda a fluir a comunicação e faz com que não haja
um corte na mensagem que pretendemos transmitir. A autocorreção revela uma capacidade de lidar com o erro
quando nos damos conta de que algo que dissemos não está correto. Revela evolução linguística. É muito
importante.
És uma aluna empenhada e envolves-te nas atividades propostas. Vejo pela tua reflexão que mesmo as
atividades mais difíceis não representam um obstáculo, mas um estímulo para ti. PARABÉNS!
Amostra do diário de aprendizagem 3
3.1.10 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4
NOME: C DATA:23/05/2014
Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades
propostas.
O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este
tema? Justifica a tua resposta.
Esta área desde o início que me despertou imenso interesse. A produção cinematográfica sempre foi
uma área que considero bastante interessante, umas das minhas preferidas. Logo este tema não me era
desconhecido sendo mais fácil resolver o questionário. O mesmo aumentou o conhecimento
principalmente em termos opostos que diferem de língua para língua.
51
O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a
tua resposta.
Sim, despertou bastante interesse. Gostei muito dos temas da ação e da produção dos mesmos.
Tentarmos imaginar o conteúdo do filme e expressá-lo em Espanhol foi mais um passo no
desenvolvimento da oralidade. Gosto deste tipo de atividades, porque são motivantes.
Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:
Dividiram tarefas?
Ensaiaste o que ias dizer?
Tentaste falar em vez de ler?
Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?
Evidentemente dividimos tarefas para que todos os membros fossem beneficiados e não prejudicados.
Ensaiámos dentro do possível, pois o tempo não era em excesso assim sendo treinamos o mínimo para
correr bem. Por espanto eu nesta apresentação não li, falei.
E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que
ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum
benefício em utilizá-lo?
No início a ‘’adaptação’’ ao diário foi um pouco difícil pois nunca tinha feito tal coisa. Mas a partir
do momento em que me habituei, não tive mais dificuldades. Ganhei imensa autonomia ao realizar o
mesmo, e aprendi imenso principalmente na língua espanhola.
Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.
A apresentação de trabalhos não é o meu forte, não tinha nenhum á vontade. E ao longo das aulas ao
com a Professora Rosa Antunes, consegui descontrair e pela primeira vez apresentar trabalhos perante
um ‘’publico’’. Agradeço e esta professora que foi uma pessoa incondicional em relação a nós,
ajudou-nos sempre o máximo possível. Obrigada professora
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
C: Ao fazer este comentário vieram-me à memória as tuas palavras no 1º dia em que comecei a dar-
vos aulas: “professora, aviso-a já que não leio, nem falo”. Essas palavras soaram-me como um pedido
de ajuda. À medida que íamos falando de estratégias de aprendizagem senti que ias ganhando mais
52
confiança. E foste fazendo as atividades orais e cada vez melhor. Nem sabes como fico contente de te
ver a fazer apresentações em frente aos teus colegas já com bastante à vontade. PARABÉNS. Como
vês vale a pena não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola. Errar faz parte da aprendizagem.
Não há que ter medo. As estratégias que trabalhámos para reduzir a ansiedade, como por exemplo, o
facto de te fixares num ponto e não no rosto dos teus colegas, respirar fundo para te acalmares e
treinar antes de uma apresentação são estratégias que te ajudarão sempre que tiveres que falar em
público. MUITOS PARABÉNS pelo empenho demonstrado.
As estratégias de que falámos relativamente à oralidade e à apresentação de trabalhos podes usa-las
em qualquer disciplina.
O ato de refletir, usando o diário de aprendizagem, será sempre uma mais-valia que te ajudará a
conhecer-te melhor enquanto aluna e te permitirá ultrapassar eventuais dificuldades. Quanto melhor te
conheceres mais autónoma e bem-sucedida serás.
Amostra do diário de aprendizagem 4
53
3.2 Resultados obtidos a partir da grelha de observação da oralidade
Durante as apresentações orais dos trabalhos de grupo, que tinham como principal
intuito desenvolver esta competência, utilizei uma grelha de observação direta da
oralidade, de criação própria e que me permitiu registar com maior detalhe a evolução
de cada aluno e avaliar o impacto das estratégias que estava a trabalhar com os
discentes assim como contrastar esta informação com aquela obtida a partir dos diários
de aprendizagem.
Esta grelha, que se apresenta a seguir, tem duas partes. Na primeira tem três
descritores retirados do QECR (2001:56) que dizem respeito ao ato de falar em público,
e que permitem posicionar o aluno no nível A2 ou no nível B1, isto é, permitem
verificar se um aluno utiliza descritores maioritariamente do nível A2 ou se utiliza
descritores do nível B1 ou de ambos os níveis de proficiência segundo o QECR (2001).
Na segunda parte tem estratégias de expressão e de compensação, que permitem aferir
se os alunos conseguem ultrapassar dificuldades causadas por exemplo pela falta de
vocabulário específico, e tem também estratégias de controlo e correção, que ajudam os
discentes a controlar o seu discurso utilizando técnicas para voltar a começar quando se
atrapalham ou recorrendo a reformulações do discurso.
Através desta grelha de observação pude fornecer aos alunos um feedback mais
preciso sobre a sua evolução. Precisamente, ao referir o que já conseguiam fazer e que
antes não faziam motivava-os a quererem continuar a evoluir. Esta reflexão conjunta
após cada observação das apresentações que faziam permitia ainda que aqueles alunos
com maiores dificuldades pudessem ver que estratégias utilizavam os discentes que
demonstravam menos dificuldades. Esta aprendizagem colaborativa implica os
discentes na sua aprendizagem tornando-os mais ativos e conscientes na criação do seu
conhecimento.
54
NOMBRE DEL ESTUDIANTE»
1. HABLAR EN PÚBLICO
(descriptores)
CARACTERISTICA
OBSERVADA
X CARACTERISTICA NO
OBSERVADA
1.1. Realiza presentaciones o
interacciones breves y ensayadas (A2)
1.2. Es capaz de hacer frente a un número
limitado de preguntas con respuestas
inmediatas y sencillas (A2)
*(para utilizar en diálogos)
1.3. Es capaz de hacer una
presentación breve y preparada sobre un
tema con la suficiente claridad como para
que se pueda seguir sin dificultad (B1)
2. ESTRATEGIAS DE
EXPRESIÓN (B1)
COMPENSACIÓN
2.1. Adapta una
palabra de su lengua
materna
2.2. Utiliza una
palabra sencilla que
significa algo
parecido al concepto
que quiere transmitir
CONTROL Y
CORRECCIÓN
2.3. Vuelve a
empezar utilizando
una táctica diferente
2.4. Puede corregir
confusiones de
tiempos verbales o
de expresiones que
pueden dar lugar a
malentendidos
Grelha de observação da oralidade
55
3.3 Descrição das estratégias pedagógicas e atividades utilizadas para o
desenvolvimento da interação oral
Como o meu projeto de intervenção tinha como foco principal o desenvolvimento
da oralidade, mais especificamente da interação e da expressão oral, procurei em todas
as atividades e no diário de aprendizagem focar esta competência, apesar de procurar
trabalhar de forma integrada todas as competências linguísticas pois estou ciente de que
para um desenvolvimento harmonioso da competência comunicativa é necessário ter
em atenção a prática integrada de todas as skills durante uma aula.
Quanto à metodologia de ensino, optei pelo uso do método comunicativo, mais
precisamente o enfoque por tarefas, que pretende capacitar o aluno para uma
comunicação real com os falantes da língua estrangeira tanto na vertente oral como na
escrita. Para isso, no processo de ensino utilizei textos, gravações e materiais autênticos
e realizei com os alunos atividades que procuraram imitar com fidelidade a realidade
fora da sala de aula.
Em cada unidade didática os alunos desenvolveram tarefas potenciadoras que os
levaram a conseguir realizar a tarefa final em cada unidade. Para que ficasse claro o que
era pretendido em cada tarefa final, no início de cada unidade, depois de apresentar os
conteúdos que iriamos abordar, entregava aos alunos uma ficha onde explicava passo a
passo o que fariam para a tarefa final. Nessa ficha apresentava também estratégias de
aprendizagem que os ajudariam.
A abordagem adotada no meu projeto assenta em pressupostos de um ensino
comunicativo da língua no qual os discentes levam a cabo tarefas que os preparam para
situações comunicativas reais. O enfoque comunicativo procura dotar o aluno de
estratégias que lhe permitam comunicar de forma satisfatória na língua estrangeira em
estudo. O enfoque comunicativo pretende desenvolver uma competência comunicativa
eficaz que permita ao aprendente comunicar de forma plausível e apropriada tendo em
conta o interlocutor e o contexto.
“Un enfoque comunicativo es, por tanto, un enfoque integrador en el que el
objetivo principal es preparar y animar a los aprendientes a explotar de forma óptima su
limitada competencia comunicativa de la segunda lengua con el fin de participar en
situaciones reales de comunicación.” (Canale in Llobera, 2000:74)
56
Nas interações que estabelecemos diariamente na nossa vida utilizamos, sem nos
darmos conta, várias destrezas ou competências em simultâneo. Na aprendizagem de
uma língua estrangeira as atividades de aprendizagem devem ser o mais próximo
possível da vida real. As atividades propostas devem preparar os alunos para interações
que ocorrem fora da sala de aula, em contexto real e autêntico de comunicação.
A minha intenção ao longo da intervenção pedagógica foi proporcionar aos
alunos um contacto com a língua e cultura espanhola de uma forma motivadora e
interessante. Para tal, recorri ao uso de materiais audiovisuais autênticos na língua
espanhola, como campanhas de publicidade, curtas-metragens, músicas, notícias da
televisão espanhola, documentários, entre outros.
Procurei que os alunos fossem mais ativos na criação do seu conhecimento e
difundi a ideia da necessidade de arriscarmos quando estamos a aprender um língua
estrangeira, pois o medo de errar limita na maioria das vezes, por isso expliquei
também que errar faz parte do processo de aprendizagem. Tentei desenvolver um
ambiente favorável à participação ativa de todos, pois o envolvimento é fundamental
para a aprendizagem de uma língua estrangeira.
Considerei importante que as atividades fossem centradas nos discentes e
orientadas para a ação, por isso procurei desenvolver com os alunos tarefas
comunicativas que os preparassem para interagir nos diversos domínios, sejam eles o
privado, o público ou o educativo.
As atividades privilegiadas ao longo do projeto de intervenção foram as de
interação oral em pares ou em pequenos grupos por considerar que são aquelas onde
melhor se desenvolve a competência oral. Os trabalhos em pares ou em pequenos
grupos deixam os alunos mais confiantes quanto à sua participação e favorecem a
interação oral na língua estrangeira.
O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão favoreceu uma
maior aproximação entre mim e os alunos e desenvolveu uma maior consciencialização
por parte dos alunos quanto aos seus pontos a melhorar e quanto aos seus pontos fortes.
Foi um instrumento que serviu para um aumento da confiança em si mesmos e
consequentemente para uma maior autonomia.
57
Nas planificações procurei desenvolver tarefas motivadoras para os alunos e
recorri ao uso de materiais autênticos para aguçar a sua curiosidade e para os pôr em
contacto com diferentes registos de língua e diferentes pronuncias. Tive sempre em
atenção as preferências relativamente a atividades e dinâmicas de trabalho que
demonstraram no questionário inicial.
Em cada planificação existiu uma tabela com objetivos, conteúdos, competências
utilizadas, estratégias, recursos e o tipo de avaliação utilizado nessa planificação e
existe também uma parte descritiva onde explico com detalhe o que pretendo fazer em
cada atividade. Juntamente com cada planificação apresento os respetivos materiais e
uma reflexão pós aula, que fiz após cada aula lecionada.17
Esta reflexão que efetuei após cada aula lecionada, que foi o meu diário de
aprendizagem enquanto docente estagiária, foi mais um instrumento de investigação
que me permitiu refletir sobre as minhas práticas e triangular dados de forma a
redirecionar a ação sempre que necessário.
A par do meu trabalho com os alunos esteve o trabalho de investigação e pesquisa
para poder dar resposta às necessidades que os alunos iam apresentando. A consulta de
bibliografia especializada permitiu-me perceber melhor que estratégias adotar para
orientar o trabalho dos alunos e ultrapassar as dificuldades apresentadas.
3.4 Fase de Pós-Intervenção: descrição de instrumentos utilizados e resultados da
investigação
Na fase de pós-intervenção passei um questionário final, com algumas perguntas
iguais às do questionário inicial, com o intuito de comparar resultados e de conseguir
medir o impacto do meu projeto de intervenção (o enunciado deste questionário pode
ser consultado inteiramente no anexo 3).
As questões deste questionário eram de resposta fechada, com uma escala que
variava entre nada, pouco, bastante e muito e as respostas deveriam ser assinaladas
conforme a frequência ou intensidade de cada tópico apresentado atendendo à escala
referida.
17 Anexo 13: 3 planificações diferentes com os respetivos matérias e reflexão pós aula. São apenas um exemplo do trabalho desenvolvido em cada uma das planificações efetuadas.
58
Este questionário final foi dividido em três grupos. O primeiro grupo continha
três perguntas feitas no questionário inicial com o intuito de comparar respostas antes e
depois da intervenção. Este grupo referia-se à aprendizagem do espanhol. O segundo
grupo tinha oito perguntas referentes à compreensão e interação oral e o terceiro grupo,
com três perguntas tratava do uso do diário de aprendizagem.
A análise desse questionário permitiu-me perceber que trabalhar estratégias de
aprendizagem com os alunos os ajuda a tornarem-se mais conscientes da sua própria
aprendizagem.
As estratégias afetivas contribuíram para aumentar a confiança dos alunos e para
diminuir ansiedade e bloqueios. As estratégias compensatórias abriram caminhos para
ultrapassar limitações de vocabulário, por exemplo.
A abordagem metacognitiva do ensino cria um maior grau de consciência das
dificuldades e das evoluções no processo de ensino aprendizagem.
Apresento de seguida a análise detalhada das respostas obtidas ao questionário
final.
Grupo I: aprendizagem do Espanhol
Gráfico 17: Preferências para aprender espanhol
As preferências dos alunos continuam a ser as atividades audiovisuais. Em
relação ao primeiro questionário o ponto que se refere à aprendizagem através de
59
“conversa com os colegas e com a professora” aumentou, pois 17 em 19 alunos referem
que gostam muito desta forma de praticar a língua espanhola. Na observação direta ao
longo das aulas foi também possível verificar que os alunos intervinham na aula em
espanhol com entusiasmo e sem receio de possíveis bloqueios linguísticos.
A escrita aumentou também uma vez que 12 alunos refere agora que gostam de
escrever em espanhol, facto possível de comprovar também nas atividades
desenvolvidas na sala de aula. As conclusões a tirar em relação a esta primeira pergunta
referem-se ao facto de as atividades desenvolvidas ao longo da intervenção terem
contribuído para aumentar o gosto pela escrita na língua alvo através das atividades
propostas, assim como pela conversa, ou seja, pela interação com a professora e com os
alunos.
Gráfico 18: Atividades preferidas para aprender espanhol
Em relação a esta segunda pergunta as preferências são semelhantes às
demonstradas no primeiro questionário. As predileções dos alunos relativamente à
forma de trabalhar na sala de aula continuam a ser o trabalho de pares, o trabalho de
grupo, as atividades de interação, as pesquisas fora de sala de aula e as atividades
60
extracurriculares. Conforme se pode consultar no gráfico acima apresentado os alunos
preferem atividades colaborativas e de interação. As aulas expositivas e o trabalho
individual são as metodologias de trabalho menos apreciadas pelos discentes. Foi
possível verificar isso mesmo durante as aulas. O envolvimento dos alunos era maior
em atividades de grupo e de pares.
Gráfico 19: Competências da língua em que o aluno sente mais dificuldade
Relativamente a esta terceira pergunta, 10 alunos referem que não sentem
dificuldade na expressão/interação oral e 9 referem que sentem pouca dificuldade. Este
número é superior ao apresentado no questionário inicial. Os alunos demonstram nesta
fase final do projeto de intervenção maior confiança na interação e na expressão oral.
Estes dados do questionário são coincidentes com a evolução que verifiquei ao longo
do período de intervenção, na observação direta em contexto de sala de aula.
De referir que poucos alunos dizem sentir muitas dificuldades em qualquer uma
das competências enunciadas. Na realidade tratava-se de uma turma com um nível de
língua coincidente com aquele em que se inseriam, o nível A2/B1. Nunca evidenciaram
muitas dificuldades em qualquer das competências. Demonstravam alguma dificuldade,
pela falta de confiança e de estratégias, em interagir e em expressar-se oralmente, razão
pela qual o projeto de intervenção incidiu sobretudo nessas competências.
61
Grupo II: compreensão e interação oral
O segundo grupo do questionário é composto por oito perguntas relativas à
compreensão e à interação oral. Este grupo permitiu-me aferir com maior detalhe o
impacto das atividades e estratégias levadas a cabo para promoção da oralidade.
Gráfico 20: Avaliação das competências de comunicação oral em língua espanhola
As competências de comunicação dos alunos, através da análise dos gráficos
apresentados parecem ter melhorado relativamente ao questionário inicial. Em nenhum
dos itens os alunos responderam “nada”, o que evidencia confiança para comunicar
oralmente. Para além da análise destes gráficos também os dados recolhidos na análise
dos diários de aprendizagem e na observação direta permitiram aferir esse aumento de
confiança que foi surgindo gradualmente ao longo da intervenção18.
18 A entrada 2 do diário de aprendizagem do aluno, anexo 7.1, comprova o aumento de confiança dos alunos em usar a língua espanhola.
62
Gráfico 21: Circunstâncias em que o aluno fala Espanhol
Através da análise deste gráfico verifica-se que os alunos referem que falam
Espanhol em praticamente todas as situações propostas, alguns referem que o fazem até
mesmo fora da sala de aula. Este facto pôde ser observado diretamente também durante
as aulas19.
Gráfico 22: Atividades de interação oral preferidas
As atividades propostas ao longo do projeto de intervenção parecem ter sido do
agrado dos alunos. O caráter lúdico e o facto de serem atividades diferentes das
19 Ver entrada de diário do professor do dia 31/01/2014 onde faço referência ao uso crescente que os alunos fazem da língua espanhola.
63
habitualmente propostas estimularam a participação dos alunos. Foi possível verificar
cada vez que uma atividade era proposta que os alunos demonstravam interesse e
satisfação em conseguirem realizar atividades que nunca tinham experimentado nesta
língua estrangeira. As opções bastante e muito são as que reuniram a maior parte das
respostas dos discentes.
Gráfico 23: Objetivos alcançados com as atividades de interação oral
Pelas respostas dadas, a grande maioria dos alunos parece acreditar que as
atividades propostas serviram para aumentar a sua autoconfiança, a sua motivação, a
sua fluência, para melhorar a pronúncia e o ritmo do discurso e ainda para ganhar um
maior controlo sobre o discurso oral. Esta perceção dos alunos coincide com o que pude
observar ao longo da intervenção e também com os dados recolhidos na análise dos
diários de aprendizagem20.
20 Através da análise das entradas dos vários diários de aprendizagem dos alunos, anexos 6 a 9.1, é possível verificar, através da análise das reflexões, os objetivos que os alunos dizem que têm alcançado com as atividades de interação oral.
64
02468
1012141618
Dificuldade em entender o que é
dito
Dificuldade em expressar-me em
Espanhol
Dificuldade em controlar o meu
discurso oral
Medo de errar em frente aos meus
colegas
Desconhecimento de estratégias de
aprendizagem que me permitam ultrapassar as
minhas limitações
Falta de vocabulário e
incapacidade de dizer o que
pretendo de outra forma
8. Quais os motivos que, na tua opinião, podem condicionar a tua participação em atividades de interação em contexto de sala de aula?
nada pouco bastante muitoGráfico 24: Condicionantes a participação do aluno em atividades de oralidade na sala de aula
A falta de vocabulário e incapacidade de dizer o que pretendem de outra forma
parece ser o item que mais condiciona os alunos, pois 4 alunos referem que isso os
condiciona muito e 5 bastante. Todos os restantes itens apresentados têm um valor nada
ou pouco significativo nas atividades de interação oral. Através da observação direta e
da análise do diário de aprendizagem percebi que o “medo de errar em frente aos
colegas” era um fator que inibia a participação de muitos alunos. Depois de termos
falado em estratégias que permitiam ultrapassar as dificuldades de comunicação os
alunos que sentiam limitações de vocabulário ou tentavam reformular ou usavam a
palavra pretendida em português esperando que a professora ou um colega pudesse
ajudar21.
21 Ao longo das várias entradas no diário de aprendizagem foi pedido aos alunos que refletissem sobre as estratégias usadas para desenvolvimento da oralidade e é possível verificar essa reflexão em todas as entradas, no entanto no anexo 8.1, correspondente à entrada 3 do diário de aprendizagem, é possível comprovar o que foi aferido no questionário acima analisado.
65
Gráfico 25: Estratégias para superar dificuldades de compreensão
A maioria dos alunos recorre à ajuda da professora ou de um colega quando não
percebe o que é dito em espanhol. Doze alunos referem que recorrem pouco à língua
materna para pedir esclarecimentos. Dez alunos dizem tentar bastante perceber a
mensagem mesmo que não percebam todas as palavras e quatro fazem-no muitas vezes.
Os alunos evidenciam o uso de estratégias que foram trabalhadas durante a intervenção
para evitar quebras na sua compreensão. Inicialmente se não percebessem alguma
palavra desinteressavam-se pela atividade. Isso foi mudando ao longo da intervenção e
foi visível também nas reflexões que efetuaram nos diários de aprendizagem.
Gráfico 26: estratégias utilizadas para superar dificuldades de expressão oral
66
Todas as estratégias potenciadoras de melhoria na expressão oral enunciadas no
gráfico acima apresentado são utilizadas pelos alunos. De entre estas estratégias
destaca-se a reformulação de ideias, com 13 alunos a referir que o fazem bastante e 5
alunos a dizer que o fazem muito. Num universo de 19 alunos apenas 1 diz utilizar
pouco esta estratégia. Cruzando estes dados com a observação direta da oralidade é
possível comprovar que os alunos utilizaram as estratégias apresentadas para superar
dificuldades de interação e de expressão oral. Isso mesmo é também referido nos
diários de aprendizagem.
Gráfico 27: Estratégias utilizadas para superar dificuldades na interação oral
Na interação oral, as estratégias que os alunos dizem utilizar mais é pedir ajuda ao
seu interlocutor, utilizar frases simples e reformular os enunciados. Estas respostas
evidenciam um conhecimento das estratégias que potenciam uma melhor interação
evitando falhas de comunicação.
Relativamente à compreensão e interação oral as respostas dadas neste grupo
demonstram um maior conhecimento e maior uso por parte dos alunos relativamente às
estratégias que potenciam a sua comunicação.
A análise destes primeiros grupos do questionário, conjuntamente com o
cruzamento dos dados obtidos na observação direta da oralidade em contexto de sala de
aula e na análise dos diários de aprendizagem permite-me concluir que o projeto de
intervenção aumentou a confiança dos alunos na oralidade. As estratégias trabalhadas
parecem ter servido para que os alunos se sintam mais confiantes para comunicar
oralmente.
02468
101214
Peço ajuda àpessoa com quemestou a interagir
Peço ajuda aoprofessor
Recorro à línguamaterna
Utilizo frasessimples
Reformulo as ideias
11. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de interação oral?
nada pouco bastante muito
67
Grupo III: o uso do diário de aprendizagem
Gráfico 28: Vantagens na utilização do diário de aprendizagem
O último grupo do questionário é composto por três perguntas e diz respeito ao
uso do diário de aprendizagem. Com estas perguntas pretendo medir o impacto que teve
para os alunos o uso desta ferramenta de trabalho. Catorze alunos consideram que o
diário de aprendizagem os ajudou a refletir sobre a sua aprendizagem bastante ou
muito. Segundo a análise do gráfico posso concluir que foi uma ferramenta que
contribuiu para a autonomia dos alunos e que lhes permitiu perceber que estratégias
resultam melhor para a sua aprendizagem. Permitiu ainda uma maior consciência sobre
a importância da interação oral na aquisição de uma língua estrangeira. Quanto ao uso
desta ferramenta no futuro, oito alunos referem que gostariam bastante de voltar a
utilizá-lo e cinco gostariam muito. Creio que o impacto do uso desta ferramenta foi
positivo na aprendizagem dos alunos e isso é evidenciado pelas respostas dadas a este
questionário e na forma empenhada como realizaram as suas reflexões no diário de
aprendizagem.22
22 Anexo 9.1 no item de reflexão relativo ao uso do diário de aprendizagem e anexo 10, diário do professor, na reflexão após entrada 4 do diário de aprendizagem dos alunos.
02468
101214
Ajudou-me arefletir sobre a
minha
aprendizagem
Permitiu-me terconsciência dos
meus pontos
fracos e dos
meus pontosfortes
Fez-me pensarsobre a forma
como tinha
trabalhado em
cada unidade
Ajudou-me a sermais
autónoma(o)
Permitiu-meperceber queestratégias de
aprendizagem
melhorresultam para
mim
Permitiu-merefletir sobre a
forma como
interajo
oralmente
Permitiu-merefletir sobre aimportância da
interação oral
naaprendizagem
da LE
Gostaria devoltar a usá-lo
no futuro
12. Ao longo do plano de intervenção utilizaste o diário de aprendizagem. Que vantagens encontras na utilização deste instrumento?
nada pouco bastante muito
68
Gráfico 29: Eficácia do feedback dado aos diários de aprendizagem
A forma como o diálogo professora/aluno era feita nestes diários de
aprendizagem foi ao encontro daquilo que os alunos manifestaram como preferência no
questionário inicial. Depois de enviar as questões de reflexão para o email da turma,
cada aluno respondia individualmente e enviava as suas respostas da sua conta de
correio eletrónico por uma questão de maior privacidade. Nesse mesmo documento que
me enviavam eu comentava o que tinha lido e dava sugestões de melhorias. Pela análise
do gráfico posso concluir que o feedback foi útil para os alunos pois permitiu o reforço
0
2
4
6
8
10
12
14
O feedbackpermitiu o reforçode estratégias de
aprendizagem
O feedback dadopermitiu-me
refletir sobre aminha
aprendizagem eaumentar a minha
autonomia
O feedback dadopermitiu aumentar
a minhaautoconfiança para
utilizar a línguaespanhola ematividades de
oralidade
A comunicação porescrito utilizadanos diários deaprendizagem,como era vista
apenas por mim epela professora
estagiária, ajudou-me a expressar a
minha opinião semter receio dos
comentários doscolegas
13. O feedback dado aos diários de aprendizagem pareceu-te eficaz?
nada pouco bastante muito
69
das estratégias de aprendizagem, promoveu a reflexão e serviu para aumentar a
autoconfiança dos alunos no uso da língua espanhola.
A décima quarta pergunta era para que os alunos deixassem um comentário sobre
a minha intervenção pedagógica e as respostas foram reveladoras da empatia criada
entre mim e a turma que proporcionou um bom ambiente de trabalho e envolvimento
nas atividades por parte dos alunos.
As respostas são uma amostra do envolvimento dos alunos com a temática
desenvolvida durante a intervenção pedagógica.23 Essas respostas evidenciam a
mudança que os alunos sentiram em relação à metodologia seguida: “as suas aulas são
diferentes, são aquelas em que acima de tudo interagimos e comunicamos”; “foi graças
ao diário de aprendizagem que sinto que cresci e tornei-me mais autónoma”; “graças
aos diários sinto mais autoconfiança do que tinha antes” (testemunhos dos alunos que
podem ser lidos no anexo 15). Este envolvimento com algo que para os alunos era
totalmente desconhecido começou por ser algo que não entendiam muito bem e tornou-
se numa ferramenta que os ajudou e melhorou a sua aprendizagem.
23 Apresento algumas destas respostas no anexo 15.
70
4. SÍNTESE AVALIATIVA DO PROJETO
O meu projeto de intervenção teve como foco principal o desenvolvimento da
oralidade, mais especificamente da interação oral, por isso procurei em todas as
atividades e no diário de aprendizagem focar esta competência, apesar de procurar
trabalhar todas as dimensões da língua nas minhas planificações.
Optei pelo uso do método comunicativo que pretende capacitar o aluno para uma
comunicação real com os falantes da língua estrangeira tanto na vertente oral como na
escrita. Para isso, no processo de ensino utilizei textos, gravações e materiais autênticos
e realizei com os alunos atividades que procuraram imitar com fidelidade a realidade
fora da sala de aula.
Considerei importante que as atividades fossem centradas nos discentes e
orientadas para a ação, por isso procurei desenvolver com os alunos tarefas
comunicativas que os preparassem para interagir nos diversos domínios, sejam eles o
privado, o público ou o educativo.
As atividades privilegiadas ao longo do projeto de intervenção foram as de
interação oral em pares ou em pequenos grupos por considerar que são aquelas onde
melhor se desenvolve a competência oral. Os trabalhos em pares ou em pequenos
grupos deixam os alunos mais confiantes quanto à sua participação e favorecem a
interação oral na língua estrangeira.
Foram criados diferentes instrumentos de investigação: dois questionários, uma
grelha de observação da oralidade, o diário do professor e o diário do aluno.
Com a análise das respostas do questionário inicial pude aferir perceções dos
alunos relativamente ao processo de ensino/aprendizagem e verificar as áreas onde
precisava de insistir para ultrapassar dificuldades. O questionário permitiu-me a
investigação e a sua análise permitiu-me desenhar a ação.
A grelha de observação da oralidade que utilizei durante os trabalhos de grupo
dos alunos, que incidiram maioritariamente sobre a expressão oral, permitiu-me registar
a evolução dos alunos na expressão oral ao longo da intervenção pedagógica realizada.
71
Também os diários me deram a conhecer as perceções dos alunos sobre a forma
como estavam a aprender e permitiram verificar o seu envolvimento no processo de
ensino/aprendizagem. Os diários do professor que desenvolvi ao longo da minha prática
permitiram-me refletir sobre as estratégias utilizadas e ajudaram-me a redirecionar
práticas quando necessário. Estes diários seguiram a estrutura de um instrumento criado
para a reflexão pela doutora Flávia Vieira (em 2010) no âmbito da supervisão de
estágio, que eu adaptei. Neste documento, utilizado para refletir após cada aula e que
apresento na sequência de cada uma das planificações apresentadas em anexo, são
focados os objetivos do projeto de intervenção trabalhados nessa aula, as atividades
onde esses objetivos foram cumpridos e são também traçadas linhas de ação futura em
atividades ou estratégias semelhantes. No último ponto de cada diário faço uma
reflexão global da aula onde ponho em perspetiva o que se passou durante a aula e o
que poderia ser melhorado. Esta reflexão diária em suporte escrito permitiu-me uma
maior consciencialização do trabalho desenvolvido, das fragilidades e das
potencialidades de cada estratégia e de cada atividade realizada.
O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão favoreceu uma
maior aproximação entre mim e os alunos e desenvolveu uma maior consciencialização
por parte dos alunos quanto aos seus pontos a melhorar e quanto aos seus pontos fortes.
Foi um instrumento que serviu para um aumento de confiança em si mesmos e
consequentemente para uma maior autonomia. Foi visível ao longo dos diários que na
parte final da intervenção os alunos escreviam muito mais e com muito mais facilidade
do que inicialmente, porque o diário de aprendizagem era uma novidade e além disso
existia o receio de não saber o que dizer. Segundo Jiménez Raya (1994: 123), o diário
de aprendizagem é:
una forma de autobiografía de un sujeto como aprendiz que le permite registrar
sus pensamientos, logros, problemas, sentimientos y actitudes, además de sus
impresiones sobre los diferentes elementos que forman parte del aprendizaje en el aula,
y fuera de ella tales como metodología, materiales, profesor, etc. (…) Es basicamente
un instrumento de reflexión sobre el aprendizaje que presenta una visión globalizadora
sobre el aprendiz.
72
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos delineados para este trabalho foram atingidos. Consegui perceber o
que os alunos pensavam sobre a interação oral, promovi atividades que os ajudaram a
desenvolver esta competência e através da reflexão feita nos diários de aprendizagem
dos alunos contribuí para um aumento da sua autonomia. Um objetivo não elencado,
mas implícito a todo este processo, que se prende com a minha aprendizagem enquanto
docente durante todo o processo foi também atingido. Sou, após este processo, uma
docente diferente do que era antes de o começar. As aprendizagens aportaram
mudanças e crescimento profissional.
O uso do diário de aprendizagem enquanto instrumento de reflexão é potenciador
de ponderação sobre o modo como se ensina, na perspetiva do professor, e como se
aprende na ótica de professor e alunos, e é uma prática de valor inquestionável numa
metodologia orientada para a autonomia. Pensar sobre a forma como agimos obriga a
introspeção e exige capacidade de avaliar a nossa prática de modo a percebermos
pontos fracos e pontos fortes para podermos melhorar a nossa prática. Refletir com
ajuda de um suporte escrito exige capacidade de organização de ideias que vai surgindo
com a prática de escrever sobre a nossa atuação quer seja enquanto professores, quer
seja enquanto alunos.
Com o crescente número de alunos por turma torna-se cada vez mais necessário
que haja maior autonomia na aprendizagem por parte dos discentes. O ato de pensar
sobre a forma como aprendemos melhor ajuda a um maior autoconhecimento. Pensar
de forma organizada e em suporte escrito sobre as estratégias de aprendizagem que
melhor ajudam nesta busca pela autonomia implica pesquisa e muito treino por parte do
docente. Implica também um treinamento implícito e explícito dos alunos, para que
consigam identificar as estratégias e usá-las sempre que necessário. Estas atividades
exigem tempo e perseverança que os docentes nem sempre têm, quando se conta com
programas extensos que são impostos e que devem ser cumpridos.
O universo de estratégias de aprendizagem que (re)descobri com Rebecca Oxford
(1990) dotou-me de perspetivas questionadoras de minha prática enquanto docente. Ao
longo da minha intervenção fui tentando afinar e redesenhar as planificações das aulas e
as atividades que pensava para os alunos de modo a que estas servissem o propósito de
73
aprender a língua e de acrescentar consciência da forma como estavam a construir esse
conhecimento para que isso se tornasse útil em todas as vertentes da sua aprendizagem.
A reflexão escrita foi o eixo do meu projeto de investigação-ação e permitiu-me uma
atuação mais consciente e questionadora. A utilização de diferentes instrumentos de
investigação permitiu-me um cruzamento de dados e a sua análise tornou possível uma
visão mais abrangente da turma com que estava a trabalhar.
Esta tentativa de pôr os alunos a pensar que há estratégias de aprendizagem que
os ajudam a conhecer-se melhor enquanto aprendentes incutiu na maioria dos alunos
uma curiosidade sobre a forma de ser mais ativo na construção do conhecimento e
espero que desperte uma vontade de conhecer estratégias que os conduzam a uma maior
autonomia. Quanto maior for o hábito de refletir sobre o que se faz maior será o grau de
autonomia.
Em tempos tão desmotivantes para os professores seria importante que se
criassem nas escolas grupos de trabalho onde o treino de estratégias de aprendizagem e
a pedagogia para a autonomia fossem uma preocupação. Estou convicta que este tipo de
grupos de trabalho motivaria mais os professores e os alunos porque ao permitir maior
autoconhecimento dissiparia algumas incertezas que muitas vezes levam à
desmotivação. Para isso acontecer seria necessário que as escolas tivessem quadros de
docentes estáveis, facto que raramente acontece porque os docentes, pelo menos os que
são contratados, andam de escola em escola sem poder criar projetos que perdurem por
mais de um ano letivo.
74
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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78
ANEXOS
79
Anexo 1: Grelha de observação focalizada das aulas da orientadora
Escola cooperante Curso: Sumário:
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
VIEIRA DE ARAÚJO
ESCOLA EB/S VIEIRA DE ARAÚJO
VIEIRA DO MINHO
Disciplina:
Aula(s) nº(s):
Duração:
Ano letivo 2013/2014 Turma:
Professora Supervisora
Ana Cea Sala: Bloco:
Professora Orientadora
Susana Santos Data : Hora:
Professora Estagiária Rosa Antunes
GRELHA DE OBSERVAÇÃO FOCALIZADA
ÂMBITOS COMPORTAMENTOS OCORRÊNCIA
0 1 2 3
AP
REN
DIZ
AG
EM
Os alunos evidenciam uma atitude positiva, envolvendo-se
ativamente nas atividades propostas.
Existem evidências de respeito entre o professor e os alunos.
Os alunos tratam-se uns aos outros com respeito.
Os alunos demonstram capacidade de iniciativa e assumem
responsabilidades.
Os alunos questionam a docente de forma a esclarecer
80
dúvidas.
Existem evidências de aprendizagem dos alunos.
PA
RTI
CIP
AÇ
ÃO
Os alunos participam nas atividades de forma organizada.
Os alunos partilham ideias sobre o tema em análise e ouvem
as opiniões dos seus colegas.
Os alunos respeitam pontos de vista diferentes dos seus.
A maior parte dos alunos participa nas atividades.
INTE
RA
ÇÃ
O
Na sala de aula os alunos interagem com a professora
utilizando a língua meta.
Na sala de aula os alunos interagem entre si utilizando a língua
meta.
Os alunos gostam de trabalhar em pares ou grupos.
Os alunos utilizam a língua meta apenas se forem incentivados
pela professora.
Escala
0 Característica não observada
1 Verifica-se uma ocorrência mínima da característica em causa
2 Verifica-se uma ocorrência média da característica em causa
3 Verifica-se uma ocorrência elevada da característica em causa
OBSERVAÇÕES/COMENTÁRIOS:
81
Anexo 2: Questionário inicial
QUESTIONÁRIO INICIAL
O presente questionário insere-se no âmbito do estágio profissional do mestrado em
ensino de Inglês e Espanhol no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Visa
aferir o teu ponto de vista relativamente à aprendizagem do Espanhol e à interação oral.
Tem como objetivo perceber que práticas pedagógicas preferes e que hábitos de estudo
tens. É um questionário anónimo e confidencial. Sê o mais sincero possível nas tuas
respostas.
Lê, atentamente, cada pergunta antes de responderes.
GRUPO I – APRENDIZAGEM DO ESPANHOL
1. O que te levou a optar pelo Espanhol?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
1.1 Porque acho fácil
1.2 Porque gosto de aprender outras línguas
1.3 Porque não me agradam as outras opções existentes
1.4 Porque passo férias em Espanha
1.5 Porque quero conhecer melhor a cultura espanhola
1.6 Porque é uma língua em desenvolvimento e importante para o
meu futuro
1.7 Porque foi a opção escolhida pelos meus amigos
1.8 Outras:
2. Como preferes aprender Espanhol?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
2.1 A ler (jornais, revistas, banda desenhada, etc.)
2.2 A escrever (diários, mensagens, cartas, etc.)
2.3 A conversar (com colegas, com professores, etc.)
2.4 A ouvir (música, rádio, etc.)
2.5 A ver (filmes, vídeos, notícias, etc.).
2.6 Outras:
82
3. Quais são as metodologias de trabalho que preferes para aprender
Espanhol?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
3.1 Trabalho individual
3.2 Trabalho de pares
3.3 Trabalho de grupo
3.4 Aulas expositivas/teóricas
3.5 Interação professor-aluno
3.6 Pesquisas fora da sala de aula
3.7 Atividades extracurriculares
3.8 Outras:
4. Quais os principais fatores que influenciam o teu sucesso escolar?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
4.1 Falta de interesse pela disciplina
4.2 Falta de hábitos e métodos de estudo
4.3 Falta de atenção/concentração nas atividades letivas
4.4 Interesses divergentes dos escolares (desmotivação, abandono
escolar)
4.5 Inibição para a exposição de dúvidas
4.6 Situações de indisciplina na sala de aula
4.7 Problemas familiares
4.8 Problemas económicos
4.9 Falta de condições de estudo em casa
4.10 Falta de apoio dos pais/encarregados de educação
4.11Outras:
83
5. Em qual das competências de aprendizagem de uma língua sentes mais
dificuldade?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
5.1 Expressão/Interação oral
5.2 Compreensão oral e audiovisual
5.3 Expressão escrita
5.4 Compreensão escrita
GRUPO II – INTERAÇÃO E COMPREENSÃO ORAL
6. Como avalias as tuas competências de compreensão e comunicação oral na
língua espanhola?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
6.1 Compreendo o que é dito em Espanhol em contexto de sala de
aula
6.2 Interajo em espanhol com a professora e com os colegas
6.3 Participo em situações de comunicação propostas pela
professora
6.4 Utilizo linguagem adequada ao contexto comunicativo
7. Em que circunstâncias falas Espanhol na aula?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
7.1 Quando a professora solicita
7.2 Por iniciativa própria
7.3 Quando tenho dúvidas
7.4 Na interação com os colegas
7.5 Na interação com a professora
7.6 Outras:
8. Quais as atividades de compreensão e de interação oral que preferes?
84
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
8.1 Audição de gravações e de canções
8.2 Visualização de documentários, curtas-metragens, publicidade
e filmes
8.3 Apresentações orais
8.4 Debates
8.5 Dramatizações
8.6 Outras:
9. Quais os motivos que, na tua opinião, podem condicionar a tua
participação em atividades de interação em contexto de sala de aula?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
9.1 Dificuldade em entender as atividades
9.2 Dificuldade em entender o que é dito
9.3 Desinteresse pelas atividades propostas
9.4 Medo de errar
9.5 Timidez
9.6 Falta de vocabulário
9.7 Outras:
85
10. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de compreensão oral?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
10.1 Peço ajuda a um colega
10.2 Peço ao professor que repita
10.3 Recorro à língua materna para pedir esclarecimento
10.4 Se não entendo o que está a ser dito desinteresso-me
10.5 Oiço atentamente tudo o que é dito
10.6 Procuro entender o significado de palavras novas
10.7 Ignoro palavras não relevantes para a compreensão daquilo
que oiço
10.8 Apreendo a informação mais importante da mensagem
10.9 Deduzo o significado de uma palavra através do contexto ou
da forma da palavra
10.10 Outras:
11. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de expressão oral?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
11.1 Peço a um colega que me diga alguma palavra ou expressão de
que necessito
11.2 Peço ajuda ao professor a nível de vocabulário
11.3 Recorro à língua materna
11.4 Utilizo frases simples
11.5 Reformulo as ideias, dizendo o que pretendo por outras palavras
11.6 Utilizo recursos não-verbais (gestos, expressões faciais)
11.7 Uso estrangeirismos
11.8 Crio palavras originais baseadas no conhecimento da língua
estrangeira
11.9 Outras:
86
12. Que estratégias utilizas para superar a forma como interages oralmente na
aula?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
12.1 Peço ajuda à pessoa com quem estou a interagir
12.2 Peço ajuda ao professor
12.3 Recorro à língua materna
12.4 Utilizo frases simples
12.5 Reformulo as ideias
12.6 Outras:
13. Utilizas algum instrumento para refletir sobre a forma como trabalhas a
interação oral na sala de aula?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião.
Sim
Qual/quais?
Não
14. Já alguma vez trabalhaste com um diário de aprendizagem numa língua
estrangeira?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião.
Sim
Em qual/quais?
Não
87
15. Quais são, na tua opinião, as vantagens de um diário de aprendizagem?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
15.1 Possibilita ao aluno refletir sobre a sua própria aprendizagem e
avaliá-la com o professor
15.2 Os alunos aprendem a conhecer-se melhor
15.3 Os alunos melhoram a sua capacidade de redigir textos
15.4 Os alunos aprendem a rever o seu trabalho de forma organizada
15.5 Os alunos melhoram a sua capacidade de comunicação através do
relato de experiências e realizações
15.6 Os alunos adquirem autonomia ao envolver-se ativamente na
avaliação da sua aprendizagem
15.7 Outras:
16. Como achas que se pode analisar um diário de aprendizagem?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
16.1 A professora lê o que escrevo e faz uma apreciação escrita, dando
sugestões individuais de melhorias.
16.2 A professora lê o que escrevo em voz alta para que a turma possa
fazer a sua apreciação
16.3 Não se analisa um diário, pois é uma reflexão pessoal
16.4 Partilha-se oralmente e periodicamente aquilo que se escreve com
os colegas e com a professora
16.5 Outras:
Obrigada pela colaboração
88
Anexo 3: Parrilla de Oralidad
NOMBRE DEL ESTUDIANTE»
7. HABLAR EN PÚBLICO
(descriptores)
CARACTERISTICA
OBSERVADA
X CARACTERISTICA NO
OBSERVADA
1.2. Realiza presentaciones o
interacciones breves y ensayadas (A2)
1.2. Es capaz de hacer frente a un número
limitado de preguntas con respuestas
inmediatas y sencillas (A2)
*(para utilizar en diálogos)
7.1 Es capaz de hacer una
presentación breve y preparada sobre un
tema con la suficiente claridad como para
que se pueda seguir sin dificultad (B1)
8. ESTRATEGIAS DE
EXPRESIÓN (B1)
COMPENSACIÓN
8.1 Adapta una
palabra de su lengua
materna
8.2 Utiliza una
palabra sencilla que
significa algo
parecido al concepto
que quiere transmitir
CONTROL Y
CORRECCIÓN
8.3 Vuelve a
empezar utilizando
una táctica diferente
8.4 Puede corregir
confusiones de
tiempos verbales
o de expresiones
que pueden dar
lugar a
malentendidos
89
Anexo 4: Ficha de avaliação do trabalho de grupo
Ficha de auto e heteroavaliação do trabalho de grupo
Nome:_________________________________________________________________
Preenche esta ficha tendo em consideração a tua postura e a dos teus colegas no
trabalho realizado. Coloca um X na coluna correspondente à tua opinião.
SIM NÃO
Estive empenhado(a) em realizar as tarefas que me foram propostas.
Mantive-me interessado(a)
Dei ideias e sugestões válidas para o trabalho
Utilizei as orientações que me foram dadas
Consegui respeitar as opiniões dos meus colegas
Tive uma postura adequada respeitando os pontos de vista dos outros
Soube explicar o meu ponto de vista sempre que não concordava com
algo
No grupo dividimos tarefas
Acho que os trabalhos de grupo são úteis na aprendizagem
Este trabalho permitiu-me perceber melhor como funciona a publicidade
Dividimos que partes cada um iria apresentar
Ensaiámos para nos sentirmos mais seguros durante a apresentação
Cumprimos o tempo que nos foi dado para a realização do trabalho
90
Sugestões de melhorias para próximos trabalhos de grupo:
91
Anexo 5: Questionário final
QUESTIONÁRIO FINAL
O presente questionário insere-se no âmbito do estágio profissional do mestrado em
ensino de Inglês e Espanhol no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Visa
aferir o teu ponto de vista relativamente à interação oral. Tem como objetivo
estabelecer uma comparação com o questionário inicial relativamente às práticas
pedagógicas que preferes. É um questionário anónimo e confidencial. Sê o mais sincero
possível nas tuas respostas.
Lê, atentamente, cada pergunta antes de responderes.
GRUPO I – APRENDIZAGEM DO ESPANHOL
1. Como preferes aprender Espanhol?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
1.1 A ler (jornais, revistas, banda desenhada, etc.)
1.2 A escrever (diários, mensagens, cartas, etc.)
1.3 A conversar (com colegas, com professores, etc.)
1.4 A ouvir (música, rádio, etc.)
1.5 A ver (filmes, vídeos, notícias, etc.).
1.6 Outras:
2. Quais são as metodologias de trabalho que preferes para aprender
Espanhol?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
2.1 Trabalho individual
2.2 Trabalho de pares
2.3 Trabalho de grupo
2.4 Aulas expositivas/teóricas
2.5 Interação professor-aluno
2.6 Pesquisas fora da sala de aula
2.7 Atividades extracurriculares
2.8 Outras:
92
3. Em qual das competências de aprendizagem de uma língua sentes mais
dificuldade?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
3.1 Expressão/Interação oral
3.2 Compreensão oral e audiovisual
3.3 Expressão escrita
3.4 Compreensão escrita
GRUPO II – COMPREENSÃO E INTERAÇÃO ORAL
4. Como avalias as tuas competências de comunicação oral na língua
espanhola?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
4.1 Compreendo o que é dito em Espanhol em contexto de sala de aula
4.2 Interajo em espanhol com a professora e com os colegas nas
atividades que são propostas na sala de aula
4.3 Participo em situações de comunicação propostas pela professora
4.4 Sinto-me confiante para comunicar com falantes espanhóis nativos
4.5 Os meus interlocutores conseguem perceber geralmente o que eu
digo em Espanhol.
Outras:
5. Em que circunstâncias falas Espanhol?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
5.1 Quando a professora solicita
5.2 Por iniciativa própria quando tenho algum comentário
5.3 Quando tenho dúvidas
5.4 Na interação com os colegas
5.5 Na interação com a professora
5.6 Sempre que tenho oportunidade fora da sala de aula
5.7 Outras:
93
6. Das atividades de interação oral realizadas ao longo do projeto de
intervenção assinala as que preferes?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
6.1 Criação de um rap
6.2 Apresentações orais sobre as temáticas em estudo
6.3 Debates
6.4 Dramatizações
6.5 Resposta direta às perguntas da professora
6.6 Outras:
7. Explica o porquê das tuas escolhas, em relação à pergunta anterior,
assinalando que objetivos alcançaste com as atividades que indicaste como
preferidas.
Assinala com um X a tua resposta.
OBJETIVOS ALCANÇADOS
Au
toco
nfi
an
ça
Moti
vaçã
o
Flu
ênci
a
Mel
hori
a n
o
ritm
o d
o
dis
curs
o
Boa p
ron
ún
cia
Maio
r co
ntr
olo
sob
re o
dis
curs
o o
ral
7.1 Criação de um rap
7.2 Apresentações orais sobre as temáticas em estudo
7.3 Debates
7.4 Dramatizações
7.5 Resposta direta às perguntas da professora
7.6 Outros:
94
8. Quais os motivos que, na tua opinião, podem condicionar a tua
participação em atividades de interação em contexto de sala de aula?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
8.1 Dificuldade em entender o que é dito
8.2 Dificuldade em expressar-me em Espanhol
8.3 Dificuldade em controlar o meu discurso oral
8.4 Medo de errar em frente aos meus colegas
8.5 Desconhecimento de estratégias de aprendizagem que me
permitam ultrapassar as minhas limitações
8.6 Falta de vocabulário e incapacidade de dizer o que pretendo de
outra forma
8. Outras:
9. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de compreensão?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
9.1 Peço a um colega que me explique o que não entendi
9.2 Peço à professora que explique novamente
9.3 Recorro à língua materna para pedir esclarecimentos quando não
percebo o que é dito em espanhol
9.4 Tento perceber a mensagem mesmo que não perceba todas as
palavras em espanhol
9.5 Outras:
95
10. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de expressão oral?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
10.1 Peço a um colega que me diga alguma palavra ou expressão de
que necessito
10.2 Peço ajuda ao professor a nível de vocabulário
10.3 Recorro à língua materna
10.4 Utilizo frases simples
10.5 Reformulo as ideias, dizendo o que pretendo por outras palavras
10.6 Outras:
11. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de interação oral?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
11.1 Peço ajuda à pessoa com quem estou a interagir
11.2 Peço ajuda ao professor
11.3 Recorro à língua materna
11.4 Utilizo frases simples
11.5 Reformulo as ideias
11.6 Outras:
96
GRUPO III – USO DO DIÁRIO DE APRENDIZAGEM
12. Ao longo do plano de intervenção utilizaste o diário de aprendizagem. Que
vantagens encontras na utilização deste instrumento?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
12.1 Ajudou-me a refletir sobre a minha aprendizagem.
12.2 Permitiu-me ter consciência dos meus pontos fracos e dos meus pontos fortes.
12.3 Fez-me pensar sobre a forma como tinha trabalhado em cada unidade.
12.4 Ajudou-me a ser mais autónoma(o).
12.5 Permitiu-me perceber que estratégias de aprendizagem melhor resultam para mim.
12.6 Permitiu-me refletir sobre a forma como interajo oralmente.
12.7 Permitiu-me refletir sobre a importância da interação oral na aprendizagem da LE.
12.8 Gostaria de voltar a usá-lo no futuro.
Outros comentários:
13. O feedback dado aos diários de aprendizagem pareceu-te eficaz?
Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1
corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).
1 2 3 4
13.1 O feedback permitiu o reforço de estratégias de aprendizagem.
13.2 O feedback dado permitiu-me refletir sobre a minha aprendizagem e aumentar a
minha autonomia.
13.3 O feedback dado permitiu aumentar a minha autoconfiança para utilizar a língua
espanhola em atividades de oralidade.
13.4 A comunicação por escrito utilizada nos diários de aprendizagem, como era vista
apenas por mim e pela professora estagiária, ajudou-me a expressar a minha opinião sem
ter receio dos comentários dos colegas.
Outros comentários:
97
14. Utiliza este espaço para deixares um comentário sobre a intervenção
pedagógica levada a cabo pela professora estagiária Rosa Antunes.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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Obrigada pela tua colaboração
A professora estagiária
Rosa Antunes
98
Anexo 6: Entrada 1 do diário de Aprendizagem
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1
NOME: DATA:
O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:
Alguns exemplos do que aprendi:
O que me pareceu mais fácil:
O que me pareceu mais difícil:
No trabalho de grupo devo ter em conta:
O que mais gostei:
O que menos gostei:
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
99
Anexo 6.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 1
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1
NOME: A DATA:11/02/2014
O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:
Aprendi que é importante refletir sobre a minha aprendizagem e que não devo ter medo de
errar quando tento comunicar em espanhol.
Alguns exemplos do que aprendi:
Aprendi que para trabalhar em grupo devo escutar as opiniões dos meus colegas e devemos
falar um de cada vez para evitar a confusão.
O que me pareceu mais fácil:
Dar a minha opinião.
O que me pareceu mais difícil:
Chegar a um acordo depois de ouvir as opiniões de todos.
No trabalho de grupo devo ter em conta:
As opiniões de todos os elementos do grupo.
O que mais gostei:
Do resultado final do trabalho de grupo.
O que menos gostei:
Não gostei que alguns colegas estivessem com pouca vontade de trabalhar.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Fico contente por teres percebido que errar faz parte do processo de aprendizagem e que o
medo de errar não te deve limitar em arriscares nas atividades propostas. Também é
importante o facto de refletires sobre a forma como aprendes num suporte escrito, como é este
diário de aprendizagem, para assim poderes perceber os teus pontos fortes e aqueles que
precisas de melhorar para seres um aluno mais autónomo.
Quanto ao trabalho de grupo, há sempre alunos mais empenhados do que outros. No entanto,
com diálogo é possível tentar motivar os colegas menos motivados. A divisão de tarefas
também ajuda a responsabilizar todos os elementos.
100
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1
NOME: A DATA:11/02/2014
O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:
Aprendi que é importante refletir sobre a forma como aprendo, só ainda não sei bem como
fazê-lo!
Alguns exemplos do que aprendi:
Para trabalhar em grupo devo escutar os meus colegas e comunicar com eles em Espanhol.
O que me pareceu mais fácil:
Dar opinião para o trabalho.
O que me pareceu mais difícil:
Respeitar a opinião de todos no trabalho de grupo.
No trabalho de grupo devo ter em conta:
A opinião de todos os membros e falar por turnos para que não haja muito barulho.
O que mais gostei:
De trabalhar com os meus colegas
O que menos gostei:
De ter que falar em Espanhol, mas já sei que errar faz parte do processo de aprendizagem de
uma língua.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
É importante teres percebido que na aprendizagem de uma língua estrangeira não podemos ter
medo de arriscar. Devemos usar a língua espanhola o máximo possível e ter sempre em mente
que errar faz parte do processo de aprendizagem de uma língua estrangeira.
101
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1
NOME: B DATA:11/02/2014
O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:
Uma das estratégias que aprendi foi a não ter medo de arriscar em usar a língua estrangeira,
ou seja, o espanhol. Mas vencer o medo de ser gozada pelos colegas não é fácil.
Alguns exemplos do que aprendi:
Não ter medo de usar a língua estrangeira
Não fazer troça de um colega quando ele erra ao tentar dizer alguma coisa em
espanhol
O que me pareceu mais fácil:
Respeitar a minha vez de falar no trabalho de grupo
O que me pareceu mais difícil:
Expressar-me apenas em espanhol.
No trabalho de grupo devo ter em conta:
Falar por turnos para evitar a confusão.
O que mais gostei:
De saber que errar faz parte do processo de aprendizagem e que não tenho que ter vergonha
de errar.
O que menos gostei:
Gostei de tudo!
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
É bom verificar que estás consciente de que para aprender uma língua estrangeira é necessário
arriscar no seu uso sem medo da exposição ou dos comentários dos colegas. A prática é que
leva à perfeição e quanto mais usarmos uma língua melhor a saberemos usar.
102
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1
NOME: C DATA:11/02/2014
O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:
Uma das estratégias que aprendi e que vou guardar para sempre foi que para aprender temos
que perder o medo de arriscar.
Alguns exemplos do que aprendi:
Não ter medo de arriscar em usar a língua estrangeira
Errar faz parte do processo de aprendizagem
Devo respeitar a minha vez de falar num trabalho de grupo
O que me pareceu mais fácil:
Respeitar a minha vez de falar no trabalho de grupo.
O que me pareceu mais difícil:
Arriscar a comunicar na língua espanhola porque ainda tenho muitas dúvidas, mas com a
ajuda da professora tornou-se mais fácil.
No trabalho de grupo devo ter em conta:
Devemos falar por turnos para evitar o barulho que dificulta a concentração.
O que mais gostei:
De aprender estratégias novas.
O que menos gostei:
Gostei de tudo!
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
É bom perceber que gostaste de aprender novas estratégias de aprendizagem, pois isso facilita
a tua vida de estudante e dá-te ferramentas para poderes ultrapassar bloqueios à tua
aprendizagem.
103
Anexo 7: Entrada 2 do diário de Aprendizagem
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2
NOME: DATA:22/02/2014
As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da
oralidade)
A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)
Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade
Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão
Envia a tua reflexão por email até 25 de fevereiro
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
104
Anexo 7.1: Amostras do diário de aprendizagem 2
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2
NOME: M DATA:22/02/2014
As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da
oralidade)
Sim é muito importante denotar esse facto, até porque ao participarmos nas aulas dando a nossa
opinião acerca de assuntos e interagir com a Professora Rosa e com os colegas tendo como base os
mais variados trabalhos lúdicos que realizamos, como é obvio sempre em espanhol, pelo menos
sempre que possível até porque nós, alunos, tentamos quase sempre "esquivar-nos" ao espanhol. Mas
o facto é que sempre que tentamos "arriesgar", tal como diz a Professora Rosa, estamos a contribuir
para desenvolver a nossa capacidade de falar outra língua em frente a outras pessoas, e os trabalhos
lúdicos que temos feito durante as últimas aulas simbolizaram isso mesmo, uma oportunidade para
evoluir a oralidade.
A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)
Prefiro sem dúvida, como deve ser do conhecimento da Professora Rosa, trabalhar em grupo mais
especificamente com 3 das minhas colegas de turma porque temos uma ideia partilhada de como
devemos trabalhar e sentimos nos também mais á vontade para estabelecer contacto a fim de realizar
um trabalho do agrado de todas.
Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade
Penso que o tipo de atividades de estamos a realizar nas aulas, que consiste em criar algo com base no
que nos é pedido e de seguida apresentar os nossos trabalhos á turma, que sinceramente ao inicio era
um pouco difícil para nós, até porque era necessário que nos sentíssemos á vontade em frente à turma,
porém agora começo sentir me mais á vontade para falar espanhol em frente á turma, o que prova que
realmente todas estas atividades são benéficas para os alunos.
Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Fico muito satisfeita por ver que consegues falar/escrever com bastante facilidade sobre a tua
aprendizagem. Essa capacidade de refletir sobre a forma como aprendes ser-te-á muito útil na tua vida
105
de estudante e na tua vida laboral, no futuro.
Continua com o bom trabalho que tens feito e com essa capacidade de reflexão, pois tentar
compreender que tipo de atividades e estratégias te ajudam a evoluir é fundamental para o teu sucesso
escolar. Estás no bom caminho.
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2
NOME: I DATA:22/02/2014
As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da
oralidade)
As aulas de espanhol dadas até ao momento tem se revelado uma ajuda enorme a nível do parâmetro
da oralidade devido às inúmeras tarefas “finais” que temos feito em todas as aulas.
A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)
Eu prefiro trabalhar em grupo, nomeadamente de 4 pessoas, pois há sempre ideias mais originais que
surgem e acabam por tornar um trabalho mais interessante e também ajuda a ouvir e a respeitar as
ideias dos outros, tal como a defender as nossas de uma forma civilizada.
Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade
Para treinar a oralidade gostava de experimentar fazer um trabalho de grupo, 4 pessoas, onde
tivéssemos de representar uma história que nos fosse dada, tipo um pequeno teatro.
Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
O que trabalhamos em cada aula são estratégias de aprendizagem que têm como objetivo facilitar o teu
processo de aprendizagem e tornar-te mais consciente da forma com aprendes. As tarefas finais, que fazemos
no final de cada unidade, têm como objetivo praticar os conteúdos que estamos a estudar assim como as
estratégias que estivemos a prender.
106
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2
NOME: C DATA:22/02/2014
As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da
oralidade)
Na minha opinião, as aulas que temos vindo a ter, tem sido extremamente úteis a nível da oralidade,
pois gradualmente vamos obtendo mais pronúncia e aprendendo como se diz certas palavras, isto é,
vamos conhecendo melhor a língua.
A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)
A forma que me identifico mais a trabalhar é em grupo, pois na minha opinião é desta maneira que
surgem ideias mais diversificadas, tornando assim o trabalho de certa forma mais proveitoso
interessante e divertido.
Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade
Outras atividades que eu gostaria de fazer, talvez atividades lúdicas como fazer curtas-metragens,
atividades desse género para apresentar á turma.
Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão
Sim, sinto-me á vontade para inserir assuntos pertinentes na minha reflexão.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Fico contente por sentires progressos na tua oralidade.
A sugestão de uma curta-metragem é interessante. Vejo que te agrada trabalhar com tecnologias.
Quando referia para inserires outros assuntos na tua reflexão, era para fazeres outros comentários
acerca das aulas que te parecessem oportunos.
Refletir sobre as estratégias de aprendizagem que te ajudam a evoluir é útil para aumentar a tua
autoconsciência acerca da forma como aprendes.
A reflexão é um hábito que se adquire e exige prática.
107
Anexo 8: Entrada 3 do diário de Aprendizagem
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3
NOME: DATA: 10/03/2014
Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te
foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.
As estratégias que referimos foram:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.
Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.
Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.
Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.
As estratégias mais úteis para ti:
Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar
referindo porquê:
Criação e gravação do Rap:
Simulação de chamada telefónica:
Expressar opinião:
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
108
Anexo 8.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 3
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3
NOME: DATA: 10/03/2014
Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te
foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.
As estratégias que referimos foram:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.
Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.
Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.
Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.
As estratégias mais úteis para ti:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol,
pois assim às vezes torna-se mais fácil de transmitir a palavra necessária e é uma forma
prática, é uma maneira de aprendermos a melhorar o vocabulário espanhol e sabermos o uso
de palavras corretas.
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer
transmitir, através de esta estratégia podemos também conhecer palavras com o mesmo
significado e pode ser-nos mais fácil falar com palavras mais simples, uma vez que não
conhecemos as outras palavras direito. Obtemos assim também mais vocabulário.
Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola - por mais envergonhados que
sejamos nunca devemos ter medo de arriscar pois assim está-mos a aprender e a melhorar os
nossos termos pois quem sabe se não serão importantes para o nosso futuro, e isso ajuda-nos a
perder a vergonha e assim podemos sentir-nos mais á vontade na própria disciplina, uma vez
que esta é divertida, e as formas para aprendermos também o são, assim ainda se torna tudo
mais fácil…
109
Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar
referindo porquê:
Criação e gravação do Rap: Criar e gravar o rap foi uma ideia criativa, uma experiência nova, quem sabe
uma atividade futura, foi algo divertido em que ocorreram aqueles acidentes normais de nos rirmos a
meio e começar tudo de novo, foi bom termos feito aquilo em grupos e com as pessoas mais próximas
e que na qual nos sentia-mos melhores, através uma coisa simples saíram grandes trabalhos, incluindo
também a parte que nos ajudou a perder a vergonha perante uma câmara e são momentos que ficarão
marcados.
Simulação de chamada telefónica: Simular uma chamada telefónica também achei divertido apesar de ser
algo mais comum, surgiram ideias muito divertidas. É uma forma de utilizarmos outro tipo de
vocabulário e de expressarmo-nos a nível oral. Serve para darmos asas á imaginação, á criatividade.
Expressar opinião: Em termos de atividades para expressarmos as nossas opiniões, isto é uma atividade
a nível individual onde ocorre tipo um debate pois a sempre opiniões diferentes nos assuntos e é bom
sabermos as diferentes opiniões porque as vezes até pode servir para refletirmos um pouco e quem
sabe mudar a opinião, pois todos estamos sujeitos a aprender coisas novas. Em termos mais gerais
expressar opinião pessoal e refletir e expressar aquilo que cada um pensa, é um modo de utilizar a
língua da disciplina.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Revelas já capacidade de reflexão. Apontas as tuas opiniões e justifica-las. Estás no bom caminho
para ser uma aluna mais autónoma, capaz de eleger as estratégias mais úteis para ti enquanto
estudante.
Continua assim empenhada e não percas a capacidade de autoconhecimento que estes diários de
aprendizagem proporcionam a quem os encara como uma ferramenta verdadeiramente útil.
110
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3
NOME: S DATA: 10/03/2014
Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te
foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.
As estratégias que referimos foram:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.
Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.
Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.
Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.
As estratégias mais úteis para ti:
Utilizar palavras mais simples, pois é mais fácil de dizer e perceber, recomeçar e tentar dizer o que se
pretende por outras palavras, pois assim as pessoas podem perceber e não precisamos de ter medo
Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar
referindo porquê:
Criação e gravação do Rap: Adorei foi uma ideia muito maluca, divertida e espero fazer outro
brevemente
Simulação de chamada telefónica: Também foi divertido um pouco difícil mas divertido
Expressar opinião: É bom; gosto de expressar a minha opinião, e de ouvir a dos outros
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Podes desenvolver a tua capacidade de reflexão. Se explicares porque gostaste de uma atividade,
acrescentando, por exemplo, em que é que te ajudou a desenvolver a tua oralidade. Dessa forma, já
estás a ter uma opinião mais fundamentada.
A capacidade de reflexão trabalha-se com muita persistência. O importante é empenhares-te e nunca
desistir.
É essencial que te habitues a estruturar o raciocínio, referir o porquê das tuas opiniões, pois isso ser-
te-á muito útil na tua vida estudantil e laboral.
Continua a aprofundar a tua capacidade de reflexão pois irás conhecer-te melhor enquanto estudante,
e poderás ultrapassar eventuais dificuldades.
111
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3
NOME: C DATA: 10/03/2014
Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te
foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.
As estratégias que referimos foram:
Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.
Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.
Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.
Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.
As estratégias mais úteis para ti:
Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras (pois se eu tiver de dizer algo em
espanhol não conseguir dizer da forma mais curta utilizo a forma mais comprida);
Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir
(Assim pelo menos, a pessoa para quem me dirijo, percebe um pouco daquilo que pretendo dizer).
Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar
referindo porquê:
Criação e gravação do Rap: Foi muito divertido e, como gosto muito de cantar, foi uma ótima
experiência.
Simulação de chamada telefónica: Não é algo que me cativa a falar espanhol.
Expressar opinião: É bom para, se alguma vez formos a Espanha e se quisermos opinar acerca da
comida do restaurante.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
O importante quando pretendemos comunicar numa língua estrangeira é arranjar estratégias que nos
permitam levar a cabo a nossa mensagem. Para isso é importante que conheçamos essas estratégias. É
o que estou a tentar mostrar-vos. Se refletirem e verificarem quais são as que melhor resultam
112
pessoalmente com cada um de vocês, mais fácil será comunicar e planificar a vossa aprendizagem.
Um maior autoconhecimento leva a uma maior autonomia.
Qualquer atividade que promova a oralidade deve ser aproveitada para praticar e aprender. Expressar
opinião pode fazer-se, como certamente sabes, em relação a qualquer assunto e não só quando vamos
a um restaurante. Aliás nas aulas quando vos pergunto o que acham de determinado assunto, ou se
concordam ou discordam do tópico que estamos a falar, já estão a expressar opinião. Na nossa língua
materna fazemo-lo todos os dias e muitas vezes sem darmos conta disso.
Continua empenhada em refletir sobre a tua aprendizagem e verás que isso te trará muitos ganhos,
entre os quais a autonomia na aprendizagem.
113
Anexo 9: Entrada 4 do diário de aprendizagem
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4
NOME: DATA: 23/05/2014
Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades
propostas.
O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este
tema? Justifica a tua resposta.
O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a
tua resposta.
Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:
Dividiram tarefas?
Ensaiaste o que ias dizer?
Tentaste falar em vez de ler?
Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?
E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que
ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum
benefício em utilizá-lo?
Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.
114
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
115
Anexo 9.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 4
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4
NOME: S DATA: 23/05/2014
Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades
propostas.
O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este
tema? Justifica a tua resposta.
Sim o questionário também teve a sua importância, aumenta a nossa cultura, aumenta o vocabulário
sobre este tema, reforça ideias relativas ao cinema espanhol. Sem dúvida aumentou o meu
conhecimento relativo a personagens e aumenta também aquela curiosidade de querer ver filmes em
espanhol.
O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a
tua resposta.
Desde que me lembre nunca visionei um filme espanhol, apenas via séries.
O facto de termos visto trailers nas aulas despertou-me a curiosidade quanto ao cinema espanhol, pois
parece haver filmes de todo o tipo, filmes que deixam curiosidade, filmes que ficam na cabeça, e este
são também uma de muitas técnicas que podemos utilizar para aprendermos mais sobre a língua
espanhola… O cinema espanhol parece ser muito variado, divertido e um daqueles que chama à
atenção de todo o tipo de público.
Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:
Dividiram tarefas?
Ensaiaste o que ias dizer?
Tentaste falar em vez de ler?
Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?
Relativamente ao trabalho apresentado sobre este tema, o grupo em si ajudou porque fiquei com quem
me sentia bem a falar, a dar opiniões, são também pessoas muito próximas de mim e isso também
116
ajuda apesar de saber que os grupos devem ser feitos da forma mais equilibrada. Em termos de
estratégias dividimos tarefas tentando dividir da melhor forma para que toda a gente pudesse
participar de igual maneira, antes de apresentarmos tiramos opiniões uns dos outros e todos os
elementos do meu grupo ensaiaram para vermos os aspetos a melhorar, sei que ao apresentar
enganava-me algumas vezes, pois por vezes o nervosismo também não ajuda muito mas sim tentei
falar em vez de ler porque ao longo do tempo com várias apresentações comecei a sentir-me mais à
vontade, e aprendi que devemos arriscar para poder melhorar, e sei que tentei fazer e fiz o meu
melhor.
Sempre que me enganava ou não conseguia dizer a palavra ou expressar algo corretamente tentei
reforçar a ideia para que me percebessem melhor, ou tentei dar a volta a situação voltando a repetir a
palavra corretamente ou dizer por outras palavras mais fáceis.
E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que
ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum
benefício em utilizá-lo?
Para mim usar o diário de aprendizagem foi uma experiência nova, no início não achei muito
importante usá-lo mas agora sinto-me diferente em termos de autonomia…
Ganhei confiança em mim mesma, senti-me à vontade para expressar os meus pensamentos e
sentimentos, foi uma ajuda em termos de ter uma noção daquilo que melhor aprendi, no fundo
serviram para refletir sobre aquilo que fiz, aprendi, e sobre a minha postura para poder melhorar
aspetos menos bons.
É um género de avaliação que cada um pode fazer de si mesmo… com isto aprendemos a chegar mais
longe e poderei assim dizer que este me foi bastante importante apesar de no início não me sentir
tanto à vontade como agora. Pensando bem isto tem também uma importância para o futuro, uma
importância para nós mesmo e o nosso crescimento como alunos.
Não sabia sequer o que um diário de aprendizagem pode fazer, não sabia usá-lo devidamente pois
nunca o tinha feito. É uma de muitas novas experiencias e ajudas que poderemos ter ao longo da vida.
117
Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.
Stora tem que nos ir visitar, espero que a tenhamos ajudado no seu estágio. E sim tem razão, estes
diários têm a capacidade de nos fazer evoluir porque lembro-me que quando você nos começou a dar
aulas mal participava e agora notei eu mesma diferença em mim, notei que mudei para melhor, sinto-
me confiante sem medo de arriscar. As aulas com atividades foram muito boas tornando as mesmas
mais divertidas e com mais entusiasmo para participar. O facto de termos sempre uma tarefa final
ajudou a aumentarmos e nossa confiança.
Não ganhamos nada se não arriscarmos, por isso é sempre melhor tentar.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
PARABÉNS pela capacidade de reflexão e de te expressares que atingiste ao longo destes diários de
aprendizagem.
Fico contente por achares que o diário te ajudou na tua autonomia e na tua capacidade de reflexão. Era
esse o objetivo. Ainda bem que o atingiste.
Esta ferramenta pode ser muito útil para a tua aprendizagem. Se te habituares a pensar sobre a forma
como aprendes mais facilmente poderás identificar algo que não esteja bem e trabalhar para mudar
isso.
Referiste ao longo desta reflexão algumas das estratégias que fui expondo ao longo da minha
intervenção. Lembra-te que poderás usá-las noutras disciplinas para ajudar-te a ultrapassar eventuais
dificuldades.
Desejo-te muita sorte e muito sucesso nos teus estudos.
118
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4
NOME: D DATA: 23/05/2014
Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades
propostas.
O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este
tema? Justifica a tua resposta.
Sim, porque aprendi vocabulário novo.
O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a
tua resposta.
Sim, despertou a minha curiosidade quanto ao cinema espanhol.
Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:
Dividiram tarefas?
Ensaiaste o que ias dizer?
Tentaste falar em vez de ler?
Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?
Dividimos tarefas
Ensaiámos o que íamos dizer.
E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que
ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum
benefício em utilizá-lo?
Ganhei mais confiança e autonomia.
Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.
Gosto muito do método de ensino de professora, obrigada
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Esta reflexão foi muito breve!
119
O tempo investido numa reflexão não é tempo perdido. Pelo contrário, é um investimento que dá
resultados visíveis em melhorias na aprendizagem. Quanto melhor te conheceres, mais fácil será
identificar os teus “problemas“ para os poderes superar. Ao analisares a tua aprendizagem tens a
noção do que é para ti mais fácil e do que precisas de melhorar. Para essa análise é necessária
reflexão. O diário de aprendizagem, quando é feito com o propósito de refletir, ajuda a criar essa
consciência do processo de aprendizagem. É uma ferramenta muito útil na aprendizagem. Se
mantiveres o hábito de os usar, verás que terás maior facilidade em identificar eventuais problemas e
em resolvê-los.
Obrigada pela colaboração nestes diários de aprendizagem. PARABÉNS pela persistência.
120
DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4
NOME: M DATA: 23/05/2014
Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades
propostas.
O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este
tema? Justifica a tua resposta.
Sim, sem duvida que este questionário contribuiu muito para aumentar os meus conhecimentos ao
nível do cinema, essencialmente do espanhol até porque gosto muito de cinema , filmes de todos os
temas.......e a todas as alturas........porém o cinema espanhol não era algo que eu conhecesse muito
bem , tirando alguns atores e diretores a nível internacional que reconheci no questionário.
O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a
tua resposta.
O trailer de um filme é algo que eu recorro sempre antes de ver um filme, o que sugere logo uma
primeira impressão, precisamente o que aconteceu com estes exemplos de o que é o cinema
espanhol..... bons atores, diretores e realizações ....parece ser um cinema com muita qualidade.
Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:
Dividiram tarefas?
Ensaiaste o que ias dizer?
Tentaste falar em vez de ler?
Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?
Usei todas estas estratégias durante a realização do trabalho, como é normal existe sempre alguém que
trabalha um pouco mais no grupo, mas ao nível da apresentação cada elemento desenvolve da maneira
que pretende e aí tentei usar estas estratégias que ajudam sempre a desenvolver uma boa apresentação.
E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que
ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum
benefício em utilizá-lo?
O uso do diário de aprendizagem, e agora que chegou ao fim compreendo, foi destinado única e
121
simplesmente para o nosso aproveitamento da disciplina, foi algo que aos poucos e poucos
transformava algo na nossa vida de estudantes e nós praticamente não notávamos até vermos os
resultados finais. Nunca tinha apresentado trabalhos numa língua que não fosse a minha língua
materna e como é normal a confiança não era muita mas com os conselhos da professora Rosa tornou-
se mais fácil este percurso.
Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.
Para uma ótima professora espero que tenha gostado de trabalhar connosco que esta turma a tenha
marcado .......apenas pelas boas razões é claro! Vou ter saudades das respostas aos diários de
aprendizagem, mas ainda tenho direito a mais esta (embora seja a última ) sempre foram muito
amáveis e recheadas de boas dicas.
COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
M, os diários de aprendizagem tiveram o intuito de vos fazer pensar sobre a vossa aprendizagem,
sobre a forma como poderiam ultrapassar eventuais limitações. Fico contente que aches que é uma
ferramenta de trabalho útil.
As estratégias que fomos trabalhando ao longo da minha intervenção poderão ser-te úteis para outras
disciplinas. Usa e abusa delas!
Obrigada pelo empenho demonstrado ao longo deste percurso. Foste muito dedicada e colaborante.
Claro que a vossa turma me marcou. Todas as turmas deixam a sua marca. A vossa turma, por ser a
minha turma de estágio neste mestrado vai sempre ser recordada com um carinho especial. Além
disso, de forma geral, foram muito empenhados e cooperantes. OBRIGADA.
Muita sorte e muito sucesso nos teus estudos.
122
Anexo 10: Diário do professor: reflexão pós aula
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 10/01/2014 (1ª aula assistida)
Objetivo do projeto:
“Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las tareas del mundo real”
Exemplo de atividade ou estratégia: “Cumplir Órdenes” (jogo de interação)
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): fomentar
a autoconfiança dos alunos nas interações orais incentivando-os a arriscar e a não ter medo da
exposição frente aos seus pares.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Nesta aula não foram dadas em suporte escrito, propositadamente, nenhumas estratégias de interação
aos discentes. Verifiquei que os alunos participavam de forma retraída e sem saber como interagir,
desistiam perante a primeira dificuldade. Em aulas futuras serão trabalhadas com os alunos estratégias
para interação e para trabalhar em grupo, sejam estratégias afetivas, ou estratégias de aprendizagem.
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Esta primeira aula foi atípica. Primeiro porque foi a primeira aula que tive com a turma, e talvez por isso
os alunos estavam retraídos, mesmo os alunos mais participativos estavam anormalmente calados. A
atividade que julguei que iria ser mais motivadora para eles, deixou-os pouco à vontade e mesmo nas
atividades que costumam fazer, com a professora titular, estavam pouco participativos.
A nível de comportamento acho que devo mudar de lugar alguns alunos que para além de não quererem
trabalhar ainda distraem os colegas.
123
Futuramente irei trabalhar com os alunos estratégias afetivas (como a importância da autoconfiança e da
necessidade de arriscar quando se aprende um língua estrangeira) e estratégias de aprendizagem (como
a importância de respeitar o turno de palavra numa interação, entre outras) que lhes permitam interagir
de forma mais ordenada e proveitosa.
O meu desejo era que a aula tivesse sido perfeita, mas se assim fosse o meu projeto não teria tanta
importância. Faz todo o sentido trabalhar com os alunos estratégias que lhes permitam, a eles e a mim,
progredir enquanto aprendentes de espanhol língua estrangeira. Partirei das estratégias que resultaram
menos bem e tentarei da próxima vez utilizar outras que resultem melhor.
124
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 17/01/2014 (2ª aula assistida)
Objetivo do projeto:
“Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las tareas del
mundo real”
Exemplo de atividade ou estratégia: “Crear un anuncio y presentarlo en classe” (trabalho de grupo)
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): o
trabalho de grupo promove a cooperação e a negociação, fundamentais para a formação da
personalidade. Pretendo com estas atividades em grupo e com os momentos de interação fomentar a
autoconfiança dos alunos incentivando-os a arriscar e a não ter medo da exposição frente aos seus
pares.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Esta atividade de grupo resultou bastante bem. Houve um grupo onde os alunos não interagiram tão bem
como esperava. Houve um aluno que se desligou do grupo por não concordar com a opinião de uma
colega. Claramente não conseguem ainda lidar com opiniões divergentes.
Foi dada aos alunos a possibilidade de escolherem os seus grupos, mas creio que estes alunos não
estavam conscientes de que para trabalhar em grupo é necessária tolerância e respeito pelas opiniões
dos outros. Em trabalhos futuros é preferível que estes dois alunos trabalhem em grupos distintos para
ver como interagem.
As dicas para trabalho de grupo que entreguei, funcionaram na maioria dos grupos, mas não em todos.
Notei que a maioria dos alunos precisava de mais tempo para a realização dos trabalhos. Houve dois
125
grupos que terminaram e outros dois que não conseguiram terminar.
Os dois grupos que terminaram trabalharam em equipa, dividiram tarefas e empenharam-se.
Nos outros dois grupos ficavam mais dependentes uns dos outros. Tinham mais dificuldade em repartir
tarefas.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Nesta segunda aula senti a necessidade de falar com a turma em relação ao seu comportamento. Pedi
uma vez mais que tivessem uma postura adequada evitando conversas paralelas e que não fossem
relativas à aula, ou aos conteúdos abordados. Os alunos estiveram menos barulhentos e notei que
tentavam participar mais.
A atividade do trabalho de grupo resultou bem. Os alunos estavam motivados e envolvidos na tarefa que
lhes foi proposta. Antes do trabalho de grupo, facultei aos alunos uma ficha com estratégias de
aprendizagem para trabalhar em grupo e para a apresentação oral, e foi para mim uma pequena vitória
ver uma aluna que ao início da aula me disse que não iria falar porque não conseguia devido à sua
insegurança, apresentar o trabalho com as suas colegas de uma forma bastante positiva. Quando no
final da aula lhe dei os parabéns ficou muito contente.
Apesar de alguns percalços com a informática, as atividades decorreram quase todas dentro do tempo
previsto. A exceção é o trabalho de grupo. Apenas um grupo conseguiu acabar e apresentar. Outro grupo
terminou, mas já não houve tempo para apresentar. Os alunos ainda não conseguem respeitar os
tempos que lhes são dados. Tenho que insistir nesta questão de cumprirem os tempos dados para uma
tarefa, realçando que para que o trabalho de grupo funcione é necessário um verdadeiro trabalho de
equipa.
Para tornar mais evidente para os alunos a necessidade de cooperação nos trabalhos de grupo vou criar
uma tabela de auto e heteroavaliação do trabalho de grupo, que aplicarão já na próxima aula,
relativamente a este trabalho.
Nesta aula propus aos alunos que fizessem a sua primeira entrada para o diário de aprendizagem. Já
enviei a informação com os pontos para reflexão para o email da turma e propus-lhes um prazo que
espero que cumpram.
126
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 24/01/2014 (3ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la
interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Exemplo de atividade ou estratégia: “Crear un anuncio y presentarlo en classe” (trabalho de grupo)
APRESENTAÇÃO
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): o
trabalho de grupo promove a cooperação e a negociação, fundamentais para a formação da
personalidade. Pretendo com estas atividades em grupo e com os momentos de interação fomentar a
autoconfiança dos alunos incentivando-os a arriscar e a não ter medo da exposição frente aos seus
pares.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Em trabalhos futuros terei que trabalhar com os alunos a necessidade de aprofundar mais os seus
trabalhos. É necessário que aproveitem estes momentos para partilha de conhecimentos e que todos
procurem aportar ideias que sirvam para enriquecer os trabalhos.
À exceção de um grupo, o primeiro a apresentar, todos os outros grupos foram muito superficiais na
forma como fizeram os seus trabalhos. No momento em que era para falarem, limitaram-se a ler. E leram
frases muito curtas. Quase nenhum grupo ocupou os 5 minutos que tinham para a apresentação do seu
trabalho. Ainda não conseguiram perceber que estes momentos são importantes para o seu crescimento
enquanto estudantes de língua estrangeira. Talvez seja ainda o receio da exposição e o medo de errar
em frente aos colegas, apesar de eu estar sempre a referir que errar faz parte do processo de
aprendizagem, e que para aprender é preciso não ter medo de arriscar.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
127
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Hoje passei o questionário para aferir motivações e preferências de ensino dos alunos. Tal como
sugerido pela supervisora da universidade, a doutora Ana Cea, li todas as perguntas com os alunos, que
responderam em menos tempo do que o esperado.
Houve ainda tempo para iniciar a unidade 5. Depois de ter explicado o que iríamos tratar nesta unidade,
falei-lhes da tarefa final correspondente a esta unidade e propus-lhes que criassem grupos de 4 alunos
no máximo. Houve alguma confusão porque “sobra” sempre a mesma aluna. A solução seria ela juntar-
se a um grupo já formado, mas isso implicaria haver um grupo com 5 elementos e outro apenas com 2.
Pedi a colaboração da turma para resolver esta situação e só uma aluna, a Márcia, se disponibilizou a
juntar-se a outro grupo para que a Inês pudesse ficar no seu lugar. Não quis ser eu a impor os elementos
de cada grupo, mas não me agrada o facto de a Inês nunca se enquadrar em nenhum grupo. Tenho que
estudar melhor a forma como ultrapasso esta situação. Talvez proponha formar os grupos por sorteio.
128
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 31/01/2014 (4ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la
interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Exemplo de atividade ou estratégia: DEBATE
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): esta foi
uma tarefa de grupo de interação. Os grupos eram de 4 elementos, cada grupo trabalhava uma
personagem diferente, e depois dentro do grupo elegiam um elemento para representar o grupo. Os
restantes elementos faziam parte da assistência e podiam participar mediante autorização da mediadora,
que neste caso era eu.
Esta atividade agradou aos alunos, que mesmo não estando habituados a realizá-la aderiram muito bem.
Penso que o facto de as regras de trabalho estarem bem definidas os levou a sentirem-se mais seguros
para desenvolver a atividade.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Caso haja oportunidade de realizar outro debate será um aluno a desempenhar o papel de moderador.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
A aula de hoje decorreu sem problemas.
Na tarefa motivadora, escolhi um vídeo da TVE, por ser um material autêntico, relativamente curto e que
me permitia trabalhar a oralidade. Os alunos conseguiram identificar o canal televisivo espanhol e deram
as suas opiniões relativamente ao tipo de café que era descrito na reportagem. O contacto com materiais
129
autênticos para além de ser motivador é uma forma mais “real” de os alunos contactarem com a língua
que estão a aprender.
As atividades de grupo são as preferidas dos alunos.
Nas atividades de interpretação de texto e de gramática não se mostram tão entusiasmados. No entanto
sinto algum constrangimento em não usar o manual deles. Por isso mesmo vou intercalando atividades
do manual, escolho as que me parecem mais pertinentes, com atividades criadas por mim.
Gostam de atividades diferentes mesmo que lhes deem mais trabalho. Eu também prefiro que trabalhem
de forma mais cooperativa e mais ativa, no entanto sei que o trabalho individual também é necessário.
Desde o início do projeto de intervenção sinto que os alunos arriscam mais na sua expressão oral. Talvez
pelo facto de os levar a perceber que errar faz parte da aprendizagem de uma língua, se sintam menos
pressionados quanto ao medo de errar.
O debate foi a atividade que mais se destacou na aula de hoje. Com a prática deste tipo de atividade
poderão desenvolver um maior gosto pela língua espanhola e além disso aprendem a trabalhar de forma
colaborativa
130
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 07/02/2014 (5ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la
interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Exemplo de atividade ou estratégia: APRESENTAR UM ESCRITOR ESPANHOL À TURMA
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): esta
atividade teve como intuito a pesquisa de conteúdos socioculturais e a utilização da língua em suporte
escrito e oral, para apresentação do trabalho.
Foi uma tarefa desenvolvida em grupo para permitir o trabalho colaborativo e a divisão de tarefas. Houve
grupos onde isso funcionou melhor do que noutros.
Os alunos realizaram trabalhos completos, muito interessantes e com participação igual na
apresentação.
Infelizmente houve um grupo que não realizou a atividade. Não se organizaram para trabalhar fora da
sala de aula.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Organizar grupos de trabalho mais equilibrados em que haja alunos mais motivados e com menos
dificuldades, a puxar pelos alunos menos motivados.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
As atividades propostas na planificação foram todas cumpridas.
Os alunos mostraram-se participativos e cooperantes.
131
Na apresentação do trabalho de grupo, que era a tarefa final desta atividade, senti que os alunos
parecem mais à vontade com a exposição em frente aos seus colegas. Já têm menos medo de
arriscar em usar a língua espanhola.
Na avaliação que os alunos fizeram dos trabalhos de grupo senti que houve injustiças. Os alunos não
premiaram os trabalhos mais completos. Premiaram os trabalhos dos amigos.
Nos próximos trabalhos terei que ter também direito de voto para tentar incutir nos alunos o sentido de
justiça, ainda que uma avaliação seja sempre algo subjetiva.
132
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 21/02/2014 (6ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la
interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Exemplo de atividade ou estratégia: chuva de ideias sobre cantores espanhóis da atualidade
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):
promoção da oralidade através de um tema que é muito presente na vida dos alunos, a música.
Apresentei videoclips de vários autores e perguntei a opinião dos alunos relativamente ao estilo musical e
ao cantor ou cantora apresentada. O objetivo principal era a promoção da oralidade, mas também o
ensino de conteúdos socioculturais. Foi uma atividade que funcionou bem. Os alunos participaram e
mostraram-se interessados.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Direcionar mais as perguntas, tentar que mais alunos tentem expressar-se em espanhol.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Os alunos quando perceberam que o tema desta nova unidade era a música ficaram entusiasmados.
Para começar a aula fizeram o visionamento de 4 videoclips com cantores espanhóis da atualidade. À
medida que viam um videoclip iam comentando, de forma orientada, as músicas e os cantores. Depois
133
para sistematizar era-lhes apresentada uma breve biografia do artista e ficavam com informação da
página web caso tivessem curiosidade para saber mais.
A aula decorreu normalmente. Os alunos mostraram alguma curiosidade, empenho e apreensão quanto
à tarefa final desta unidade. Propus-lhes que criassem um rap e que o gravassem para o apresentar em
frente à turma. A ideia da gravação é retirar-lhes o medo de se exporem em frente aos companheiros.
Mesmo assim houve alunos que se sentiram intimidados. Quando lhes expliquei que o objetivo é
praticarem estruturas que aprenderam e usar a língua espanhola, e que para aprender uma língua é
preciso praticá-la ficaram mais convencidos. Além disso disse-lhes que é bom enquanto aprendentes que
se oiçam gravados, assim podem perceber onde poderão melhorar.
Inicialmente, propus-lhes que trabalhassem em pares, mas pediram para trabalhar em grupos de 4
argumentando que seria mais fácil para desenvolver a sua originalidade. Concordei com os pedidos.
Estou curiosa com os resultados!
Uma vez mais o objetivo é que pratiquem a oralidade e que percam o medo de arriscar em usar a língua
espanhola.
Globalmente, a aula correu bem. Os alunos realizaram as atividades propostas e interagiram em
espanhol.
134
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 28/02/2014 (7ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la
interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Exemplo de atividade ou estratégia: simulação de uma chamada telefónica
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): para o
aluno praticar tarefas com as quais se pode deparar fora da aula é muito relevante. Esta tarefa vem na
sequência de organização de uma música na qual se retratava a vida de m casal. A chamada é a
dramatização do diálogo entre esse casal. Os alunos aderiram com mais entusiasmo do que eu estava à
espera.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
É um tipo de atividade que poderei adaptar a outras temáticas, já que os alunos se divertem e aprendem
com estas atividades.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Os alunos reagem sempre com agrado às tarefas motivadoras. A tarefa motivadora de hoje era um
videoclip de 2 minutos que começava com a pergunta: ? Te imaginas en un mundo sin música? Os
alunos reagiram muito bem e ficaram preparados para a discussão do tema que se fez nas atividades
seguintes.
135
Se tivesse mais algum tempo poderia explorar mais a oralidade, mas como no início da aula houve um
ligeiro atraso devido à preparação que estão a fazer da visita de estudo, tive que continuar com as
atividades.
Foi uma aula em que os alunos participaram de forma espontânea, sem ter que ser eu a pedir
individualmente. Mesmo na leitura, quando pedi voluntários, houve de facto alunos que se
disponibilizaram para ler.
Há, no entanto alguns alunos que se mostram mais desmotivados. Pelo que sei não é uma desmotivação
com a disciplina, é uma desmotivação com a escola. Tento falar com eles e levá-los a participar, não
mostram muita resistência, mas precisam de um acompanhamento mais personalizado. Precisam que
esteja sempre a estimulá-los.
Globalmente a aula decorreu sem problemas.
136
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 07/03/2014 (8ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Desarrollar estrategias de aprendizaje de forma implícita y explícita para promover la oralidad.
Exemplo de atividade ou estratégia:
Apresentação da tarefa final da unidade 6: gravação de um rap utilizando o futuro, com o título “En diez
años”.
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):
Esta foi uma tarefa que se inseria numa unidade sobre música.
Como forma de promover a oralidade sem causar o constrangimento da exposição direta em frente aos
colegas, pedi aos alunos que gravassem um rap, o que se revelou, segundo eles próprios, muito
trabalhoso, mas bastante divertido.
Houve apenas três grupos que me enviaram o trabalho. Só puderam apresentar dois grupos, porque um
dos grupos teve problemas ao gravar o vídeo. No entanto, alguns dos alunos que não entregaram o
trabalho disseram que o enviariam ainda esta semana.
Creio que as atividades, como esta, que têm um caráter lúdico podem envolver mais os alunos. Nas
gravações que vi, reparei que mesmo as alunas mais inibidas quando se trata de falar, ou de ler, se
mostraram bastante à vontade durante a gravação do rap que criaram.
Tenho pena que nem todos tenham feito.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
137
Arranjar forma de motivar todos os alunos a realizar e a entregar as tarefas atempadamente.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Ao refletir com os alunos sobre as estratégias utilizadas na unidade anterior para desenvolver a
oralidade, pretendi que se tornassem mais conscientes da sua própria aprendizagem e das diversas
formas de ultrapassar possíveis dificuldades.
Na apresentação da tarefa final da unidade em estudo apontei estratégias possíveis de utilizar para a sua
realização e apresentação. Apresentei, ainda um conjunto de expressões linguísticas que poderão utilizar
para estruturar a sua apresentação oral. Creio que assim ajudarei os alunos a desenvolver a oralidade de
maneira mais eficaz.
Como tarefa motivadora para a unidade sobre o meio ambiente, apresentei uma curta-metragem sobre a
necessidade de usar de forma equilibrada os recursos energéticos de que dispomos. Esta atividade
pretendia desenvolver a consciência ambiental dos alunos e criar um momento de oralidade. As
restantes atividades da aula seguiram a ordem apresentada no manual. Não foram atividades que
criaram tarefas possibilitadoras para a tarefa final. Por isso mesmo, e a conselho da orientadora e da
supervisora, alarguei o prazo para a tarefa final, para que na próxima aula possa trabalhar com os alunos
tarefas possibilitadoras, seja a nível de vocabulário seja a nível de estratégias que os leve mais
facilmente à construção da tarefa final.
Teria sido melhor se nesta aula tivesse trabalhado vocabulário relacionado com a natureza ou se então
tivesse criado exercícios gramaticais diretamente relacionados com a temática ambiental. A razão pela
qual não o fiz foi porque se os alunos investiram dinheiro no manual, devem utilizá-lo, e também porque
há pais que não ficam nada satisfeitos de os alunos não usarem os manuais que compraram.
Este manual, “Club Prisma” cria muitas vezes este constrangimento de apresentar a parte gramatical e a
parte lexical de forma inconexa, sem uma ligação, ou um encadeamento lógico.
A aula decorreu sem problemas. Globalmente correu bem, os alunos mostraram-se participativos e
interessados.
138
Se planificasse a aula que dei no momento em que estou a fazer esta reflexão, planificaria de forma
diferente. Trabalharia primeiro vocabulário e estratégias para a tarefa final e só depois os conteúdos
gramaticais.
Na unidade que me falta lecionar procurarei usar um enfoque mais comunicativo, encadeando de forma
mais equilibrada as tarefas possibilitadoras e os conteúdos gramaticais que levam à tarefa final. Se para
isso for necessário criar exercícios que estejam mais relacionados com a temática da tarefa final, fá-lo-ei.
139
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 14/03/2014 (9ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Desarrollar estrategias que contribuyan para un mejoramiento de la oralidad y de la autonomía.
Exemplo de atividade ou estratégia:
Ficha de trabalho sobre o parque natural das Ilhas Atlânticas
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):
Aumento da consciência sociocultural dos alunos e desenvolvimento de atividades que
preparam para a elaboração da tarefa final, quer a nível de vocabulário, quer a nível de input
linguístico e sociocultural mobilizando também conhecimentos prévios.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Promover uma postura de maior colaboração entre pares.
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Na aula de hoje os alunos estiveram a realizar uma ficha de trabalho com tarefas possibilitadoras para a
tarefa final. Aprenderam vocabulário novo e acrescentaram conhecimento sociocultural que os ajudará na
elaboração e na apresentação da tarefa final.
À parte de alguns imprevistos informáticos que tentei contornar da melhor forma possível, a resolução da
ficha decorreu da melhor forma.
140
Hoje alguns alunos estavam anormalmente agitados e houve mais ruído do que o desejável, chamei-os à
atenção sempre que perturbavam o funcionamento da aula, mas ainda assim o ruído quebrava o
rendimento dos alunos mais interessados.
Os alunos estiveram a trabalhar nos grupos de trabalho em que irão realizar a tarefa final. Apesar de se
tratar de grupos mais equilibrados, é notória a falta de entendimento, ou melhor de empenho, no seio de
alguns grupos. Os alunos com mais dificuldades ficam à espera que sejam os que têm mais à vontade
com a língua espanhola a resolver os exercícios. Isso não me agrada. No entanto, estou consciente de
que ter uma turma 100% motivada é uma realidade que existe mais nos pensamentos dos docentes do
que na realidade escolar.
Uma vez mais alertei, juntamente com a professora Susana, os alunos para a necessidade de se
empenharem nas atividades propostas e de não se esquecerem do seu diário de aprendizagem. Após
essa chamada de atenção já houve dois alunos que enviaram as entradas de diário que tinham
atrasadas. Espero que os restantes lhes sigam o exemplo.
141
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 02/05/2014 (10ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Desarrollar estrategias que contribuyan para un mejoramiento de la oralidad y de la autonomía.
Exemplo de atividade ou estratégia:
Apresentação oral sobre parque natural das Ilhas Atlânticas
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):
Aumento da consciência sociocultural dos alunos e desenvolvimento da oralidade. Este tipo de
atividades serve também para que o professor tenha a perceção da evolução dos seus alunos.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Enfatizar a necessidade de falar mais em vez de ler e manter uma postura mais descontraída
durante a apresentação
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Na aula de hoje os alunos, após um período de pausa para testes, visita de estudo e férias,
apresentaram a tarefa final da unidade anterior. Já havia falado com os alunos sobre a necessidade de
filmar duas aulas para serem vistas pela supervisora na universidade. No entanto, como vinham de férias
e não trouxeram as autorizações de gravação assinadas pelos encarregados de educação, optámos, a
minha orientadora e eu, por não gravar as apresentações dos alunos e gravámos apenas a segunda
parte da aula em que os alunos não apareciam na gravação. Apesar de não se mostrarem nada
142
confortáveis com a gravação de aulas, voltei a pedir-lhes que concordassem e ficaram de trazer as
autorizações para a próxima aula.
Fiquei muito satisfeita com os trabalhos realizados. Foram trabalhos completos, todos os elementos do
grupo trabalharam e todos participaram na apresentação. Apesar de se mostrarem mais à vontade a falar
em frente aos colegas, ainda se nota alguma insegurança, razão pela qual a câmara de vídeo os
intimida.
Após a realização das apresentações seguiu-se um momento de autoavaliação do trabalho realizado no
grupo. Depois de analisar as respostas dos alunos pude verificar que se sentiram bem enquanto grupo
de trabalho, embora preferissem trabalhar em grupos de amigos. O balanço que fizeram do trabalho foi
positivo e todos referiram que este trabalho aumentou a sua competência sociocultural.
Na segunda parte da aula começámos uma nova unidade sobre cinema. Após explicar o que
aprenderiam nesta unidade, fiz-lhes a proposta da tarefa final: uma tertúlia sobre cinema. Expliquei que
seria uma tarefa simples, uma vez que os alunos se encontram em fase de exame de inglês e devido ao
fato de a carga horária para a disciplina de Espanhol ser de apenas 90 minutos semanais. Caso
houvesse mais tempo os alunos gostariam de fazer uma curta-metragem, mas isso exigia tempo de que
não dispomos. Esta limitação de horário impede-me muitas vezes de realizar atividades que gostaria que
os alunos fizessem. Devido à calendarização imposta pelo cumprimento do programa cada unidade é
composta por apenas duas aulas. No tempo de que disponho procuro organizar tarefas que ajudem os
alunos a evoluir na sua aprendizagem da língua e que lhes permitam realizar a tarefa final proposta. Os
resultados têm sido bons. Os alunos colaboram, na sua maioria, nas tarefas propostas.
Ao contrário das tarefas anteriores, esta tarefa será totalmente desenvolvida dentro da sala de aula. As
tarefas possibilitadoras que os alunos realizarem ao longo das duas aulas dar-lhes-ão ferramentas para
realizar a tarefa final.
Não se tratou de uma aula normal, porque a presença da câmara de vídeo, que um funcionário da escola
amavelmente lá colocou, deixou os alunos mais retraídos.
Globalmente a aula decorreu bem, sem problemas e com interesse por parte dos alunos. O balanço que
faço é positivo.
143
REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO
Data da aula: 02/05/2014 (11ª aula assistida)
Objetivos do projeto:
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las
tareas del mundo real.
Desarrollar estrategias que contribuyan para un mejoramiento de la oralidad y de la autonomía.
Exemplo de atividade ou estratégia:
Tertúlia sobre cinema
Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):
Aumento da consciência sociocultural dos alunos e desenvolvimento da oralidade. Este tipo de
atividades serve também para que o professor tenha a perceção da evolução dos seus alunos.
Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:
Enfatizar a necessidade de falar mais em vez de ler e manter uma postura mais descontraída
durante a apresentação
Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)
REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:
Esta foi a última aula da minha intervenção pedagógica. Os alunos envolveram-se nas
atividades propostas e realizaram todas as tarefas dentro do tempo pretendido.
A tertúlia decorreu sem problemas. Os grupos falaram sobre diferentes filmes tendo em conta as
indicações dadas na ficha criada com indicações para a tarefa final. Todos os alunos de cada
grupo falaram e repartiram tarefas entre si. Houve alunos que conseguiram transmitir o que
pretendiam sem ler e houve alguns que não se sentiram seguros para falar e por isso leram
parte do que pretendiam transmitir.
144
Apesar de ainda haver alunos a ler durante as apresentações, já o fazem com mais à vontade.
Estão menos inibidos do que no início deste projeto de intervenção.
Sinto que houve evolução na expressão oral dos alunos e também na sua autonomia.
O diário de aprendizagem levou-os a refletir sobre as estratégias que utilizavam e nas
implicações que o uso dessas estratégias têm no processo de ensino/aprendizagem.
O objetivo de desenvolver este projeto de investigação sobre o uso do diário de aprendizagem
na expressão oral foi levar os alunos a tornarem-se mais autónomos e mais confiantes para
desenvolver a sua oralidade. Posso dizer que foi um objetivo cumprido. Os alunos envolveram-
se e isso é já meio caminho andado para a sua autonomia.
145
Anexo 10.1: Diário do professor: após análise dos diários de aprendizagem
Reflexão após a Entrada 1: 11/02/2014
Após vários anos de ensino é a primeira vez que me encontro a fazer com os alunos um
diário de aprendizagem. Senti que para eles isto é uma novidade. Para mim também!
Nesta primeira entrada procurei fazer algo muito simples que lhes permitisse refletir
sobre o aprendido dando-lhes a noção de que são capazes de trabalhar com esta
ferramenta.
Depois de analisar todos os diários verifiquei uma certa apreensão por não terem a
certeza de como se fazia. O que referi nos comentários e já tinha referido quando lhes
enviei esta primeira entrada é que uma reflexão é algo pessoal que exige tempo para
pensar sobre o que nos é pedido e que esse tempo é um investimento num maior
autoconhecimento que possibilita uma maior autonomia.
Após análise de cada diário faço um comentário com o intuito de dar reforço positivo e
de ajudar cada aluno a ser mais autónomo. A linguagem utilizada é simples, pois o
objetivo e que os alunos entendam o que é escrito e se sintam motivados a refletir sobre
a sua aprendizagem.
Tal como os alunos também eu estou a aprender a trabalhar com esta ferramenta. Exige
tempo, dá trabalho, mas vale a pena. Não sei se esta será a forma mais correta de
apresentar um diário de aprendizagem, mas como os alunos dizem que se sentiram bem
com este modelo vou mantê-lo na próxima entrada.
Reflexão após a Entrada 2: 22/02/2014
Notei que nesta entrada os alunos já referiram com maior à vontade as estratégias que
temos vindo a trabalhar e a implicação que estas têm no seu processo de aprendizagem.
Alguns ainda têm medo de errar na forma como fazem as suas reflexões. Expliquei-lhes
que o importante é pensarem sobre a forma como fazem as coisas e que aprendam com
essa reflexão. Também notei após análise dos diários de aprendizagem que os alunos
146
percebem que todo o trabalho que lhes é pedido na sala de aula visa contribuir para o
seu sucesso, nomeadamente no desenvolvimento da expressão oral.
No próximo diário vou tentar estruturar melhor as questões de reflexão para que os
alunos se sintam mais confiantes.
Na próxima entrada tentarei focar mais as estratégias trabalhadas ao longo da unidade
em estudo para direcionar os alunos a refletirem sobre as estratégias apresentadas.
Reflexão após a Entrada 3: 10/03/2014
Neste diário de aprendizagem elenquei as estratégias que tínhamos estado a trabalhar
para o desenvolvimento da oralidade e pedi aos alunos que explicassem quais as que
consideraram mais úteis para si. Verifiquei que deste modo se tornou mais fácil ter
presente as estratégias trabalhadas e também foi mais visível um aumento na reflexão
sobre cada uma dessas estratégias.
A cada diário noto que a componente afetiva dos alunos está diretamente relacionada
com o envolvimento que demonstram nas tarefas que lhes são pedidas.
Já fazem reflexões mais estruturadas.
Reflexão após a Entrada 4: 23/05/2014
Esta é a última entrada do diário de aprendizagem. Sinto que os alunos estão mais à
vontade nas suas reflexões. Na última aula disseram-me que agora até estavam a gostar
de fazer os diários de aprendizagem. Inicialmente viram o diário como “mais trabalho”,
mas à medida que o tempo passava foram-se habituando e sentem que é uma ferramenta
que os ajuda a evoluir na sua aprendizagem.
Para mim esta é uma ferramenta que me permite verificar se os alunos estão mais
conscientes das estratégias que melhor funcionam consigo para o desenvolvimento da
147
sua oralidade. O diário de aprendizagem envolve trabalho de análise e tempo para
responder, mas favorece a criação de uma relação interpessoal professor/aluno mais
estreita e mais afetiva.
148
Anexo 11: Planificação do 1º ciclo de investigação-ação
149
Anexo 12: Planificação do 2º ciclo de investigação-ação
150
Anexo 13: Planificação do 3º ciclo de investigação-ação
151
Anexo 14: Plano de aula 4 e materiais
PLAN DE CLASE | 4ª SESIÓN
Lecciones: 31/32 Duración: 90 minutos Fecha: viernes, 31 de enero de 2014
CONTENIDOS: Descripción de personas: el físico y el carácter.
Expresar sensaciones y sentimientos con adjetivos.
Expresar opiniones.
Revisión y nuevos usos de ser y estar.
Asigantura: Español A2/B1 Supervisora: Ana María Cea Álvarez
Grupo: 9º Orientadora: Susana Santos
Curso: 2013/2014 Professora estagiária: Rosa Antunes
UNIDAD DIDÁCTICA 5: “Muchas formas de ser”
TAREA FINAL: Presentar a un poeta de España o Hispanoamérica
Art
icu
laci
ón
con
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pro
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o d
e
inte
rve
nci
ón
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Ob
jeti
vos
Esp
ecí
fico
s
Describir personas utilizando los verbos ser y estar con adjetivo
Formular hipótesis a partir de un enunciado
Leer expresivamente e interpretar un texto
Expresar opinión sobre el tema propuesto
Promover la expresión e interacción oral
Promover la autonomía
De
stre
zas
Comprensión auditiva (CA)
Comprensión lectora (CL)
Expresión/interacción oral (EO/IO)
Expresión escrita (EE)
Co
nte
nid
os
Fun
cio
nal
es
Descripción de personas: el físico y el carácter
Expresar sensaciones y sentimientos con adjetivos
Expresar opiniones
Léxi
cos
Adjetivos de descripción física
Adjetivos de carácter
152
Gra
mat
ical
es
Revisión y nuevos usos de ser y estar
Soci
ocu
ltu
rale
s Personajes famosos de España e Hispanoamérica
Poetas de España y de Hispanoamérica
La televisión española
Estr
até
gias
Deducción de reglas gramaticales
Trabajo colaborativo: de parejas y de grupo
Audiciones
Expresar opiniones
Lectura de textos
Re
curs
os
Pizarra
Ordenador y video proyector
Internet
Fichas fotocopiadas
Lector de CD
Eval
uac
ión
Observación directa
Participación
Tareas realizadas en clase
Auto evaluación
153
ACTIVIDADES DE CLASE
TAREA MOTIVADORA: ¿NO ME COBRAS EL CAFÉ?
DESTREZAS: comprensión auditiva
5 minutos
MODALIDADE: trabajo de gran grupo
Se proyecta la pregunta ¿No me cobras el café? Y se pregunta a los alumnos a que
creen ellos que ser refiere esta pregunta. El objetivo es que los alumnos hablen y
formulen hipótesis. A continuación se les explica a los alumnos que se trata de un
reportaje de TVE y se les propone que la escuchen.
Como tarea de pos audición se pregunta a los alumnos de que trata el reportaje. El
objetivo es que digan que se trata de un café en el que no se paga lo que se consume
sino el tiempo que se está en el café. La regla en este café es que cada una limpie lo que
ensucia ya que no hay camareros. Y luego se les pregunta a los alumnos si les gustaría
tener un café como aquello en Portugal. Una vez más el objetivo es que expresen sus
opiniones.
TAREA 1: EXPRESAR OPINIONES
DESTREZAS: expresión oral
5 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Se proyectan en la tela las estructuras usadas para expresar opiniones, se les da un
ejemplo a los alumnos del tipo de estructuras que se pretenden practicar y se les pide
que expresen sus opiniones, observando las fotos de dos personas famosas: Pablo
Alborán y Penélope Cruz.
154
Después que los alumnos hayan expresado sus opiniones oralmente, y como
ciertamente habrán dudas relativas a adjetivos para calificar el carácter, se les presenta
una nube de palabras que se pueden utilizar para caracterizar a las personas.
TAREA 2: DESCRIPCIÓN DE PERSONAS
DESTREZAS: expresión oral
20 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Después de observar algunos de los adjetivos que se usan con el verbo ser para
describir el carácter de una persona, se les propone a los alumnos que siguiendo las
pautas dadas describan a personas usando: las estructuras para expresar opinión, el
verbo ser y el adjetivo que les salga en suerte y que estará proyectado en la pizarra.
Primero se les da un ejemplo y a continuación se les pide que formen sus propias frases.
El objetivo es que arriesguen y que intenten hablar contrariando las resistencias que
habitualmente demuestran en la expresión oral.
A continuación se les pide que deduzcan para qué se utiliza el verbo ser juntamente con
adjetivos. El objetivo es que digan que se utiliza para describir el carácter de una
persona.
Para que vean que hay diferencias entre el verbo ser + adjetivo y el verbo estar +
adjetivo se les presenta a los alumnos una nube con algunos de los adjetivos que se
utilizan con el verbo estar. Se les pide que formen frases y que al final deduzcan la
regla de utilización del verbo estar + adjetivo. El objetivo es que refieran que se usa
para describir un estado de ánimo, un cambio en el carácter.
TAREA 3: LECTURA E INTERPRETACIÓN DE TEXTOS (P.52)
DESTREZAS: comprensión lectora y expresión escrita
25 minutos
MODALIDADE: trabajo individual y de parejas
155
A continuación se procede a la lectura de 3 textos, presentes en la página 52 del libro de
los estudiantes. Los alumnos leen en voz alta, de forma expresiva, a la vez. Después de
terminar la lectura, los alumnos identifican quién es la persona que habla en cada texto.
En parejas, hacen los ejercicios que se siguen, 2.1.1 y 2.1.2, para intentan describir
cuales son las características imprescindibles para ser un buen detective. Ponen sus
opiniones por escrito. Tendrán 5 minutos para hacerlo. Al final se hará una puesta en
común de lo que los estudiantes han escribido.
TAREA 4: ¡A DEBATIR!
DESTREZAS: todas
25 minutos
MODALIDADE: trabajo de grupo
Se divide la turma en dos grupos, A y B, y se pide a los miembros del grupo A que
defiendan que Jenifer Martínez es la candidata perfecta para ser la socia de Rosa
Arreglavidas; y el grupo B cree que debe ser Yaisa Álvarez. Los grupos tendrán que
explicar al grupo contrario sus argumentos e intentar convencerlos de que tienen razón.
Los alumnos enumerarán 5 características que consideran las fundamentales para que
su candidata sea la mejor para el cargo de detective privada. Para ayudarlos a
estructurar su presentación, se proyectan en la pizarra algunos tópicos para que el
debate ocurra de forma organizada. Los alumnos tendrán 10 minutos para escribir y
organizar sus ideas y luego se pasará al debate. La profesora será la moderadora del
debate. Cada grupo tendrá que hablar a la vez, que respectar su turno de habla y que
utilizar el tiempo de que dispone, 1 minuto en cada intervención, para expresar sus
argumentos.
156
TAREA DE RECURSO: REVISAR LOS USOS DE SER Y ESTAR
EN LOS TEXTOS
DESTREZAS: todas
10 minutos
MODALIDADE: trabajo de parejas
Una vez que la clase siempre empieza con cerca de 5-8 minutos de retraso, si aún hay
tiempo se hará el ejercicio 2.2 de la página 53. En este ejercicio los alumnos tendrán
que completar los espacios con informaciones del texto. Sirve para revisar los
diferentes usos de ser y estar. Se les da tiempo a los alumnos para que completen el
ejercicio y se hará la corrección haciendo una puesta en común. Para ello la profesora
va solicitando voluntarios para la corrección. Las respuestas serán proyectadas en la
pizarra a medida que se van corrigiendo.
157
Anexo 14.1: Informações e estratégias de aprendizagem para a unidade 5
Tarea final de la unidad 5: presentar a un poeta de España o
Hispanoamérica
Fecha de presentación: viernes, 7 de febrero de 2014
Tópicos para el trabajo:
Nombre y pseudónimo (si lo tiene) fecha y local de nacimiento
(y de fallecimiento); donde vivió
Características físicas
Características psicológicas
Curiosidades sobre el poeta
El poema más conocido de este(a) poeta
Buscad información en internet y organizadla.
No pongáis todo lo que aparece sobre el poeta que estáis trabajando. Hay
que seleccionar la información relevante de acuerdo con los tópicos
dados.
Formato de presentación: libre (puede ser en PowerPoint, en cartulina,
etc.)
Tiempo de presentación: 5 minutos
Para que el trabajo sea provechoso para todos es aconsejable:
Dividir tareas en el grupo
Hablar respetosamente para llegar a consenso
Ensayar la presentación para ganar seguridad
Que todos los elementos del grupo hablen a la vez
158
PowerPoint criado para esta aula
159
160
161
162
163
164
Anexo 14.2: Plano de aula 6 e materiais
PLAN DE CLASE | 6ª SESIÓN
Lecciones: 35/36 Duración: 90 minutos Fecha: viernes, 21 de febrero de
2014
CONTENIDOS: Unidad 6: ¡Viva la música!
Quiz musical sobre cantantes españoles de la actualidad.
Morfología y usos del futuro perfecto.
Audición, llenando los huecos e interpretación de la música “Qué será”, de Diego Torres.
Asigantura: Español A2/B1 Supervisora: Ana María Cea Álvarez
Grupo: 9º Orientadora: Susana Santos
Curso: 2013/2014 Professora estagiária: Rosa Antunes
UNIDAD DIDÁCTICA: ¡Viva la música!
TAREA FINAL: CREAR UN RAP
Art
icu
laci
ón
con
el
pro
yec
to d
e in
terv
enci
ón
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que
respondan a las tareas del mundo real.
Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de
la interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.
Ob
jeti
vos
Esp
ecíf
icos
Movilizar conocimientos previos sobre la cultura musical española de los alumnos
Utilizar la música española para ampliar la cultura musical de los estudiantes
Hacer hipótesis usando el futuro perfecto
Practicar expresiones para hacer conjeturas
Contrastar los usos del futuro perfecto, futuro imperfecto y condicional
Interpretar y completar una música
165
Des
trez
as
Comprensión auditiva (CA)
Comprensión lectora (CL)
Expresión/interacción oral (EO/IO)
Expresión escrita (EE)
Con
ten
idos
Fu
nci
on
ale
s
Expresar probabilidad en el presente, pasado y futuro
Lamentarse
Expresar extrañeza
Expresar preocupación
Tranquilizar a alguien
Léx
icos
Acciones habituales
Vocabulario sobre los concursos de televisión
Vocabulario referente a las estaciones del año
Gra
mati
cale
s
Morfología y uso del futuro perfecto
Contraste entre futuro perfecto, futuro imperfecto y condicional
Marcadores de probabilidad (a lo mejor, igual, seguro que…) + indicativo
Expresiones para lamentarse + condicional
Soci
ocu
ltu
ral
es
La música española actual: David Bisbal, Chenoa, Diego Torres, Pablo Alborán
Est
raté
gia
s Lluvia de ideas; Audición de textos
Deducción de reglas gramaticales
Expresión oral; Expresión escrita
Rec
urs
os
Pizarra
Ordenador y video proyector
Lector de CD
Internet
166
ACTIVIDADES DE CLASE
PRE TAREA: PRESENTACIÓN DE LA TAREA FINAL
DESTREZAS: expresión oral/comprensión lectora
5 minutos
MODALIDADE: individual
Después que los alumnos hayan registrado en sus cuadernos los contenidos para la
lección de hoy, la profesora les presenta la tarea final de la unidad 6: crear un rap.
Les da una hoja con las instrucciones para realizarla (anexo 1).
Esta tarea será para presentar en la próxima clase y tendrán que desarrollarla fuera del
aula.
TAREA 1: QUIZ MUSICAL
DESTREZAS: expresión/interacción oral
15 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
La profesora presenta a los alumnos, videos de algunos cantantes españoles de la
actualidad y antes de darles informaciones pregunta de forma direccionada quien son
las personas presentadas. Después para sistematizar se les enseña algunas
informaciones de los cantantes. Se presentan videos y no fotos para que los alumnos al
escuchar y ver los cantantes se queden curiosos para escuchar más la música española.
Evalu
aci
ón
Observación directa
Participación
Tareas realizadas en clase
Auto evaluación
167
TAREA 2: OBSERVA Y LEE
DESTREZAS: comprensión lectora 5
minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Los alumnos abren sus libros en la página 58 y leen los diálogos presentados de manera
expresiva. Después contestan las preguntas del ejercicio 1.1.1. y se corrigen oralmente.
Este ejercicio sirve de input para la introducción del futuro perfecto.
TAREA 3: EL FUTURO PERFECTO
DESTREZAS: expresión escrita y expresión oral 10
minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Los alumnos son invitados a rellenar el cuadro presentado en la página 59, que es sobre
la formación del futuro perfecto. A continuación completan más 2 ejercicios con las
formas del futuro perfecto. La corrección va siendo hecha mientras se hace el ejercicio.
La profesora dice a los alumnos que en la página 114 de su libro pueden leer más sobre
este tiempo verbal.
TAREA 4: FORMULAR HIPÓTESIS EN EL PASADO
DESTREZAS: expresión oral 10
minutos
MODALIDADE: trabajo de parejas
Se pide a los alumnos que en parejas lean las situaciones presentadas, en el ejercicio 1.3
de la página 60, y que creen una hipótesis para cada situación. Tienen 5 minutos para
168
hacerlo. Después la profesora lee, a la vez cada situación, y cada pareja pone en común
con los compañeros sus hipótesis relativas a la situación en análisis.
TAREA 5: AUDICIÓN DE UN DIÁLOGO
DESTREZAS: comprensión auditiva
10 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Los alumnos escuchan un diálogo (ejercicio 1.6) y marcan las opciones correctas sobre
lo que estuvieron escuchando. Si necesario, se escucha el diálogo dos veces. Al final se
corrige y se contesta a las preguntas presentadas en el ejercicio 1.6.1. Para sistematizar
los usos del futuro perfecto, se lee en el cuadro presentado que se usa el futuro perfecto
para hablar de una acción futura anterior a un momento también futuro.
TAREA 6: QUÉ SERÁ, SERÁ
DESTREZAS: expresión escrita
15 minutos
MODALIDADE: trabajo de parejas
Los alumnos leen juntamente con la profesora el ejercicio 2 de la página 61. Aquí se
recuerda a los alumnos que el futuro imperfecto se usa para hablar de cosas del presente
o del futuro de las que no estamos seguros.
En parejas, los alumnos hacen conjeturas sobre cómo será un día en la vida de David
Bisbal y Chenoa, usando el futuro imperfecto. Tienen 10 minutos para escribir y
después leen en voz alta sus hipótesis.
169
TAREA 7: AUDICIÓN DE UNA CANCIÓN
DESTREZAS: comprensión auditiva
15 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Se dice a los alumnos que van a escuchar una canción de Diego Torres y se les pregunta
si lo conocen. Se les presenta una breve biografía del cantante.
A continuación los alumnos visualizan el videoclip de la canción Qué será del cantante
Diego Torres.
Después son invitados a abrir sus libros en la página 62 y a rellenar los huecos de la
canción mientras la escuchan de nuevo.
Si necesario se hará una nueva audición para que puedan cubrir todos los espacios.
Se corrige oralmente, cada alumno a la vez, y por escrito proyectando las respuestas en
la tela para que puedan comprobar la grafía correcta de cada palabra.
Para terminar, se hará la explotación de la canción oralmente. La profesora hará a los
alumnos algunas preguntas, como las presentadas a continuación:
¿Por qué crees que el chico se va del pueblo?
¿Adónde crees que irá y que hará?
170
Unidad 6: ¡Viva la música!
Tarea final:
CREAR UN RAP PARA PRESENTAR EN UN
CASTING
Escoged un grupo con quien trabajar
Imaginad que vuestro sueño es ser cantantes y vais a presentaros a
un casting en el que van a escoger el mejor rap para un concurso de
televisión
PARA CREAR VUESTRO RAP:
Imaginad como será vuestra vida dentro de diez años
Usad el futuro perfecto para hacer las suposiciones
Escribid 4 cuadras (como mínimo) y un estribillo para vuestro rap
Sed creativos
Tendréis que trabajar extra clase
Grabad vuestro rap en video para presentarlo en la próxima clase
No os olvidéis que cada alumno deberá tener el mismo tiempo de
habla
Podéis usar una base musical (sin letra) para vuestro rap
Si tenéis dudas podéis mandarme un correo
Se harán votaciones al final para elegir el mejor rap
HABRÁ UN REGALO SORPRESA PARA EL MEJOR RAP
171
PowerPoint criado para esta aula
172
173
174
Anexo 14.3: Plano de aula 10 e materiais
PLAN DE CLASE | 10ª SESIÓN
Lecciones: 43/44 Duración: 90 minutos Fecha: viernes, 2 de mayo de 2014
CONTENIDOS:
Presentación de la tarea final de la unidad 7.
Unidad 8 “Los simios dominarán la Tierra”.
Ficha de trabajo sobre el cine español.
Asignatura: Español A2/B1 Supervisora: Ana María Cea Álvarez
Grupo: 9º Orientadora: Susana Santos
Curso: 2013/2014 Professora estagiária: Rosa Antunes
UNIDAD DIDÁCTICA: El cine: “los simios dominarán la tierra”
TAREA FINAL: tertulia sobre cine
Art
icu
laci
ón
con
el
pro
yec
to d
e
inte
rven
ción
Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que
respondan a las tareas del mundo real.
Desarrollar estrategias que potencien un mejor uso la oralidad
Ob
jeti
vos
Esp
ecíf
icos
Realizar tareas posibilitadoras de la tarea final a través de una ficha de trabajo
Promover el espirito crítico
Promover el uso del Español para expresarse en clase
Trabajar implícita y explícitamente estrategias de aprendizaje
Des
trez
as
Comprensión auditiva (CA)
Comprensión lectora (CL)
Expresión/interacción oral (EO/IO)
Expresión escrita (EE)
175
Con
ten
idos
Fu
nci
on
ale
s Hacer la valoración de películas (entretenida, aburrida, interesante,
recomendable…)
Hablar del argumento de películas
Hablar de gustos y preferencias cinematográficos
Léx
icos
Relacionado con cine (butaca, cartel, palomitas, película, taquilla, entrada,…)
Géneros de películas (comedia, drama, de acción, de guerra, musical, tragedia,
documental)
Profesiones relacionadas con el cine (director, guionista, actor, compositor)
Gra
mati
cale
s
Adjetivos
Las expresiones idiomáticas
Marcadores de probabilidad + indicativo /subjuntivo
Soci
ocu
ltu
rale
s
El cine español
Los actores españoles
Los realizadores españoles
Act
ivid
ad
es
Ficha de trabajo de preparación para la tarea final
Visualización de videos
Lectura de textos
Movilización de conocimientos previos
Ejercicios de ampliación de vocabulario
Rec
urs
os
Pizarra/Tela
Ordenador y video proyector
Lector de CD
Internet
176
ACTIVIDADES DE CLASE
TAREA 1: PRESENTACIÓN DE LA TAREA FINAL DE LA
UNIDAD ANTERIOR
DESTREZAS: expresión oral
35 minutos
MODALIDADE: trabajo de grupo
TIPO DE ESTRATEGIAS
UTILIZADAS:
CICLO EN EL QUE SE
ENCUENTRA CADA
ESTRATEGIA:
FORMA DE PRESENTACIÓN DE
LA ESTRATEGIA:
Afectivas: no tener miedo de
arriesgarse a hablar en público
Práctica libre Implícita
Los alumnos empiezan por registrar los contenidos previstos para esta clase en sus
cuadernos. Después que lo hayan hecho se seguirá un breve diálogo sobre la visita de
estudio que han hecho a España y sobre las últimas reflexiones que hicieron en el diario
de aprendizaje.
A continuación se pasará a la presentación de la tarea final de la unidad anterior.
Después que cada grupo haya presentado se les preguntará cuales las principales
dificultades sentidas en la elaboración y en la presentación del trabajo y cuales los
logros que han sacado de este trabajo. Al final de que todos hayan presentado sus
Evalu
aci
ón
Observación directa
Participación
Tareas realizadas en clase
Auto evaluación
177
trabajos se les pide que rellenen una ficha de autoevaluación (anexo 1) sobre el trabajo
realizado en la que se les pide que reflexionen sobre las estrategias que han utilizado y
sobre su implicación en el trabajo de grupo. Los alumnos tendrán 5 minutos para
hacerlo. Al final se hará una puesta en común de las estrategias más utilizadas.
TAREA 2: PRESENTACIÓN DE LA UNIDAD 8 Y SU TAREA
FINAL
DESTREZAS: comprensión lectora
10 minutos
MODALIDADE: trabajo de grupo
Se presentarán a los alumnos los contenidos de la unidad 8. Se les dirá que irán hablar
de cine y se les entregará la ficha con las informaciones para la tarea final de esta
unidad (anexo 2). La ficha será leída en conjunto para que puedan aclararse eventuales
dudas.
TAREA 3: ¿SABES LO QUE SIGNIFICA? (tarea 1 de la ficha)
DESTREZAS: comprensión escrita
5 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Se pide a los alumnos que relacionen las imágenes presentadas con las palabras dadas.
El objetivo es que los alumnos aumenten o revisen su vocabulario relacionado con el
cine. Se trata de imágenes relacionadas con el campo semántico de cine.
178
TAREA 4: Quiz sobre el cine español (tarea 2 de la ficha)
DESTREZAS: Expresión escrita y oral
15 minutos
MODALIDADE: trabajo de parejas
TIPO DE ESTRATEGIAS UTILIZADAS:
CICLO EN EL QUE SE
ENCUENTRA CADA
ESTRATEGIA:
FORMA DE
PRESENTACIÓN DE LA
ESTRATEGIA:
Compensatorias: ultrapasar limitaciones
en la oralidad usando el circunloquio o
sinónimos
Práctica libre Explícita
Para empezar este apartado de la ficha de trabajo se pregunta a los alumnos si conocen
la expresión ser algo… de película. Se les explica que es una expresión que se utiliza
cuando algo es fantástico, fuera de lo normal, extraordinario, increíble. Se les pregunta
si conocen otras expresiones idiomáticas y se registran en sus cuadernos las que sepan o
se les dirán algunas clarificando su significado.
A continuación se presentan a los alumnos un conjunto de cuestiones sobre el cine
español y se les pide que, en parejas, contesten en sus cuadernos. Se da una valoración
de 5 puntos a cada respuesta correcta para que los alumnos se sientan más motivados a
participar. La corrección se hará oralmente y las respuestas también se proyectarán en
la tela para que los alumnos puedan comprobar su correcta grafía.
TAREA 5: VISIONADO DE TRÁILERES (TAREA 3 DE LA FICHA)
DESTREZAS: comprensión auditiva
15 minutos
MODALIDADE: trabajo de parejas
179
Se presentan a los alumnos 3 tráileres de 3 películas españolas. Se presenta cada
película a la vez y se les da tiempo al final de cada una para que rellenen un cuadro con
información sobre el título, el director y se les pide que imaginen el argumento. Al final
se corrigen oralmente las respuestas y se proyecta el argumento de cada una de las
películas para que los alumnos comprueben si sus hipótesis coinciden con el argumento
“oficial” del filme. No se trata de ver si son correctas o erradas. Se trata de comparar la
versión oficial del director con la versión que los alumnos imaginaron.
TAREA 6: CALIFICACIÓN DE PELÍCULAS
DESTREZAS: expresión escrita/oral
10 minutos
MODALIDADE: trabajo individual
Dándoles a los alumnos unas pautas para valorar las películas, se les pide que valoren
los tráileres que han visto y que los clasifiquen de acuerdo con las calificaciones
presentadas. El objetivo de esta actividad es que los alumnos adquieran vocabulario
para calificar películas que les será muy útil para la tarea final.
180
Anexo 14.3.1: Estratégias para realização e apresentação do trabalho
181
Ficha de trabalho criada para esta aula:
182
183
184
185
Anexo 15: Respostas dos alunos à última pergunta do questionário final
186
187