Download - o medo e a esperança
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACIÊNCIAS ECONÔMICAS - CCSH
CIÊNCIA POLÍTICA- ISP1067
HOBBES: O MEDO E A ESPERANÇA*
*(Capítulo III do livro: Os clássicos da política, vol. I, org. Francisco C. Weffort, Ed. Ática, 1989, 54-77)
Apresentando
Carine VieiraFernanda MoroMichele Soares
Morgana SavegnagoTatiane Pelegrini
Introdução
Aqui tenta-se fazer uma releitura e uma análise do pensamento do matemático, filósofo e teórico político inglês Thomas
Hobbes sobre sua concepção de origem do Estado, da natureza do homem, dos seus
direitos, liberdade e submissão.
Thomas Hobbes• Escola/tradição: Cartesianismo, Mecanicismo,Nominalismo• Principais interesses: Política, Direito, Filosofia política, Ciência política, Teoria do conhecimento• Idéias notáveis: Estado de natureza, Contrato social, Soberania, Bellum omnia omnes• Influências: Galileu Galilei, Descartes,Francis Bacon, Tácito,Aristóteles, Maquiavel• Influenciados: John Locke, Spinoza,Montesquieu, Jean Jacques Rousseau, Durkheim,Nietzsche
O contrato de Hobbes
Ex.: Sir Henry Maine (jurista e historiador)Contrato só é possível quando há experiências
e noções“Selvagens” (ignorantes juridica e socialmente)
não poderiam fazer contratos
Teoria criticada por muitos naquele século (XIX)
O Estado se originou em um ContratoPacto para relações sociais e políticas
Hobbes fala sobre o Estado de natureza
Contratualista
A guerra se generaliza O homem natural não é um selvagem, é o
mesmo que vive em sociedades;
A natureza do homem não muda conforme o tempo, ou história ou a vida social;
Não existe a história entendida como transformando os homens, estes não mudam.
Como o homem é, naturalmente?
Os homens são “tão iguais que...’’ nenhum pode triunfar de maneira total sobre o outro;
Partindo de suposições mútuas, o mais razoável para cada um é atacar o outro, evitando um ataque possível – guerra generalizada;
Para que a guerra não se torne a atitude mais racional, surge o Estado reprimindo e controlando os homens.
Na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia:
Competição: Leva os homens a atacar os outros tendo em vista o lucro;
Desconfiança: Se utilizam de força para defender-se;
Glória: Tem em vista ninharias, como uma palavra, um sorriso, em busca de reputação.
Quando os homens vivem sem um poder comum estão em estado de guerra, que é de todos os homens contra todos os homens. A natureza da guerra não consiste apenas no ato de lutar, mas sim na conhecida disposição para tal;
A política só será uma ciência se soubermos como o homem é de fato; só com a ciência política será possível construirmos Estados que se sustentem e instituam leis proibindo desejos e paixões ilícitas.
“Conhece-te a ti mesmo”
[...]Mas há um outro ditado que ultimamente não tem sido compreendido, graças ao qual os homens poderiam realmente aprender a ler-se uns aos outros, se se dessem ao trabalho de fazê-lo: isto é, Nosce te ipsum, "Lê-te a ti mesmo".[...]
“ Direito de natureza”jus naturale
[...]é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.”
Como pôr termo a esse conflito?
• O indivíduo hobbesiano não almeja tanto os bens, mas a honra – busca da glória;
• Homem não é homo oeconomicus;
• Homem vive de imaginação (honra/glória fantasiosa).
Lei de natureza“É um preceito ou regra geral, que proíbe ao homem
fazer tudo que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la[...]
O direito consiste na liberdade de fazer ou omitir, ao passo que a lei determina ou obriga uma dessas duas coisas;
As leis da natureza são contrárias as nossas paixões naturais que nos fazem tender à parcialidade, portanto se não for instituído um poder grande para nossa segurança cada um confiará em sua própria força e capacidade.
Estado dá condição ao homem
Fundamentos jurídicos
LEI DE NATUREZADeterminar ou obrigar
a fazer ou omitir
DIREITO DE NATUREZALiberdade de fazer ou
omitir
O poder do Estado
Deve ser pleno e soberano; É condição para a existência da sociedade; Deve ter um representante do povo com toda
força e poder absoluto que una a multidão (súditos) em uma só pessoa: Soberano;
Fusão entre o contrato de associação (pelo qual se forma a sociedade) do contrato de submissão ( que institui um poder político, firmado entre a sociedade e o príncipe).
Direitos e faculdades: 1º Conforme pactuam não se encontram obrigados
por pactos anteriores contraditórios; 2º Não pode haver quebra do pacto por parte do
soberano nem dos súditos; 3º Se a maioria escolher um soberano, os que
tiverem discordado devem consentir; 4º O súdito é autor de todos os atos e decisões do
soberano instituído; 5º Aquele que detém o poder soberano não pode ser
morto nem punido.
Igualdade e Liberdade
IGUALDADE: Dois homens podem querer a mesma coisa COMPETIÇÃO
LIBERDADE: A simples ausência de oposição
Dando poderes ao soberano a fim de insataurar a paz o homem abriu mão de seus direitos para proteger a sua própria vida.
Liberdade ao homem?
• Com “contrato”, renuncia-se o direito de natureza (liberdade de fazer ou omitir);
• Soberano Instaura paz para o indivíduo Obediência
• Soberano não cumprir indivíduo não deve obediência
LIBERDADE AO HOMEM(súdito)
O Estado, o medo e a propriedade
O indivíduo conserva um direito à vida.
O estado é marcado pelo medo, o soberano governa pelo temor que infringe a a seus súditos.
O terror existe no estado da natureza, já o poder soberano apenas mantém os súditos temerosos.
A propriedade que um súdito que um súdito tem em suas terras consiste no direito de excluir todos os outros súditos do uso dessas terras, mas não de excluir o soberano.
Na distribuição de terras o próprio estado pode ter uma porção
SOBERANO: Decide a distribuição das terras, lugares, mercadorias e súditos que podem manter o tráfico e determinar de que maneira devem fazer-se entre os súditos todas as espécies de contrato.
Um pensador maldito
Hobbes apresenta um Estado monstruoso e o homem como belicoso, pois subordina a religião ao poder político e nega o direito à propriedade;
Ele considera suas obras como um manual para o Estado;
CIÊNCIA: - Só podemos conhecer o que
“inventamos” (teorizamos). - Então, se existe Estado, alguém
(homem) o criou;
CONTRATO: Condição da vida em sociedade - O homem define sua condição;
- O homem conhece sua condição e os meios de conquistar paz.
Bibliografia
• Weffort, Francisco. Os clássicos da política, vol. I, org., Ed. Ática, 1989, 54-77);
• Wikipedia, A Enciclopedia Livre. Disponível em< http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes>
Acesso, 04:25, 04/09/2010• Banco de dados de Google Livros. The elements of
Law, Natural and Politic. Disponível em < http://scholar.google.com.br/> Traduzido automaticamente por < http://translate.google.com.br>