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PORTE PAGO

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Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

Quarta feira • 12 de Novembro de 2003 • Ano 86 • N.º 8255 – 0,50 €

Hoje

Exposição de pinturaNa Galeria Almedina, em Coimbra,encontra-se patente ao público, atéao dia 30, a exposição de pintura“Muitas vidas, muitas cores”, deAnunciação Matos, natural deAngola e a residir em Portugaldesde 1976. Os tons africanos, asformas puras e as cores tropicaistransparecem nesta exposição, quepode ser visitada de terça a sextafeira, entre as 10 e as 18 horas, e aosfins de semana entre as 10 e as 13 eas 14 e as 18 horas.

Arte e pinturaNa Junta de Freguesia de S.Martinho do Bispo encontra-sepatente ao público, até sexta feira,uma exposição de pintura e artesdecorativas, que reúne trabalhos deLeonor Brites, Linda Brites, IsidroMatias, Tó Mané, RamiroRodrigues, João André Pratas,Paulo Gaspar, Fernando Rigueiro,Sandra Fontes e Florista Cati. Estaexposição conta com o apoio daComissão Pró-Desporto e Cultura daPóvoa.

“Prevenir é intervir”No auditório da BibliotecaMunicipal da Lousã decorre hoje, apartir das 10 horas, o encontro“Prevenir é intervir”. Durante esteencontro vão ser apresentados osprojectos integrados no II PlanoMunicipal de Prevenção Primáriadas Toxicodependências da Lousã.Este encontro é promovido pelaCâmara Municipal da Lousã, emcolaboração com o Instituto daDroga e da Toxicodependência.

Amanhã

Visita ao EstádioA Associação Académica deCoimbra promove amanhã, pelas 12horas, uma visita ao Estádio Cidadede Coimbra a um grupo de jovens daARCIL (Associação para aRecuperação de CidadãosInadaptados da Lousã). Esta visitaintegra-se na política que a AACtem vindo a desenvolver. A AAC vaiassinar também com a ARCIL umprotocolo que permita o acesso emjogos a disputar pela Académica noEstádio Cidade de Coimbra autentes desta instituição.

“A divina música”Na Igreja de Santa Cruz, emCoimbra, realiza-se amanhã, pelas21.30 horas, uma conferênciailustrada dedicada à música deCoimbra dos séculos XVI-XVII,intitulada “Coimbra: a divinamúsica”. Esta conferência vai serministrada pelo coordenador doprojecto, José Maria PedrosaCardoso, com a participação devários grupos corais e instrumentais.O objectivo desta conferência/concerto é proporcionar ao públicoa apreciação da músicaquinhentista de Coimbra.

Pintura portuguesaNo Edifício do Chiado – Galeria deExposições Temporárias, emCoimbra, vai ser inauguradaamanhã, pelas 18 horas, a 5.ªexposição do ciclo de PinturaPortuguesa Contemporânea nasColecções Particulares de Coimbra.

Workshop de poesiaContinua amanhã o programa do IWorkshop de Música de Coimbra,com a realização, amanhã e sexta,às 21 horas, na sala de conferênciasda Associação Académica deCoimbra, do workshop de poesia.Este encontro reúne autores dapoesia e composição de música deCoimbra.

Fundação Bissaya Barreto criaCentro de Biologia Experimental

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Montemor dá mais vidaà população idosa

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Cadeados voltam a fecharUniversidade dias 19 e 20

Académica surpreende Marítimoe conquista três pontos na Madeira

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artes & artistas

Manuel Bontempo

opinião 2

asco Berardo na Minerva

VENDE-SE, VIVENDAna Encosta da Quinta

da Romeira4 suites; 3 salões; solário; 2 cozinhas,sendo uma rústica; 7 casas de banho.Piscina com telheiro de apoio. ArCondicionado e Aquecimento Central.Jardins c/ sistema de rega automática.

Contacto: Tlm. 962 542 078Tel. 239 963 851

BI-SEMANÁRIO(Sai às quartas e sextas feiras)

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Composição, Montagem eImpressão nas Oficinas

Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês de

Outubro 30.000 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Cap. Social: 7.481,97 EurosGerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

Novos Concelhos– Que Critérios?Florindo Pinto

A iniciativa foi assumidapelo Movimento Rio Tintoa Concelho, e na tardede sábado, dia 25 de Outubro,no Auditório do CentroCultural, daquela cidade,o tema foi profundoe seriamente dissecado,tendo como oradoro dr. Pedro Baptista,ex-deputado, cronista e escritor.

Na sua intervenção de cerca demeia hora, demonstrando um conhe-cimento profundo da matéria, PedroBaptista, foi trazendo a público o seumuito saber, a sua experiência adqui-rida como autarca, político assumidonas fileiras de um Partido político ecomo membro da Assembleia daRepública explanou, para discussãoalargada, as razões do “entrave” nacriação de novos Municípios que setem verificado ao longo de décadas eque, por muitos têm sido usadas comoo sustentáculo de certos “pontos devista” esgrimidos por políticos e go-vernantes.

A criação de novos municípiosé uma realidade a acontecer a curtoprazo, assim se referiu um dos inter-venientes no debate. Como e quandofoi a interrogação a que os presentesnão podiam, nem deram resposta.

Mas, e porque a questão tem-poral estava abordada, logo houvequem lembrasse a sugestão do maisalto Magistrado da Nação e, confian-te, adiantou que o anunciadoLivro Branco iria começar a “serescrito”.

E porque o tema “Que Critérios”era a razão de ali se estar, sempre queum ou outro interveniente referen-ciava os motivos que foram, emalguns casos, a razão primeira para osurgir dos Movimentos autonomistas,

logo a questão era “desviada”, porque“o passado é coisa que já deu” e alio futuro era e é a questão a debater.

E o futuro prevê-se, sonha-se,imagina-se e constrói-se. Aqui entron-ca então uma outra questão até entãoesquecida: Novos concelhos - queestratégias?

Foi a oportunidade para, emmomento certo, se falar da PRO-MUNICIPALIS, uma Associação quese rege pelo princípio “CidadeJustifica Câmara”, e que em outrostempos desempenhou um papelpreponderante na defesa dos seusprincípios e que terá contribuído, deforma clara e decisiva, para a criaçãode três concelhos.

Razões de estratégia, ou umcerto comodismo, levaram a Asso-ciação, a um estado de adormecidamas, que agora irá ressurgir pujante,activa, e interveniente tal é a con-vicção das pessoas que assistiram aodebate.

Assim esperamos e lá estaremosa dar o nosso contributo no reorga-nizar de uma força que, em Dezembrode 1996, para nós representava osanseios de milhares de cidadãos.

Aquando da assinatura da escri-tura notarial, que se efectuou emEsmoriz, no Salão Nobre dos Bom-beiros, na nossa intervenção, apon-tamos aquilo que, ao tempo, comoelemento da direcção era o caminhoa percorrer, “uma Associação que querganhar os desafios do futuro, tem dese assumir, tomado posição compostura séria, dignidade, preen-chendo o tal espaço que se encontravazio, na defesa dos justos anseiosdas cidades que continuam sem oestatuto de sede de concelho”.

Os tempos são outros, maiscidades surgiram, e a Associação queantes integrava mais de meio milhãode pessoas, agora mais que duplicoue essa realidade, aparentemente insi-gnificante, pode, a curto prazo,transformar-se em uma questão de-masiado séria para ser enfrentada deânimo leve pelos grupos partidáriosexistentes.

É que a criação de um novo Par-tido foi, mais uma vez, hipótese co-locada na mesa e se em 1997 foirecusada, curiosamente para respeitaralguns deputados que com os váriosMovimentos estavam apalavrados”,desta feita saímos da reunião com aquase certeza de que “agora vaimesmo ser”.

Os defensores desse projectoreferem vantagens sem conta nosprocessos de candidatura às eleiçõesautárquicas e não excluem a possi-bilidade de se estar presente emmomentos que podem permitir o abrirde certas portas em Lisboa.

Em Rio Tinto, na tarde de sába-do, dia 25, aconteceu reunião, trocade ideias e o partilhar de conhe-cimentos e experiências. Em outrascidades, periodicamente e comassiduidade, porque o tempo urge,o Esmoriz - Movimento Autonómi-co estará presente e assumirá assuas responsabilidades na procurade melhores dias para a comunida-de.

VARA MISTAE JUÍZOS CRIMINAIS

DE COIMBRA2.ª SEC. - VARA MISTA

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 348/2002Execução OrdináriaN/Referência: 445976Data: 28-10-2003Exequente: Crédito Predial Por-

tuguês, SA e outro(s)...

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidos quegozem de garantia real sobre os benspenhorados aos executados abaixoindicados, para reclamarem o pagamentodos respectivos créditos pelo produto detais bens, no prazo de 15 dias, findo odos éditos, que se começará a contar dasegunda e última publicação do presenteanúncio.

Bens penhorados:TIPO DE BEM: ImóvelART. MATRICIAL: 487, Coimbra -

Conservatória do Registo PredialDESCRIÇÃO: Casa de habitação, de

rés-do-chão, área coberta, 49 m2; de-pendências, 10 m2, logradouro, 91 m2;descrito na Conservatória do RegistoPredial de Coimbra sob o n.º 690/19960710

PENHORADO EM: 22-01-200309:00:00 A EXECUTADO: Virgílio CorreiaMar-tinho, estado civil: Casado, Iden-tificação fiscal: 146448332, BI: 4245860,Ende-reço: Rua S. Miguel, 87, Ribeira deFrades, 3000 Coimbra

EXECUTADO: Maria do Rosário Mar-ceneiro de Melo Martinho, estado civil:Casada, Identificação fiscal: 173778550,BI: 4314067, Endereço: Rua S. Miguel, 87,Ribeira de Frades, 3000 Coimbra

FIEL DEPOSITÁRIO: Paulo Jorge Cor-tez de Almeida, Endereço: Rua do Brasil,338 A, 3030 Coimbra

TIPO DE BEM: ImóvelART. MATRICIAL: 679DESCRIÇÃO: Casa de Habitação,

rés-do-chão, 1.º andar e sótão, área co-berta, 80 m2; logradouro 50 m2, descritona Conservatória do Registo Predial deCoimbra sob o n.° 690/19960710.

PENHORADO EM: 22-01-200309:00:00 A EXECUTADO: Virgílio CorreiaMar-tinho, estado civil: Casado, Identi-ficação fiscal: 146448332, BI: 4245860,Ende-reço: Rua S. Miguel, 87, Ribeira deFrades, 3000 Coimbra

EXECUTADO: Maria do RosárioMarceneiro de Melo Martinho, estado civil:Casada, Identificação fiscal: 173778550,BI: 4314067, Endereço: Rua S. Miguel, 87,Ribeira de Frades, 3000 Coimbra

FIEL DEPOSITÁRIO: Paulo JorgeCortez de Almeida, Endereço: Rua doBrasil, 338 A, 3030 Coimbra

Juiz de Direito,Cecília Agante

O Oficial de Justiça,Ana Ferreira

“O Despertar”, N.º 8255, 03/11/12

Multifacetado e surpreendente esteartista de Coimbra tem no desenho umagrande preocupação que se ajusta aespaços, temas, formas e conteúdos enum ou noutro quadro decorre sober-bamente sobre a vida, como fosse ummago na execução de mudanças, dediferenças aparentes, de escolas que seajustam e se desenvolvem a bem dizerem “modelos” a partir do vestuário edo estilo do escultor-pintor, do peda-gogo, do interessado pela cultura local,esta Coimbra que traz no espírito, e estaexposição na Minerva inclui “mo-mentos” que parecem novíssimaslitografias impressionantes do criadore que ilustram a “luta constante no trilhoda originalidade”.

Com a desvalorização da arte emsentido largo, uma espécie de“paripassu”, dos ignorantes quepasseiam com desfaçatez na seara dasletras e das artes, é consolador ver umapersonalidade afectiva, que recria o seumundo, no mundo extenso em quevivemos, elevando a pintura ou aescultura, o desenho e a actividademultivária, ao cimo da montanha.

Vasco Berardo é um artista ful-gurante. Pensa. Equaciona. Tem oconvívio com a cultura. Equipara-se porvezes a uma literatura hierarquizada.Não faz desmandos com a arte. Ensina.E tantas vezes zurze com os zoilos.

Homem de pensamento. Intros-pectivo, por vezes, expressa-se singu-larmente na arte e na palavra.

Surge, ao invés de outros, nas nos-sas galerias embora com prejuízo dasencomendas de painéis, esculturas,cerâmica, estudos, e não leva uma vidamascarada na pseudo-arte, dos quefingem que pintam, que desenham, queescrevem, encostados às pretensasentidades públicas ou administrativas,esses e essas que se deixam arrastar porlouros fáceis...

Da estirpe de Francisco Relógio,de Bual, de Almada Negreiros, JúlioResende, Guimarães, Dórdio o com-panheiro amantíssimo da grandeNatália Correia, Vasco Berardo con-funde-se com a nossa história de arte,

a indígena e a nacional.Os seus painéis, os murais, me-

receram os maiores elogios comotestemunho público.

É também de vez em vez bom fazer“história” sobre os nossos artistas.

E Vasco Berardo que vive váriosmovimentos nas artes-plásticas, comouma espécie de entidade rara, há muitoque galgou o regional para se estenderpor todo o lado, sem desvios ego-cêntricos mas onde o instinto e oestudo, fundamentam as suas teorias.

E as suas teorias são o impulsocomo facto fundamental da psicologiada criação, ou seja, o significado doinstinto criador, tal como se fosse umcientista na abertura de mais vida parao espírito. Aqui o instinto não tem aconcepção de Freud. Mas sim aretratação dum visionário que plasmanas telas imagens de beleza trans-figurada...

Apetece-nos escrever assim antesde fazermos uma nota crítica a estamagnífica exposição bem concorridaou não se tratasse de um dos maioresnomes da pintura de Coimbra e dosmais ilustres do país.

Nos seus desenhos há umacornucópia fantástica da sua veiadiversificada em imagens querepresenta uma rara simbologia sexualtão necessária oara se criar sem entraves,e onde uma determinada crítica social,aparece, não raro, sem o pansexualismofreudiano como tudo na vida fossenatural para este filósofo da forma e doconteúdo.

É com mais vagar que voltaremosa este insigne artista de abundantebibliografia e que os “enteados” dacidade não querem ver ou os oficiaisdo mesmo ofício.

O artista move-se na chamadaestética do pensamento e da emoçãonascida da contemplação do objecto,da figura, do mundo.

Sempre que surge no povoadodepois da alguma recolhimento é festapara os nossos sentidos.

Devemos concretizar a análisedesta grande exposição do mestre VascoBerardo, assim que o tempo e a doença,nos deixarem.

Vale a pena!

SEGUNDO CARTÓRIO NOTARIAL DE COIMBRACertifico para efeitos de publicação

que por escritura de quatro de Novembro dedois mil e três, exarada a folhas cinquenta eseis do livro de notas para escriturasdiversas número SETECENTOS E SETENTAE QUATRO - B, deste cartório a cargo daNotária Maria Lucília Ferreira Antunes Martinso senhor:

FERNANDO MAIA DE CASTRO,casado com Maria de Lurdes FernandesMaia no regime da comunhão de adquiridos,natural da freguesia de Lamarosa, concelhode Coimbra, onde reside no lugar de Casaldas Figueiras na Rua Casal do BomDespacho, número dez, contribuinte fiscalnúmero 152.621.032, disse que é possuidor,com exclusão de outrém, dos seguintesbens, sitos na freguesia de Lamarosa,concelho de Coimbra:

1) - Prédio urbano, composto de casade habitação com área coberta de vinte ecinco metros quadrados, dependência comvinte metros quadrados e páteo com trintametros quadrados, sito em Casal Bom Des-pacho, a confrontar do norte com serventia,do sul e nascente com Manuel Gaspar Matiase do poente com Manuel Maia, inscrito na

res-pectiva matriz sob o artigo 338, com ovalor patrimonial de 14,97 euros; e

2) - Prédio rústico, composto de terrade cultura, com a área de cento e vinte metrosquadrados, sito em Casal das Figueiras, aconfrontar do norte com casa do mesmo, dosul com caminho, do nascente com Josédos Santos e do poente com José Pascoal,inscrito na respectiva matriz sob artigo 2965,com o valor patrimonial de 0,84 euros.

Mais disse que os referidos imóveisnão se encontram descritos na Conserva-tória do Registo Predial de Coimbra, conformecertidão lá passada que arquivo, e que osmesmos vieram à sua posse, o prédiourbano, por doação ainda no estado desolteiro, de seus avós José da Costa e MariaAmélia de Jesus Pastora, residentes queforam no mencionado lugar de Casal BomDespacho, freguesia de Lamarosa, con-celho de Coimbra, ocorrida no ano de milnovecentos e sessenta e sete, e inscrito narespectiva matriz em nome daquele José daCosta; o prédio rústico, por compra ainda noestado de solteiro, feita a Alberto CastroSantana, solteiro, maior, em nome de quemse encontra inscrito na matriz, residente que

foi no mencionado lugar de Casal dasFigueiras, freguesia referida de Lamarosa,ocorrida no ano de mil novecentos e oitenta.

Todavia, possui-os, como se vê, hámais de vinte anos e, tal posse, sempre foiexercida de forma pública, pacífica e seminterrupção, tal como se correspondesseao exercício do direito de propriedade, porisso conservando e restaurando o prédiourbano, cultivando o rústico e levando a caboa sua limpeza, pagando as devidas con-tribuições ao longo de todos esses anos.

Por tal motivo, perante a inexistênciado título de aquisição, alega o justificante teradquirido os referidos imóveis por um outromodo de adquirir, a usucapião, insusceptível,porém, de comprovar pelos meios extraju-diciais normais.

Conferida está conforme.Segundo Cartório Notarial de Coimbra,

04 de Novembro de dois mil e três.

O Ajudante,Assinatura Ilegível

“O Despertar”, N.º 8255, 03/11/12

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coimbra 3

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Deficientes com acesso facilitado

Edifício do IPJ vai ser remodeladoO edifício do InstitutoPortuguês da Juventude(IPJ) vai ser remodelado. Aintervenção, numa primeirafase, vai decorrer apenas nopiso da entrada, mas oobjectivo é modernizar todoespaço, de forma a tornareste espaço mais acessível eatractivo a todos.

Esta remodelação foi anunciadapelo delegado regional do IPJ, CarlosFerreira, que na quinta feira apre-sentou à imprensa um balanço dosseus primeiros seis meses de activi-dade à frente do IPJ.

A primeira fase das obras vai serconsignada hoje e a segunda deveráarrancar no início do próximo ano.Carlos Ferreira lembrou que o edifíciose encontrava bastante degradado, daíque, depois de algumas reuniões coma Comissão Executiva do IPJ, tenhasido possível inserir no PIDDAC de2003 uma verba para a realização dasprimeiras obras, bem como um valormais substancial para o próximo ano.

De acordo com o projecto, estaobra deve permitir, depois de con-cluída, um melhor e mais fácil acessodos cidadãos portadores de deficiên-cia a todos os pisos do edifício.

Segundo Carlos Ferreira vão sergastos cerca de 400 mil euros (80 milcontos) nesta obra que deverá estarconcluída em meados do próximoano e que deve dotar o edifício demelhores condições para receber osjovens.

Durante a conferência de im-prensa, Carlos Ferreira referiu aindaque este ano o orçamento global émais reduzido que no ano transacto,em parte devido à situação económicado país e, por outro lado, devido àgrande quebra nas receitas do jogo,principalmente da raspadinha, que eraum dos grandes pilares financeiros dainstituição.

Apoio às instituiçõesCarlos Ferreira referiu também que, anível do apoio ao associativismo ju-venil, o distrito se tornou mais forte eque o número de associações nodistrito subiu, de Abril até agora, de151 para 167, estando mais algumasem “fase de constituição”.

Realçou também que todas as110 associações juvenis que secandidataram este ano receberamapoios, num total de 198 mil euros.As ajudas financeiras do IPJ estende-ram-se também às associações deestudantes do ensino superior que,como referiu Carlos Ferreira, vãoreceber “apoios significativos e poucodivulgados”. Em todo o distrito iráser transferida uma verba de 330 mileuros.

Para a Ocupação de TemposLivres (OTL) foi atribuída metade dos

apoios de 2002, em parte porque oMinistério do Ambiente este ano nãoparticipou. Carlos Ferreira pretende,no entanto, inverter a situação, atéporque o número de candidatos temvindo a aumentar.

O delegado regional do IPJchamou também a atenção para osucesso do programa de voluntariadode jovens, usado recentemente emCoimbra em grandes eventos (con-certo dos Rolling Stones, Académica--Benfica e Ser Pro).

Carlos Ferreira anunciou tam-bém que os postos de informaçãojuvenil, que foram encerrados, vão sersubstituídos pelas Lojas da Juven-tude, um modelo descentralizado quedeverá arrancar em forma de teste noinício do ano. O distrito de Coimbratambém deverá acolher uma destaslojas.

Carlos Ferreira, delegado regional do IPJ, apresentou o balamço dosseus primeiros seis meses à frente da instituição

Estudantes marcam manifestações

Cadeados regressam à UCa 19 e 20 de NovembroOs cadeados e as correntesregressam na próximasemana, a 19 e 20 deNovembro, às portas dasfaculdades e departamentosda Universidade de Coimbra(UC), que serão totalmenteencerrada nessas datas,deliberou na madrugada deterça feira a AssembleiaMagna de estudantes.

A proposta de “encerrar todas asfaculdades e departamentos” nasceuno seio de algumas repúblicasestudantis e, apresentada à reunião,acabou por ter o aval da maioria doscerca de 500 estudantes presentes, noseguimento, aliás, de uma anteriordeliberação da Magna que já previadois dias de contestação para aquelasdatas.

A 17 de Novembro, 48 horas antesdo encerramento da Universidade,decorrerá um plenário alargado daAssociação Académica de Coimbra(AAC), que “poderá decidir pelaexistência de estudantes barricados nasinstalações encerradas”, disse à agênciaLusa o presidente da AAC, Vítor HugoSalgado.

No final do segundo dia de en-cerramento, 20 de Novembro, osestudantes de Coimbra voltam a reunirem Assembleia Magna.

Segunda feira à noite, antes doinício da Assembleia, concluída já às3 horas de terça, haviam sido retiradosos cadeados e o autocarro da AAC queimpediam o acesso à Reitoria eFaculdade de Direito, já anteriormentevedado pelos estudantes entre amadrugada de quinta feira e sábado.

Entretanto, a direcção-geral daAAC viu aprovada uma calenda-rização de outras acções de contestação,a ser apresentada sexta feira, no En-contro Nacional de Direcções Asso-ciativas (ENDA), que se realiza emCoimbra, onde serão propostos doisdias de luta nacional a 25 e 26 deNovembro.

“Serão propostos dois dias deluta nacional, com realização demanifestações locais ou uma nacionala 25 de Novembro e o apelo a greves,encerramentos e barricadas a 26”,frisou Vítor Hugo Salgado.

Mais tarde, em declarações aosjornalistas, o dirigente associativoacrescentou que a “acção nacional”prevista para dia 25 “poderá vir a serlocalizada em Lisboa ou com ma-nifestações locais simultâneas, emvárias localidades do país”.

A Assembleia Magna aprovouainda duas moções de censura, umaao governo, “com exigência dedemissão do executivo”, proposta daautoria de um dos estudantes presentes,outra a “todos os elementos do SenadoUniversitário, inclusive ao reitor, pelaforma como aprovaram a fixação depropinas”, moção esta oriunda dadirecção-geral da AAC.

Segundo Vítor Hugo Salgado,ambas as moções de censura aprovadaspela Assembleia Magna serão levadasao conhecimento do Senado, napróxima reunião daquele órgão,apresentadas no ponto “informações”.

A AAC contesta nomeadamentea forma como, na passada quarta feira,

o Senado, aproveitando a ausênciatemporária dos estudantes da sala,fixou os montantes das propinas parao ano lectivo em curso (463 euros, amínima) e para o próximo (852 euros,a máxima).

Duas das propostas mais originaisapresentadas à votação, acabaram porter destinos diferentes.

Uma proposta que preconizava acriação de um baralho de cartas, comresponsáveis pelas políticas educa-tivas desde 1992 a substituírem asfiguras originais, incluindo três“jokers” (Cavaco Silva, Durão Barrosoe António Guterres), foi reprovada.

Aprovada acabaria por ser amoção que obriga a direcção-geral daAAC a inserir em todos os documentosoficiais por si produzidos “incluindoenvelopes” a frase “para defesa doensino superior público exigimos ademissão do governo”.

Segundo a moção, a frase deveconstar dos referidos documentos “atéque o actual governo deixe funções”.

Presidente da AAC admite“alguma preocupação”

O presidente da Associação Académicade Coimbra (AAC), Vítor HugoSalgado, manifestou “alguma preo-cupação” com as queixas em tribunalcontra o encerramento da Universidadea cadeado, mas recordou que está acumprir deliberações da AssembleiaMagna.

Na segunda feira, 10 docentes daFaculdade de Direito (FDUC) apre-sentaram em tribunal uma providênciacautelar contra o encerramento acadeado da instituição, visando opresidente da AAC.

Já na sexta feira tinham dadoentrada, na Polícia Judiciária deCoimbra, queixas-crime apresentadaspor quatro professores da mesmafaculdade, contra Vítor Hugo Salgadoe “estudantes incertos”, depois de aPorta Férrea (que dá acesso à Reitoriae Faculdade de Direito) ter sidofechada a cadeado na madrugada dequinta feira, em protesto pela formacomo o Senado Universitário decidiua fixação do montante das propinaspara o corrente e próximo ano lectivo.

Em declarações aos jornalistas,no final da Assembleia Magna deestudantes da Universidade deCoimbra, Vítor Hugo Salgado, elepróprio aluno da FDUC, manifestou“alguma preocupação” face àsqueixas-crime e à providência cautelar,nomeadamente “por poder vir a nãoingressar na Ordem dos Advogados”,no caso de ser alvo de um processo--crime.

“Mas estou aqui a representar aAcademia de Coimbra, sou presidenteda AAC, vou cumprir as funções paraas quais fui eleito e com elas todas asdeliberações da Assembleia Magna”,justificou.

No final da reunião, o dirigenteassociativo insurgiu-se ainda contra“alguns fazedores de opinião”, que nãonomeou, acusando-os de desco-nhecerem a realidade estudantil edeixou um desafio:

“Venham passar um mês comigoa esta associação, a esta casa que é aUniversidade de Coimbra. Se calhar omundo que tanto propagam não é averdadeira realidade e andam a enganara opinião pública”, sublinhou.

Câmara cede exposição de fotografia

Coimbra leva “A Fé”a Condeixa-a-NovaA exposição de fotografia“A Fé”, a quinta do projecto“Dias de Coimbra”, daautoria de António CostaPinto e Dinis Manuel Alves,vai ser inaugurada amanhãem Condeixa-a-Nova.

A Câmara Municipal deCoimbra, proprietária e responsávelpela organização desta mostra,cedeu esta exposição de fotografiaque esteve patente, até ao dia 22 de

Outubro, na Galeria do Jardim daCasa Municipal da Cultura.

Dada a qualidade das fotogra-fias que integram “A Fé” e tambémdevido à proximidade da quadranatalícia que se aproxima, a CâmaraMunicipal de Condeixa-a-Novademonstrou interesse em acolhê-la.

No catálogo de introdução daexposição, o vereador responsávelpelo pelouro da Cultura, MárioNunes, questiona se será possívelfotografar a fé. “Fotografar a Fé!!!Será possível perscrutar o “ego” dapessoa, na afirmação da fé, na força

da esperança, no reconhecimentodo bem, na gratidão sensível da almae na chama oculta do coração?”,pergunta.

António Costa Pinto e DinisAlves respondem que sim com meiacentena de fotos ilustrativas da féde cada um e de muitos, de de-monstrações individuais e colec-tivas de um sentimento arreigadoque se torna público em importan-tes manifestações religiosas.

“A Fé” vai ser inaugurada ama-nhã, pelas 16.30 horas, no Cine-Teatro do Edifício dos BombeirosVoluntários de Condeixa-a-Nova,terra natal de um dos autores daexposição, António Costa Pinto.Esta mostra pode ser visitada até aodia 28.

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coimbra 4

Falando de Ceira… e não só João Baptista

“Crê no Senhor Jesus Cristo eserás salvo, tu e a tua casa”.

Actos 16:31

JESUS CRISTO É O SALVADOR

“Quem crer e for baptizado serásalvo; Quem não crer serácondenado”.

S. Marcos 16:16

Roga-Lhe - F. R. Santos

“Ou isto ou aquilo” no Museudos Transportes até sábado“Ou isto ou aquilo” é o títuloda peça de teatro para ainfância e juventude,baseada na obra homónimada poetisa brasileira CecíliaMeireles, que estreouanteontem no Museu dosTransportes, em Coimbra.

Integrada na programaçãoregular para a infância e juventudeda Coimbra 2003 - Capital Nacionalda Cultura, a peça tem encenação edramaturgia de José Caldas, músicacénica e direcção musical de MiguelRimbaud e interpretação de ambos,juntamente com Cristina do Aido.

Vinte e cinco anos depois de terencenado “Ou isto ou aquilo”, JoséCaldas regressa aos poemas de CecíliaMeireles, autora por quem o en-cenador “tem um carinho muitogrande”.

O gosto pelos poemas de CecíliaMeireles foi-lhe “incutido” por umaprofessora primária “completamentefora do habitual” e que optou porensinar os seus alunos a ler através dapoesia da autora, como disse JoséCaldas à agência Lusa.

José Caldas revisita assim a peçaque em 1979 estreou no CentroCultural da Carris, e que manteve emcartaz durante o ano seguinte noTeatro da Cornucópia, no espaço “AComuna” e noutros locais.

Nesse mesmo ano, refere, foigalardoada com o prémio paraMelhor Espectáculo de Infância eJuventude da Associação Portuguesade Críticos de Teatro.

O encenador brasileiro - resi-dente em Portugal há 25 anos -classifica “Ou isto ou aquilo” como“um teatropoesia”.

Porque - enfatiza - articula poe-sia, acção e música , numa constante“brincadeira” - como Cecília Meirelesfazia e inventava com as palavras -,

ora jogando com a repetição de vogaise consoantes, ora propondo váriosjogos de “non sense”.

O elenco é composto por trêsartistas, que se desdobram em váriaspersonagens, das quais se destaca oprofessor e o aluno, cujo sonho é terum “burrico” a quem possa contarhistórias e que acaba por projectaresse sonho no professor.

Com uma cenografia “essen-cial”, como diz José Caldas, o palco é“preenchido” com uma cortina querepresenta o “sonho”, enquanto paralá desta está... a “realidade”.

Pelo meio ficam vários instru-mentos musicais, para que tudo seassuma como “um jogo do faz-de-conta”.

Co-produzida pela Quinta Pa-rede/Coimbra 2003, a peça pode servista até sábado, às 15 e às 21 horas,no Museu dos Transportes, emCoimbra, sendo a primeira para gru-pos escolares e a segunda para o públi-co em geral.

António Marinho recusaincompatibilidade daprofissão com jornalismo

Derrida em Coimbrapara congressoO filósofo francês JacquesDerrida vai estar emPortugal na próximasemana, entre os dias 17 e19, para participar numaconferência no âmbito daCoimbra Capital Nacionalda Cultura e assistir à ediçãode três obras suas.

O pensador vai proferir a con-ferência de abertura do CongressoInternacional “A Soberania. Crítica,Desconstrução, Aporias (Em Torno doPensamento de Jacques Derrida)”, co-organizado o Instituto de EstudosFilosóficos da Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra.

Abílio Hernandez, presidente daCoimbra 2003, não hesita em apontaro congresso - onde estarão represen-tadas várias áreas do saber, da Filo-sofia às Artes, da Psicanálise ao Direi-to, passando pela Arquitectura - comoum dos momentos altos da CapitalNacional da Cultura.

No âmbito do encontro, serãolançadas três obras de Derrida queainda não haviam sido traduzidas pa-ra português: “Da Hospitalidade”,“Políticas de Amizade” (em conjuntocom “O Ouvido de Heidegger”), e“Força de Lei”.

O mentor do desconstrutivismoserá também protagonista de “Derri-da”, um documentário de Kirby Dicke Amy Ziering Kofman com apre-sentação prevista para o dia 13 noPequeno Auditório da Culturgest, emLisboa, inserido no ciclo “Cinema ePensamento”.

Jacques Derrida nasceu em El-Biar, Argélia, em 1930, é membro doColégio Internacional de Filosofia,professor de Ciências Sociais naÉcole des Hautes Études, em Paris, eum dos mais destacados pensadorescontemporâneos.

O movimento da desconstrução,que constitui o fulcro da sua obra,aborda o filosófico e o literário, masigualmente, por meio da autobio-grafia, todos os aspectos políticos davida, do direito às biotecnologias,passando pelas telecomunicações epela religião.

O advogado e jornalistaAntónio Marinho defendeu,na sexta feira, que oexercício simultâneo destasduas profissões não deve serproibido pela Ordem dosAdvogados (OA).

António Marinho falava à agên-cia Lusa a propósito da revisão doEstatuto dos Advogados, que prevêalterações ao nível das incompa-tibilidades e que foi analisada peloConselho Geral da OA entre sexta edomingo.

“A Ordem, em vez de estabelecerproibições genéricas, deve punirviolações e violadores, no concreto”,afirmou.

Um advogado que seja tambémjornalista assume uma “dupla vigi-lância” e um “excesso de rigor” paranão atropelar os dois códigos deon-tológicos, entre os quais “não existequalquer incompatibilidade, antes secomplementam”, acrescentou Antó-nio Marinho Pinto, advogado e jor-nalista do semanário Expresso.

“Ambas as profissões exigem ho-nestidade e ambas trabalham com asmesmas armas: a palavra, a liberdadee a independência”, disse, frisandoque “há advogados mais dependentesdos clientes do que alguns jornalistasda sua entidade patronal”.

O ex-presidente da Comissão de

Direitos Humanos da Ordem dosAdvogados, demitido recentementedo cargo pelo bastonário, José MiguelJúdice, por ter atacado a magistraturajudicial, aceita que apenas os de-putados e os padres sejam impedidosde exercer a advocacia.

No caso dos padres, AntónioMarinho defende a necessidade de seoptar por “obedecer à lei de Deus ouà lei dos homens”, para não colocarem causa quaisquer normas deonto-lógicas.

Segundo António Marinho, a“grande promiscuidade” entre aadvocacia, outras profissões e ospoderes político e económico existeao nível das “grandes empresas deadvogados de Lisboa e Porto, quetrabalham, em muitos casos, na pe-numbra dos gabinetes ministeriais”.

Boas notícias para Ceira

Na sede da Associação Recreativa eMusical de Ceira no dia 6 do correnterealizou a Câmara Municipal deCoimbra uma reunião com ospresidentes de Juntas de freguesiapreparando o Plano e Orçamento para2004.

A transferência de verbas para asJuntas de Freguesia cifra-se em cercade 4 milhões e 600 mil euros o quecorresponderá a um aumento na casados 16% em relação a 2003.

Afirmou, e nós acreditamos, oPresidente da Câmara Municipal queestamos em presença de um aumentosignificativo por parte da Câmara queespera, contudo, que os investimentossejam feitos com a prudência que seimpõe.

Quanto a Ceira foram anunciadasduas obras fundamentais para o seudesenvolvimento.

Abordemos cada uma de per si: Aadjudicação da obra de construção daponte da Boiça a executar no prazo de150 dias, no valor de 828.289 euros,permite concluir que este malfadadoproblema vai ter, ao fim de dezenas deanos, a solução adequada. A suaestrutura espaçosa para veículos epeões bem como a sua localização vairepresentar uma grande melhoria paraas condições de vida na margemesquerda do Ceira especialmente paraas populações da Boiça, do Caboucoe até do alto das Vendas de Ceira.

Recordemos que o projecto paraesta construção foi aprovado emreunião da Câmara Municipal deCoimbra em 17 de Julho do ano 2000.Há pouco mais de três anos, portanto.(!)

Aproveitando a sua vinda a Ceirao Presidente da Câmara Municipal quisinformar que na manhã daquelemesmo dia a Câmara estabelecera umacordo de princípio com o respectivoproprietário para a aquisição deterrenos onde se tornará possívelinstalar um novo Centro de Saúde, oJardim de Infância e a sede da Junta deFreguesia.

Para quem tem lutado intran-sigentemente pela implantação emCeira daquelas infraestruturas comotemos feito, aquela notícia enche-nosde satisfação e de esperança em queCeira entrou, finalmente, no caminhodo progresso.

Roma e Pavía não se fizeram num

dia e saber esperar é uma virtude. Édentro destes dois conceitos desabedoria popular que assentamos anossa convicção de que Ceiraultrapassou os longos anos depromessas incumpridas.

Nas infraestruturas a implantarhá, todavia, que considerar primeirodo que tudo o interesse das populaçõese muito especialmente os fins que elasobjectivam nos seus diferentes grausde serviço público. Há que ser realis-tas, prudentes, sem aspirarmos aconcretizar ideias megalómanas quemuitas vezes estão na origem da nãorealização de projectos inadequados.

Ainda quanto a este acordo deprincípio agora firmado para aaquisição de terrenos não podemosesquecer que numa reunião em Ceiraem 20 de Junho de 1998 (!) com oexecutivo municipal foi por estedecidido haver necessidade deestabelecer contactos imediatos como proprietário dos terrenos.

Em reunião de 27 de Junho de2001(!) realizada nos Paços doConcelho entre o Presidente daCâmara, o Vereador do Pelouro deObras e o executivo autárquico deCeira constatou-se que os contactosdeterminados pelo Presidente daCâmara em Junho de 98 não tinhamainda sido iniciados.

Mantemos firme o nossodesideratum de lutar dentro da nossaesfera de acção pelo progresso edesenvolvimento desta freguesia. Daí

que, com redobrada esperança esatisfação, nos regozijemos com asnotícias referidas.

Esperança porque será a últimacoisa a perder. Satisfação intima porestarmos presentes perante obras doPresidente da Câmara por cuja eleiçãolutámos com entusiasmo mau gradoopiniões contrárias que enfrentámos.

Esta é, contudo, a verdadeirademocracia em que todos deveríamosviver sem atropelos de qualquernatureza.

CPT do Sobral de Ceira

Está marcada para as 16 horas dopróximo dia 30 a assembleia geralordinária com a seguinte ordem detrabalhos:

l. Leitura, discussão e votação daacta da sessão anterior.

2. Leitura, discussão e votação doprograma de acção e previsãoorçamental para 2004.

3. Eleição dos corpos gerentespara o biénio 2004/2005.

4. InformaçõesSe à hora designada não estiver

presente pelo menos metade dos sóciosa assembleia funcionará uma horadepois com qualquer número deassociados presente.

Tal como já anunciámos a mesada assembleia geral receberá até às 17horas de 21 do mês corrente listas paraserem submetidas a sufrágio na eleiçãomencionada.

A adjudicação da ponte da Boiça, vai representar uma grande melhoriapara as condições de vida na margem esquerda do Ceira

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12/11/03

ensino 5

Propinas

Reitor da UC pede serenidade e bom sensoà comunidade universitária

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ADELINO MARTINS, LDA.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

FUNERAIS � FLORES � TRASLADAÇÕES

SERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

O reitor da Universidade deCoimbra (UC), SeabraSantos, pediu na quinta feira“serenidade e bom senso” atodos os membros dacomunidade universitária,numa mensagem que parecedirigida especialmente aosestudantes.

“A nossa condição de univer-sitários impõe a todos a serenidade, obom senso e a determinação parasalvaguardar os valores universitáriose os direitos de todos os que estudame trabalham na Universidade e todosos que a ela recorrem”, refere uma notada Reitoria divulgada nessa tarde.

O comunicado foi difundidonuma altura em que a Reitoria e outrasdependências universitárias do Paçodas Escolas se encontram encerradaspor iniciativa dos alunos, um diadepois de o Senado ter fixado osmontantes das propinas para este anolectivo e para o próximo.

“Os estudantes estiverampresentes e participaram na reuniãoquando e como entenderam, tendoesta decorrido no mais estrito respeitopelos Estatutos da Universidade epelos princípios democráticos defuncionamento das assembleias”,afirma a Reitoria, no final de um texto

em que explica como decorreu areunião do Senado.

Entretanto, a Juventude Comu-nista Portuguesa (JCP) repudiou“todas e quaisquer iniciativas quedesviem a luta (dos estudantes da UC)do seu responsável”, frisando que ogoverno é o “único inimigo” dos uni-versitários.

“Qualquer acção que baralhe,distraia ou aponte inimigos imaginá-rios mais não faz do que quebrar aunidade estudantil, branquear o papeldo governo e responder às suas expec-tativas de ver facilitada a concre-tização das suas políticas”, consi-derou a Organização do EnsinoSuperior de Coimbra da JCP.

Militante da União de Estu-dantes Comunistas (UEC) nos temposde estudante, o reitor, FernandoSeabra Santos, é identificado emCoimbra com a denominada ala“renovadora” do PCP, tendo partici-pado, em 2002, na cidade, num jantarorganizado por essa corrente em quediscursou o comunista João Amaral,entretanto falecido.

Catedrático critica reitorpor “grande convergência”

O catedrático José Reis criticou oreitor da UC, Seabra Santos, pela sua“posição de grande convergência”com as posições dos estudantes desde

Universitários sector privado queremdedução das propinas nos impostos

que foi eleito para a cargo.O antigo secretário de Estado do

Ensino Superior, candidato derrotadona eleição do reitor da UC do iníciodo ano, considerou que Seabra Santosficou, desde então, “refém dos estu-dantes”, que atiraram “um saco devotos à cabeça do candidato a reitor”.

Em declarações à agência Lusa,pronunciando-se sobre a criseinstalada quarta-feira na Universi-dade, na sequência da fixação dosmontantes das propinas pelo Senado,com os estudantes ausentes tempo-

rariamente da sala, José Reis disse queos actuais problemas radicam no“código genético da coligação dopoder universitário”, que congregaprofessores afectos ao PCP - o casodo próprio Seabra Santos - e ao PSD.

José Reis disse que a posição dosestudantes face à política do governopara o ensino superior, centrada naquestão das propinas, “é indefensáveldo ponto de vista social”, revelandoainda “falta de respeito pela posiçãocontrária”.

Na sua opinião, os alunos com-portam-se como se fossem o “únicocorpo” da instituição universitária ea Assembleia Magna “o seu órgãomáximo”.

“O compromisso notório quehouve na eleição do reitor depois nãoé saudável”, criticou.

José Reis disse que a propostade Fernando Seabra Santos sobre aspropinas, aprovada pela maioria dosmembros do Senado presentes, massem a participação dos estudantes,“estava ferida” desde que foi apre-sentada, há algumas semanas.

O senador e catedrático daFaculdade de Economia revelou quese absteve na votação do documento,por considerar que o reitor “estavarefém da posição dos estudantes”,cujos votos foram decisivos para a suaeleição pela Assembleia da Univer-sidade.

O Senado fixou em 463 euros a

propinas mínima, para este anolectivo, e em 852 euros, a máxima,para 2004-2005, tendo os estudantesacusado o reitor e o Senado de“traição”.

Na última madrugada, em cum-primento de decisões de uma reuniãogeral de alunos convocada de emer-gência, os universitários, em sinal deprotesto, encerraram a cadeado osedifícios mais antigos da UC, no Paçodas Escolas, incluindo a Reitoria e aFaculdade de Direito.

Quando o reitor prestava decla-rações aos jornalistas, no final dareunião do Senado, 50 estudantesinvadiram a sala, chamando “traidor”e “fascista” a Seabra Santos.

José Reis, apesar de criticar oprograma e a acção da actual equipareitoral, manifestou solidariedadecom Seabra Santos.

“Estou solidário com o reitor daminha universidade, atacado grossei-ramente” pelos estudantes que inva-diram a sala da conferência de im-prensa, precisou, considerando aindaque Seabra Santos “agiu bem” aodefender a aprovação da sua propostano Senado.

Na sua opinião, “uma universi-dade autonómica deve assumirtambém o papel que lhe cabe nadefinição das propinas”, defendeu,discordando da posição que SeabraSantos e o Conselho de Reitores têmdefendido sobre as propinas, recu-sando que sejam as universidades afixar os montantes.

Apesar de criticar o compro-misso do reitor com os estudantes,José Reis observou que a legitimidadede Seabra Santos “está intacta” e queeste não deve demitir-se sob pressãodos alunos, como aconteceu há umano com o seu antecessor, FernandoRebelo.

Os estudantes do ensinosuperior privado queremque o limite da deduçãoà colecta em gastospara propinas suba para2.500 euros, defendeuno domingo, no Porto,o dirigente federativo JoséAlberto Rodrigues.

“Pensamos que a única soluçãoaceitável será o aumento dos actuais550 euros para 2.500 euros, que é amédia dos gastos anuais dosestudantes do ensino superior privadocom propinas, disse José AlbertoRodrigues, presidente da FederaçãoNacional das Associações dosEstudantes do Ensino SuperiorPrivado (FNAESP). Esta foi uma dasconclusões do Encontro Nacional deAssociações de Estudantes do EnsinoSuperior Particular e Cooperativo,que se realizou nas instalações daUniversidade Portucalense no Porto.

“Esta é uma das medidas que o

Estado pode implementar para ga-rantir uma maior igualdade entre osestudantes do ensino superior privadoe público, dando cumprimento aoestipulado na Constituição”, acres-centou José Alberto Rodrigues.

Os estudantes querem tambémque os resultados da avaliação àsinstituições do sector privado sejamobjecto de divulgação pública, paraque os estudantes possam escolher asescolas tendo em conta essaavaliação.

A FAESP reivindica também oaumento dos apoios directos eindirectos da Acção Social Escolar(ASE), nomeadamente através desubsídios para cantinas e residênciasde estudantes. Os estudantes do sectorprivado pretendem também que ahomologação dos cursos - queactualmente pode demorar dois a trêsanos - passe a ter resposta por parte darespectiva comissão nacional deavaliação num prazo máximo de umano.

Da mesma forma, os estudantespretendem também que as respostasdaquela comissão às propostas derestruturação de cursos sejam dadas

num prazo máximo de seis meses.Finalmente, a FNAESP pretende

que a estabilidade das propinas noscursos superiores privados sejacontratualizada no início dos cursos,garantindo assim que não haveráaumentos bruscos.

“Queremos que os estudantes eas suas famílias tenham algumasegurança relativamente a quantolhes vai custar terminar o curso,mediante um contrato que assegurelimites aos aumentos de propinas”,acrescentou José Alberto Rodrigues.

Ministra anuncia maisbolsas para ensino superiorA ministra da Ciência e doEnsino Superior, GraçaCarvalho, anunciou 5.715novas bolsas para o ensinosuperior, como forma de“garantir que ninguém fiquefora da Universidade por faltade condições financeiras”.

No dia em que milhares deestudantes se manifestam à porta doParlamento contra o aumento daspropinas, a ministra da tutela apro-veitou a sua intervenção no debate sobreo Orçamento de Estado para 2004 paraanunciar o reforço da acção socialescolar.

“O número de bolsas para o ensinosuperior vai passar das actuais 58 milpara 63.715. São 5.715 estudantes quevão poder beneficiar de bolsas deestudo pagas pelo Estado”, sublinhouGraça Carvalho.

Em relação às propinas, a ministra,naquela que foi a sua primeiraintervenção no plenário da Assembleiada República, afirmou que “cadaestudante do ensino superior públicocusta ao Estado 1.104 contos por ano(...) O que se está a pedir a cada estudanteé no limite que contribua com cerca de14 contos por mês”. “Todos, na medidadas suas possibilidades, devem teralguma comparticipação nas despesasdo ensino superior mas ninguém podeficar privado desse ensino por carênciaseconómicas”, sublinhou.

Na área da ciência, a ministra apre-sentou no Parlamento duas novidades:a atribuição de cem novas bolsas de

inserção de mestres e doutores e 50bolsas em ambiente empresarial e, poroutro lado, o financiamento de 300novos projectos de índole académica e70 de investigação em consórcio.

Os números da ministra nãoconvenceram, contudo, a oposição, quecriticou o “desinvestimento no ensinosuperior público e na ciência”.

“A política do Governo em matériade ensino superior traduz-se nodesinvestimento do Estado e natransferência dos custos deste de-sinvestimento para as famílias, atravésdo aumento das propinas”, acusou odeputado do PS Augusto Santos Silva.Também Luísa Mesquita, do PCP,acusou o executivo de “desinvestir nosuperior público para investir noprivado”.

“Inflacionar as receitas própriasdas Universidades à custa das propinasé sinónimo de um Orçamento soli-dário?”, questionou a deputadacomunista. O deputado do Bloco deEsquerda, Teixeira Lopes, respondeucom números à intervenção de GraçaCarvalho, citando indicadores doEurostat, segundo os quais, “Portugalgasta com cada aluno do ensinosuperior muito menos que a médiaeuropeia”.

“Só a Espanha e Grécia gastammenos do que nós”, acusou. Para odeputado do Bloco, este Orçamento deEstado “é uma derrota para o ensinosuperior em Portugal”. “Mas não vãoconseguir impor esta derrota aos maisde dez mil jovens que, em frente àAssembleia da República, vão darresposta adequada à ministra e a todo oGoverno”, afirmou Teixeira Lopes.

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2/11/03

regional 6

Autarcas de Leiria admitem área metropolitanaque una o distrito e o Oeste

Suspeita de desvio

Câmara de Tondelademite tesoureiraA Câmara de Tondeladecidiu na terça feira, porunanimidade, demitir atesoureira, que se encontradetida preventivamente desdeAgosto por suspeita de terdesviado mais de um milhãode euros das contas daautarquia.

O presidente da Câmara, CarlosMarta (PSD), disse à agência Lusa queesta posição foi tomada em reuniãoextraordinária do executivo, emfunção do inquérito interno játerminado e que é independente dadecisão do tribunal.

A Câmara tinha instaurado umprocesso disciplinar à tesoureiraprincipal, funcionária da autarquia há36 anos, depois de ter detectado, a 8de Agosto, que faltava dinheiro numaconta bancária.

A mulher, de 64 anos, que estádetida por suspeita dos crimes depeculato e abuso de confiança,confessou o crime, em primeiro lugar,a responsáveis da autarquia e,posteriormente, em tribunal.

Segundo Carlos Marta, a PolíciaJudiciária de Coimbra também játerminou a investigação dentro daCâmara.

“Confirmou-se que, no total, odesfalque foi de 221 mil contos, queela (a suspeita) já viria a realizar desde1993”, afirmou o autarca.

“Foi ainda confirmado que atesoureira apenas trabalhava com umamulher da zona de Lisboa”, de 44anos, na conta da qual terá sidodepositado dinheiro desviado,acrescentou.

Em conferência de imprensa, oPS de Tondela voltou a acusar oexecutivo camarário de má gestão, oque considera ter ficado provado naúltima Assembleia Municipal,realizada na sexta-feira.

O líder da bancada socialista,Paulo Albernaz, disse aos jornalistas

que a colocação à votação de umregulamento de controlo interno dedesempenho económico e financeiroda autarquia “é, desde logo, umaconfissão de que esta é gerida comdisplicência e laxismo”.

“Senão, não fazia sentido propora aprovação de um regulamento que,entre outras coisas, diz como é que oscheques devem ser assinados”, frisou,acrescentando que a Câmara “eragerida na mesma lógica da merceariado Ti António da aldeia maisrecôndita do país”.

Apesar de o regulamentodecorrer de uma obrigação legal doPlano Oficial de Contabilidade dasAutarquias Locais (POCAL), ossocialistas afirmam que este “vematrasado”, porque era obrigatóriodesde Janeiro de 2002 e só agora foicolocado à aprovação porque “sedetectou que os mecanismos decontrolo existentes não são sufi-cientes”.

Por outro lado, consideram quefaltam “algumas adaptações locais”ao regulamento proposto que,segundo dizem, “é uma transcriçãoquase directa do POCAL”.

Criticam ainda que, há algumassemanas, o vereador socialista RuiFaria tenha apresentado uma propostade um regulamento com os mesmosfins, que foi chumbada pela maioriaPSD, “com a desculpa de que nãofazia sentido, porque havia controlona Câmara”.

Na conferência de imprensa, ossocialistas de Tondela reiteraram anecessidade de realizar um referendolocal para auscultar a população sobrea integração do concelho numa futuraárea metropolitana de Viseu, nãoobstante essa decisão já ter sidotomada em Assembleia Municipal.

Confrontado com as críticas,Carlos Marta disse à agência Lusaque, como os deputados socialistasnão quiseram falar na última sessãoda Assembleia Municipal, “não têmlegitimidade para agora dizerem o quequer que seja”.

Presidentes de três dasmaiores Câmaras do distritode Leiria admitiram a criaçãode uma área metropolitanaúnica para unir a região como Oeste, em vez de duasestruturas autónomas, comoestão a ser propostas.

A ideia partiu do presidente daCâmara de Alcobaça, José GonçalvesSapinho, que defendeu, em comu-nicado, uma nova solução em vez daComunidade Urbana do Oeste ou a ÁreaMetropolitana de Leiria, que muitosconcelhos já aprovaram mas que divideo distrito.

Esta solução é “mais ambiciosa,quimicamente menos pura, politi-camente mais correcta, economica-mente viável, com área e populaçãosuperiores”, que integra acessibilidadese problemas comuns aos municípios do

distrito de Leiria e do norte de Lisboa.Para Gonçalves Sapinho, a actual

divisão deve-se “ao sabor das cir-cunstâncias (amizades de momento,inimizades pontuais e maiorias políticasefémeras e outras)” que determinam “ofuturo colectivo” de toda a região.

Na sua opinião, a criação decomunidades urbanas ou áreas me-tropolitanas sucede mais “como umasolução ou proposta processual e menoscomo uma proposta substancial” pararesolver os problemas dos concelhos edas populações.

Nesse sentido, as novas compe-tências deveriam passar mais pela suadelegação do poder central e não dosmunicípios.

Para o autarca de Alcobaça, acriação de duas estruturas, “pequenascomunidades quimicamente puras” noOeste e na Alta Estremadura pecam por“falta de ambição para ir mais além”,motivada pela ambição de uma“pequena liderança” por parte de um

concelho.Escusando-se a enunciar qual a

decisão de Alcobaça se Leiria e Oestenão negociarem a criação de uma áreametropolitana conjunta, GonçalvesSapinho garantiu que qualquer decisãoenvolve a Nazaré, já que a contiguidadeterritorial dos dois concelhos obriga estemunicípio a seguir ao lado de Alcobaça.

Para o autarca, a solução devepassar pela “soma dos municípios queintegram as duas Regiões de Turismo”de Leiria/Fátima e do Oeste.

“Fenómenos como Fátima, pro-ximidades como Lisboa, eventuali-dades como o Aeroporto da OTA,Patrimónios da Humanidade, a forçaturística nacional e internacional deFátima, Lisboa, Nazaré, Batalha,Alcobaça, Caldas, Óbidos, a ligação aomar e a valorização estratégica de TorresVedras” são tudo razões para queGonçalves Sapinho proponha uma áreametropolitana que una o Oeste e Leiria.

Contactado pela agência Lusa,

Fernando Costa, presidente da Câmarade Caldas da Rainha, manifestou-sereceptivo a discutir a criação de umacomunidade conjunta, embora tenhaalgumas dúvidas sobre a adesão dosconcelhos do norte do distrito de Lisboae sobre a eficácia de gestão do modelo.

“As comunidades urbanas visamgerir os problemas comuns e própriosde uma área territorial de pequenadimensão”, notou o autarca social--democrata, um dos impulsionadores dacriação da Comunidade Urbana doOeste.

Por outro lado, “nunca vi Leiriainteressada em juntar-se à associaçãode municípios do Oeste”, salientou,adiantando que Caldas da Rainha“nunca foi convidada para a áreametropolitana” da Alta Estremadura.

“O distrito está dividido por causada direcção distrital dos partidos e porcausa de alguns presidentes de Câmaraque excluíram o sul”, considera Fer-nando Costa, reconhecendo a posição

“difícil” de Alcobaça neste processo,porque possui freguesias com fortesligações quer ao Oeste, quer a Leiria.

Por seu turno, Isabel Damasceno,presidente da Câmara de Leiria,lamentou que Alcobaça ainda não tenhadefinido a sua situação, optando peloOeste ou pela Alta Estremadura.

No que diz respeito à criação deuma grande Área Metropolitana “nadaestá fechado” e “estamos receptivos azona maior” desde que os municípiosvenham “convictos e de formaassumida”. “Leiria aceita essaperspectiva mas tem de haver vontadedos municípios” aderentes, salientou aautarca, embora rejeitando discutir asede da futura estrutura, que terá depassar sempre pela capital do distrito.

“A sede é indiscutível”, salientou.

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Exercício para os mais velhos

Montemor quer dar maisvida à população idosaSão cerca de 150os idosos que, na semanapassada, começaram apraticar desporto emMontemor-o-Velho.O projecto “Dar mais vidaaos anos” já vai no segundoano e pretende oferecer aosmais idosos uma melhorqualidade de vida,contrariando a tendênciapara estados de vidainactivos e intervindotambém ao nível daprevenção de doenças e doisolamento social.

Este projecto é desenvolvidopela Câmara Municipal de Montemor,

quia sublinha que as “actividadesfísicas regulares, de forma recreativa,constituem definitivamente umingrediente fundamental para umenvelhecimento saudável”.

A Câmara Municipal de Mon-temor-o-Velho criou um Projecto deDesenvolvimento Desportivo queprivilegia as relações que o cidadão– do mais novo ao mais velho – esta-belece com o desporto. Recorde-seque no mês passado a autarquiarelançou o programa de expressão fí-sico-motora destinado a todas ascrianças do ensino pré-escolar e do1.º CEB.

E porque envelhecer não ésinónimo de inactividade, mas sim deum conhecimento mais alargado e deuma vontade de viver melhor, não sóa nível psíquico, como também sociale fisicamente, as inscrições para oprojecto “Dar mais vida aos anos”ainda continuam abertas nos serviçosda IPSS da respectiva área deresidência do idoso.

“Dar mais vida aos anos” aos idosos do concelho é o lema da CâmaraMunicipal de Montemor-o-Velho

em parceria com o Centro de Saúde eem estreita ligação com as Institui-ções Particulares de SolidariedadeSocial (IPSS) do concelho (ACDSEreira, CP Abrunheira, CPSS Arazede,CPSS Verride, CSP Carapinheira, CDPMeãs, CSP Santo Varão, SCM Mon-temor-o-Velho, SCM Pereira, SCM

Tentúgal).Todos os idosos têm um acom-

panhamento médico e são respeitadasas condições físicas, orgânicas oufuncionais de cada pessoa, podendoalgumas ser impedidas de praticarexercício físico por motivos de saúde.

Numa nota divulgada, a autar-

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TRIBUNAL JUDICIALDA MARINHA

GRANDE1.º Juízo

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃOProcesso: 368/2001Execução OrdináriaN/Referência: 601849Data: 05-11-2003Exequente: BANCO TOTTA &

AÇORES, LD.ªExecutado: MARIA LURDES AL-

VES DA SILVA COUTINHO e outros…

Correm éditos de 20 dias para cita-ção dos credores desconhecidos quegozem de garantia real sobre os benspenhorados ao executado abaixo indi-cado, para reclamarem o pagamento dosrespectivos créditos pelo produto de taisbens, no prazo de 15 dias, findo o doséditos, que se começará a contar da se-gunda e última publicação do presenteanúncio.

Bens penhorados:DESCRIÇÃO: PRÉDIO URBANO SITO

NA RUA PRINCIPAL, PRAIA DA VIEIRA,FREGUESIA DE VIEIRA DE LEIRIA, CON-CELHO DA MARINHA GRANDE, COM-POSTO POR CASA DE RÉS-DO-CHÃOPARA HABITAÇÃO, INSCRITO NARESPECTIVA MATRIZ SOB O ART.º 2657,DESCRITO NA CONSERVATÓRIA DOREGISTO PREDIAL DA MARINHA GRAN-DE SOB O N.º TRÊS MIL QUATROCENTOSNOVENTA E DOIS.

PENHORADO EM: 18-02-200210:00:00

PENHORADO A:EXECUTADO: Maria de Lurdes

Alves da Silva Coutinho, Identificaçãofiscal: 147.490.243, Endereço: Rua Prof.Arlindo Varela, s/n, ou Vivenda Alpoym,Rua Prof. Chavier Coelho, 13 todas emValado dos Frades, Nazaré ou Quinta dasLapas, Bárrio, Alcobaça.

A Juiz de Direito,Noemi Glaucia de Oliveira Martins

O Oficial de Justiça,José Neves

“O Despertar” N.º 8255, de 03/11/12

Certame promoveu produtos endógenos

Mel e castanhas atraemvisitantes à LousãO Parque Municipalde Exposições da Lousãacolheu, no fim de semana,mais uma edição da Feirado Mel e da Castanha,um certame que atraiuao concelho muitosvisitantes.

Conhecido pelas suas potenciali-dades, o mel certificado foi, sem dúvida,a grande atracção desta feira, promovidapela Câmara Municipal da Lousã. AFeira do Mel e da Castanha vai já na14.ª edição e tem já um longo historialno concelho e na região. Apenas foiadmitido nesta feira o mel certificado,com garantia de qualidade, e oriundoda região demarcada da Serra da Lousã,que engloba os concelhos de Arganil,Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vi-nhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo,Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande,Penela e Vila Nova de Poiares.

As dezenas de apicultores pre-sentes apenas puderam levar à feira melque não oferecesse dúvidas acerca da

sua proveniência, autenticidade ecertificação. O mel encontrava-se àvenda em frascos normalizados, ro-tulados com a identificação do produtorou da associação ou cooperativa à qualpertence.

O mel da Serra da Lousã caracte-riza-se pela cor de ambar escuro e temum sabor e um aroma muito particular,

que lhe é conferido pelo néctar dasurzes.

Mas, para além da venda do melcertificado, os visitantes puderamencontrar também nesta feira diversosprodutos que utilizam mel ou castanhasna sua confecção, como doçaria de mele/ou castanha, conservas de castanhas,licores de mel e castanha, aguardente

de mel.Os visitantes puderam provar tam-

bém, na tasquinha típica que esteve afuncionar no recinto, alguns dos petis-cos da gastronomia regional, as casta-nhas assadas e cozidas, a água pé, a jero-piga e os doces à base de castanha emel.

As crianças das escolas do conce-lho também participaram activamenteneste certame, onde venderam algunsdos produtos que eles próprios confec-cionaram com estes produtos endóge-nos.

Durante estes dois dias, não faltoutambém a animação cultural, com aactuação no sábado do Grupo de Dançada ARCIL e do Rancho Folclórico“Estrelas” da Ponte do Areal e nodomingo do Rancho Folclórico eEtnográfico de Vilarinho e do RanchoFolclórico “Flores” de Serpins.

Também no domingo realizou-seo tradicional magusto, oferecido àpopulação pela Câmara Municipal daLousã e onde não faltou a água pé e,sobretudo, a boa disposição.

Valorizar as potencialidadesnaturais da serra da Lousã e incentivara produção e comercialização do mel eda castanha - dois produtos intima-mente ligados a esta região -, contribuin-do também para a promoção do con-celho e das suas potencialidades.

A Feira do Mel e da Castanha foiinaugurada no sábado, ao final da tarde,numa cerimónia que contou com aspresenças do presidente da autarquiaFernando Carvalho, alguns vereadores,do governador civil do distrito deCoimbra, Fernando Antunes, e de outrasindividualidades do concelho e daregião. Encerrou no domingo, às 21horas.

As crianças das escolas do concelho participaram activamente na Feira doMel e da Castanha da Lousã

Os ranchos folclóricos animaram, durante estes dois dias, o recinto da feira

Magusto tradicional e muita animação em Penacova

Feira do Mel dinamizou o concelhoO Largo do Terreiro,em Penacova acolheueste fim de semanamais uma ediçãoda Feira do Mel,que contou este anocom a presençade 10 apicultores.

Promovida pela Câmara Muni-cipal de Penacova e BombeirosVoluntários, a Feira do Mel foi inau-gurada no sábado à tarde, numa ceri-mónia que contou com a presença dopresidente da autarquia, MaurícioTeixeira Marques, de alguns verea-dores e dos populares.

Para além da exposição e venda

do mel e dos produtos que utilizameste produto endógeno na sua confec-ção, os visitantes puderam desfrutartambém de um animado programacultural. A noite de sábado foi abri-lhantada pelo conjunto “Os Corsá-rios”, enquanto que no domingo demanhã actuou a Fanfarra dos Bom-beiros Voluntários e à tarde os ranchosfolclóricos de Zagalho e Vale do Condee os Barqueiros de Miro. Ao final datarde, actuou, na Igreja Matriz de Pe-nacova, o grupo Sax Ensemble –Quarteto de Saxofones de Coimbra, umgrupo de música de câmara.

O domingo foi também um diamuito especial quer para a populaçãodo concelho quer para as dezenas depessoas que se deslocaram de Lisboapara participar nesta festa em Pena-cova. À semelhança do que aconteceu

Arroz de míscaros no “Côta”Conhecido pela sua zona verdejante, o concelho de Penacova tem muitopara oferecer a quem o visita. Para além de toda a área natural, há quedestacar também todo o património construído, assim como as tradições eculturas desta região.

Estas tradições estão bem patentes até na própria gastronomia, ondeos pratos regionais ganham um papel de destaque.

Nesta altura do ano, há ainda mais motivos para visitar este concelho.O restaurante “Côta”, situado na Azenha do Rio, em Penacova, é um dosrestaurantes que oferece várias atracções. Para além dos pratos da cozinharegional, a sua ementa é enriquecida agora com o famoso arroz de míscaros,um delicioso prato, confeccionado neste restaurante com todo o requinte.Antes de saborearem este delicioso prato, os visitantes vão poder deliciar--te também com os peixinhos do rio fritos.

O arroz de míscaros é um prato característico exclusivamente destaépoca do ano e tem grande tradição nesta região, uma tradição que tempassado de geração em geração.

Se é um apreciador deste prato não perca esta oportunidade deconhecer o concelho de Penacova e de visitar o restaurante “Côta”.

em anos anteriores, a Casa do Con-celho em Lisboa organizou umaviagem para os “filhos da terra” queregressaram assim a Penacova para esteconvívio.

Tal como nos anos anteriores, aorganização acendeu uma grandefogueira e preparou um grande almoçoconvívio, onde não faltou o vinho, asfebras, o sarrabulho e a broa de milho.

A animação, o convívio, o reencontroe a boa disposição foram os ingredien-tes principais desta festa.

À tarde, todos os presentesparticiparam no tradicional magusto,com mais de 300 quilos de castanhas aserem assadas na caruma. A acom-panhar não faltou o vinho e a água pé,bebidas que estiveram à descrição detodos.

O tradicional magusto é um dos pontos altos desta festa em Penacova

Maurício Teixeira Marques, acompanhado por dois vereadores, durantea visita à Feira do Mel

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2/11/03

saúde 8

Cancro da mama

Doentes cardíacos têmnova opção de tratamento

Pneumonia atípica

Plano de contingência nacionalreactivado sem alterações

Colesterol em Portugal

Maioria tem níveis acimados recomendados

A Direcção-Geral de Saúde(DGS) divulgou, na semanapassada, o plano decontingência para enfrentarum eventual aparecimentode casos de pneumoniaatípica em Portugal,reactivando a estruturadefinida em Maio deste ano.

Prevendo dois cenários distin-tos, consoante o número de casos deinfecção que ocorram em simultâneo,o plano determina quais as unidadesresponsáveis pela triagem dos casose quais as destinadas a internamento.

Segundo o plano, disponíveldesde hoje no site da DGS, até 13 casosde infecção que necessitem deinternamento simultâneo a triagemserá efectuada por 16 hospitais,recorrendo-se às unidades de S. João(Porto), Curry Cabral (Lisboa) eHospitais da Universidade deCoimbra para internamento.

As três unidades assinaladaspara internamento, e que tambémefectuarão a triagem dos casossuspeitos, possuem quartos deisolamento de pressão negativa,equipados com um sistema queimpede a disseminação do vírus peloar.

Os restantes hospitais referen-ciados para triagem são as unidadesde Matosinhos, Guimarães, Braga,Vila Real (Norte), Santa Maria da Feira,Leiria, Viseu e Aveiro (Centro), SantaMaria, S. Francisco Xavier, Almada,Setúbal e Faro, no sul do país.

Entre estes hospitais apenas seispossuem quartos com pressão nega-tiva.

Face a um cenário de infecçãopor pneumonia atípica mais grave, emque o número de casos a necessitaremde internamento simultâneo seja su-perior a 13, a triagem será realizadaem todos os hospitais que integram aRede de Referenciação Hospitalar deInfecciologia, constituída por hospi-tais distritais que referenciam os doen-tes para unidades centrais previa-

mente determinadas.A Rede de Referenciação

Hospitalar de Infecciologia écomposta, na Região de Saúde doNorte - Distrito do Porto - pelosHospitais de Matosinhos, Vale doSousa, Vila Nova de Gaia, S. João eJoaquim Urbano/Santo António.

Nos distritos de Braga e Vianado Castelo são incluídos os hospitaisde Viana do Castelo, Guimarães eBraga, enquanto nos distritos deBragança e Vila Real são definidos oshospitais Nordeste Transmontano eVila Real.

Na Região de Saúde do Centro,distritos de Viseu, Guarda e CasteloBranco, são destacados o Hospital deViseu e o Centro Hospitalar de CovaBeira, enquanto os hospitais de SantaMaria da Feira, Aveiro, Universidadede Coimbra e Leiria assistem osdistritos de Aveiro, Coimbra e Leiria.

Na Região de Saúde de Lisboa eVale do Tejo estão referenciados oshospitais de Vila Franca de Xira, TorresVedras, Santa Maria, Curry Cabral,Egas Moniz, Cascais e Amadora-Sintra (distrito de Lisboa), o Hospitalde Santarém e Grupo Hospitalar(distrito de Santarém) e os hospitaisde Setúbal, Almada e Barreiro (distritode Setúbal).

Os hospitais de Évora e Bejaassistem a Região de Saúde doAlentejo e os do Barlavento e Faro aRegião de Saúde do Algarve.

No caso de um número elevadode doentes por pneumonia atípica -ou Síndroma Respiratória Aguda(SRA), de acordo com a designaçãocientífica da doença -, o internamentoé efectuado nos 16 hospitais seleccio-nados para o cenário menos grave dadoença.

A estes acrescenta-se ainda ohospital lisboeta Pulido Valente,enquanto a unidade de Egas Monizsubstitui o S. Francisco Xavier, ambosem Lisboa, que não possui quartoscom pressão negativa.

A DGS decidiu igualmenteintegrar o Hospital de Vale de Sousanas unidades destinadas a interna-mento, que só será utilizada em casode necessidade.

Já o internamento de criançasserá realizado nas unidades de S. Joãoe D. Estefânia, respectivamente noPorto e em Lisboa, e nos Hospitais daUniversidade de Coimbra.

A DGS assinala ainda que a redejá definida “pressupõe que o utentepotencialmente suspeito contacte alinha de Saúde Pública” (808 211311), através da qual será feita umaprimeira avaliação do caso eencaminhamento para um hospital detriagem.

A informação sobre o plano decontingência da DGS foi enviada atodos os hospitais e centros de saúdedo Serviço Nacional de Saúde, bemcomo às unidades privadas.

Mecanismosde alerta

A Direcção-geral da Saúde vai emitirem breve uma nota informativa sobreos mecanismos de alerta em relação àpneumonia atípica, para a fase pós-surto, disse à agência Lusa fonte dainstituição. A informação, que seráenviada a todos os serviços de saúde dopaís e estará disponível na Internet(www.dgsaude.pt), segue as orienta-ções estabelecidas pela OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) em relaçãoa esta doença, cujo nome científico ésíndroma respiratória aguda (SRA),embora o nome mais vulgarizado emPortugal seja o de pneumonia atípica.

A China, onde foi registado oprimeiro caso em Novembro do anopassado, activou quarta-feira umsofisticado sistema informático derede nacional, que permitirá moni-torizar 24 horas por dia a evoluçãodo vírus da doença.

Esse sistema informático, queliga hospitais e laboratórios do paísem rede a um sistema central, foi umadas sugestões feitas pela OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) à China paratravar a propagação de doenças comoa pneumonia atípica.

A doença, para a qual não háainda cura nem vacina, propagou-seda China a outros países, provocandocentenas de mortos, com mas emPortugal não se registou nenhum caso.

As mulheres com problemascardíacos e que sofrem decancro da mama vão poderrecorrer a um medicamentoalternativo, aprovadorecentemente pela ComissãoEuropeia para os 15 EstadosMembros e já utilizado emPortugal para outro tipo decancros.

O medicamento (cloridrato dedoxorubicina lipossómica peguilada)é uma “evolução feliz” de um fármaco(adriamicina) já regularmente utiliza-do no tratamento do cancro da mama,tanto para evitar o reaparecimento dadoença como, em fases mais avança-das, controlar a sua progressão, expli-cou à Lusa o oncologista LuísCosta.

A diferença essencial entre osdois medicamentos, enfatizou oespecialista do Hospital Santa Maria,

reside no facto de a doxorubicinalipossómica ser menos tóxica a nívelcardíaco, pelo que pode ser utilizadapor doentes com problemas cardía-cos, e em tratamentos mais prolonga-dos.

O medicamento, que já é utili-zado nos hospitais portugueses,nomeadamente no Santa Maria,“sempre que é justificado”, caracte-riza- se ainda por “causar menosfrequentemente queda de cabelo”,adiantou Luís Costa.

A doxorubicina lipossómica écomercializada nos países da UniãoEuropeia para o tratamento do cancrodo ovário em fase avançada, tendo aComissão Europeia aprovado agoraa sua utilização para o cancro da ma-ma.

Este tipo de cancro constitui asegunda causa de morte em mulherese, anualmente, morrem cerca de 67mil europeias vitimas desta doença.

O cancro da mama é anualmentediagnosticado em 3.000 mulheresportuguesas.

A maioria dos portuguesestem níveis de colesterolacima dos recomendados e,logo, um risco acrescido deproblemas cardiovasculares,revelam os resultados de umrastreio divulgados nasemana passada pelaFundação Portuguesa deCardiologia (FPC).

A acção de rastreios nacional foiinserida na campanha “Colesterol -Cuidado com Ele”, realizada emPortugal Continental e Ilhas, que con-cluiu que 54 por cento dos portu-gueses apresenta actualmente níveisde colesterol acima dos valores reco-mendados (mais de 190 mg/dl).

Para a Fundação Portuguesa deCardiologia, estes resultados podemsignificar que a maioria da populaçãoapresenta um risco acrescido paraacidentes cardiovasculares, justifi-cando a liderança europeia de Portugalao nível da incidência de AcidentesVasculares Cerebrais (AVC). Só em Por-tugal registam-se nove AVC por hora.

Segundo o assessor médico daFundação Portuguesa de Cardiologia,Luís Negrão, o projecto «Colesterol -Cuidado com Ele» permitiu constatarque cerca de 40 por cento da popula-ção sabe que o valor recomendado éde 190mg/dl.

Cerca de 75 por cento da popu-lação que participou nos rastreios tinhamenos de 65 anos.

O rastreio permitiu que muitaspessoas tivessem sido confrontadoscom valores de colesterol que nãoestavam à espera, já que mais demetade tinha valores elevados.

Este rastreio, considerado o maiorjamais efectuado em Portugal, foipromovido por um laboratório econtou com o apoio científico elogístico da Fundação Portuguesa de

Cardiologia, Sociedade Portuguesa deCardiologia, Sociedade Portuguesa deAterosclerose e Associação Portuguesade Médicos de Clínica Geral. Ainiciativa decorreu entre Janeiro eJulho deste ano.

Os principais objectivos destacampanha foram sensibilizar a popu-lação para “o gravíssimo problema desaúde pública que o colesterol elevadorepresenta” e contribuir para uma maiscorrecta avaliação da situação emPortugal.

Ao longo da campanha foramrastreados 5.583 portugueses, comidades compreendidas entre os 18 e os75 anos. Do total, 2.367 eram homens(42,4 por cento) e 3.216 (57,6 porcento) mulheres.

Os níveis de colesterol sãodependentes de factores como a idade,o sexo ou o peso, sendo que 41 porcento das pessoas rastreadas revelaramum Índice de Massa Corporal (IMC)entre 25 e 30, ou seja, excesso de peso,e 18 por cento apresentavam já níveisde obesidade.

O colesterol é uma substânciaque se encontra na corrente sanguíneae em todas as células do corpo. Numorganismo saudável, a sua funçãoconsiste em formar as membranas dascélulas, entrando também na com-posição de algumas hormonas e deoutros tecidos indispensáveis. Quandoo seu nível é excessivo, pode depositar-se nas paredes das artérias que ali-mentam o coração e o cérebro entu-pindo-as, provocando aquilo a que sechama de arterosclerose.

Produtos à base de plantas

Sector regulamentado já em 2004Os produtos de saúde à base de plantasvão estar regulamentados até ao finaldo ano, com obrigatoriedade de registoprévio à sua comercialização e sançõesem casos de infracção, revelou à Lusao secretário de Estado da Saúde.

Carlos Martins pormenorizouque a legislação vai enquadrar astradicionalmente designadas plantasmedicinais, tendo como objectivo“controlar a qualidade, a segurança eefeitos benéficos destes produtos parao utilizador, salvaguardando a saúdepública”.

A tentativa de regulamentar estesector foi iniciada em 2002, depois devárias inspecções conjuntas doInstituto Nacional da Farmácia e doMedicamento (Infarmed) e daInspecção-Geral das ActividadesEconómicas terem resultado naapreensão de mais de 500 produtos emervanárias e dietéticas.

As inspecções, realizadas entreMaio e Junho, e as apreensões deixa-

ram o sector em polvorosa, tendo asassociações representativas dos pro-fissionais da área recusado de imediatoa tutela do Infarmed sobre este tipo deprodutos.

O secretário de Estado da Saúdereconheceu à Lusa que, quando foi ini-ciada a tentativa de regulamentação asituação no sector era “explosiva”,com “alguma incompreensão de partea parte”. Um cenário que, sublinhou,já não se verifica hoje. “É gratificantechegar ao fim deste trabalho, quedecorreu com serenidade”, enfatizouCarlos Martins.

O ante-projecto elaborado peloInfarmed, e que o Ministério da Saúdequer ver aprovado antes do fim do ano,abrange os processos de fabrico,produção e distribuição dos produtosà base de plantas.

Estes ficam sujeitos a um licen-ciamento prévio, pelo Infarmed, e nãopodem reivindicar propriedades que,comprovadamente, não possuam.

Segundo o presidente do Infar-med, Rui Ivo, as finalidades de cadaproduto “terão de ser definidas deacordo com a evidência científicaproduzida” embora “em muitos casos”possa ser “baseada no uso tradicional”.

A infracção às regras definidasno documento legal implica sançõesentre os 500 e os 30 mil euros e podelevar à revogação do alvará de fabricode produtos de saúde à base de plantas.

O projecto legislativo vem an-tecipar uma directiva sobre a mesmamatéria, actualmente em discussão naUnião Europeia e que deverá entrarem vigor a 31 de Dezembro de 2004.

A directiva pretende harmonizaro espaço europeu em relação a estesprodutos e, segundo o secretário deEstado, Portugal terá um períodotransitório de cinco anos para seadequar à directiva, o que facilitará aadaptação dos produtos que já estejamno mercado à data da entrada em vigorda mesma.

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12/11/03

desporto 9

Académica conquistatrês pontos frente ao MarítimoO Marítimo perdeu nosábado à tarde ainvencibilidade no seureduto nesta Superliga defutebol, ao ser surpreendido,na 11.ª jornada, pelaAcadémica de Coimbra (2-0), equipa que não vencia no“Caldeirão” há oito partidasconsecutivas, somandoapenas um empate.

O Marítimo entrou confiante nasua quarta posição classificativa mas,talvez a pressão de que uma vitórialhe poderia dar o segundo lugar databela, entorpeceu nitidamente osseus jogadores durante quase todosos noventa minutos.

Por outro lado, a “teia” montadapelo treinador dos “estudantes”, VítorOliveira, deu provas de eficácia, comuma pressão alta e um sistema de forade jogo a toda a prova - só na primeiraparte, o Marítimo foi apanhado oitovezes em posição irregular de ata-que.

A equipa de Manuel Cajudatambém não estava inspirada e comDanny muito vigiado de perto porRocha, a equipa sentia dificuldadesem acertar o passo mas, mesmo assim,aos 10 minutos, conseguiu fugir pelaesquerda e cruzar forte e tenso com

Pedro Henriques (sem falta) a atrasara bola a Pedro Roma ante a ameaçade Gaúcho.

Aos 19 minutos, Ezequías cru-zou da esquerda, a bola passou portoda a área dos estudantes mas Binoapenas conseguiu cabecear à figurade Pedro Roma. Na resposta, numarecolocação rápida da bola, oholandês Mitchell (até ele falhou)atrasou a bola de cabeça para o seuguardião Marcos, mas Delmer foimais rápido e surgiu a desviar a bolapara o fundo das redes maritimistas.

Apenas aos 25 minutos, o Ma-rítimo respondeu, com um cabe-ceamento de Alan, que todo o Estádiogritou golo, mas que saiu ao lado dabaliza adversária, o mesmo suce-dendo aos 31 minutos, quando Gaú-

cho também cabeceou ao lado.A segunda parte começou com

um Marítimo apostando na revi-ravolta do marcador, mas as entradasde Marcelo Carioca, Kennedy eRincon revelaram-se frutíferas paraum sistema de jogo da Académicacada vez mais fechado.

Mesmo assim, Danny, aos 47minutos, quase fez o empate, mas oseu cruzamento-remate da esquerda“apenas” obrigou Pedro Roma agrande defesa para canto.

Aos 75 minutos, numa dasmelhores jogadas dos insulares, Alanisolou Rincon mas o remate deste saiuà figura de Pedro Roma, com a recargados atacantes madeirenses a sersustida pela defesa coimbrã, isto antesde o mesmo Rincon, numa jogada deinsistência, ter marcado, desta feitanum duvidoso fora de jogo dosimensos que foram assinalados àequipa madeirense.

Os academistas “mataram” ojogo aos 84 minutos, quando Jor-ginho foi à linha, pela esquerda, cru-zou e Fábio Felício surgiu a rematarforte e sem hipóteses para Marcos.

Resultado algo exagerado numjogo com arbitragem regular de AndréGralha, apesar dos imensos (algunsduvidosos) foras de jogo e no pactuardo anti-jogo da Académica, istoperante um Marítimo carente deimaginação.

Académica B empata em casa

Troféu Portugal’2004

Indiferença e curiosidademarcam exposiçãoIndiferença e curiosidadeforam os sentimentos que semisturaram entre as pessoasque passaram no sábado àtarde pela zona do centrocomercial de Lisboa ondeestá exposto o troféudestinado ao vencedor doEuropeu de futebolPortugal’2004.

Ladeada por dois agentes da PSP,a Taça encontra-se na sub-cave doarmazéns espanhóis El Corte Inglês -no âmbito de uma exposição orga-nizada por uma marca de refrigerantespatrocinadora do Campeonato daEuropa do próximo ano - e pôde servista pelo público no sábado e nodomingo.

Mas para conseguir tirar umafotografia de recordação junto dotroféu, os interessados tiveram decomprar primeiro uma quantidadedeterminada de refrigerante e dirigir--se com o talão de compra à zona deexposição, onde as assistentes damarca se encarregaram de fazer o

retrato, com a única máquina fotográ-fica autorizada para o efeito.

Foi o caso de Miguel Lopes, umgestor de 29 anos, que cumpriu todasas exigências para ficar com umafotografia ao lado do troféu, que seencontrava protegido dentro de umavitrina, diante de um cartaz da marcacom a fotografia de um dos seuspatrocinados, o médio português LuísFigo.

“Adoro futebol e tudo o que érelativo ao futebol é motivo derecordação para mim. É preciso agoraver se ela (a taça) fica cá em Portugalno próximo ano. (O seleccionadornacional Luiz Felipe) Scolari diz quehá sete selecções mais fortes, masvamos ver. Se Portugal chegasse àfinal já era bom”, afirmou este adepto,confiante numa boa prestação daselecção nacional na prova.

Após a hora de almoço, numadas zonas mais movimentadas dosarmazéns espanhóis, apenas doisadeptos tiraram fotografias, com amaioria a demonstrar indiferença ousimples curiosidade perante o objectoúnico, que será entregue ao vencedorda competição, no Estádio da Luz, a4 de Julho de 2004.

C L A S S I F I C A Ç Ã O

SUPERLIGA I I LIGA II DIVISÃO - ZCentro III DIVISÃO - Série C III DIVISÃO - Série D

J V E D M S P

1 FC Porto 11 9 2 0 25 7 29 2 Sp. Braga 11 6 3 2 12 9 21 3 Benfica 10 6 2 2 19 10 20 4 Beira Mar 11 6 2 3 20 13 20 5 Boavista 11 5 5 1 12 5 20 6 Sporting 10 6 1 3 17 13 19 7 Marítimo 10 5 3 2 10 8 18 8 Nacional 11 5 0 6 16 11 15 9 Belenens. 11 3 5 3 15 17 1410 Académica 11 4 2 5 12 14 1411 Rio Ave 11 3 4 4 13 11 1312 Alverca 11 4 1 6 12 12 1313 Gil Vicente 11 3 3 5 14 11 1214 Moreirense 11 3 3 5 8 15 1215 U. Leiria 11 3 2 6 12 20 1116 Guimarães 11 2 3 6 12 17 917 P. Ferreira 10 2 0 8 4 18 618 E.Amadora 11 1 1 9 6 28 4

J V E D M S P

1 Estoril 11 8 1 2 19 8 25 2 Varzim 11 8 0 3 15 9 24 3 Naval 11 6 3 2 16 8 21 4 Salgueiros 11 6 2 3 20 16 20 5 V. Setúbal 11 5 4 2 21 16 19 6 Portimon. 11 5 2 4 16 13 17 7 Ovarense 11 4 4 3 15 13 16 8 Penafiel 11 4 3 4 19 17 15 9 S. Clara 11 3 6 2 14 14 1510 Feirense 11 4 3 4 12 13 1511 D. Chaves 11 3 5 3 13 13 1412 Felgueiras 11 4 2 5 11 11 1413 Leixões 11 3 4 4 10 13 1314 Desp. Aves 11 3 2 6 17 21 1115 Marco 11 3 2 6 9 16 1116 Maia 11 2 3 6 15 22 917 U. Madeira 11 2 3 6 10 17 918 Sp. Covihã 11 1 1 9 6 18 4

J V E D M S P

1 Sanjoan. 11 8 2 1 22 9 26 2 Torreense 11 7 3 1 19 6 24 3 Lamas 11 7 1 3 17 10 22 4 Caldas 11 7 1 3 12 9 22 5 Fátima 10 6 2 2 13 10 20 6 Portomos. 11 4 6 1 17 9 18 7 S. Espinho 11 5 3 3 15 14 18 8 Esmoriz 11 4 5 2 16 13 17 9 Alcains 11 4 5 2 19 19 1710 O. Bairro 11 4 3 4 15 15 1511 Pombal 11 4 2 5 12 15 1412 Pampilho. 11 3 3 5 17 16 1213 Académ. B 11 3 3 5 10 16 1214 Oliveiren. 11 2 5 4 15 14 1115 A. Viseu 11 2 4 5 9 13 1016 Águeda 11 2 4 5 11 19 1017 O.Hospital 11 2 3 6 7 21 918 Vilafranq. 10 2 2 6 12 15 819 Marinhens. 11 2 2 7 4 10 820 Estarreja 11 1 1 9 12 21 4

J V E D M S P

1 Tourizen. 9 6 3 0 20 11 21 2 Tocha 9 6 0 3 13 6 18 3 Milheiroen. 9 5 1 3 19 11 16 4 Lamas 9 4 2 3 13 11 14 5 P. Castelo 9 4 2 3 10 9 14 6 F. Algodres 9 3 4 2 13 11 13 7 Gafanha 9 4 1 4 12 12 13 8 Arrifanen. 9 4 1 4 14 15 13 9 S.J. Ver 9 4 0 5 16 14 1210 Santacom. 9 3 3 3 10 12 1211 Satão 8 3 2 3 9 12 1112 U. Coimbra 8 3 2 3 8 11 1113 Cesarense 9 2 4 3 12 11 1014 Valecambr. 9 2 3 4 14 16 915 A.Beira 9 2 3 4 6 11 916 Anadia 9 1 5 3 6 9 817 Arouca 9 2 2 5 10 15 818 Mangualde 9 1 4 4 6 14 7

J V E D M S P

1 Abrantes 9 6 3 0 19 7 21 2 Sourense 9 6 2 1 24 9 20 3 BC Branco 9 5 4 0 16 4 19 4 Peniche 9 6 1 2 11 7 19 5 Lourinhan. 8 5 2 1 12 8 17 6 Idanhense 9 4 3 2 11 8 15 7 Riachense 8 4 2 2 15 10 14 8 T. Novas 9 4 1 4 15 17 13 9 Rio Maior 9 3 3 3 16 13 1210 Fazend. 9 3 3 3 11 12 1211 Caranguej. 9 3 2 4 17 12 1112 Bidoeiren. 9 3 1 5 12 12 1013 Alcobaça 9 2 3 4 8 11 914 Benediten. 9 2 3 4 10 15 915 Alq. Serra 9 2 1 6 6 15 716 Mirense 9 1 3 5 6 18 617 Sertanen 9 1 2 6 5 15 518 U.Almeirim9 0 1 8 5 26 1

A Académica B nãoconseguiu, no domingo, maisdo que um empate frente àequipa do Caldas, uma dasprimeiras classificadas da IIDivisão B/Zona Centro.

A jogar no Estádio MunicipalSérgio Conceição, a equipa secun-dária dos estudantes voltou a nãoconseguir vencer em casa. Frente aoCaldas, a “Briosa” demonstrou algu-mas dificuldades para conseguirdominar o encontro e revelou mesmoalgumas dificuldades a nível ofen-sivo.

Com um plantel reduzido, aAcadémica B apostou sobretudo no

contra-ataque.Apesar de receber em casa um

dos primeiros classificados, os estu-dantes entraram em campo sem receioe tentaram criar situações quepudessem terminar em golo. Apesardas tentativas, o guarda redes Tiagonão se deixou surpreender e negousempre o golo à “Briosa”.

Mas, ainda antes do intervalo, aAcadémica passou também poralguns momentos difíceis e de grandeperigo. Valeu à equipa a excelenteexibição do guarda redes Eduardo queevitou, com três defesas consecutivas,o golo do Caldas.

Ainda antes do intervalo, otécnico Vítor Alves viu Tó Sá ser ex-pulso, ao ver o segundo cartão ama-relo, alegadamente por ter cortado o

esférico com a mão. Esta decisão doárbitro obrigou o plantel a jogar maisde 45 minutos com menos uma uni-dade.

No segundo tempo, o Caldas, emsuperioridade numérica, assumiu ocomando do jogo e conseguiu criarvárias oportunidades de golo.

Continuou a valer à Briosa aatenção de Eduardo que, se desdo-brou, até ao final do encontro e con-seguiu evitar a derrota da equipa dosestudantes.

Apesar da desvantagem numé-rica, a Académica não baixou osbraços nem se remeteu para a defesa.Tentou criar espaços e chegar à áreaadversária mas sem grande sucesso.No final, as equipas foram obrigadasa dividir os pontos.

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Livros

Obra de Maria Morgado eJosé Vegar já vendeu 10 milO livro da magistrada Maria JoséMorgado e do jornalista José Vegar, “OInimigo sem Rosto - Fraude e Corrupçãoem Portugal”, vendeu mais de 10 milexemplares em menos de uma semana,revelou à Lusa fonte editorial. Deacordo com a editora “Dom Quixote”,a primeira edição de 10 mil exemplaresdo livro, colocada nas livrarias no dia31 de Outubro, esgotou, encontrando--se já em circulação uma segundaedição de 12 mil exemplares. Na obra,com 150 páginas, a procuradora-geraladjunta Maria José Morgado, 52 anos,e o jornalista “free-lancer” José Vegar,34 anos, abordam a fraude e o crimeeconómico, incluindo a corrupção ebranqueamento de capitais, e ainda ainvestigação criminal nesta área.Dedicam também um capítulo à Justiçae Comunicação Social e criam algumasficções em redor dos temas fortes queinspiram o livro. “Os crimes econó-mico-financeiros organizados, nelesincluindo a corrupção e a fraude nãofazem, aparentemente, vítimas. Noentanto (...) são provavelmente aquelesque maiores danos causam aos Estadose aos seus cidadãos”, dizem os autoresna contracapa. Para Maria JoséMorgado, que foi responsável pelaDirecção Central de Investigação daCorrupção e Criminalidade Económi-ca e Financeira (DCICCEF) da PJ deNovembro de 2000 a Agosto de 2002,e José Vegar, antigo jornalista do “Ex-presso”, estes crimes “geram pobreza,impedem o desenvolvimento econó-mico, provocam injustiça social e sãoresponsáveis pela degradação dosistema político e das instituiçõespúblicas”. Os autores referem queprocuraram “escrever sobre questõesextremamente complexas e delicadasde um modo simples”, pretendendo

fazer “uma análise, tão fundamentadaquanto possível, da dimensão destacriminalidade em Portugal”. Por outrolado, consideram que este tema“continua arredado da agenda política,o que provoca dificuldades acrescidasa polícias e magistrados no terreno” edefendem “um modelo de combate aofenómeno que tarda em ser aplicado”.Em seis capítulos, o livro aprofunda otema da fraude e corrupção, analisandoquestões como “Lucro e poder”, “Aeconomia do saco azul (estrutura esignificado da corrupção)”, “O rastoinvisível (a lavagem do dinheiro comocoração do crime organizado)” e “Umachave para a investigação criminal”. Aobra insere-se na colecção “Participar”da “Dom Quixote” que já publicou,entre outros livros, “A Ilusão do Poder -Análise do Sistema Partidário Portu-guês” de Joaquim Aguiar e “O Salaza-rismo” de Jacques Georgel, com pre-fácio de Mário Soares, estando parabreve a saída de “Tempo para a Guerra,Tempo para a Paz”, de Shimon Peres.

Samara recebe PrémioFundação Mário SoaresO Prémio Fundação Mário Soares2003, atribuído ao “Verdes e Verme-lhos: Portugal e a Guerra no Ano deSidónio Pais”, de Alice Samara, vaiser entregue no dia 26 no edifícioda Fundação, em Lisboa. A primeiraparte do livro procura caracterizar eentender a sociedade e o campo po-lítico, divididos pela questão dabeligerância portuguesa durante a IGuerra Mundial, ocasião em que aRepública atravessou tempos con-turbados, assistindo-se a uma criseeconómica, social e política. O estu-do tem por objectivo a análise dorelacionamento entre “verdes” e“vermelhos”, ou, dito de outra for-ma, entre os sidonistas e os auto-denominados amantes da ordem,por um lado, e os operários (ou a

parte destes que está ligada à UniãoOperária Nacional), por outro. Aobra aborda momentos cruciais daHistória de Portugal no período emcausa e mostra como 1918, últimoano de guerra, se revelou de grandeimportância para a história da IRepública, levando em linha de con-ta a experiência política sidonista etodo o esforço de mobilização feitopelos operários organizados. MariaAlice Samara nasceu em Lisboa, emAbril de 1974, licenciou-se em His-tória pela Faculdade de CiênciasSociais e Humanas da UniversidadeNova de Lisboa e tornou-se Mestreem História dos séculos XIX e XX(secção do século XX). Membro daequipa de investigação do Institutode História Contemporânea daFaculdade de Ciências Sociais eHumanas da Universidade Nova deLisboa, é autora de vários artigossobre a I República, especialmentesobre o período de 1914-1918, ten-do publicado recentemente a “Foto-biografia de Sidónio Pais” (2002).

Música

Blind Zero - Nove anos derock premiados pela MTVO prémio atribuído na quinta feira pelaMTV Portugal aos Blind Zero é vistopelo grupo como o culminar de um anointenso e de consolidação de umacarreira que começou em 1994, nasenda do “grunge” e do rock alternativo.Formados no Porto, os Blind Zeroassumem hoje uma postura e umasonoridade mais maduras em relaçãoao grupo que surgiu há nove anos. “Naaltura a banda não era conhecida e tinhauma maior urgência em dizer as coisas”,disse o vocalista do grupo, MiguelGuedes, à agência Lusa. Hoje a bandaafirma-se mais madura, “com umaenorme paz de espírito e com formas

Guns N’ Roses confirmadano Rock in Rio LisboaA banda norte-americana Guns N’Roses vai ser cabeça de cartaz dasegunda noite do festival Rock in RioLisboa, a 30 de Maio de 2004, anun-ciou a organização do evento. É aterceira vez que o grupo liderado porAxl Rose participa no Rock in Rio,tendo actuado nas edições de 1991 ede 2001 daquele que é considerado omaior festival de música do mundo.De acordo com Roberto Medina,mentor do Rock in Rio, “a força eenergia do Axl (Rose) são únicas”. “Éfundamental termos essas caracterís-ticas no Rock in Rio”, completou oempresário brasileiro, citado numcomunicado da organização. Além dapresença da banda de Los Angeles,estão também confirmadas as actua-ções da brasileira Ivete Sangalo e doportuguês Rui Veloso, ambos noPalco Mundo. Também já foramanunciadas as presenças do francêsThierry Robin, na Tenda Raízes, e doDJ português Vibe, na Tenda Electro.O Rock In Rio Lisboa terá lugar nodias 29 e 30 de Maio de 2004 e 04, 05e 06 de Junho de 2004 no Parque daBela Vista, em Lisboa, cinco dias defestival nos quais se espera a presençade 500 mil pessoas. Segundo aorganização, estarão presentes noRock in Rio Lisboa 70 bandas, artistase oradores, distribuídos pelo PalcoMundo, a Tenda Raízes (vinte nomesda world music), a Tenda Electro(quinze DJ’s nacionais e interna-cionais) e a Tenda Mundo Melhor.Paralelamente ao concerto, os GunsN’ Roses participarão numa acção desolidariedade enquadrada no evento,apoiando uma criança através daChildreach/ Plan, a instituição desolidariedade social apoiada peloRock in Rio-Lisboa.

diferentes de ver a música, fruto de actosmais pensados”. Com a sensação de quenove anos de carreira são muito tempomas passaram depressa demais, MiguelGuedes diz que no grupo “se mantém avitalidade para fazer mais discos quedigam coisas novas”. Sem renegar aimportância de cantar em inglês, osBlind Zero editaram o EP “Recognize”(1995), depois de vários meses deensaios de garagem e concertos em baresdo Porto. No mesmo ano surgiram como primeiro álbum, “Trigger”, produzidopor Ronnie Champagne, que osaproximava do rock alternativo e dasonoridade de nomes como Pearl Jamou Soundgarden. Por constantecolagem a esses grupos, a própria bandaprocurou novos rumos e combinaçõesdo rock com, por exemplo, o hip-hop,ao editar o EP “Flexogravity” em 1996,com os Mind da Gap. Na cadência deum registo por ano, os Blind Zeroeditaram o segundo álbum em 1997,“Redcoast”, que voltou a contar comprodução estrangeira, desta vez de Mi-chael Vail Blum. Depois de “Redcoast”só voltaram a compor em 1999, paraeditarem no ano seguinte “One SilentAccident”, um disco mais maduro, comuma sonoridade entre o rock agressivoe as melodias subtis suportadas pela vozde Miguel Guedes, mais segura edesprendida. Este ano surgiram com “AWay To Bleed Your Lover”, aquele queconsideram ser o melhor álbum quecompuseram até hoje e que espoletouconcertos e contactos que fazem de2003 uma das melhores fases do grupo.Em Julho abriram oficialmente asemissões da MTV Portugal, com umconcerto gravado em Milão, no Verãoregressaram a Itália para tocar ao vivo eem Setembro encetaram uma digressãonacional por pequenos espaços emtodas as capitais de distrito. Em anopleno para o grupo, Miguel Guedesrevelou à Lusa que há contactos paraedição do álbum “A Way to Bleed YourLover” na Europa e América Latina.

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12/11/03

cartaz 11

COIMBRA• RDP Centro ............................................ 94.9• Universidade ........................................ 107.9• 90 FM ...................................................... 90• Província (Anadia) ................................. 100.8• Clube de Arganil ..................................... 88.5• Concelho Cantanhede ............................... 103• Regional Centro (Condeixa) ..................... 96.2• C. Foz Mondego (F. Foz) .......................... 99.1• Maiorca .................................................. 92.1• Clube da Lousã ....................................... 95.3• C. da Pampilhosa .................................... 92.6• Dueça (M. Corvo) ..................................... 94.5• Beira Litoral (Montemor) ......................... 101.7• Popular de Soure. .................................. 104.4• Santo André (Poiares) ............................ 100.5

rádios museusCasa Museu B. Barreto — Das 15 às 17 horas (3.ª a6.ª), das 10 às 12 e das 15 às 17 horas (sábados edomingos). Fechado à segunda-feira e feriados.Laboratório Minerológico e Geológico — Das 9,30às 12,30 e das 14 às 17 horas. Fechado aos sábados edomingos.Académico — Colégio S. Jerónimo Telef. 239 827-396.Arte Sacra — Pátio da Universidade.Laboratório Antropológico — De segunda a sextadas 9,30 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.Machado de Castro — Das 9,30 às 12,30 e das 14 às17,00 horas. Fechado à segunda-feira.Militar — Das 10 às 12 e das 14 às 17 horas. Todos os dias.Monográfico de Conímbriga — Ruínas abertas todosos dias das 9,30 às 13 horas e das 14 às 18 horas.Nacional da Ciência e da Técnica — Das 9,30, às12,30 e das 14 às 17 horas. De segunda a sexta-feira.Transportes Urbanos — Segunda a sexta das 9,00 às12,30 horas e das 14 às 17,30 horas.

Municipal – Aberta das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30horas (2.ª a 6.ª feira). Encerra aos sábados edomingos.

Geral da Universidade – Das 9 às 22,45 horas 2.ªsábado das 9 às 12,45 horas. Fecha ao domingo.

Arquivo da Universidade – Das 9 às 12,30 e das 14às 18 horas (2.ª e 3.ª feira), das 9 às 12,30 e das 14às 17,30 horas (4.ª, 5.ª e 6.ª). Fecha ao sábado edomingo.

bibliotecasJoanina – Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Todosos dias.

Casa-Museu Bissaya Barreto – Aberta das 15 às17 horas - 3.ª a 6.ª feiras. Encerra - sábados,domingos e feriados.

Centro de Documentação da A. R. S. – Aberta das 9às 13 e das 14 às 17 horas. Fecha aos sábados edomingos.

Centro de Documentação 25 de Abril

quarta feira quinta feira

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças14.00 Euronews15.00 Informação Gestual16.00 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Onda Curta19.00 Lifespan20.00 RTP Crianças20.30 Homens, Mulheres e Cães21.00 Casei com uma Feiticeira21.30 Planeta Azul22.00 Jornal 223.00 Programa a designar00.00 5 Noites 5 Filmes:

“A Vingança”

HOLLYWOOD

19.00 As Mil Luzes de Nova Iorque

SIC MULHER

22.00 Encontro Marcado

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças14.00 Euronews15.00 Informação Gestual16.00 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Animais Curiosos19.00 Mópiopio20.00 RTP Crianças20.30 Homens, Mulheres e Cães21.00 Casei com uma Feiticeira21.30 Bombordo22.00 Jornal 223.00 Mentes Assassinas00.00 5 Noites 5 Filmes:

“Rapto Infernal”

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família é uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.30 Malhação17.30 Agora é que são Elas18.15 Ídolos18.30 As Filhas da Mãe19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Ídolos21.30 Malucos do Riso22.00 Mulheres Apaixonadas23.00 Kubanacan00.00 O País em Directo01.15 Noite de Estreia:

“Casamento na Família”03.30 Balada de Nova Iorque

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 Big Brother IV - Gala17.00 Big Brother IV - Compacto17.15 Quem Quer Ganha18.15 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Saber Amar22.30 O Teu Olhar23.30 Big Brother IV - Compacto00.00 Big Brother IV - Especial00.30 Eu Confesso02.00 Filme: “Tudo por Amor:

A História de Natalie Cole”04.00 Just Shoot Me04.45 Dona Anja

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 A Vida é Bela16.00 Bons Vizinhos16.30 Quem Quer Ganha17.15 Big Brother IV - Extra17.45 Big Brother IV - Compacto18.15 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Saber Amar22.30 O Teu Olhar23.30 Big Brother IV - Compacto00.00 Big Brother IV - Especial00.30 Cartaz das Artes01.15 Filme: “Realidade Cruel”03.00 Just Shoot Me04.00 Primeira Vaga04.45 Dona Anja

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Lusitana Paixão14.30 Portugal no Coração17.30 Operação Triunfo18.00 SMS - Ser Mais Sabedor18.30 Regiões19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.10 Contra-Informação21.15 Futebol:

Marítimo - Benfica23.15 RTP Cinema:

“Hora de Ponta”01.00 Operação Triunfo01.30 Magazine: Livro Aberto02.00 RTP Cinema: Filme a designar

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família é uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.30 Malhação17.30 Agora é que são Elas18.15 Ídolos18.30 As Filhas da Mãe19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Ídolos21.30 Malucos do Riso22.00 Mulheres Apaixonadas23.00 Kubanacan00.00 Ou Bai ou Rocha01.00 Cartaz Cultural01.30 O Programa da Maria02.30 Boca de Cena

SIC GOLD

20.00 O Barco do Amor

HOLLYWOOD

21.00 Quem Não Chora... Não Ama

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Lusitana Paixão14.30 Portugal no Coração17.30 Operação Triunfo18.00 SMS - Ser Mais Sabedor18.30 Regiões19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.10 Contra-Informação21.20 Quem Quer Ser Milionário?22.00 Titanic23.00 Falar Claro00.00 Os Imortais00.45 Operação Triunfo01.15 Beverly Hills, 9021002.00 RTP Cinema: Filme a designar

António Fagundes defende maiorintercâmbio entre Brasil e PortugalO actor António Fagundes, que está emPortugal para encenar a peça “SeteMinutos”, acredita que o intercâmbiocultural entre Brasil e Portugal deveriater um maior incentivo por partedos dois governos.

Fagundes, autor do texto da peça, actua primeirono Coliseu do Porto, na sexta feira até domingo, e ficaem cartaz em Lisboa do dia 20 deste mês, até 14 deDezembro, no teatro Tivoli, sempre de quarta adomingo.

“Isto do intercâmbio é só uma questão se começar.Se boas peças brasileiras vêm a Portugal e o públicoaceita bem, como tem acontecido, fatalmente vaicomeçar a haver uma troca e as companhiasportuguesas começarão a ir ao Brasil”, disse AntónioFagundes à agência Lusa.

O actor adianta que actualmente o intercâmbioocorre somente através de empresas privadas, sem aparticipação dos governos brasileiro e português.Fagundes salientou que os dois governos deveriamenvolver-se mais nesta questão, facilitar as trocasculturais através de apoios aos artistas.

“As passagens de avião, algum subsídiofinanceiro, algo parecido, seria o ideal para que boascompanhias brasileiras viessem a Portugal e paragrupos portugueses se deslocarem ao Brasil”, declarou.Fagundes reconhece que os artistas brasileiros estão achegar mais facilmente a Portugal do que o contrário,apesar de reconhecer que começa a existir uma maiorpresença portuguesa no Brasil.

“Aos poucos estamos recebendo os artistasportugueses, como a cantora de fado Mariza, que esteverecentemente em São Paulo e foi muito acarinhada ebem recebida pelos brasileiros”, referiu.

O actor declarou que por vezes fica “chateado”com a falta de intercâmbio entre os dois países,acrescentando que está a descobrir vários autoresportugueses e que estes não são editados no Brasil. “Éa mesma língua, são autores maravilhosos e tenho acerteza que fariam muito sucesso no Brasil. Emcontrapartida, em Portugal temos editados váriosautores clássicos, como Machado de Assis e JorgeAmado, mas os escritores contemporâneos tambémbrasileiros não são publicados”, acrescentou.

Fagundes mostrou-se feliz com a sua iniciativade editar a peça “Sete Minutos” em DVD no Brasil,que está a ser vendido em clubes de vídeo com oobjectivo de atingir um público maior da montagem.“Já foram vendidas quatro mil cópias do DVD para osclubes de vídeo, que é um recorde mesmo para filmes.

Estou muito satisfeito com o resultado da minhainiciativa, a primeira neste género a ser realizada noBrasil”, disse. O actor referiu que quando chegar aoBrasil vai conversar com os distribuidores, pois gostariaque esta iniciativa fosse estendida até Portugal. Sobre oGilberto Gil, Fagundes disse que o cantor baiano é oministro da Cultura com mais vontade política quepassou pelo Brasil. “Gil já sofreu e sofre na carne aquestão da falta de incentivo à cultura e sabe dasdificuldades de se montar um espectáculo. Ele é umapessoa habilitada para tentar tratar do nosso problema”,garantiu.

António Fagundes, que pela primeira vez pisapalcos portugueses, declarou que a comédia é um estiloque pode provocar, “cutucar” e promover um maiornúmero de soluções diante da vida e seus problemas.“A comédia sempre foi colocada de lado no mundo dosespectáculos, considerada uma arte menor, apesar de sermuito mais difícil de se fazer, pois nem todo mundoconsegue fazer o outro rir. Assim, escrevi o texto dapeça ‘Sete Minutos’, uma boa comédia”, declarou.

“O meu texto fala sobre a paixão pelo teatro, querseja por parte dos actores como também do público”,acrescentou António Fagundes. O texto, encenado porBibi Ferreira, conta a história de um actor (Fagundes,que interpreta Macbeth) que interrompe o espectáculodepois de ouvir um telemóvel a tocar, criando situaçõeshilariantes.

No elenco, o mesmo da estreia no Brasil, écomposto por António Fagundes, Susy Rêgo, TácitoRocha, Neusa Maria Faro, Denis Victorazo, Luís Amorim,Marco António Leão e Juliana D’Antino. Este é osegundo texto para teatro de António Fagundes, queescreve regularmente para televisão.

No momento, o actor dedica-se à série “CargaPesada”, exibida no Brasil pela Rede Globo, programapara o qual tem escrito alguns episódios.

Page 12: O Despertar – 8255 – 12.11.2003

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Comboio de alta velocidade

Fernando Ruas quer prioridadepara a linha Aveiro-Salamanca

Fundação e Centro de Neurociências da UC firmam protocolo

FBB cria Centro de Biologia Experimental e BiomedicinaO Centro de BiologiaExperimental eBiomedicina foi criadona quinta feira, emCoimbra, através de umprotocolo celebradoentre a FundaçãoBissaya Barreto (FBB)e o Centro deNeurociências daUniversidade deCoimbra (CNC).

A nova unidade da FBBvisa a investigação científica ea formação pós-graduada emBiologia Experimental eBiomedicina, com especialrelevo para as áreas científicasdo envelhecimento e degene-rescência e da biotecnologiacelular e molecular.

No campo da formaçãopós-graduada, o centro promoveum programa de formaçãoavançada, destinado a inves-tigadores e docentes de Biologiacelular e Molecular, Fisiologia,Bioquímica e de outras áreas “quevenham a revelar-se importan-tes no desenvolvimento dasactividades”.

O protocolo de criação doCentro de Biologia Experimen-tal e Biomedicina Bissaya Bar-reto foi assinado pelos presi-dentes da Fundação e do CNC,José Viegas Nascimento e Ca-tarina Resende de Oliveira,respectivamente.

O texto realça o “carácterinovador” do instituto, que“privilegia a qualidade e ainternacionalização das suasactividades de investigação ede formação de pós-gradua-ção”.

As “competências de ex-celência que o CNC atingiunestes domínios científicosserão transferidas para o CentroBissaya Barreto”, acordaram osdois outorgantes.

Durante a cerimónia,Catarina Resende de Oliveirareferiu-se ao protocolo comoum “momento ímpar para oCentro de Neurociências”, umavez que é a “primeira vez quese celebra um protocolo comuma fundação”. Catarina Re-sende de Oliveira espera tam-bém que “não demorem muitoa surgir os primeiros frutos destaligação”.

Viegas Nascimento desta-cou, por sua vez, a presença nacerimónia dos presidentes dos

conselhos de administraçãodos Hospitais da Universidadede Coimbra (HUC) e do CentroRegional de Oncologia deCoimbra, Nascimento Costa eManuel António, respectiva-mente.

“O Centro de Oncologiade Coimbra e os HUC estão aquirepresentados porque é com elesque também queremos desen-volver este projecto”, subli-nhou Viegas Nascimento.

O presidente da FBB

destacou também o “carácterinovador” do próprio proto-colo, já que, como referiu, “é aprimeira vez que a FBB vaifinanciar um projecto destegénero”.

O Centro de Biologia

Experimental e Biomedicina daFBB vai ficar situado junto do“campus” das Ciências daSaúde da fundação, em Trou-xemil. A construção dos edi-fícios deverá ter início emJaneiro.

De acordo com o proto-colo, a FBB vai criar e financiartambém a Cátedra BissayaBarreto, em homenagem aopatrono da fundação. Esta Cá-tedra terá como objectivoproporcionar a realização deactividades científicas na formade ciclos de conferências eseminários, cursos avançadosespecializados de curta dura-ção, cursos de divulgação cien-tífica, conferências públicas,programas de ensino formal eprogramas de investigação.

Sempre que possível, asactividades da Cátedra devemintegrar-se em programas deformação mais amplos doCentro de Biologia Experi-mental e Biomedicina BissayaBarreto e do CNC. De acordocom o protocolo, a Cátedra Bis-saya Barreto será tambématribuída a convidados, comestatuto e reconhecimento in-ternacional na área do conhe-cimento em que se insere oacordo.

Catarina Resende de Oliveira e Viegas Nascimento, quando assinavam o protocolo decriação do Centro de Biologia Experimental e Biomedicina

A Câmara Municipalde Viseu aprovou nasegunda feira, porunanimidade, um votode congratulação pelotraçado do comboio dealta velocidade incluir oconcelho, mas o seupresidente, FernandoRuas, defende que estalinha seja consideradaprioritária.

O governo prevê que alinha Aveiro-Viseu-Vilar Formo-so-Salamanca fique pronta em2015, mas na perspectiva doautarca social-democrata “aprioridade devia ser diferente”.

“Justifica-se em nome daunidade e da coesão nacional

que eventualmente se desse umaprioridade diferente a esta linha.Até porque ela figura no projectodas transeuropeias (rede tran-seuropeia de transportes)”,afirmou.

Fernando Ruas consideraque a preocupação dos respon-sáveis políticos de Viseu deveprender-se com este aspecto enão com o facto de o comboiode alta velocidade (TGV) pararou não no concelho.

O autarca aludia a afirma-ções do presidente da FederaçãoDistrital do PS, José Junqueiro,que em declarações a uma rádiolocal disse não ter conhecimentose o TGV pára em Viseu.

“Se alguém me dissesseonde está escrito, dito, anun-ciado, que ele pára em Viseu, euagradecia, que era para meinformar [sobre o assunto]”, disseJosé Junqueiro, coordenador do

PS na Comissão de Obras Pú-blicas.

“Vou propor ao presidenteAznar e ao Dr. Durão Barroso quejantem com o presidente dadistrital do Partido Socialistapara formalmente lhe dizeremque passa e que pára em Viseu”,ironizou Fernando Ruas.

Para o líder da AssociaçãoNacional de Municípios Portu-gueses (ANMP) “aquilo que sedeve discutir é a prioridade” dalinha, apesar de estar satisfeitocom o anúncio feito na cimeiraibérica que terminou sábado naFigueira da Foz.

Na proposta aprovada, aCâmara refere que “confia quetal decisão seja definitivamenteirreversível”, bem como “nadecisão de uma paragem emViseu, como sempre tem sidoreferido pelos responsáveisgovernamentais”.

Bola de Ouro

Figo, Pauleta e Deco nomeadosOs internacionaisportugueses Luís Figo,Pauleta e Decoestão nomeadospara a edição de 2003da Bola de Ouro,prémio da revistafrancesa FranceFootball que distingueo melhor futebolista aactuar na Europa.

Figo (Real Madrid) ePauleta (Paris Saint-Germain)repetiram a presença entre os

nomeados para o troféu, que ojogador dos campeões espa-nhóis venceu em 2000, jun-tando-se à estreia do brasileironaturalizado português Deco(FC Porto).

Por clubes, o Real Ma-drid, com oito jogadores - Raul,Ronaldo, Roberto Carlos,Beckham, Casillas, MichelSalgado, Figo e Zidane -, e aJuventus, com seis - Buffon,Del Piero, Nedved, Thuram,Trezeguet e Zambrotta -, sãoos clubes mais representados,seguidos de Arsenal e ACMilão, ambos com cinco.

No que se refere aos paí-

ses, França e Itália são os maisrepresentados, com nove fute-bolistas cada, enquanto a Es-panha tem apenas três, talcomo Portugal: Raul, Casillase Michel Salgado.

Dos 50 jogadores no-meados, a grande maioria é eu-ropeia (42), havendo ainda seissul-americanos - Aimar, Dida,Élber, Roberto Carlos, Ro-naldinho e Ronaldo - e apenasdois africanos: Eto’o e Trabel-si.

O vencedor, que sucederáa Ronaldo, será anunciado emDezembro após a votação dejornalistas de todo o Mundo.

Secretário de Estado apelaà união entre municípiosO secretário de Estadoda AdministraçãoLocal, Miguel Relvas,apelou na semanapassada a uma maiorunião dos municípiosdo interior, paraaumentar a capacidadede resposta das zonasmenos desenvolvidas.

O governante consideroutambém que a vaga de incên-dios florestais do Verão colo-cou às autarquias portuguesas

o “grande desafio” de coope-rarem entre si, pondo de lado“o individualismo e o egoís-mo”.

Frisando haver necessi-dade de “ter a capacidade denão olhar para as circuns-tâncias (tragédia dos fogos)como fatalidade, mas saber tiraras ilações transformá-las emoportunidades”, o secretário deEstado defendeu a aplicaçãode investimentos no Interior dopaís, zona das mais afectadaspelos incêndios.

Defendendo a realizaçãode projectos intermunicipais,de forma a ultrapassar os

constrangimentos do próprioInterior, Miguel Relvas apon-tou o exemplo dos concelhosdo litoral, que “estão a en-contrar soluções e a ser capazesde pôr de lado os individua-lismos e os egoísmos”, disse.

“Se as regiões do país quesão mais desenvolvidas e se osmunicípios que são mais ricosse estão a unir para ainda seremmais fortes e mais ricos, gos-taria de alertar aqueles quemais dificuldades têm de quenão há outra solução, senãoseguir esse caminho”, afirmouo governante, durante umavisita ao concelho.


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