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Direcção: Jorge Pimenta

Escola-Sede: EB23 ViatodosBarcelos

ESPERTARTrimestral - número 63, Abril 2011aevd'Este - Jornal do Centro de Aprendizagem em Comunicação Social do Agrupamento de Escolas Vale d'Este

pág. 2 > págs. 4 a 7 >

pág. 3 >

págs. 20-21 >

Concurso de jornais escolares 2009/10

Projecto Comenius:Etapas 1, 2 e 3

Cerimónia de atribuição de diplomas de Excelência e de Honra

Carta Aberta

Guerra Colonial:50 anos

Carta Aberta

Redes Sociais

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Concurso de jornais escolares 2009/10

págs. 20-21 >

Guerra Colonial:50 anos

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Projecto Comenius:Etapas 1, 2 e 3

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Cerimónia de atribuição de diplomas de Excelência e de Honra

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> A ESCOLA E O MEIOO DESPERTAR 63

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Decorreu, no passado dia 23 de Março, pelas 15h, no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho, a cerimónia de atribuição de prémios de jornais escolares 2009/10, promovida pelo Jornal Público.

Presidida pelo Dr. Eduardo Jorge Madureira, Director do Boletim Público na Escola e promotor do concurso mencionado, e contando com a presença de ilustres convidados, quer da parte do Ministério da Educação, quer da parte da Universidade do Minho, instituição anfi triã, quer ainda de outras entidades e de patrocinadores, a cerimónia chamou ao local as equipas que, nas escolas, dirigem e colaboram com as publicações escolares galardoadas. Após a abertura da

sessão, e escutadas as palavras proferidas pelas personalidades convidadas, os jornalistas escolares foram, à vez, sendo chamados ao púlpito para receberem as honrarias consoante o escalão em que competiam e a classifi cação obtida.

A Escola EB 2/3 de Viatodos, integrada no primeiro escalão do concurso, e distinguida com o 3.º Prémio, viria a ser das últimas a ser chamada. Enquanto isso, a espera e a ansiedade foram sendo mitigadas com palavras sussurradas e sorrisos esquivos que os lábios teimavam em não suster. Por fi m, já perto das 17h, soou na instalação sonora do salão o tão ansiado nome: Escola EB 2/3 de Viatodos! Já de pé, a equipa d’O Despertar aprestava-se para percorrer a interminável galeria central, diante dos olhares e sob os aplausos das três centenas de pessoas presentes na cerimónia.

A sensação vivida naquele instante foi verdadeiramente arrepiante. Sabia-se que a distinção não prestigiava apenas O Despertar, mas todo o Agrupamento, toda a Comunidade Educativa – de que fazem parte professores, alunos e demais colaboradores –, o Director, Professor Fernando Martins, que tem viabilizado e acarinhado o projecto ao longo de mais de 25 anos, e, mais genericamente, o Concelho de

Barcelos.

No fi nal, os prémios atribuídos reverberavam, ainda, nas mãos d’O Despertar. Um elemento invocativo e decorativo exclusivo, bem como um vale de 625 euros em livros, enchiam, não sem alguma vaidade, as algibeiras da equipa. Ainda assim, e apesar do brilho que a todos coloria o olhar naquele preciso instante, a equipa tinha a noção de que o verdadeiro prémio havia sido já atribuído alguns meses antes: a possibilidade de crescer e de ajudar a crescer jovens que fazem da notícia e da sua publicitação por escrito uma etapa complementar do seu processo formativo, assim se tornando, cada vez mais, melhores escreventes, leitores mais competentes, estudantes mais sólidos e cidadãos mais interventivos e responsáveis.

Do agradecimento que O Despertar deixou naquela sala, aqui reproduzimos os seus ecos:

a todos aqueles que colaboram, directa ou indirectamente, na construção deste referencial identitário da nossa escola que atravessa gerações há já mais de um quarto de século, as devidas e justas felicitações para além de um agradecimento muito especial.

> O Despertar

Cerimónia de atribuição de prémios de jornais escolares 2009/10

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Propriedade: Agrupamento de Escolas Vale D'Este - BarcelosSede: Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de Viatodos - Rua das Fontainhas, nº 175 - 4775/263 Barcelos - Telf: 252960200; Fax: 252960209 - e-mail: [email protected] / [email protected]

Direcção: Professor Jorge PimentaEquipa: Professor Pedro Ferreira (paginação), Professor Nuno Martins (colaboração); alunos: Ana Teresa Cruz, Anabela Santos, Isabel Magalhães, Marisa Furtado, Vítor Leitão (todos do 9.º F) e Inês Eiras, 9.º A. Colaboração da Direcção e dos Departamentos.

Tiragem: 7 00 exemplares. Execução Gráfi ca: Ofi cinas S. José - Rua do Raio, Braga; Telefone: 253 609 100; e-mail: ofi [email protected] as fotografi as são propriedade do Jornal O Despertar.

Editorial

Ser cidadão do mundo, hoje, não é o mesmo que tê-lo sido há vinte e cinco anos atrás.

Talvez a presente máxima se aplique a todos os anéis geracionais ao longo dos tempos, todavia, a evolução tecnológica e, em particular, o aparecimento da internet e do universo virtual, cavam, hoje, fossos mais fundos e tantas vezes inultrapassáveis entre as actuais gerações dos avós e as dos fi lhos e netos.

Neste particular, poucas invenções, na era tecnológica, tiveram tanto impacto como as das Redes Sociais. Se, por um lado, aproximam e democratizam as experiências e o conhecimento, por outro lado tendem a uniformizar e até a banalizar estruturas fundacionais da construção do edifício humano, como são os casos dos afectos e das relações interpessoais. Talvez por isso o debate em torno destes mecanismos sociais raramente gere consensos e muito menos unanimidades.

Numa transposição desta realidade de aproximações e afastamentos virtuais para a janela educativa e escolar, emerge a decisão ministerial de fazer convergir dinâmicas escolares (que levaram anos a consolidar-se) em experiências ainda mais abrangentes – os chamados mega-agrupamentos. Também aqui os riscos de uniformização de linhas e dinâmicas até então próprias podem fazer ruir identidades locais moldadas pela mão do tempo, conduzindo as escolas a uma descaracterização e à perda das suas especifi cidades.

N’O Despertar desta edição, agarramos ambos os problemas, auscultamos impressões, ideias e amplifi camos o debate. É que tanto as tecnologias como as decisões educativas, sem amadurecimento ideológico, social e humanista, são como os frutos serôdios: apodrecem nas árvores.

> A Direcção d’O Despertar

Redes Sociais de Internet

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> A ESCOLA E O MEIOO DESPERTAR 63

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Em conformidade com o disposto no Artigo 20.º do Regulamento Interno desta Unidade Organizacional, e de forma a estimular os actores educativos discentes para um maior sucesso escolar, bem como ver reconhecidos os seus méritos de aproveitamento e de exemplar conduta cívica, realizou-se no dia 4 de Dezembro de 2010, pelas 10.00 horas, uma cerimónia do reconhecimento do mérito escolar, com a entrega de diplomas de Excelência e de Honra aos alunos premiados, face aos resultados alcançados no ano lectivo de 2010/2011.

Para além dos alunos contemplados e outros, estiveram ainda presentes as suas famílias, docentes dos vários ciclos de ensino, representantes das autarquias locais, representantes das diferentes associações de pais e encarregados de educação, para além de outras individualidades da Comunidade.

A cerimónia foi encerrada pelo Director que aproveitou para agradecer aos alunos premiados todo o empenho sempre manifestado, numa perspectiva de promoção da sua formação pessoal e social, mas também numa perspectiva de promoção do bom nome da Unidade Organizacional. Por último, fez votos para que esta cerimónia, realizada pela primeira vez, constitua uma mais-valia em termos de promoção do sucesso escolar no futuro.

> O DirectorFernando Alberto Simões Martins

Face ao preceituado nos direitos dos alunos confi gurados na lei n.º39/2010, de 2 de Setembro, e no Regulamento Interno desta Unidade Organizacional, mais concretamente nas alíneas d) e e) do Artigo 13.º e na alínea m) do artigo 90.º, respectivamente, desses diplomas, os alunos têm o direito de ver reconhecidos os seus méritos de aproveitamento e de conduta cívica perante a escola e a Comunidade.

Foi dentro desta perspectiva, e visando, ainda, estimular os actores educativos para a promoção de mais sucesso escolar, em conformidade com o disposto no Artigo 20.º do Regulamento Interno, que se realizou, no dia 4 de Dezembro de 2010, uma cerimónia de reconhecimento do mérito escolar dos alunos.

Interessa relevar que foi uma cerimónia bastante participada, onde estiveram presentes, para além dos alunos e das famílias, os Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia e das Associações de Pais do Território Educativo da nossa Unidade Organizacional.

> O DirectorFernando Alberto Simões Martins

Reconhecimento do MÉRITO ESCOLAR

Momentos da Cerimónia de entrega de diplomas de Excelência e de Honra

Certifi cados de Mérito e ExcelênciaO que levou a Escola a tomar a iniciativa da entrega dos Certifi cados de Mérito e Excelência?

Opiniões sobre a entrega dos certifi cados:AAE Isabel Silva – Acho muito bem que haja esta iniciativa, pois é um incentivo para os alunos estudarem.

Professora Elsa Mata – Os certifi cados de mérito devem continuar, pois premeiam os alunos que se evidenciaram pelas classifi cações obtidas e pela sua postura, como colegas, alunos e cidadãos da comunidade escolar. É também um meio de mostrar que nem sempre se foca apenas os alunos menos bons.

Inês Eiras 9.ºAR1:O reconhecimento do meu trabalho e esforço durante

o ano lectivo.R2: É um incentivo para continuar o trabalho, com certeza.R3: Óptima, porque é uma motivação para todos os alunos

(não apenas para os agraciados).R4: Satisfação.

Indiferença.Orgul ho.

O que signifi cou este prémio para ti?

pergunta1 (P1)

Este reconhecimento é uma motivação para continuares o trabalho

neste ano lectivo? Porquê?

pergunta2 (P2)

Achas uma boa iniciativa? Porquê?

pergunta3 (P3)

Que tipo de reacções obtiveste por parte dos:Professores - Colegas -

Familiares?

pergunta4 (P4)

Bruno A zevedo 6.ºFR1: Foi um orgulho, porque a distinção destacou o meu

trabalho durante o ano lectivo.R2: Sim, pois é bom vermos o nosso trabalho reconhecido

mais uma vez.R3: Sim, porque é sempre bom que o nosso trabalho seja

valorizado.R4: Um orgulho por me terem ensinado e ajudado.

Ficaram felizes por mim.Ficaram orgulhosos e aconselharam-me a continuar assim.

Marisa Furtado 9.ºFR1: Signifi ca muito, pois desta

forma sinto que fi nalmente o meu mérito foi reconhecido.

R2: Sim, é uma grande motivação, é a certeza de que vale a pena prosseguir o meu caminho académico.

R3: Sim, porque penso que todos os bons alunos devem ser reconhecidos pelo trabalho que fazem ao longo do ano lectivo; até para que os que registaram piores classifi cações possam sentir-se motivados a reagir às exigências da escola.

R4: Tanto os professores como os colegas e os familiares me deram os parabéns e me aconselharam a prosseguir com o bom trabalho.

Entrevista a alunos de mérito e excelência

A ligação ao mundo através das Redes Sociais nunca foi tão fácil como hoje. Todavia, este processo é recente e teve a sua evolução desde o aparecimento da internet até ser possível, por fi m, chegar às pessoas, em todo o mundo, com um simples clique.

Presentemente, as Redes Sociais explodiram e tornaram-se num dos maiores fenómenos (e indústrias) do nosso tempo.W

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A viagem de avião foi a primeira boa recordação deste intercâmbio. Terminou em solo helénico, no aeroporto de Atenas, onde fui recebido pela professora Cris e pelo director da escola de Perama; aí, o professor Jorge seguiu com o director, enquanto que eu, a Marisa, o Raúl e a professora Guilhermina fomos de comboio para Perama. Na estação de Perama, o Raúl encontrou o seu correspondente e foi com ele. Eu e a Marisa fomos de carro até a um ponto de encontro onde encontrámos os nossos correspondentes.

Fui para casa do meu correspondente, onde conheci a sua mãe (Lena) e o seu pai ( Yannis). Connosco estava também o director de uma das escolas francesas que integravam este Comenius.

Apresentei-me, conheci a casa, entreguei umas lembranças e fui descansar. O programa de actividades era extenso e era importante estar em boa forma para o que estava por vir. Apesar de algumas nuances normais entre duas tradições culturais tão diversas, a verdade é que me integrei muito bem e os dias passaram-se sem sobressaltos.

No fi nal, sinto que toda esta experiência me marcou e, na hora da despedida, para além dos amigos que lá deixei, fi co com a sensação de que por lá fi cou também uma segunda família: a grega.

> João Miguel, 8.ºA

Fui escolhida para ir à Grécia no Projecto Comenius. No início tudo me pareceu estranho: sair do país com professores e dois colegas rapazes, dormir em casa de pessoas que não conhecia…

O primeiro dia foi difícil; estávamos cansados da viagem, e ainda nos estávamos a adaptar a costumes e tradições diferentes. Mas nos outros dias, e após a esperada adaptação, tudo se tornou normal.

Chegava a noite e aí as saudades apertavam, mas pensava positivo: “um dia passou; foi espectacular. Outro dia virá e ainda será melhor do que este”. Passava outro dia e pensava: “daqui a pouco estou em Portugal e irei recordar com alegria tudo o que passei neste lugar diferente e espectacular”.

A família que me acolheu foi muito atenciosa, estava sempre preocupada em saber se eu estava bem, apesar de a mãe da minha correspondente não estar em casa (era actriz e nessa semana estava em gravações).

Na escola, criámos muitos laços de amizade. Os alunos, professores e funcionários da escola estavam muito contentes por terem recebido alunos de diferentes escolas da Europa, não somente da nossa, mas também de Espanha, Alemanha e França.

Passou-se o tempo e logo chegou o dia fi nal. Recordo-o como o mais difícil, porque já estávamos habituados àquele ritual de ir para a escola, estar com os amigos dos correspondentes e deixá-los

tornou-se uma experiência penosa.

Em síntese, foi uma boa semana, uma semana cheia de actividades, alegria, novas experiências e amizades, em que conhecer diferentes culturas me fez perceber melhor qual o meu papel neste imenso tecido europeu. E porque recordar é viver, alguns meses depois ainda recupero com saudade todos os momentos que vivemos por lá.

> Marisa Brito, 8.ºA

Tudo começou quando no aeroporto do Porto me despedi dos meus pais e fui em direcção ao avião.

Quando entrei no “gigante voador”, já se sentia o espírito de aventura que estava a ser proposto a mim e aos meus colegas João e Marisa. O nosso primeiro destino era Frankfurt pois a nossa viagem estava dividida em duas partes: Porto-Frankfurt e Frankfurt-Atenas.

No aeroporto de Frankfurt, tivemos que esperar cerca de duas horas, que aproveitámos para lanchar, ver as famosas salsichas alemãs … e os professores a beberam a tal cerveja típica que os deixou ainda mais alegres! Passado o tempo de espera, lá fomos nós em direcção a Atenas.

Quando o avião parou em solo grego, pensei “fi nalmente, chegámos”. Fomos pegar nas nossas malas e seguimos em direcção ao exterior, onde estava à nossa espera todo o comité executivo grego do Projecto Comenius, incluindo o director da escola.

Depois, fui com a minha professora, os meus colegas e a coordenadora grega até à paragem de Perama (localidade de Atenas) onde se situavam as casas dos nossos correspondentes. À minha espera na paragem estava o meu correspondente, Dimitrius, e o seu pai, que me deram as boas-vindas. Já se fazia noite, e fomos para casa, onde conheci a mãe e a irmã do Dimitrius, que

foram sempre muito simpáticas.

Até aqui, foi tudo muito rápido, as coisas aconteceram normalmente e sem planeamento, mas depois disto estava à nossa espera uma semana cheia de emoções. Não vou descrever a semana dia-a-dia, mas sempre digo que tivemos actividades tão diversas como uma apresentação na escola, presença em aulas dos alunos gregos para podermos comparar os métodos de ensino, visitas de estudo, jogos de basquetebol e voleibol, para lá da natural convivência com os alunos. Quero lembrar que não foi só com alunos gregos que convivi, mas também com alemães, espanhóis e franceses, ou seja, foi muito enriquecedor.

Das saídas, algumas marcaram-me especialmente: a Acrópole, as portas de Adriano, o canal Coríntio, o jardim Botânico e o Teatro de Epidauro. Ainda deu tempo de provar o famoso “souvlaki” que dominava a ementa de quase todos os restaurantes.

Por fi m, tivemos uma festa de despedida na escola que jamais esquecerei.

No fundo, como os nossos professores dizem: “Mais importante que as pedras são as pessoas que lá fi cam”. Oh, se é verdade…

> Raúl Araújo, 8.ºA

Viagem à GréciaPrimeira etapa: Reunião de trabalho em Perama, GréciaO QUE ELES DIZEM...

o João Miguel...

a Marisa Brito...

o Raúl Araújo...

, Grécia

1969Ano do envio do primeiro email entre dois computadores (em rede) situados em locais diferentes...

Os alunos Comenius às voltas com um vulcão Land Art.

Foto do grupo de trabalho.

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Visita guiada pelo Património Cultural e Histórico da Grécia

ACRÓPOLE

A Acrópole de Atenas (fortifi cação militar) é a mais conhecida no mundo. Trata-se de um planalto rochoso que se ergue 150 metros acima do nível do mar, em Atenas. Esta sua posição estratégica (daí se divisa toda a cidade grega num horizonte de 360 graus) visava proteger as populações de potenciais ameaças de povos invasores.

A Acrópole, datada de 450 a.C., foi erigida por Péricles e é dedicada a Atena, a deusa padroeira da cidade. No seu interior, abriga algumas das mais famosas edifi cações do mundo antigo, como o Partenon (2) e o Erecteion (3).

MUSEU DA ACRÓPOLE (4)

Este museu data originariamente de 1863, ainda que em 2007 tenha sido transferido para as novas instalações, bem junto a uma das faces da Acrópole. Dotado de uma arquitectura irrepreensível, com galerias intercomunicantes, dando a sensação de ligação entre todas as suas alas, e de uma colecção única, é já considerado um dos mais importantes do mundo.

CANAL DE CORINTO (9)

Canal de interesse estratégico inquestionável, liga, ao longo de 6 km, o mar Egeu ao Golfo de Corinto, permitindo que embarcações de pequeno e médio porte evitem 400km em torno do Peloponeso. Ainda que tenha sido projectado pelo Imperador Romano Nero, em 67, só viria a ser construído entre 1881 e 1893.

EPIDAURO (7)

Esta cidade nas costas do Mar Egeu fi cou célebre pelo santuário de Esculápio, deus da Medicina, já que atraía doentes de todo o mundo, Aí, nas terapias propostas, destacavam-se actividades desportivas, musicais, teatrais, entre outras. De resto, ainda hoje se pode apreciar o estádio e o seu teatro que é um dos maiores e mais bem conservados do mundo. A sua acústica era tida como perfeita; nós testemunhamo-lo: a guia que nos acompanhava rasgou uma folha de papel no centro do palco e o ruído escutou-se de modo claro e defi nido nas últimas bancadas.

NÁUPLIO (6)

Naúplio, situado no sul do país, foi a primeira cidade da Grécia. Acolhedora e muito arranjada, destaca-se pelo seu pendor turístico. Na verdade, é impossível resistir aos seus passeios de mármore, castelos, galerias de arte, lojas de artesanato e arquitectura veneziana. E mesmo ali ao lado… o Mar Mediterrâneo, azul como ele só.

MICENAS (5)

Considerada a primeira acrópole da Grécia. Entre os séculos XVI e XI a. C., chegou a dominar a maior parte do sul da Grécia.

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ATENAS (1) – é a maior cidade e a capital da Grécia. A sua importância vem, já, dos tempos da Antiguidade, altura em que foi uma cidade-estado e o berço da cultura que viria a infl uenciar todo o ocidente. No presente, é uma cidade moderna, com uma população estimada de cerca de 3,5 milhões de habitantes. Nos últimos tempos tem sido notícia mais pelas convulsões políticas, económicas e sociais que a têm afectado, do que pela sua importância no contexto turístico e cultural europeu, duas referências estratégicas na economia grega.

PIREU (8) – é uma cidade vizinha de Atenas (dista cerca de 20km da capital), importantíssima graças ao seu porto, o maior e o mais moderno de toda a Grécia. É justamente do Pireu que partem os gigantes ferry boats e demais navios em direcção às paradisíacas ilhas gregas. A rivalidade com a capital é viva e materializa-se, sobretudo, no futebol por via dos clubes-emblema de ambas as cidades: no Pireu, e trajando vermelho, o Olimpiakos; em Atenas, e com as cores verdes, o Panatinaikos.

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...embora, no início da década de 1960, já tivessem surgido mensagens trocadas entre terminais de um mesmo computador, tanto em tempo diferido (1961), como em tempo real (1965).

...embora, no início da década de 1960, já tivessem surgido mensagens trocadas entre terminais de um mesmo computador, tanto em tempo diferido (1961), como em tempo real (1965).

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Depois da ida de uma comitiva portuguesa a Atenas, em Novembro de 2010, o Projecto Comeius em que a Escola EB2/3 de Viatodos participa acaba de completar uma nova etapa do seu programa: efectivar o intercâmbio com uma equipa de 27 alunos e três professores Comenius, oriundos de Oloron Sainte-Marie, nos Pirenéus franceses, entre os dias 6 e 12 de Novembro.

Ainda que as datas se circunscrevessem a um período bem delimitado no tempo, a máquina da organização passou a carburar muitos dias antes da concretização deste intercâmbio, com um trabalho de programação e planifi cação prévio que envolveu diferentes pessoas, associações e organismos. De resto, a envolvência da Comunidade Educativa foi mesmo uma das notas de maior saliência ao longo de toda a semana, de tal modo que quem menos informado passasse nas imediações da escola, logo pressentiria uma dinâmica particular, com rostos, línguas e formas de expressão bem diferentes dos habituais.

Da Agenda deste intercâmbio sobressaíam acções no campo pedagógico (como é o caso da presença de jovens franceses em aulas dos colegas portugueses), desportivo (realização de jogos de diferentes modalidades), artístico (elaboração de obras de Land Art), cultural (visitas a museus, às cidades de Braga, Barcelos, Porto e ao Parque Natural da Peneda-Gerês) e lúdico-recreativo.

Os cinco dias cumpriram-se ao ritmo das exigências do relógio e não ao da expressão das vontades. É o tempo psicológico em toda a sua expressão – como o tempo voa quando se está bem! E esteve-se, na verdade, bem, quer em tarefas institucionais, quer na expressão dos afectos mantidos fora do mapa de actividades ou nas interacções e percepções que resultaram da partilha, já em casa dos correspondentes, quer, ainda, na alegria esfusiante que cruzou a generalidade dos elementos da Comunidade Educativa, com

especial referência a todos os professores e alunos que, mesmo não estando ofi cialmente ligados ao Projecto, acabaram por a ele se associar.

Para o fi nal estaria reservado um momento especialmente marcante: o convívio alargado que antecederia o regresso dos nossos correspondentes a França. A escola engalanou-se para receber os seus convidados; os familiares, os alunos e os professores corresponderam, marcando presença num convívio que, para lá da nossa boa mesa tradicional, ofereceu um espectáculo de variedades bem à portuguesa, ao qual não faltou, sequer, a música tradicional, danças tradicionais e o fado.

Mas, como mesmo o que é bom acaba por inevitavelmente terminar, com a noite chegaria o aceno da despedida: no dia seguinte, os nossos amigos Comenius regressariam a Oloron e ao seu genoma vital. À boa maneira portuguesa, reinventou-se, por entre suspiros, abraços e lágrimas, a palavra que melhor nos defi ne lusitanos: a saudade.

De uma coisa não duvidamos: este intercâmbio, para lá de ter proporcionado momentos de crescimento inequívoco nos planos cultural, linguístico e académico, teve também o mérito de desenvolver em todos – portugueses e franceses – o código universal das relações sócio-afectivas. Haverá riqueza maior?

Segunda etapa:

Intercâmbio com Oloron Sainte-Marie, em Viatodos

O Comenius é um projecto promovido pela

Comissão Europeia que visa, por um lado, o estabelecimento de parcerias entre jovens de diferentes países

do espaço europeu, e, por outro lado, o reforço da consciência da pluralidade das culturas e das línguas europeias e, por inerência, do sentido de cidadania europeia. Neste caso particular, o tema partilhado é A Paisagem e os Homense espera-se que, ao longo dos dois anos de vigência do Projecto, sejam concretizadas diferentes viagens de intercâmbio, para além da elaboração e concretização

de um conjunto de projectos e acções comuns.

"LO"Este é o texto da primeira mensagem. Leonard Kleinrock , investigador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), e responsável pelo seu envio, queria escrever "LOGIN", mas sem sucesso; o sistema falhou a meio da transmissão.

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07 > PROJECTO COMENIUSO DESPERTAR 63

A presença bem notada dos nossos parceiros franceses na nossa terra e na nossa escola acabou por redundar numa experiência inesquecível para todos. Em hora de balanço, preocupamo-nos, nós portugueses com fama inequívoca de hospitaleiros, em perceber com que impressões do país, da escola e das gentes os nossos amigos franceses partiram.

Mais uma vez, confi rmou-se aquilo que já

é uma verdade consabida: a hospitalidade portuguesa. Curiosamente, a generalidade dos jovens de Oloron associa a nossa capacidade de bem-receber à boa mesa, já que nos considera dotados de um grande apetite, face aos seus hábitos alimentares. De facto, a grande maioria salientou o voraz apego dos portugueses ao garfo, sempre em gestos de partilha materializados na nossa insistência para que eles aconchegassem o seu estômago:

J’ai trouvé que les portugais mangeaient beaucoup;je trouve que les portugais mangent énormément et s’inquiètent un peu trop du manque d’appétit (selon eux) des français.

Muitos deles sentiram-se, ao longo da sua permanência em Portugal, como que em casa:

La famille est géniale, super rigolote, dès que je suis arrivée dans leur maison, je me suis de suite sentie bien, ils m’ont mis à l’aise; Les gens sont très gentils et généreux.

Não deixaram de referir os aspectos positivos quer da nossa escola (grande, arejada, com muita luz e espaços verdes), quer das visitas feitas a Braga e ao Estádio das Paixões (que muito apreciaram), quer ainda ao Porto, ao Gerês e a Barcelos, qualquer destes destinos com muito para contar.

Como notas fi nais, alguns comentários que relevam da importância destes intercâmbios na criação de laços que, esperamos, possam perdurar:

J’ai créé de très bonnes amitiés avec ces correspondants. J’aimerais recommencer ce genre de voyage;

C’est un très beau pays, très culturel et très très beau.

C’était un très beau séjour, à refaire sans hésiter!;

Je n’oublierai jamais ce magnifi que voyage ni mes nouveaux amis;

Nos relations avec les élèves portugais fut un enrichissement énorme, par rapport aux langues vivantes et vivre la vie d’un autre dans un autre pays.

Portugal e Viatodos vistos pelos nossos parceiros franceses

O Projecto Comenius mantém-se em marcha viva. Depois de terem recebido os congéneres franceses, os alunos do 8.º A, acompanhados pelos professores Guilhermina Vieira, Rosa Barbosa, Manuela Pacheco, Augusto Peixoto e José Manuel Freitas, viajaram, no dia 4 de Março, da Escola EB2/3 de Viatodos com destino a Oloron Sainte- Marie. Tratou-se da terceira etapa do Projecto e da retribuição da visita destes nossos amigos gauleses a Viatodos,

há cerca de um mês.

O grupo português permaneceu em Oloron Sainte-Marie até dia 9 de Março, onde desenvolveu actividades de intercâmbio, tais como visitas a alguns dos locais e monumentos mais importantes desta cidade medieval, localizada nos Pirenéus Atlânticos.

No dia 10 de Março, a comitiva lusa, já na sua viagem de regresso, efectuou uma paragem

programada em San Adrian, um município de Espanha, na província e comunidade autónoma de Navarra, onde foi recebida pelos colegas Comenius espanhóis. Neste local, para além de terem sido desenvolvidas actividades de intercâmbio, destacamos um passeio pela Sierra Cebollera, com os seus glaciares impressionantes e as imensas fl orestas de faias e pinheiros, onde cachoeiras e trilhos apelam a uma visita pela voz mais cristalina da natureza.

Foi ainda efectuada uma visita a Bardenas, em Navarra, aquele que é um dos grandes parques naturais de Espanha, protegido pela sua biologia, geologia e paisagem, que também tem um valor ecológico, estético, educacional e científi co inquestionável.

A chegada a Viatodos acabou por concretizar-se no dia 13 de Março, para o inevitável regresso às actividades escolares.

Terceira etapa: Intercâmbio com Oloron Sainte-Marie, em França

A recepção na escola Les Cordeliers.A nossa primeira paragem em terras gaulesas. Foto de grupo na estância de esqui de Somport.

Grande atenção na palestra de Robeto, O Pássaro, sobre a Land Art na Sierra Cebollera.

Sierra Cebollera - Visita guiada às obras por lá realizadas.

Nas Bardenas - Espanha.

Val D'Aspe - uma aldeia de montanha.

O último momento com os nossos amigos de Oloron.

Leonard Kleinrock

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> BIBLIOTECA ESCOLAR / A ESCOLA EM MOVIMENTOO DESPERTAR 63

08

No dia 12 de Janeiro, e ainda no âmbito das comemorações do Centenário da República, Armindo Cerqueira trouxe-nos poemas de autores dos fi nais do séc. XIX e da primeira metade do séc. XX que, de algum modo, se cruzaram com esse momento histórico. Assim, as palavras de autores como Florbela Espanca, Guerra Junqueiro, Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa e Eugénio de Castro, entre outros, ganharam vida na interpretação do actor, prendendo e encantando os nossos jovens espectadores.

> Biblioteca Escolar

Razão Pública

No dia 28 de Janeiro, pelas 21.30 horas, a Biblioteca transformou-se pelas mãos dos jovens actores da companhia A Capoeira, grupo de teatro amador de Barcelos, que apresentou a farsa Quem Tem Farelos?, de Gil Vicente.

Representada pela primeira vez em Lisboa, no ano de 1505, perante o rei D. Manuel I, esta divertida peça começa com o encontro de Apariço e Ordoño, moços de esporas que andavam na rua em busca de farelos. Apariço está esfomeado e come uns nacos de pão e umas frutas que lhe são dados pelo amigo e os dois comentam a pobreza disfarçada em que vivem os escudeiros para quem trabalham… Nisto, surge o amo de Apariço, Aires Rosado, e a história centra-se então nas aventuras e desventuras amorosas deste último, que anda perdido de amores por uma vaidosa e fútil donzela que − também ela − só pensa em namorar...

Em síntese, assistimos a um espectáculo muito agradável e bem-humorado que arrancou gargalhadas e merecidos aplausos ao público presente. Valeu a pena sair de casa e aparecer na BE nessa sexta-feira à noite!

> Biblioteca Escolar

A Isabel Magalhães, a Rita Ortiga e o André Lemos são os grandes vencedores da 1.ª Fase que se

realizou na nossa Escola. E, no dia 9 de Abril, pelas 14.00 horas, vão participar

na 2.ª Fase, a Final Distrital, que se realiza no Auditório da Câmara Municipal de Barcelos. Para se prepararem, estão a ler as obras seleccionadas pelo júri para esta prova: Vento, Areia e Amoras Bravas, de Agustina Bessa-Luís, e Diário Cruzado de João e Joana, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.

Têm todo o nosso apoio e estamos orgulhosos dos resultados que eles já alcançaram. Comparece para os apoiar!

> Biblioteca Escolar

O semanário SOL associou-se ao Plano Nacional de Leitura no desígnio de estimular os hábitos de leitura e de escrita dos nossos jovens. Deste modo, foram oferecidas às escolas várias obras da colecção CLÁSSICOS PORTUGUESES CONTADOS ÀS CRIANÇAS, editada com o semanário em 2008.

No âmbito deste concurso literário, os alunos do 2.º Ciclo foram desafi ados a escrever um conto que desse seguimento a um dos livros da colecção. O Pedro Guimarães escolheu um desses livros, continuou a história e, de entre os trabalhos recebidos, o seu foi declarado vencedor, de modo unânime, pelo júri da nossa Escola.

O texto do Pedro pode ser lido no site da BE: http://biblioteca.eb23-viatodos.org/.

> Biblioteca Escolar

Decorreu na nossa escola, entre os dias 21 e 25 de Março, a já habitual semana dedicada à Leitura e à Escrita em Português, este ano rebaptizada de Semana da Língua Portuguesa. Tratou-se de um evento organizado pelo Grupo Disciplinar de Língua Portuguesa – 3.º Ciclo, de cujo programa constavam, para além de actividades de promoção da língua de Camões na sala de aula (de que é exemplo maior o livro andante), encontros com jornalistas (Eduardo Madureira, do jornal Público), com escritores consagrados (Nuno Higino) e com jovens autores a iniciar a sua aventura pelas veredas da escrita (Margarida Costa). A fechar as comemorações, na noite de 25, um sarau de poesia, música e muito boa disposição, com o Grupo Onda Poética, a que não faltaram alunos, encarregados de educação, funcionários e professores.

Toda a cobertura na próxima edição.> O Despertar

Teatro na Biblioteca - Quem

Tem Farelos?

Semana da LÍNGUA PORTUGUESA

A ARPA (Advanced Research Projects Agency), agência fi nanciada pelo governo norte-americano, foi o suporte utilizado para o envio do primeiro email entre o laboratório de Kleinrock, na UCLA, para o computador de Douglas Engelbart, no Stanford Research Institute.

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> A ESCOLA EM MOVIMENTOO DESPERTAR 63

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O Clube de Viola encontra-se no segundo ano de existência nesta escola, tendo agora à disposição dos alunos e restantes membros da comunidade escolar seis horários, contando para já com cerca de 70 novas inscrições, principalmente de entre alunos do 6.º e 7.º anos. E tudo isto depois de no ano passado termos tido cerca de 90 participantes que, para além de terem iniciado a aprendizagem de um instrumento – viola –, realizaram também espectáculos na escola e fora da escola, em diversos locais do concelho, como Centros de Dia, Lares e outras instituições.

As inscrições ainda decorrem… Anda experimentar!!! Aparece na cantina, num dos horários que estão afi xados à entrada dos pavilhões de aulas.

> Professor João Luís Silva

Dando continuidade à plena implementação do PTE, é agora o tempo de rentabilização das infra-estruturas instaladas por todos os espaços educativos. Com efeito, sabemos que, relativamente às tecnologias, a inovação é a palavra-chave. Foi com esse propósito que surgiu, por parte da DGIDC, a iniciativa “Aprender e Inovar com TIC” que,

podemos dizer, veio no melhor momento, por entendermos que a nossa dinâmica de trabalho, bem como as actividades que estavam em preparação, se ajustavam na perfeição. Como não podíamos deixar fugir esta oportunidade, formou-se uma equipa de trabalho, concorremos, e aí está o resultado: fi nanciamento no valor de 6215,73 euros.

A iniciativa “Aprender e Inovar com TIC” tem como fi nalidade a promoção da utilização educativa das TIC, tendo em vista a melhoria das aprendizagens dos alunos, através da

rentabilização dos equipamentos disponíveis nas escolas. Para o efeito, a proposta apresentada pelo nosso Agrupamento engloba a realização de várias actividades para um período de três anos envolvendo alunos, professores, pais e encarregados de educação, bem como parcerias com entidades, e tem por base a implementação de uma plataforma de suporte para Web Rádio e Web TV, da responsabilidade do Clube de Informática. O projecto engloba, ainda, o desenvolvimento das seguintes actividades:

Facebook na Escola (professora Olga, do 1.º ciclo); Contar histórias… (professora Dionísia); Bullying, Equilíbrio de Emoções Tecnológicas (professora Maria do Carmo) e Section Européene Francophone (professora Guilhermina).

O fi nanciamento destina-se à compra de consumíveis, formação de professores no âmbito dos multimédia, aquisição de equipamentos de som, imagem e vídeo.

> A Equipa PTE

À semelhança de anos anteriores, mais uma vez se assinalou esta importante data.

Foi elaborado (adaptado) um PowerPoint acerca da utilização segura do correio electrónico para ser apresentado/explorado, com realização de debate e esclarecimentos, em todas as turmas do 2.º e 3.º Ciclos, prioritariamente nas disciplinas de Formação Cívica, Área de Projecto e Estudo Acompanhado.

O evento e a actividade foram publicitados na página Internet do Agrupamento, bem como através da afi xação, pela escola-sede e do 1.º Ciclo, dos materiais gráfi cos recebidos, servindo estes, também, para sensibilização da Comunidade Educativa em geral.

A receptividade foi bastante positiva, tendo havido grande entusiasmo por parte dos alunos da nossa escola e, inclusive, do grupo de alunos franceses que se encontravam em algumas aulas, no âmbito do Projecto Comenius.

> A Equipa PTE

O Plano Tecnológico da Educação (PTE) em curso O nosso Agrupamento ganha concurso do ME, a nível nacional, para apoio a 100 projectos inovadores que promovam a utilização educativa das TIC.

8 de Fevereiro de 2011Dia Europeu da Internet Segura O nosso Agrupamento associou-se ao evento

Decorreu, no passado mês de Janeiro, a sessão escolar relativa ao projecto Parlamento dos Jovens. Esta sessão contou com a presença do deputado eleito pelo PS, Manuel Mota, o qual, para além de assistir ao debate entre os alunos das três listas participantes, teve também a oportunidade de responder a algumas questões colocadas pelos alunos. Decorrente da sessão, foram eleitos três deputados escolares que representaram a escola na sessão distrital do Parlamento dos Jovens que se realizou no dia 28 de Fevereiro, em Braga: José Ferreira (9.ºA), Rita Ortiga (9.ºC) e Ana Cruz (9.ºF).

>Professor João Luís Silva

Parlamento dos Jovens

Clube de Viola

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> EDUCAR PARA A SAÚDE / CIDADANIAO DESPERTAR 63

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A vacina contra o VPH (Vírus do Papiloma Humano) previne e ajuda a proteger contra o cancro do colo do útero e as infecções genitais causadas pelo vírus.

O cancro do colo do útero continua a ser a segunda causa mais comum de cancro (depois do cancro da mama) entre as mulheres jovens (15- 44 anos) na Europa.

Portugal regista a maior incidência da doença entre os países da União Europeia: cerca de 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 900 novos casos por ano. Morrem mais de 300 mulheres/ano. Todos os dias morre uma mulher portuguesa vítima de cancro de útero.

As infecções por VPH são muito comuns, estimando-se que mais

de 70% das pessoas com uma vida sexual activa contraiam pelo menos uma infecção deste tipo. A maioria das infecções é controlada pelo nosso sistema imunitário e quase inofensiva, mas cerca de 20% tornam-se crónicas e podem originar cancro, sobretudo se associadas a outros factores genéticos ou adquiridos, como o tabagismo.

Como se trata de uma doença silenciosa, o rastreio deste tipo de cancro é fundamental, uma vez que, quando detectado no início, o tratamento pode ter uma taxa de sucesso de 100%. É preciso que o despiste da doença seja rápido até porque o rastreio e a prevenção permitem actuar com efi cácia no sentido da cura. A tendência poderá ser invertida com a vacina contra o

VPH, mas não podemos descurar a prevenção secundária, na mulher adulta, através do exame citológico do colo do útero.

A vacina está incluída no Programa Nacional de Vacinação e é gratuita para as raparigas de 13 anos e para as nascidas em 1993 e 1994. Para isso, deverão dirigir-se aos Centros de Saúde com o boletim individual de saúde.

O www.passeapalavra.com, no Facebook, já tem 10 mil “Gosto”.

Dá também o teu

> Coordenadora da Educação para a Saúde

Porque a Educação Sexual não deve limitar-se a veicular informação sobre aspectos físicos e biológicos, sendo essencial uma abordagem mais profunda de outros aspectos, como os sentimentos e os afectos, a Equipa do Projecto “Educação para a Saúde” contou com a colaboração de alguns Directores de Turma para assinalarmos o Dia dos Namorados.

Os alunos, motivados pelos seus Directores de Turma, realizaram trabalhos de pesquisa sobre obras de arte (esculturas, pinturas, etc) músicas e/ou poemas, excertos de obras literárias e ainda alguns textos de cunho próprio. A exposição dos trabalhos esteve patente no Polivalente entre os dias 14 e 18 de Fevereiro.

O resultado foi muito interessante, havendo a registar textos expressivos e ricos que atraíram os alunos de outras turmas.

Decorreu, de 18 de Janeiro a 4 de Fevereiro, na Escola-sede do Agrupamento Vale d’Este, uma formação destinada aos docentes dos três ciclos do Ensino Básico, tendo por referência o Programa Nacional de Educação Sexual em Meio Escolar.

O objectivo da Formação foi preparar docentes para leccionar conteúdos relacionados com Educação Sexual, de uma forma estruturada e sustentada, de modo a que os alunos adquiram conhecimentos e competências, atitudes e comportamentos adequados face à sexualidade, no quadro da redefi nição de abordagens e conteúdos para a implementação da Educação Sexual no 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.

A Formação foi ministrada pela Enfermeira-chefe, responsável pela Saúde Escolar de Barcelinhos, em parceria com a Psicóloga Marta Fernandes. A Enfermeira Josefi na deteve-se mais nas temáticas informativas sobre a Biofi siologia do tema, enquanto a Dra. Marta Fernandes abordou questões

Di a dos Namorados

Em parceria com o Grupo Jorge Oculista, realizou-se, uma vez mais, um Rastreio Visual a todos os alunos da Escola EB 2/3 de Viatodos, na última semana de Fevereiro.

Os alunos dirigiram-se à unidade móvel de rastreio estacionada em frente ao Polivalente e um optometrista avaliou a Acuidade Visual de todos.

Na semana seguinte, foi enviada uma carta aos Encarregados de Educação dos alunos com irregularidades na visão, aconselhando-os a uma consulta médica de Oftalmologia. Num balanço global, após análise dos resultados, apenas 13% dos alunos da escola precisam de correcção visual.

Rastreio Visual

FORMAÇÃO PRESSE

Cancrodo colo do útero não escolhe idades.A prevenção também não.

Como sabes, foi referido na edição anterior deste jornal, as turmas dos 5.º e 6.º anos, envolvidas no Projecto Eco-escolas, desenvolvido no âmbito da disciplina de Área de Projecto, concluíram a decoração dos pequenos ecopontos para distribuir por diversos

espaços escolares.

Esperamos, agora, que tu e todos os membros da Comunidade Escolar dêem o seu contributo colocando o papel nos

ecopontos azuis. Tem cuidado! Nós iremos verifi car se o papel está depositado no recipiente correcto.

Presentemente, encontramo-nos a desenvolver trabalho em torno de várias temáticas relacionadas com a defesa ambiental, tais como: água, resíduos, energia e alterações climáticas.

Dá o teu contributo que nós agradecemos!

> Turmas 5.º A e 6.º A

relacionadas com a diversidade, a tolerância, a afectividade, os papéis de género na adolescência, os estádios de desenvolvimento (Piaget, Erikson), a assertividade, o auto-conceito e a auto-estima.

Projecto ECO-ESCOLAS

1971Servindo-se da Arpanet, Ray Tomlinson desenvolveu os primeiros programas para envio de e-mails em rede e criou o arroba (@) para separar o login do utilizador do domínio do servidor. Inicialmente enviava mensagens para si mesmo e para os seus colegas como brincadeira.

> Coordenadora da Educação para a Saúde

> Coordenadora da Educação para a Saúde

> Coordenadora da Educação para a Saúde

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> A ESCOLA EM MOVIMENTO / CIDADANIAO DESPERTAR 63

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Se sempre houve na escola a preocupação de dar a conhecer meios que ajudem as pessoas a protegerem-se em situações de perigo, presentemente, estas actividades acontecem ainda com maior frequência.

Este ano, pela primeira vez, as acções de simulação de incêndio estenderam-se a todas as escolas do Agrupamento, abrangendo também os alunos do Pré-escolar.

Em cada Escola e Jardins de Infância, as actividades adaptadas a cada situação foram participadas por docentes, auxiliares e alunos, com o apoio grande, paciente e generoso dos Bombeiros Voluntários de Viatodos. Claro que

os alunos foram os que mais se dedicaram à causa! A atitude cívica esteve sempre presente. As aprendizagens da sala de aula/Formação Cívica surtiram efeito!

Durante as sessões nas Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância, os Bombeiros, pela primeira vez, dispuseram-se a mostrar e a explicar tudo o que transportam nos carros de incêndio. Os alunos foram curiosos, as perguntas não faltaram e as respostas pacientes dos Bombeiros foram de todo o interesse.

Para além dos simulacros de incêndio, a escola-sede proporcionou aos docentes interessados e a todos os auxiliares da acção educativa

uma acção de formação intitulada Extintores em Acção. O interesse e a participação foram grandes. Após a sessão teórica – sobre conteúdos dos extintores e sua aplicação –, docentes e auxiliares tiveram a oportunidade de manusear os extintores, sob a orientação de elementos dos Bombeiros.

A criação do Clube de Protecção Civil constitui uma actividade nova no Plano de Actividades da Escola, sobre segurança. A oportunidade foi dada à turma do 6.ºD, tendo aderido praticamente todos os alunos. Assim, duas aulas de 45 minutos semanais, extra-horário escolar, são dedicadas à refl exão, pesquisa e,

provavelmente, posterior divulgação de como se deve actuar em situações de perigo. O interesse tem sido grande e está-se a trabalhar para que, por ocasião da Feira da Isabelinha, já se colham os primeiros frutos.

No dia 1 de Março – Dia Internacional da Protecção Civil –, a classe em causa destinou o período de trabalho a uma ronda para recolha de informação de perigos iminentes no recinto escolar. As investigações foram pertinentes e os dados recolhidos irão ser objecto de melhoria.

> Professor Zé Manel

A SEGURANÇA é tema de escola!

Durante o mês de Janeiro, a nossa escola participou no projecto Escola Electrão, com o objectivo de recolher o maior número de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE) possível. A participação da escola alargou-se a toda a comunidade escolar, tendo sido disponibilizados vários espaços de recolha. Esta participação foi um sucesso, tendo a escola recolhido 200kg de REEE. Aguarda-se a atribuição dos prémios, que acontecerá em data a anunciar pela entidade organizadora, e em que a nossa escola deposita esperança em alcançar um lugar de relevo.

> A Organização

Esta é a equipa da nossa escola que participa nas competições do Desporto Escolar na modalidade de Andebol. Na 1.ª fase da prova efectuou jogos com as Escolas EB 2/3 de Maximinos, André Soares e Cabreiros, todas do concelho de Braga. Qualquer delas tem, tradicionalmente, equipas muito fortes, contando mesmo com alguns jogadores que fazem parte da selecção nacional, o que muito difi cultou a nossa tarefa.

Este grupo prepara-se, agora, para disputar a 2.ª fase da competição, com equipas das Escolas de Joane, Ruilhe, Cabreiros e Esposende, de cujos resultados se estabelecerá a classifi cação do 6.º ao 10.º lugares.

Desporto Escolar - Andebol

Ray Tomlinson

> O Responsável

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> AS REDES SOCIAISO DESPERTAR 63

Redes Sociais

As Redes Sociais devem ser entendidas, em sentido lato, como relações entre pessoas, estejam a interagir em causa própria, em defesa de outrem, ou em nome de uma organização. As interacções de indivíduos nas suas relações quotidianas – familiares, comunitárias, pares, trabalho, estudo – caracterizam as redes sociais informais, que surgem espontaneamente. Mas redes sociais também podem ser constituídas de forma intencional, ou seja, podem ser fomentadas por indivíduos ou grupos com poder de liderança que articulam pessoas em torno de interesses, projectos e/ou objectivos comuns.

De acordo com uma defi nição simples retirada da enciclopédia livre Wikipédia, uma Rede Social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objectivos comuns. Uma das características fundamentais na defi nição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente.

Muito embora um dos princípios da rede seja a sua abertura e porosidade, por ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as pessoas dá-se através da identidade: “Os limites das redes não são limites de separação, mas

limites de identidade. Não é um limite físico, mas um limite de expectativas, de confi ança e lealdade, o qual é permanentemente mantido e renegociado pela rede de comunicações.”.

Redes Sociais da Internet

Já as Redes Sociais da Internet confi guram um nicho particular de entre as defi nidas anteriormente, já que, como aquelas, envolvem grupos de indivíduos que, neste caso, se reúnem num ambiente virtual. As Redes Sociais da Internet podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (facebook, orkut, hi5, myspace, twitter…), redes profi ssionais (linkedin), redes comunitárias, redes políticas, entre outras. Um ponto em comum de entre os diversos tipos de rede social da internet é, obviamente, a partilha de informações, conhecimentos e interesses na procura de objectivos comuns.

Problemas das Redes Sociais

A crescente utilização das Redes Sociais, em geral, e da Internet, em particular, tem vindo a preocupar a sociedade. Cada vez mais estas redes são entendidas como processos de comunicação mediados no desenvolvimento das relações dos indivíduos. Este processo verifi ca-se com mais frequência nos jovens e adolescentes que utilizam os sites para conhecerem outras pessoas e para explorarem a formação da sua identidade.

Com o crescimento da popularidade das Redes Sociais, estas passaram a controlar todos os aspectos da vida humana e do comportamento social. Nas suas páginas pessoais, os jovens revelam aspectos sobre a sua vida que estão acessíveis a amigos, pais, escola, conhecidos e desconhecidos. Os limites entre o espaço público e o privado não estão bem defi nidos, pois na Internet existe uma ilusão de privacidade.

É de fácil percepção que a partilha de informação pessoal nas Redes Sociais é perigosa. A maioria dos seus utilizadores não tem noção do perigo que corre em fornecer determinadas informações, como é o exemplo do e-mail ou da localização. A solução para a utilização destas Redes Sociais é a prevenção. É necessário ser mais activo na educação e formação para a utilização destas redes, o que, se deve envolver a Escola e os Professores, não deve, igualmente, passar ao lado dos educadores, em geral.

Sites sugeridos no tratamento das problemáticas do uso da Internet e das Redes Sociais

http://www.jovensonline.net/html/default.htm

http://www.seguranet.pt/blog/

http://www.miudossegurosna.net/

http://www.internetsegura.pt/

> Serviço de Psicologia Marta Fernandes

Facebook - é uma rede social lançada em 4 de Fevereiro de 2004. Foi fundado por Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes, ex-estudantes da Universidade de Harvard. Inicialmente, a adesão ao Facebook era restrita (apenas para estudantes da Universidade de Harvard), mas hoje é utilizado por milhões em todo o mundo.

MySpace - é uma rede social que utiliza a Internet para comunicação online através de uma rede interactiva de fotos, blogs e perfi s de utilizador. Foi criada em 2003. É a maior rede social dos Estados Unidos e a segunda maior do mundo, com mais de 110 milhões de utilizadores. Inclui um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos.

Hi5 - é uma rede social virtual e é um dos 20 sites mais visitados na Internet. A empresa foi fundada em 2003 por Ramu Yalamanchi, que é actualmente o seu director. No Hi5, os utilizadores criam uma página pessoal para mostrar os seus interesses, idade e local de habitação (se quiserem), bem como carregar imagens onde outros utilizadores podem comentá-las. O site também disponibiliza a possibilidade de criar álbuns de fotografi as bem como instalar um leitor multimédia para reproduzir as suas canções favoritas.

Orkut - é uma rede social fi liada no Google, criada em 24 de Janeiro de 2004, com o objectivo de ajudar os seus membros a conhecer pessoas e a manter relacionamentos. O seu nome tem origem no projectista-chefe, Orkut Büyükkökten, engenheiro turco do Google.

Twitter - é uma rede social, que permite aos utilizadores enviar e receber actualizações pessoais de outros contactos (por exemplo textos, conhecidos como “tweets”), por meio do website do serviço, por SMS e por softwares específi cos de gerência.

As actualizações são exibidas no perfi l de um utilizador em tempo real e também enviadas a outros utilizadores seguidores que tenham desejado recebê-las. Este espaço foi criado por Jack Dorsey, em 2006.

Motivos para a adesão às Redes Sociais:Jogos, nos quais nos podemos divertir;Chats, onde podemos conhecer novas pessoas, culturas, países…;Músicas e traillers que podem ser vistos;Divulgar fotos;Procurar emprego;Divulgar eventos, desaparecimentos;As empresas podem comunicar entre si, com maior facilidade e sem grandes custos.

Motivos para a não adesão às Redes Sociais: Existência de perfi s falsos, que podem levar ao rapto de crianças, casos de pedofi lia, etc;Dependência excessiva dos computadores e da internet;Perda da noção da vida real;Degradação das relações humanas.

fonte: Wikipédia

> Anabela Santos e Maria Furtado, 9.ºF

As Redes Sociais da Internet

1978Aparecimento das primeiras versões de browsers de internet.12

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> AS REDES SOCIAISO DESPERTAR 63

Facebook. Twitter. Flickr. Estes são alguns exemplos de redes sociais, através das quais as pessoas se ligam e partilham informações, imagens, vídeos e outros conteúdos. As redes sociais mais não são do que comunidades de pessoas que não estão limitadas a um meio ou a uma estrutura. Tendo em conta a forte expressão e importância que têm adquirido, importa refl ectir sobre as implicações que têm na prática do Jornalismo e nos próprios desafi os que acabam por lhe lançar.

Se repararmos bem, muitos são os media tradicionais que, para além de um site, estão também presentes em redes sociais como o Twitter e o Facebook. Faz todo o sentido que isso aconteça, se tivermos em conta que muitas pessoas despendem muito tempo nas redes sociais e, portanto, este é um espaço onde os meios de comunicação podem alcançar a sua audiência.

Para além de disponibilizarem conteúdos jornalísticos que, à partida, serão úteis à sua audiência, os media promovem também uma relação de proximidade com esta e podem, inclusive, tentar captar novos leitores. Acresce ainda a possibilidade de se gerar, em torno dos conteúdos publicados, um debate que, mais do que servir de feedback daquele trabalho jornalístico, é uma forma de valorizar a participação activa e qualifi cada dos cidadãos.

Devo, contudo, apontar aquela que me parece ser uma falha dos meios de comunicação. Se repararmos, no Twitter ou Facebook de jornais/revistas, rádios e canais de televisão tendencialmente é deixado um link que remete as pessoas para o site. Parece-me que falta aqui alguma interacção com a audiência, com aqueles que acabam por gerar o tal debate que anteriormente referi. É certo que não espero que os media tomem posições ou façam juízos de valor em relação àquilo que

noticiam, mas esperava, pelo menos, alguma dinamização do espaço ou a moderação da tal discussão em torno da informação divulgada.

Deixo, ainda assim, a indicação de um programa de rádio relativamente recente (estreou em Fevereiro de 2011), que é «a expressão radiofónica do conceito de ˈrede socialˈ»: ̍ A Rede da Rádioˈ, da Antena 1. Conforme divulgado na sua página do Facebook, este programa será construído «com recurso à interacção permanente com as redes sociais, nomeadamente o Facebook, e assumirá um formato onde os seus conteúdos serão ou sugeridos ou produzidos pelos seus ouvintes/amigos». A este respeito, note-se que há, de facto, bastante interacção com os seguidores no Facebook e faz-se inclusivamente referência a esta rede social, bem como à sua actualização, durante a emissão do programa.

Uma outra prova da importância que as redes sociais têm para os meios de comunicação é o facto de, por altura do seu 23.º aniversário, a TSF ter aberto um espaço para as perguntas dos seus ouvintes, numa rede social. Assim, no dia 28 de Fevereiro, o director da TSF, Paulo Baldaia, respondeu às perguntas dos ouvintes, no Facebook.

Numa outra linha de ideias, é através de redes sociais como o Twitter ou o Facebook que se encontram

potenciais fontes de informação, sendo que, em situações de catástrofe ou confl ito, esta participação dos cidadãos é de importância acrescida e determinante. Se bem nos lembrarmos, as primeiras informações relativas ao sismo do dia 12 de Janeiro de 2010, no Haiti, surgiram no Twitter e só depois foram difundidas pelos meios de comunicação social tradicionais. Foi precisamente a rapidez com que estas notícias chegaram, de forma particular, às redacções, que desencadeou uma rápida acção dos órgãos de comunicação social, no sentido de cumprir o seu dever jornalístico: informar. Aliás, as redes sociais tornaram-se, na altura, numa ferramenta imprescindível para a divulgação de novas informações relativas à catástrofe. Lembro-me até de, na altura, ouvir relatos de quem tenha twittado mesmo durante o sismo, com o computador no colo, sem sair do lugar.

É óbvio que as informações recolhidas nas redes sociais têm de ser, como quaisquer outras, confi rmadas com rigor e exactidão, de modo a poder divulgar-se notícias credíveis e com qualidade. Aliás, em Fevereiro deste ano, o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas recomendou aos profi ssionais dos media «um juízo deontológico e crítico na elaboração das notícias que tenham como origem blogues, redes sociais e ˈmicrobloggingˈ». Alertou-se, neste comunicado, para a necessidade de «refl ectir, confi rmar a informação, confrontar várias fontes com a informação disponível, não ceder à pressão de ser o primeiro a chegar, procurar fontes de informação credíveis». Este aviso foi particularmente importante, tendo em conta que surgiu numa altura em que vários media mundiais divulgaram, através do Twitter, informações falsas sobre o novo iPAD da Apple, com base em tweets publicados por um guru da tecnologia acreditado no meio.

Destaque-se, ainda, que, segundo um estudo da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, citado pelo Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas no seu comunicado, «situam-se entre 50 e 80 por cento os jornalistas, dos vários meios, que confi am nas redes sociais e blogues para construir notícias», o que confi rma, de facto, a importância que estes meios têm para os media tradicionais.

A informação a circular nas redes sociais, e à qual qualquer pessoa tem acesso, é cada vez mais numerosa. Também por isso é fácil verifi car que são muitos os jornalistas que têm contas pessoais nas redes sociais, sendo que isto exige algumas cautelas, de modo a poder garantir-se o cumprimento da imparcialidade e credibilidade que lhes é exigido. Talvez por isso, muitos órgãos de comunicação social promoveram algumas regras que deveriam ser seguidas pelos seus profi ssionais, relativamente à utilização das redes sociais. São os

casos, e a título de exemplo, do The New York Times, do The Washington Post, da Agência Reuters e da BBC. Também a RTP elaborou, em 2009, um conjunto de regras, de modo a que os jornalistas não ponham em causa a sua imparcialidade nem a credibilidade profi ssional. Aliás, a regra base para os profi ssionais da estação de serviço público era «nunca escrever nada online que não possa dizer numa peça da RTP». Na altura, questionou-se se aquelas medidas não estariam a pôr em causa a liberdade dos jornalistas ou se apenas funcionariam como uma espécie de extensão das regras éticas e deontológicas que regulam o exercício do Jornalismo. No seguimento dessa discussão, o então Director de Informação da RTP, José Alberto Carvalho, justifi cou a criação desse conjunto de medidas pelo facto de terem sido identifi cadas «situações em que alguns jornalistas utilizavam a mediasfera de uma forma que colidia com o seu desempenho profi ssional e com os deveres públicos da RTP», o que não era, nem é, de todo recomendável.

De facto, importa não pôr em causa a credibilidade nem a isenção que é exigida aos profi ssionais da comunicação. Contudo, julgo que o limite que separa a esfera pública/profi ssional da esfera privada é, na verdade, muito ténue.

Para terminar, a utilização das redes sociais pelos media é evidente, quer seja para difundir informação jornalística e receber o feedback da mesma, mas também para captar/fi delizar leitores. Para além disso, as potenciais fontes de informação para artigos jornalísticos estão nas redes sociais. É aqui que importa, de facto, ter cuidados acrescidos, uma vez que a credibilidade do Jornalismo – que não pode ser comprometida – depende de informações verdadeiras e sérias, ao contrário de muitas das incertezas e falsas informações que poderão circular nas redes sociais.

> Cristina Barbosa, Estudante de Ciências da Comunicação da

Universidade do Minho

As Redes Sociais e o Jornalismo

1994Aparecimento de um dos primeiros sites sociais de internet, o GEOCITIES. O conceito destinava-se a utilizadores tendo em vista a criação dos seus próprios sites de internet. 13

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14> ENTRE NÓS E AS PALAVRAS / A ARTE PARA LÁ DAS PALAVRASO DESPERTAR 63

Podem a genialidade e a loucura conviver fraternalmente na vida e na obra de um autor? Uma exclui necessariamente a outra?

É de todo impossível determinar os limites da genialidade e da loucura na mente humana e nas suas diferentes manifestações – sociais, políticas, artísticas… –, mas, se há autor a quem a questão se pode pôr com propriedade maior, esse é Cesariny.

Artista multifacetado (foi pintor, escultor e poeta), Cesariny nunca teve uma vida fácil. Nasceu em Lisboa, em 1923, cidade onde estudou música e Artes Decorativas, mantendo-se, então, alinhado com o que se fazia, artisticamente, em Portugal: frequentava tertúlias em cafés, convivia com autores neo-realistas (a estética literária do momento, em Portugal), ainda que o seu espírito, sempre inquieto e provocador, augurasse um percurso substancialmente diferente do convencional.

Faltou-lhe um clique, que viria a acontecer em 1947, em Paris (cidade para onde viajara para aprofundar os seus estudos), quando conheceu André Breton, o precursor do movimento surrealista. O seu espírito

libertário e indagador acabou por conjugar-se na perfeição com uma estética que valorizava o papel do inconsciente, do sonho e do delírio na criação artística: o surrealismo.

De regresso a Portugal, anunciou-se como surrealista: “Eu acho que se se é surrealista, não é porque se pinta uma ave, ou um porco de pernas para o ar. É-se surrealista porque se é surrealista!”.

Nesta fase, o seu olhar poético tornou-se ainda mais agressivo, ao conjugar ironia violenta e humor desmedido com non-sense e até absurdo, uma opção que levou o poeta a visar, com a sua escrita, algumas fi guras sacralizadas da cultura portuguesa.

Ganhou epítetos nada abonatórios e, com eles, antipatias que o empurraram para uma incompreensão generalizada por parte de uma sociedade muito marcada pela mão da ditadura salazarista. Era este o preço a pagar pela sua acção de transgressão estética e pessoal face ao quadro de valores vigente na época. O que os seus detractores não foram capazes de avaliar é que Cesariny usava a escrita como ferramenta de superação literária e de realização pessoal o que, se enquadrado no seu olhar genuíno, reforçava valores que

a sociedade defendia (ainda que muitas das vezes pelo crivo conservador), como são os casos do amor e da morte:

“[o amor] É a única coisa que há para acreditar. O único contacto que temos com o sagrado e fi zeram dele uma coisa muito triste, quando não cruel. O amor é o que nos resta do sagrado.”

Só a partir da revolução de Abril, em 1974, é que Cesariny deixou de ser atormentado pela polícia. Foi então que passou a ser olhado como o génio que se esconde por debaixo do louco, o homem corajoso, o poeta com identidade própria, aquele que jamais se vendeu ao ideário colectivo que, porque balizado nas correntes do tempo, aceita hipocritamente o que advoga e rejeita o que lhe é diferente.

Viria a falecer em Lisboa, em 2006, completando-se este ano o quinto aniversário da sua morte.

Haverá um tempo para se ser génio? Há, seguramente. Cesariny nasceu muito antes do seu tempo.

> Professor Jorge Pimenta

Mário Cesariny ingressou no princípio da década de 40 na Escola de Artes Decorativas António Arroio onde conheceu, entre outros, Marcelino Vespeira, Fernando de Azevedo, Júlio Pomar, José Leonel Rodrigues, Fernando José Francisco, Cruzeiro Seixas e António Domingues.

Foi na companhia destes que começou a frequentar, em 1942, o Café Herminius, na Avenida Almirante Reis, espaço que se transformaria rapidamente num lugar de reuniões e actuações proto-dadaístas dos jovens estudantes, alguns dos quais viriam a acompanhá-lo na aventura surrealista dos anos seguintes.

Em 1944, adere ao neo-realismo e, um ano depois, confi rmando a sua militância, profere, perante um público composto por operários, uma conferência intitulada A Arte em Crise. Por esta altura, também, inicia a sua colaboração na página cultural «Arte» (dirigida por Júlio Pomar) do jornal portuense A Tarde.

Até 1947, porém, vai-se afastando do movimento, descontente (como outros) com os seus limites e imposições. Produzirá, entretanto, várias obras de cariz informalista, como O Operário e Figuras de Sopro, mas não chega a integrar defi nitivamente o colectivo recém-formado, que entretanto havia sido baptizado de Grupo Surrealista de Lisboa (GSL). Em 1948, numa carta enviada a O’Neill e Domingues, manifesta o seu desacordo e afasta-se para formar com Pedro Oom, Henrique Risques Pereira, António Maria Lisboa e Cruzeiro Seixas outro grupo: Os Surrealistas.

O SURREALISMOMovimento artístico que nasceu em Paris, nos anos 20 do século passado, enquadrado nos movimentos vanguardistas de então. Reuniu artistas de diferentes sensibilidades artísticas, mas muito especialmente do Dadaísmo.

Na prática, o Surrealismo sublinha o papel do inconsciente, da fantasia, dos sonhos na produção artística sendo a Arte, em geral, o principal veículo em direcção à perfeição humana.

You Are Welcome To Elsinore Entre nós e as palavras há metal fundenteentre nós e as palavras há hélices que andam e podem dar-nos morte violar-nos tirar do mais fundo de nós o mais útil segredoentre nós e as palavras há perfi s ardentesespaços cheios de gente de costasaltas fl ores venenosas portas por abrire escadas e ponteiros e crianças sentadasà espera do seu tempo e do seu precipícioAo longo da muralha que habitamoshá palavras de vida há palavras de mortehá palavras imensas, que esperam por nós e outras, frágeis, que deixaram de esperarhá palavras acesas como barcose há palavras homens, palavras que guardamo seu segredo e a sua posição Entre nós e as palavras, surdamente,as mãos e as paredes de Elsinor E há palavras nocturnas palavras gemidospalavras que nos sobem ilegíveis à bocapalavras diamantes palavras nunca escritaspalavras impossíveis de escreverpor não termos connosco cordas de violinosnem todo o sangue do mundo nem todo oamplexo do are os braços dos amantes escrevem muito altomuito além do azul onde oxidados morrempalavras maternais só sombra só soluçosó espasmo só amor só solidão desfeita Entre nós e as palavras, os emparedadose entre nós e as palavras, o nosso dever falar

Mário CESARINY: O GÉNIO OU O LOUCO?

a ar

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Nos anos seguintes, e até meados da década de 70, Cesariny participará em várias exposições colectivas e individuais, algumas das quais se realizarão no estrangeiro (Bruxelas, Lima, Chicago, São Paulo). É por esta altura que estabelece contactos com o grupo da revista Phases (chega a participar, em 1973, na exposição internacional do movimento, em Lyon) e a sua obra pictórica assume nova juventude com pinturas como Linha de Água.

Relativamente à sua pintura, Mário Cesariny adoptou uma atitude estética de constante experimentação nas suas obras e pratica uma técnica de (des)pintura amplamente divulgada entre

os surrealistas. Introduz também a técnica designada “cadáver esquisito”, que consiste na construção de uma obra por três ou quatro pessoas, num trabalho em cadeia criativa em que cada um dá continuidade, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo apenas parte do que este fez.

Nos últimos anos de vida, desenvolveu uma frenética actividade de transformação e reabilitação do real quotidiano, da qual nasceram muitas colagens com pinturas, objectos, instalações e outras fantasias materiais.

> Professor Cândido Sousa

1995THEGLOBE.COM deu aos utilizadores liberdade de personalizar as suas próprias experiências online ao permitir a publicação dos seus conteúdos e a interacção com outros com quem partilhavam interesses pessoais.

Már

io C

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Linha de Água, óleo sobre madeira

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21212 deded MaMaM rçrçr o Dia MuMuM ndial dadadPoPoP esia

> ENTRE NÓS E AS PALAVRASO DESPERTAR 63

15

POESIA

POES

IAAfi nal, Quem Sou?

Queres tudo de mim,

Queres que eu seja tu,

Queres que eu seja o que tu queres

E eu?! Onde fi co?

Porque tenho de ser como desejas

Porque não posso ser como quero

Sim, como quero e não como tu queres,

Esta imensa pressão a cair sobre mim como gotas de água,

Às vezes penso que não a aguento

Penso simplesmente que expludo

É como se todos os seres desejassem uma parte de mim

ao ponto de me partir em pequenos pedaços.

Será que mereço? Será que foi por isto que orei?

Afi nal, quem sou eu?

Será que sou mesmo eu

ou apenas uma cópia danifi cada tua?

> Marisa Furtado, 9.ºF

Chuva

Cai, chuva!

Cai mais

Nos avós e nos pais.

Cai, chuva!

Vai caindo

Cai também amanhã

Que é domingo.

Cai, chuva!

Mais um dia acabado

Acabo por adormecer

No meu sofá, deitado!

José Araújo 6.º B

António Torrado, por Miguel Andrade, 8.ºD[trabalho feito a partir de desenho a lápis]

fl ashes de vida e morte sobre cidades transparentes

não estragues a cumplicidade

dos deuses com os lírios pacientes.

a terra remexe, o céu uiva e a dor espalha-se

naquele doente que exaspera

em silêncio branco de batas do hospital,

mas todos os homens

na sua loucura

aguardam pelas árvores de pé

como se as fl orestas fossem livros

de lombada fi na

que nos lêem nas horas amargas

e nos ensinam as letras douradas.

não estragues a cumplicidade

dos deuses com os lírios imprudentes.

a morte é o suspiro que atiça o vento,

agita copas e arrefece desejos

como aqueles moribundos

que se rasgam em pedaços

e se esquecem dos rostos

na travessia dos invernos.

não estragues a cumplicidade

dos deuses com os lírios cadentes.

apaga as linhas das mãos

aponta os faróis ao sol

e deixa chover no coração.

eu continuo a passar todos os dias à tua porta

e nunca te vejo,

talvez na tua vida lenta

o lacre já tenha estancado a fechadura

do meu corpo.

e os deuses ainda mastigam as folhas de lírio.

e os lírios já não sabem dos homens.

e os homens fermentam a decepção.

é noite.

a cidade está transparente.

já podemos dormir.

> Professor Jorge Pimenta

FugirEu choro(por tudo, por nada)E sorrio(por detrás de um pranto).

Fugir?(boa opção, mas… para onde?)

Por trás de um falso sorriso Sinto-me a acobardar…

E na escuridão,No meio de (des)ilusões,Bêbeda de tristezaSinto-me a desmoronar…

Mais uma vez.

> Isabel Magalhães, 9.ºF

Numa manhã

Numa manhã

De Domingo

Estava a ver

Televisão.

De repente,

Vindo do nada,

Deu-se um apagão.

Até lá,

Estava a ser

Uma aventura.

Estava a ver jovens

Metidos numa loucura.

José Araújo, 6.ºB

Pecado

lambo os dedos, a língua é áspera:a pele sai em escamas,que não param de cair em silêncio, na noite

mordo a carne, os dentes doem-me:a carne é dura, geladae o frio espreita na esquina, no vazio

bebo do teu elixir, sufoco:entre o desejo bizarroentre o calor e o frio.

> Laura Alberto

Dedicado a tiO tempo até pode não passar

O sol até pode não brilhar

E a noite pode não chegar,

Mas o meu amor por ti sei que vai durar.

Não basta amar para te ter

Não basta sonhar para querer

Não bastam palavras para te encher,

Apenas é preciso te compreender.

Dou por mim a pensar nas vezes que pensei,

Dou por mim a rir das vezes que chorei,

Mas só queria sonhar nas vezes que não tentei.

O tempo vai passar,

O sol vai brilhar e a noite vai chegar,

Mas o meu amor por ti

Esse, vai perdurar…

> Rita Ortiga, 9.ºC

Inre

flect

ido,

por

Hen

rique

Mig

uel,

9.ºE

leo

sobr

e te

la]

Eu sou capaz

Eu sou capaz de levar a

minha vida

para a frente com todas as minhas difi culdades.

Eu sou capaz

De fazer e desfazer a minha vida

quantas vezes forem precisas…

Só preciso de amar e estudar

para um dia poder trabalhar!!!

> Margarida Costa, 5.ºE

Page 16: O despertar 63

> A ESCOLA EM MOVIMENTOO DESPERTAR 63

16

Consciente de que a Escola deve confrontar os alunos com o valor do “saber ouvir” e “saber expressar-se” adequadamente ao contexto e à fi nalidade de cada situação e deve valorizar atitudes cognitivas tais como a curiosidade intelectual, o espírito crítico e a autonomia, surgiu a oportunidade de convidar algumas pessoas para, em contexto de sala de aula, participarem nas aulas de Língua Portuguesa das turmas A e B, do 7.º ano, e das turmas B e C, do 8.º ano.

Ainda no primeiro período, no âmbito do estudo da unidade didáctica “Textos da Comunicação Social e Interpessoal”, o nosso convidado para participar nas aulas do 7.º ano foi o Sr. Armindo Veloso, Administrador

do jornal Correio do Minho e Director do jornal Maria da Fonte. Os alunos foram assim confrontados com a necessidade de, previamente, elaborar questionários sobre a Comunicação Social, manter a atenção retendo a informação essencial, o que lhes permitiu intervir construtivamente e deduzir sentidos implícitos que lhes facilitaram, posteriormente, a elaboração de textos a partir da tomada de notas, raciocinar sobre a informação disponível e fazer um debate.

Para as turmas do 8.º ano, o nosso convidado foi o escultor Nuno Mendanha, uma vez que, na sequência do estudo dos Contos Tradicionais Portugueses, nomeadamente da fábula “A Cigarra e a Formiga”, se proporcionou o debate sobre o tema Trabalho versus Lazer. O escultor partilhou connosco a sua experiência de professor e artista, salientando a importância da ética e da estética em todas as actividades.

Já no segundo período, uma vez que os alunos do 7.º ano se encontravam a desenvolver um trabalho de grupo sobre a Emigração, como actividade prévia para o estudo do conto Arroz do Céu, de José Rodrigues Miguéis, surgiu a oportunidade de convidar Pedro Lopes, professor de Educação Física da nossa escola, para partilhar connosco a sua experiência de vida como emigrante, uma vez que, apesar de ter nascido em Portugal, foi aos três meses para o Brasil, regressou ainda criança, tendo voltado para o referido país e regressado novamente a Portugal. Salientou

o valor do trabalho e da perseverança como ferramentas fundamentais para se ultrapassar as difi culdades.

A todos os nossos convidados agradecemos a disponibilidade, a simpatia, a capacidade de cativar os alunos e de esclarecer as dúvidas. Foram, sem dúvida, momentos marcantes no percurso escolar dos alunos.

> Professora Margarida Figueiredo

Convidados ESPECIAIS

Os conceitos de Bem e Mal são representações dos homens no combate que mantêm consigo mesmos, muito por força da sua fragilidade e fi nitude existenciais. Esta é a razão por que ambos os valores têm sido objecto de refl exão nas mais diversas manifestações fi losófi cas e artísticas desde que Adão e Eva pisaram, pela primeira vez, o éden.

Ao longo dos tempos, as concepções, os princípios e os modos de os dizer têm sofrido alterações, porque o Homem e o seu olhar sobre a(s) vida(s) mudaram, também eles.

No século XV, Gil Vicente representa o combate entre as duas forças que, à sua medida, cada um de nós vai esgrimindo dentro de si, através de um rio (o caminho do além) por onde navegarão duas barcas, a do Anjo e a do Diabo (o Bem e o Mal), em direcção à ilha de venturas (Céu) ou ao paraíso perdido (Inferno). A desfi lar em direcção ao cais, na expectativa de uma decisão favorável às suas pretensões, temos toda a sociedade portuguesa de quinhentos, desde a nobreza e o clero, passando pela burguesia, e

terminando no povo. Nesta galeria de tipos sociais, cada quadro representa o olhar de Mestre Gil sobre condutas, atitudes e valores dos diferentes grupos que, naquele tribunal divino, se confrontam, para lá de com a sua fi nitude, também com o seu destino post mortem.

Talvez seja esta uma das peças mais encenadas ao longo dos tempos, quer por companhias profi ssionais, quer por jovens estudantes no contexto da sua aprendizagem. A Companhia de Teatro de Braga, sentindo a necessidade de renovar os estereótipos em que ia caindo a generalidade das propostas encenadas, apresentou, pela mão de Rui Madeira, um desafi o mais arrojado, mantendo-se fi el ao texto original, mas subvertendo alguns elementos do decor e até comportamentos das personagens. Assim, os espectadores são teletransportados para uma favela dos nossos dias onde as barcas são substituídas por duas agências de viagens; Anjo e Diabo esgrimem argumentos no sentido de captarem as almas perdidas que ali procuravam as férias fi nais. Entre peripécias absolutamente

irresistíveis, em termos cénicos (cómicos, guarda-roupa, linguagem, comportamentos, adereços), os espectadores vão sendo embalados nos argumentos de acusação e de defesa dos contendores, acabando, no fi nal, por perceber que tudo mais não era do que um conluio entre Diabo e Anjo que, depois de assegurada a justiça que deles dependia, saíram do palco, lado a lado, para também eles, efectivarem um romance à revelia dos próprios valores que preconizam.

Os alunos do 9.º ano e do CEF, 2.º ano, da nossa escola, deslocaram-se ao Theatro Circo, em Braga, no dia 8 de Fevereiro, para conferirem, in loco, a renovação e a inovação propostas pelo CTB na sua versão da peça. No fi nal do ano, os alunos da turma F do 9.º ano apresentarão, eles mesmos, uma visão própria do A.B.I., seguramente mais conservadora do que aquela a que assistiram na Cidade dos Arcebispos. Até lá, a certeza de que o trabalho se intensifi cará no sentido de melhor serem capazes de corresponder às expectativas. Para o bem e para o mal.

> O Despertar

O BEM E O MAL SOBEM À BOCA DE CENAIDA AO TEATRO (Auto da Barca de Inferno, de Gil Vicente)

1997Lançamento do IOL (envio de mensagens instantâneas online), que viria a alcançar um êxito estrondoso.SIXDEGREES.COM permitiu a criação de perfi s pessoais e a listagem de “amigos” de internet.

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> OS SONS E A LETRAO DESPERTAR 63

17

De 7 a 11 de Fevereiro, tivemos na Biblioteca da Escola, uma vez mais, a Exposição de Instrumentos Musicais.

Esta actividade do grupo disciplinar de Educação Musical teve a melhor aceitação por todos quantos a visitaram.

A colecção apresentada estava agrupada por famílias respeitando as orientações contidas na metodologia Hornbostel-Saches.

Na exposição pôde ver-se essencialmente instrumentos étnicos que nos levam a viajar por lugares mais ou menos exóticos.

Uma vez que o interesse em experimentar é sempre grande, esteve também presente uma colecção de CD’s para que os interessados pudessem escutar alguns dos sons ”escondidos” nos instrumentos presentes. Numa pequena área estavam instrumentos mais comuns para que os alunos os pudessem manusear.

Esta exposição decorreu durante o período em que os alunos do Projecto Comenius, do College Oleron Sainte-Marie, passaram pela nossa escola. Desta forma, foi-lhes feita uma sessão esclarecedora, à semelhança do que se fez com as turmas do 2.º Ciclo. Os alunos

franceses deram ainda o seu contributo à exposição, colocando o nome, em francês, dos instrumentos seus conhecidos.

> Professor Zé Manel

Os últimos números de O Despertar têm trazido compositores que estão a ser celebrados pelos seus 200 anos do nascimento. Isto reporta-nos a uma época de músicos que viriam a enquadrar-se no panorama musical romântico. Todos os músicos que têm vindo a ser citados foram executantes exímios na abordagem ao teclado, instrumento por excelência deste período. Alguns destes músicos conviveram nos mesmos espaços, nas mesmas tertúlias, com artistas de vários quadrantes – pintura, escultura, literatura… Talvez Liszt tenha sido o maior de todos. Note-se que o piano

apresentava já então uma grande evolução, potenciando técnicas e expressividades únicas.

No último número falámos de Frederic Chopin. Hoje é a vez de Liszt. Ambos se encontraram em Paris, grande centro cultural da época oitocentista, ambos foram pianistas, oriundos da Polónia e da Hungria. Sabe-se que Liszt falava várias línguas estrangeiras mas nunca conseguiu aprender a sua própria língua – o Húngaro –, já que, na terra onde cresceu, a língua que aprendiam e falavam era o alemão.

Na sua formação musical teve como mestre Carl Czerny, aluno de Beethoven e criador de vários métodos de técnica pianística, ainda hoje parte integrante do estudo na formação musical do pianista.

Numa primeira fase, Liszt viria a enveredar pela posição de concertista contrariando, desta forma, a sua grande vontade de compor obras de grande envergadura na área orquestral.

A sua fama de concertista ultrapassou as fronteiras da Áustria, local onde se iniciara como tal, percorrendo novas fronteiras e criando sempre novos públicos.

Em 1847, abandonou os concertos para se

dedicar à composição, em Weimar.

O virtuosismo, lirismo e intimismo de Listz ao teclado viriam a torná-lo no pianista mais famoso daquela época. A sua música reveste-se de elevada espiritualidade, mas também sentido patriótico, à semelhança de Chopin; na verdade, a si se deve o nacionalismo musical da sua pátria. Os elementos contidos na essência da música húngara estão bem presentes na sua colecção de Danças Húngaras, escritas, numa primeira fase, para tecla e, posteriormente, convertidas em obras orquestrais. Ainda hoje são frequentemente escutados em concertos pela sua popularidade dentro do público erudito e não erudito.

Embora o seu instrumento de eleição tenha sido o piano, Listz escreveu para outros agrupamentos musicais, deixando, sobretudo, um vasto repertório para orquestra.

Deve-se também a Liszt a criação do Poema Sinfónico, forma musical inspirada em temas literários e que viria a tornar-se muito popular.

Os Estudos de execução transcendente foram escritos e postos em diferentes versões ao longo de umas três décadas. São estudos de

grande importância técnica.

Da sua união com Marie d’Agoult, nasceram três fi lhos. Cosima, sua fi lha, viria a casar-se com Wagner, músico famoso especialmente pela envergadura das suas óperas, que o próprio Liszt admirava e poria em cena, na qualidade de director de ópera do Teatro de Weimar. A sua vida amorosa não fi caria por aí… mas, já com avançada idade, Liszt ingressaria na Ordem dos Franciscanos, recebendo a protecção do Papa Pio IX. A partir de então, dedicou-se essencialmente à composição de obras sacras e ao ensino da música, tendo passado por ele músicos que se tornariam famosos.

Morreu em Bayreuth, na casa de Wagner, aos 75 anos.

Os 200 anos de Liszt podem parecer distantes, mas a sua escola pianística aproximou-se de nós ao infl uenciar um grande nome da música nacional, Vianna da Motta, que recebeu aulas no último ano da vida de Liszt. Esses conhecimentos passaram para outros músicos de grande importância da música portuguesa, como Helena Sá e Costa e Sequeira Costa.

> Professor Zé Manel

Exposição de Instrumentos musicais

Franz Liszt

Ainda nos anos 90, quem não se lembra dos nicks utilizados no mIRC, um dos programas de Internet Relay Chat mais utilizados então para comunicar através de mensagens instantâneas e partilhar � cheiros online. Embora não se carecterize como uma rede social, contribui, largamente, para o desenvolvimento destas novas formas de comunicar em tempo real.

150 MILLION DOWNLOAD MARK (fonte:www.mirc.com)

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> O CANTINHO DAS LÍNGUASO DESPERTAR 63

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A equipa da Escola Padre Benjamim Salgado, Joane, organizou, no dia 2 de Março, um encontro para o qual os alunos da nossa Secção Europeia foram convidados. A turma do 7.ºD teve a oportunidade de partilhar com outros alunos experiências desenvolvidas no âmbito da Secção das Disciplinas Não Linguísticas.

A nossa secção proporcionou um atelier de Education Technologique e de Education Sportive et Physique e pôde participar nos atliers de La chimie interactive e de Ma cuisine est un laboratoire. Como a Educação Física é uma disciplina não Linguística das nossas Secções, os alunos tiveram ainda a oportunidade de, sob orientações em Francês, fazer escalada e um jogo de andebol.

Mais noticias no blogue http://self-viatodos.blogspot.com/

“A linguagem constitui-se como uma habilidade complexa e especializada, que se desenvolve de forma espontânea na criança, sem instrução formal, sem qualquer esforço consciente e sem a consciência da lógica que lhe está subjacente. Sendo qualitativamente igual em todos os indivíduos, é diferenciada relativamente às habilidades mais gerais do próprio indivíduo.” (Pinker, 1995)

No desenvolvimento normal da linguagem, espera-se que a criança siga um percurso, que é defi nido em termos normativos a partir de uma regra geral. Quando a criança, no seu percurso linguístico, não se enquadra nem segue as variações aceitáveis à norma (considerando já a variabilidade individual inerente), estará presente uma difi culdade que poderá ser traduzida numa perturbação de linguagem ou num atraso de desenvolvimento. Sabe-se também que estas difi culdades se podem refl ectir no rendimento escolar.

Um dos factores decisivos para a diminuição do insucesso reside na identifi cação precoce das difi culdades de linguagem e na efi cácia da intervenção, também precoce, ao nível do desenvolvimento das capacidades linguísticas em conjunto com as capacidades cognitivas e pessoais da criança antes de ela se confrontar com a tarefa de dominar a linguagem escrita.

As crianças com problemas moderados de desenvolvimento nem sempre são elegíveis para intervenção precoce, ou porque esses problemas não são identifi cados, devido à inexistência de meios de detecção acessíveis, ou porque a sua existência é desvalorizada. O problema do diagnóstico tardio traduz-se numa intervenção igualmente tardia realizada por vezes na idade das aprendizagens escolares.

A linguagem tem um período crítico para se desenvolver. Em condições normais, a aquisição da primeira língua tem lugar até aos seis anos de idade, revelando a sua aquisição posterior grandes obstáculos. A consciência desta difi culdade é sentida de forma pessoal, partilhada com outros educadores, e remonta ao início da minha prática profi ssional enquanto educadora de infância.

Aos 3 anos – Usa a Linguagem compreensiva para os outros. Começa a diferenciar tempos e modos verbais. É a idade dos «porquês», com o pensamento materialista e mágico. Usa artigos e pronomes. Começa a empregar o singular e o plural. Usa as vogais e os sons /p/, /b/, /m/ e /c/.

Papel do Educador/Pais – Desenvolver sempre as frases para a criança os perceber.

Aos 4 anos – Período fl orescente da linguagem. Melhora a construção gramatical, faz a conjugação verbal e articulação fonética. Joga com as palavras. Etapa do monólogo individual e colectivo. Usa os sons: /t/, /d/, /n/, /g/, “x” e “j”.

Papel do Educador/Pais – Falar muito com a criança e ler-lhe em voz alta.

Aos 5 anos – Progresso Intelectual visando o raciocínio. Compreende termos que integram comparação e compreende os contrários. É capaz de estabelecer semelhanças e diferenças, noções espaciais, etc. Desaparece a articulação infantil, aparece a construção gramatical correcta. A partir daqui incrementa-se o léxico e o grau de abstracção. Uso social da linguagem. Usa os sons: /f/ e /v/.

Papel do Educador/Pais – Encorajar a criança a falar de coisas que fez no presente e que irá fazer no futuro.

Dos 6 anos em diante – Progressiva reafi rmação, noção corporal, espacial e temporal. Leitura/Escrita. Construção de estruturas sintácticas progressivamente mais complexas. Melhora o emprego de preposições, conjunções e advérbios. Evolui na conjugação verbal. Articula todos os fonemas nas palavras. Usa os sons: /l/, /r/, /s/, /z/, “rr”, “lh”, “ch”, “pl”, “pr” e “br”.

> Educadora Adelaide Araújo

Carta de amor para mi novioEn este día tan especial, quiero desearte muchas felicidades y alegrías.

Quiero que sepas que te amo mucho y que eres mi alegría de vivir. Sin ti no sé lo que hacer. Eres la persona que me hace feliz en el día a día, que está cerca cuando necesito de ti, que me despierta con un mensaje de buenos días, que me dice en mi oído: “te amo para siempre, mi amor”.

No te puedo perder, quiero estar contigo para siempre, a tu lado, mi amor.

Feliz día de San Valentin.

Un beso muy fuerte,

TE AMO> Joana Vilaça, 8.ºE

Cine español

Celda 211 es una película española, dirigida por Daniel Monzón Jerez en 2009.

Juan, que es un funcionario de prisiones decide ir a su nuevo trabajo un día antes para conocer las instalaciones y el ambiente de la cárcel. Pero, Juan recibe un golpe en la cabeza y queda inconsciente, mientras los presos inician un motín. Cuando se despierta, tiene hacerse pasar por un preso para sobrevivir.

Esta película es ganadora de ocho Premios GOYA, que es el equivalente a los OSCARES, incluyendo mejor actor, mejor director, mejor película, entre otros.

La película debutó en el número 1 de la taquilla española. Consiguió en su estreno, en el fi n de semana del 6 al 8 de noviembre, 1.391.838 ˈ y 221.212 espectadores en 220 salas.[]

Desde su estreno, el 6 de noviembre de 2009, ha conseguido recaudar en los cines españoles 12.876.475 ˈ atrayendo a 2.055.848 espectadores a las salas.

Para mí esta película es estupenda y me ha gustado mucho verla. > André Miranda, 9.ºD

Evolução Normal da Linguagem

Section Européene FrancophoneEncontro na Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, Joane

“Atelier de DNL’s”

2002Aparecimento do FRIENDSTER, pioneiro nas ligações online para “amigos” em tempo real.A sua base de utilizadores atingiu os três milhões apenas nos três primeiros meses de utilização (cerca de 1 em cada 126 utilizadores da internet naquela data).

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> À VOLTA DOS NÚMEROSO DESPERTAR 63

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O João, o Vítor e o Afonso vivem em três casas ao lado umas das outras, com o Vítor no meio e o João na casa com o número mais baixo. Os números das casas diferem em dois e a soma das três é 339.

Qual é o número da casa do Afonso?

A PizzaDivide a pizza com três linhas rectas de forma a que em cada pedaço de pizza haja apenas um pimento.

Canibais com chapéus

Três homens, que participavam numa expedição na fl oresta, foram capturados por canibais.

Foi-lhes dada a oportunidade de escapar com vida para o que foram colocados em fi la e amarrados a estacas, de tal maneira que o que estava no fi m da fi la podia ver as costas dos seus dois companheiros, o que estava no meio podia ver as costas do companheiro da frente, e o que estava na frente não podia ver nenhum dos dois companheiros.

Depois, foram mostrados 5 chapéus aos homens: 3 pretos e 2 brancos. Os homens foram vendados e cada um recebeu um chapéu, sendo que os 2 chapéus restantes foram escondidos. As vendas foram-lhes retiradas dos olhos e os canibais disseram que, se um dos homens dissesse qual era a cor do chapéu que estava a usar, os 3 sairiam com vida. O tempo passava e ninguém dizia nada. Finalmente, o homem da frente, que não via os seus companheiros, acertou na cor do seu chapéu.

Qual era a cor do chapéu e como é que ele conseguiu dar a resposta correcta?

RUY LUÍS GOMES (1905 - 1984)

Ruy Luís Gomes nasceu no Porto, a 5 de Dezembro de 1905. Doutorou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra e, em 1929, tornou-se Professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tendo sido afastado do ensino universitário mais tarde (em 1947), por motivos de natureza política.

Entre um número infi ndo de actividades relevantes, destaca-se a participação de Ruy Luís Gomes no esforço de dinamização da investigação e do ensino da Matemática em Portugal que se materializou na fundação das revistas Portugaliae Mathematica, em 1937, dedicada à investigação, e da Gazeta de Matemática, fundada em 1939, dedicada à divulgação; teve ainda um papel decisivo na fundação da Sociedade Portuguesa de Matemática, em 1940, do Centro de Estudos Matemáticos do Porto, em 1942, e da Junta de Investigação Matemática, em 1943.

A partir de 1958, leccionou em universidades da Argentina e do Brasil. Após a revolução de Abril, tornou-se reitor da Universidade do Porto.

Dedicado sobretudo à Física e à Matemática, publicou dezenas de estudos. Destaque especial para Integral de Riemann, sobre a relação entre Integral de Riemann e Integral de Lebesgue, que lhe mereceu o Prémio Artur Malheiro, da Academia das Ciências de Lisboa.

> Grupo Disciplinar de Matemática

O cérebro de Einstein não era um cérebro normal. Digamos que era um cérebro com acessórios, uma espécie de cérebro “tuning”. Um estudo publicado em Junho de 1999 afi rma que o seu cérebro estava mais desenvolvido no lóbulo inferior parietal esquerdo, cerca de 15% mais largo do que o cérebro de um “comum mortal”. A essa região estão associadas, segundo os cientistas, a cognição visual-espacial e o pensamento matemático. Terá sido essa anatomia fora do comum responsável pela sua genialidade? Este seria um óptimo argumento para desculpabilizar os menos “dotados” para a Matemática: o meu perímetro cefálico não me

permite atingir determinados raciocínios… Bem, as coisas não são assim tão lineares. Einstein pode ter nascido com algumas células a mais ou poderá tê-las adquirido com exercício. Há estudiosos que defendem que as capacidades numéricas são a causa e não a consequência de um maior número de neurónios… Neste sentido, o cérebro não é muito diferente dos músculos: se fazes certos movimentos ou certos desportos, a musculatura desenvolve-se… Não é certo que os génios possuam mais células cerebrais na dita região parietal, à nascença. Pode dar-se o caso de que tenham sido desenvolvidas com trabalho

persistente e treino, ou mesmo que esse trabalho tenha impedido estas células de morrerem. Como os músculos do corpo têm de ser exercitados para não defi nharem, o cérebro tem de permanecer activo. Eu prefi ro esta tese: a Matemática está ao alcance de todos, só são necessários trabalho persistente e empenho. Nesta página poderás encontrar, à semelhança dos números anteriores, desafi os e problemas que contribuirão, com certeza, para o desenvolvimento do teu raciocínio.

> Professora Clara Pastore

Desafi a um amigoDesafi a os teus amigos a escrever o maior número possível usando só dois algarismos. Eles irão provavelmente escrever 99, e é então que tu podes superá-los.

ExperimentaConsegues desenhar estas fi guras sem levantar o lápis?Não é permitido passar duas vezes sobre a mesma linha excepto quando elas se cruzam.

Cães e Gatos A Joana tem 7 animais de estimação. Possui cães e gatos. Cada cão come 5 biscoitos por dia e cada gato 4. A Joana tem de comprar 32 biscoitos por dia.

Quantos cães e quantos gatos possui a Joana?

Desafi o Coloca os números de 1 a 9 nos pequenos círculos.

A soma dos algarismos de cada linha, coluna ou diagonal deve ser sempre igual. Só podes usar cada número uma única vez.

Não me entendo com a Matemática, a culpa é do meu cérebro?

A

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nho.

A casa do Afonso

Solução:

Casa do Afonso - 115.

Cães e gatosA Joana tem 4 cães e 3 gatos.

Desafi a um amigo 99, que representa 9 x 9 x 9 x 9 x 9 x 9 x 9 x 9 x 9, ou seja, 387 420 489 (perto de quatrocentos milhões)!

Canibais com chapéus O homem que estava no fi m da fi la podia ver quais os chapéus que os dois companheiros da frente estavam a usar. Logo, se os chapéus dos dois fossem brancos, ele saberia que o seu chapéu seria um preto. Porém, já que ele não se pronunciou, com certeza viu pelo menos um chapéu preto à sua frente.O homem que estava no meio da fi la percebeu que o de trás não pôde defi nir a cor de seu chapéu. Deduziu, assim, que deveria existir pelo menos um chapéu preto, usado por ele (o do meio) ou pelo homem da frente. Se ele, agora, visse que o da frente usava um chapéu branco, poderia defi nir que o seu chapéu era preto. Porém, este também se manteve calado, dando a entender que o chapéu que ele via à sua frente era preto.Por fi m, o homem da frente percebeu que ninguém se pronunciou. Assim, utilizando os mesmos procedimentos lógicos já utilizados pelos outros homens, pôde deduzir que o seu chapéu era um chapéu

preto. E disse, correctamente: “O meu chapéu é preto!”.

Desafi o A Pizza2

9

4

7

5

3

6

1

8

2003Aparecimento do MYSPACE, inicialmente visto como um clone do FRIENDSTER.Criado por uma empresa de internet, a sua primeira versão foi rapidamente codifi cada (cerca de dez dias).

Page 20: O despertar 63

20> A ESCOLA EM MOVIMENTOO DESPERTAR 63

Comemora-se, no presente ano, o 50º aniversário do início da Guerra Colonial, também designada por Guerra do Ultramar, para os portugueses, ou Guerra de Libertação, para os povos africanos. Este foi um período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Esta guerra, com a duração de 13 anos, teve o seu início em 4 de Fevereiro de 1961 e terminou com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974.

Este confl ito iniciou-se em Angola. O primeiro acontecimento desta luta pela autodeterminação e pela independência das colónias ocorreu quando, a 4 de Fevereiro, se desencadeia o ataque frustrado dos nacionalistas às cadeias de Luanda para libertar os presos políticos que aí se encontravam. O funeral das vítimas policiais dará origem a violentas perseguições e matanças nos muceques da capital angolana.

A 7 de Março, o embaixador dos EUA, Elbrik, após ter informado previamente o ministro da Defesa, Botelho Moniz, comunica formalmente a António de Oliveira Salazar a alteração de posição da administração Kennedy quanto à política colonial portuguesa. Washington, que até então tinha apoiado a politica colonial portuguesa, pressiona Portugal no sentido da autodeterminação e da independência das colónias e afi rma que, a não se verifi carem, os EUA não poderão continuar a apoiar Lisboa na ONU. A 13 de Março, no Conselho de Segurança, pela primeira vez, o delegado americano, Addai Stevenson, vota com os países afro-asiáticos contra Portugal. A partir de 15 de Março de 1961, claramente apoiada pelos serviços americanos, a União dos Povos de Angola (UPA), liderada por Holden Roberto, desencadeia mortíferos ataques no Norte de Angola, na que se viria a chamar Zona Sublevada do Norte, que corresponde aos distritos de Zaire, Uije e Quanza-Norte. As primeiras acções foram desenvolvidas pela UPA (União dos Povos de Angola) que, em 1961, após a fusão com o PDA (Partido Democrático de Angola), passa a designar-se por FNLA. A luta pela independência em Angola será desenvolvida, de forma contínua, pelos três movimentos de libertação: MPLA, liderado por Agostinho Neto; UNITA, liderada por Jonas Savimbi; e FNLA, liderada por Holden Roberto.

Esta guerra, iniciada em Angola, serviu de incentivo para que noutras colónias portuguesas africanas se iniciasse, também, o movimento de luta armada pela independência. Assim, na Guiné, esta luta iniciou-se em 1963 com o PAIGC, liderado por Amílcar Cabral, e em Moçambique a guerra começou em 1964 com a FRELIMO, liderada por Samora Machel.

Alargadas as frentes de combate, o número de efectivos das forças portuguesas foi

aumentando constantemente, atingindo-se, no início da década de 70, o limite crítico da capacidade de mobilização de recursos.

Pela parte portuguesa, a guerra era sustentada pelo princípio político da defesa do que era considerado o território nacional, baseado no conceito de nação pluricontinental e multirracial. Pela parte dos Movimentos de Libertação, a guerra justifi cava-se pelo inalienável princípio de autodeterminação e independência, num quadro internacional de apoio ao incentivo à sua luta.

O movimento de descolonização, iniciado após a 2.ª Guerra Mundial, prolongou-se pelas décadas de 1960 e 1970, movimento este apoiado pela ONU que defendia o direito à autodeterminação e liberdade dos povos e incentivado pela Conferência de Bandung, em 1955.

O Estado Novo, primeiro com Salazar e depois com Marcelo Caetano, manteve, com grande rigidez, o essencial da política colonial, fechando todas as portas a uma solução do confl ito.

O regime do Estado Novo nunca reconheceu a existência de uma guerra, considerando que os movimentos independentistas eram apenas terroristas e que os territórios não eram colónias, mas províncias e parte integrante de Portugal. Durante muito tempo, grande parte da população portuguesa, iludida pela censura à imprensa, viveu sob a ilusão de que, em África, não havia uma guerra, mas apenas alguns ataques de terroristas e de potências estrangeiras. O sentimento ofi cial do estado português era de que Portugal possuía direitos inalienáveis e legítimos sobre as colónias e era isso que era transmitido pelos meios de comunicação e pela propaganda estatal.

Nem a morte de Salazar fez com que o panorama político se alterasse. Só com as eleições legislativas de 1969 se viria a verifi car uma radicalização da atitude política, nomeadamente entre as camadas mais jovens, que mais se sentiam vitimizadas pela continuação da guerra, iniciando uma forte resistência contra o sistema colonial português.

O 25 de Abril de 1974 trouxe alterações à natureza do regime político português. Os novos dirigentes de Portugal aceitavam, naturalmente, os princípios da autodeterminação e independência, pelo que as fases de transição foram negociadas com os movimentos de libertação, traduzindo-se rapidamente no fi m das acções militares.

(continua na próxima edição d’O Despertar)

VISITA DE ESTUDO/PASSEIO PEDESTRE AO MONTE DA SAIA E MUSEU ETNOGRÁFICO DE CHAVÃO

No terceiro período do corrente ano lectivo, o Grupo Disciplinar de História irá organizar uma Visita de Estudo/Passeio Pedestre ao Monte da Saia e ao Museu Etnográfi co de Chavão. Esta actividade será realizada no sábado, 21 de Maio, durante a manhã.

A actividade iniciar-se-á com uma visita ao Museu Etnográfi co de Chavão, onde poderemos ver, recordar e reviver práticas, usos e costumes dos nossos antepassados ligados ao mundo rural.

De seguida, iniciaremos uma caminhada até Viatodos. Ao longo do percurso, iremos visitar alguns vestígios do nosso passado mais longínquo, nomeadamente a Mamoa de Chavão, a Laje dos Sinais, o Monumento com Forno, o Castro do Monte da Saia e a Campa dos Mouros. Esta vista/passeio será orientada pela Dra. Marta Sá, responsável pelo Museu Etnográfi co de Chavão, e pelo arqueólogo Dr. Cláudio Brochado, responsável pelos Serviços de Arqueologia da Câmara Municipal de Barcelos.

A participação está aberta a toda a Comunidade (professores, alunos, pais e encarregados de educação e população em geral) e tem como metas dar a conhecer o património arqueológico e cultural da nossa região, sensibilizar a população para a importância da preservação do património, proporcionar momentos de convívio entre todos os actores da Comunidade Educativa e desenvolver a prática de actividades saudáveis para o nosso corpo.

Na altura própria serão abertas as inscrições e, desde já, apelamos à adesão a esta importante actividade.

Vamos vestir o fato de treino, calçar umas sapatilhas e… partir “À Descoberta do Património”, que é nosso.

É importante conhecer o nosso passado para o podermos preservar.

O convite está formulado. Venham passear connosco nesta actividade cultural.

> Coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Humanas

PALESTRA SOBRE A ARQUEOLOGIA NO CONCELHO DE BARCELOS

No passado dia 16 de Fevereiro, pelas 15 horas, o Grupo Disciplinar de História (3.º Ciclo) levou a efeito uma palestra sobre o tema “A Arqueologia no Concelho de Barcelos”.

Esta actividade, dirigida aos alunos do 7.º ano de escolaridade, tinha como meta principal dar a conhecer o património arqueológico do nosso concelho.

A palestra foi proferida pelo Dr. Cláudio Brochado, responsável pelo Departamento de Arqueologia da Câmara Municipal de Barcelos, que, de forma animada e bem-disposta, cativou a atenção dos alunos. Na sua exposição, traçou a evolução da arqueologia no nosso concelho desde os seus primórdios, com o grupo “Alcaides de Faria” e as primeiras escavações no Castelo de Faria, até à actualidade. Também procurou sensibilizar os alunos para a grande riqueza arqueológica da área de intervenção pedagógica do Agrupamento de Escolas Vale d’Este - Barcelos, nomeadamente do Monte da Saia, onde se localizam importantes vestígios arqueológicos, como são os casos da Mamoa de Chavão, da Laje dos Sinais, do Monumento com Forno, do Castro do Monte da Saia, da Campa dos Mouros e do lugar onde foram encontrados os célebres “Machados de Viatodos”: a Quinta de Fonte Velha.

O balanço fi nal da actividade foi muito positivo. Resta agradecer a prestimosa colaboração do Dr. Cláudio Brochado, dos professores que acompanharam os alunos e a participação ordeira e interessada da grande maioria dos alunos.

> Coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Guerra Colonial 1961 - 1974 Guerra Colonial

Guerra Colonial Guerra Colonial Guerra ColonialGuerra Colonial Guerra Colonial Guerra Colonial Guerra Colonial

Guerra Colonial 1961 - 1974 Guerra ColonialGuerra Colonial Guerra Colonial 1961 - 1974 Guerra Colonial

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08> A ESCOLA O MEIOO DESPERTAR 63 > A ESCOLA O MEIOO DESPERTAR 63

5 de Janeiro de 1964, véspera do dia de Reis.Uma coluna militar, constituída por dois grupos de combate, transportados em dois camiões GMC, quatro Unimogs Mercedes e dois jipes, partiu às primeiras horas da manhã para a mata do Oio, região de vegetação densa, com o capim atingindo cerca de dois metros, pois era a época das chuvas na Guiné, período de temperaturas elevadas, mas também de não menos precipitação.A missão: destruir casas de mato que se dizia albergarem o inimigo e armamento.Devido à dificuldade de as viaturas passarem na picada (estrada estreita e de terra batida), por ter profundos buracos e capim que a invadia, fomos obrigados a deixá-las num aquartelamento distanciado da nossa base cerca de 18km e caminhámos a pé. Levámos connosco alguns soldados indígenas, não só para nos ajudarem a orientar, mas também para nos servirem de intérpretes, visto que íamos ao encontro de uma região de “Balantas”.Cerca das 17h, entrámos na mata do Oio, local perigoso por albergar algumas importantes bases do inimigo (casamatas).Ao entrarmos numa picada rectilínea, eis que são disparadas rajadas isoladas de metralhadora, vindas de árvores frondosas. Calculei serem sentinelas a dar o alarme. Ripostámos com fogo ao que se seguiu a normalidade do silêncio da selva; o perigo sentia-se no ar. Quando íamos a meio da picada, com soldados de ambos os lados das bermas, de arma em riste, começámos a receber um intenso fogo de armas ligeiras e pesadas que varria toda a picada. Às minhas ordens, os soldados lançaram-se ao chão e ripostaram com G3 e dois morteiros 81. Subitamente, o capim começou a arder dos lados e à retaguarda; de frente tínhamos o fogo inimigo. Encurralados, alguns soldados sentiam-se perdidos e gritavam “ai, a minha mãezinha, vou morrer!...”. Eu, como comandante da coluna, tinha de tomar uma decisão; um dos meus sargentos alvitrou seguir em frente, mesmo que com o sacrifício de algumas vidas. Não. Tínhamos de sair dali vivos. Ordenei, pois, que explodissem as granadas de mão, que molhassem a cabeça, a face, o pescoço e as mãos com a água dos cantis e que rasgássemos a barreira do fogo na mata. Assim aconteceu, tendo nós acabado por conseguir sair da encruzilhada. Faltava regressar ao quartel.Caminhámos no meio do mato, tentando encontrar o Oeste. A noite caía e a escuridão tornava a marcha lenta e perigosa. Ao cabo de cerca de uma hora, chegámos a uma “tabanca” (aldeia indígena) abandonada, o que augurava perigo de emboscada. De lá de dentro, um soldado resgatava um rapaz, que trouxe à minha presença.O calor intenso, apesar da noite escura, e a sede martirizavam-nos.– Está aqui um poço! – informa o cabo Pires. Imediatamente gritei:– Que ninguém beba dessa água; poderá estar envenenada.Para sabermos ao certo se se podia beber, ou não, pedi ao rapaz indígena para tirar um balde de água e que a bebesse. Obedeceu, tendo-se negado, contudo, a beber. Acabámos por retomar a caminhada sem água…Eram cerca de 5h da manhã e um avião Dornier sobrevoou-nos. Era o comandante militar. O radiotelegrafista mandou-me chamar anunciando-me o comandante:– Você está aí, meu alferes?– Estou, meu comandante. Andamos a pé, não de avião. Acabámos de viver uma experiência terrível. Prosseguimos, agora, para o quartel.O comandante, sem responder, desligou o rádio.Prosseguimos a jornada até que encontrámos dois indígenas que carregavam sacos de farinha em cima de um burro. Felizmente seguiam para a povoação onde ficava o aquartelamento e onde permaneciam as viaturas – Olossato.Pelas 10h da manhã, estávamos a chegar, exaustos e famintos.Depois de comermos alguma coisa, partimos em direcção à nossa Companhia: Bissorá. Era um percurso relativamente fácil, pois era considerado “estrada segura”; nunca aí tinha ocorrido qualquer ataque.Ao quilómetro 8, uma potente mina rebentou sob a quinta viatura, aquela onde eu próprio seguia, juntamente com quatro soldados e um furriel. Por sorte, tratava-se de uma GMC, de caixa de aço forrada com sacos de areia, de modo que os estragos se reportaram à destruição dos dois rodados traseiros, e pouco mais. Não houve feridos a lamentar.Chegámos ao nosso aquartelamento sãos e salvos, embora a missão tenha ficado por cumprir.Fiz o relatório que seguiu para o Comando Geral.Soube-se que, três semanas depois, partiu para aquela região uma companhia (quatro grupos de combate) e, embora destruíssem duas casamatas, tiveram três mortos e onze feridos.

> Ex-Alferes Hernâni

Relatos de Guerra

Guerra Colonial 1961 - 1974 Guerra ColonialGuerra Colonial 1961 - 1974 Guerra ColonialGuerra Colonial 1961 - 1974 Guerra Colonial08Guerra Colonial 1961 - 1974 Guerra Colonial08Guerra Colonial 1961 - 1974 Guerra Colonial

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> A VOZ DOS MAIS PEQUENOSO DESPERTAR 63

22

No dia 31 de Janeiro, recebemos o escritor António Mota na escola de Rio Covo, Santa Eulália. Esta actividade foi preparada com os alunos, semanas antes, com a leitura individual e colectiva de diferentes obras do autor, nas diferentes turmas da escola. As escolhas viriam a recair sobre os títulos Se Tu Visses o que Eu Vi, O Grilo Verde, O Galo da Tia Luciana e Aldeia das Flores.

Das obras lidas, os alunos entenderam desenvolver trabalhos de exploração dramática e

apresentá-los ao autor, tendo seleccionado e votado em seis lengalengas do livro Se Tu Visses o que Eu Vi. Para a elaboração dos adereços e cenários, foi solicitada a colaboração dos encarregados de educação dos alunos, tendo estes aderido com grande entusiasmo. A par da preparação da apresentação, foi levada a cabo uma expo-venda de livros do autor. Também neste particular os pais aderiram, tendo comprado, cada um deles, um livro que foi rubricado pelo próprio António Mota.

O dia da actividade foi aguardado com grande ansiedade e expectativa por parte dos alunos, ansiedade essa que não se verifi cou quando, já na presença do autor, foram apresentadas as dramatizações. Para esta actividade foram convidados todos os elementos da Comunidade, incluindo as crianças do jardim de infância, que participaram com a recitação de lengalengas de um dos livros do autor.

> A Organização

O Jardim de Infância de Fonte Coberta tem vindo a desenvolver um projecto de incentivo à leitura em contexto familiar desde o ano lectivo 2008/2009. Este projecto foi denominado pelas crianças de “História Andante”, dado que se trata de um livro/uma história que

vai de casa para o Jardim de Infância e vice-versa. Este ano lectivo, as crianças trazem para o jardim de infância um livro e contam a história aos seus colegas de sala. O empenho das crianças tem sido

efectivo e todas, umas com mais facilidade do que outras, têm “lido” o livro que trazem de casa. Para que tal seja possível, os pais contam-lhes a história em casa uma ou mais vezes para que as crianças a saibam contar aos colegas. A história fi ca na escola durante uma semana. Para

além de contar a história, a criança responsável explica aos colegas quais as personagens existentes (principais e secundárias), título da história, autor, ilustrador, resumo da história, palavras desconhecidas dos outros (se não souber é lançada a questão ao grupo) e ainda tem de dizer, só ou com ajuda, o dia do mês e da semana em que trouxe e em que tem de levar o livro.

Esta actividade enquadra-se no projecto promovido pelo PNL “Leitura em vai e vem” e tem por objectivo promover a leitura em contexto familiar.

> Jardim de Infância de Fonte Coberta

O escritor vem à escola

História Andante no Jardim de Infância de Fonte Coberta

Projecto Oceano das Palavras 3Vimos novamente dar-vos notícias sobre as actividades do blogue deste Projecto de Leitura. Nos meses de Janeiro e Fevereiro, os alunos das escolas do 1.º ciclo deste Agrupamento teriam de inventar umas rimas relacionadas com as obras em estudo e musicá-las. Segundo nos constou, foi grande a cantoria em algumas salas. As professoras de música ajudaram os alunos na melodia e o trabalho acabou por resultar com a colaboração de todos.

Nos próximos meses haverá outras sugestões para animar e estimular as crianças para a leitura.

Deixamos, ainda, aos leitores algumas quadras que os alunos inventaram para essa actividade.

Relembramos que podem aceder ao blogue para conferirem outros trabalhos e poderem, caso o entendam, comentá-los.

www. oceanodaspalavras.blogs.sapo.pt

> Luísa Oliveira e Sara Barbosa

Música: O AquárioO Papagaio Louro

O menino preocupadoAnda sempre a olharO peixinho vermelhoHá-de espreitar.

Peixinho vermelhoÉ muito amigoO peixinho negroAnda só consigo.

Peixinho negroEra gordo e pesadoNo fi m das corridasFicava cansado.

O peixinho vermelhoGostava de correrO peixe negroGostava de comer.

Ele gosta de baloiçarCom o peixe vermelhoNa concha brancaAté a areia levanta.

Peixinho vermelhoGosta muito de brincarO peixinho negroNada sem parar.

> 3.º ano/ Viatodos

Música: As Pombinhas da CatrinaO Segredo do Rio

Era uma vez um meninoQue no rio mergulhouTodos os dias brincavaCom a carpa que encontrou

A carpa era avermelhadaEstava no fundo do rioNadava contra a correnteNoites e dias a fi o

A água desse ribeiroNão estava poluídaUns peixes queriam fi carOutros estavam de saída

O rapaz acordava cedoPassava a manhã a nadarDurante a tarde ajudavaOs seus pais lá no pomar

Num ano de muita secaO pomar desapareceuFoi um grande problemaQue a carpa resolveu

A carpa arranjou comidaFoi uma bela surpresaTrouxe-a de um navioCom bandeira portuguesa

> 4.º ano/ Viatodos

2004Aparecimento do FACEBOOK. Inicialmente, pretendia, apenas, ligar jovens pertencentes a uma mesma universidade americana; começou na Universidade de Harvard e, logo no primeiro mês, mais de metade dos seus 19.500 alunos subscreveu-o. Mark Zuckerberg é o seu criador.

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23> A VOZ DOS MAIS PEQUENOSO DESPERTAR 63

No dia 3 de Março, os meninos do Jardim-de-infância de Souto – Viatodos, fi zeram uma pintura colectiva no espaço exterior do Jardim.

Estavam ansiosos por dar as primeiras pinceladas, tal era a variedade de cores que tinham ao seu dispor. A imaginação e a criatividade foram surgindo cheias de cor, forma, tamanho... e alguns “borrões” lindos!

Esta foi uma actividade vivida intensamente pelo grupo e o resultado saldou-se por um painel muito bonito, colorido e criativo. Todos os artistas estão de parabéns pelo trabalho fi nal!

> As educadorasAna Gonçalves e Lélia Granja

As JaneirasOs alunos da Escola EB1 de Grimancelos, durante o primeiro mês do ano, andaram a cantar as Janeiras pelas casas dos alunos, por casas comerciais, na fábrica Celoplás e na Escola EB2/3 de Viatodos.

Eis os pequenos cantores à entrada para mais uma actuação!

PEQUENOS PINTORES DE VIATODOS

Os alunos dos 4.ºs anos das Escolas EB1 do Agrupamento realizaram, durante o mês de Janeiro, uma visita de estudo ao Castelo de Guimarães e ao Paço dos Duques.

Começaram por visitar a estátua de D. Afonso Henriques, onde foram tiradas as primeiras fotografi as. Prosseguiram para a capela do castelo onde viram a pia baptismal onde D. Afonso Henriques terá sido baptizado.

De seguida, tomaram de assalto o castelo numa aventura que os levou

até à torre mais alta e de onde se avista um cenário deslumbrante.

A fechar, houve ainda tempo para uma visita ao Paço dos Duques, um dos monumentos mais belos de Portugal.

A terminar, muitos foram os alunos que se manifestaram favoravelmente, tendo mesmo a Margarida Senra, do 4.º ano de Viatodos, deixado escapar: “Eu gostei de ver tudo e gostava de cá voltar com os meus pais”.

> Escola EB1 de Viatodos

Visita ao Castelo de Guimarães

O Rato do monteQueria ser marinheiroVivia sozinhoMas era matreiro.

De noite e diaOuvia o marA água, os barcosE sempre a sonhar.

Foi dar um passeio Encontrou uma nozPartiu-a ao meioFez um barco veloz.

Com palitos, os remosDe uma folha, a velaUm banco, de rolhaQue viagem tão bela!

Procurou o ratinho Queijo e pãoNão era muitoPara uma refeição.

Lá vai o ratinhoPelo mar foraNo seu barquinhoLá se foi embora.

Pelo caminho Encontrou amigosPeixes, peixões,E grandes navios.

Música: Rap improvisado O Ratinho Marinheiro

Que grande aventuraNo meio do marQue rico pitéuPara o seu manjar.

Mesmo pequenoQue grande petiscoNem a baleiaSabia disto.

Lá vai o ratinhoTão assustadoNo buraco fundoDesesperado.

A rica baleiaPensou descansar Agora é horaPara eu escapar.

Ai que alegriaA praia encontrarQue bela paisagemJunto ao mar.

Aqui vou fazerA minha casinhaCom conchas e areiaQue rica prendinha.

Grande viagemAo mundo inteiroEstou muito contentePois fui marinheiro.

> 1.º ano/ Grimancelos

2006 Aparecimento do TWITTER.No fi nal do jogo do Campeonato do Mundo de Futebol, entre o Japão e a Dinamarca, os utilizadores publicaram 3.283 “tweets” por segundo.

Page 24: O despertar 63

No dia 4 de Março, a Escola de Chavão festejou o Carnaval, desta vez com o tema “Alimentação Saudável”,de acordo com o Projecto Curricular de Turma e também o PASSE (Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar). Os fatos foram elaborados pelas crianças e estavam muito coloridos. O desfi le acabou por ser muito animado.

Nem todas as crónicas são fi lantropas, interventivas, opiniosas. Esta é sobre um senhor que em tempos habitou o sótão de uma casa, no lugar Largo Heróis da Pátria. A mesma casa onde o meu tio, religiosamente, dava corda ao relógio, subindo para as cadeiras estofadas com o grosso veludo de ramagens verde-garrafa.

Enquanto o meu tio dava corda ao relógio, eu fugia pelas escadas até ao quintal, com pouco mais de dez metros quadrados – naquela altura em que tudo é excessivamente grande ou pequeno; para mim, o quintal albergava todas as dimensões do Universo.

A minha tia lá andava atrás de mim, com a velha tigela de plástico, vermelho, cheia dos restos, que não eram bem restos e sim todo o meu almoço daquele dia. Entretinha-me a fugir, naqueles escassos metros quadrados, para parar quando ouvia falar no Aranhão. Então era subir as mesmas escadas, entrar pela porta escancarada da cozinha e esperar.

Entre uma colherada e mais outra, procurava o Senhor Aranhão pela casa, na clarabóia do sótão. Tinha a minha tia a maestria de sempre encontrar uma verosímil desculpa, um afazer para o Aranhão.

Às terças-feiras saíamos para ir à feira, perdia-me entre as arrufadas e na esperança de que quando regressasse desse de caras com o Aranhão, vestido de fato e laço preto, com duas das patas servindo de pés e as restantes de mãos. E mais uma evasiva da minha tia.

Comecei por subir ao sótão, primeiro com a minha tia (aquelas escadas de madeira feitas pelo meu tio poderiam não ser seguras); depois já subia sozinha, com inúmeras recomendações – cuidado com os tubos da água, os cabos da electricidade e o vitral, cuidado, não caias cá

abaixo.

Passei tardes inteiras no sótão à procura do Aranhão, pintei o velho armário que lá estava à espera do fi m, arranjei um tapete e duas cadeiras. Enquanto olhava pelas aberturas das telhas para o largo, controlava as entradas na barbearia, as saídas da mercearia e os velhos no tasco. Só não controlava o tal do Senhor Aranhão.

Quando caí nas escadas do quintal e parti os meus dentes, a presença do Aranhão parou, minha tia, com medo, deixou de falar nele. E eu andava triste. Como seria possível que ele não me tivesse vindo visitar? Quando minha tia descobriu, desvendou que ele estava muito ocupado a tratar dos seus fi lhos.

Voltaria a passar os meus dias no sótão, à espera.

Mas, houve um dia que a minha tia se vestiu integralmente de preto e muitos outros tantos se passaram até que um dia eu lhe lembrasse do Aranhão. Já estava cansada, apenas olhou distante e respondeu que tinha sido a forma de me meter medo. Sorri, disse-lhe que tinha tido o efeito contrário.

É, há crónicas que são crónicas e outras que são memórias dos nossos sonhos.

> Professora Raquel Mendes

Carnaval em Chavão 2010/2011A Bruxa MicasHá muito tempo atrás, numa fl oresta muito grande, onde havia animais, muitas plantas

e também árvores altíssimas, vivia uma bruxa

que, no Carnaval, aparecia e estragava a festa a toda a gente.

Essa bruxa tinha uma verruga no nariz, lábios enormes e pintados de vermelho. A casa onde vivia era pequena; só tinha uma cama, uma vassoura e um caldeirão cheio de poções mágicas

onde ela estava sempre.

Ela não gostava do Carnaval porque uma pessoa chamou-a de totó e ela não gostou. Acabou por fazer-lhe um feitiço e essa pessoa desapareceu. Ela também não percebia o que era o Carnaval.

Na véspera do Carnaval, as amigas Telma e Gabriela estavam a experimentar os fatos para a festa, quando a bruxa apareceu e disse:

– Então, vão ao Carnaval?

– Sim, vamos. E, já agora, que belo fato! – disse a Telma.

– Oh! Achas? – perguntou a bruxa.

– Pensei que o Carnaval fosse para gozar com as pessoas do mundo!

– Nem pensar – disse a Gabriela.

– O Carnaval é só para as pessoas se divertirem! – acrescentou a Telma.

A bruxa percebeu tudo e acabou por ir ao Carnaval com as duas amigas. Daí em diante, nunca mais estragou o Carnaval a ninguém.

> Bruna, 4.º ano/ Viatodos

Aranhão

abaixo.

Passei tardes inteiras no sótão à

> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS / CRONICAGEMO DESPERTAR 63

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Foi na passada noite de 27 de Fevereiro que ocorreu a 83ª Cerimónia dos Óscares, em Los Angeles, no Kodak Theatre. James Franco e Anne Hathaway foram os apresentadores do espectáculo mais famoso de todos os tempos, a nível da categoria cinematográfi ca.

O grande vencedor da noite foi O Discurso do Rei, de Tom Hooper, com doze nomeações (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor, Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz Secundária, Melhor Argumento Original, Melhor Banda Sonora Original, Melhor Direcção Artística, Melhor Fotografi a, Melhor Guarda Roupa, Melhor Montagem e Melhores Efeitos Sonoros), ainda que tenha vencido “apenas” quatro das categorias (as mais importantes): Melhor Filme, Melhor Actor, Melhor Realizador e Melhor Argumento

Original.

Indomável foi outro fi lme de quem também muito se esperava (10 nomeações), nessa mesma noite, mas não logrou qualquer estatueta. A Rede Social e A Origem (ambos nomeados para 8 categorias). O Cisne Negro, The Fighter, Toy Story 3, In a Better World, Alice no País das Maravilhas, O Lobisomem, Inside Job, Strangers No More, The Lost Thing e God of Love foram os outros galardoados da noite.

Fonte: http://www.online24.pt/oscares-2011/

> Dominique Costa, 9.ºB

Mediterrâneo, de Gabriele SalvatoresMediterrâneo é um dos fi lmes da minha vida.

Neste fi lme, conta-se a história de um grupo de soldados italianos que, durante a 2ª Guerra Mundial, fi cam retidos (e depois esquecidos) numa remota ilha da Grécia, devido ao naufrágio do navio que os haveria de recolher.

Nesta ilha não havia homens (tinham partido, também eles, para combater) e, apesar de inimigos, os soldados foram bem recebidos, passando aí vários anos sem contactar com as pessoas de fora da

ilha. Interessante mesmo é perceber como as pessoas, por mais diferenças que as marquem, têm muito que as aproxime – os afectos.

Passados anos, depois de tudo ter mudado fora da ilha, são resgatados.

Anos depois, reencontram-se todos naquela ilha, o único sítio onde eles realmente foram felizes. O mundo que acreditavam poderem vir a construir estava falido; aquela ilha seria o reencontro com os amigos e consigo mesmos.

Recomendo vivamente este fi lme para quem gosta de aventura, comédia, uma pitada de romance, mas, sobretudo, humanidade.

> Rui Pedro, 9.ºF

foi outro fi lme

de quem também muito se esperava (10 nomeações), nessa mesma noite, mas não logrou qualquer estatueta.

A Origem(ambos nomeados para 8

O Cisne Negro, In

Alice no O

O

E o Óscar vai para…

Filmes da minha vida

Mark Zuckerberg

As imagens deste friso foram retiradas da internet.


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