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O CONTROLE EXTERNO e a CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL FRENTE À LRF

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Em busca da verdade

“– Acho graça nisso de você falar em verdade e mentira como se realmente soubesse o que é uma coisa e outra. Até Jesus Cristo não teve ânimo de dizer o que era verdade. Quando Pôncio Pilatos lhe perguntou: ‘Que é verdade?’, ele, que era Cristo, achou melhor calar-se. Não deu resposta.”

Monteiro Lobato, in Memórias da Emília.

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Atributos para tornar a administração pública mais eficiente

Descentralização de atividade

Redução de hierarquia

Ênfase na qualidade

Ação planejada

Aprimorar o controle

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O CONTROLE

ORIGEM DO TERMO: Latim Fiscal Medieval: Contra rotulum; Francês: Contro-rôle - Contrôle

“Exemplar do catálogo dos contribuintes (dos censos, dos foros anuais) com base em que se verifica a operação do exator”. (Gualazzi, 1992)

ACEPÇÃO MODERNA:

“Ato ou efeito de controlar: verificação, prova, fiscalização, contenção, domínio, averiguação administrativa”. (Enciclopédia Mérito, 1961)

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ACEPÇÕES DA PALAVRA CONTROLE

Conforme Bergeron:

Dominação

Direção (comando, gestão)

Limitação (regulamentação, proibição)

Vigilância ou Fiscalização (supervisão, inspeção,

censura)

Verificação (exame, contratação)

Registro (identificação, autenticação)

++ FORTE

++ FRACA

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CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONTROLE INTERNO: “É todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada no âmbito da própria administração”. (Meirelles, 1990)

CONTROLE EXTERNO: “É o que se realiza por órgão estranho à administração responsável pelo ato controlado, como por exemplo a apreciação das contas do Executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de determinada despesa do Executivo;...”. (Meirelles, 1990)

Controle Controle ExternoExterno

ControleControleInternoInterno

Verificação dos Princípios da

Administração

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OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

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O ARTIGO 70 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

“A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante Controle Externo, e pelo sistema de Controle Interno de cada Poder”.

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CONTROLE X FISCALIZAÇÃO X AUDITORIA

AUDITORIA

X

INSPEÇÃO

CONTROLE

=

FISCALIZAÇÃO

=

AUDITORIA

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OS ÓRGÃOS DE CONTROLE EXTERNO NO MUNDO

• CONTROLADORIA / AUDITORIA GERAL Modelo anglo-saxão Órgão monocrático Grã-Bretanha, Estados Unidos, Israel, Canadá, etc.

• TRIBUNAL DE CONTAS Modelo latino Órgão colegiado Itália, França, Espanha, Bélgica, Alemanha, Portugal, Brasil, CEE, etc.

A INTOSAI

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TRIBUNAL DE CONTAS

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“De fato, O Tribunal de Contas é essa instituição nascida para atender a necessidade de alguém dizer não na administração pública e para dizer não, inclusive, aos mais poderosos. Não surgiu o Tribunal de Contas para agradar a ninguém e por isso, lhe foram dadas, e aos seus membros, autonomia e independência, porquanto só com essas prerrogativas se torna possível contrariar esses poderosos e bem guardar o interesse público”.

Cons. João FEDER. em 1982.

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AUDITORIA

CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS

TÉCNICOS APLICADOS, COM BASE

EM NORMAS PROFISSIONAIS,

SOBRE UMA RELAÇÃO DE

“ACCOUNTABILITY” OBJETIVANDO

A EMISSÃO DE COMENTÁRIOS

INDEPENDENTES E ADEQUADOS.

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AUDITORIA - ACCOUNTABILITY

ACCOUNTABILITY

INFORMAÇÕES E SUGESTÕES RELATÓRIO

OB

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E

ADMINISTRADOR PUBLICO

PRESTAÇÃO DE CONTAS AUDITOR

OB

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LAT

ÓR

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PARLAMENTO

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ACCOUNTABILITY

“E muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles”.

(Evangelho de São Mateus, cap. 25, v. 19, na parábola dos dez talentos.)

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CONDIÇÃO CRITÉRIO

AUDITORIA

x

CONCEITO DE AUDITORIA

Lei de R

esponsabilidade

Fiscal

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL

A auditoria governamental consiste no exame objetivo, isento da emissão de juízos pessoais imotivados, sistêmico e independente, das operações orçamentárias, financeiras, administrativas e de qualquer outra natureza, objetivando verificar os resultados dos respectivos programas, sob os critérios de legalidade, legitimidade, economicidade e razoabilidade, tendo em vista sua eficiência e eficácia. (Art. 8º da Lei Complementar Estadual nº 005, de 04/12/91.)

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Contabilidade como um instrumento de accountability

Todo administrador tem a obrigação legal e ética de prestar contas de como utilizar os recursos que lhe são confiados para serem administrados em favor da coletividade.

• PRESTAR CONTAS CONTABILIDADE

LRF

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Lei Complementar nº 101, DE 04/05/2000

Objetivo: estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

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Responsabilidade na Gestão Fiscal

Ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

LRF, art. 1º, §1º.

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LÓGICA DA GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL

Planejamento no processo orçamentário

(PPA, LDO, LOA)

Regras e limites na LRF

(pessoal, dívida,...)

Mecanismos de compensação e correção de desvios

Transparência e controle social

Sanções:

Institucionais e pessoais

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

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Lei de Responsabilidade Fiscal

• Planejamento (arts. 4º a 10)

• Receita Pública (arts. 11 a 14)

• Despesa Pública (arts. 15 a 28)

• Dívida Pública (arts. 29 a 42)

• Gestão Patrimonial (arts. 43 a 47)

• Transparência (arts. 48 a 58)

• Fiscalização (arts. 59)

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A LRF e o Controle Externo

As  ncoras da LR F

E q u ilíb rio F isca l:A rrecad ar M a is

XC on tro la r G as tos

L im ita r o E n d ivid am en to Tran sp arê n c ia :P u b lica r re la tó rios resu m id os ;

A u d iê n c ias P ú b licas .

A L R F

Planejamento

Responsável

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O Planejamento das Ações Governamentais

PLANEJAMENTO RESPONSÁVEL

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. “

(Lc 14:28-30)

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Alguns requisitos exigidos para a Lei de Diretrizes Orçamentárias

• equilíbrio entre receitas e despesas;

• limitação de empenho;

• normas relativas ao controle de custos;

• avaliação dos resultados dos programas;

• normas para a transferência de recursos;

• anexos de metas e riscos fiscais.

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Anexo de Metas Fiscais da LDO

• resultados nominal e primário;• montante da dívida pública;• avaliação do cumprimento das metas do ano anterior;• memória e metodologia de cálculo das metas;• evolução do patrimônio líquido;• origem e a aplicação dos recursos (venda de ativos);• avaliação da situação financeira e atuarial; • estimativa e compensação da renúncia de receita;• margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

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Anexo de Riscos Fiscais da LDO

• avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas

• providências a serem tomadas, caso os riscos se concretizem.

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Lei Orçamentária Anual

• compatibilidade com o PPA, com a LDO e com a LRF;

• compatibilidade dos orçamentos com os objetivos e metas do

anexo de metas fiscais;

• efeitos das renúncias de receitas e medidas de compensação;

• medidas para compensar as despesas de caráter continuado;

• reserva de contingência.

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Execução Orçamentária e o Cumprimento das Metas

• programação financeira e cronograma de execução mensal;

• limitação de empenho;

• audiências públicas para avaliação das metas;

• identificação dos beneficiários de precatórios, para fins de

observância da ordem cronológica (art. 100 da CF).

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EQUILÍBRIO FISCAL

RECEITAS

x

DESPESAS

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RECEITA PÚBLICA

• requisitos essenciais: instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos;

• vedada a realização de transferências voluntárias para quem não observe essa regra (impostos).

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Previsões da Receita

• observância:

a) de normas técnicas e legais;

b) dos efeitos das alterações na legislação;

c) da variação do índice de preços;

d) do crescimento econômico ou outro fator relevante.

• metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

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Renúncia de Receita

A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá:

• estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário -

financeiro;

• atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias;

• não afetar as metas ou existir medidas compensatórias.

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DESPESA PÚBLICA • O aumento da despesa será acompanhado de:

I - impacto orçamentário - financeiro, acompanhada da

metodologia de cálculo;

II - declaração do ordenador de que o aumento tem adequação

orçamentária e financeira com a LOA, PPA e LDO.

• Os atos que criarem ou aumentarem despesa obrigatória de caráter continuado deverão demonstrar a origem dos recursos.

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Despesas com Pessoal

• Limites para gastos com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais.

• Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos.

• A despesa total com pessoal será apurada adotando-se o regime de competência.

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TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS

Exigências para a realização:

• estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias: • existência de dotação específica; • não pode ser usada para pagamento de pessoal-CF, art. 167• outras regras.

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Deve ser autorizada por lei específica, atender às

condições estabelecidas na lei de diretrizes

orçamentárias e estar prevista no orçamento.

DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO

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Do Endividamento

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ENDIVIDAMENTO

• Dívida pública consolidada ou fundada

• Dívida pública mobiliária

• Operação de crédito

• Concessão e garantia

• Refinanciamento da dívida mobiliária

• Precatórios judiciais

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Recondução da Dívida aos Limites

A dívida que ultrapassar o limite definido pelo

Senado, deverá ser a ele reconduzida até o

término dos 03 quadrimestres subseqüentes,

reduzindo o excedente em pelo menos 25% no

primeiro.

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Restos a Pagar

É vedado, nos últimos dois quadrimestres do

mandato, contrair obrigação de despesa que não

possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou

que tenham parcelas a serem pagas no exercício

seguinte sem que haja suficiente disponibilidade

de caixa.

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Preservação do Patrimônio Público

É vedada a aplicação da receita de capital

derivada da alienação de bens e direitos que

integram o patrimônio público para o

financiamento de despesa corrente, salvo se

destinada por lei aos regimes de previdência

social, geral e próprio dos servidores públicos.

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TRANSPARÊNCIA

•Ampla divulgação

•Observância das normas contábeis

•Publicação de relatórios:Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Relatório de Gestão Fiscal (LRF)

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Transparência da Gestão Fiscal

• Instrumentos de transparência, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e LDOs; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

• A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas.

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Escrituração e Consolidação das Contas

Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas observará:

• registro próprio da disponibilidade de caixa;

• a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência;

• as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as operações de cada entidade.

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Relatório Resumido da Execução Orçamentária (LRF)

Publicado até 30 dias após o encerramento do bimestre. Composto de: • balanço orçamentário, especificando, por categoria econômica, as: a) receitas por fonte realizadas e a realizar e a previsão atualizada; b) despesas por grupo de natureza, discriminando: dotação, a despesa liquidada e o saldo; • demonstrativos da execução das: a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial e atualizada, a receita no bimestre, no exercício e a previsão a realizar; b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando: dotação inicial, para o exercício, despesas empenhadas e liquidadas, no bimestre e no exercício; c) Despesa por função e subfunção.

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Acompanharão o Relatório demonstrativo contendo:

• apuração da receita corrente líquida, sua evolução, assim como a previsão de

seu desempenho até o final do exercício;

• receitas e despesas previdenciárias;

• resultados nominal e primário;

• despesas com juros;

• Restos a pagar, detalhando, os valores inscritos, os pagamentos realizados e

o montante a pagar.

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Relatório de Gestão Fiscal (LRF)

Emitido ao final de cada quadrimestre e será assinado por: I - Chefe do Poder Executivo;

II - Presidente e demais membros da Mesa do Poder Legislativo;

III - Presidente do Tribunal e demais membros de Conselho de Administração do Poder Judiciário;

IV - Chefe do Ministério Público.

O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno.

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O relatório conterá:

• comparativo com os limites:

a) despesa com o pessoal;

b) dívidas consolidada e mobiliária;

c) concessão de garantias;

d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita.

• indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

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• demonstrativos, no último quadrimestre:

a) do montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro;

b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:

1) liquidadas;

2) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da

disponibilidade de caixa;

3) não inscritas por falta de disponibilidade e cujos empenhos

foram cancelados.

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A fiscalização da LRF

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Prestações de Contas (LRF)

As contas prestadas pelos Chefes do Poder

Executivo, incluirão além das suas próprias, as

dos Presidentes dos Órgãos dos Poderes

Legislativos e Judiciário e do Chefe do Ministério

Público, as quais receberão parecer prévio,

separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

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Fiscalização da Gestão Fiscal (LRF)

O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento da LRF, enfatizando:

• atingimento das metas estabelecidas na LDO;

• limites e condições para empréstimos e inscrição em Restos a Pagar;

• medidas adotadas para retorno da despesa com o pessoal ao limite;

• providências tomadas para recondução da dívida ao limite.

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Fiscalização da Gestão Fiscal (LRF)

• destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos;

• cumprimento do limite de gastos dos legislativos municipais, quando

houver.

Os TCs alterarão os Poderes ou órgãos quando constarem:

• a possibilidade de não cumprimento de metas de resultado primário e

nominal;

• que o montante da despesa com pessoal ultrapassou 90% do limite.

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CONTROLE DA COISA PÚBLICA

“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.

As dívidas públicas devem ser reduzidas.

A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.

Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.

As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”

Marcus Tullius Cicero, Roma, 55 a.C.

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“Meu maior medo é o de não embarcar por incapacidade minha ou de terceiros. Eu me apavoro diante da possibilidade de abrir mão de certos sonhos.”

Amyr Klink, navegador.


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