O CIENTISTA E O POETA
Ileides Muller
Vou traçar um paraleloEntre poesia e ciência.
A Ciência explica os fatos Poesia cria essência.
Cientista quando falaPode provar o que diz.
O poeta quando escreveBasta sonhar... ser feliz.
Cientista diz que a chuvaÉ reação da natureza.
Para o poeta é o céuQue chora em sua tristeza.
Cientista vê na LuaSatélite natural.
Para o poeta é a suaCompanheira sem rival.
Cientista diz que o SolÉ uma estrela fulgurante.
Para o poeta é farolQue brilha no azul distante.
Cientista diz que eclipseÉ alinhamento orbital.
Ao poeta é casamentoLá no espaço sideral.
Cientista vê as estrelasComo astros luminosos.
Para o poeta são anjosNossos entes jubilosos.
Cientista vê cascatasComo quedas naturais.
Para o poeta são véusDe noivas... São madrigais.
Cientista explica os olhosComo órgãos da visão.
Para o poeta são luzes...Janelas do coração.
Coração, para a Ciência, É só um músculo no peito.
Para o poeta é a fonteDe sentimentos perfeitos.
A Ciência para o mundoTem importância vital.
Poesia para a vidaTem valor fundamental.
Cientista ou poetaCada qual tem seu valor.
Ciência aprimora a vida
Poesia gera amor.
Do livro Universo em Gotas, p. 22Texto e formatação: Ileides MullerImagens: InternetMúsica: Sentiments - Ernesto Cortazar