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Page 1: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

NUTRIÇÃO EQUILIBRADA DO CAFEEIRO

ROBERTO SANTINATO

40º CBPC – Serra Negra - SP

Page 2: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

Nutrição equilibrada em cafezais

Equilíbrio Desequilíbrio

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Importância e respostas da correção do solo no equilíbrio

nutricional

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Calagem

Benefícios

Respostas

Limites – Cuidados - Novidades

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Importância

Corrigir os solos

Ácidos: naturalmente ou

por desgastes

Faixas de adubação ácidas devido aos fert. Nitrogenados

(acidez fisiológica) Eliminação do Al

tóxicos Redução do Mn (solos argilosos)

temos

m% > 20

Al: Alto = Inibe Ca, K, P, Mg Mn: Excessivo = Inibe Zn, P, N e K

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Benefícios

Aumenta a disponibilidade de N, P, K, Cu, Mg, S, Zn, B, Cu

Devido à elevação do pH

pH < 5,6: Perde-se 20 a 30% do NK (lixivia), perde P por fixação

pH > 7,0: Perde P (fosfato insolúvel). Perde Zn e CU (transforma em óxidos e hidróxidos. Perde B (compostos)

pH ~ 6,5: Aproveita 100% NPKS e 80% Ca e Mg

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Gráfico 2 - Estimativa da Variação Porcentual de Assimilação dos Principais

Nutrientes Pelas Plantas em Função do pH

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0

pH do solo

Po

rcen

tag

em d

e ap

rove

itam

ento

de

nu

trie

nte

N P K Ca Mg S N P K Ca Mg S N P K Ca Mg S N P K Ca Mg S N P K Ca Mg S N P K Ca Mg S

Resumindo pH

a) < 5,6: Perdas (20 a 30% = Lixiviação NK e Fixação P)

b) 6,5: Ideal = 100% NPKS e 80% Ca, Mg

c) > 7,0 → Transformações com perdas

P → Fosfato Insolúveis (apatitas)

Zn, Cu → Óxidos e Hidróxidos

B → Compostos pouco solúveis B x Mo

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Fornece Ca (3º) e Mg (4º)

Em média

60 a 80 g de CaO

30 a 40 g de MgO

Deficiente

Perda de até 60%

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Variação da produtividade em função da ausência e presença de Ca, Mg ou ambos

1,2

20,5

13,5

25,5

1,5

16 13,8

22

0

5

10

15

20

25

30

T Ausência deCa

Ausência deMg

Completo

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

IBC – anos 80 (média de 4 safras)

Patrocínio Capelinha

- 94%

- 25%

- 42%

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Outros benefícios

1. Aumento CTC: Mais cargas dependentes do pH

2. Maior atividade microbiana: Libera da M.O, N, P, S e B

3. Agregação do solo: + ar e + água

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Variação da produtividade em função da calagem

10 15

11 11 10

16 21

24 27

19 22

28 29

53

05

10152025303540455055

1 2 3 4 5 6 7

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

IBC – 1975 - 2001 NPK NPK + calagem

1 = Dourados - MS 2 = Patrocínio - MG 3 = Capelinha - MG 4 = V. Conquista – BA 5 = Varginha – MG 6 = Caratinga – MG 7 = Barreiras - BA

Médias: NPK = 13,4 NPK + calagem = 28,7

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Limites

Cuidados e novidades

A: Tipos: Dolomítico: relação 2:3 (Cao:MgO) Magnesiana ou calcítico: equilibrar com óxidos e

sulfatos

Novidade: Serpentinito Outros: Filler – calcinado – cal magnesiana

RECENTE: Cal. Dolomítica (~60 Cao e 30 MgO) (PRNT ~160 a 180)

CALCÁRIO LÍQUIDO É MENTIRA!

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Efeito do calcário calcítico, magnesiano, dolomítico e calcinado – IBC – Santinato – média de 3 safras

21,1 21 22 23,3

32,6

0

5

10

15

20

25

30

35

40

T CC CM CD CCc

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

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Viabilidade da redução de até 3 ou 4x a dose de calcário

32,6

57,3

63,4 57,6

65,4 61,8

05

10152025303540455055606570

T CD 100% CMG 100% CMG 75% CMG 50% CMG 25%

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

Araguarí – ACA – Santinato e Silva (média de 2 safras)

CMg = Cal magnesiana

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Aplicações

No plantio: Area total + sulco ou cova *usando Yoorin ou Top Phos, reduz ou elimina a aplicação no sulco ou cova Na condução: Só na faixa de adubação (não fazer área total) Novidades: a)Pivo: Via água = 50/100 kg/vez b)Gotejo: Lado A e B, com e sem gotejador

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Limites

7,8

21,3 18,2

22,3

46,7

39,1

24,7

45,9

31

18,3

39

26

05

10152025303540455055606570

Solo argiloso Solo textura média Solo arenoso

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

IBC – anos 70 à anos 2000 – vários autores

0 2 4 8

Limites: Argiloso = 4 t/ha Médio = 3 t/ha Arenoso = 2 t/ha

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V% adequado para o cafeeiro

9

22 24,1 25,6 27 23,3

05

1015202530

0 20 40 60 80 100

Pro

d. (

sac.

/ha)

Varginha – 1988 – média de 4 safras

V% preterido 0 20 40 60 80 100

V% obtido 21 24 38 53 72 76

CTC 8.7 8.2 9.4 8.7 10.8 9.7

Ca 1.1 1.2 2.4 3.4 4.7 4.7

Mg 0.3 0.5 1.0 1.2 2.0 2.4

pH 4.9 5.0 5.3 5.8 6.3 6.5

Al 1.2 0.8 0.4 0.1 0.0 0.0

CD 0 1.75 4.75 7.75 10.75 13.75

Logo, V% adequado = 62%

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Com Calagem Sem Calagem

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Gessagem

Só é necessária : Quando m% > 20 à mais de 40 cm Quando não se usa fontes de S (SFS e S.A)

Perigo: Desequilíbrios com o Mg e K Arrasto de Mg e K

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Doses crescente de gesso – Fagundes et al., - Varginha – 6 safras

49,1

42,2 45,7

41,8 45 47,3 48,8

05

101520253035404550

0 1 2 3 4 5 6

Pro

d. (

sac.

/ha)

Doses de gesso (t/ha)

OBS: Ocorreu carregamento de bases (Mg e K) a partir de 3 t/ha

Page 21: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

Fontes de S

20,7 26,6

17

26,3 24,3 29,6 27,2

05

101520253035404550

T 30 kg 60 kg

Pro

d. (

sac.

/ha)

Doses de S

Olimpia, SP – Vitti ESALQ

G G KMg

KMg

S.A S.A

S.A: suficiente 150 kg/ha/ano para o S

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Equilíbrio nutricional para NPK e micros

Embasamento na literatura

1986 2001

19,5 sac./ha 71 sac./ha

3,7 x 0,5

5.333 pl/ha

4,0 x 1,0

1.250 pl/ha

N P K Nível N P K

125 10 125 ha 470 35 540

6,6 0,5 6,6 Saca 6,6 0,5 7,6

100 8 100 Planta 90 6 101

Page 23: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

Recomendações: fórmulas com base na composição e extração química do

cafeeiro

N/ha: [70 + (2 x Pe)] x f

Para 30 sacas... Pe = 30

N/ha: 325 kg

Santinato et al.

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Equilíbrio - Racionabilidade

Reserva do solo

Ana. Solo

Reserva do cafeeiro

Insumos (adubos para

complementar)

Comportamento

N x 0,9: M.O baixa N x 0,8: M.O alta OBS: é alta ou baixa dependendo do solo

Teor de P no solo: P muito baixo (< 5): +50% P baixo (5 a 10): + 25% P médio (11 a 20): dose P alto (21 a 30): -50% P muito alto (>30): não

% de K2O na CTC Muito baixo (< 1,5%): + 50% Baixo (1,6 a 3,0%): + 25% Médio (3,1 a 5,0%): dose Alto (5,1 a 7,0): - 50% Muito alto (>7,0): não

Não utilizar formulações fixas

Ana. foliar

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Fontes dos insumos Comportamento

Formulações especiais

Tradicionais Lenta liberação ou programada

N e P protegidos

Ureia S.A

Map SFS

S.Triplo Yoorim

Kcl

Algas Ácidos fúlvicos

e húmicos Hormonais

Formulações especiais

Page 26: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

40,4

57,7 56,1 54,6 60,4

51,3

0

10

20

30

40

50

60

70

T AQ C 100 C 80 C 60 C 40

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

Araxá –média de 4 safras

- 20, - 40%

Solo fértil. Utilizou-se 430 kg/ha de N e de K2O Fonte: Ciclus 19-00-19

Santinato et al.

Page 27: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

19,6

48,8 54,4

51,6 52,2 51,3

0

10

20

30

40

50

60

70

T AQ C 100 C 80 C 60 C 40

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

Araguarí – ACA – média de 4 safras

- 20, - 40%

Solo pobre. Utilizou-se 390 kg/ha de N e 320 kg/ha de K2O Fonte: Ciclus 19-00-19 e 24-00-12 Santinato et al.

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12,9

50,1 50,2 52,7 51,9

35,6

0

10

20

30

40

50

60

70

T AQ C 100 C 80 C 60 C 40

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

Araxá –média de 3 safras

- 20, - 40%

Fonte: Producote 38-00-00 + 13,5 S e 00-00-51 + 14 S

Santinato et al.

Page 29: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

12,7

24,8 22,5

19,9

26,8

19,6

24,5 23,8 22,2

29,8

25,7

16,5

21,7 25,2

0

10

20

30

40

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

Araguarí – ACA – Pós poda – 1 safra - 2014

Santinato et al.

Page 30: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

Fontes de N

Produtividade

(Sc/ha)

Julho/14

Uréia 11,7 b

Uréia +inibidor de urease 21,6 a

Fontes de N - Boa Esperança, MG – 1ª safra -

2014.

Lavoura de Catuai IAC 144 Aplicação desde o pós plantio plantio Doses variáveis de acordo com a idade da planta.

Chuva Média de Janeiro a Março normal = 646 mm Choveu em 2014 = 187,6 mm (30%) ETP: 313,9 mm

Matiello et al.

Page 31: Nutrição Equilibrada do Cafeeiro 2014

Outros

P2O5 = Fosfatos (termo) micronizados P2O5 = fósforo associado à M.O, ácidos fúlvicos e

húmicos

Foliares = Algas, aminoácidos, ácidos fúlvicos/húmicos

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Fontes de fósforo – Termofosfato solúvel – protegido – No plantio – Araguarí – ACA – Santinato - 2014

44,7 51,2

45,3 44,3 36,9

47,5 39,5 36,4

0

10

20

30

40

50

60

70

T Top Phos SFS Yoorin

Pro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

Altura Diâmetro da copa

Diâmetro do caule

0,61 0,85 0,67 0,68

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Raizal + K-tionic

32,2

44,6 43,5 42,4 51,6

010203040506070

T 0,5 % 1% 2% 1 % + 2 t E.GPro

du

tivi

dad

e (

sac.

/ha)

T 0,5 % 1% 2% 1 % + 2 t E.G

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Obrigado

ROBERTO SANTINATO

19 – 981755669 19 – 982447600

[email protected] [email protected]


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