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O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Esclarecimentos acerca do Novo Acordo Ortográfico
O Acordo Ortográfico -muda a grafia de certas palavras, a maneira como se escrevem, mas não altera a
pronúncia de nenhuma palavra.
-não tem a ver com as variações de uso ou significado de palavras, mas sim com a
maneira como se escrevem.
-não estabelece regras de sintaxe (modo como se combinam as palavras para a
expressão do pensamento); tem a ver somente com a maneira de escrever as
palavras.
-não interfere na coexistência ou com as regras de normas linguísticas regionais
(cada região tem a sua maneira própria da falar).
- não introduz uma completa uniformização na grafia das palavras, mas
naturalmente a redução ao mínimo possível das diferenças é um dos objetivos. Com
o acordo escreveremos as palavras nos países de língua portuguesa com uma
única norma.
Principais argumentos a favor da Reforma Ortográfica
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
- Há um enorme custo econômico e financeiro na produção de edições diferentes
de dicionários e livros ou mesmo em outros planos em que a forma escrita é
utilizada (cinema, teatro, textos de contratos etc) para o Brasil e para Portugal,
custo que diminuirá com a unificação da ortografia portuguesa.
- Aproximação da oralidade à escrita.
- Simplicidade de ensino e aprendizagem.
- Unificação dos países que adotam o português como língua oficial.
- Pequena quantidade de vocábulos alterados (1,6% em Portugal e 0,45% no
Brasil).
- Aumento da força da língua portuguesa no panorama mundial.
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
O que mudou afinal?
Alfabeto
O alfabeto português passa a ter 26 letras, com a incorporação das letras K, Y e W.
Trema
Não se usa mais o trema (
), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela
deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas
derivadas.
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z
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Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos
ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (palavras que
têm acento tônico na penúltima
sílaba).
Antes:
colméia
heróico
Depois:
colmeia
heróico
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim,
continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói,
óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não
se usa mais o acento no i e no u
tônicos quando vierem depois de
um ditongo.
Antes
Baiúca
Bocaiúva
cauíla
Depois
Baiuca
bocaiuva
cauila
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou
seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, Piauí.
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Mudanças nas regras de acentuação
3. Não se usa mais o acento das
palavras terminadas em êem e
ôo(s).
Antes
abençôo
crêem
perdôo
vêem
Depois
abençoo
creem
perdoo
veem
4. Não se acentua mais a letra 'u'
nas formas verbais rizotônicas,
quando precedido de 'g' ou 'q' e
antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui,
qui).
Antes
argúi
apazigúe
averigúe
enxágüe
obliqúe
Depois
argui
apazigue
averigue
enxague
oblique
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Vejamos as regras para o uso do acento diferencial...
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/
pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era: Para entregar
as pizzas encomendadas
por Carlinhos, Geraldo
pára sua moto em frente
ao sacolão.
Como ficou: Para entregar
as pizzas encomendadas
por Carlinhos, Geraldo
para sua moto em frente ao
sacolão.
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Atenção:
•Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado
do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e
vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir,
advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras
forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
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Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: Antes
auto-afirmação
contra-indicação
extra-oficial
Depois
Autoafirmação
Contraindicação
extraoficial
• Sem hífen diante de consoante diferente
de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se
essas letras:
Antes
ante-sala
contra-senha
ultra-sonografia
Depois
antessala
contrassenha
ultrassonografia
• Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.
Antes
contra-ataque
microondas
Depois
contra-ataque
micro-ondas
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2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante:
Antes
hiper-reativo
super-resistente
Depois
hiper-reativo
super-resistente
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações (uso de alguns prefixos em particular)
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1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de
palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se
sem hífen:
Antes
sub-humano
Depois
subumano
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de
composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas,
paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o
hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-
vestibular, pró-europeu.
Fonte das imagens: Msn notícias – Reforma Ortográfica.
Letras maiúsculas e minúsculas
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
1. Mantém-se a letra minúscula nos nomes de meses, estações do ano e dias de
semana.
2. Adota-se a letra minúscula nos nomes dos pontos cardeais. Ex: norte, sul, leste,
oeste.
3. Emprego facultativo da letra minúscula nos vocábulos que compõem uma citação
bibliográfica, com exceção do primeiro vocábulo e daqueles obrigatoriamente
grafados com maiúscula. Ex: Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo
perdido.
4. Emprego facultativo de minúscula nas formas de tratamento e reverência
(axiônimos), bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas
(hagiônimos). Ex. Santa Isabel ou santa Isabel, Governador Mário Covas ou
governador Mário Covas.
5. Emprego facultativo de minúscula nos nomes que designam domínios do saber e
formas afins. Ex. Português ou português, Arte Medieval ou arte medieval, História
da América ou história da América.
6. Emprego facultativo de maiúscula inicial em logradouros públicos, templos e
edifícios. Ex. Rua do Ouvidor ou rua do Ouvidor, Edifício Copan ou edifício Copan,
Túnel Rebouças ou túnel Rebouças, Bairro da Mooca ou bairro da Mooca etc.
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Grafia de derivados
1. Uniformização dos sufixos –iano e –iense (em vez de –
ano e –ense) em vocábulos derivados de palavras
terminadas por –e(s). Ex. acriano, açoriano,
quebequiense, zairiense etc.
2. Uniformização das terminações átonas –io e –ia (em
vez de –eo e –ea) nos substantivos que constituem
variações de outros substantivos terminados em vogal.
Ex. hástia, réstia, véstia, béstia etc.
3. Variação da conjugação de verbos terminados em –iar,
provenientes de substantivos terminados em –ia ou –io
átonos. Ex. negocio ou negoceio, premio ou premeio,
noticio ou noticeio,
* Regras do Novo Acordo Ortográfico extraídas e adaptadas das precrições de:
SILVA, Maurício. O novo acordo ortográfico da língua portuguesa. São Paulo: Contexto, 2008.
TUFANO, Douglas. Guia prático da nova ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
Adaptado.
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Letras Mudas (muito utilizadas em Portugal)
1. Eliminação de consoantes mudas não pronunciadas.
Ex. baptizar – batizar, adoptar – adotar.
2. Emprego facultativo de consoantes mudas
pronunciadas.
Ex. Excepcional ou excecional, concepção ou
conceção, aspecto ou aspeto, corrupto ou corruto.
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Mas você não precisa decorar todas as regras!
Veja as dicas a seguir.
- Recorra sempre ao dicionário quando tiver dúvidas.
- Faça exercícios!
- Leia textos que tragam a nova ortografia. E leia muito!
- Crie o hábito de escrever.
Quando lemos e escrevemos, exercitamos
a nossa mente, desenvolvemos nossa
criatividade e nossa capacidade de
articulação!
Com o tempo, vai ser mole escrever assim!
Mudanças requerem esforço, mas nos
ajudam a crescer!
Um grande abraço
Equipe de Português