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Prof. Msc. Bruno Abreu
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Farmacognosia: ciência farmacêutica que se ocupa do estudo das drogas e substâncias medicamentosas de origem natural, vegetal e animal. Estuda tanto substâncias com propriedades terapêuticas como substâncias tóxicas, excipientes ou outras substâncias de interesse farmacêutico.
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Objetivos da Farmacognosia
Determinar a origem sistemática da espécie (vegetal ou animal) da qual procede a droga.
Estabelecer características morfo-anatômicas, tanto macroscópicas e microscópicas, como organolépticas, que permitam a caracterização da droga.
Investigar os métodos de produção das drogas.
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Estabelecer a composição química da droga, tanto qualitativa como quantitativamente.
Obter extratos da droga que contenham os princípios ativos.
Controlar a qualidade das drogas: assegurar a ausência de certos produtos tóxicos e evitar adulterações e falsificações.
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Estabelecer as propriedades farmacológicas, isto é, sua atividade.
Investigar novos princípios ativos que possam constituir o ponto de partida para o desenvolvimento futuro de novos fármacos.
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Farmacognosia
EtnofarmacologiaAgronomia
Farmacologia
Toxicologia
Farmacotécnica
Clínica
Química
Botânica
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As plantas e o “povo”
Segundo dados da OMS 80% da população mundial dependem das práticas tradicionais no que se refere à atenção primária à saúde, e 85% dessa parcela utiliza plantas ou preparações a base de vegetais
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Planta medicinal “é uma espécie vegetal, cultivada ou não,
utilizada com propósitos terapêuticos” (Farmacopéia Brasileira, 2011)
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Principais problemas: plantas medicinais
Parte do vegetal sem critérioIdentificação errôneaPreparo e conservaçãoEscassez de estudos (qualidade, eficácia e
segurança)Ausência de notificações envolvendo o uso de
plantasFalta de estudos sobre interações entre plantas e
de plantas com medicamentos convencionais
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Droga vegetal
Droga vegetal : É a planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, que causam a ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. (Farmacopéia Brasileira, 2011)
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Condições para que uma matéria possa ser considerada como droga, segundo o sentido farmacognóstico: ser de origem vegetal ou animal.
Ter sido submetida a processo de coleta e conservação(secagem).
Não ser obtida por meio de processos extrativos delicados (droga derivada).
Possuir propriedades farmacodinâmicas ou ser considerada como necessidade farmacêutica.
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Fitocomplexo
Conjunto de substâncias ativas contidas nas plantas medicinais, responsáveis pelas ações farmacológicas.
Princípio ativo
Substância quimicamente caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento.
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MEDICAMENTO: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática,curativa,paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos
MEDICAMENTO FITOTERÁPICO: Medicamento farmacêutico obtido por processos tecnologicamente adequados, empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais, com finalidade profilática, curativa, paliativa. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso,assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. (RDC nº 14/2010)
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• extratos (secos, moles, fluidos)
• xaropes
• f. f. semi-sólidas (gel, creme, ungüento...)
• comprimidos
• cápsulas (moles, duras)
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•banho •Óleos• tintura•compressa •sumo ou suco•Decocção
•Pó• inalação• vinho• infusão • ungüento e pomada•maceração • xarope
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Nomenclatura BotânicaÉ a parte da Botânica (Sistemática) que se
dedica a dar nomes às plantas e grupos de plantas (táxon).
Nomenclatura botânica é o emprego correto dos nomes das plantas, envolvendo um conjunto de princípios, regras e recomendações aprovados em Congressos Internacionais de Botânica e publicados num texto oficial.
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Início da nomenclatura organizada
Séc. XVIII (época prélineana) as plantas eram identificadas por uma longa fase descritiva em latim (sistema polinomial), que crescia a medida que se encontravam novas espécies semelhantes.
Por exemplo: Carlina acaulis L. era conhecida como:
Carlina acule inifloro florae brevioreGaspar Bauhin sugeriu adotar somente
dois nomes (sistema binomial).
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Com a publicação de Species Plantarum por Lineu, em 1753, o sistema foi definitivamente estabelecido.
Lineu descreveu e nomeou por este sistema todo o mundo vivo conhecido até aquela data.
O nome científico ou nome específico de um organismo vivo é uma combinação de duas palavras em latim:
– O nome genérico ou gênero– O epíteto específicoO nome científico sempre está acompanhado
pelo nome abreviado do autor que o descreveu pela primeira vez de forma efetiva ou válida.
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CINB - Código Internacional de Nomenclatura Botânica
O sistema de nomenclatura botânica visa a padronização e aceitação mundial.
O nome científico é o símbolo nominal da planta ou de um grupo de plantas e é uma maneira de indicar sua categoria taxonômica.
O CINB está dividido em três partes:Princípios básicos do sistema de
nomenclatura botânica;Regras para por em ordem a nomenclatura
antiga;Recomendações para conseguir uniformidade
e clareza na nomenclatura atual.
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Princípios do CINB:I. A nomenclatura botânica é independente da
nomenclatura zoológica e bacteriológica;II. A aplicação de nomes a grupos taxonômicos
(táxons) de categoria de família ou inferior é determinada por meio de tipos nomenclaturais;
III. A nomenclatura de um táxon se fundamenta na prioridade de publicação.
IV. Cada grupo taxonômico não pode ter mais de um nome correto (o mais antigo segundo as regras);
V. Os nomes científicos dos grupos taxonômicos se expressam em latim, qualquer que seja sua categoria e origem;
VI. As regras de nomenclatura têm efeito retroativo, salvo indicação contrária.
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Regras do CINBAs regras são organizadas em artigos, os quais
visam por em ordem os nomes já existentes e orientar a criação de novos nomes.
Seguem-se algumas regras importantes que aparecem no Código:
1. Os nomes científicos dos táxons devem ser escritos em latim, quando impressos, devem ser destacados, por artifícios como o negrito ou itálico e quando manuscritos, por grifos.
2. Os nomes científicos não devem ser abreviados, exceto o nome da espécie. Na combinação binária, o nome do gênero por ser substituído pela sua inicial quando o texto torna claro qual o gênero em questão.
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3. As seguintes terminações dos nomes designam as categorias taxonômicas:
ordem - o nome deriva do nome de uma das principais famílias (família-tipo) com adição da terminação ales.
sub-ordem - a mesma raiz com terminação ineae.família - nome derivado de um gênero vivo ou
extinto com a terminação aceae.sub-família - a mesma raiz com a terminação
oideae.tribo - a mesma raiz com a terminação eae.sub-tribo - a mesma raiz com a terminação inae.
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gênero e infra-genéricas - o nome pode vir de qualquer fonte, sendo escolhido arbitrariamente pelo autor. Deve ser um substantivo ou adjetivo substantivado, latino ou latinizado e escrito com a inicial maiúscula.
Epíteto específico - o nome da espécie é também de escolha arbitrária, escolhido pelo autor. Deve ser um adjetivo ou substantivo adjetivado, latino ou latinizado, sempre formando uma combinação binária com o gênero e sempre escrito com a inicial minúscula.
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categorias infra-específicas - os nomes são os das espécies acrescidas do nome da categoria infraespecífica em terceiro lugar. Ex. Brassica oleracea var. capithata, Ipomoea batatas f. alba.
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Exemplo geral das categorias taxonômicas:Divisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaSub classe: RosidaeOrdem: RosalesSub-ordem: RosineaeFamília: RosaceaeSub-família: RosoideaeTribo: RoseaeSub-tribo: RosinaeGênero: RosaEspécie: Rosa gallica L.Variedade: Rosa gallica var. versicolor
Thory
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Normas para redação de nomes científicos
1. Todas as letras em latim devem vir em itálico (cursiva), sublinhadas ou negrito;
2. A primeira letra do gênero ou categoria superior há de vir em maiúscula;
3. O resto do nome vem em minúscula (exceto em alguns casos em que se conserva a primeira letra de epíteto específico)
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Pronuncia de nomes científicos1. Os ditongos ae e oe se lêem como e.
Ex. laevis; rhoeas2. A combinação ch se lê k; Ex.
Chenopodium3. A combinação ph se lê f; Ex.Phaseolus
vulgaris
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RESUMO REGRAS NOMENCLATURA