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Localizacionismo Cerebral e Seus Fundamentos Históricos
Entre os gregos, predominava a teoria de que os
ventrículos cerebrais eram órgãos sede dos
humores e nos quais estava localizada também a
capacidade intelectual do homem. Essa doutrina
foi reforçada por Galeno (177, DC), no segundo
século do cristianismo, e somente foi refutada
por Andreas Vesalius no séc. XVI, também já na
era moderna. Vesalius afirmou que não podiam
estar nos ventrículos a capacidade intelectual
do homem, pois os asnos possuíam ventrículos e
não tinham esta capacidade.
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No período clássico da história Antiga tivemos duas doutrinas com relação à localização da mente: a hipocrática (de Hipócrates, considerado pai da medicina) que localizava a mente no cérebro e que se mostrou ser a verdadeira para os nossos tempos e a aristotélica que afirmava que a mente tinha a sua sede no coração, não atribuindo nenhum papel ao cérebro, ao não ser o de esfriar o sangue. Para Aristóteles a psique era uma entidade, ou "substância", como os filósofos a chamavam, independente do corpo.
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Descartes propôs que os nervos conduziam o estímulo até o cérebro graças a uma onda de propulsão do fluído em seu interior oco. Bombeados com esse fluído os músculos se inflavam, levando à contração.
Os nervos eram ocos, por onde circulava o espírito animal e que a sede da mente estava na glândula Pineal) representou um avanço em termos de localizacionismo cerebral.
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Franz Joseph Gall (1758-1822), médico e neuroanatomista austríaco, um dos primeiros a ilustrar com precisão as circunvoluções corticais. Um precursor das ideias de Broca foi); criador da frenología em 1802.
O primeiro médico que fez a correlação entre forma e função foi Galeno. Os próprios filósofos gregos propuseram que as funções cerebrais estavam relacionadas aos ventrículos e que haveria uma distribuição de função:
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Um cientista muito crítico com as ideias da frenología foi Marie-Jean Pierre Flourens (1794-1867). Este fisiólogo francês achava que era impossível localizar as funções cerebrais com precisão, já que as diferentes estruturas cerebrais interactuaban entre si criando sistemas funcionales.
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Entre 1860/1870 Pierre Broca faz as correlações anatômicas da afasia e descobre uma área no cérebro que depois foi chamada de área de Broca, relacionada com a expressão da fala.
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Em 1874, Carl Wernicke estudou uma área do cérebro que tem relação com um tipo de afasia, a compreensão da linguagem (área auditiva da linguagem) sendo que posteriormente esta área ficou conhecida como área de Wernicke.
Mais tarde, recém entrado no século XX, o psicólogo e médico russo Alexander Romanovich Luria (1902-1977) perfeccionó diversas técnicas para estudar o comportamento de pessoas com lesões do sistema nervoso, e completou uma batería de provas psicológicas]] desenhadas para estabelecer as afecciones nos processos psicológicos: atenção, memória, linguagem, funções executivas, praxias (ver apraxia), gnosias (ver agnosia), cálculo, etc.
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Actualidade
A neuropsicología vale-se hoje em dia de métodos experimentales, da observação clínica, e pode-se apoiar dos estudos de imagens do cérebro (TAC, RMN, PET, SPECT, IRMf, fluxo sanguíneo relativo, etc.) e das ciências cognoscitivas para desenhar esquemas de funcionamento e de reabilitação das funções dañadas ou perdidas, baseados nas funções preservadas.
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IMPORTÂNCIA NA PSICOPEDAGOGIA
A neuropsicología como disciplina que estuda a relação do sistema nervoso com funções cognitivas do indivíduo, tais como a linguagem, a memória, a praxia tanto em estado normal do ser humano como o estado patológico e as consequências que este deixa nos processos cognitivos, psicológicos e emocionais permite avaliar a saúde mental da pessoa facilitando um nível de análise, compressão e diferenciação em todo o referente, permitindo ter mais clareza para estabelecer um diagnostico eficaz, determinando intervenções e hierarquizações no atendimento.