Lílian dos Santos Fontes Pereira Bracarense
Universidade Federal do Tocantins
Índices de conforto térmico: limitações e variações de classificação
Betty Clara Barraza de La Cruz
Universidade Federal do Tocantins
Ana Jéssica Freire Monteiro
Universidade Federal do Tocantins
Ana Paula Felício Santos
Universidade Federal do Tocantins
Sarah Letícia Ayres Venâncio
Universidade Federal do Tocantins
Eduardo Castro Pereira
Universidade Federal do Tocantins
1263
8º CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO PARA O PLANEAMENTO URBANO, REGIONAL, INTEGRADO E SUSTENTÁVEL (PLURIS 2018) Cidades e Territórios - Desenvolvimento, atratividade e novos desafios
Coimbra – Portugal, 24, 25 e 26 de outubro de 2018
ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO: LIMITAÇÕES E VARIAÇÕES DE
CLASSIFICAÇÃO
L. S. F. P. Bracarense, B. C. B. de La Cruz, A. J. F. Monteiro, A. P. F. Santos, S. L. A.
Venâncio, E. C. Pereira
RESUMO
A avaliação do conforto térmico implica na definição de índices cujos resultados se agrupam
em classes que buscam traduzir o nível de conforto percebido pelo ser humano em
consequência de condições térmicas agradáveis ao corpo. Pesquisadores têm desenvolvido
métodos de cálculo e classificação dos índices de conforto térmico em diferentes localidades,
com diferentes variáveis e intervalos de classificação. Comparam-se nesse artigo as
aplicações de diferentes índices de conforto térmico, considerando dados de temperatura,
umidade e velocidade do vento. Os resultados demonstram que houve diferenças de
classificação. Isso indica influência da percepção das pessoas de cada localidade sobre o
conforto térmico, podendo ser reflexo das variações climáticas observadas em cada região.
Reforça-se assim a necessidade de se desenvolver faixas de classificação calibradas de
acordo com a percepção local.
1 INTRODUÇÃO
Os espaços livres urbanos recebem diversos tipos de atividades tais como prática de esportes,
atividades recreativas e deslocamentos a pé com diversas finalidades. Ao utilizar esses
espaços as pessoas estão expostas a intempéries e variáveis climáticas que interferem na sua
sensação de conforto térmico, resultando em incentivo ou fator de desestímulo à prática
dessas atividades. Para o planejamento urbano, identificar características do ambiente que
propiciem melhores condições de conforto térmico é importante para se adequar os espaços
livres. Para se avaliar o conforto térmico nesses ambientes, são desenvolvidos índices a partir
da combinação dos fatores influentes, buscando-se traduzir, por meio de medições objetivas,
a sensação de conforto percebida pelo ser humano.
Segundo a American Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers -
ASHRAE (1992), o conforto térmico é definido como a condição da mente que expressa
satisfação com o ambiente térmico. Nesse sentido o conceito de conforto térmico representa
o entendimento de satisfação do homem com o espaço em que vive. Estudos sobre a análise
de conforto térmico em espaços externos podem considerar a taxa de metabolismo, a
vestimenta, a radiação solar, respostas fisiológicas aos efeitos combinados entre os fatores
climáticos e a atividade, além da inclusão dos fatores psicológicos na complexidade da
análise (LOIS e LABAKI, 2001).
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Ao longo do tempo, diversos índices de conforto térmico foram desenvolvidos, sendo que
muitos deles objetivaram relacionar variáveis do ambiente tais como temperatura, umidade,
ventos e radiação com processos fisiológicos de trocas térmicas como taxa de metabolismo
e taxa de sudação, considerando-se inclusive variações de vestimentas utilizadas (LOIS e
LABAKI, 2001).
Considerando-se a diversidade de metodologias empregadas na definição desses índices, as
diferenças de condições climáticas predominantes nos ambientes nos quais as pesquisas
foram desenvolvidas, e a possibilidade de alterações metabólicas em função da adaptação a
essas condições climáticas, esse estudo buscou verificar a existência de divergências de
classificação obtida por diferentes índices para os mesmos dados. Propõe-se então, discutir
os resultados de aplicações de diferentes índices de conforto térmico, adotando-se como
estudo de caso a cidade brasileira de Palmas – TO, de clima tropical, com temperatura média
de 26,8°C e máximas que ultrapassam 30°C durante todo o ano.
2 CONFORTO TÉRMICO
O homem é um animal homeotérmico, ou seja, tende a manter, dentro de certos limites, a
temperatura interna do organismo entre 36,5°C e 37°C, relativamente constante
independente das condições climáticas. A temperatura interna do corpo é o resultado do
equilíbrio entre a produção e a perda de calor. Quando o organismo está sob baixas
temperaturas, a pessoa se encolhe para evitar o dispêndio de calor, ao mesmo tempo, o
organismo provoca tremores para produzi-lo (FREITAS, 2005).
Os estudos de conforto térmico feitos por Lamberts et al. (2008) visam analisar e estabelecer
as condições necessárias à satisfação do homem, permitindo-o sentir-se termicamente
confortável tanto no ambiente familiar, como no social e no de trabalho, de forma que sua
performance ou rendimento físico e/ou intelectual seja aumentada. Os autores definem a
importância dos estudos de conforto térmico a partir de três fatores: a satisfação do homem
ou seu bem-estar permitindo-lhe se sentir termicamente confortável; a performance humana,
os estudos mostram uma clara tendência de que o desconforto causado por calor ou frio,
reduza o desempenho humano nas atividades intelectuais, manuais e perceptivas; e a
conservação de energia, uma vez que conhecendo-se as condições e características referentes
ao conforto térmico dos ocupantes do ambiente evitam-se desperdícios com calefação e
refrigeração.
Grande parte da pesquisa relacionada à verificação experimental do conforto objetiva
aplicações para ambientes fechados, dadas as condições controláveis e passíveis de
intervenção com sistemas de aclimatação. Em espaços abertos, a ausência de confinamento
requer a consideração da interação entre diferentes variáveis (MONTEIRO; ALUCCI,
2010). Tais variáveis podem ser classificadas em objetivas e subjetivas. As objetivas
referem-se aos elementos do clima (temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do ar e
radiação), a vestimenta, e como variáveis subjetivas, pode-se citar a aclimatação, forma e
volume do corpo, cor, metabolismo entre outros. A junção desses fatores, quando produzem
sensações térmicas agradáveis, relacionadas com as trocas térmicas do corpo humano com
o ambiente, são responsáveis por determinar a zona de conforto.
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Em relação aos fatores objetivos, segundo Lamberts et al. (2008), temperatura do ar é a
temperatura ao redor do corpo humano. A umidade relativa varia com a temperatura do ar e
velocidade do ar pode reduzir a sensação de calor, ambas atuando na percepção de calor do
indivíduo. Apesar disso, Nikolopoulou e Lykoudis (2006, pág. 1459) afirmam que “em geral,
as pessoas não são muito boas em julgar as mudanças nos níveis de umidade, a menos que a
umidade relativa seja muito alta ou muito baixa” e que “o vento não parece ter uma influência
tão grande no aumento dos níveis de conforto térmico geral” (pág. 1462).
Em ambientes externos, a combinação das referidas variáveis é determinante do conforto
térmico. Conhecê-las é importante para o planejamento de espaços ao ar livre, uma vez que
os níveis da temperatura, velocidade do vento e radiação solar em um local externo podem
ser modificados por elementos de projeto, como inclusão de áreas sombreadas, tipo de
material, vegetação, cores das superfícies, entre outros (GIONAVI et al., 2003)
Outro aspecto em relação a ambientes externos ressaltado por Nikolopoulou e Lykoudis
(2006) refere-se à escolha pessoal de estar no sol ou na sombra, bem como com a
oportunidade de deixar a área quando as condições de conforto térmico se tornam
insuportáveis. Segundo os autores, esta escolha pode estar implícita nas ações e razões para
estar no espaço, na medida em que as pessoas nem sequer saibam sua importância.
O conceito de conforto térmico para Gomes e Amorim (2003) implica necessariamente na
definição de índices em que o ser humano sinta confortabilidade e diversas pesquisas se
voltaram à determinação desses índices, que serão detalhados na seção seguinte.
3 ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO
Como revelam Monteiro e Alucci (2005), as primeiras tentativas para estabelecimento de
um índice genérico para predição de conforto, por meio de uma escala de sensação térmica,
são os trabalhos empíricos de Temperatura Efetiva (ET) de Houghten e Yaglou (1923), de
Nova Temperatura Efetiva (ET*) de Vernon e Warner (1932), e de Temperatura Resultante
(RT) de Missenard (1948). Monteiro e Alucci (2010) concluem que, historicamente, buscou-
se a determinação empírica de um índice válido universalmente. Porém, os estudos
realizados ao longo do século XX demonstraram que os índices empíricos apresentam
respostas significativas para as situações específicas em que foram determinados. Modelos
mais universais acabam convergindo para perfis analíticos, com a vantagem de possibilitar
uma avaliação específica das diversas trocas térmicas, porém com a desvantagem de
resultados menos precisos.
Nesta pesquisa, foram identificados onze diferentes índices para a avalição do conforto
térmico, apresentados na Tabela 1. Observa-se que os índices utilizam diferentes
combinações de variáveis para fazer a predição do conforto térmico. O Índice de temperatura
e umidade (ITU) e o Índice de desconforto térmico (IDT) baseiam-se nas condições das
variáveis temperatura e umidade do ar e são de mais fácil aplicação, principalmente a nível
comparativo (THOM, 1959). O Índice Humidex (HU) também emprega essas variáveis e é
mais utilizado em climas quentes (NICK; NEDEL, 2017). Os Índices temperatura
equivalente percebida (TEP), Temperatura Efetiva com Vento - (TEv) e Temperatura
Equivalente de Windchil (TW), além de considerarem a temperatura do ar, também são
calculados a partir da velocidade do vento. A Temperatura efetiva (TE), apesar de levar em
consideração a temperatura do bulbo úmido e seco, como dito por Givoni (1969) citado por
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Monteiro e Alucci (2007), superestima o efeito da umidade. O Voto Médio Estimado (PMV)
é obtido combinando as variáveis ambientais e a partir dele também é possível obter o índice
“Porcentagem de pessoas insatisfeitas com o ambiente térmico” (PPD). O Índice de sensação
térmica (TS), foi desenvolvido por Givoni e Noguchi (2000) a partir de pesquisas
experimentais em espaços abertos envolvendo dados de temperatura do ar, radiação solar e
velocidade do vento, com o objetivo de quantificar vários aspectos de projeto que interferem
na incidência do sol e dos ventos (MONTEIRO e ALUCCI, 2007). E o último índice
avaliado, a Equação da carga térmica sobre o corpo, define a diferença entre o calor gerado
pelo corpo e o trocado com o meio ambiente (LAMBERTS et al., 2008).
Tabela 1: Índices de conforto térmico
ÍNDICES EQUAÇÕES FONTE
Índice de Temperatura e
Umidade (ITU)
ITU= 0,8 ∗ 𝑇𝑎𝑟 + (𝑈𝑟 ∗ 𝑇𝑎𝑟
500) Nóbrega e Lemos
(2011).
Índice de
Desconforto Térmico
(IDT)
IDT= Ta – (0,55 – 0,0055 * UR) * (Ta – 14,5) Thom (1959)
Temperatura
equivalente percebida
(TEP)
TEP = -3,777 + 0,4828 · Tar + 0,5172 · Trm + 0,0802 ·
Ur - 2,322 · Var
Monteiro, (2008),
adaptadas por
Monteiro e Alucci
(2009)
Temperatura Efetiva
com Vento - (TEv) TEv = 37 −
37−T
[0,68−0,0014RH+1
1,76+1,4 V0,75 − 0,29T ∗
(1 − RH
100)
Missenard (1937)
apud Suping et. al. (1992)
Temperatura
Equivalente de
Windchil (TW)
(10 ∗ √𝑉 + 10,45 − 𝑉) ∗ (𝑇 − 33)
22+ 33
Siple e Passel
(1945)
Temperatura efetiva
(TE)
TE= 0,4 (Td + Tw) + 4,8 Thom (1959)
Voto Médio Estimado (PMV)
PMV = (0,303 ∗ 𝑒−0,36𝑀 + 0,028) ∗ 𝐿 Fanger (1970)
Porcentagem de
pessoas insatisfeitas
com o ambiente térmico (PPD)
PPD = 100 – 95 𝑒−[0,03353∗𝑃𝑀𝑉4+0,2179∗ 𝑃𝑀𝑉2] Fanger (1970)
Índice Humidex (HU) HU= Tar +(5
9) ∗ (𝑃v -10) Masterton e
Richardson (1979)
Índice de sensação
térmica (TS)
TS= 1,7+0,118 * Tar + 0,0019·IH -0,322 * V - 0,0073 *
Ur + 0,0054 * Ts,ent
Givoni e Noguchi
(2000)
Equação da carga
térmica sobre o corpo
L = M - 3,05 *(5,73 - 0,007 *M - Pa) - 0,42 *(M -
58,15) - 0,0173 *M *(5,87 - Pa) - 0,0014 *M *(34 - Ta)
- 3,96x10-8 *fcl *[(tcl +273)4 - (Tr + 273)4] - fcl *hc
*(tcl - ta)
Fanger (1970)
Variáveis das equações: Tar= Trm= T = temperatura do ar, (ºC); UR= RH = umidade relativa do ar, (%); V = Var = velocidade do vento,
(m/s); Td = temperatura de bulbo seco; Tw = temperatura de bulbo úmido; PMV = voto médio estimado, ou voto de sensação de
conforto térmico; M= taxa metabólica (W/m²); L = carga térmica atuante sobre o corpo; Par = Pa = Pv = pressão parcial de vapor de água,
(hPA); IH = radiação solar no plano horizontal, (W/m2); Ts,ent = temperatura superficial do entorno, (ºC); tcl = Temperatura superficial
das roupas, (ºC); fcl = razão entre a área superficial do corpo vestido pela área do corpo nu; hc = coeficiente de transferência de calor por
convecção (W/m²°C).
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Além de considerarem variáveis distintas, os índices foram desenvolvidos utilizando-se de
metodologias variadas. Alguns foram determinados a partir de relações de variáveis externas
com taxas metabólicas observadas nos indivíduos submetidos a diferentes condições. A
Equação da carga térmica sobre o corpo, proposta por Fanger (1970) é oriunda da equação
de balanço térmico. Posteriormente foi expandida para englobar uma grande gama de
sensações térmicas, determinando o índice PMV, sendo consideradas e tratadas
estatisticamente as respostas fisiológicas do sistema termoregulador de mais de 1300 pessoas
(LAMBERTS et al. 2008).
Também baseia-se na equação de balanço de energia o MEMI, índice desenvolvido por
Höppe em 1984 (MAYER; HÖPPE, 1987), que consiste em três equações: a de balanço de
energia total do corpo; o fluxo de calor (Fcs) do interior do corpo para a pele, e o fluxo de
calor (Fsc) da pele, através das camadas de roupa, para as superfícies externas das roupas. O
sistema permite calcular a temperatura média da pele, temperatura da roupa e temperatura
interna do corpo, quando são conhecidos os parâmetros meteorológicos (temperatura do ar,
pressão de vapor, velocidade do ar e temperatura radiante média) e os parâmetros pessoais
(idade, sexo, pelo, altura, taxa metabólica, resistência térmica da roupa, posição do corpo).
(LOIS; LABAKI, 2001)
Outra abordagem de determinação dos índices de conforto térmico relaciona os parâmetros
externos à percepção de pessoas submetidas à diferentes condições. Costa e Araújo (2006)
concluem que a definição de faixas-limite por análise estatística e pesquisa de campo por
meio de entrevistas é uma metodologia possível, embora deva ser suficiente e
cuidadosamente abrangente em virtude da multiplicidade de variáveis envolvidas. Como
exemplo dessa abordagem, o TS foi desenvolvido a partir das respostas subjetivas de homens
e mulheres submetidos a diferentes condições experimentais, ou seja, áreas com diferentes
características, havendo uma pequena distância entre elas (área sombreada, área ao sol e uma
área aberta, porém protegida do vento com uma placa transparente). Através da análise dos
dados foi possível o desenvolvimento de uma fórmula prognosticando a sensação de
conforto de um indivíduo em área externa. O índice PPD se baseia na percentagem de um
grande grupo de pessoas que gostariam que o ambiente estivesse mais quente ou mais frio,
votando +3, +2 ou -3 e -2, na escala sétima de sensações (LAMBERTS et al. 2008).
Para aplicação neste estudo, foram selecionados índices que podem ser calculados a partir
de informações da temperartura e umidade relativa do ar e velocidade do vento: Índice de
Temperatura e Umidade (ITU) (Nóbrega e Lemos, 2011), Índice de Desconforto Térmico
(IDT) (THOM, 1959), Temperatura Efetiva com Vento – Tev (SUPING et. al., 1992), TEP
= temperatura equivalente percebida (MONTEIRO, 2008), adaptada por Monteiro e Alucci
(2009).
Apesar de existirem índices de conforto térmico mais completos que o ITU, esse tem sido
muito utilizado, por envolver apenas informações meteorológicas normalmente disponíveis
em estações meteorológicas e em bancos de dados obtidos a partir de imagens de satélite
(SOUZA et al., 2010). Além disso, o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) é um índice
utilizado para ambientes abertos que permite quantificar o “stress” no ambiente urbano
(Querino, 2017). O IDT é o índice bioclimático proposto por Thom (1959), sendo
considerado apropriado em estudos de clima urbano para regiões tropicais, para descrever a
sensação térmica que uma pessoa experimenta devido às condições atmosféricas de um
ambiente. O TEP de um dado ambiente pode ser sucintamente definido como uma escala de
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sensação térmica que apresenta valores numericamente iguais aos da temperatura do ar de
um ambiente de referência em que se verifica o mesmo valor médio de percepção de
sensação térmica que no ambiente em questão. Segundo Coelho (2013), o Índice de
Temperatura Efetiva Resultante do Efeito do Vento (Tev), proposto por Suping et al. (1992),
se assemelha ao conceito de temperatura efetiva com base na sensibilidade individual, leva
em consideração a velocidade do vento. Leal (2017) afirma que este índice também
estabelece uma relação entre a temperatura média e a umidade relativa do ar, considera dados
de velocidade do vento, apresentando onze faixas distintas de níveis de conforto térmico.
Ressalta-se que a equação foi obtida a partir de dados compreendidos em determinadas
situações ambientais e que a utilização em outras situações depende da verificação de
correlação de resultados de possíveis extrapolações com dados observados.
4 METODOLOGIA
O desenvolvimento do estudo seguiu as seguintes etapas: i) revisão bibliográfica; ii)
tratamento dos dados iii) seleção dos índices a serem avaliados e cálculo dos índices; iv)
análise comparativa.
A revisão bibliográfica permitiu identificar e estudar 11 índices de conforto térmico,
desenvolvidos em período e ambientes distintos, utilizando-se de diferentes variáveis de
cálculo. A partir desse levantamento foram selecionados os índices para comparação, em
função dos dados disponíveis. O presente artigo utilizou os dados coletados por Pereira
(2016) no câmpus da Universidade Federal do Tocantins situado no município de Palmas-
TO (
Fig. 1) no final de setembro e meados de outubro de 2016, contemplando o fim do período
de estiagem e início do período de chuva. As medições foram registradas a cada cinco
minutos no período das 09:30 horas às 16:15 horas, em quatro pontos distintos, sob a sombra
de árvores de diferentes espécies: Jamelão, Fava de Bolota, Caju Manso e Pequi. Para cada
ponto sombreado, foram realizadas medições simultâneas ao sol. Os dados de temperatura,
umidade e velocidade do ar utilizados na pesquisa foram coletados por meio de estação
meteorológica Professional Touch Screen Weather Center with PC Interface contendo
termômetro de bulbo seco, anemômetro (medidor da velocidade do ar) e higrômetro
(medidor de umidade).
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Fig. 1 Localização da cidade de Palmas - TO
Os índices foram calculados para cada medição realizada, encontrando-se a faixa de
classificação para cada período do dia. Para permitir a comparação dos resultados, foi feita
uma equivalência entre as classes, considerando que o número de classes varia entre os
índices analisados, apresentada na Tabela 2. As classes foram identificadas por cores a fim
de facilitar a visualização dos resultados.
Tabela 2: Equivalência de classificação entre os índices de conforto térmico para efeito de comparação.
Equi. Tev TEP IDT ITU
1 Confortável Neutralidade Confortável Confortável
2 Ligeiramente quente Pouco calor Parcialmente confortável -
3 Quente moderado - - Levemente desconfortável
4 Quente Calor Desconfortável -
5 Muito quente Muito calor Muito desconfortável Extremamente desconfortável
Para cada grupo de dados, foram então elaborados gráficos do conforto térmico observado
ao longo do dia.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As figuras 2 a 9 apresentam as classificações de conforto térmico obtidas de acordo com
cada um dos índices, para cada ponto de medição.
Os resultados demonstram que, para os mesmos dados, foram obtidas classificações distintas
de conforto térmico, de acordo com cada índice. Foi possível observar que os índices ITU e
IDT forneceram classificações mais próximas entre si, e predominantemente mais extremas
que os índices TEP e TEV. Interessante observar que para os índices TEP e TEV, em geral,
foi possível perceber mudança de classificação das medições realizadas ao sol e à sombra,
nos mesmos períodos, revelando maior sensibilidade dos mesmos a variações dos
parâmetros.
Fig. 2 Índices de conforto térmico ponto à sombra
da árvore Fava de Bolota.
Fig. 3 Índices de conforto térmico ponto ao sol
próximo da árvore Fava de Bolota.
0 100 200 300 400
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo (min)
Fava de Bolota - Sombra
0 200 400
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo (min)
Fava de Bolota - Sol
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Fig. 4 Índices de conforto térmico ponto à sombra
da árvore Caju Manso. Fig. 5 Índices de conforto térmico ponto ao sol
próximo da árvore Caju Manso.
Fig. 6 Índices de conforto térmico ponto à sombra
da árvore Jamelão. Fig. 7 Índices de conforto térmico ponto ao sol
próximo da árvore Jamelão.
Fig. 8 Índices de conforto térmico ponto à sombra
da árvore Pequi. Fig. 9 Índices de conforto térmico ponto ao sol
próximo da árvore Pequi.
Os resultados mostram-se coerentes com as análises de Fante et al. (2017), que compararam
diferentes metodologias de classificação do conforto térmico na cidade de Presidente
0 50 100 150 200 250
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo(min)
Cajú Manso - Sombra
0 200 400
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo (min)
Cajú Manso - Sol
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo (min)
Jamelão - Sombra
0 100 200 300 400
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo (min)
Jamelão - Sol
0 100 200 300 400
TEP
TEV
IDT
ITU
Intervalo de tempo (min)
Pequi - Sombra
0 50 100 150 200 250 300 350 400
TEP
TEV
IDT
ITU
Pequi - Sol
Intervalo de tempo (min)
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Prudente, Brasil, (temperaturas entre 18°C e 29,1°C) e observaram diferentes resultados. Os
autores consideraram preponderantes as diferenças de metodologia empregadas (índices,
diagrama e questionário de predileção). As causas das variações observadas no presente
estudo podem estar associadas às condições climáticas dos locais onde se desenvolveram as
equações utilizadas, e aos métodos empregados para se determinar as equações.
Analisar os fatores de índice de conforto é uma tarefa complexa, pois além dos fatores
físicos, envolve uma gama de fatores pessoais que tornam sua definição bastante subjetiva.
Desta forma, o conforto térmico pode ser visto e analisado sob dois pontos de vista: pessoal
ou ambiental. O ponto de vista pessoal, como sendo uma condição mental, expressa a
satisfação com o ambiente térmico, por sua vez, o ponto de vista físico permite identificar
se ocorre a manutenção da temperatura interna sem a necessidade de serem acionados os
mecanismos termorreguladores, ou seja, o organismo humano se encontra em balanço
térmico com o meio ambiente. Como observado por Borges e Labaki (2006) a existência de
microclimas diferenciados em diferentes áreas está associada a variações de efeito
psicológico nas sensações térmicas. Pezzuto e Labaki (2007) identificaram ainda que o uso
do solo urbano interfere na sensação térmica do usuário da cidade. Nikolopoulou e Steemers
(2000) detectaram a importância dos fatores de adaptação fisiológica tais como naturalidade,
expectativa, experiência, tempo de exposição, controle e estimulação ambiental,
apresentando uma análise de cada um destes parâmetros, com a forma com que podem
influenciar uma análise de conforto em um espaço aberto. Seus resultados revelaram que os
fatores físicos de adaptação fisiológica e fatores psicológicos podem ser responsáveis pela
diferença de 50% entre a avaliação de conforto objetiva e a subjetiva. Outro fator relevante
que traz complexidade a definição dos limites de estresse térmico é o histórico térmico dos
indivíduos, sendo que, por exemplo, o uso prolongado de ar-condicionado impacta a
percepção térmica dos usuários dos espaços públicos, mesmo quando estes não se encontram
no momento em ambiente climatizado (KRUGER; DRACH, 2017). Sendo assim, tanto os
métodos que se baseiam na percepção das pessoas quanto os que utilizam taxas metabólicas
para determinar as zonas de conforto, estão sujeitos às características específicas das
condições de pesquisa.
Silva et al. (2017) confrontaram resultados de classificação de conforto térmico determinada
pelos índices Physiological Equivalent Temperature (PET) e Universal Thermal Climate
Index (UTCI) com a percepção de transeuntes em Palmas, Brasil e perceberam que ambos
os índices superaram a avaliação térmica de desconforto dos entrevistados, demonstrando a
sua inadequação para a amostra considerada. Observa-se, então, que os resultados da
avaliação de conforto térmico obtidos por meio de índices preditivos sofrem interferências
relativas à metodologia de desenvolvimento do índice, fatores subjetivos da amostra
utilizada no desenvolvimento das equações, e adaptação às condições climáticas locais.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conforto térmico pode influenciar no desempenho de diversas atividades intelectuais,
manuais e perceptivas, estando relacionado a fatores objetivos (temperatura do ar, umidade
relativa, velocidade do ar e radiação), e subjetivos (aclimatação, forma e volume do corpo,
cor, metabolismo). Diversos estudos buscam prever e classificar o nível de conforto térmico
percebido pelo ser humano a partir de variáveis externas. É importante então entender as
limitações de cada índice e as diferenças que podem ser encontradas entre diferentes
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métodos, para se determinar aquele mais representativo para uma dada localidade. Nesse
artigo foram estudados 11 índices de conforto térmico. Destes, a partir dos dados
disponíveis, foram selecionados 4 índices para comparação, calculados por meio de dados
de temperatura, umidade e velocidade do vento. Os dados foram coletados nos meses de
setembro e outubro de 2016, em pontos sombreados e expostos ao sol, na cidade de Palmas.
Os resultados demonstram que houve diferenças de classificação, com variação entre “pouco
calor” até “extremamente desconfortável”, para os mesmos dados, dependendo do índice
utilizado. Considerando as possíveis interferências, seja na metodologia empregada,
condições climáticas locais e fatores subjetivos da amostra utilizada no desenvolvimento das
equações, que impõem limitações à aplicação dos modelos, os mesmos devem ser avaliados
com critério e é importante o desenvolvimento de faixas de classificação próprias para cada
local. Sendo assim, devido a diversidade de classificações observadas, destaca-se a
importância de estudos complementares para desenvolver faixas de classificação próprias à
realidade da região, que reflitam a percepção de seus habitantes, para então ser possível
avaliar se algum dos índices existentes apresenta resultados com boa correlação com a
percepção local.
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