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Índice
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Destaques
1S20 4
Órgãos
Sociais 8
Relatório de
Gestão 9
Mercado de Capitais 9
Evolução dos Negócios 15
Análise dos Resultados Consolidados 23
Riscos e Incertezas para Períodos Futuros 30
Demonstrações Financeiras
Consolidadas 40
4
Destaques 1S20
Destaques Operacionais
Casas Passadas 4,494.7 4,684.7 4.2%
% FttH 28.6% 35.0% 6.4pp
RGUs Totais 9,537.5 9,760.7 2.3%
RGUs de TV por Subscrição 1,617.1 1,647.9 1.9%
Clientes Convergentes + Integrados 907.2 957.5 5.5%
Clientes Convergentes + Integrados, % Acesso Fixo 59.2% 61.0% 1.9pp
Subscritores Móveis 4,769.1 4,869.9 2.1%
ARPU Residencial / Subscritor Único de Acesso Fixo (Euros) 44.9 42.3 (5.9%)
Destaques Financeiros0.0 0.0% 0
Receitas de Telecomunicações 687.4 652.8 (5.0%)
EBITDA de Telecomunicações 305.1 294.4 (3.5%)
Margem EBITDA 44.4% 45.1% 0.7pp
Receitas de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica 54.9 30.7 (44.0%)
EBITDA de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica 26.3 16.2 (38.5%)
Margem EBITDA 48.0% 52.6% 4.7pp
Receitas de Telecomunicações 721.5 666.6 (7.6%)
EBITDA de Telecomunicações 331.4 310.6 (6.3%)
Margem EBITDA 45.9% 46.6% 0.7pp
Resultado Consolidado Líquido Antes de Empresas Associadas e
Interesses Não Controlados 88.2 37.8 (18.6%)
EBITDA - CAPEX Total Excluindo Leasings 149.0 138.8 (8.7%)
Free Cash Flow Total Antes de Dividendos, Investimentos
Financeiros e Aquisição de Ações Próprias100.0 88.1 (14.7%)
1S20 / 1S19Destaques 1S20 1S19 1S20
1S20
O impacto do COVID-19 nos resultados operacionais e financeiros foi significativo durante o 1S20,
sendo mais expressivo no 2T20 do que no 1T20, devido ao confinamento a nível nacional, que
perdurou durante quase todo o segundo trimestre. Embora o Governo tenha anunciado uma
redução gradual das restrições a partir de meados do mês de maio, a recuperação económica tem
sido muito ténue, com diversos negócios e setores ainda encerrados, ou a trabalhar sob condições
muito limitadas.
Todos os principais impactos financeiros e operacionais da pandemia assinalados no nosso Relatório
do 1T20 persistiram no segundo trimestre, nomeadamente a ausência de espetadores de cinema
devido ao encerramento das salas, o decréscimo significativo das receitas de roaming, a suspensão
da faturação de canais premium e o ambiente mais desafiante que se fez sentir no B2B. No caso dos
5
canais premium de desporto, os clientes recomeçaram a ser faturados a partir de 1 de junho, com o
reinício da Liga Portuguesa de Futebol.
Destaques Operacionais
• As operações core de telecomunicações demonstraram um desempenho resiliente, tal como refletido nos
números de subscrições e no nível de faturação subjacente relativamente intacto, confirmando assim o
setor como um pilar de estabilidade face ao declínio macroeconómico generalizado. As adições brutas de
clientes e a atividade comercial começaram a acelerar com o desconfinamento a partir de meados de maio.
Apesar deste bom desempenho, o crescimento das receitas totais de telecomunicações foi negativo face ao
período homólogo, devido à manutenção da suspensão da faturação de canais premium de desporto ao
longo do período de confinamento, e a receitas de roaming incipientes. Para além disto, o segmento B2B foi
mais suscetível às pressões do confinamento, com um esforço por parte dos clientes empresariais no
sentido da contenção de custos e negociação de condições de pagamento mais flexíveis. Conscientes da
nossa relevância a nível nacional enquanto agente de recuperação económica, acomodámos uma postura
mais flexível face às relações com clientes, prestando apoio técnico e operacional a empresas a braços com
os desafios de uma alteração quase imediata para modelos de negócio remotos e digitais.
• Todos os cinemas tinham já encerrado em março, uma situação que se manteve ao longo de todo o
segundo trimestre e que apenas se alterou no início de julho. As receitas Audiovisuais do negócio de
distribuição cinematográfica continuaram também a sofrer este impacto, no entanto os negócios
remanescentes desta unidade de negócio mantiveram um desempenho estável face ao período homólogo.
• Os investimentos tecnológicos foram mais reduzidos face ao 1S19, devido ao faseamento dos planos de
implementação, que permanecem em curso no contexto do acordo de partilha de rede FttH e alinhados com
a importância estratégica da entrega das melhores capacidades RNG, ao maior número de lares possível. As
novas formas de trabalhar, aprender, comunicar e proporcionar entretenimento têm impulsionado, nos
últimos meses, uma enorme alteração na procura e hábitos dos consumidores, que teriam demorado anos,
em circunstâncias mais normais, reforçando assim a necessidade da continuidade de upgrades e
investimentos tecnológicos. O nosso CAPEX Relacionado com o Cliente diminuiu 5,1% no 1S20, com uma
queda de 9,4% no 1T20 devido à redução da atividade comercial e permaneceu estável no 2T20 face ao
2T19, reflexo de uma aceleração da atividade de vendas e retenção, com o desconfinamento gradual a partir
de meados de maio.
6
Destaques Financeiros
• Os impactos financeiros da pandemia foram mais materiais no 2T20 do que no 1T20, em resultado
do período mais prolongado sob confinamento. Todas as unidades de negócio foram
negativamente afetadas, no entanto a dimensão relativa do impacto da pandemia foi
consideravelmente mais significativa na divisão de Exibição Cinematográfica e Audiovisuais, quer
em termos de receitas, quer de rentabilidade.
• As Receitas de Telecomunicações diminuíram em 5,0% no 1S20 para 652,8 milhões de euros,
impactadas principalmente pela suspensão das receitas de canais premium desportivos durante o
período de confinamento, pela redução significativa do tráfego de roaming e pelas receitas de B2B.
Uma grande proporção do decréscimo das Receitas foi compensado por um OPEX mais reduzido,
principalmente nos Custos Diretos, relacionados com a atividade e, como tal, o EBITDA decresceu
apenas 3,5% para 294,4 milhões de euros.
• As Receitas de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica caíram 44,0% para 30,7 milhões de euros,
reflexo do decréscimo de 100% nas receitas de exibição no 2T20. O impacto no EBITDA foi um
decréscimo de 38,5% face ao 1S19, para 16,2 milhões de euros, com a redução das receitas a ser
mitigada pelos menores custos com royalties.
• O impacto combinado destas tendências distintas nos resultados consolidados cifrou-se num
decréscimo de 7,6% nas Receitas de Exploração para 666,6 milhões de euros, bem como uma
diminuição de 6,3% do EBITDA para 310,6 milhões de euros.
• O EBITDA-CAPEX de Telecomunicações decresceu muito ligeiramente em 0,5% para 133,2 milhões
de euros, sendo que o CAPEX mais reduzido quase compensou o decréscimo do EBITDA.
• O FCF Total caiu 11,9% (11,9 milhões de euros) para 88,1 milhões de euros, uma queda absoluta
inferior à do EBITDA devido ao nível mais reduzido de CAPEX, impulsionado pelo perfil de
faseamento do investimento na rede móvel.
• O nosso Balanço Consolidado permanece muito robusto, com o rácio Dívida Financeira Líquida /
EBITDA a cifrar-se em 1,8x no final do semestre, sendo que será ainda reforçado com a conclusão
da venda da NOS Towering à Cellnex. O montante total potencial da transação ascende a 550
milhões de euros, dos quais cerca de 375 milhões de euros serão recebidos à cabeça com a
conclusão do acordo.
• No final de junho, a Autoridade da Concorrência aprovou a venda da NICS NOS International
Carrier Services à Tofane, sendo que já tinha ocorrido a sua desconsolidação no início do 1T20,
com a respetiva reexpressão das contas de 2019.
7
• No início do 3T20, a Autoridade da Concorrência anunciou a sua não oposição ao acordo assinado
em abril entre a NOS Comunicações e a Cellnex para a venda de 100% da NOS Towering a esta
última, compreendendo cerca de 2.000 sites (torres e rooftops), por um montante inicial de
aproximadamente 375 milhões de euros, recebidos aquando da conclusão da transação.
Adicionalmente, a NOS e a Cellnex tinham assinado um acordo de longo prazo que concerne a
prestação por parte da Cellnex, de serviços de hosting de rede ativa ao Grupo NOS nas
infraestruturas passivas adquiridas, por um período de 15 anos, renovável automaticamente por
iguais períodos. Este acordo prevê um aumento do perímetro de até 400 sites adicionais ao longo
dos próximos 6 anos. O valor potencial total dos acordos a ser recebido ao longo de um período de
6 anos ascende a 550 milhões de euros. Como tal a NOS Towering foi considerada um Ativo Detido
para Venda para efeitos contabilísticos, de acordo com a IFRS 5.
8
Órgãos Sociais
À data do presente relatório, 22 de julho de 2020, os Órgãos Sociais da NOS tinham a seguinte
composição:
9
Relatório de Gestão
Mercado de Capitais
Desempenho bolsista das ações da NOS
No dia 30 de Junho de 2020, a cotação de fecho das ações da NOS foi de 3,884 euros, o que
representa um decréscimo de 19,1% desde o início do ano, e que compara com uma queda de 15,8%
do principal índice bolsista nacional, o PSI20.
A Assembleia Geral de Acionista da NOS foi adiada, devido à pandemia COVID-19, adiando a
aprovação e consequente pagamento do dividendo, no montante de 0,278 euros, que ocorreu em 3
de julho de 2020. Considerando o valor do dividendo, o Total Shareholder Return da NOS no 1S20
teria sido de -13,2%.
No 1S20, foram transacionadas mais de 184,9 milhões de ações da NOS, o que se traduziu num
volume médio diário de 1,468 milhões ações por cada sessão de mercado.
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
-45,0%
-40,0%
-35,0%
-30,0%
-25,0%
-20,0%
-15,0%
-10,0%
-5,0%
0,0%
5,0%
10,0%
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/12
/20
19
07
/01
/20
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/01
/20
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/01
/20
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/01
/20
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/20
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/02
/20
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/02
/20
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/02
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03
/03
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/03
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/03
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07
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28
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05
/05
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20
12
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02
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20
09
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/20
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16
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/20
20
23
/06
/20
20
30
/06
/20
20
Volume NOS Cotação NOS PSI20
Assim sendo, o volume diário médio da NOS no 1S20 representa 0,28% do seu número total de
ações emitidas.
O valor mais elevado a que foram transacionadas as ações da NOS neste semestre foi de 4,990
euros (dia 14 de janeiro de 2020), enquanto que o valor mais reduzido foi de 2,680 euros (dia 16 de
março de 2020).
NOS
4,800 €
NOS
3,884 €
10
Conforme referido, o principal índice bolsista nacional, o PSI20, registou no 1S20 uma queda de
15,8%, enquanto que o índice Espanhol, o IBEX 35, registou um decréscimo de 24,3%. De igual
modo, o FTSE100 (Reino Unido), bem como o DAX (Alemanha) e o CAC40 (França) registaram uma
queda de 18,2%, 17,4% e 7,1%, respetivamente, no 1S20.
Principais comunicados no 1S20
A atividade desenvolvida pela Direção de Relação com Investidores assegura a informação constante
e atualizada à comunidade financeira, acerca da atividade da NOS, através da elaboração regular de
press releases, apresentações e comunicados sobre os resultados trimestrais, semestrais e anuais,
bem como sobre quaisquer factos relevantes que ocorram.
Principais actividades de Relação com Investidores no 1S20
Abaixo são apresentados os principais eventos, no âmbito da Relação com Investidores, que tiveram
lugar no 1S20. Esta Direção presta, igualmente, todo e qualquer tipo de esclarecimentos à
comunidade financeira em geral acionistas, investidores (institucionais e particulares) e analistas,
assistindo e apoiando também os acionistas no exercício dos seus direitos. A Direção de Relação
com Investidores promove encontros regulares da equipa de gestão executiva com a comunidade
13/01/2020 NOS informa sobre Pagamento de Juros das Obrigações NOS 2019/2024
20/01/2020
23/01/2020 NOS informa sobre renúncia de membros Não Executivos do Conselho de Administração
27/01/2020 NOS informa sobre nomeação do Presidente do Conselho de Administração
04/02/2020 NOS informa sobre Carta de Intenções celebrada com a VODAFONE PORTUGAL
13/02/2020 NOS informa sobre confirmação da notação de rating de crédito de longo prazo da NOS de "BBB-" pela S&P, com um outlook estável
21/02/2020 NOS informa sobre Resultados do 4T19
20/03/2020 NOS informa sobre Pagamento de Juros das Obrigações NOS 2015/2022
25/03/2020 NOS informa sobre cooptação de Administradores
27/03/2020 NOS informa sobre celebração de contratos de financiamento
31/03/2020 NOS informa sobre entrega de ações a membros dos órgãos de administração e trabalhadores do Grupo NOS
01/04/2020 NOS informa sobre acordo celebrado com Tofane Global S.A.S. e IBASIS PORTUGAL S.A. para a transmissão da totalidade das ações da NOS International Carrier Services S.A.
04/04/2020 NOS informa sobre comunicado da Sonaecom, SGPS, S.A.
06/04/2020 NOS informa sobre Transações de Dirigentes
06/04/2020 NOS informa sobre Transações de Dirigentes
06/04/2020 NOS informa sobre Transações de Dirigentes
06/04/2020 NOS informa sobre Transações de Dirigentes
06/04/2020 NOS informa sobre Transações de Dirigentes
06/04/2020 NOS informa sobre Transações de Dirigentes
14/04/2020 NOS informa sobre acordo entre a NOS Comunicações, S.A. e a Cellnex Telecom S.A. para a transmissão das ações representativas da totalidade do capital social da NOS Towering S.A.
24/04/2020
30/04/2020 NOS informa sobre Relatório e Contas de 2019 aprovado em reunião de Conselho de Administração realizada em 20 de fevereiro de 2020
06/05/2020 NOS informa sobre Resultados do 1T20
07/05/2020 NOS informa sobre Apresentação de Resultados do 1T20
15/05/2020 NOS informa sobre Participação Qualificada do Banco BPI, S.A.
25/05/2020 NOS informa sobre Convocatória de Assembleia Geral de Acionistas
29/05/2020 NOS informa sobre Relatório e Contas Consolidadas do Primeiro Trimestre de 2020
15/06/2020 NOS informa sobre comunicado da Sonaecom, SGPS, S.A.
11
financeira através da participação em conferências especializadas, da realização de roadshows quer
em Portugal, quer nas principais praças financeiras internacionais e reúne frequentemente com
investidores que visitam Portugal.
No seguimento das medidas de contingência aplicadas no âmbito da pandemia COVID-19, muitos
eventos, que habitualmente teriam lugar nas principais praças europeias, foram realizados em
formato virtual, com recurso às mais diversas ferramentas digitais.
O Representante para as Relações com o Mercado da NOS é Maria João Carrapato.
Qualquer interessado pode solicitar informações à Direção de Relação com Investidores, através dos
seguintes contactos:
Rua Actor António Silva, nº 9
1600-404 Lisboa
Tel. / Fax: +(351) 21 782 47 25 / +(351) 21 782 47 35
E-mail: [email protected]
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Participação dos membros dos Órgão Sociais no capital da Sociedade
Nos termos e para os efeitos da alínea a) do Artigo 9.º do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM e dos
números 6 e 7 do Artigo 14º do Regulamento nº 5/2008 da CMVM, e de acordo com informação
disponibilizada à Sociedade pelos próprios, presta-se a seguinte informação quanto às participações
financeiras detidas pelos membros do Conselho de Administração, incluindo a Comissão de
Auditoria e Finanças, e pelo Revisor Oficial de Contas Efetivo e Suplente, à data de 30 de Junho de
2020:
Aquisições * Alienações Preço Unitário * Data
Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério (1) Presidente do Conselho de Administração 0 - - - - 0
ZOPT, SGPS, SA 268,644,537 - - - - 268,644,537
Miguel Nuno Santos Almeida Presidente da Comissão Executiva 72,060 85,301 - 31/03/2020 157,361
José Pedro Faria Pereira da Costa Vogal Executivo 130,272 63,086 - 31/03/2020 193,358
Manuel Ramalho Eanes Vogal Executivo 0 48,277 - 31/03/2020 48,277
Ana Paula Garrido de Pina Marques Vogal Executivo 37,463 48,277 - 31/03/2020 85,740
Cônjuge 19,155 10,743 - 31/03/2020 29,898
Luís Moutinho do Nascimento Vogal Executivo 80 - - - - 80
Jorge Filipe Pinto Sequeira dos Santos Graça Vogal Executivo 0 33,467 - 31/03/2020 33,467
Ana Rita Ferreira Rodrigues Cernadas Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
António Domingues Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
António Lobão Teles Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira Van-Dúnem Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
Cristina Maria de Jesus Marques Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
João Pedro Magalhães da Silva Torres Dolores (2) Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
ZOPT, SGPS, SA 268,644,537 - - - - 268,644,537
Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
Maria Cláudia Teixeira de Azevedo (3) Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
ZOPT, SGPS, SA 268,644,537 - - - - 268,644,537
José Carvalho de Freitas Vogal Não Executivo 0 - - - - 0
José Pereira Alves Presidente do Conselho Fiscal 0 - - - - 0
Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto Membro do Conselho Fiscal 0 - - - - 0
Patrícia Andrea Bastos Teixeira Lopes Couto Viana Membro do Conselho Fiscal 0 - - - - 0
Ana Luísa Nabais Aniceto da Fonte Membro Suplente do Conselho Fiscal 0 - - - - 0
Ernst & Young Audit & Associados, SROC, S.A. Revisor Oficial de Contas 0 - - - - 0
Sandra e Sousa Amorim Revisor Oficial de Contas 0 - - - - 0
Pedro Jorge Pinto Monteiro da Silva e Paiva Revisor Oficial de Contas Suplente 0 - - - - 0
* Aquisição de ações com desconto de 90% no âmbito do Regulamento sobre Remuneração Variável de Curto e Médio Prazo da NOS, SGPS, S.A.
(2) João Pedro Magalhães da Silva Torres Dolores é vogal do Conselho de Administração da Sonaecom, SGPS, S.A..
(3) Maria Cláudia Teixeira de Azevedo é vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., sociedade que detinha a 31 de dezembro de 2019 uma participação correspondente a 52,15% do capital social e dos direitos de voto da NOS, e vogal do Conselho de
Administração da Sonaecom, SGPS, S.A..
(1) Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério é vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A. , sociedade que detinha em 31 de dezembro de 2019 uma participação correspondente a 52,15% do capital social e dos direitos de voto da NOS e vogal do
Conselho de Administração da Sonaecom, SGPS, S.A..
Nome Cargo
Ações
Saldo 31-12-2019Transações 1S20
Saldo 30-06-2020
Titulares de Participações Sociais Qualificadas
Nos termos da alínea c) do nº1 do artigo 9º do Regulamento nº 5/2008 da CMVM, presta-se a
seguinte informação quanto às participações qualificadas detidas por terceiros no capital social da
NOS comunicadas à Sociedade.
13
A estrutura de Participações Sociais Qualificadas da NOS comunicadas à empresa era, a 30 de Junho
de 2020, a seguinte:
No dia 3 de julho de 2020, o Banco BPI comunicou um aumento da sua posição de 2,02% para
5,01%. Assim, a estrutura de Participações Sociais Qualificadas da NOS passou a ser a seguinte:
Um registo pormenorizado das comunicações de participações qualificadas, encontra-se disponível
no website institucional da NOS, em www.nos.pt/ir .
ZOPT, SGPS, SA (1) 268.644.537 52,15%
MFS Investment Management 11.049.477 2,14%
Norges Bank 10.891.068 2,11%
Banco BPI, S.A. 10.407.031 2,02%
Total Identificado 300.992.113 58,43%
Acionistas Número de Ações% Capital Social e Direitos de
Voto
(1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1 do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM, é imputável uma participação qualificada de 52,15% do capital social e direitos de
voto da Sociedade, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, à ZOPT SGPS S.A., à Sonaecom SGPS S.A. e às seguintes entidades:
a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel
International Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada
pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom SGPS S.A., em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado;
b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom SGPS S.A., designadamente, a SONTEL, BV e a SONAE, SGPS, S.A., direta ou indiretamente controladas pela
EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S.A., igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a.
A Efanor Investimentos SGPS, S.A. deixou, com efeitos a 29 de novembro de 2017, de ter um acionista de controlo nos termos e para os efeitos dos artigos 20.º e 21.º
do Código dos Valores Mobiliários.
Nota: O cálculo da percentagem de direitos de voto correspondente a cada acionista, não considera as ações próprias detidas pela Sociedade.
ZOPT, SGPS, SA (1) 268.644.537 52,15%
Banco BPI, S.A. 25.803.574 5,01%
MFS Investment Management 11.049.477 2,14%
Norges Bank 10.891.068 2,11%
Total Identificado 316.388.656 61,42%
Acionistas Número de Ações% Capital Social e Direitos de
Voto
(1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1 do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM, é imputável uma participação qualificada de 52,15% do capital social e direitos de
voto da Sociedade, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, à ZOPT SGPS S.A., à Sonaecom SGPS S.A. e às seguintes entidades:
a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel
International Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada
pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom SGPS S.A., em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado;
b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom SGPS S.A., designadamente, a SONTEL, BV e a SONAE, SGPS, S.A., direta ou indiretamente controladas pela
EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S.A., igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a.
A Efanor Investimentos SGPS, S.A. deixou, com efeitos a 29 de novembro de 2017, de ter um acionista de controlo nos termos e para os efeitos dos artigos 20.º e 21.º
do Código dos Valores Mobiliários.
Nota: O cálculo da percentagem de direitos de voto correspondente a cada acionista, não considera as ações próprias detidas pela Sociedade.
14
Transações de Ações Próprias
No final do primeiro semestre de 2020, a NOS detinha, no âmbito do Plano de Atribuição de Ações e
do Regulamento sobre Remuneração Variável de Curto e Médio Prazo, dirigidos a colaboradores da
NOS, 2.514.004 ações próprias.
O quadro abaixo apresentado resume as transações de ações próprias da NOS, que tiveram lugar
durante o primeiro semestre de 2020:
Descrição Número de Ações
Saldo Inicial 2.595.541
Aquisição de Ações Próprias 875.000
Planos de Ações e Outras Remunerações - Distribuição 956.537
Saldo Final 2.514.004
15
Evolução
dos Negócios
Registámos um desempenho sólido ao nível dos RGUs no 1S20, com 73,4 mil adições líquidas, tendo
o 2T20 refletido um bom nível de crescimento em comparação quer com o 2T19, quer com o 1T20. O
desempenho positivo das adições líquidas foi sentido em quase todas as linhas de negócio, com 8,5
mil adições líquidas de TV por Subscrição, 18,9 mil adições líquidas Móveis totais e 25,5 mil de Banda
Larga Fixa. No Móvel ocorreram duas tendências distintas. As adições líquidas pós-pagas atingiram
69,4 milhares, no entanto o distanciamento social e o encerramento de centros comerciais e
formatos de retalho de rua, bem como a quebra no turismo, inevitavelmente penalizaram o
desempenho Móvel pré-pago, com 50,5 mil adições líquidas negativas. Os subscritores de pacotes
convergentes e integrados cresceram em 26,8 mil, aumentando ainda mais o seu peso na base de
clientes de acesso fixo, para 61% no final do semestre. Estes serviços pacotizados são parte
integrante dos lares Portugueses e refletem a importância que os clientes atribuem à subscrição
combinada de serviços fixos e móveis, de elevada largura de banda, com planos tarifários à medida e
mais flexíveis, que incluem pacotes de utilização muito elevados e um alinhamento rico de
conteúdos.
De um ponto de vista de valor, as receitas core de contratos B2C permaneceram estáveis, com
algum benefício proveniente de tráfego de voz discricionário impulsionado pelos volumes mais
elevados de chamadas internacionais. As vendas de equipamentos abrandaram durante a fase inicial
do confinamento, no entanto começaram recentemente a recuperar, fortalecidas pelas vendas
digitais, campanhas de recompensa de fidelidade dos clientes, equipamentos com garantia de
melhor preço vendidos a prestações e campanhas de renovação de equipamento exclusivas para
êm demonstrado ser um enorme sucesso, com equipamentos
selecionados oferecidos em promoções com garantia de melhor preço, quatro vezes por ano.
Adiconalmente, em meados de março lançámos uma campanha de laptops e tablets em prestações
mensais, alavancando a necessidade acrescida de trabalho e aprendizagem a partir de casa. Por
outro lado, tal como seria de esperar, as receitas foram impactadas negativamente pela suspensão
da faturação dos canais desportivos premium durante o confinamento, bem como pelo decréscimo
significativo das receitas de roaming.
Já neste mês, foram lançadas diversas ofertas, reforçando a nossa estratégia de segmentação e
digitalização. No dia 3 de julho lançámos a box Apple TV no nosso portefólio de equipamento
16
terminal disponível nos pacotes NOS, por um valor adicional de aluguer, proporcionando uma
experiência de uma interface de utilização de vanguarda 4K da NOS no ecossistema da Apple,
dirigindo-se a um segmento de clientes mais premium e pró-digital.
No dia 14 de julho, lançámos um
banda larga fixa e / ou móvel, indo ao encontro da crescente procura por serviços digital-only. A
oferta apenas pode ser subscrita online, através de uma APP dedicada, sendo que todas as
interaçõe
portefólio da NOS é o facto de se tratar de um produto 100% nativo digital, desde a conceção até à
comercialização e serviço ao cliente, evitando assim os desafios e compromissos que são
habitualmente inerentes à digitalização de produtos e serviços existentes. A oferta dirige-se a um
segmento de clientes cujo enfoque está na conectividade de elevada largura de banda, estando
disponível com 100 Mbps ou 1 Gbps e 1000 minutos, com um plano de 10 GB de dados no móvel.
Quando o plano de dados é gasto, a conectividade não se perde, uma vez que é deixado aos
subscritores um mínimo de dados e velocidade que lhes permita enviar e receber mensagens em
plataformas sociais. O pagamento é assegurado no mesmo formato que a maioria das APPS OTT,
através de débitos mensais em cartão de crédito.
A adoção das nossas plataformas digitais continua a registar um crescimento muito forte devido à
pandemia, alavancando o progresso estrutural realizado através do nosso programa de
transformação, transversal a toda a empresa. O número de utilizadores das nossas APPS NOS e WTF
cresceu em cerca de 50% e 30%, respetivamente, por comparação com o período anterior à
pandemia, sendo que as sessões diárias no nosso website e plataformas de self care cresceram
aproximadamente 20%. Embora o desconfinamento possa abrandar o ritmo de adoção digital por
parte dos consumidores, está claramente em curso uma alteração estrutural, sendo que nos
empenharemos ao máximo por maximizar este impacto, tendo em vista a aceleração dos nossos
objetivos de otimização digital.
No segmento B2B apresenta-se uma oportunidade estrutural para a transformação, com inúmeras
empresas a ter de lidar com os desafios colocados pela mudança, quase imediata, de interações
tradicionais com os seus clientes, fornecedores e colaboradores, para novas formas de trabalhar
através de plataformas digitais remotas. A conectividade, qualidade da rede, cloud, gestão de
serviços IT e segurança são essenciais para assegurar a continuidade operacional e fiabilidade dos
serviços. Neste cenário, as competência e plataformas tecnológicas da NOS permitiram-nos
proporcionar aos nossos clientes um apoio rápido e tecnologicamente avançado, para
implementarem as suas próprias plataformas de trabalho remoto.
17
As nossas principais áreas de enfoque estratégico são as soluções híbridas de cloud e a gestão de
serviços, sendo que firmámos parcerias estratégicas com relevantes plataformas cloud nos últimos
meses, nomeadamente com a Google, AWS e a Azure, tendo em vista posicionar a NOS como um
parceiro preferido e especializado nas soluções híbridas. Quanto à gestão de serviços, temos
registado um crescimento muito encorajador ao oferecer, entre outras, soluções de gestão para
atendimento, bases de dados, sistemas e data centres. Durante o pico da pandemia, fomos
particularmente bem sucedidos com o lançamento de um programa digital de desenvolvimento ágil
dirigido ao segmento das PME, oferecendo 9 serviços principais nas áreas de IT e segurança. As
ofertas de mobilidade foram reforçadas durante o confinamento com o fornecimento de ofertas
centradas na mobilidade, call centres remotos e serviços para municípios e profissionais de saúde.
Estabelecemos também diversas parcerias tecnológicas no ecossistema académico, tornando a NOS
num fornecedor relevante de ferramentas de aprendizagem digital e remota. Expandimos as ofertas
anteriormente reportadas, tais como o nosso sofisticado programa de analytics, no sentido de
suportar instituições públicas na monitorização da pandemia. O esforço transformacional que temos
vindo a desenvolver no sentido de melhorar, digitalizar e automatizar processos operacionais, serviu
de base para que pudéssemos acelerar o fornecimento de soluções durante a pandemia. Em alguns
casos reduzimos os tempos de entrega de 2 semanas para apenas 2 dias, demonstrando as
capacidades das nossas equipas e plataformas altamente qualificadas e tecnologicamente
avançadas.
Em termos de receitas, o segmento B2B registou efeitos contrários. Por um lado, obtivemos receitas
incrementais provenientes de serviços adicionais de dados e IT, no entanto assistiu-se a alguma
deterioração devido às renegociações seletivas de contratos, relacionadas com situações de
dificuldades financeiras. Numa época em que muitos dos nossos clientes enfrentam o encerramento
total ou parcial das suas operações, com subsequente perda de receitas, assumimos a nossa
responsabilidade social de os apoiar durante este período desafiante, reforçando assim os nossos
laços enquanto parceiro de longo prazo. Isto sucedeu na maioria dos setores, sendo que alguns dos
mais impactados foram os setores dependentes da hospitalidade, turismo e retalho. As receitas
totais de B2B foram também impactadas pela ausência de faturação dos canais premium de
desporto durante o período do confinamento, bem como pelo decréscimo significativo das receitas
de roaming devido à quebra nas viagens internacionais.
No que concerne a exigência sobre a rede da NOS, os volumes de tráfego permaneceram muito
elevados, quer no fixo, quer no móvel, com acréscimos de quase 50% no fixo e 25% no tráfego de
internet móvel face aos níveis pré-COVID-19, com praticamente 100% de aumento no tráfego de voz
fixa e de 40% na voz móvel. Apesar da pressão adicional, os níveis de serviço permaneceram
intactos, com um mínimo de disrupção, em resultado dos investimentos significativos dos últimos
18
anos na implementação da nossa rede nacional de nova geração, fixa e móvel. É cada vez mais
importante, num mundo marcado pela pandemia de COVID-19, que os países reconheçam a
relevância estratégica de um setor de telecomunicações com um bom nível de investimento e
financeiramente sustentável, assegurando assim a continuidade social e de negócio.
A implementação da nossa rede de FttH continuou ao longo do 1S20, estando a decorrer de acordo
com o planeado e nos termos do nosso acordo de partilha de rede. No final do 1S20, a cobertura já
ascendia a 4,685 milhões de lares, um acréscimo de 72,2 mil neste semestre, sendo que a
penetração total de FttH em proporção da cobertura fixa total era de 35,0%. O investimento
expansionário na rede móvel atravessa um período de menor intensidade, tendo sido concluído o
upgrade Single RAN no ano passado e sendo que aguardamos agora os termos finais do processo de
licenciamento do 5G, que se espera vir a estar concluído até final de 2020, para determinar os planos
futuros de investimento na rede móvel. Tal como anunciado em fevereiro, encontramo-nos em
negociações exclusivas com a Vodafone no sentido de alcançar um acordo de partilha de rede
móvel, potenciando uma maior eficiência dos nossos investimentos e uma mais rápida cobertura do
território nacional, reforçando a confiança e proporcionando um maior benefício para os seus
clientes. Acreditamos que este acordo se traduzirá, também, num importante contributo para o
desenvolvimento económico e digital do país. Manteremos o controlo estratégico exclusivo sobre as
nossas redes, garantindo independência na definição e fornecimento de serviços à nossa base de
clientes. A calendarização original para a obtenção de um acordo definitivo foi ligeiramente adiada
para lá do mês de junho, devido aos inevitáveis atrasos causados pelo confinamento, no entanto é
provável que o processo seja concluído a curto prazo.
Assinámos um acordo tecnológico relevante durante o 2T20, com a venda de 100% do capital social
da NOS Towering, S.A. à Cellnex, compreendendo a venda de aproximadamente 2.000 sites (torres e
rooftops). Foi também celebrado um acordo de longo prazo que concerne a prestação, por parte da
Cellnex, de serviços de hosting da rede ativa da NOS nas infraestruturas passivas adquiridas, pelo
período de 15 anos, renovável automaticamente por iguais períodos. Adicionalmente, o acordo
prevê um aumento de perímetro de até 400 sites adicionais ao longo dos próximos 6 anos. O valor
potencial a atingir ao longo de um período de 6 anos é de 550 milhões de euros, com um pagamento
à cabeça de aproximadamente 375 milhões de euros pela venda da NOS Towering (2.000 sites), a ser
concluída durante 2020. No início de julho, a Autoridade da Concorrência anunciou a sua não
oposição a esta transação, sendo que a sua conclusão final está agora dependente de formalidades
internas entre as partes, nos próximos meses. Uma vez concluído, poderemos avançar com
iniciativas de otimização tecnológica e com a expansão da nossa rede móvel e investir no valor de
longo prazo da empresa. Através desta parceria estratégica, garantimos o fornecimento das
necessidades atuais e futuras em termos de infraestrutura móvel passiva. Para além deste acordo,
19
continuaremos a perseguir outras oportunidades de otimização da eficiência dos nossos
investimentos.
Quanto à gestão em curso dos impactos operacionais da pandemia, continuamos a demonstrar uma
resposta exemplar a todos os níveis, incorporando as recomendações de distanciamento social em
todos os processos e interações, em simultâneo apoiando e interagindo proativamente com os
colaboradores, clientes, comunidades e parceiros de negócio. Após os desafios impostos pela
mudança para o trabalho remoto e distanciamento social com o confinamento durante o 1T20, o
2T20 foi marcado pelo planeamento e implementação de um regresso seguro e gradual ao local de
trabalho. Este desconfinamento progressivo tem vindo a ser implementado com o regresso dos
colaboradores por vagas, num esquema de rotação semanal, com o objetivo de um nível de
ocupação de 50% a meio do verão. Com a reabertura dos centros comerciais, reabrimos agora a
vasta maioria das nossas lojas próprias e franchisadas, com o tráfego nas lojas a apresentar uma
recuperação gradual, embora ainda se encontre em níveis significativamente inferiores ao período
pré-COVID-19.
20
Telecomunicações (1)
Casas Passadas 4,494.7 4,684.7 4.2%
RGUs Totais 9,537.5 9,760.7 2.3%
RGUs Consumo 8,062.6 8,247.9 2.3%
RGUs Empresariais 1,474.9 1,512.8 2.6%
Subscritores Móveis 4,769.1 4,869.9 2.1%
Pré-Pagos 1,994.0 1,957.7 (1.8%)
Pós-Pagos 2,775.1 2,912.2 4.9%
TV por Subscrição - Acesso Fixo (2) 1,329.7 1,364.5 2.6%
TV por Subscrição - DTH 287.4 283.4 (1.4%)
Voz Fixa 1,729.3 1,766.7 2.2%
Banda Larga 1,389.5 1,439.8 3.6%
Outros e Dados 32.5 36.4 12.0%
Subscritores 3,4&5P (Acesso Fixo) 1,176.7 1,224.7 4.1%
% 3,4&5P (Acesso Fixo) 88.5% 89.8% 1.3pp
RGUs Convergentes + Integrados 4,574.9 4,823.9 5.4%
Clientes Convergentes + Integrados 907.2 957.5 5.5%
Clientes Convergentes + Integrados Fixos em % dos Clientes de Acesso Fixo 59.2% 61.0% 1.9pp
% Clientes Convergentes + Integrados 56.1% 58.1% 2.0pp
ARPU Residencial / Subscritor Único de Acesso Fixo (Euros) 44.9 42.3 (5.9%)
Adições Líquidas
Casas Passadas 45.2 45.1 (0.2%)
RGUs Totais 29.0 52.9 82.4%
RGUs Consumo 24.9 31.7 27.5%
RGUs Empresariais 4.1 21.2 414.6%
Subscritores Móveis 19.6 22.8 16.5%
Pré-Pagos (1.0) (25.5) n.a.
Pós-Pagos 20.6 48.4 134.6%
TV por Subscrição - Acesso Fixo (3) 3.4 4.2 23.3%
TV por Subscrição - DTH (3.0) (0.2) (91.8%)
Voz Fixa 1.3 10.0 n.a.
Banda Larga 7.0 15.3 119.3%
Outros e Dados 0.8 0.8 11.5%
Subscritores 3,4&5P (Acesso Fixo) 6.8 7.8 15.2%
RGUs Convergentes + Integrados 53.9 69.3 28.6%
Clientes Convergentes + Integrados 11.1 15.2 37.2%(1) Operações Portuguesas
(2) Os Subscritores de Acesso Fixo incluem os clientes servidos pelas redes de HFC, FTTH e ULL e clientes de acesso indireto.
Indicadores Operacionais ('000) 1S20 / 1S191S201S19
21
Cinemas e Audiovisuais
Cinema (1)
Receitas por Espetador (Euros) 5.2 5.2 1.4%
Bilhetes Vendidos - NOS 4,096.8 1,526.6 (62.7%)
Bilhetes Vendidos - Total Mercado Português (2) 6,739.0 2,546.5 (62.2%)
Salas (Unidades) 218 219 0.5%(1) Operações Portuguesas
(2) Fonte: ICA – Inst ituto do Cinema e do Audiovisual
1S20 / 1S19Indicadores Operacionais ('000) 1S19 1S20
As vendas de bilhetes de cinema da NOS desceram em 62,7% no 1S20, para 1,527 milhões, reflexo
do desempenho do mercado como um todo[1], que caiu 62,2% no mesmo período. O desempenho
do negócio de exibição cinematográfica foi claramente impactado pela pandemia de COVID-19,
sendo que os cinemas da NOS estiveram encerrados de 16 de março a 2 de julho. Até final de
fevereiro, o negócio de exibição cinematográfica da NOS apresentava um bom ritmo de crescimento
e um desempenho superior ao do mercado, com um crescimento de 15,1% em termos de número de
espetadores, o que compara com 12,1% para o mercado como um todo. Os principais filmes
exibidos p Birds of Prey (e a Fantabulástica
Emancipação de Uma Harley Quinn) Jumanji: O Nível Seguinte
média por bilhete, de 5,2 euros no 1S20, melhorou marginalmente, em 1,4% face ao 1S19. As
receitas brutas da NOS decresceram 62,3% no 1S10, o que compara com 61,4% para o mercado
como um todo. Até ao final de fevereiro, a NOS apresentava um crescimento de 16,3%, com o
mercado a crescer 14,1%.
Conforme referido, em consequência da pandemia os cinemas NOS estiveram encerrados de 16 de
março a 2 de julho, sem qualquer atividade geradora de receitas. A reabertura dos cinemas no dia 2
de julho teve lugar sob as mais estritas medidas sanitárias, definidas pela Direção Geral de Saúde e,
adicionalmente, certificadas pelo ISQ, uma entidade externa que validou todos os procedimentos e
O ISQ irá ainda proceder a auditorias trimestrais no sentido de assegurar que os padrões de
segurança estão a ser mantidos. Até 22 de julho, no sentido de encorajar o regresso dos espetadores
aos cinemas, os preços dos bilhetes foram reduzidos, quer para sessões normais em 2D, quer para
os inovadores formatos de exibição, IMAX, 4DX, ScreenX e XVision.
Embora os cinemas estejam agora reabertos sob os padrões de segurança mais exigentes, o nível de
espetadores não deverá acelerar muito nos primeiros meses, devido ao adiamento de um número
[1] Fonte: ICA Instituto do Cinema e do Audiovisual
22
considerável de êxitos de bilheteira, originalmente marcados para o 3T20, e que apenas irão ser
outros mercados relevantes.
Birds of Prey (e a Fantabulástica Emancipação de Uma Harley Quinn) Star
Wars: A Ascensão de Skywalker Frozen 2: O Reino do Gelo
mercado. No segundo trimestre, a atividade de distribuição cinematográfica foi igualmente
impactada pelo confinamento, não gerando assim quaisquer receitas. As restantes linhas de
negócio, tais como gestão de direitos ou VoD, diminuíram ligeiramente face ao 1S19 mas
mantiveram um nível de desempenho saudável e normal face a períodos anteriores.
23
Análise dos
Resultados Consolidados
Demonstração de Resultados Consolidados
As Demonstrações Financeiras Consolidadas foram sujeitas a revisão limitada.
Receitas de Exploração 721.5 666.6 (7.6%)
Telecomunicações 687.4 652.8 (5.0%)
Receitas de Consumo 488.8 481.3 (1.5%)
Receitas Empresariais 141.9 138.4 (2.5%)
Wholesale e Outros 56.7 33.0 (41.7%)
Audiovisuais e Exibição Cinematográfica (1) 54.9 30.7 (44.0%)
Outros e Eliminações (20.7) (16.9) (18.6%)
Custos Operacionais, Excluindo Amortizações (390.1) (356.0) (8.7%)
Custos Diretos (206.2) (175.9) (14.7%)
Custos Não Diretos (183.9) (180.1) (2.0%)
EBITDA (2) 331.4 310.6 (6.3%)
Margem EBITDA 45.9% 46.6% 0.7pp
Telecomunicações 305.1 294.4 (3.5%)
Margem EBITDA 44.4% 45.1% 0.7pp
Audiovisuais e Exibição Cinematográfica 26.3 16.2 (38.5%)
Margem EBITDA 48.0% 52.6% 4.7pp
Depreciações e Amortizações (200.5) (201.7) 0.6%
Outros (Custos) / Proveitos (7.1) (49.5) 596.3%
EBIT (Res. Antes de Resultados Financeiros e Impostos) 123.8 59.4 (52.0%)
Participação nos Resultados de Empresas Associadas e Joint-Ventures 1.3 (9.8) (857.0%)
(Custos) / Ganhos Financeiros Líquidos (12.4) (11.3) (8.7%)
Resultado Antes de Impostos e Interesses Não Controlados 112.8 38.4 (66.0%)
Imposto Sobre o Rendimento (23.2) (10.3) (55.6%)Resultado Líquido Antes de Resultados de Empresas
Associadas e Joint-Ventures e Interesses Não Controlados 88.2 37.8 (57.2%)
Resultado das Operações Continuadas 89.5 28.0 (68.7%)
Interesses Não Controlados 0.3 0.5 113.1%
Operações Descontinuadas 0.4 6.4 1438.9%
Resultado Consolidado Líquido 90.2 35.0 (61.2%)(1) Inclui operação em M oçambique.
(2) EBITDA = Resultado Operacional + Depreciações, amort izações e perdas por imparidade + Custos de integração + Perdas / (ganhos) com a alienação de at ivos + Outros custos / (ganhos) não recorrentes
1S20 / 1S191S19 1S20Demonstração de Resultados
(Milhões de Euros)
24
Durante o 1S20, diversos segmentos de negócio continuam a ser impactados pelas restrições
impostas pela pandemia. Os impactos mais significativos no negócio de Telecomunicaçãoes foram
sentidos em termos de: i) receitas da subscrição de canais premium de desporto, que foram
oferecidos gratuitamente aos clientes durante a pandemia nos meses de abril e maio, devido à
ausência de jogos em direto (a faturação recomeçou em junho quando a Liga Portuguesa de Futebol
foi retomada); ii) receitas de roaming e viagens internacionais, que diminuíram para mínimos
absolutos, devido às restrições impostas a viagens internacionais não essenciais. O negócio de
Audiovisuais e Exibição Cinematográfica foi o mais impactado numa base relativa, dado o total
encerramento dos cinemas desde 16 de março, que levou a um colapso nas vendas de bilhetes, bem
como menores receitas de Audiovisuais dada a sua elevada dependência da atividade de distribuição
cinematográfica.
Receitas de Exploração
As Receitas de Exploração diminuíram 7,6% para 666,6 milhões de euros, reflexo de um decréscimo
de 5,0% nas Receitas de Telecomunicações para 652,8 milhões de euros e de 44,0% nas Receitas de
Audiovisuais e Exibição Cinematográfica.
No segmento de Telecomunicações, as receitas B2C registaram uma queda de 1,5% para 481,3
milhões de euros. O decréscimo é explicado pelas menores receitas de canais premium de desporto,
receitas de roaming out e pelo nível inferior de subscritores de DTH face ao período homólogo. As
receitas B2B decresceram 2,5% para 138,4 milhões de euros, afetadas pelo menor nível de receitas
provenientes de clientes mais severamente atingidos pela pandemia, bem como por menores
receitas de canais premium de desporto e de tráfego discricionário e de roaming out. As receitas de
Wholesale e Outros caíram para 33,0 milhões de euros, impulsionadas pelo impacto negativo de
menores receitas de roaming in, serviços de chamadas em masse e receitas publicitárias.
O negócio de Exibição Cinematográfica não registou quaisquer receitas no segundo trimestre,
devido ao completo encerramento dos cinemas a partir de 16 de março. O impacto da pandemia
deverá reduzir-se gradualmente, tendo a reabertura dos cinemas tido lugar a partir de 2 de julho,
embora as fortes medidas sanitárias restritivas e as datas de estreia de determinados filmes sugiram
que os níveis de espetadores permanecerão para já bem abaixo do nível pré-pandemia. As receitas
totais de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica caíram 44,0% para 30,7 milhões de euros.
25
EBITDA e Resultado Líquido
O OPEX Total caiu em 8,7% no 1S20 para 356,0 milhões de euros, com uma redução de 14,7% dos
Custos Diretos para 175,9 milhões de euros. As poupanças mais significativas ocorreram nos custos
de programação e royalties, bem como devido ao menor volume custos de interligação, relacionado
com a diminuição do tráfego de roaming e de serviços de chamadas em massa. Os Custos Não
Diretos registaram um decréscimo mais pequeno, de 2,0% para 180,1 milhões de euros, reflexo da
combinação de menores custos comerciais e poupanças obtidas em fornecimentos e serviços
externos, tais como despesas de manutenção e limpeza de cinemas, não renovação de contratos
temporários de pessoal e redução nos alugueres de cinemas.
O EBITDA Consolidado reduziu-se em 6,3 % para 310,6 milhões de euros, combinando um declínio
de 3,5% do EBITDA de Telecomunicações para 294,4 milhões de euros, com uma quebra de 38,5%
do EBITDA de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica para 16,2 milhões de euros.
O Resultado Líquido no 1S20 regrediu 61,2% para 35,0 milhões de euros em resultado do
decréscimo do EBITDA. Outros itens que afetaram a comparação com o 1S19 foram o decréscimo de
8,7% nos Custos Financeiros Líquidos e o menor nível de provisões para Imposto Sobre o
Rendimento, explicado pela diminuição de 66,0% do Resultado Antes de Imposto para 38,4 milhões
de euros. O contributo das Empresas Associadas registou uma deterioração para perdas de 9,8
milhões de euros, devido a provisões registadas no 1T20, resultados operacionais mais fracos e
diferenças cambiais na ZAP, bem como a imparidades registadas na SportTV no 1T20. O Resultado
Líquido do 1S20 foi ainda impactado pela contabilização no 2T20 da mais valia, no montante de 6,2
milhões de euros, resultante da venda da NOS International Carrier Services.
26
CAPEX
CAPEX Total Excluindo Contratos de Leasing 182.4 171.8 (5.8%)
Telecomunicações 171.3 161.3 (5.8%)
em % das Receitas de Telecomunicações 24.9% 24.7% (0.2pp)
CAPEX Técnico 103.0 96.5 (6.3%)
em % das Receitas de Telecomunicações 15.0% 14.8% (0.2pp)
Base 71.2 69.6 (2.2%)
Expansão / Substituição de Rede e
Projetos de Integração e Outros31.8 26.9 (15.4%)
Relacionado com Cliente 68.3 64.8 (5.1%)
em % das Receitas de Telecomunicações 9.9% 9.9% (0.0pp)
Audiovisuais e Exibição Cinematográfica 11.2 10.5 (5.9%)
Contratos de Leasing 25.1 24.1 (3.8%)
Total do Grupo 207.5 195.9 (5.6%)(1) CAPEX = Aumentos de at ivos f ixos tangíveis e intangíveis, custos de contratos e direitos de ut ilização.
CAPEX (Milhões de Euros) (1) 1S20 / 1S191S19 1S20
O CAPEX Total (excluindo contratos de leasing) diminuiu 5,8% face ao 1S19 para 171,8 milhões de
euros, impulsionado por um decréscimo anual de 6,3% do CAPEX Técnico de Telecomunicações,
essencialmente devido ao faseamento do investimento móvel. O ritmo da implementação de FttH,
em curso, está em linha com os objetivos, no entanto o investimento em redes móveis encontra-se
numa fase menos intensa, devido à conclusão no ano passado do upgrade Single RAN e ao atraso no
processo de licenciamento do 5G. O CAPEX Relacionado com Cliente foi também 5,1% inferior face
ao 1S19, ascendendo a 64,8 milhões de euros, em consequência do menor nível de atividade
comercial, com menores custos com comissões e intalações, tendo-se sentido alguma aceleração da
atividade comercial a partir de meados de maio.
Com a aplicação da IFRS 16 a partir de 2019, tal como em períodos anteriores, o nível de contratos de
locação operacional encontra-se isolado na tabela acima, no sentido de proporcionar uma melhor
aproximação do CAPEX monetário para cada período, reduzindo a volatilidade trimestral resultante
da capitalização de leasings operacionais de acordo com as novas normas contabilísticas.
27
Cash Flow
EBITDA 331.4 310.6 (6.3%)
CAPEX Total Excluindo Leasings (182.4) (171.8) (5.8%)
EBITDA - CAPEX Total Excluindo Leasings 149.0 138.8 (6.8%)
em % das Receitas 20.6% 20.8% 0.2pp
Variação no Fundo de Maneio e Itens Não Monetários
Incl. no EBITDA-CAPEX(3.1) 0.4 n.a.
Leasings (Capital e Juros) (1) (31.6) (32.5) 2.8%
Cash Flow Operacional 114.3 106.8 (6.6%)
Juros Pagos (Líquidos) e Outros Encargos Financeiros (8.8) (7.9) (10.3%)
Impostos Sobre o Rendimento (1.1) (3.9) 247.1%
Alienações de Investimentos Financeiros 0.9 0.1 (85.8%)
Outros Movimentos (2) (5.2) (6.9) 33.7%
Free Cash Flow Total Antes de Dividendos, Investimentos
Financeiros e Aquisição de Ações Próprias100.0 88.1 (11.9%)
Investimentos Financeiros 0.0 1.8 n.a.
Aquisições de Ações Próprias (3.5) (2.9) (19.0%)
Dividendos (179.6) 0.0 (100.0%)
Free Cash Flow (83.2) 87.1 n.a.
Variação da Dívida por Leasings Financeiros, Acréscimos
e Diferimentos e Outros (4.3) (2.8) (33.4%)
Variação da Dívida Financeira Líquida 87.4 (84.2) n.a.(1) Inclui Contratos de Longo Prazo.
(2) Inclui Pagamentos Cash de Restruturação e Outros M ovimentos.
1S19 1S20 / 1S19Cash Flow (Milhões de Euros) 1S20
O Free Cash Flow Antes de Dividendos foi 11,9% (11,9 milhões de euros) mais reduzido no 1S20,
ascendendo a 88,1 milhões de euros, devido ao já mencionado decréscimo do EBITDA de 20,8
milhões, sendo parcialmente compensado pela redução de 10,6 milhões de euros no CAPEX
Excluindo Leasings, refletindo assim alguma capacidade de diluição dos impactos na geração de
cash, devido aos impactos na atividade operacional causados pela pandemia. Os fatores adicionais
que contribuíram para o decréscimo anual do FCF foram pagamentos líquidos de leasings mais
elevados (+0,9 milhões de euros), pagamentos de juros marginalmente mais reduzidos (-0,9 milhões
de euros) e um acréscimo nos Outros Movimentos (+1,7 milhões de euros), relativo a itens de
restruturação.
28
Balanço Consolidado
Ativo não Corrente 2,519.2 2,534.3 2,405.9 (4.5%)
Ativo Corrente 543.5 553.8 444.0 (18.3)%
Total do Ativo 3,062.7 3,088.2 2,971.4 (3.0)%
Capital Próprio 963.0 1,012.3 901.9 (6.3)%
Passivo Não Corrente 1,225.4 1,333.3 1,109.0 (9.5)%
Passivo Corrente 874.3 742.5 902.8 3.3%
Total do Passivo 2,099.7 2,075.9 2,069.5 (1.4)%
Total do Passivo e Capital Próprio 3,062.7 3,088.2 2,971.4 (3.0)%
Balanço Consolidado
(Milhões de Euros)1S19 1S202019 1S20 / 1S19
Estrutura de Capital
No final do 1S20, a Dívida Líquida Total, incluindo Leasings e Contratos de Longo Prazo (de acordo
com a IFRS16), ascendia a 1.220,2 milhões de euros. A Dívida Financeira Líquida era de 1.009,4
milhões de euros, sendo compensada por uma posição de Caixa e Equivalentes de Caixa de 17,1
milhões de euros no Balanço Consolidado. No final do 1S20, a NOS tinha ainda 471 milhões de euros
de programas de papel comercial não emitidos.
O rácio Dívida Financeira Líquida / EBITDA Após Pagamentos de Leasings (últimos 4 trimestres) é
agora de 1,8x. A NOS tem como alvo um rácio de alavancagem na ordem das 2x a Dívida Financeira
Líquida / EBITDA Após Pagamentos de Leasings, o que representa uma estrutura de capital sólida e
conservadora, que a NOS está comprometida em manter.
Para o 1S20, o custo médio all-in da dívida foi de 1,2%, o que compara com 1,6% no 1S19.
A maturidade média da dívida no final do 1S20 era de 2,7 anos. Tendo em consideração os
empréstimos emitidos a uma taxa fixa, as operações de cobertura de taxa de juro em vigor e o
ambiente de taxas de juro negativas, à data de 30 de junho de 2020, a proporção da dívida emitida da
NOS, remunerada a uma taxa fixa, era de aproximadamente 96%.
29
No dia 27 de março, a NOS anunciou que tinha concluído acordos relativos a termos contratuais para
três operações de refinanciamento, no montante total de 280 milhões de euros, com três
instituições bancárias:
• 100 milhões de euros com maturidade em 2025, com o Santander, para refinanciar linhas
existentes com maturidade em 2020;
• 90 milhões de euros com o BPI e 90 milhões de euros com o BBVA, ambos com maturidade
de 12 meses, com o intuito de aumentar a liquidez.
Estas transações permitirão à NOS refinanciar todas as linhas com maturidade em 2020,
aumentando significativamente a sua posição de liquidez, estendendo simultaneamente a
maturidade média da dívida e mantendo um custo médio de dívida muito atrativo.
Dívida de Curto Prazo 248.0 84.6 134.8 (45.7%)
Dívida de Médio e Longo Prazo 893.6 1,021.8 891.6 (0.2%)
Dívida Total 1,141.6 1,106.4 1,026.4 (10.1%)
Caixa e Equivalentes de Caixa 11.3 12.8 17.1 50.8%
Dívida Financeira Líquida (1) 1,130.3 1,093.6 1,009.4 (10.7%)
Dívida Financeira Líquida / EBITDA após pagamentos de leasings
(últimos 4 trimestres) (2) 2.0x 1.9x 1.8x n.a.
Leasings e Contratos de Longo Prazo 245.8 253.7 210.8 (14.2%)
Dívida Líquida 1,376.1 1,347.3 1,220.2 (11.3%)
Dívida Líquida / EBITDA 2.2x 2.1x 2.0x n.a.
Rácio de Alavancagem Financeira (3) 59.0% 57.3% 57.7% (1.3pp)(1) Dívida Financeira Líquida = Empréstimos – Leasings - Caixa e Equivalentes de Caixa
(2) EBITDA Após Pagamentos de Leasings = EBITDA - Pagamentos de Leasings (Capital e Juros)
(3) Rácio de Alavancagem Financeira = Dívida Líquida / (Dívida Líquida + Capital Próprio)
Dívida Financeira Líquida
(Milhões de Euros) 1S19 1S20 / 1S191S202019
30
Riscos e Incertezas
para Períodos Futuros
A Sociedade está exposta a riscos económicos, financeiros e jurídicos que são inerentes às
atividades de negócio que executa.
A abordagem para a gestão dos riscos corporativos, baseada na metodologia Enterprise Risk
Management (ERM), consiste em incorporar a gestão dos riscos nas atividades de planeamento
estratégico da NOS. As áreas de negócio, aquando da elaboração dos Planos de Ação e Recursos,
enquadrados nos Planos Estratégicos, consideram os riscos que possam comprometer o seu
desempenho e os seus objetivos e definem as ações para gerir esses riscos, dentro dos níveis de
aceitação de risco pretendidos e estabelecidos pela Comissão Executiva. Os Planos são debatidos e
aprovados pela Comissão Executiva.
De seguida identificam-se e descrevem-se os principais tipos de riscos e as respetivas estratégias
que têm sido adotadas para a sua gestão.
Riscos Económicos
• Envolvente Económica -. A Sociedade está exposta aos efeitos adversos da envolvente
económica e social provocada pela pandemia COVID-19, vivida em Portugal e no mundo nos
últimos meses e cujos efeitos perdurarão para períodos futuros, sobretudo à redução geral de
consumo que afeta os diversos setores de atividade. Apesar do setor das comunicações
eletrónicas não sofrer de um impacto tão elevado por comparação com outros, mantém-se o
risco da quota de mercado, em clientes e/ou receitas, poder ser afetada nos próximos períodos,
como consequência da pandemia e das dificuldades de retorno da atividade económica em
geral. No caso específico da NOS, os impactos refletem-se sobretudo na diminuição da
atividade de vendas de novos serviços e na venda de telemóveis no segmento residencial, na
diminuição de serviços ou adiamento de pagamentos devido à suspensão ou redução de
atividade de clientes no segmento empresarial, na redução das receitas com canais TV premium
desporto, na diminuição de receitas de roaming-out e de chamadas internacionais provocadas
pelas restrições de circulação internacionais e pela queda abrupta do turismo no segmento
Wholesale. Adicionalmente, o COVID-19 impacta de forma muito relevante os outros negócios
da NOS, nomeadamente o negócio de cinemas e de venda de publicidade, registando-se uma
quebra nas vendas de bilhetes com impacto direto nas receitas de distribuição e de exibição
31
cinemas, sendo também impactado o negócio da venda de publicidade pelo menor
investimento publicitário num contexto económico mais difícil. A NOS tem monitorizado
atentamente este risco, existindo fatores que contribuem para suavizar, no curto prazo, os
efeitos das quedas mencionadas, como por exemplo a redução dos custos de investimento
comercial devido à menor atividade de vendas, a menor taxa de desligamento de serviços no
segmento residencial, a redução de custos por serviços/patrocínios que deixam de ser
prestados, e a manutenção de um forte ritmo de investimento tecnológico aproveitando a
natureza estratégica do setor num cenário pandémico com o objetivo de melhorar a capacidade
das redes e a entrega de serviço à base de clientes existente. A NOS tem também utilizado
outras estratégias de resposta à envolvente económica, em forte articulação com as ações de
resposta aos riscos de concorrência e de inovação tecnológica que se descrevem nos pontos
seguintes.
• Concorrência Este risco está relacionado com a potencial redução de preços de produtos e
serviços, redução de quota de mercado, perda de clientes, crescente dificuldade na retenção e
obtenção de clientes. A gestão do risco de concorrência tem passado ao longo dos últimos anos
por uma estratégia de aposta na melhoria constante da qualidade, da diferenciação e da
inovação dos produtos e serviços prestados, diversificação da oferta, cruzamento de ofertas
entre negócios da NOS, reforço do portfolio de direitos audiovisuais e da respetiva oferta de
conteúdos e ainda constante monitorização das preferências e/ou necessidades dos clientes.
Os processos de integração operacional ocorridos nos últimos anos na NOS têm contribuído
para desenvolver a posição competitiva face aos concorrentes. A NOS tem vindo a reforçar a
posição competitiva, evoluindo de uma lógica de integração para uma lógica de transformação,
pelo que tem em curso um programa de transformação operacional cujos objetivos chave são a
satisfação do cliente, o fitness organizacional e a eficiência operacional. A NOS continua a estar
atenta aos eventuais movimentos de consolidação e de aquisição nas indústrias das
comunicações e dos conteúdos e entretenimento por parte de concorrentes. De notar ainda
que o leilão para aquisição dos direitos de utilização de frequências para o 5G previsto para
2020, poderá facilitar a entrada de novos concorrentes no setor das comunicações eletrónicas.
No contexto mais recente da pandemia COVID-19 a NOS tem vindo a reforçar o seu papel social
fundamental de apoio à comunidade (famílias, empresas e instituições), posicionando-se como
lead face à concorrência nas vertentes de marca e comunicação (destacando-se os exemplos
erviços (destacando-se
os exemplos das ofertas de minutos, SMS e dados a profissionais de saúde, a oferta de 10GB
32
de dados no telemóvel, a oferta de mensalidades de canais TV premium, e a campanha de
• Inovação Tecnológica Este risco está associado à necessidade de investimentos em serviços
cada vez mais concorrenciais (serviços de alto débito de dados, serviços multimédia, serviços
de messaging, serviços TV multiplataforma, serviços cloud, serviços de infraestruturas e de
tecnologias de informação, etc.), que estão sujeitos, não só a mudanças de tecnologia
aceleradas, mas também às ações de players que atuam fora do mercado tradicional das
telecomunicações, como por exemplo os operadores OTT (over-the-top players). O risco está
também relacionado com a evolução das infraestruturas e das tecnologias das redes móveis e
fixas, abrangendo aspetos chave como a cobertura, capacidade, velocidade, segurança e
resiliência, destacando-se os desafios da evolução tecnológica associada às redes 5G. A NOS
tem em curso diversas iniciativas de transformação tecnológica que constituem os alicerces
para uma diferenciação competitiva a longo prazo. A Sociedade tem também gerido este risco
através da introdução de tecnologias, serviços e conteúdos que fomentam a sustentabilidade,
mobilidade, acessibilidade e proximidade, tais como: rede móvel single RAN compatível com
5G (modernização da infraestrutura com o upgrade para uma arquitetura single RAN - Radio
Access Network - preparada para o 5G); rede fixa RNG (continuação da expansão da
infraestrutura das RNG - Redes Nova Geração - incluindo o aumento de cobertura por FTTH);
serviços TV multidevice (incorporação de funcionalidades inovadoras); soluções Smart Cities
(recolha e processamento de informação analítica sobre autarquias e cidadãos); criação do
Fundo 5G (primeiro fundo exclusivamente destinado a investir ativamente em empresas que
possuam tecnologias e modelos de negócio que sejam potenciados e alavanquem a tecnologia
5G).
• Interrupção de Negócio e Perdas Catastróficas (Gestão da Continuidade de Negócio) - Dado
que os negócios da NOS assentam, sobretudo, na utilização de tecnologia, as potenciais falhas
de recursos técnico-operacionais (infraestruturas de rede, aplicações dos sistemas de
informação, servidores, etc.) e de recursos humanos podem causar um risco significativo de
interrupção do negócio, se não for bem gerido. Este facto pode acarretar outros riscos para a
Sociedade, tais como impactos adversos na reputação, na marca, na integridade das receitas, na
satisfação dos clientes e na qualidade do serviço, que podem levar à perda de clientes. No setor
das comunicações eletrónicas, a interrupção de negócio e outros riscos associados podem ser
agravados porque os serviços são em tempo real (voz, dados/Internet e TV), e os Clientes têm
tipicamente uma baixa tolerância a interrupções. Para endereçar estes riscos, a NOS desenvolve
e mantem o programa BCM (Business Continuity Management) que inclui no seu âmbito
processos de gestão da Continuidade de Negócio que abrangem as instalações, as
33
infraestruturas de rede, as atividades e as funções mais críticas que suportam os serviços de
comunicações, para os quais desenvolve estratégias de resiliência, planos e ações de
continuidade, bem como cenários e procedimentos de gestão de incidentes/crise.. No período
da pandemia, a NOS colocou em funcionamento permanente um Gabinete de Crise COVID-19,
com o objetivo de definir e implementar um conjunto alargado de iniciativas e de planos de
contingência estruturados que garantam a proteção dos colaboradores e a continuidade do
negócio. Num ano em que muitos portugueses alteram os seus hábitos e rotinas, incluindo o
trabalho de forma remota, manter os clientes ligados tem sido uma das prioridades da NOS.
Neste contexto, destacamos as ações com vista a garantir uma maior resiliência das redes e a
garantia de entrega de serviços de comunicações a clientes prioritários, nos quais se incluem os
serviços hospitalares, o governo e a administração pública e outros serviços críticos para o país,
designados através de legislação excecional e temporária aplicável ao setor das comunicações
eletrónicas. A NOS disponibiliza também aos clientes empresariais soluções de trabalho remoto
tais como VPNs, Cloud Services, entre outros que lhes permitam a manutenção dos seus
serviços críticos. A NOS ajusta e reforça a capacidade das suas redes móveis e fixas, de forma a
dar resposta às mudanças de padrão e às necessidades acrescidas dos clientes residenciais e
empresariais. A capacidade de assegurar o suporte 24x7 aos clientes nos diversos canais tem
sido também uma das principais prioridades para a continuidade de negócio no contexto da
pandemia, como sejam os contact centers de apoio ao cliente, o atendimento em loja, os
técnicos de manutenção no terreno e no cliente, e ainda as apps ou outros canais alternativos
de suporte ao cliente. A NOS possui igualmente medidas internas destinadas a reforçar a
capacidade de trabalho remoto dos colaboradores, relacionadas com meios de trabalho remoto,
ferramentas colaborativas e respetiva infraestrutura, assim como medidas para garantir a
disponibilidade de recursos-chave humanos e materiais junto de parceiros e fornecedores. A
NOS implementa ainda diversas estratégias e medidas para proteção não só das funções críticas
que garantem a continuidade do negócio, mas também da generalidade dos seus colaboradores
e parceiros, descritas no risco de Saúde e Segurança no Trabalho.
• Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (Gestão da Segurança da Informação)
Tendo presente que a NOS é o maior grupo empresarial de comunicações e entretenimento no
país, os seus negócios utilizam intensivamente a informação e as tecnologias de informação e
comunicação que estão tipicamente sujeitas a riscos de segurança, entre os quais a
disponibilidade, integridade e confidencialidade. A NOS, tal como outros operadores, está cada
vez mais exposta a riscos de cibersegurança, relacionados com ameaças externas às redes de
comunicações eletrónicas e ao ciberespaço envolvente. Para endereçar os riscos de segurança e
cibersegurança, a NOS desenvolve e mantem o programa ISM - Information Security
34
Management que é coordenado pela Equipa Central de Segurança & Privacidade da NOS. No
âmbito deste programa são desenvolvidos e mantidos diversos processos de Segurança &
Privacidade (S&P), dos quais destacamos: Planeamento e Estratégia S&P (inclui os Steering
Committees de S&P); Políticas e Normas S&P; Sensibilização e Formação S&P; Controlo e
Monitorização S&P (inclui avaliações de risco, controlo de iniciativas S&P, KRIs, etc.); S&P by
Design (incorporação de requisitos S&P no ciclo de vida de desenvolvimento das redes e
sistemas e dos produtos e serviços); Gestão de Incidentes S&P; entre outros. De referir ainda
que cada uma das empresas, áreas e colaboradores da nossa organização, é responsável por
assegurar a operacionalização e monitorização dos controlos de segurança e privacidade cuja
implementação lhes esteja atribuída. Adicionalmente, a NOS possui alguns segmentos e
processos de negócio certificados no âmbito da Norma ISO27001 - Sistemas de Gestão da
Segurança da Informação, nomeadamente os relacionados com a gestão de clientes do negócio
das comunicações (gerir cliente, faturar e cobrar) e com os serviços de data centers da NOS
Sistemas (serviço de housing). A NOS tem também vindo a desenvolver a articulação com
entidades externas para benchmarking e partilha de boas práticas em temas de Segurança e
Privacidade, tais como a ENISA através da participação no ECRG - Electronic Communications
Reference Group e a ETIS, através da participação na DPTF - Data Privacy Task Force e no ISWG -
Info Security Working Group. Como consequência da pandemia COVID-19, e do aumento do
teletrabalho na sociedade em geral, aumenta o risco associado a atividades fraudulentas com o
objetivo de comprometer a segurança da informação de indivíduos e empresas. A NOS
implementa medidas com o objetivo de incrementar o nível de monitorização sobre ameaças de
cibersegurança externas ou internas e sobre eventual utilização indevida da informação,
incluindo o reforço de controlos processuais e tecnológicos. A NOS divulga regularmente, junto
dos seus colaboradores e clientes, recomendações de proteção relacionadas com as ameaças
online em contexto de pandemia e boas práticas de segurança em teletrabalho.
• Privacidade (Proteção de Dados Pessoais) - Assumem cada vez maior relevância os riscos de
privacidade, associados sobretudo aos requisitos legais e regulamentares sobre proteção de
dados pessoais, facto que é transversal a todos os setores de atividade e também aplicável em
particular ao setor das comunicações eletrónicas que está sujeito a regulamentação especifica
sobre segurança e privacidade. Para endereçar estes riscos, a NOS desenvolve e mantém um
programa de iniciativas com o objetivo de implementar processos para Proteção de Dados
Pessoais, bem como para monitorar e melhorar continuamente a conformidade com o
Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e com outras regulamentações com impacto
na privacidade. Destacamos, como exemplos, a revisão/criação de Políticas e Regras de
Privacidade, o reforço de controlos de controlos e de monitorização sobre os processos para
35
exercício de direitos de titulares de dados pessoais pelos clientes no âmbito do RGPD, assim
como o robustecimento contínuo de processos de gestão de cliente (consentimentos,
autenticação, etc.), Para as questões específicas relacionadas com a privacidade dos dados
pessoais, a Sociedade possui também um Data Protection Officer (DPO) que tem como
responsabilidades:i) monitorar a conformidade do tratamento de dados com as normas
aplicáveis; (ii) de atuar em nome da Sociedade na interação com a autoridade reguladora
nacional para a proteção de dados (CNPD - Comissão Nacional de Proteção de Dados); (iii) ser
um ponto de contacto com os titulares dos dados pessoais para esclarecimento de questões
relativas ao tratamento dos seus dados pela NOS; (iv) prestar informação e aconselhamento aos
responsáveis pelo tratamento ou aos subcontratantes sobre as suas obrigações no âmbito da
privacidade e proteção de dados. Os colaboradores e parceiros da NOS assumem obrigações de
confidencialidade, de sigilo e de proteção de dados pessoais, não podendo transmitir a
quaisquer terceiros os dados a que tenham acesso no decurso e em resultado das suas funções.
Estas obrigações são reforçadas através da assinatura de acordos de tratamento de dados com
as entidades parceiras, da assinatura de termos de responsabilidade por parte dos
colaboradores NOS e dos colaboradores de parceiros, assim como através de ações de
comunicação e sensibilização e da realização de cursos de formação internos sobre segurança e
privacidade.
• Fraude de Serviço (Gestão de Fraude de Telecomunicações) - A fraude perpetrada por clientes
ou por terceiros é um risco comum no setor das comunicações. Os perpetrantes das fraudes
podem tirar partido das potenciais vulnerabilidades dos processos de negócio, da rede ou dos
serviços de comunicações. Considerando esta realidade, a NOS possui equipas dedicadas ao
controlo de Fraude, incluindo fraude de subscrição, fraude de consumos e fraude de conteúdos.
Com o objetivo de promover uma utilização segura dos serviços de comunicações, tem vindo a
desenvolver diversas iniciativas e implementação de controlos, entre as quais a disponibilização
de uma plataforma interna com informação sobre os riscos de fraude e segurança de serviço,
bem como a contínua melhoria dos processos de monitorização e mitigação destes riscos.
Estão implementados controlos de fraude de forma a evitar situações anómalas de consumos
fraudulentos ou de uso indevido dos serviços, com impacto direto na satisfação do cliente, na
eventual perturbação do serviço e nas receitas da empresa, como por exemplo fraudes
associadas à disponibilização ilegal de conteúdos de canais TV premium ou ações de phishing
via SMS dirigidas a clientes NOS. A NOS adere há vários anos às iniciativas promovidas pela
associação internacional de operadores (GSMA), nomeadamente ao Fórum de Fraude e
Segurança (FASG - Fraud and Security Group).
36
• Garantia de Receitas e Custos (Enterprise Business Assurance) - Os negócios de
comunicações eletrónicas estão sujeitos aos riscos operacionais inerentes relacionados com a
garantia e monitorização das receitas e dos custos de clientes, numa ótica de fluxos de receita e
integridade de plataformas. Os processos de Billing executam controlos de receita, no que
concerne à qualidade de faturação. A NOS conta também com uma equipa de Gestão e Controlo
de Receita (Revenue Assurance) que aplica processos de controlo de integridade de receita (sub
ou sobrefaturação) e de controlo de custos com o objetivo de apresentar uma cadeia de receitas
e custos coerente, desde o momento de entrada do cliente nos sistemas de aprovisionamento,
passando pela prestação do serviço de comunicações, até ao momento de faturação e
cobrança.
• Saúde e Segurança no Trabalho Como consequência da pandemia COVID-19, este risco passa
a assumir uma importância muito significativa ao longo do ano 2020 e períodos futuros.
Conforme atrás referido, a propósito do risco de Continuidade de Negócio, no período da
pandemia, a NOS colocou em funcionamento permanente um Gabinete de Crise COVID-19, com
o objetivo de definir e implementar um conjunto alargado de iniciativas e de planos de
contingência estruturados que garantam a proteção dos colaboradores. As principais
estratégias para proteção dos colaboradores aplicadas desde a fase inicial da crise têm sido o
trabalho remoto para a maioria dos colaboradores e a utilização de equipamentos de proteção
individual (EPIs) para funções expostas no terreno. A NOS mantém em vigor diversas medidas
de proteção pessoal no local de trabalho (higiene respiratória, lavagem de mãos, utilização de
máscara em espaços comuns e de circulação, etc.), medidas de higiene e proteção reforçadas
nos edifícios (dispensadores de álcool gel, reforço de limpeza, ventilação, salas de isolamento,
etc.), restrições à entrada de visitantes nos edifícios, restrições às viagens dos colaboradores,
bem como à participação em eventos e reuniões não essenciais. Encontra-se implementado um
plano de regresso progressivo dos colaboradores para o local de trabalho que contempla, caso
necessário face a novas vagas de pandemia em períodos futuros, critérios para reverter o
regresso e incrementar o trabalho remoto. Refira-se ainda que as medidas de saúde e segurança
no trabalho são articuladas em estreita coordenação com as autoridades de saúde relevantes,
nomeadamente a Direção Geral da Saúde.
• Ambiente Os riscos relacionados com a sustentabilidade ambiental são cada vez mais
relevantes para as estratégias de longo prazo das empresas. Neste contexto, a missão de
sustentabilidade da NOS preconiza a utilização do poder das tecnologias de informação e
comunicação para desenvolver soluções inovadoras, que contribuem para uma sociedade
inclusiva, protegem o ambiente e potenciam a transformação social e económica. Deste modo,
a empresa incorpora nas suas atividades e no desenvolvimento de produtos e serviços a
37
responsabilidade de minimizar os impactos do footprint ambiental na NOS e nos outros
stakeholders com quem se relaciona. No âmbito dos riscos ambientais, assume particular
importância o tema das alterações climáticas, pelo que a NOS participa em iniciativas globais
com vista à redução de emissões de carbono e à promoção do desenvolvimento sustentável,
destacando- Business Ambition for 1.5ºC
o aquecimento global e a adesão ao compromisso Lisboa Capital Verde Europeia 2020 no qual a
NOS se comprometeu a longo prazo com ações específicas em várias frentes como a economia
circular, mobilidade, energia, sensibilização ou mobilização. A NOS participa também no CDP
Climate Change 2020 que inclui um exercício de identificação e caracterização de riscos e
oportunidades relacionados com alterações climáticas, tendo também em vista a divulgação ao
mercado de informação completa, rigorosa e transparente sobre a medição e a gestão de como
estes riscos e oportunidades estão integrados no negócio.
Riscos Financeiros
• Fiscalidade A Sociedade está exposta à evolução de legislação fiscal e eventuais
interpretações da aplicação da regulamentação fiscal e parafiscal de formas diversas. A gestão
deste risco conta com a Direção Administrativa e Financeira que acompanha toda a
regulamentação fiscal e procura garantir a máxima eficiência fiscal. Este departamento poderá
ser apoiado por consultoria externa sempre que os temas em análise possam ser mais críticos e,
por isso, careçam de uma interpretação por parte de uma entidade independente. Como
consequência da pandemia COVID-19, destaca-se apenas o aproveitamento da extensão dos
prazos de submissão à Autoridade Tributária das obrigações declarativas.
• Crédito e Cobranças Estes riscos estão associados à redução de recebimentos de clientes
pelo eventual funcionamento ineficaz ou deficiente da régua de cobranças e/ou alterações à
legislação que regula a prestação de serviços essenciais e que tenham impacto na recuperação
de dívidas de clientes. A sua mitigação é efetuada através da definição de um plano mensal de
ações de cobrança, do seu acompanhamento e validação e da avaliação de resultados. Sempre
que se justifique, a régua e os timings das ações são ajustados de forma a garantir o
recebimento das dívidas de clientes. O objetivo é garantir que os valores em dívida são
efetivamente cobrados dentro dos períodos negociados sem afetar a saúde financeira da
Sociedade. A NOS tem áreas específicas para Controlo de Crédito, Cobranças e Gestão de
Contencioso e, para determinados segmentos de negócio, subscreve ainda seguros de crédito.
A pandemia COVID-19 teve como consequência uma redução significativa na atividade de
Gestão de Contencioso, decorrente em parte da impossibilidade de avançar com processos de
38
contencioso judicial em tribunal. Acresce o facto da legislação temporária específica relacionada
com a pandemia COVID-19 proibir a suspensão de serviços essenciais, nos quais se enquadram
os serviços de comunicações eletrónicas, aos clientes que se encontrem em determinadas
situações previstas na legislação (desemprego, quebra de rendimentos acima de determinado
patamar, infeção por COVID -19). A legislação prevê a possibilidade dos clientes solicitarem a
cessação unilateral ou a suspensão temporária dos contratos de comunicações, sem
penalizações ou cláusulas adicionais para o cliente nem compensações para o fornecedor. No
caso de existirem valores em dívida relativos ao fornecimento do serviço deve ser acordado um
plano de pagamento, cujo prazo de início é diferido para o último trimestre de 2020. Assim, esta
legislação tem um impacto real na capacidade de cobrança junto dos clientes, com um efeito
que pode perdurar para períodos futuros.
• Liquidez e Taxa de Juro Estes riscos estão geralmente associados a quebras de cash-flows
esperados ou variações no seu timing que podem expor as empresas à incapacidade de cumprir
atempadamente as obrigações financeiras ou operacionais ou à necessidade de contrair novos
empréstimos, assim como a variações das taxas de juro que podem gerar rendimentos de
aplicações inferiores ao esperado, a custos financeiros de empréstimos superiores ao
orçamentado ou a custos da dívida expostos a grande volatilidade. Como consequência da
pandemia COVID-19, existe grande incerteza nos mercados financeiros com probabilidade de
custos acrescidos no acesso a financiamento em períodos futuros. Refira-se que a NOS, face
aos desafios atuais, possui uma estrutura de capital robusta, bem como uma posição de liquidez
que foi ainda mais reforçada, durante o primeiro semestre de 2020, após a conclusão com
sucesso de duas operações de refinanciamento em condições de mercado estáveis.
Riscos Jurídicos
• Legal e Regulatório O mercado das comunicações eletrónicas em Portugal está sujeito a um
quadro regulatório que emana do direito comunitário e da legislação nacional.
Em Portugal, cabe à ANACOM, como regulador setorial, garantir o acesso dos operadores às
redes, em condições de transparência e igualdade, assim como promover a concorrência e o
desenvolvimento dos mercados. Para o efeito, assegura o cumprimento e a fiscalização de um
conjunto significativo das regras a que o mercado está sujeito, incluindo a análise de mercados
relevantes, a identificação de empresas com poder de mercado significativo (PMS) e imposição
de medidas adequadas para a resolução das falhas de mercado identificadas.
Neste contexto destaca-se o regulamento de atribuição de espectro radioelétrico para o 5G,
cujo leilão para aquisição dos direitos de utilização de frequências se prevê que seja realizado
39
até finais de 2020. Destaca-se ainda, com impacto para as empresas do Grupo NOS, o processo
de transposição para a legislação nacional, até setembro de 2020, da Diretiva (UE) 2018/1808
relativa à oferta de serviços de comunicação social audiovisual que contempla a imposição de
obrigações adicionais aos prestadores de serviços audiovisuais.
Constituem atribuições da ANACOM assegurar a divulgação e fiscalização do cumprimento das
diretivas e regulamentos comunitários que têm aplicação direta ao setor. Até ao final de 2020
prevê-se a transposição para a legislação nacional do Código Europeu das Comunicações
Eletrónicas, que reúne num único documento as quatro principais diretivas europeias aplicáveis
ao setor (Diretiva-Quadro, Diretiva Autorização, Diretiva Acesso e Diretiva Serviço Universal).
Adicionalmente, compete ao regulador setorial assegurar o cumprimento pelos operadores dos
regulamentos comunitários com aplicação direta a Portugal, tais como o Regulamento TSM que
contempla as regras para o roam-like-at-home e para proteção da neutralidade de rede, e o
Regulamento (UE) 2018/1971 que define preços máximos para as comunicações intra União
Europeia. No quadro regulamentar europeu destaca- EU Toolbox for 5G
Security conjunto de medidas de mitigação para os principais riscos de
cibersegurança das redes 5G, dando poder aos reguladores nacionais para impor aos
operadores de comunicações um acréscimo dos requisitos de segurança para as redes móveis e
a obrigatoriedade de efetuar uma avaliação dos perfis de risco para seleção ou exclusão de
fornecedores.
Em complemento às regras específicas relacionadas com o setor das comunicações, a NOS está
também sujeita a legislação horizontal, sendo que neste caso pode ser objeto de intervenção,
entre outras entidades, da Autoridade da Concorrência (AdC) e da Comissão Nacional de
Proteção de Dados (CNPD).
Por fim, refira-se que a gestão dos riscos legais e regulatórios existentes é assegurada pela
Direção Jurídica e de Regulação, que acompanha a evolução do enquadramento legal e
regulatório aplicável, atendendo às ameaças e oportunidades que representam para a posição
competitiva da NOS nas áreas de negócio em que está inserida.
Lisboa, 22 de julho de 2020
O Conselho de Administração
40
Demonstrações
Financeiras
Consolidadas
41
Demonstração da posição financeira condensada consolidada
em 30 de junho de 2019, 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho
de 2020 (Montantes expressos em milhares de euros)
Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores semestrais
não foram auditados de forma autónoma.
O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira consolidada a 30 de junho de
2020.
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE:
Ativos fixos tangíveis 7 1.034.592 1.034.813 961.191
Propriedades de investimento 658 653 645
Ativos intangíveis 8 1.019.333 1.014.066 1.004.877
Encargos de contratos com clientes 9 162.282 163.101 159.494
Direitos de uso 10 199.199 218.383 185.231
Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 11 20.701 18.244 11.002
Contas a receber - outros 12 4.457 4.064 7.769
Impostos a recuperar 13 149 149 149
Outros ativos financeiros não correntes 228 439 434
Ativos por impostos diferidos 14 77.441 80.428 75.124
Instrumentos financeiros derivados 19 129 - -
TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 2.519.169 2.534.342 2.405.916
ATIVO CORRENTE:
Inventários 15 44.109 34.081 42.761
Contas a receber - clientes 16 352.506 361.712 256.447
Ativos de contratos com clientes 17 65.643 68.059 65.002
Contas a receber - outros 12 20.232 28.128 20.653
Impostos a recuperar 13 3.755 4.631 6.957
Custos diferidos 18 45.288 43.954 34.709
Ativos não correntes detidos para venda 600 450 450
Instrumentos financeiros derivados 19 59 - -
Caixa e equivalentes de caixa 20 11.310 12.819 17.056
ATIVO CORRENTE DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 543.502 553.834 444.035
Ativos detidos para venda 45 - - 121.447
TOTAL DO ATIVO CORRENTE 543.502 553.834 565.482
TOTAL DO ATIVO 3.062.672 3.088.176 2.971.398
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social 21.1 5.152 5.152 5.152
Prémio de emissão de ações 21.2 854.219 854.219 854.219
Ações próprias 21.3 (11.681) (14.655) (12.131)
Reserva Legal 21.4 1.030 1.030 1.030
Outras reservas e resultados acumulados 21.4 17.024 16.041 12.177
Resultado líquido 90.196 143.494 34.986
CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM 955.939 1.005.281 895.433
Interesses que não controlam 22 7.038 7.042 6.504
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 962.978 1.012.322 901.937
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos obtidos 23 1.076.257 1.216.847 1.013.229
Provisões 24 125.094 94.959 75.939
Contas a pagar - outros 28 7.253 3.855 2.323
Acréscimos de custos 25 447 667 345
Proveitos diferidos 26 5.316 5.123 4.927
Instrumentos financeiros derivados 19 41 265 433
Passivos por impostos diferidos 14 10.949 11.626 11.822
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 1.225.357 1.333.343 1.109.018
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos obtidos 23 311.111 143.281 223.977
Contas a pagar - fornecedores 27 254.891 259.499 217.764
Contas a pagar - outros 28 47.459 33.835 174.067
Impostos a pagar 13 35.206 68.202 77.571
Acréscimos de custos 25 196.282 203.726 183.887
Proveitos diferidos 26 28.960 33.834 25.212
Instrumentos financeiros derivados 19 428 135 334
PASSIVO CORRENTE DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 874.337 742.511 902.812
Passivos diretamente associados a ativos detidos para venda 45 - - 57.631
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 874.337 742.511 960.443
TOTAL DO PASSIVO 2.099.694 2.075.854 2.069.461
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 3.062.672 3.088.176 2.971.398
30-06-2019 31-12-2019NOTAS 30-06-2020
42
Demonstração condensada consolidada dos resultados por
natureza dos trimestres e semestres findos em 30 de junho de
2019 e 2020 (Montantes expressos em milhares de euros)
Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores trimestrais e
semestrais não foram auditados de forma autónoma.
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por natureza para o
semestre findo em 30 de junho de 2020.
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
RÉDITOS:
Prestação de serviços 369.521 730.401 338.717 670.186 301.738 623.962
Vendas 19.391 38.815 19.391 38.815 17.092 35.311
Outras receitas 7.509 12.521 7.509 12.521 2.421 7.362
29 396.421 781.737 365.617 721.522 321.251 666.635
CUSTOS, PERDAS E GANHOS:
Custos com o pessoal 30 20.232 40.394 20.162 40.241 20.999 42.147
Custos diretos 31 128.402 250.626 97.744 191.271 70.529 161.204
Custo das mercadorias vendidas 32 14.037 27.953 14.037 27.953 15.772 30.528
Marketing e publicidade 6.307 12.596 6.307 12.596 4.959 10.324
Serviços de suporte 33 19.494 40.473 19.494 40.473 20.287 41.762
Fornecimentos e serviços externos 33 27.175 56.027 27.090 55.857 23.187 50.797
Outros custos / (ganhos) operacionais 133 254 133 254 136 286
Impostos indiretos 8.577 17.341 8.577 17.341 8.138 16.378
Provisões e ajustamentos 34 843 4.137 843 4.137 (634) 2.603
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 7, 8, 9 e 36 103.141 200.461 103.141 200.461 101.192 201.666
Custos de reestruturação 37 2.351 4.264 2.351 4.264 420 998
Perdas / (ganhos) com a alienação de ativos, líquidas (256) (438) (256) (438) (96) (121)
Outros custos / (ganhos) não recorrentes, líquidos 38 1.697 3.289 1.697 3.289 3.483 48.666
332.133 657.377 301.320 597.699 268.372 607.238
RESULTADOS ANTES DE PERDAS / (GANHOS) EM EMPRESAS PARTICIPADAS, RESULTADOS
FINANCEIROS E IMPOSTOS64.289 124.361 64.298 123.824 52.879 59.397
Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas 11 e 35 (1.091) (1.289) (1.091) (1.289) 938 9.762
Custos de financiamento 39 5.010 10.638 5.010 10.638 4.587 9.251
Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas (99) (48) (99) (48) 56 206
Perdas / (ganhos) em ativos financeiros, líquidas (1) (5) (2) (5) (3) 55
Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos 39 1.038 1.769 1.038 1.769 929 1.770
4.856 11.065 4.857 11.065 6.507 21.044
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 59.433 113.297 59.441 112.759 46.372 38.353
Imposto sobre o rendimento 14 11.858 23.351 11.860 23.230 7.456 10.308
RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 47.575 89.946 47.581 89.529 38.916 28.045
Resultado consolidado líquido das unidades operacionais descontinuadas 45 - - (7) 416 6.269 6.407
RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO 47.575 89.946 47.575 89.946 45.185 34.452
ATRÍBUÍVEL A: -
Detentores do capital da empresa-mãe 47.735 90.196 47.735 90.196 45.341 34.986
Interesses que não controlam 22 (160) (250) (160) (250) (156) (534)
RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO
Básico - euros 40 0,09 0,18 0,09 0,18 0,09 0,07
Diluído - euros 40 0,09 0,18 0,09 0,18 0,09 0,07
RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO
Básico - euros 40 0,09 0,18 0,09 0,17 0,08 0,06
Diluído - euros 40 0,09 0,18 0,09 0,17 0,08 0,06
*Reexpressão decorrente da classificação da NOS International Carrier Services como uma unidade operacional descontinuada (nota 45).
6M 19
REEXPRESSO*2º TRIM 20NOTAS 6M 20
6M 19
REPORTADO
2º TRIM 19
REPORTADO
2º TRIM 19
REEXPRESSO*
43
Demonstração condensada consolidada do rendimento integral
dos trimestres e semestres findos em 30 de junho de 2019 e
2020 (Montantes expressos em milhares de euros)
Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores trimestrais e
semestrais não foram auditados de forma autónoma.
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada do rendimento integral para o semestre
findo em 30 de junho de 2020.
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO 47.575 89.946 47.575 89.946 45.185 34.452
OUTRO RENDIMENTO
ITENS QUE PODERÃO VIR A SER RECLASSIFICADOS POR RESULTADOS:
Método de equivalência patrimonial 11 (392) (158) (392) (158) (903) (1.967)
Justo valor dos swaps taxa de juro 19 422 811 422 811 (34) (13)
Imposto diferido - swap taxa de juro 19 (94) (182) (94) (182) 8 3
Justo valor dos equity swaps 19 (217) (182) (217) (182) 40 (124)
Imposto diferido - equity swap 19 49 41 49 41 (9) 28
Variação da reserva de conversão cambial e outros (123) (143) (123) (143) (212) (247)
RENDIMENTO RECONHECIDO DIRETAMENTE NO CAPITAL (355) 187 (355) 187 (1.110) (2.320)
TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL 47.220 90.133 47.220 90.133 44.075 32.132
ATRIBUÍVEL A:
Acionistas do Grupo NOS 47.380 90.383 47.380 90.383 44.231 32.666
Interesses que não controlam (160) (250) (160) (250) (156) (534)
47.220 90.133 47.220 90.133 44.075 32.132
2º TRIM 20 6M 20NOTAS2º TRIM 19
REPORTADO
6M 19
REPORTADO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO
44
Demonstração condensada consolidada das alterações no
capital próprio para os semestres findos em 30 de junho de 2019
e 2020 (Montantes expressos em milhares de euros)
Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores semestrais
não foram auditados de forma autónoma.
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alterações no capital próprio do
semestre findo em 30 de junho de 2020.
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
CAPITAL
SOCIAL
PRÉMIO DE
EMISSÃO DE
AÇÕES
AÇÕES
PRÓPRIAS,
DESCONTOS E
PRÉMIOS
RESERVA
LEGAL
OUTRAS
RESERVAS E
RESULTADOS
ACUMULADOS
RESULTADO
LÍQUIDO
5.152 854.219 (12.132) 1.030 60.276 137.770 7.296 1.053.611
Aplicação de resultados
Transferência para reservas - - - - 137.770 (137.770) - -
Dividendos pagos - - - - (179.607) - - (179.607)
Aquisição de ações próprias 21.3 - - (3.547) - - - - (3.547)
Distribuição de ações próprias no âmbito dos planos de ações 21.3 - - 3.659 - (3.659) - - -
Distribuição de ações próprias no âmbito de outras remunerações 21.3 - - 339 - (13) - - 326
Plano de ações - Custos reconhecidos no período e outros - - - - 2.071 - (8) 2.063
Rendimento integral - - - - 187 90.196 (250) 90.132
5.152 854.219 (11.681) 1.030 17.024 90.196 7.038 962.978
5.152 854.219 (14.655) 1.030 16.041 143.494 7.042 1.012.322
Aplicação de resultados
Transferência para reservas - - - - 143.494 (143.494) - -
Dividendos distribuídos - - - - (142.516) - - (142.516)
Aquisição de ações próprias 21.3 - - (2.871) - - - - (2.871)
Distribuição de ações próprias no âmbito dos planos de ações 21.3 - - 4.885 - (4.885) - - -
Distribuição de ações próprias no âmbito de outras remunerações 21.3 - - 510 - (235) - - 275
Plano de ações - Custos reconhecidos no período e outros 44 - - - - 2.598 - (5) 2.593
Rendimento integral - - - - (2.320) 34.986 (534) 32.132
5.152 854.219 (12.131) 1.030 12.177 34.986 6.504 901.937
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2019
ATRIBUÍVEL AOS ACIONISTAS DO GRUPO NOS
NOTAS
INTERESSES
QUE NÃO
CONTROLAM
TOTAL
SALDO EM 30 DE JUNHO DE 2019
SALDO EM 30 DE JUNHO DE 2020
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2020
45
Demonstração dos fluxos de caixa condensada consolidada
para os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020 (Montantes expressos em milhares de euros)
Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores semestrais
não foram auditados de forma autónoma.
O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa consolidados para o semestre
findo em 30 de junho de 2020.
O Contabilista Certificado O Conselho de Administração
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 906.757 825.907
Pagamentos a fornecedores (474.519) (385.067)
Pagamentos ao pessoal (56.039) (54.624)
Recebimentos / (pagamentos) relacionados com o imposto sobre o rendimento (1.124) (3.925)
Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à atividade operacional (13.201) (53.159)
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1) 361.874 329.132
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE
Investimentos financeiros 91 -
Alienação de unidade operacional descontinuada 45 - 1.828
Ativos fixos tangíveis 951 196
Juros e proveitos similares 2.668 1.232
3.710 3.256
PAGAMENTOS RESPEITANTES A
Ativos fixos tangíveis (130.380) (103.528)
Ativos intangíveis e encargos de contratos com clientes (92.045) (96.893)
(222.425) (200.421)
(218.715) (197.165)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE
Empréstimos obtidos 224.000 62.003
224.000 62.003
PAGAMENTOS RESPEITANTES A
Empréstimos obtidos (109.333) (133.328)
Amortizações de contratos de locação (31.581) (32.714)
Juros e custos similares (16.426) (12.641)
Dividendos 21.4 (179.607) -
Aquisição de ações próprias 21.3 (3.547) (2.871)
(340.494) (181.554)
(116.494) (119.551)
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 26.665 12.416
Efeito das diferenças de câmbio 1 (65)
Caixa e seus equivalentes no início do período (17.754) 3.301
8.912 15.652
Caixa e equivalentes de caixa 20 11.310 17.056
Descobertos bancários 23 (2.398) (1.404)
8.912 15.652
NOTAS 6M 20
FLUXOS DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3)
FLUXOS DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2)
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO
6M 19
46
Anexo às demonstrações financeiras condensadas consolidadas
em 30 de junho de 2020 (Montantes expressos em milhares de euros, exceto quando indicado)
1. Nota Introdutória
2013 designada de ZON Multimédia Serviços
ho de 1999 com o objetivo de, através dela, desenvolver a sua estratégia para
o negócio de multimédia.
Durante o exercício de 2007, a Portugal Telecom realizou o spin-off da ZON, com a atribuição da sua
participação nesta Sociedade aos seus acionistas, a qual passou a ser totalmente independente da
Portugal Telecom.
operação de fusão por incorporação da Optimus SGPS na ZON, tendo a Empresa adotado nessa data
a designação de ZON OPTIMUS, SGPS, S.A..
foi aprovada em Assembleia Geral a alteração da designação da Empresa para NOS, SGPS, S.A..
Os negócios explorados pela NOS e pelas suas empresas participadas que integram o seu universo
voz e acesso à Internet, a edição e venda de videogramas, publicidade em canais de TV por
subscrição, a exploração de salas de cinemas, a distribuição de filmes, a produção de canais para
televisão por subscrição, gestão de datacenters, licenciamento e a prestação de serviços de
engenharia e consultoria na área dos sistemas de informação.
As ações representativas do capital da NOS encontram-se cotadas na bolsa de valores Euronext
Lisboa. A estrutura acionista do Grupo em 30 de junho de 2020 é evidenciada na Nota 21.
Madeira, e NOS International Carrier Services (unidade operacional em descontinuação) e NOS
Wholesale compreendem: a) a distribuição do sinal de televisão por cabo e satélite; b) a exploração
de uma rede de comunicações móveis de última geração GSM/UMTS/LTE; c) a exploração de
serviços de comunicações eletrónicas, no que se inclui serviços de comunicação de dados e
Voice Over Internet Protocol); e)
Mobile Virtual Network Operator); e f) a prestação de serviços de
assessoria, consultoria e afins, direta ou indiretamente relacionados com as atividades e serviços
acima referidos. A atividade destas empresas é regulada pela Lei n.º 5/2004 (Lei das Comunicações
Eletrónicas), que estabelece o regime aplicável às redes e serviços de comunicações eletrónicas.
A NOSPUB e a NOS Lusomundo TV exercem a atividade de televisão e de produção de conteúdos,
produzindo atualmente canais de cinema e séries, os quais são distribuídos, entre outros
operadores, pela NOS SA e suas participadas. A NOSPUB efetua ainda a gestão do espaço
publicitário de canais de televisão por subscrição e das salas de cinema da NOS Cinemas.
A NOS Audiovisuais e a NOS Cinemas, bem como as suas empresas participadas, desenvolvem a sua
atividade na área dos audiovisuais, que integra a edição e venda de videogramas, a distribuição de
47
filmes, a exploração de salas de cinema e a aquisição/negociação de direitos para televisão por
subscrição e VOD (video-on-demand).
A NOS Sistemas dedica-se à gestão de datacenters e à prestação de serviços de consultadoria na
área dos sistemas de informação.
A NOS Inovação tem como principais atividades a realização e a dinamização de atividades científicas
de investigação e desenvolvimento (detém toda a propriedade intelectual desenvolvida dentro do
grupo NOS, pretendendo garantir o retorno do investimento inicial através da comercialização de
patentes e concessões de exploração comercial resultante do processo de criação de produtos e
serviços), a demonstração, divulgação, transferência de tecnologia e formação, nos domínios dos
serviços e sistemas de informação e de soluções fixas e móveis de última geração, de televisão,
internet, voz e dados.
As Notas deste anexo seguem a ordem pela qual os itens são apresentados nas demonstrações
financeiras consolidadas.
As demonstrações financeiras consolidadas para o período findo em 30 de junho de 2020 foram
aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas a serem emitidas em 22 de julho de 2020.
O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras refletem de forma
verdadeira e apropriada as operações do Grupo, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa
consolidados.
2. Políticas Contabilísticas
As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são
descritas abaixo. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios
apresentados, salvo indicação em contrário.
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com a norma IAS 34 Relato
ente, estas demonstrações financeiras não incluem
toda a informação requerida pelas IFRS, pelo que devem ser lidas em conjunto com as
demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2019.
As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em euros por esta ser a moeda
principal das operações do Grupo e todos os valores são apresentados em milhares de euros, exceto
quando tal for referido. As demonstrações financeiras das empresas participadas com outra moeda
principal foram convertidas para euros de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota
2.3.20.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação
(Anexo A)) e seguindo a convenção dos custos históricos, modificada, quando aplicável, pela
valorização de ativos e passivos financeiros (incluindo derivados) ao justo valor (Nota 2.3.23).
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com as IFRS, o
Conselho de Administração recorreu ao uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos
com impacto no valor de ativos e passivos e no reconhecimento de rendimentos e gastos de cada
período de reporte. Apesar de estas estimativas terem por base a melhor informação disponível à
data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os resultados atuais e futuros
48
podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem maior grau de julgamento e estimativas
são apresentadas na Nota 3.
O Grupo apresenta uma demonstração da posição financeira no início do período comparativo
anterior quando existe uma aplicação retrospetiva de uma política contabilística, uma reexpressão
retrospetiva, ou uma reclassificação material de rubricas nas demonstrações financeiras. De igual
forma, as demonstrações de resultados por naturezas são reexpressas. Durante o semestre findo em
30 de junho de 2020, as demonstrações de resultados por naturezas relativas ao semestre findo em
30 de junho de 2019, foram reexpressas decorrente da alienação da NOS International Carrier
Services e respetiva classificação como unidade descontinuada (Nota 45).
O Grupo NOS, na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, declara
estar em cumprimento, de forma explícita e sem reservas, com as normas IAS/IFRS e suas
interpretações SIC/IFRIC, aprovadas pela União Europeia.
Alterações nas políticas contabilísticas e divulgações
As normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2020 são as seguintes:
•
iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020). A intenção da alteração da norma é ultrapassar as
dificuldades que surgem quando uma entidade determina se adquiriu um negócio ou um
conjunto de ativos.
•
após 1 de janeiro de 2020). A intenção da alteração da norma é clarificar a definição de material
e alinhar a definição usada nas normas internacionais de relato financeiro.
• Reforma da referência de taxa de juro (emitido a 26 de setembro de 2019, a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020). Esta reforma tem como intuito
alterar os padrões de instrumentos financeiros, previstos na IFRS 9 Instrumentos Financeiros,
IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e IFRS 7 Instrumentos
Financeiros: Divulgações.
• Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (emitido a 29 de março de
2018, a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020). Estas melhorias
envolvem a revisão de diversas normas.
Estas normas e alterações não tiveram impactos materiais nas demonstrações financeiras
consolidadas do Grupo.
À data de aprovação destas demonstrações financeiras, não existem normas e interpretações
endossadas pela União Europeia, cuja aplicação obrigatória ocorre em exercícios económicos
futuros.
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória no exercício e
em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações
financeiras, endossadas pela União Europeia:
•
de janeiro de 2021). O objetivo geral da IFRS 17 é fornecer um modelo contabilístico com maior
utilidade e consistência para contratos de seguros entre entidades que os emitam
globalmente.
• IAS 1 (
norma é clarificar a classificação de passivos como correntes ou não-correntes.
49
• Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro 2018-2020 (emitido a 14 de
maio de 2020, a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2022). Estas
melhorias envolvem a revisão de diversas normas.
•
se iniciem em ou após 1 de junho de 2020). O objetivo geral desta alteração é o de permitir aos
locatários, como um expediente prático, tratar as alterações/concessões relacionadas com a
COVID-19 como não sendo uma modificação ao contrato de locação. A alteração não afeta os
locadores.
•
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2021). Esta alteração visa dar resposta a
preocupações resultantes da aplicação da IFRS 9 antes da nova IFRS 17.
O Grupo está a apurar o impacto resultante destas alterações e aplicará estas normas no exercício
em que as mesmas se tornarem efetivas, ou antecipadamente quando permitido.
2.2. Bases de Consolidação
Empresas controladas
As empresas controladas foram consolidadas pelo método de consolidação integral. Considera-se
existir controlo sobre uma entidade quando o Grupo está exposto e/ou tem direito, em resultado do
seu envolvimento, ao retorno variável das atividades da entidade, e tem capacidade de afetar esse
retorno através do poder exercido sobre a entidade. Nomeadamente, quando a Empresa detém
direta ou indiretamente a maioria dos direitos de voto em Assembleia Geral ou tem o poder de
determinar as políticas financeiras e operacionais. Nas situações em que a Empresa detenha, em
substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua
participações de capital diretamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de
consolidação integral. As entidades nessas situações encontram-se indicadas no Anexo A).
A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido daquelas empresas é
apresentada separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração
consolidada dos resultad
22).
Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa
concentração empresarial são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição,
independentemente da existência de interesses que não controlam. O excesso do custo de
aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo nos ativos e passivos identificáveis
adquiridos é registado como Goodwill. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo
valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na
demonstração dos resultados do exercício em que ocorre a aquisição.
Os interesses que não controlam são inicialmente reconhecidos pela respetiva proporção do justo
valor dos ativos e passivos identificados.
Na aquisição de parcelas adicionais de capital em sociedades já controladas pelo Grupo, o diferencial
apurado entre a percentagem de capitais adquiridos e o respetivo valor de aquisição é registado
diretamente em capitais próprios.
Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associada resulte a
aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo
método integral, os justos valores das percentagens anteriormente detidas, é considerado como
50
parte do preço de compra, sendo o diferencial entre o valor contabilístico da participação na
associada e o justo valor, registado em resultados.
Os custos de transação diretamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos em resultados.
Os resultados das empresas adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas
demonstrações dos resultados desde a data da obtenção de controlo ou até à data da sua alienação,
respetivamente.
As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre
empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a
transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.
Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas
controladas tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo.
Empresas controladas conjuntamente
A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é
determinada com base na existência de acordos parassociais que demonstrem e regulem o controlo
conjunto. As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente são contabilizadas
pelo método de equivalência patrimonial (Anexo C)). De acordo com este método, as participações
financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados
próprio pós-aquisição das empresas controladas conjuntamente são reconhecidas no valor da
participação por contrapartida da rubrica de reservas, no capital próprio.
Adicionalmente, as participações financeiras poderão ainda ser ajustadas pelo reconhecimento de
perdas por imparidade.
Qualquer excesso de custo de aquisição sobre o justo valor dos ativos e passivos líquidos
identificáveis (goodwill) é registado como parte do investimento financeiro em empresas
controladas conjuntamente, havendo lugar a teste de imparidade ao investimento quando existam
indicadores de perda de valor. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos
ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos
resultados do exercício em que ocorre a aquisição.
As perdas em empresas controladas conjuntamente que excedam o investimento efetuado nessas
entidades não são reconhecidas, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com
essa associada.
Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos
investimentos financeiros.
Empresas associadas
Uma associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através da
participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não detém
controlo ou controlo conjunto.
Qualquer excesso do custo de aquisição de um investimento financeiro sobre o justo valor dos
ativos líquidos identificáveis é registado como goodwill, sendo adicionado ao valor do respetivo
investimento financeiro e a sua recuperação é analisada no âmbito do investimento financeiro na
associada sempre que existam indícios de eventual perda de valor. Nos casos em que o custo de
aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada
como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição.
51
Os investimentos financeiros das empresas associadas (Anexo B)) encontram-se registados pelo
método da equivalência patrimonial. De acordo com este método, as participações financeiras são
ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das
na demonstração dos resultados. Variações diretas no capital próprio pós-aquisição das associadas
são reconhecidas no valor da participação por contrapartida da rubrica de reservas, no capital
próprio. Adicionalmente, as participações financeiras poderão ainda ser ajustadas pelo
reconhecimento de perdas por imparidade.
As perdas em associadas que excedam o investimento efetuado nessas entidades não são
reconhecidas, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com essa associada.
Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos
investimentos financeiros.
Participações em entidades sem influência significativa
Os investimentos realizados pelo Grupo em entidades onde não exerce influência significativa são
inicialmente registados ao custo de aquisição e subsequentemente mensurados pelo justo valor
através de resultados.
demonstração da posição financeira e as variações de justo valor são registadas por contrapartida da
Saldos e transações entre empresas do Grupo
Os saldos e as transações, bem como os ganhos não realizados, entre empresas do Grupo e entre
estas e a empresa mãe são anulados na consolidação.
Ganhos não realizados decorrentes de transações com empresas associadas ou empresas
conjuntamente controladas são anulados na consolidação na parte atribuível ao Grupo. As perdas
não realizadas são da mesma forma eliminadas, salvo se proporcionarem prova de imparidade do
ativo transferido.
2.3. Políticas contabilísticas
2.3.1. Relatos por segmentos
Tal como preconizado na IFRS 8, o Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados na
informação de gestão produzida internamente.
De facto, os segmentos operacionais são reportados de forma consistente com o modelo interno de
informação de gestão providenciado ao principal responsável pela tomada de decisões operacionais
do Grupo, o qual é responsável pela alocação de recursos ao segmento e pela avaliação do seu
desempenho, assim como pela tomada de decisões estratégicas.
2.3.2. Classificação da demonstração da posição financeira e da demonstração de
resultados
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis há menos de um ano da data da demonstração da
posição financeira são classificados, respetivamente, no ativo e no passivo corrente.
não usuais que devem ser
reportados separadamente das habituais linhas de custos e receitas, no sentido de evitar uma
distorção da informação financeira das operações regulares, e serem consistentes com a maneira
52
como o desempenho financeiro do grupo é analisado e acompanhado pela administração. Estes
custos e receitas não usuais podem não ser comparáveis a medidas de título similar usadas por
outras empresas. Ao determinar se um evento ou transação é não usual, a administração considera
quer fatores quantitativos quer fatores qualitativos. Exemplos de custos e receitas não usuais, são:
programas de reestruturação de negócios e respetivas indemnizações; assuntos regulatórios e
ações judiciais; imparidades extraordinárias de ativos por redução do seu valor recuperável, entre
outros. Caso os custos e receitas cumpram com estes critérios, que são aplicados consistentemente
de ano para ano, são tratados como não usuais e apresentados nas linhas específicas acima.
-
se, predominantemente, a custos incorridos com o COVID-19. Estes custos, diretamente atribuíveis
ao surto do coronavírus, são ambos: a) incrementais aos custos incorridos antes do surto e que não
se espera que ocorram assim que a crise acalmar e as operações voltarem ao normal; e b)
claramente separáveis das operações correntes do Grupo. Nomeadamente, a) gastos com perdas de
crédito esperadas decorrente da perspetiva de agravamento significativo dos créditos incobráveis,
aquisição e utilização de produtos de limpeza e desinfeção das instalações de maneira mais
completa e / ou mais frequente, c) pagamentos temporários de prémios para compensar os
funcionários pelo desempenho das suas tarefas normais em exposição elevada ao coronavírus, entre
outros.
2.3.3. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações
e das perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. O custo de aquisição inclui, para além do
preço de compra do ativo: (i) as despesas diretamente imputáveis à compra; e (ii) a estimativa dos
custos de desmantelamento, remoção dos ativos e requalificação do local, que no Grupo é aplicável
sobretudo ao negócio de exploração de cinemas, às torres de telecomunicações e aos escritórios
(Nota 7).
As perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por
motivos de obsolescência tecnológica, são reconhecidas como uma dedução ao ativo respetivo por
contrapartida de resultados do período. Os encargos com manutenção e reparações de natureza
corrente são registados como custo quando incorridos. Os custos significativos incorridos com
renovações ou melhorias do ativo são capitalizados e depreciados no correspondente período
estimado de recuperação desses investimentos, quando seja provável a existência de benefícios
económicos futuros associados ao ativo e quando os mesmos possam ser mensurados de uma
forma fiável.
Ativos não correntes detidos para venda
Os ativos não correntes (ou operações descontinuadas) são classificados como detidos para venda
se o respetivo valor for realizável através de uma transação de venda ao invés de ser através do seu
uso continuado.
Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é muito provável e o ativo está
disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) o Grupo assumiu um compromisso de
vender; e (iii) é expectável que a venda se concretize num período de 12 meses. Neste caso, os
ativos não correntes são mensurados pelo menor do valor contabilístico ou do respetivo justo valor
deduzido dos custos de venda.
A partir do momento em que determinados bens de ativos fixos tangíveis passam a ser considerados
classificados como ativos não correntes detidos para venda. Os ganhos e perdas nas alienações de
53
ativos fixos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respetivo valor líquido
Depreciações
Os ativos fixos tangíveis são depreciados a partir do momento em que estejam em estado de serem
usados. A depreciação destes ativos, deduzidos do seu valor residual, é realizada de acordo com o
método das quotas constantes, por duodécimos, a partir do mês em que se encontram disponíveis
para utilização, em conformidade com a vida útil dos ativos, definida em função da utilidade
esperada.
As taxas de depreciação praticadas traduzem-se nas seguintes vidas úteis estimadas:
2.3.4. Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações
acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. Apenas são reconhecidos
quando deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo e quando os mesmos possam
ser mensurados com fiabilidade.
Os ativos intangíveis são constituídos essencialmente por goodwill, licenças de telecomunicações,
software, direitos de utilização de conteúdos e outros direitos contratuais.
Goodwill
O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor líquido de ativos, passivos
e passivos contingentes identificáveis de uma subsidiária, entidade controlada conjuntamente ou
associada, na respetiva data de aquisição, em conformidade com o estabelecido na IFRS 3.
O goodwill
de uma empresa controlada ou no caso do excesso do custo ter origem numa aquisição por fusão, e
entidade conjuntamente controlada ou empresa associada.
O goodwill não é amortizado, sendo sujeito a testes de imparidade pelo menos uma vez por ano, em
data determinada, e sempre que existam à data da demonstração da posição financeira alterações
aos pressupostos subjacentes ao teste efetuado, que resultem em eventual perda de valor.
Qualquer perda por imparidade é registada de imediato, na demonstração dos resultados do
Para efeitos de realização de testes de imparidade, o goodwill é atribuído às unidades geradoras de
caixa com as quais se encontra relacionado (Nota 8), podendo estas corresponder aos segmentos de
negócio em que o Grupo opera ou a um nível mais baixo.
2019 2020
(ANOS) (ANOS)
Edifícios e outras construções 2 a 50 2 a 50
Equipamento básico:
Equipamento de rede 7 a 40 7 a 40
Equipamento terminal 2 a 8 2 a 8
Outro equipamento básico 1 a 16 1 a 16
Equipamento de transporte 3 a 4 3 a 4
Equipamento administrativo 2 a 10 2 a 10
Outras imobilizações corpóreas 4 a 8 4 a 8
54
Intangíveis desenvolvidos internamente
Os ativos intangíveis desenvolvidos internamente, nomeadamente as despesas com investigação,
são registados como custo quando incorridos. As despesas de desenvolvimento apenas são
reconhecidas como ativo na medida em que se demonstre a capacidade técnica para completar o
ativo intangível e que este está disponível para uso ou comercialização.
Propriedade industrial e outros direitos
Os ativos classificados nesta rubrica referem-se a direitos e licenças adquiridos contratualmente
pelo Grupo a terceiros e utilizados no desenvolvimento das atividades do Grupo, e incluem:
• Licenças de telecomunicações;
• Licenças de software;
• Direitos de exploração de conteúdos;
• Outros direitos contratuais.
Os direitos de exploração de conteúdos são registados na demonstração da posição financeira,
como ativo intangível, sempre que se cumpram as seguintes condições: (i) exista controlo sobre os
conteúdos, (ii) a Empresa tenha o direito de escolher a forma de explorar estes conteúdos e (iii) os
mesmos estejam disponíveis para a sua exibição.
A celebração de contratos relacionados com os conteúdos desportivos não imediatamente
disponíveis origina direitos que são, inicialmente, classificados como compromissos contratuais.
No caso específico dos direitos de transmissão de competições desportivas, e uma vez cumpridas as
condições para serem reconhecidas como ativos intangíveis, estes são reconhecidos no ativo
quando estejam reunidas as condições necessárias para a organização de cada competição
desportiva, o que ocorre na data de homologação das equipas participantes na competição a ter
lugar na época desportiva a iniciar, por parte da entidade organizadora, tendo em consideração que é
a partir dessa data que se encontram reunidas as condições para o reconhecimento de um ativo,
nomeadamente a obtenção inequívoca de controlo dos direitos de exploração dos jogos da referida
época. Nesta situação, os referidos direitos são reconhecidos na demonstração de resultados, na
a partir do início do mês em que se encontram disponíveis para utilização.
Decorrente de acordos alcançados para a cedência dos direitos exclusivos de exploração de
conteúdos desportivos, e tal como é permitido pela IAS 1, a NOS, desde 2017, apresenta os ativos e
passivos líquidos dos valores cedidos a outros operadores, por entender que esta compensação
melhor reflete a substância das transações.
Ativos intangíveis em curso
As empresas do Grupo efetuam periodicamente uma avaliação de imparidade dos ativos intangíveis
em curso. Esta avaliação de imparidade é igualmente efetuada sempre que seja identificado um
evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra
registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de tais indícios, o Grupo procede à
determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a existência e extensão da perda
por imparidade.
Amortizações
Estes ativos são amortizados pelo método das quotas constantes, por duodécimos, a partir do início
do mês em que se encontram disponíveis para utilização.
55
As taxas de amortização praticadas traduzem-se nas seguintes vidas úteis estimadas:
2.3.5. Encargos de contratos com clientes
Os Encargos de contratos com clientes correspondem a custos incorridos com a angariação de
clientes e custos associados ao cumprimento de um contrato que são capitalizados sempre que
satisfaçam todos os seguintes critérios:
i) estiverem relacionados com um contrato já existente ou um contrato futuro específico;
ii) geram ou aumentam recursos que irão ser usados no futuro;
iii) é expectável que os custos sejam recuperados; e
iv) não estiverem já cobertos pelo âmbito de outra norma como, por exemplo, inventários, ativos
tangíveis ou intangíveis.
Estes custos são reconhecidos pelo período expectável para o cumprimento do contrato (2 a 4
anos).
Os custos com a angariação de clientes, são essencialmente:
i) Comissões pagas a terceiros com a angariação de novos contratos/novos clientes;
ii) Comissões pagas a terceiros com o upgrade dos serviços prestados;
iii) Comissões pagas a terceiros por refidelização de serviços e ofertas a clientes; e
iv) Diversas comissões com angariação de receita.
Os custos associados ao cumprimento dos contratos são, essencialmente:
i) Custos incorridos com a portabilidade de números móveis/fixos de outros operadores;
ii) Custos, variáveis, incorridos com a ativação dos serviços contratados pelos clientes.
2.3.6. Imparidade de ativos não correntes, excluindo goodwill
As empresas do Grupo efetuam periodicamente uma avaliação de imparidade dos ativos não
correntes. Esta avaliação de imparidade é igualmente efetuada sempre que seja identificado um
evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra
registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de tais indícios, o Grupo procede à
determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a existência e extensão da perda
por imparidade.
O valor recuperável é estimado para cada ativo individualmente ou, no caso de tal não ser possível,
os ativos são agrupados para os níveis mais baixos para os quais existem fluxos de caixa
identificáveis para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence. Cada negócio do
Grupo constitui uma unidade geradora de caixa, exceto para alguns dos ativos afetos à exibição
cinematográfica, que são agrupados por unidades geradoras de caixa regionais.
O valor recuperável é determinado pelo valor mais alto entre o preço de venda líquido e o valor de
uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação
entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à
alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados decorrentes do
uso continuado do ativo ou da unidade geradora de caixa. Sempre que o montante pelo qual o ativo
se encontra registado seja superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma perda por
imparidade.
2019 2020
(ANOS) (ANOS)
Licenças de telecomunicações 30 a 33 30 a 33
Licenças de software 1 a 8 1 a 8
Direitos de utilização de conteúdosPeríodo
contratual
Período
contratual
Outros 1 a 8 1 a 8
56
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
existem indícios de que essas perdas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por
imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados no exercício em que ocorre. Contudo, a
reversão da perda por imparidade só pode ser efetuada até ao limite da quantia que estaria
reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não tivesse sido
registada em exercícios anteriores.
2.3.7. Ativos financeiros
Os ativos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira do Grupo na data de
negociação ou contratação, que é a data em que o Grupo se compromete a adquirir ou alienar o
ativo.
No momento inicial, com exceção das contas a receber comerciais, os ativos financeiros são
reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, exceto para
os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente
reconhecidos em resultados. As contas a receber comerciais, no momento inicial, são reconhecidas
pelo seu preço de transação, conforme definido pela IFRS 15.
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo ao
recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à sua detenção; ou (iii) não obstante retenha parte, mas não
substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Grupo tenha transferido
o controlo sobre os ativos.
Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só
quando, o Grupo tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar
pelo valor líquido.
O Grupo classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: ativos financeiros ao justo
valor através de resultados, ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, ativos financeiros
ao justo valor através de outro rendimento integral. A sua classificação depende do modelo de
negócio da entidade para gerir os ativos financeiros e das características contratuais em termos de
fluxos de caixa do ativo financeiro.
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados
São classificados nesta categoria os instrumentos financeiros derivados e instrumentos de capital
que o Grupo não tenha classificado como ativo financeiro através de outro rendimento integral, no
momento de reconhecimento inicial. Nesta categoria integram-se também todos os instrumentos
financeiros cujos cashflows contratuais não são exclusivamente capital e juros.
Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de ativos mensurados ao justo valor
através de resultados são reconhecidos em resultados do exercício em que ocorrem na respetiva
de juros e dividendos.
Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral
São ativos financeiros mensurados ao justo valor através de outro rendimento integral aqueles que
estão inseridos num modelo de negócio cujo objetivo seja alcançado através da recolha de
cashflows contratuais e da venda de ativos financeiros, sendo que estes fluxos de caixa contratuais
são apenas reembolso de capital e pagamentos de juros sobre o capital em dívida.
57
Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado
São ativos financeiros mensurados ao custo amortizado aqueles que estão inseridos num modelo de
negócio cujo objetivo consiste em deter ativos financeiros a fim de receber os cashflows contratuais,
sendo que estes fluxos de caixa contratuais são apenas reembolso de capital e pagamentos de juros
sobre o capital em dívida.
Caixa e equivalentes de caixa
caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, com maturidade
inferior a três meses e que possam ser imediatamente mobilizáveis com um risco de alteração de
valor insignificante.
compreende também os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira na
2.3.8. Passivos financeiros e instrumentos de capital
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a
substância contratual independentemente da sua forma legal. Os instrumentos de capital próprio
são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos
passivos. Os instrumentos de capital próprio emitido pelas empresas do Grupo são registados pelo
valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão. Os passivos financeiros são
desreconhecidos apenas quando extintos, isto é, quando a obrigação é liquidada, cancelada ou
expirada.
De acordo com a IFRS 9, os passivos financeiros são classificados como subsequentemente
mensurados pelo custo amortizado, com exceção de:
a) Passivos financeiros pelo justo valor através dos resultados. Esses passivos, incluindo os
derivados que sejam passivos, devem ser subsequentemente mensurados pelo justo valor;
b) Passivos financeiros que surjam quando uma transferência de um ativo financeiro não satisfaz
as condições para o desreconhecimento ou quando se aplica a abordagem do envolvimento
continuado;
c) Contratos de garantia financeira;
d) Os compromissos de concessão de um empréstimo a uma taxa de juro inferior à do mercado;
e) A retribuição contingente reconhecida por um adquirente numa concentração de atividades
empresariais à qual se aplica a IFRS 3. Essa retribuição contingente deve ser
subsequentemente mensurada pelo justo valor, com alterações reconhecidas nos resultados.
Os passivos financeiros do Grupo incluem: empréstimos obtidos, contas a pagar e instrumentos
financeiros derivados.
2.3.9. Imparidade de ativos financeiros
A cada data da demonstração da posição financeira, o Grupo analisa e reconhece as perdas
esperadas para os seus títulos de dívida, empréstimos e contas a receber. As perdas esperadas
resultam da diferença entre todos os fluxos de caixa contratuais que sejam devidos a uma entidade
em conformidade com o contrato e todos os fluxos de caixa que a entidade espera receber,
descontados à taxa de juro efetiva original.
O objetivo desta política de imparidade consiste em reconhecer as perdas de crédito esperadas ao
longo da respetiva duração dos instrumentos financeiros que tenham sido objeto de aumentos
significativos do risco de crédito desde o reconhecimento inicial, avaliado numa base individual ou
58
coletiva, tendo em conta todas as informações razoáveis e sustentáveis, incluindo as prospetivas. Se
à data de relato, o risco de crédito associado a um instrumento financeiro não tiver aumentado
significativamente desde o reconhecimento inicial, o Grupo mensura a provisão para perdas relativa
a esse instrumento financeiro por uma quantia equivalente às perdas de crédito esperadas num
prazo de 12 meses.
Para as contas a receber e ativos resultantes de contratos ao abrigo da IFRS 15, o Grupo adota a
abordagem simplificada ao calcular perdas de crédito esperadas. Dessa forma, o Grupo não
monitoriza alterações no risco de crédito, reconhecendo ao invés perdas por imparidade baseadas
na perda de crédito esperada em cada data de reporte. O Grupo apresenta um critério de perdas por
imparidade que é baseado no histórico de perdas de crédito, ajustado por fatores prospetivos
específicos aos clientes e ambiente económico.
2.3.10. Instrumentos financeiros derivados
Reconhecimento inicial e subsequente
O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados, tais como contratos forward de taxas de câmbio,
swaps de taxas de juros, para cobrir os seus riscos de câmbio, de juro, respetivamente. Tais
instrumentos financeiros derivados são inicialmente registados ao justo valor na data em que o
derivado é contratado e são subsequentemente mensurados ao justo valor. Os derivados são
apresentados no ativo quando o seu justo valor é positivo e no passivo quando o seu justo valor é
negativo.
Em termos de contabilidade de cobertura, as coberturas são classificadas como:
• Cobertura de justo valor quando a finalidade é cobrir a exposição a alterações de justo valor de
um ativo ou passivo registado ou de um compromisso do Grupo não registado;
• Cobertura de fluxos de caixa quando a finalidade é cobrir a exposição à variabilidade dos fluxos
de caixa decorrente de um risco específico associado à totalidade ou a uma componente de
um ativo ou passivo registado ou a uma transação prevista de ocorrência altamente provável
ou o risco de câmbio associado a um compromisso do Grupo não registado;
• Cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira.
O Grupo NOS utiliza instrumentos financeiros derivados com cobertura de justo valor e de fluxos de
caixa.
No início da relação de cobertura, o Grupo formalmente designa e documenta a relação de cobertura
para a qual pretende aplicar a contabilidade de cobertura bem como a finalidade de gestão e
estratégia dessa cobertura.
Até 1 de janeiro de 2018, a documentação incluía a identificação do instrumento de cobertura, o item
ou transação coberta, a natureza do risco coberto e o modo como o Grupo avaliava a eficácia das
variações do justo valor do instrumento de cobertura face à exposição do Grupo a variações do justo
valor do item coberto ou fluxos de caixa decorrentes do risco coberto. Tais coberturas deveriam ser
altamente eficazes para compensar alterações nos justos valores ou nos fluxos de caixa e eram
avaliadas numa base contínua de forma a demonstrar que eram de facto altamente efetivas durante
o período de relato financeiro.
A partir de 1 de janeiro de 2018, a documentação inclui a identificação do instrumento de cobertura,
o item ou transação coberta, a natureza do risco a ser coberto e o modo como o Grupo avalia se a
relação de cobertura cumpre com os requisitos de contabilidade de cobertura (incluindo a sua
análise das fontes de ineficácia da cobertura e a forma como determina a taxa de cobertura). O
59
relacionamento de cobertura é qualificável para contabilidade de cobertura se satisfaz todos os
seguintes requisitos de eficácia da cobertura:
i) Existe uma relação económica entre o item coberto e o instrumento de cobertura;
ii) O efeito do risco de crédito não domina as alterações de valor que resultam dessa relação
económica; e
iii) O rácio de cobertura do relacionamento de cobertura é o mesmo que o que resulta da
quantidade do item coberto que uma entidade cobre efetivamente e da quantidade do
instrumento de cobertura que a entidade utiliza efetivamente para cobrir essa quantidade do
item coberto.
Os relacionamentos de cobertura que satisfaçam os critérios de elegibilidade acima, são
contabilizados, como segue:
Cobertura de justo valor
A alteração no justo valor do instrumento de cobertura é registada na demonstração dos resultados.
A alteração no justo valor do item coberto atribuível ao risco coberto é registada como parte do valor
contabilístico do item coberto e também é registada na demonstração dos resultados.
Para cobertura de justo valor de itens mensurados ao custo amortizado, qualquer ajustamento ao
valor contabilístico é amortizado na demostração dos resultados pelo período remanescente da
cobertura usando o método do juro efetivo. A amortização através do método do juro efetivo inicia-
se quando existe o ajustamento e nunca mais tarde do momento no qual o item coberto deixa de ser
ajustado pelas alterações no justo valor atribuíveis ao risco que está sendo coberto.
Se o item coberto é desreconhecido, o justo valor por amortizar é registado imediatamente na
demonstração dos resultados.
Quando um compromisso não registado é designado como item coberto, as alterações acumuladas
subsequentes no justo valor do compromisso do Grupo atribuíveis ao risco coberto são
reconhecidas como um ativo ou passivo e o correspondente ganho ou perda registado na
demonstração dos resultados.
Cobertura de fluxos de caixa
A parcela eficaz do ganho ou perda no instrumento de cobertura é reconhecida no Outro rendimento
integral na reserva de cobertura de fluxos de caixa, enquanto que a parcela ineficaz é reconhecida
imediatamente na demonstração dos resultados. A reserva de cobertura de fluxos de caixa é
ajustada para o menor dos valores entre o ganho ou perda acumulada no instrumento de cobertura e
a alteração acumulada no justo valor do item coberto.
O Grupo usa contratos de forward de: i) taxas de câmbio para cobrir a exposição ao risco cambial em
transações esperadas e compromissos assumidos; ii) taxas de juros para cobrir o risco de flutuação
da taxa de juro; e iii) ações próprias para cobrir o risco de flutuação das ações próprias a entregar no
âmbito de planos de ações. A parcela ineficaz relacionada com os contratos de taxas de câmbio é
reco
ineficaz relacionada com os contratos de ações próprias é reconhecida
No semestre findo em 30 de junho de 2020, o Grupo não efetuou qualquer alteração no método de
reconhecimento.
60
As quantias acumuladas no Outro rendimento integral são contabilizadas em função da natureza da
relação de cobertura respetiva. Se a relação de cobertura subsequentemente se traduz no registo de
um item não financeiro, a quantia acumulada é removida da componente separada de capital próprio
e incluída no custo inicial ou valor contabilístico do ativo ou passivo coberto. Tal não é um
ajustamento de reclassificação e não deve ser registado no Outro rendimento integral do período.
Isto também é aplicável quando uma transação esperada coberta de um ativo não financeiro ou de
um passivo não financeiro se converte num compromisso do Grupo sujeito a contabilidade de
cobertura.
Para quaisquer outras coberturas de fluxos de Caixa, a quantia acumulada no Outro rendimento
integral é reclassificada para a demonstração dos resultados como um ajustamento de
reclassificação no mesmo período ou períodos durante os quais os fluxos de caixa cobertos afetam a
demonstração dos resultados.
Se a contabilidade de cobertura de fluxos de caixa for interrompida, a quantia acumulada no Outro
rendimento integral deve permanecer se se esperar que os fluxos de Caixa futuros cobertos ainda
ocorram. Caso contrário, a quantia acumulada é reclassificada imediatamente para a demonstração
dos resultados como um ajustamento de reclassificação. Após a interrupção, assim que os fluxos de
caixa coberto ocorram, qualquer quantia acumulada remanescente no Outro rendimento integral
deve ser contabilizada de acordo com a natureza da transação subjacente como descrito acima.
2.3.11. Inventários
Os inventários, que incluem essencialmente telemóveis, equipamento terminal de cliente, DVDs e
direitos de transmissão de conteúdos encontram-se valorizados pelo mais baixo de entre o respetivo
valor de custo e valor realizável líquido.
O custo de aquisição inclui o preço da fatura, despesas de transporte e seguro, utilizando-se o
Os inventários são ajustados por motivo de obsolescência tecnológica, bem como pela diferença
entre o custo de aquisição e o valor de realização, caso este seja inferior, sendo essa redução
reconhecida diretamente na demonstração dos resultados do período.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar
a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respetivo valor realizável líquido dos inventários, no caso deste ser
Os inventários em trânsito, por não se encontrarem disponíveis para consumo ou venda,
encontram-se segregados das restantes existências e são valorizadas ao custo de aquisição
específico.
A celebração de contratos relacionados com os conteúdos desportivos origina direitos que são,
inicialmente, classificados como compromissos contratuais.
Os direitos de transmissão de conteúdos são registados na demonstração da posição financeira,
como Inventários, no caso de não existir pleno direito sobre a forma de exploração do ativo, pelo
respetivo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, quando mais baixo, sempre que os
conteúdos programáticos tenham sido recebidos e estejam disponíveis para a sua exibição ou
utilização, de acordo com condições contratuais, sem qualquer produção ou alteração, entendendo-
se para o efeito que estão reunidas as condições necessárias para a organização de cada competição
desportiva o que ocorre na data da homologação das equipas participantes na competição a ter lugar
na época desportiva a iniciar, por parte da entidade organizadora. Os referidos direitos são
61
numa base sistemática atendendo ao padrão de benefícios económicos obtidos através da sua
exploração comercial.
Decorrente do acordo alcançado com os operadores nacionais na disponibilização recíproca, por
várias épocas desportivas (collaborative arrangement), dos conteúdos desportivos (nacionais e
internacionais) detidos por estas (Nota 41), a NOS considerou o reconhecimento dos custos e
receitas líquidos dos valores repartidos pelos restantes operadores, numa base sistemática,
atendendo ao padrão de benefícios económicos obtidos através da sua exploração comercial.
2.3.12. Subsídios
Os subsídios são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável
que irão ser recebidos e que as empresas do Grupo irão cumprir com as condições exigidas para a
sua concessão.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na
demonstração dos resultados a abater aos correspondentes custos incorridos.
Os subsídios ao investimento são apresentados na demonstração da posição financeira como um
rendimento diferido.
Se o subsídio é considerado como rendimento diferido, este é reconhecido como rendimento numa
base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.
2.3.13. Provisões e passivos contingentes
As provisões são reconhecidas quando: (i) existe uma obrigação presente resultante de eventos
passados, sendo provável que na liquidação dessa obrigação seja necessário um dispêndio de
recursos internos; e (ii) o montante ou valor da referida obrigação seja razoavelmente estimável.
Quando uma das condições antes descritas não é preenchida, o Grupo procede à divulgação dos
eventos como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos decorrente
dessa contingência seja remota, caso em que os mesmos não são objeto de divulgação.
As provisões, para processos judiciais em curso intentados contra o Grupo, são constituídas de
acordo com as avaliações de risco efetuadas pelo Grupo e pelos seus consultores legais, baseadas
em taxas de sucesso.
As provisões para reestruturação apenas são reconhecidas quando o Grupo tem um plano detalhado
e formalizado identificando as principais caraterísticas do programa e após terem sido comunicados
esses factos às entidades envolvidas.
As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de ativos e restauração do local, são
reconhecidas quando os bens são instalados, de acordo com as melhores estimativas a essa data. O
montante do passivo constituído reflete os efeitos da passagem do tempo, sendo a correspondente
atualização financeira reconhecida em resultados como custo financeiro.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como
provisões. Existe um contrato oneroso quando a Empresa é parte integrante das disposições de um
contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que
excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, salvo exceção
prevista na IFRS 3 no âmbito da concentração de atividades empresariais, sendo divulgados sempre
que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja
62
remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
As provisões são revistas e atualizadas na data da demonstração da posição financeira, de modo a
refletir a melhor estimativa, nesse momento, da obrigação em causa.
2.3.14. Direitos de uso e locações
Uma locação é definida como um contrato, ou parte de um contrato, que transfere o direito de uso
de um bem (o ativo subjacente), por um período de tempo, em troca de um valor.
No início de cada contrato, é avaliado e identificado se este é ou contém uma locação. Esta avaliação
envolve um exercício de julgamento sobre se cada contrato depende de um ativo específico, se a
NOS obtém substancialmente todos os benefícios económicos do uso desse ativo e se a NOS tem o
direito de controlar o uso do ativo.
Todos os contratos que constituam uma locação são contabilizados com base num modelo único de
reconhecimento no balanço (on-balance model) de forma similar com o tratamento que a IAS 17
estabelece para as locações financeiras.
Na data de início da locação, a NOS reconhece a responsabilidade relacionada com os pagamentos
da locação (i.e. o passivo da locação) e o ativo que representa o direito a usar o ativo subjacente
durante o período da locação (i.e. o direito de uso -of-
O custo do juro sobre o passivo da locação e a depreciação do ROU são reconhecidos
separadamente.
O passivo da locação é remensurado aquando da ocorrência de certos eventos (como sejam a
mudança do período da locação, uma alteração nos pagamentos futuros que resultem de uma
alteração do índice de referência ou da taxa usada para determinar esses pagamentos). Esta
remensuração do passivo da locação é reconhecido como um ajustamento no ROU.
2.3.14.1. Direitos de uso de ativos
O Grupo reconhece o direito de uso dos ativos na data de início da locação (ou seja, a data em que o
ativo subjacente está disponível para uso).
O direito de uso dos ativos encontra-se registado ao custo de aquisição, deduzido das depreciações
acumuladas e perdas de imparidade e ajustado por eventuais novas mensurações do passivo das
locações. O custo do direito de uso dos ativos inclui o valor reconhecido do passivo da locação,
eventuais custos diretos inicialmente incorridos e pagamentos já efetuados antes da data inicial da
locação, deduzido de quaisquer incentivos recebidos.
A menos que seja razoavelmente certo que o Grupo obtenha a propriedade do ativo arrendado no
final do prazo da locação, o direito de uso dos ativos reconhecido é depreciado pelo método linear
durante o período mais curto entre a sua vida útil estimada e o prazo da locação.
Os direitos de uso estão sujeitos a imparidades.
2.3.14.2. Passivos com locações
Na data de início da locação, o Grupo reconhece os passivos mensurados pelo valor presente dos
pagamentos futuros a serem efetuados até ao final do contrato de locação.
Os pagamentos da locação incluem pagamentos fixos (incluindo pagamentos fixos em substância),
deduzidos de quaisquer incentivos a receber, pagamentos variáveis, dependentes de um índice ou
de uma taxa, e valores esperados a serem pagos sob garantias de valor residual. Os pagamentos da
locação também incluem o preço de exercício de uma opção de compra, se for razoavelmente certo
63
que o Grupo exerça a opção, e pagamentos de penalidades pelo término do contrato, se for
razoavelmente certo que o Grupo rescinda o contrato.
Os pagamentos variáveis que não dependem de um índice ou de uma taxa são reconhecidos como
despesa no período em que o evento que lhes der origem ocorra.
No cálculo do valor presente dos pagamentos da locação, o Grupo usa a taxa de empréstimo
incremental na data de início da locação, se a taxa de juro implícita não for facilmente determinável.
Após a data de início da locação, o valor do passivo da locação aumenta de modo a refletir o
acréscimo de juros e reduz pelos pagamentos efetuados. Adicionalmente, o valor contabilístico do
passivo da locação é remensurado se houver uma modificação, como uma alteração no prazo da
locação, nos pagamentos fixos ou na decisão de compra do ativo subjacente.
2.3.15. Imposto sobre o rendimento
A NOS, encontra-se abrangida pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, que
abrange todas as empresas em que participa, direta ou indiretamente, em pelo menos 75% do
respetivo capital social e que, simultaneamente, sejam residentes em Portugal e tributadas em sede
de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).
As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos
de sociedades, são tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e nas
taxas de imposto aplicáveis.
O imposto sobre o rendimento é registado de acordo com o preconizado pela IAS 12. Na
mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento do exercício, para além do imposto
corrente é ainda considerado o efeito do imposto diferido, calculado com base no método do
passivo, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de
ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras consolidadas, bem como os
prejuízos fiscais reportáveis existentes à data da demonstração da posição financeira. Os ativos e
passivos por impostos diferidos foram calculados com base na legislação fiscal atualmente em vigor
e em legislação já publicada para aplicação futura.
Tal como estabelecido na referida norma, são reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas
quando exista razoável segurança de que estes poderão vir a ser utilizados na redução do resultado
tributável futuro, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável
no mesmo período em que os ativos por impostos diferidos sejam revertidos. No final de cada
período é efetuada uma avaliação desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados
em função da sua expetativa de utilização futura.
O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido, que resulta de
transações ou eventos reconhecidos em rubricas do capital próprio, é registado diretamente nestas
mesmas rubricas, não afetando o resultado do período.
Numa operação de concentração de atividades empresariais, os benefícios por impostos diferidos
adquiridos são reconhecidos do seguinte modo:
a) Os benefícios por impostos diferidos adquiridos que sejam reconhecidos no período de
mensuração (um ano após a data da concentração) e que resultem de novas informações
sobre factos e circunstâncias que existiam à data de aquisição são aplicados para reduzir a
quantia escriturada de qualquer goodwill relacionado com essa aquisição. Se a quantia
escriturada desse goodwill for zero, quaisquer benefícios por impostos diferidos
remanescentes são reconhecidos na demonstração dos resultados.
64
b) Todos os outros benefícios por impostos diferidos adquiridos que sejam realizados são
reconhecidos na demonstração de resultados (ou, caso aplicável, diretamente em rubricas de
capital próprio).
2.3.16. Pagamento baseado em ações
Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de Planos de incentivos de aquisição de ações
ou de opções sobre ações são registados de acordo com as disposições da IFRS 2 Pagamentos
com base em ações.
De acordo com a IFRS 2, uma vez que não é possível estimar com fiabilidade o justo valor dos
serviços recebidos dos colaboradores, o seu valor é mensurado por referência ao justo valor dos
instrumentos de capital próprio (ações próprias), de acordo com a sua cotação à data de atribuição.
Esse custo é reconhecido de forma linear ao longo do período em que o serviço é prestado pelos
colaboradores, na rubrica de Custos com o pessoal na demonstração dos resultados, juntamente
com o correspondente aumento em Outras reservas em capital próprio.
O custo acumulado reconhecido à data de cada demonstração financeira até ao empossamento
reflete a melhor estimativa do Grupo relativamente ao número de ações próprias que irão ser
empossadas, ponderado pelo proporcional de tempo decorrido entre a atribuição e o
empossamento. O impacto na demonstração de resultados de cada exercício representa a variação
do custo acumulado entre o início e o fim do período.
Por sua vez, os benefícios concedidos com base em ações, mas liquidados em dinheiro, conduzem
ao reconhecimento de um passivo valorizado pelo justo valor na data da demonstração da posição
financeira.
2.3.17. Capital
Reserva legal
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem
que ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital
social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para
absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
Reservas de prémios de emissão de ações
Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De
acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime
liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras
reservas, e para incorporação no capital.
Reservas para planos de incentivo de médio prazo
De acordo com a IFRS 2
incentivo de médio prazo liquidados através da entrega de ações próprias é registada, a crédito, na
de ser distribuída ou ser utilizada para absorver prejuízos.
Reservas de cobertura
As reservas de cobertura refletem as variações de justo valor dos instrumentos financeiros
derivados de cobertura de cashflow que se consideram eficazes, sendo que as mesmas não são
passíveis de ser distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.
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Reservas de ações próprias
legal equivalente ao da reserva legal. Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas
distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da empresa,
apresentadas de acordo com as IFRS. Adicionalmente, os incrementos decorrentes da aplicação do
justo valor através de componentes de capital próprio, incluindo os da sua aplicação através do
resultado líquido do período, apenas podem ser distribuídos quando os elementos que lhes deram
origem sejam alienados, exercidos liquidados ou quando terminar o seu uso, no caso de ativos fixos
tangíveis ou intangíveis.
Ações próprias
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como uma dedução ao capital
próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas na rubrica
Outras Reservas e Resultados transitados
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas e os ganhos
por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades
de investimento, que, de acordo com o número 2 do artigo 32 do CSC, só estarão disponíveis para
distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos,
extintos ou liquidados.
2.3.18. Rédito
As principais naturezas de rédito operacional das empresas participadas pela NOS são as seguintes:
i) Receitas dos Serviços de Comunicações:
Televisão por cabo, banda larga fixa e voz fixa: As receitas decorrentes dos serviços prestados
sobre a rede de fibra e cabo resultam de: (a) subscrição de pacotes de canais base que podem
ser comercializados em bundle com os serviços de banda larga fixa e/ou voz fixa; (b)
subscrição de pacotes de canais premium e S-VOD; (c) aluguer de equipamento terminal; (d)
consumo de conteúdos (VOD); (e) tráfego e terminação voz; (f) ativação do serviço; (g) venda
de equipamento; e (h) outros serviços adicionais (por exemplo, firewall e antivírus).
Televisão por satélite: As receitas decorrentes do serviço de televisão por satélite resultam,
essencialmente, de: (a) subscrição de pacotes de canais base e premium; (b) aluguer de
equipamento; (c) consumo de conteúdos (VOD); (d) ativação do serviço; e (e) venda de
equipamento.
Banda larga e voz móveis: As receitas provenientes dos serviços de acesso à Internet de banda
larga móvel e de serviços de voz móvel, resultam fundamentalmente da assinatura mensal
e/ou da utilização do serviço de Internet e voz para além do tráfego associado à modalidade
escolhida pelo cliente.
ii) Receitas de Publicidade: As receitas de publicidade englobam, essencialmente, a angariação
de publicidade para os canais de televisão por subscrição, para os quais o Grupo detém os
direitos de exploração e salas de cinema. Estas receitas são reconhecidas no período da sua
inserção, deduzidas dos descontos concedidos.
iii) Distribuição e Exibição Cinematográfica: As receitas relativas à distribuição referem-se à
distribuição de filmes para exibidores cinematográficos não detidos pelo Grupo, as quais são
reconhecidas no período de exibição dos filmes, enquanto as receitas de exibição
66
cinematográfica decorrem maioritariamente da venda de bilhetes de cinema e das vendas de
produtos nos bares, as quais são reconhecidas como receita no período de exibição dos filmes
dos bilhetes vendidos e de venda dos produtos nos bares, respetivamente.
iv) Receitas de Produção e Distribuição de Conteúdos e Canais: as receitas da produção e
distribuição incluem fundamentalmente a venda de DVDs e de conteúdos e a distribuição de
canais de televisão por subscrição a terceiros, sendo reconhecidas no período em que são
vendidos, exibidos e disponibilizados para distribuição aos operadores de telecomunicações,
respetivamente.
v) Consultoria e Gestão de Datacenters: as receitas de consultoria na área dos sistemas de
informação e gestão de datacenters correspondem, predominantemente, à prestação de
serviços da NOS Sistemas.
O rédito do Grupo é baseado no modelo de cinco etapas estabelecido pela IFRS 15:
1) Identificação do contrato com o cliente;
2) Identificação das obrigações de desempenho;
3) Determinação do preço da transação;
4) Alocação do preço da transação às obrigações de desempenho; e
5) Reconhecimento do rédito.
Assim, no início de cada contrato, o Grupo NOS avalia os bens ou serviços prometidos e identifica,
como obrigação de desempenho, cada promessa de transferência para o cliente de qualquer bem ou
serviço (ou um pacote de bens ou serviços) distintos. Estas promessas em contratos com clientes
podem ser explícitas ou implícitas, desde que tais promessas criem uma expectativa válida no cliente
de que a entidade transferirá um bem ou serviço para o cliente, com base em políticas publicadas,
declarações específicas ou práticas comerciais habituais da entidade.
O Grupo NOS definiu internamente que uma obrigação de desempenho corresponde à promessa de
entrega de um bem ou serviço, que possa ser utilizado de forma isolada/separada pelo cliente e
sobre a qual existe uma perceção clara deste bem ou serviço por parte do cliente entre os restantes
disponíveis em cada contrato.
As principais obrigações de desempenho resumem-se a Vendas de telemóveis, telefones, Hotspots,
Internet Fixa, Telefone Móvel, Telefone Fixo, Televisão, Consultoria, Serviços de Cloud/IT,
distribuição de direitos audiovisuais entre outros.
A disponibilização de Set-top-boxes, routers, modems e outros equipamentos terminais em casa dos
clientes e respetivos serviços de instalação e ativação foram considerados pelo grupo como não
correspondendo a uma obrigação de desempenho, dado serem ações necessárias para o
cumprimento das obrigações de desempenho prometidas.
Na determinação e alocação do preço da transação de cada obrigação de desempenho, a NOS
utilizou os preços stand-alone dos produtos e serviços prometidos, à data da celebração do contrato
com o cliente, para repartição da quantia que se espera receber no cumprimento do contrato.
O reconhecimento do rédito ocorre no momento do cumprimento de cada obrigação de
desempenho.
O rédito decorrente da venda de equipamentos é reconhecido quando os riscos e vantagens
inerentes à posse dos bens são transferidos para o comprador e o valor dos benefícios possa ser
razoavelmente quantificado.
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O rédito de subscrições de serviços de telecomunicações (subscrição de pacotes de televisão,
internet, voz móvel e fixa, isoladamente ou em conjunto) é reconhecido linearmente ao longo do
período da subscrição.
O rédito de aluguer de equipamentos é reconhecido numa base linear ao longo da vigência do
acordo de aluguer, exceto no caso de vendas a prestações que são contabilizadas como vendas a
crédito.
O Grupo atribui aos seus clientes pontos de fidelização, em cada chamada ou carregamento
efetuado, que poderão ser trocados, durante um período limitado de tempo, por descontos na
compra de equipamentos.
Em cada período de reporte, a NOS reconhece a responsabilidade atual com os descontos a atribuir
no futuro. Esta responsabilidade é calculada com base no montante de pontos atribuídos e ainda não
utilizados, descontados da estimativa de pontos que não serão utilizados (com base no histórico de
utilização) e valorizada com base na oferta disponível, a cada momento, para a utilização de pontos
(catálogo específico).
O reconhecimento da responsabilidade configura um diferimento de rédito (até à data em que os
pontos são definitivamente convertidos em benefícios), que é reconhecido no momento da
utilização do desconto, como um acréscimo de rédito.
O rédito com tráfego, roaming, consumo de dados, conteúdos audiovisuais e outros é reconhecido
no período em que o serviço é prestado. O Grupo oferece também diversas soluções personalizadas,
em particular aos seus clientes empresariais na gestão da rede de telecomunicações, acesso, voz e
transmissão de dados, também estas reconhecidas quando o serviço é prestado.
Não é efetuada a compensação de rendimentos e gastos, a menos que tal seja exigido ou permitido
pelas IFRS, nomeadamente, quando reflita a substância da transação ou outro acontecimento.
É efetuada a compensação dos rendimentos e gastos nas seguintes situações:
(i) Quando os influxos brutos de benefícios económicos não resultam em aumentos de capital
próprio para a entidade, ou seja, o valor cobrado ao cliente é igual ao valor entregue ao
parceiro, situação aplicável ao rédito obtido com a faturação aos operadores de serviços
especiais, as quantias cobradas por conta do capital não são rédito; e,
(ii)
benefícios de desenvolver um produto ou serviços para que o mesmo possa ser
comercializado. Ou seja, uma contraparte do contrato não será um cliente se, por exemplo, a
contraparte tiver contratado a NOS para participar numa atividade ou processo em que as
partes no contrato partilham os riscos e benefícios em vez de obter o resultado das atividades
ordinárias da entidade. Nestes casos, estamos perante um acordo de colaboração
(collaborative arrangements). Esta situação é aplicável às receitas obtidas dos operadores
abrangidos pelo acordo de disponibilização recíproca de direitos de transmissão televisiva de
conteúdos desportivos.
Os descontos concedidos a clientes no âmbito de programas de fidelização são alocados à
totalidade do contrato a que o cliente está fidelizado, sendo reconhecidos à medida que os bens e
serviços são colocados à disposição do cliente.
Os valores não faturados são registados com base em estimativas. As diferenças entre os valores
estimados e os reais, que normalmente não são significativas, são registadas no período
subsequente.
68
Até 31 de dezembro de 2014, o rédito das penalidades, face às incertezas inerentes, apenas era
reconhecido no momento do recebimento, sendo o valor divulgado como ativo contingente (Nota
43). A partir de 1 de janeiro de 2015, o rédito de penalidades passou a ser reconhecido com base
numa taxa de cobrabilidade estimada, tendo em conta o histórico de cobranças do Grupo.
No exercício de 2020, inerente aos impactos decorrentes do novo coronavírus e à estimativa da
redução de cobrança, foram reconhecidas perdas de crédito esperadas para a totalidade das contas a
com o seu recebimento.
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que
benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.
2.3.19. Especialização dos exercícios
As receitas e as despesas das diversas empresas do Grupo são reconhecidas de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida que são
geradas ou incorridas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas.
-
ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como
as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão
imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.
Os custos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas apenas ocorrerão em exercícios
ssível estimar
com grande fiabilidade o montante, bem como o momento da concretização da despesa. Se existir
incerteza quer relativamente à data da saída de recursos, quer quanto ao montante da obrigação, o
valor é classificado como Provisões (Nota 2.3.13).
2.3.20. Ativos, passivos e transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio da
data da transação. A cada data de fecho é efetuada a atualização cambial de saldos (itens
monetários) em aberto, aplicando a taxa de câmbio em vigor a essa data. As diferenças cambiais
decorrentes desta atualização são reconhecidas na demonstração dos resultados do exercício em
es
cambiais geradas em itens monetários que constituam extensão do investimento denominado na
moeda funcional do Grupo ou da participada em questão são reconhecidos no capital próprio. As
próprio.
A conversão de demonstrações financeiras de empresas participadas denominadas em moeda
estrangeira é efetuada considerando as seguintes taxas de câmbio:
• Taxa de câmbio vigente à data da demonstração da posição financeira para a conversão dos
ativos e passivos;
• Taxa de câmbio média do período para a conversão das rubricas da demonstração dos
resultados, com exceção dos casos de empresas participadas que se encontrem numa
economia hiperinflacionária;
• Taxa de câmbio média do período para a conversão dos fluxos de caixa (nos casos em que essa
taxa de câmbio se aproxime da taxa real, sendo que para os restantes fluxos de caixa é
69
utilizada a taxa de câmbio da data das operações), com exceção dos casos de empresas
participadas que se encontrem numa economia hiperinflacionária;
• Taxa de câmbio histórica para a conversão das rubricas do capital próprio.
As diferenças de câmbio originadas na conversão para euros de demonstrações financeiras de
empresas participadas denominadas em moeda estrangeira são incluídas no capital próprio, na
rubrica "Outras reservas".
No último trimestre de 2017, a economia Angolana foi considerada uma economia hiperinflacionária
de acordo com a IAS 29 - Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias.
Este normativo exige que as demonstrações financeiras preparadas na moeda de uma economia
hiperinflacionária sejam expressas em termos da unidade de mensuração corrente à data da
preparação das demonstrações financeiras.
Em resumo, os aspetos gerais a ter em consideração na reexpressão das demonstrações financeiras
individuais são os seguintes:
- Os ativos e passivos monetários não sofrem alterações dado que já se encontram atualizados à
unidade corrente à data das demonstrações financeiras;
- Os ativos e passivos não monetários (que não estejam já expressos à unidade corrente à data das
demonstrações financeiras) são reexpressos pela aplicação de um índice;
- O efeito de inflação na posição monetária líquida das empresas participadas encontra-se refletido
na demonstração de resultados como uma perda na posição monetária líquida.
Adicionalmente, de acordo com a IAS 21, é proibida a reexpressão das demonstrações financeiras
consolidadas quando a empresa-mãe não opera numa economia hiperinflacionária.
O coeficiente de conversão utilizado na reexpressão das demonstrações financeiras individuais das
participadas em Angola foi o índice de preços ao consumidor (IPC), publicado pelo Banco Nacional de
Angola.
No último trimestre de 2019, a economia Angolana deixou de ser considerada uma economia
hiperinflacionária.
A IAS 29
cessar de ser hiperinflacionária, a empresa deve tratar as quantias expressas na unidade de medida
corrente no fim do período anterior de relato, como a base para as quantias escrituradas nas suas
os ajustamentos/reavaliações, realizadas
até ao termo da classificação como economia hiperinflacionária, são tratados como um custo
deemed cost reconhecidos na mesma proporção que os ativos que lhe deram
origem.
dez/10 Ano 2010 100,0 100,0 dez/11 Ano 2010 111,4 111,4
dez/12 Ano 2011 109,0 121,4
dez/13 Ano 2014 93,0 130,8
dez/14 Ano 2014 100,0 140,5
dez/15 Ano 2014 114,3 160,6
dez/16 Ano 2014 162,2 227,9
dez/17 Ano 2014 204,8 287,8
dez/18 Ano 2014 241,1 338,8
set/19 Ano 2014 270,2 379,7
IPCIPC Convertido
(Base 100 Ano 2010)Base 100
70
Em 30 de junho de 2020, os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos
para euros com base nas seguintes taxas de câmbio de tais moedas relativamente ao Euro,
divulgadas pelo Banco de Portugal:
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, as demonstrações dos resultados das
empresas participadas expressas em moeda estrangeira foram convertidas para euros com base nas
taxas de câmbio médias das moedas dos respetivos países de origem relativamente ao Euro, cuja
taxa de câmbio utilizada é a de final de período. As taxas de câmbio médias utilizadas são as
seguintes:
2.3.21. Encargos financeiros com empréstimos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios, exceto nos casos de empréstimos
incorridos (quer sejam genéricos ou específicos) na aquisição, construção ou produção de um ativo
que demore um período substancial de tempo (mais de um ano) para se encontrar na condição
pretendida, os quais são capitalizados no custo de aquisição do referido bem.
2.3.22. Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, edifícios detidos para a obtenção
de rendas e não para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para fins
administrativos ou para venda no decurso ordinário dos negócios. Estas são mensuradas
inicialmente pelo seu custo.
Posteriormente, o Grupo considera o método do custo na mensuração das propriedades de
investimento, considerando que da adoção do modelo do justo valor não resultariam diferenças
relevantes.
Uma propriedade de investimento deve ser eliminada da demonstração da posição financeira na
alienação, ou quando a propriedade de investimento for permanentemente retirada de uso e
nenhuns benefícios económicos forem esperados da sua alienação.
2.3.23. Mensuração ao justo valor
O Grupo mensura parte dos seus ativos financeiros, como ativos financeiros disponíveis para venda
e para negociação, e parte dos seus ativos não financeiros, como propriedades de investimento, ao
justo valor à data de referência das demonstrações financeiras.
A mensuração do justo valor presume que o ativo ou passivo é trocado numa transação ordenada
entre participantes do mercado para vender o ativo ou transferir o passivo, na data de mensuração,
sob as condições atuais de mercado. A mensuração do justo valor é baseada no pressuposto de que
a transação de vender o ativo ou transferir o passivo pode ocorrer:
Dólar Americano 1,1234 1,1198
Kwanza de Angola 536,2617 641,9365
Libra Esterlina 0,8508 0,9124
Metical Moçambicano 68,7000 77,9900
Dólar Canadiano 1,4598 1,5324
Franco Suíço 1,0854 1,0651
Real 4,5157 6,1118
31-12-2019 30-06-2020
Dólar Americano 1,1298 1,1007
Kwanza de Angola 363,0863 587,9817
Metical Moçambicano 74,0983 73,7433
6M 19 6M 20
71
- No mercado principal do ativo e do passivo, ou
- Na ausência de um mercado principal, presume-se que a transação aconteça no mercado mais
vantajoso. Este é o que maximiza o valor que seria recebido na venda do ativo ou minimiza o valor
que seria pago para transferir o passivo, depois de considerar os custos de transação e os custos de
transporte.
Devido ao facto de as diferentes entidades e os diferentes negócios dentro de uma única entidade
poderem ter acesso a diferentes mercados, o mercado principal ou o mais vantajoso para o mesmo
ativo ou passivo pode variar de uma entidade para outra, ou até mesmo entre negócios dentro de
uma mesma entidade, mas pressupõe-se que estão acessíveis ao Grupo.
A mensuração do justo valor utiliza premissas que participantes do mercado utilizariam na definição
do preço do ativo ou passivo, assumindo que os participantes de mercado utilizariam o ativo de
modo a maximizar o seu valor e utilização.
O Grupo utiliza as técnicas de avaliação apropriadas às circunstâncias e para as quais existam dados
suficientes para mensurar o justo valor, maximizando a utilização de dados relevantes observáveis e
minimizando a utilização de dados não observáveis.
Todos os ativos e passivos mensurados ao justo valor ou para os quais a sua divulgação é obrigatória
são classificados segundo uma hierarquia de justo valor, que classifica em três níveis os dados a
utilizar na mensuração pelo justo valor, detalhados abaixo:
Nível 1 Preços de mercado cotados, não ajustados, em mercados ativos para ativos ou passivos
idênticos, que a entidade pode aceder na data de mensuração;
Nível 2 Técnicas de valorização que utilizam inputs, que não sendo cotados, são direta ou
indiretamente observáveis;
Nível 3 Técnicas de valorização que utilizam inputs não baseados em dados de mercado
observáveis, ou seja, baseados em dados não observáveis.
A mensuração do justo valor é classificada integralmente no nível mais baixo do input que é
significativo para a mensuração como um todo.
2.3.24. Compensação de ativos e passivos
Os ativos e passivos são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, o
Grupo tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor
líquido.
2.3.25. Benefícios a empregados
Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados,
independentemente da data do seu pagamento. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada
um dos benefícios:
a) Cessação de emprego. Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento
quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado
aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios
quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários
atuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade
realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária.
Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data
do balanço, eles são descontados para o seu valor atual.
72
b) Férias, subsídio de férias e prémios. De acordo com a lei laboral, os empregados têm direito a
22 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no
ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades do Grupo são registadas quando
incorridas, independentemente do momento do seu pagamento, e são refletidas na rubrica de
c) Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e o Fundo de Garantia de Compensação do
Trabalho (FGCT). Com a publicação da Lei n.º 70/2013 e subsequente regulamentação através
da Portaria n.º 294-A/2013, entrou em vigor no dia 1 de outubro de 2013 os regimes do Fundo
de Compensação do Trabalho (FCT) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho
(FGCT). Neste contexto, as empresas que contratem um novo trabalhador são obrigadas a
descontar uma percentagem do respetivo salário para estes dois novos fundos (0,925% para o
FCT e 0,075% para o FGCT), com o objetivo de assegurar, no futuro, o pagamento parcial da
indemnização em caso de despedimento. Tendo em conta as características de cada Fundo foi
considerado o seguinte:
- As entregas mensais para o FGCT, efetuadas pela entidade empregadora, são reconhecidas
como gasto do período a que respeitam;
- As entregas mensais para o FCT, efetuadas pela entidade empregadora, são reconhecidas
entidade, mensurado pelo justo valor, com as respetivas variações reconhecidas em
resultados.
2.3.26. Demonstração de fluxos de caixa
A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. O Grupo classifica
na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os
quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa,
a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de
investimento e de financiamento.
As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores,
/ (pagamentos) relativos à atividade operacion
pagamentos subsequentes relacionados com as cessões de créditos sem recurso coordenadas pelo
Banco Comercial Português e pela Caixa Geral de Depósitos, sendo que estas operações não
implicaram qualquer alteração no tratamento contabilístico dos créditos subjacentes ou na relação
com os respetivos clientes.
Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as
aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e os recebimentos e
pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis, entre
outras.
As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos
referentes a empréstimos obtidos, pagamento de juros e custos similares, contratos de locação
financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.
73
2.3.27. Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem
informação adicional sobre condições que existiam a essa data são considerados na preparação das
demonstrações financeiras do período.
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem
informação sobre condições que ocorram após essa data são divulgados nas notas às
demonstrações financeiras, caso sejam materialmente relevantes.
3. Julgamentos e Estimativas
3.1. Estimativas contabilísticas relevantes
A preparação de demonstrações financeiras consolidadas exige que a gestão do Grupo efetue
julgamentos e estimativas que afetam a demonstração da posição financeira e os resultados
reportados. Estas estimativas são baseadas na melhor informação e conhecimento de eventos
passados e/ou presentes e nas ações que a Empresa considera poder vir a desenvolver no futuro.
Todavia, na data de concretização das operações, os resultados das mesmas poderão ser diferentes
destas estimativas.
As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data de aprovação das
demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospetiva,
conforme disposto pela IAS 8
As estimativas e os pressupostos que apresentam um maior risco de originar um ajustamento
material nos ativos e passivos são apresentados abaixo:
Entidades incluídas no perímetro de consolidação
Para determinação das entidades a incluir no perímetro de consolidação, o Grupo avalia em que
medida está exposto, ou tenha direitos, à variabilidade nos retornos provenientes do seu
envolvimento com essa entidade e possa apoderar-se dos mesmos através do poder que detém
sobre essa entidade (controlo de facto).
A decisão de que uma entidade tem que ser consolidada pelo Grupo requer a utilização de
julgamento, pressupostos e estimativas para determinar em que medida o Grupo está exposto à
variabilidade do retorno e à capacidade de se apoderar dos mesmos através do seu poder.
Outros pressupostos e estimativas poderiam levar a que o perímetro de consolidação do Grupo
fosse diferente, com impacto direto nas demonstrações financeiras consolidadas.
Imparidade dos ativos não correntes, excluindo goodwill
A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de
diversos eventos, tais como a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital ou
quaisquer outras alterações de efeito adverso no ambiente tecnológico, de mercado, económico e
legal, muitos dos quais fora da esfera de influência do Grupo.
A identificação e avaliação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a
determinação do valor recuperável dos ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte da
Administração.
74
Imparidade do goodwill
O goodwill é sujeito a testes de imparidade anuais ou sempre que existam indícios de uma eventual
perda de valor, de acordo com os critérios indicados na Nota 8. Os valores recuperáveis das
unidades geradoras de caixa, às quais o goodwill é atribuído, são determinados com base no cálculo
de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas por parte da gestão.
Ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis
A vida útil de um ativo é o período durante o qual o Grupo espera que um ativo esteja disponível para
uso e esta deve ser revista pelo menos no final de cada exercício económico.
A determinação das vidas úteis dos ativos, do método de amortização/depreciação a aplicar e das
perdas estimadas decorrentes da substituição destes antes do fim da sua vida útil, por motivos de
obsolescência tecnológica e/ou outros é essencial para determinar o montante das
amortizações/depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada período.
Estes três parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e
negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos setores em que
o Grupo opera.
Os custos capitalizados associados aos direitos de distribuição de conteúdos audiovisuais adquiridos
para comercialização nas diversas janelas de exibição são amortizados pelo prazo máximo de
exploração constante dos respetivos contratos. Adicionalmente, estes ativos são sujeitos a testes
de imparidade sempre que existam indícios de alterações no padrão de geração do rédito futuro
subjacente a cada contrato.
Direitos de uso
O Grupo determina o fim da locação como a parte não cancelável do prazo do contrato, juntamente
com quaisquer períodos abrangidos por uma opção de extensão do contrato de locação se for
razoavelmente certo que esta será exercida, ou quaisquer períodos abrangidos por uma opção para
rescindir o contrato de locação, se for razoavelmente certo que esta não será exercida.
O Grupo tem a opção, sob alguns dos seus contratos de locação, de alugar os seus ativos para
períodos adicionais. A NOS avalia a razoabilidade do exercício da opção de renovar o contrato. Isto é,
considera todos os fatores relevantes que criam um incentivo económico para o exercício da
renovação. Após a data de início, o Grupo reavalia o fim do contrato se existir um evento
significativo ou alterações nas circunstâncias que estejam sob controlo e afetem a sua capacidade de
exercer (ou não exercer) a opção de renovação (por exemplo, uma mudança na estratégia do
negócio).
Provisões
O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que
devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da
probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações
poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer
pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
Ativos por impostos diferidos
São reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que
existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias ou
quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em
que os impostos diferidos ativos sejam revertidos. A avaliação dos ativos por impostos diferidos é
75
efetuada pela gestão no final de cada período tendo em atenção a expetativa de performance do
Grupo no futuro.
Perdas de crédito esperadas
O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de reporte, através da
utilização de uma matriz de cobranças, que tem por base o histórico de cobranças passadas ajustada
da expectativa futura de evolução das cobranças, para apuramento da taxa de incobrabilidade. As
perdas de crédito esperadas das contas a receber são assim ajustadas pela avaliação efetuada, as
quais poderão divergir do risco efetivo que se irá incorrer no futuro.
Justo valor de ativos e passivos financeiros
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, com mercado ativo, é aplicado o
respetivo preço de mercado. No caso de não existir um mercado ativo, o que se verifica para alguns
dos ativos e passivos financeiros do Grupo, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites
no mercado, baseadas em pressupostos de mercado.
O Grupo aplica técnicas de valorização para instrumentos financeiros não cotados, tais como
derivados, instrumentos financeiros ao justo valor e instrumentos mensurados ao custo amortizado.
Os modelos de valorização utilizados com maior frequência são modelos de fluxos de caixa
descontados e modelos de opções, que incorporam, por exemplo, curvas de taxa de juro e
volatilidade de mercado.
Para alguns tipos de derivados mais complexos são utilizados modelos de valorização mais
avançados, contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para
os quais o Grupo utiliza estimativas e pressupostos internos.
3.2. Erros, estimativas e alterações de políticas contabilísticas
Durante os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020 não foram reconhecidos erros,
estimativas e alterações de políticas contabilísticas materiais relativos a exercícios anteriores.
4. Alteração de perímetro
Durante o semestre findo em 30 de junho de 2019, não existiram alterações no perímetro de
consolidação.
As alterações no perímetro de consolidação, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2019,
foram:
1) Concretizou-se o projeto de cisão da NOS Comunicações, S.A. dando origem à criação de três
novas entidades, NOS International Carrier Services, S.A., NOS Wholesale, S.A. e NOS
Corporate Center, S.A., empresas para as quais foi transferido o património afeto aos negócios
de Voz e SMS, Dados e roaming e Serviços partilhados, respetivamente. A cisão não originou
quaisquer impactos nas demonstrações financeiras consolidadas.
2) Adicionalmente, o Grupo NOS subscreveu 100% do capital do Fundo NOS 5G e 4,2% do Fundo
TechTransfer, no montante de 10 milhões de euros e 200 mil euros, respetivamente.
As alterações no perímetro de consolidação, durante o semestre findo em 30 de junho de 2020,
foram:
1) Alienação de 100% do capital social da NOS International Carrier Services, S.A. (Nota 45).
76
5. Relato por segmentos
Os segmentos de negócio são os seguintes:
• Telco - prestação de serviços de TV, Internet (fixa e móvel) e voz (fixa e móvel) e inclui as
seguintes entidades: NOS Technology, NOS Towering, Per-mar, Sontária, NOS SGPS, NOS
Açores, NOS Communications, NOS Madeira, NOSPUB, NOS SA, NOS Lusomundo TV, Teliz
Holding, NOS Sistemas, NOS Sistemas España, NOS Inovação, NOS Internacional SGPS, NOS
Corporate Center, NOS Wholesale, NOS International Carrier Services e Fundo NOS 5G.
• Audiovisuais - prestação de serviços de edição e venda de videogramas, distribuição de filmes,
exploração de salas de cinemas e aquisição/negociação de direitos para televisão por
subscrição e VOD (video-on-demand) e inclui as seguintes entidades: NOS Audiovisuais, NOS
liária
Empresa Promotora de Atividades
Os ativos e passivos por segmento a 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020 são como se
segue:
TELCO AUDIOVISUAIS ELIMINAÇÕES GRUPO
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE:
Ativos fixos tangíveis 1.021.538 13.275 - 1.034.813
Ativos intangíveis 921.600 92.466 - 1.014.066
Encargos de contratos com clientes 163.101 - - 163.101
Direitos de uso 182.799 35.584 - 218.383
Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 73.733 47.655 (103.144) 18.244
Contas a receber - outros 76.141 2.923 (75.000) 4.064
Ativos por impostos diferidos 69.158 11.270 - 80.428
Outros ativos não correntes 565 676 - 1.241
TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 2.508.637 203.849 (178.144) 2.534.342
ATIVO CORRENTE:
Inventários 33.393 688 - 34.081
Contas a receber 364.176 64.494 (38.830) 389.840
Ativos de contratos com clientes 68.059 - - 68.059
Custos diferidos 42.426 1.845 (317) 43.954
Outros ativos correntes 2.923 2.158 - 5.081
Caixa e equivalentes de caixa 11.988 831 - 12.819
TOTAL DO ATIVO CORRENTE 522.966 70.016 (39.148) 553.834
TOTAL DO ATIVO 3.031.603 273.865 (217.292) 3.088.176
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social 5.152 36.756 (36.756) 5.152
Prémio de emissão de ações 854.219 - - 854.219
Ações próprias (14.655) - - (14.655)
Reserva legal 1.030 88 (88) 1.030
Outras reservas e resultados acumulados 47.416 22.145 (53.520) 16.041
Resultado líquido 135.892 19.925 (12.323) 143.494
CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM 1.029.054 78.914 (102.687) 1.005.281
Interesses que não controlam 7.042 - - 7.042
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1.036.095 78.914 (102.687) 1.012.322
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos obtidos 1.165.451 110.614 (59.218) 1.216.847
Provisões 88.064 6.895 - 94.959
Acréscimos de custos 667 - - 667
Outros passivos não correntes 9.243 - - 9.243
Passivos por impostos diferidos 11.189 437 - 11.626
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 1.274.615 117.946 (59.218) 1.333.343
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos obtidos 161.469 24.177 (42.365) 143.281
Contas a pagar 281.767 19.746 (8.179) 293.334
Impostos a pagar 65.469 2.733 - 68.202
Acréscimos de custos 186.056 22.201 (4.531) 203.726
Outros passivos correntes 26.131 8.149 (311) 33.969
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 720.893 77.005 (55.387) 742.511
TOTAL DO PASSIVO 1.995.508 194.951 (114.605) 2.075.854
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 3.031.603 273.865 (217.292) 3.088.176
31-12-2019
77
TELCO AUDIOVISUAIS ELIMINAÇÕES GRUPO
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE:
Ativos fixos tangíveis 948.303 12.888 - 961.191
Ativos intangíveis 916.214 88.662 - 1.004.877
Encargos de contratos com clientes 159.494 - - 159.494
Direitos de uso 148.617 36.614 - 185.231
Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 70.297 47.901 (107.196) 11.002
Contas a receber - outros 84.850 2.919 (80.000) 7.769
Ativos por impostos diferidos 64.099 11.026 - 75.124
Outros ativos não correntes 558 670 - 1.228
TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 2.392.432 200.680 (187.196) 2.405.916
ATIVO CORRENTE:
Inventários 42.066 695 - 42.761
Contas a receber 333.060 44.224 (35.182) 342.102
Custos diferidos 33.457 1.251 - 34.709
Outros ativos correntes (48.795) 4.154 52.048 7.407
Caixa e equivalentes de caixa 16.056 999 - 17.056
ATIVO CORRENTE DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 375.844 51.323 16.866 444.035
Ativos detidos para venda 121.447 - - 121.447
TOTAL DO ATIVO CORRENTE 497.291 51.323 16.866 565.482
TOTAL DO ATIVO 2.889.723 252.003 (170.330) 2.971.398
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social 5.152 40.810 (40.810) 5.152
Prémio de emissão de ações 854.219 - - 854.219
Ações próprias (12.131) - - (12.131)
Reserva legal 1.030 1.374 (1.374) 1.030
Outras reservas e resultados acumulados 34.090 16.153 (38.066) 12.177
Resultado líquido 62.564 (1.086) (26.492) 34.986
CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM 944.924 57.251 (106.742) 895.433
Interesses que não controlam 6.504 - - 6.504
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 951.428 57.251 (106.742) 901.937
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos obtidos 977.929 115.300 (80.000) 1.013.229
Provisões 69.266 6.673 - 75.939
Acréscimos de custos 345 - - 345
Outros passivos não correntes 7.683 - - 7.683
Passivos por impostos diferidos 11.447 375 - 11.822
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 1.066.670 122.348 (80.000) 1.109.018
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos obtidos 215.833 35.868 (27.724) 223.977
Contas a pagar 380.000 17.063 (5.232) 391.831
Impostos a pagar 25.112 410 52.049 77.571
Acréscimos de custos 168.200 18.366 (2.680) 183.887
Outros passivos correntes 24.849 697 - 25.546
PASSIVO CORRENTE DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 813.994 72.404 16.412 902.812
Passivos diretamente associados a ativos detidos para venda 57.631 - - 57.631
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 871.625 72.404 16.412 960.443
TOTAL DO PASSIVO 1.938.295 194.752 (63.588) 2.069.461
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2.889.723 252.003 (170.330) 2.971.398
30-06-2020
78
Os resultados por segmento e os investimentos em ativos fixos tangíveis, intangíveis, encargos de
contratos com clientes e direitos de uso para os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020,
são como se segue:
EBITDA = Resultado Operacional + Depreciações, amortizações e perdas por imparidade + Custos de reestruturação + Perdas
/ (ganhos com a alienação de ativos + Outros custos / (ganhos) não recorrentes
CAPEX = Aumentos de ativos fixos tangíveis, intangíveis, encargos de contratos com clientes e direitos de uso
EBITDA = Resultado Operacional + Depreciações, amortizações e perdas por imparidade + Custos de reestruturação + Perdas
/ (ganhos) com a alienação de ativos + Outros custos / (ganhos) não recorrentes
CAPEX = Aumentos de ativos fixos tangíveis, intangíveis, encargos de contratos com clientes e direitos de uso
As transações entre segmentos são efetuadas a condições e termos de mercado, equiparáveis às
transações efetuadas com entidades terceiras.
Em 30 de junho de 2020, as empresas estrangeiras consolidadas integralmente representam 0,2%
do ativo (em 31 de dezembro de 2019: 1%) e o seu volume de negócios é inferior a 0,1% do volume
de negócios consolidado.
GRUPO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO
RÉDITOS:
Prestação de serviços 324.716 644.305 25.003 47.823 (11.002) (21.942) 338.717 670.186
Vendas 15.023 30.905 4.415 7.996 (47) (86) 19.391 38.815
Outras receitas 7.667 12.922 356 621 (514) (1.022) 7.509 12.521
347.406 688.132 29.774 56.440 (11.563) (23.050) 365.616 721.522
CUSTOS, PERDAS E GANHOS:
Custos com o pessoal 17.536 35.121 2.626 5.120 - - 20.162 40.241
Custos diretos 97.420 194.051 9.100 14.752 (8.776) (17.532) 97.744 191.271
Custo das mercadorias vendidas 13.992 27.782 53 184 (8) (13) 14.037 27.953
Marketing e publicidade 6.621 13.053 1.571 3.311 (1.885) (3.768) 6.307 12.596
Serviços de suporte 19.559 40.623 436 852 (501) (1.002) 19.494 40.473
Fornecimentos e serviços externos 24.862 51.538 2.621 5.054 (393) (735) 27.090 55.857
Outros custos / (ganhos) operacionais 125 232 8 22 - - 133 254
Impostos indiretos 8.542 17.271 35 70 - - 8.577 17.341
Provisões e ajustamentos 827 4.202 16 (65) - - 843 4.137
189.484 383.873 16.466 29.300 (11.562) (23.050) 194.387 390.123
157.921 304.259 13.308 27.140 - - 171.229 331.399
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 95.082 183.816 8.059 16.645 - - 103.141 200.461
Custos / (ganhos) não recorrentes 3.821 7.051 (29) 64 - - 3.792 7.115
59.018 113.392 5.278 10.431 - - 64.297 123.823
Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas (943) (1.100) (148) (189) - - (1.091) (1.289)
Custos de financiamento 4.464 9.873 546 765 - - 5.010 10.638
Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas (25) (57) (74) 9 - - (99) (48)
Perdas / (ganhos) em ativos financeiros, líquidas (3) (6.706) 1 (1.723) 2 8.424 (2) (5)
Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos 1.028 1.746 11 23 - - 1.038 1.769
4.521 3.756 336 (1.115) 2 8.424 4.856 11.065
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 54.497 109.637 4.943 11.547 (2) (8.424) 59.442 112.760
Imposto sobre o rendimento 11.174 21.243 686 1.987 - - 11.860 23.230
RESULTADO LÍQUIDO DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 43.324 88.393 4.257 9.560 (2) (8.424) 47.581 89.529
Resultado consolidado líquido das unidades operacionais descontinuadas (7) 416 - - - - (7) 416
RESULTADO LÍQUIDO 43.317 88.809 4.257 9.560 (2) (8.424) 47.574 89.945
CAPEX 110.892 192.632 9.352 14.878 - - 120.244 207.510
EBITDA - CAPEX 47.030 111.627 3.956 12.262 - - 50.986 123.889
6M 19 REEXPRESSO
RESULTADOS ANTES DE PERDAS/(GANHOS) EM EMP. PARTICIPADAS,
RESULTADOS FINANCEIROS E IMPOSTOS
TELCO AUDIOVISUAIS ELIMINAÇÕES
EBITDA
2º TRIM 20 6M 20 2º TRIM 20 6M 20 2º TRIM 20 6M 20 2º TRIM 20 6M 20
RÉDITOS:
Prestação de serviços 300.559 613.599 8.572 26.859 (7.393) (16.496) 301.738 623.962
Vendas 16.935 32.097 169 3.273 (12) (59) 17.092 35.311
Outras receitas 2.367 7.061 205 613 (151) (312) 2.421 7.362
319.861 652.757 8.946 30.745 (7.556) (16.867) 321.251 666.635
CUSTOS, PERDAS E GANHOS: -
Custos com o pessoal 18.823 37.375 2.176 4.772 - - 20.999 42.147
Custos diretos 75.787 169.898 1.010 5.544 (6.268) (14.238) 70.529 161.204
Custo das mercadorias vendidas 15.761 30.445 20 100 (9) (17) 15.772 30.528
Marketing e publicidade 4.980 11.407 (20) 1.188 (1) (2.271) 4.959 10.324
Serviços de suporte 20.833 41.942 (588) (228) 42 48 20.287 41.762
Fornecimentos e serviços externos 23.334 48.849 1.168 2.335 (1.315) (387) 23.187 50.797
Outros custos / (ganhos) operacionais 121 252 20 36 (5) (2) 136 286
Impostos indiretos 8.133 16.329 5 49 - - 8.138 16.378
Provisões e ajustamentos (719) 2.679 85 (76) - - (634) 2.603
167.053 359.176 3.876 13.720 (7.556) (16.867) 163.373 356.029
152.808 293.581 5.070 17.025 - - 157.878 310.606
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 93.306 183.328 7.887 18.339 - - 101.192 201.666
Custos / (ganhos) não recorrentes 3.780 48.173 25 1.369 1 - 3.807 49.543
55.722 62.080 (2.842) (2.683) (1) - 52.879 59.397
Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas 1.057 10.008 (121) (247) 1 - 938 9.762
Custos de financiamento 3.888 7.990 701 1.261 (1) - 4.588 9.251
Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas (16) 38 71 168 1 - 56 206
Perdas / (ganhos) em ativos financeiros, líquidas (3) (24.390) (1) (2.047) 1 26.492 (3) 55
Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos 925 1.764 5 7 (1) - 928 1.770
5.851 (4.590) 655 (858) 1 26.492 6.507 21.044
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 49.873 66.670 (3.497) (1.825) (2) (26.492) 46.373 38.353
Imposto sobre o rendimento 8.328 11.047 (872) (739) - - 7.456 10.308
RESULTADO LÍQUIDO DAS UNIDADES OPERACIONAIS EM CONTINUAÇÃO 41.544 55.623 (2.625) (1.086) (2) (26.492) 38.916 28.045
Resultado consolidado líquido das unidades operacionais descontinuadas 6.270 6.407 - - - - 6.269 6.407
RESULTADO LÍQUIDO 47.813 62.030 (2.625) (1.086) (2) (26.492) 45.185 34.452
CAPEX 87.870 180.623 8.519 15.284 - - 96.389 195.907
EBITDA - CAPEX 64.940 112.958 (3.449) 1.741 - - 61.491 114.699
6M 20
EBITDA
RESULTADOS ANTES DE PERDAS/(GANHOS) EM EMP. PARTICIPADAS,
RESULTADOS FINANCEIROS E IMPOSTOS
TELCO AUDIOVISUAIS ELIMINAÇÕES GRUPO
79
6. Ativos e passivos financeiros classificados de acordo com as
categorias da IFRS 9 instrumentos financeiros
As políticas contabilísticas previstas na IFRS 9 para os instrumentos financeiros foram aplicadas aos
seguintes itens:
Os saldos de impostos a recuperar e impostos a pagar, dada a sua natureza, foram considerados
como instrumentos financeiros não abrangidos pela IFRS 7. De igual forma, as rubricas de custos
diferidos e proveitos diferidos não foram consideradas nesta desagregação por serem constituídas
por saldos não abrangidos no âmbito da IFRS 7.
É entendimento do Conselho de Administração do Grupo que o justo valor das classes de
instrumentos financeiros registados ao custo amortizado e dos registados ao valor presente dos
pagamentos não difere de forma significativa do seu valor contabilístico, atendendo às condições
contratuais de cada um desses instrumentos financeiros.
A atividade do Grupo está exposta a uma variedade de riscos financeiros, tais como risco de
mercado, risco de crédito e risco de liquidez, bem como a riscos económicos e jurídicos que se
encontram descritos no Relatório de Gestão.
ATIVOS
FINANCEIROS
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
DERIVADOS
PASSIVOS
FINANCEIROS
TOTAL ATIVOS
/ PASSIVOS
FINANCEIROS
ATIVOS/
PASSIVOS
NÃO
FINANCEIROS
TOTAL
ATIVOS
Outros ativos financeiros não correntes 439 - - 439 - 439
Contas a receber - clientes (Nota 16) 361.711 - - 361.711 - 361.711
Contas a receber - outros (Nota 12) 7.640 - - 7.640 24.552 32.192
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 20) 12.819 - - 12.819 - 12.819
TOTAL ATIVOS FINANCEIROS 382.609 - - 382.609 24.552 407.161
PASSIVOS
Empréstimos obtidos (Nota 23) - - 1.360.127 1.360.127 - 1.360.127
Instrumentos financeiros derivados (Nota 19) - 400 - 400 - 400
Contas a pagar - fornecedores (Nota 27) - - 259.501 259.501 - 259.501
Contas a pagar - outros (Nota 28) - - 37.577 37.577 112 37.689
Acréscimos de custos (Nota 25) - - 204.393 204.393 - 204.393
TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS - 400 1.861.598 1.861.998 112 1.862.110
31-12-2019
ATIVOS
FINANCEIROS
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
DERIVADOS
PASSIVOS
FINANCEIROS
TOTAL ATIVOS
/ PASSIVOS
FINANCEIROS
ATIVOS/
PASSIVOS
NÃO
FINANCEIROS
TOTAL
ATIVOS
Outros ativos financeiros não correntes 434 - - 434 - 434
Contas a receber - clientes (Nota 16) 256.447 - - 256.447 - 256.447
Contas a receber - outros (Nota 12) 10.866 - - 10.866 17.556 28.422
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 20) 17.056 - - 17.056 - 17.056
TOTAL ATIVOS FINANCEIROS 284.803 - - 284.803 17.556 302.359
PASSIVOS
Empréstimos obtidos (Nota 23) - - 1.237.206 1.237.206 - 1.237.206
Instrumentos financeiros derivados (Nota 19) - 767 - 767 - 767
Contas a pagar - fornecedores (Nota 27) - - 217.764 217.764 - 217.764
Contas a pagar - outros (Nota 28) - - 176.209 176.209 181 176.390
Acréscimos de custos (Nota 25) - - 184.232 184.232 - 184.232
TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS - 767 1.815.411 1.816.178 181 1.816.359
30-06-2020
80
7. Ativos fixos tangíveis
Durante os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os movimentos ocorridos nesta
rubrica foram como se segue:
predominantemente, à transferência
O valor líquido dos ativos fixos tangíveis a 30 de junho de 2020 é composto maioritariamente por
equipamento básico dos quais se destaca:
i) Rede e infraestruturas de telecomunicações (rede de fibra ótica e cablagens, equipamentos de
rede, e outros equipamentos) no montante de 723,8 milhões de euros (31 de dezembro de
2019: 698,5 milhões de euros);
ii) Equipamento terminal de rede instalado nos clientes, incluídos na rubrica de Equipamento
básico cujo montante líquido ascende a 99,3 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 102,9
milhões de euros).
Os ativos fixos tangíveis e intangíveis incluem juros suportados e outros encargos financeiros
incorridos, diretamente relacionados com a construção de determinados ativos fixos tangíveis ou
intangíveis em curso.
Em 30 de junho de 2020, o total do valor líquido destes custos ascende a 13,5 milhões de euros (31
de dezembro de 2019: 13,7 milhões de euros). O valor de juros capitalizados no semestre findo em
30 de junho de 2020 ascendeu a 0,4 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 1 milhão de euros).
ALIENAÇÕES TRANSFERÊNCIAS
E ABATES E OUTROS
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Terrenos e recursos naturais 838 - - - - 838
Edifícios e outras construções 388.170 1.057 (147) - 5.553 394.633
Equipamento básico 2.278.623 20.043 (14.176) - 75.363 2.359.853
Equipamento de transporte 567 - - - - 567
Ferramentas e utensílios 1.406 - - - 84 1.490
Equipamento administrativo 189.070 992 (607) - 816 190.271
Outros ativos tangíveis 42.553 123 - - 234 42.910
Ativos tangíveis em curso 55.220 76.661 - - (87.810) 44.071
2.956.447 98.876 (14.930) - (5.760) 3.034.633
DEPRECIAÇÃO E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Edifícios e outras construções 213.822 4.577 (647) - (653) 217.099
Equipamento básico 1.493.105 76.830 (13.816) - 1.552 1.557.671
Equipamento de transporte 516 1 - - 45 562
Ferramentas e utensílios 1.316 26 - - - 1.342
Equipamento administrativo 179.428 2.030 (584) - 206 181.080
Outros ativos fixos tangíveis 41.905 384 (1) - (1) 42.287
1.930.092 83.848 (15.048) - 1.149 2.000.041
1.026.355 15.028 118 - (6.909) 1.034.592
AUMENTOS31-12-2018 30-06-2019
UNIDADE
DESCONTINUADA
(NOTA 46)
ALIENAÇÕES TRANSFERÊNCIAS
E ABATES E OUTROS
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Terrenos e recursos naturais 838 - - - - 838
Edifícios e outras construções 404.434 (932) - (144.109) 3.837 263.230
Equipamento básico 2.456.116 20.552 (13.672) (2.116) 72.739 2.533.619
Equipamento de transporte 508 - - - 5 513
Ferramentas e utensílios 1.487 - - - 3 1.490
Equipamento administrativo 189.992 1.228 (108) (71) 1.308 192.349
Outros ativos tangíveis 43.125 62 - - 204 43.391
Ativos tangíveis em curso 39.574 70.831 - (1.016) (81.224) 28.165
3.136.074 91.741 (13.780) (147.312) (3.128) 3.063.595
DEPRECIAÇÃO E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Edifícios e outras construções 222.826 5.285 (5) (60.851) (1.749) 165.506
Equipamento básico 1.654.724 69.500 (13.640) (1.610) 1.556 1.710.530
Equipamento de transporte 504 2 - - 4 510
Ferramentas e utensílios 1.369 24 - - 2 1.395
Equipamento administrativo 179.235 2.364 (94) (66) 123 181.562
Outros ativos fixos tangíveis 42.603 298 (5) - 5 42.901
2.101.261 77.473 (13.744) (62.527) (59) 2.102.404
1.034.813 14.268 (36) (84.785) (3.069) 961.191
30-06-2020AUMENTOS
UNIDADE
DESCONTINUADA
(NOTA 46)
31-12-2019
81
8. Ativos intangíveis
Durante os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os movimentos ocorridos nesta
rubrica foram como se segue:
Em 30 de junho de 20
(1) um montante líquido de 106,3 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 110,5 milhões de
euros), correspondentes sobretudo ao investimento, líquido de amortizações, realizado no
desenvolvimento da rede UMTS pela NOS SA, nos quais se incluem: (i) 33,7 milhões de euros
(31 de dezembro de 2019: 35 milhões de euros) relativos à licença, (ii) 11,2 milhões de euros
(31 de dezembro de 2019: 11,7 milhões de euros) relativos ao contrato celebrado em 2002
entre a Oni Way e os restantes três operadores de telecomunicações móveis a operar em
Portugal, (iii) 3,5 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 3,6 milhões de euros) relativos à
contribuição, estabelecida em 2007, para o Capital Social da Fundação para as Comunicações
Móveis no âmbito do acordo celebrado entre o Ministério das Obras Públicas, Transportes e
Comunicações e os três operadores de telecomunicações a operar em Portugal; (iv) 49,3
milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 51,2 milhões de euros) relativos ao programa
Iniciativas E; e (v) ao montante líquido de 5,8 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 6,1
milhões de euros) correspondente à valorização da licença no âmbito da alocação do justo
valor decorrente da operação de fusão);
(2) um montante líquido de 80,8 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 82,7 milhões de
euros) correspondente à aquisição dos direitos de utilização de frequências (espectro) nas
bandas dos 800 MHz, 1800 MHz e 2600 MHz, utilizadas para desenvolvimento de serviços de
4ª geração (LTE Long Term Evolution) e um montante líquido de 2,8 milhões de euros (31 de
dezembro de 2019: 2,9 milhões de euros) correspondente à valorização da licença no âmbito
da alocação do justo valor decorrente da operação de fusão;
(3) um montante líquido de 11,9 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 15,7 milhões de
euros) correspondente aos direitos futuros de utilização de filmes e séries.
31-12-2018 AUMENTOSALIENAÇÕES
E ABATES
TRANSFERÊNCIAS
E OUTROS30-06-2019
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Propriedade industrial e outros direitos 1.521.380 4.233 - 51.661 1.577.274
Goodwill 641.400 - - - 641.400
Ativos intangíveis em curso 50.211 29.879 - (45.895) 34.195
2.212.991 34.112 - 5.766 2.252.869
AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Propriedade industrial e outros direitos 1.191.312 39.740 93 (32) 1.231.113
Ativos intangíveis em curso 2.423 - - - 2.423
1.193.735 39.740 93 (32) 1.233.536
1.019.256 (5.628) (93) 5.798 1.019.333
31-12-2019 AUMENTOSALIENAÇÕES
E ABATES
TRANSFERÊNCIAS
E OUTROS30-06-2020
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Propriedade industrial e outros direitos 1.634.046 1.259 - 23.517 1.658.822
Goodwill 641.400 - - - 641.400Ativos intangíveis em curso 23.201 32.263 - (20.601) 34.863
2.298.647 33.522 - 2.916 2.335.085
AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Propriedade industrial e outros direitos 1.281.835 45.652 - 510 1.327.997
Ativos intangíveis em curso 2.746 - - (535) 2.211
1.284.581 45.652 - (25) 1.330.208
1.014.066 (12.130) - 2.941 1.004.877
82
Os aumentos no semestre findo em 30 de junho de 2020, correspondem, predominantemente, a
direitos de utilização de filmes e séries, no montante de 9,2 milhões de euros, e aquisição e
desenvolvimento de softwares, no montante de 22,3 milhões de euros.
Teste de imparidade ao Goodwill
O Goodwill foi alocado às unidades geradoras de fluxos de caixa de cada segmento reportável,
conforme segue:
Neste contexto de incerteza quanto ao nível de evolução e contágio do vírus, forte abrandamento
económico e alterações que se estimam ao padrão de consumo dos portugueses (Nota 47.1), os
planos de negócios elaborados, no exercício de 2019, encontram-se a ser revistos e atualizados face
a esta nova realidade.
O potencial impacto deste choque é ainda difícil de projetar, contudo, verificam-se já impactos
negativos em algumas áreas de negócio, nomeadamente, encerramento dos Cinemas, quebra nas
vendas de equipamentos e receitas de canais premium de desporto.
Por estes motivos, no primeiro semestre de 2020, foi efetuada uma revisão dos testes de
imparidade, e no caso específico do segmento Audiovisual, foram simuladas quebras de 50% na
margem operacional dos negócios de venda de bilhetes de cinemas e respetiva distribuição de
conteúdos para exibição em cinema, as quais sustentam a recuperabilidade da quantia escriturada
do Goodwill.
9. Encargos de contratos com clientes
Durante os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os movimentos ocorridos nesta
rubrica foram como se segue:
A rubrica de Encargos de contratos com clientes refere-se a comissões pagas a terceiros e outros
custos relacionados com a angariação e fidelização de contratos com clientes. Estes custos são
Telco 564.799 564.799
Audiovisuais 76.601 76.601
641.400 641.400
30-06-202031-12-2019
31-12-2018 AUMENTOSALIENAÇÕES
E ABATES30-06-2019
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Custo com angariação de clientes 362.641 32.161 - 394.802
Custos com cumprimento dos contratos com clientes 152.054 17.261 - 169.315
514.694 49.423 - 564.117
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas
Custo com angariação de clientes 260.712 33.755 - 294.467
Custos com cumprimento dos contratos com clientes 91.035 16.334 - 107.369
351.746 50.089 - 401.835
162.948 (666) - 162.282
31-12-2019 AUMENTOSALIENAÇÕES
E ABATES30-06-2020
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Custo com angariação de clientes 427.519 29.895 - 457.414
Custos com cumprimento dos contratos com clientes 189.594 16.613 - 206.207
617.113 46.508 - 663.621
AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Custo com angariação de clientes 327.650 33.183 - 360.833
Custos com cumprimento dos contratos com clientes 126.362 16.932 - 143.294
454.012 50.115 - 504.127
163.101 (3.607) - 159.494
83
amortizados, sistematicamente e de modo coerente, com a transferência para os clientes dos bens
ou serviços a que o ativo diz respeito (entre 2 e 4 anos).
10. Direitos de uso
Durante os semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os movimentos ocorridos nesta
rubrica foram como se segue:
A rubrica de Direitos de Uso refere-se a ativos associados a contratos de locação, decorrente da
aplicação da IFRS 16 em 1 de janeiro de 2019. Estes ativos são amortizados de acordo com a duração
do respetivo contrato, exceto as locações de equipamentos com opção de compra que são
amortizados pelo período estimado de utilização dos mesmos.
11. Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2018 AUMENTOS
UNIDADE
DESCONTINUADA
(NOTA 46)
TRANSFERÊNCIAS
E OUTROS30-06-2019
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Sites 122.014 8.267 - 1.368 131.649
Cinemas 84.816 3.707 - - 88.523
Transponders 92.395 (488) - - 91.907
Equipamentos 99.145 8.488 - (1.576) 106.057
Edificíos 65.282 2.021 - (3.274) 64.029
Aluguer de fibra óptica 34.157 - - - 34.157
Lojas 14.768 1.487 - 150 16.405
Outros 22.290 1.616 - 11.107 35.013
534.867 25.098 - 7.775 567.740
DEPRECIAÇÃO E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Sites 81.614 4.433 - 1.366 87.413
Cinemas 67.326 2.985 - - 70.311
Transponders 50.859 2.875 - - 53.734
Equipamentos 53.365 8.790 - (192) 61.963
Edifícios 33.803 3.112 - 3.303 40.218
Aluguer de fibra óptica 24.696 1.525 - - 26.221
Lojas 9.659 1.013 - 147 10.819
Outros 13.061 2.050 - 2.750 17.862
334.383 26.783 - 7.374 368.541
200.484 (1.685) - 401 199.199
31-12-2019 AUMENTOS
UNIDADE
DESCONTINUADA
(NOTA 46)
TRANSFERÊNCIAS
E OUTROS30-06-2020
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Sites 139.010 9.281 (86.264) - 62.027
Cinemas 108.681 4.756 - - 113.437
Transponders 91.907 - - - 91.907
Equipamentos 118.564 5.664 - - 124.228
Edificíos 68.603 660 - (17) 69.246
Aluguer de fibra óptica 33.065 - - - 33.065
Lojas 17.838 539 - - 18.377
Outros 31.324 3.236 - (37) 34.524
608.993 24.136 (86.264) (54) 546.811
DEPRECIAÇÃO E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS
Sites 93.237 5.405 (57.394) - 41.248
Cinemas 72.093 3.640 - - 75.733
Transponders 56.671 2.936 - - 59.607
Equipamentos 69.091 8.138 - - 77.229
Edificíos 45.043 3.406 - (17) 48.432
Aluguer de fibra óptica 26.674 1.525 - - 28.199
Lojas 11.975 1.048 - - 13.024
Outros 15.825 2.320 - (37) 18.108
390.610 28.418 (57.394) (54) 361.580
218.383 (4.282) (28.870) - 185.231
PARTES DE CAPITAL - EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Sport TV 4.544 -
Dreamia 3.369 3.615
Finstar* 8.635 5.462
Mstar 1.151 1.366
Upstar 391 404
Big Picture 2 Films 154 155
ATIVO 18.244 11.002
* Consolidado da Finstar e ZAP Media
30-06-202031-12-2019
84
A rubrica de investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas registou a seguinte
evolução nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020:
i) Montantes relativos às variações patrimoniais das empresas registadas pelo método de
equivalência patrimonial que dizem respeito, predominantemente, aos impactos cambiais dos
investimentos em moeda diferente do euro.
O interesse do Grupo nos resultados e nos ativos e passivos das empresas controladas
conjuntamente e associadas, relativos aos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 30 de
junho de 2020, é o seguinte:
Nos indicadores dos quadros acima estão refletidos os ajustamentos de consolidação.
No semestre findo em 30 de junho de 2020, os ativos, passivos e resultados das empresas
controladas conjuntamente Finstar e ZAP Media (consolidado Finstar) são:
As diferenças entre as contas individuais (preparadas de acordo com o normativo angolano) e o
consolidado Finstar correspondem, predominantemente, à anulação de saldos e transações entre as
empresas e o ajustamento resultante das empresas estarem situadas numa economia
hiperinflacionária, de 2017 até setembro de 2019 (IAS 29).
SALDO EM 1 DE JANEIRO 19.585 18.244
Ganhos / (perdas) do exercício (Nota 35) 1.273 (3.113)Imparidade (Nota 35) - (2.163)
Variações em capital próprio i) (157) (1.967)
SALDO EM 30 DE JUNHO 20.701 11.002
6M 206M 19
REEXPRESSO
ENTIDADE ATIVOS PASSIVOSCAPITAIS
PRÓPRIOSRÉDITOS
RESULTADO
LÍQUIDO% DETIDA
GANHOS /
(PERDAS)
ATRIBUÍDAS
AO GRUPO
Sport TV* 184.333 166.158 18.175 199.021 (3.570) 25,00% (893)
Dreamia 14.384 7.646 6.738 2.309 (529) 50,00% (265)
Finstar** 183.058 154.273 28.785 161.522 4.388 30,00% 1.316
Mstar 13.002 9.165 3.837 24.767 1.893 30,00% 568
Upstar 79.057 77.754 1.303 32.908 101 30,00% 30
Big Picture 2 Films 2.653 1.883 770 6.397 144 20,00% 29
476.487 416.879 59.608 426.923 2.426 787
** Consolidado da Finstar e ZAP Media
* O capital próprio encontra-se ajustado, por contrapartida de passivo, em 10,2 milhões de euros resultante de prestações suplementares
realizadas por outro dos acionistas acima da sua percentagem detida.
31-12-2019
ENTIDADE ATIVOS PASSIVOSCAPITAIS
PRÓPRIOSRÉDITOS
RESULTADO
LÍQUIDO% DETIDA
GANHOS /
(PERDAS)
ATRIBUÍDAS
AO GRUPOSport TV* 106.556 97.902 8.654 80.947 (9.520) 25,00% (2.380)
Dreamia 15.036 7.807 7.229 1.659 491 50,00% 246
Finstar** 162.253 144.046 18.207 15.038 (4.548) 30,00% (1.364)
Mstar 11.710 7.157 4.553 14.842 1.240 30,00% 372
Upstar 60.714 59.367 1.347 2.569 44 30,00% 13
Big Picture 2 Films 2.051 1.275 775 2.569 5 20,00% 1
358.319 317.553 40.765 117.623 (12.287) (3.113)
** Consolidado da Finstar e ZAP Media
* O capital próprio encontra-se ajustado, por contrapartida de passivo, em 10,2 milhões de euros resultante de prestações
suplementares realizadas por outro dos acionistas acima da sua percentagem detida.
30-06-2020
ENTIDADEATIVO NÃO
CORRENTE
ATIVO
CORRENTE
PASSIVO
NÃO
CORRENTE
PASSIVO
CORRENTE
CAPITAIS
PRÓPRIOSRÉDITOS
RESULTADO
LÍQUIDO
Finstar 22.385 96.094 - 108.736 9.744 47.265 (4.722)
ZAP Media 17.499 9.933 1.057 27.557 (1.182) 11.929 (1.926)
30-06-2020
85
O Grupo tem diversos controlos relativamente ao processo de reporte das suas empresas
controladas conjuntamente e associadas. Os montantes incluídos nas demonstrações financeiras
reportadas, são sujeitos a auditoria nos casos em que seja exigível legalmente. Nos restantes casos
e naqueles em que a auditoria não se encontra finalizada, são realizados procedimentos específicos
de revisão pelo Grupo.
É convicção do Conselho de Administração que o recente arresto de património à Sra. Engª Isabel
dos Santos, no caso concreto às participações por esta detidas na Finstar e ZAP Media (onde detém
70% do capital) não altera o perfil de controlo, neste caso controlo-conjunto tal como definido na
IFRS 11, não sendo de esperar consequências relevantes para a gestão operacional das sociedades e
para a NOS, para além de restrições na distribuição de dividendos (Nota 12).
12. Contas a receber - Outros
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Em 30 de junho de 2020, o valor das contas a receber corresponde predominantemente a
dividendos (Nota 11), empréstimos concedidos de curto prazo, suprimentos de médio e longo
prazo e juros a receber, a empresas associadas e ainda o montante de 5,5 milhões de euros por
receber da venda da NOS International Carrier Services (Nota 45).
O resumo dos movimentos ocorridos nas perdas de crédito esperadas em outras contas a receber é
o seguinte:
13. Impostos a pagar e a recuperar
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
CORRENTE NÃO CORRENTE CORRENTE NÃO CORRENTE
Contas a receber i) 5.608 5.032 4.318 9.217
Adiantamentos a fornecedores 24.552 - 17.556 -
30.160 5.032 21.874 9.217
Perdas de crédito esperadas (2.032) (968) (1.221) (1.448)
28.128 4.064 20.653 7.769
30-06-202031-12-2019
SALDOS EM 1 DE JANEIRO 967 3.000
Aumentos (Nota 34) 265 116
Utilizações, Transferências e Outros (9) (447)
SALDOS EM 30 DE JUNHO 1.223 2.669
6M 206M 19
REEXPRESSO
DEVEDOR CREDOR DEVEDOR CREDOR
NÃO CORRENTE
Regularização de dívidas 149 - 149 -
149 - 149 -
CORRENTE
Imposto sobre o Valor Acrescentado 4.211 19.102 6.536 19.105
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas - 43.428 - 52.048
Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares - 3.597 - 3.075
Segurança Social - 1.913 - 3.272
Outros 420 162 421 71
4.631 68.202 6.957 77.571
4.780 68.202 7.106 77.571
30-06-202031-12-2019
86
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, os montantes a receber e a pagar relativos a IRC
têm a seguinte composição:
relativas a processos fiscais em curso, das quais se destacam:
i) Cedência de créditos futuros: no exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a NOS SA foi
notificada do Relatório da Inspeção Tributária referente ao período de 2008, onde se considera
que é indevido o acréscimo, no apuramento do lucro tributável do exercício, do montante de
100 milhões de euros, respeitante ao preço inicial dos créditos futuros cedidos para
titularização. Neste sentido, atendendo ao princípio da periodização do lucro tributável, a NOS
SA foi posteriormente notificada da dedução indevida do montante de 20 milhões de euros, no
apuramento do lucro tributável dos exercícios de 2009 a 2013. Na base desta correção está o
entendimento de que o acréscimo efetuado, em 2008, não foi aceite por não cumprir o
disposto no artigo 18º do Código do IRC, logo, também nos exercícios seguintes, a dedução
correspondente aos créditos gerados nesses anos, para cumprimento da amortização anual
contratada no âmbito da operação (20 milhões por ano durante 5 anos) serão de eliminar no
apuramento do lucro tributável. A NOS SA impugnou as decisões referentes aos exercícios de
2008 a 2013. Relativamente ao exercício de 2008, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto
já se pronunciou desfavoravelmente, em março de 2014, tendo a empresa interposto o
competente recurso;
ii) Prestações acessórias: a Administração Tributária defende que a NOS SA violou o princípio da
plena concorrência estatuído no nº 1 do artigo 58º do Código do IRC (atual artigo 63.º), ao ter
efetuado prestações acessórias em benefício da sua participada NOS Towering, sem ter sido
remunerada de harmonia com uma taxa de juro de mercado. Em consequência foi notificada,
relativamente aos exercícios de 2004, 2005, 2006 e 2007 de correções ao apuramento do
lucro tributável no valor total de 20,5 milhões de euros. A NOS SA impugnou as decisões
referentes a todos os exercícios. No que respeita ao período de 2004, o Tribunal pronunciou-
se a favor da NOS tendo sido já transitada em julgado a presente decisão (concluído
favoravelmente), tendo originado uma reversão de provisões, em 2016, no montante de 1,3
milhões de euros acrescido de juros. Relativamente aos exercícios de 2006 e 2007, o Tribunal
Administrativo e Fiscal do Porto já se pronunciou desfavoravelmente, tendo a empresa
recorrido das decisões. Relativamente a 2005, a decisão foi favorável, tendo sido entretanto
concretizada pela Autoridade Tributária, o que implicou a reversão do valor de provisões no
montante de 1 milhão de euros, em 2018.
14. Impostos e taxas
A NOS e as suas empresas participadas são tributadas em sede de IRC - Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Coletivas - à taxa de 21%, sobre a matéria coletável (lucro tributável
subtraído de eventuais prejuízos fiscais passíveis de dedução) e acrescida de Derrama Municipal à
taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, atingindo desta forma, em termos genéricos, uma taxa
agregada de cerca de 22,5%. Adicionalmente, com as medidas de austeridade previstas pela Lei n.º
Estimativa do imposto corrente sobre o rendimento (25.969) (34.343)
Processos fiscais (43.402) (43.895)
Pagamentos por conta 20.593 20.602
Retenções efetuadas a/por terceiros 4.096 4.331
Outros 1.254 1.257
(43.428) (52.048)
30-06-202031-12-2019
87
66-B/2012, de 31 de dezembro, e respetivos aditamentos pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, a
Derrama Estadual incide sobre o lucro tributável em 3% sobre a parte do lucro tributável de cada
empresa que seja superior a 1,5 milhões de euros até 7,5 milhões de euros, em 5% sobre a parte do
lucro tributável de cada empresa que seja superior a 7,5 milhões de euros até 35 milhões de euros, e
em 9% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 35 milhões de euros.
No apuramento do lucro tributável são adicionados (ou subtraídos) aos resultados contabilísticos
montantes não aceites (ou que devem ser considerados) fiscalmente. Estas diferenças entre o
resultado contabilístico e fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente.
A NOS é tributada de acordo com o regime especial de tributação dos grupos de sociedades
(RETGS), do qual fazem parte as empresas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 75%
do seu capital e cumprem os requisitos previstos no artigo 69º do Código do IRC.
As empresas que fazem parte do RETGS, em 2020, são as seguintes:
• NOS (empresa-mãe)
• Empracine
• Lusomundo Imobiliária
• Lusomundo SII
• NOS Açores
• NOS Audiovisuais
• NOS Audiovisuais SGPS
• NOS Cinemas
• NOS Comunicações SA
• NOS Inovação
• NOS Internacional SGPS
• NOS Lusomundo TV
• NOS Madeira
• NOSPUB
• NOS Sistemas
• NOS Technology
• NOS Towering
• NOS Wholesale
• NOS Corporate Center
• NOS Property
• Per-mar
• Sontária
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção, por
parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos, com ressalva nos casos em que
tenha havido lugar ao apuramento de prejuízos fiscais ou outros créditos, nomeadamente benefícios
fiscais, cujo prazo, nestes casos, coincide com o período limite para a utilização dos mesmos. De
referir que poderá haver suspensão destes prazos caso estejam em curso inspeções, reclamações ou
impugnações.
O Conselho de Administração da NOS, suportado nas informações dos seus consultores fiscais,
entende que eventuais revisões e correções dessas declarações fiscais, bem como outras
contingências de natureza fiscal, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras
consolidadas em 30 de junho de 2020.
88
A) Impostos diferidos
A NOS e as suas empresas participadas registaram impostos diferidos relacionados com as
diferenças temporárias entre a base fiscal e a contabilística dos ativos e passivos, bem como com os
prejuízos fiscais reportáveis existentes à data da demonstração da posição financeira.
O movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos nos semestres findos em 30 de junho de
2019 e 2020 foi conforme se segue:
A 30 de junho de 2020, os ativos por imposto diferido referentes a outras provisões e ajustamentos
referem-se predominantemente a: i) imparidades, acelerações de amortizações para além das
amortizações fiscalmente aceites e outros ajustamentos em ativos fixos tangíveis e intangíveis no
montante de 36,4 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 40,3 milhões de euros); e ii) provisões
diversas no montante de 8,6 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 11,5 milhões de euros).
A 30 de junho de 2020, o passivo por imposto diferido refere-se, predominantemente, a contratos
de locação entre empresas do grupo e à revalorização de ativos referente à valorização das licenças
de telecomunicações e outros ativos aquando da fusão das empresas do Grupo.
A 30 de junho de 2020, encontravam-se por registar ativos por impostos diferidos no montante de
1,3 milhões de euros correspondendo, predominantemente, a incentivos fiscais.
Os ativos por impostos diferidos foram reconhecidos na medida em que é provável que ocorram
lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças
tributárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo,
periodicamente revistos e atualizados.
Em 30 de junho de 2020, a taxa de imposto utilizada para o apuramento dos impostos diferidos
ativos relativos a prejuízos fiscais foi de 21% (2019: 21%). No caso das diferenças temporárias, a taxa
31-12-2018RESULTADO
(NOTA B)
CAPITAL
PRÓPRIO
UNIDADE
DESCONTINUA
DA (NOTA 46)
30-06-2019
ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Perdas de crédito esperadas 4.796 (3.589) - - 1.207
Inventários 1.610 384 - - 1.994
Outras provisões e ajustamentos 51.956 (3.057) - - 48.899
Mais-valias intragrupo 22.098 (1.807) - - 20.291
Passivos registados no âmbito da alocação do justo valor aos passivos
adquiridos na operação de fusão4.943 - - - 4.943
Ativos reconhecidos no âmbito da IFRS 16 (Nota 2.1) 8.763 (8.763) - -
Derivados 238 51 (182) - 107
94.404 (16.781) (182) - 77.441
PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Revalorizações de ativos no âmbito da alocação do justo valor aos ativos
adquiridos na operação de fusão2.846 (130) - - 2.716
Derivados 7 76 (41) - 42
Locações Intragrupo - 5.876 - - 5.876
Outros 2.270 45 - - 2.315
5.123 5.867 (41) - 10.949
TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS LÍQUIDOS 89.281 (22.648) (141) - 66.492
31-12-2019RESULTADO
(NOTA B)
CAPITAL
PRÓPRIO
UNIDADE
DESCONTINUA
DA (NOTA 46)
30-06-2020
ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Perdas de crédito esperadas 1.471 4.451 - (1) 5.921
Inventários 1.871 178 - - 2.049
Outras provisões e ajustamentos 51.825 (2.929) - (3.247) 45.649
Mais-valias intragrupo 20.091 (743) - (3.096) 16.252
Passivos registados no âmbito da alocação do justo valor aos passivos
adquiridos na operação de fusão5.080 - - - 5.080
Derivados 90 52 31 - 173
80.428 1.009 31 (6.344) 75.124
PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Revalorizações de ativos no âmbito da alocação do justo valor aos ativos
adquiridos na operação de fusão2.799 (90) - - 2.709
Locações intragrupo 6.324 311 - - 6.635
Outros 2.503 (25) - - 2.478
11.626 196 - - 11.822
TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS LÍQUIDOS 68.802 813 31 (6.344) 63.302
89
utilizada foi de 22,5% (2019: 22,5%) elevada até um máximo de 6,99% (2019: 6,99%) de derrama
estadual quando se entendeu como provável a tributação das diferenças temporárias no período
estimado de aplicação da referida taxa. Os benefícios fiscais, por se tratarem de deduções à coleta,
são considerados a 100%, sendo que em alguns casos, a sua integral aceitação encontra-se
dependente da aprovação das autoridades concedentes de tais benefícios fiscais.
Nos termos do artigo 88.º do CIRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação
autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
Adicionalmente, nos termos da legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais gerados de 2012
a 2013 e de 2014 a 2016 são reportáveis durante um período de cinco anos e doze anos,
respetivamente, após a sua ocorrência e suscetíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante
esse período, até ao limite de 75% do lucro tributável, em 2012 e 2013, e 70% do lucro tributável de
2014 a 2016. Para prejuízos fiscais gerados em períodos de tributação que se iniciem em ou após 1
de janeiro de 2017, o reporte são cinco anos até ao limite de 70% do lucro tributável.
B) Reconciliação da taxa efetiva de imposto
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, a reconciliação entre as taxas nominal e
efetiva de imposto é como se segue:
i) Em 30 de junho de 2019 e 2020, as diferenças permanentes têm a seguinte composição:
ii) Esta rubrica corresponde ao registo de impostos diferidos e utilização de benefícios fiscais
para os quais não havia registo de impostos diferidos pelo Grupo: benefício fiscal - SIFIDE
(Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial) - previsto na
Lei n.º 40/2005, de 3 de agosto e RFAI (Regime Fiscal de Apoio ao Investimento) previsto na
Lei n.º 10/2009, de 10 de março; e provisões para incentivos fiscais utilizados.
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO2º TRIM 20 6M 20
Resultado antes de impostos 59.441 112.759 46.372 38.353
Taxa nominal de imposto 22,5% 22,5% 22,5% 22,5%
IMPOSTO ESPERADO 13.374 25.371 10.434 8.629
Diferenças permanentes i) (197) (200) 341 2.528
Diferenças de taxa nominal de imposto entre as empresas (533) (1.068) 77 45
Benefícios fiscais ii) (3.366) (6.166) (5.954) (3.775)
Derrama estadual 3.552 5.442 2.149 1.797
Tributação autónoma 178 365 172 378
Outros (1.148) (514) 236 705
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 11.860 23.230 7.456 10.308
Taxa efetiva de imposto 20,0% 20,6% 16,1% 26,9%
Imposto corrente 1.218 582 2.289 11.121
Imposto diferido 10.642 22.648 5.167 (813)
11.860 23.230 7.456 10.308
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO2º TRIM 20 6M 20
Perdas/(ganhos) em empresas participadas (Nota 35) (1.091) (1.289) 938 9.762
Outros 215 399 576 1.473
(876) (890) 1.514 11.235
22,5% 22,5% 22,5% 22,5%
(197) (200) 341 2.528
90
15. Inventários
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
O resumo dos movimentos ocorridos nas imparidades de inventários foram os seguintes:
16. Contas a receber clientes
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Os valores a faturar correspondem sobretudo ao valor relativo às obrigações contratuais já
satisfeitas ou parcialmente satisfeitas e cuja faturação ocorrerá subsequentemente.
- e, da alienação da
NOS International Carrier Services e respetiva anulação do seu contributo (Nota 45), e de reforço de
imparidades.
O resumo dos movimentos ocorridos nos ajustamentos por perdas de crédito esperadas foram os
seguintes:
i) As penalidades correspondem à faturação de penalidades no período, para as quais são
registadas perdas de crédito esperadas para a sua totalidade, e cujo registo foi efetuado por
dedução ao respetivo rédito, tal como descrito na nota 43.6.
INVENTÁRIOS
Telco 39.476 48.745
Audiovisuais 1.278 1.308
40.754 50.053
IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS
Telco (6.083) (6.679)
Audiovisuais (590) (613)
(6.673) (7.292)
34.081 42.761
30-06-202031-12-2019
SALDO EM 1 DE JANEIRO 6.167 6.673
Aumentos /(diminuições) - Custos mercadorias vendidas (Nota 32) 1.455 1.308
Utilizações / Outros (29) (689)
SALDO EM 30 DE JUNHO 7.593 7.292
6M 206M 19
REEXPRESSO
Contas a receber de clientes 451.086 401.705
Valores a faturar i) 64.754 42.846
515.840 444.551
Perdas de crédito esperadas (154.128) (188.104)
361.712 256.447
30-06-202031-12-2019
SALDOS EM 1 DE JANEIRO 139.822 154.128
Aumentos e reduções (Nota 34) 8.452 7.022
Penalidades - i) 6.563 7.377
Outros custos / (ganhos) não recorrentes (Nota 38) - 28.239
Perdas / (Ganhos) em empresas participadas (Nota 35) - 4.135
Utilizações / Outros (12.809) (12.797)
SALDOS EM 30 DE JUNHO 142.028 188.104
6M 206M 19
REEXPRESSO
91
17. Ativos de contratos com clientes
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
Os ativos de contratos com clientes correspondem aos descontos, atribuídos aos clientes no
momento da venda dos equipamentos (incluídos nos pacotes de telecomunicações) e que são
alocados às mensalidades/prestação de serviços, no âmbito da alocação do rédito às diferentes
obrigações de desempenho, em linha com o disposto na IFRS 15. Estes ativos são diferidos, no
momento da venda do equipamento, e reconhecidos ao longo do período do contrato (prestação do
serviço).
18. Custos diferidos
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Os custos de programação correspondem a custos inerentes à disponibilização dos canais,
nomeadamente, remunerações fixas, faturadas antecipadamente. Este custo é reconhecido no
período em que o canal é disponibilizado e transmitido, e reconhecido como custo de
programação, na Demonstração de Resultados Consolidada.
ii) Os custos diferidos relacionados com ações de cobrança correspondem a serviços pagos
antecipadamente a entidades externas no âmbito dos processos de recuperação de dívidas de
clientes/ações de cobrança. Estes custos são reconhecidos à medida da prestação do serviço.
iii) -se os custos diferidos respeitantes, fundamentalmente, a gastos a
reconhecer de diversos fornecimentos e serviços externos, como trabalhos especializados,
trabalhos de conservação e reparação e outros, faturados antecipadamente pelos
fornecedores (faturação trimestral ou anual), sendo o respetivo gasto reconhecido na
demonstração de resultados à medida que o serviço é prestado.
19. Instrumentos financeiros derivados
Derivados de taxa de juro
Em 30 de junho de 2020, a NOS tem contratado swap de taxa de juro o qual ascende a um total de
150 milhões de euros (31 de dezembro de 2019: 150 milhões de euros), sendo que a maturidade do
swap expira em 2022. O justo valor dos swaps de taxa de juro ascende a um montante negativo de
51 milhares de euros (31 de dezembro de 2019: montante negativo de 38 milhares de euros) e foi
registado no passivo, tendo a contrapartida deste montante sido registada em capitais próprios.
Ativos de contratos com clientes 68.059 65.002
68.059 65.002
31-12-2019 30-06-2020
Custos de programação i) 22.232 11.551
Publicidade 183 1.999
Seguros 824 1.439
Custos diferidos relacionados com ações de cobrança ii) 6.686 1.035
Outros iii) 14.029 18.685
43.954 34.709
30-06-202031-12-2019
92
Derivados sobre ações próprias
Em 30 de junho de 2020, a NOS tem contratados três derivados sobre ações próprias, que ascendem
a um total de 2.883 milhares de euros (31 de dezembro de 2019: 2.640 milhares de euros), com
vencimento em março de 2021, 2022 e 2023, por forma a cobrir a entrega de planos de ações a
liquidar em dinheiro.
Derivados de taxa de câmbio
Na data de fecho da demonstração da posição financeira existem forwards cambiais em aberto de
12.447 milhares de euros (2019: 5.085 milhares de euros), cujo justo valor ascende a um montante
líquido negativo de 117 milhares de euros (2019: negativo em 16 milhares de euros).
Os movimentos ocorridos nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020 são como se segue:
20. Caixa e seus equivalentes
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, existem 10 milhões de euros, registados
Capital de Risco NOS 5G recentemente subscrito pela NOS.
CORRENTENÃO
CORRENTECORRENTE
NÃO
CORRENTE
Swaps de taxa de juro 150.000 - - - 38
Equity Swaps 2.640 - - 119 227
Forwards de taxa de câmbio 5.085 - - 16 -
157.725 - - 135 265
31-12-2019
NOCIONAL
ATIVO PASSIVO
CORRENTENÃO
CORRENTECORRENTE
NÃO
CORRENTE
Swaps de taxa de juro 150.000 - - - 51
Equity Swaps 2.883 - - 217 382
Forwards de taxa de câmbio 12.447 - - 117 -
165.330 - - 334 433
30-06-2020
NOCIONAL
ATIVO PASSIVO
Justo valor do swap taxa de juro (1.211) - 811 (400)
Justo valor dos forwards taxa de câmbio 32 (60) - (28)
Justo valor Equity Swaps 153 176 (182) 147
(1.026) 116 629 (281)
Imposto diferido passivo (7) (76) 41 (42)
Imposto diferido ativo 238 51 (182) 107
231 (25) (141) 65
(795) 91 488 (216)
31-12-2018
IMPOSTO DIFERIDO
DERIVADOS
30-06-2019RESULTADO CAPITAL
Justo valor do swap taxa de juro (38) - (13) (51)
Justo valor dos forwards taxa de câmbio (16) (101) - (117)
Justo valor Equity Swaps (346) (129) (124) (599)
(400) (230) (137) (767)
Imposto diferido ativo 90 52 31 173
90 52 31 173
(310) (178) (106) (594)
IMPOSTO DIFERIDO
DERIVADOS
CAPITAL31-12-2019 RESULTADO 30-06-2020
Caixa 857 385
Depósitos à ordem i) 11.962 16.671
12.819 17.056
30-06-202031-12-2019
93
21. Capital próprio
21.1. Capital social
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, o capital social da NOS ascende a 5.151.613,80
euros e está representado por 515.161.380 ações nominativas, sob forma escritural, com o valor
nominal de 1 cêntimo de Euro cada.
Os principais acionistas, em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, são:
(1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1 do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM, é imputável
uma participação qualificada de 52,15% do capital social e direitos de voto da Sociedade, à
ZOPT SGPS S.A., à Sonaecom SGPS S.A. e às seguintes entidades:
a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à
Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel International
Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos
Santos, e (ii) a ZOPT SGPS S.A., uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas
acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom SGPS S.A.
em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado; e,
b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom SGPS S.A., designadamente, a
SONTEL, BV e a SONAE, SGPS, S.A., direta ou indiretamente controladas pela EFANOR
INVESTIMENTOS, SGPS, S.A., igualmente em virtude da referida relação de domínio e do
acordo parassocial mencionado em a.
21.2. Prémio de emissão de ações
Em 27 de agosto de 2013, e na sequência da concretização da operação de fusão entre a ZON e a
Optimus SGPS, o capital da Empresa foi aumentado em 856.404.278 euros, correspondendo ao total
das ações emitidas (206.064.552 ações), com base na cotação bolsista de fecho do dia 27 de agosto
de 2013. O aumento de capital detalha-se da seguinte forma:
i) capital social no montante de 2.060.646 euros;
ii) prémios por emissão de ações no montante de 854.343.632 euros.
Adicionalmente, foi deduzido aos prémios de emissão de ações um montante de 125 mil euros
relativo a encargos com o respetivo aumento de capital.
O prémio de emissão de ações está sujeito ao regime aplicável às reservas legais só podendo ser
utilizado:
a) Para cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício que não possa ser coberto pela
utilização de outras reservas;
b) Para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto
pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas;
c) Para incorporação no capital.
NÚMERO DE
AÇÕES
% CAPITAL
SOCIAL
NÚMERO DE
AÇÕES
% CAPITAL
SOCIAL
ZOPT, SGPS, SA (1) 268.644.537 52,15% 268.644.537 52,15%
MFS Investment Management 11.049.477 2,14% 11.049.477 2,14%
Norges Bank 10.891.068 2,11% 10.891.068 2,11%
Banco BPI, SA - - 10.407.031 2,02%
TOTAL 290.585.082 56,41% 300.992.113 58,43%
31-12-2019 30-06-2020
94
21.3. Ações próprias
A legislação comercial relativa a ações próprias obriga à existência de uma reserva não distribuível de
montante igual ao preço de aquisição dessas ações, a qual se torna indisponível enquanto essas
ações permanecerem na posse da sociedade. Adicionalmente, as regras contabilísticas aplicáveis
determinam que os ganhos ou perdas na alienação de ações próprias sejam registados em reservas.
Em 30 de junho de 2020, existiam 2.514.004 ações próprias, representativas de 0,4880% do capital
social (31 de dezembro de 2019: 2.595.541 ações próprias, representativas de 0,5038% do capital
social).
Os movimentos ocorridos nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020 foram como se
segue:
21.4. Reservas
Reserva legal
A legislação comercial e os estatutos da NOS estabelecem que, pelo menos, 5% do resultado líquido
anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente 20% do capital
social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser
utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para
incorporação no capital.
Outras reservas
Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo
com as demonstrações financeiras individuais da empresa, apresentadas de acordo com as IAS/IFRS.
Assim, em 30 de junho de 2020, a NOS dispunha de reservas que, pela sua natureza, são
consideradas distribuíveis no montante de cerca de 275,9 milhões de euros, não incluindo o
resultado líquido do exercício.
Dividendos
Foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 8 de maio de 2019, a proposta do Conselho de
Administração de pagamento de um dividendo ordinário por ação de 0,35 euros, no montante de
180.306 milhares de euros. O valor de dividendo atribuível a ações próprias ascendeu a cerca de 699
milhares de euros.
Foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 19 de junho de 2020, a proposta do Conselho de
Administração de pagamento de um dividendo ordinário por ação de 0,278 euros, no montante de
143.215 milhares de euros. O valor de dividendo atribuível a ações próprias ascendeu a cerca de 699
milhares de euros. Os dividendos foram pagos em 3 de julho de 2020.
QUANTIDADE VALOR
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2019 2.069.356 12.132
Aquisição de ações próprias 610.500 3.547
Distribuição de ações próprias no âmbito do planos de ações (624.194) (3.659)
Distribuição de ações próprias no âmbito de outras remunerações (57.691) (339)
SALDO EM 30 DE JUNHO DE 2019 1.997.971 11.681
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2020 2.595.541 14.655
Aquisição de ações próprias 875.000 2.871
Distribuição de ações próprias no âmbito dos planos de ações (866.243) (4.885)
Distribuição de ações próprias no âmbito de outras remunerações (90.294) (510)
SALDO EM 30 DE JUNHO DE 2020 2.514.004 12.131
DIVIDENDOS
Dividendos atribuídos 180.306
Dividendos atribuídos a ações próprias (699)
DIVIDENDOS PAGOS 179.607
95
22. Interesses que não controlam
Os movimentos dos interesses que não controlam ocorridos nos semestres findos em 30 de junho
de 2019 e 2020 e os resultados atribuíveis a interesses que não controlam no exercício são como
segue:
23. Empréstimos obtidos
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, o detalhe de empréstimos obtidos é como se
segue:
O custo médio de financiamento das linhas utilizadas durante o semestre findo a 30 de junho de
2020 foi de aproximadamente 1,3% (2019: 1,5%).
Em 30 de junho de 2020, não existe qualquer incumprimento a nível de capital, juros, condições para
remição sobre os empréstimos a pagar ou outros compromissos.
23.1. Empréstimos obrigacionistas
A 30 de junho de 2020 a NOS tem um montante global de 575 milhões de euros de obrigações
emitidas, com maturidade posterior a um ano:
i) Private placement de 150 milhões de euros numa emissão organizada pelo banco BPI e pela
Caixa Banco de Investimento em março de 2015, com vencimento em março de 2022. O
empréstimo vence juros a taxa variável, indexados à Euribor e pagos semestralmente.
ii) Emissão pública de obrigações, no montante de 300 milhões de euros, em maio de 2018, com
vencimento em maio de 2023. Esta emissão vence juros anuais a taxa fixa.
DIVIDENDOS
Dividendos atribuídos 143.215
Dividendos atribuídos a ações próprias (699)
DIVIDENDOS PAGOS 142.516
31-12-2018RESULTADO
ATRIBUÍDOOUTROS 30-06-2019
NOS Madeira 5.660 (78) (7) 5.575
NOS Açores 1.636 (172) (1) 1.463
7.296 (250) (8) 7.038
31-12-2019RESULTADO
ATRIBUÍDOOUTROS 30-06-2020
NOS Madeira 5.502 (355) (3) 5.144
NOS Açores 1.540 (178) (2) 1.360
7.042 (534) (5) 6.504
CORRENTENÃO
CORRENTECORRENTE
NÃO
CORRENTE
EMPRÉSTIMOS - VALOR NOMINAL 82.851 1.024.667 172.237 855.832
Empréstimos obrigacionistas - 575.000 - 575.000
Papel comercial 55.000 413.000 152.500 262.500
Empréstimos bancários 18.333 36.667 18.333 18.332
Descobertos bancários 9.518 - 1.404 -
EMPRÉSTIMOS - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 1.770 (2.848) 48 (1.685)
EMPRÉSTIMOS - CUSTO AMORTIZADO 84.621 1.021.819 172.285 854.147
LOCAÇÕES 58.660 195.028 51.692 159.082
143.281 1.216.847 223.977 1.013.229
30-06-202031-12-2019
96
iii) Empréstimo obrigacionista, de 50 milhões de euros, colocado em junho de 2019 pelo BPI e
com vencimento em junho de 2024. O empréstimo vence juros a taxa variável, indexados à
Euribor e pagos semestralmente.
iv) Empréstimo obrigacionista, de 50 milhões de euros, colocado em julho de 2019 pela Caixa
Geral de Depósitos, e com vencimento em julho de 2024. O empréstimo vence juros a taxa
variável, indexados à Euribor e pagos semestralmente.
v) Empréstimo obrigacionista, no montante de 25 milhões de euros, contratado em julho de 2019
e organizado pelo MedioBanca, cujo vencimento ocorre em julho de 2024. A emissão vence
juros a taxa variável, indexada à Euribor e pagos semestralmente.
A 30 de junho de 2020, ao valor destes financiamentos foi deduzido o montante líquido de 751
milhares de euros, correspondente aos respetivos juros e comissões, registados na rubrica
Empréstimos - acréscimos e diferimentos.
23.2. Papel comercial
A 30 de junho de 2020, a Empresa tem uma dívida de 415 milhões de euros, sob a forma de papel
comercial, dos quais 41 milhões de euros emitidos ao abrigo de programas sem tomada firme. O
valor total contratado ao abrigo de programas com tomada firme é de 845 milhões de euros,
correspondendo a catorze programas, com seis instituições bancárias, 670 milhões dos quais
vencem juros a taxas de mercado e 175 milhões estão emitidos em taxa fixa. Estão classificados
como não correntes os programas de papel comercial com maturidade superior a 1 ano no valor de
500 milhões de euros, uma vez que a Empresa tem capacidade de renovação unilateral das emissões
atuais até à maturidade dos programas e os mesmos têm subscrição garantida pelo organizador.
Desta forma, o valor em questão, apesar de ter vencimento corrente, foi classificado como sendo
não corrente para efeitos de apresentação na demonstração da posição financeira.
A 30 de junho de 2020, ao valor destes financiamentos foi acrescido o montante líquido de 572
milhares de euros, correspondente aos respetivos juros e comissões, registados na rubrica
Empréstimos - acréscimos e diferimentos.
23.3. Empréstimos bancários
Em novembro de 2013, a NOS assinou um Contrato de Financiamento com o Banco Europeu de
Investimento no montante de 110 milhões de euros para apoio ao desenvolvimento da rede de
banda larga móvel em Portugal. Em junho de 2014, foi utilizada a totalidade do financiamento. O
prazo de vencimento ocorre até um período máximo de 8 anos a contar da data de utilização, com
amortizações parciais de 18.3 milhões de euros ao ano a partir de junho de 2017. Em 30 de junho de
2020, o montante em dívida ascende a 37 milhões de euros.
A 30 de junho de 2020, ao valor destes financiamentos foi deduzido o montante de 1.458 milhares
de euros, correspondendo essencialmente ao benefício associado ao facto do financiamento com o
BEI apresentar uma taxa bonificada.
Todos os empréstimos bancários obtidos (com exceção do financiamento do BEI de 37 milhões de
euros, da emissão pública de obrigações de 300 milhões de euros, e de dois programas de papel
comercial de 75 e 100 milhões de euros emitidos em taxa fixa, para além das locações contratadas)
estão negociados a taxas de juro variáveis no curto prazo, pelo que o seu valor contabilístico se
aproxima do seu justo valor.
23.4. Locações
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, a locações referem-se predominantemente a
contratos de aluguer de torres de telecomunicações, salas de cinemas, equipamentos, lojas e
97
viaturas, aquisição exclusiva de capacidade em satélites e direitos de utilização de capacidade de
rede de distribuição.
Locações pagamentos
Locações valor atual
A maturidade dos empréstimos obtidos contratados é a seguinte:
24. Provisões
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, as provisões têm a seguinte composição:
i) A 30 de junho de 2020, o m
curso.
ii) -se,
essencialmente, aos encargos estimados futuros, descontados para o valor presente, de
acordo com o termo da utilização dos espaços onde se encontram as torres de
telecomunicações e cinemas;
iii) -se a diversas provisões
criadas para obrigações presentes não prováveis, no âmbito do processo de fusão por
incorporação da Optimus SGPS, dos quais se destaca:
a. Contribuição extraordinária para o fundo de compensação dos custos líquidos do serviço
universal de comunicações eletrónicas (CLSU): A Contribuição extraordinária para o fundo
de compensação dos custos líquidos do serviço universal de comunicações eletrónicas
Até 1 ano 65.160 56.422
Entre 1 e 5 anos 149.804 129.215
Mais de 5 anos 62.146 41.047
277.110 226.684
Custos financeiros futuros (locação) (23.422) (15.910)
VALOR ATUAL DAS LOCAÇÕES 253.688 210.774
31-12-2019 30-06-2020
Até 1 ano 58.660 51.692
Entre 1 e 5 anos 136.823 120.254
Mais de 5 anos 58.205 38.828
253.688 210.774
31-12-2019 30-06-2020
MENOS DE 1
ANO
ENTRE 1 E 5
ANOS
MAIS DE 5
ANOS
MENOS DE 1
ANO
ENTRE 1 E 5
ANOS
MAIS DE 5
ANOS
Empréstimos obrigacionistas 2.334 573.221 - 637 573.612 -
Papel comercial 55.648 362.949 50.000 153.115 212.457 50.000
Empréstimos bancários 17.121 35.649 - 17.129 18.078 -
Descobertos bancários 9.518 - - 1.404 - -
Locações 58.660 136.823 58.205 51.692 120.254 38.828
143.281 1.108.642 108.205 223.977 924.401 88.828
30-06-202031-12-2019
Processos judiciais em curso e outros - i) 30.263 26.583
Desmantelamento e remoção de ativos - ii) 39.032 24.253
Passivos contingentes - iii) 23.827 23.827
Contingências diversas - iv) 1.837 1.276
94.959 75.939
31-12-2019 30-06-2020
98
(CLSU), está prevista nos artigos 17.º a 22.º, da Lei n.º 35/2012, de 23 de agosto. Desde
1995 até junho de 2014, a MEO, SA (antiga PTC) prestou o serviço universal de
comunicações eletrónicas, em regime de exclusivo, tendo para tanto sido designada
administrativamente pelo governo (isto é, foi escolhida pelo Estado Português para
prestador desse serviço sem que o Estado para o efeito tivesse recorrido a procedimento
concursal). Tal configura uma ilegalidade, aliás, reconhecida pelo Tribunal de Justiça da
União Europeia, que através da sua decisão de junho de 2014 condenou por esse facto o
Estado Português ao pagamento de uma multa de 3 milhões de euros. De acordo com o
artigo 18.º da referida Lei n.º 35/2012, de 23/8, os custos líquidos incorridos pelo operador
responsável pelo serviço universal aprovados pela ANACOM devem ser repartidos pelas
outras empresas que ofereçam, no território nacional, redes de comunicações públicas e
serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público. A NOS está, com efeito,
abrangida por esta contribuição extraordinária, sendo que a MEO tem vindo a solicitar o
pagamento dos CLSU ao fundo de compensação dos vários períodos em que esteve
responsável pelo serviço. Com efeito, o fundo de compensação pode, de acordo com a
lei, ser acionado para compensar os custos líquidos do serviço universal de comunicações
eletrónicas, incluindo, como acontece nesse caso, os relativos ao período anterior à
designação do respetivo prestador por concurso, sempre que, cumulativamente, se
verifique (i) a existência de custos líquidos, que sejam considerados excessivos, cujo
montante seja aprovado pela ANACOM, na sequência de auditoria ao cálculo preliminar e
respetivos documentos de suporte, que sejam transmitidos pelo prestador do serviço
universal e (ii) o prestador do serviço universal solicite ao Governo a compensação dos
custos líquidos que tenham sido aprovados nos termos da alínea anterior.
Assim:
- Em 2013, a ANACOM deliberou a aprovação dos resultados finais da auditoria aos
CLSU apresentados pela MEO, relativos ao exercício de 2007-2009, num montante de
cerca de 66,8 milhões de euros, decisão que foi objeto de impugnação pela NOS; Em
janeiro de 2015, foram emitidas as notas de liquidação relativas à NOS, SA, à NOS
Madeira e à NOS Açores referentes àquele período, no montante de 18,6 milhões de
euros, as quais foram, por sua vez, objeto de impugnação judicial e em relação às
quais foram apresentadas fianças pela NOS SGPS (Nota 42), de modo a evitar a
promoção dos respetivos processos de execução fiscal. As fianças foram aceites pela
ANACOM.
- Em 2014, a ANACOM deliberou a aprovação dos resultados finais da auditoria aos
CLSU apresentados pela MEO, relativos aos exercícios de 2010 a 2011, num montante
total de cerca de 47,1 milhões de euros, decisão que também foi impugnada pela
NOS. Em fevereiro de 2016, foram emitidas as notas de liquidação relativas à NOS,
SA, à NOS Madeira e à NOS Açores referentes àquele período, no montante de 13
milhões de euros, as quais também foram objeto de impugnação e em relação às
quais foram novamente apresentadas fianças pela NOS SGPS, de modo a evitar a
promoção dos respetivos processos de execução fiscal. As fianças foram também
aceites pela ANACOM.
- Em 2015, a ANACOM deliberou a aprovação dos resultados finais da auditoria aos
CLSU apresentados pela MEO, relativos aos exercícios de 2012 e 2013, num
montante total de cerca de 26 milhões de euros e 20 milhões de euros,
respetivamente, decisão que, à semelhança das anteriores, foi impugnada pela NOS.
Em dezembro de 2016, foram emitidas as notas de liquidação relativas à NOS, SA, à
NOS Madeira e à NOS Açores, referentes àquele período, no montante de 13,6
99
milhões de euros, as quais foram objeto de impugnação pela NOS e em relação às
quais já foram igualmente apresentadas fianças pela NOS SGPS de modo a evitar a
promoção dos respetivos processos de execução fiscal. As fianças foram também
aceites pela ANACOM.
- Em 2016, a ANACOM procedeu à aprovação dos resultados da auditoria aos custos
líquidos da prestação do serviço universal relativos ao período de janeiro a junho de
2014, assegurado pela MEO, no montante total de 7,7 milhões de euros, que a NOS
impugnou nos termos habituais.
- Em 2017, foi notificada à NOS, SA, à NOS Madeira e à NOS Açores a decisão da
ANACOM sobre as entidades obrigadas a contribuir para o fundo de compensação e à
fixação dos valores das contribuições referentes aos CLSU a compensar relativos aos
meses do ano de 2014 em que a MEO ainda se manteve como prestadora do Serviço
Universal, o qual prevê para o conjunto dessas empresas uma contribuição no
montante de cerca de 2,4 milhões de euros. Em dezembro de 2017, foram emitidas
as notas de liquidação relativas à NOS, SA, à NOS Madeira e à NOS Açores, referentes
àquele período, no montante de aproximadamente 2,4 milhões de euros, as quais
foram objeto de impugnação pela NOS e em relação às quais já foram igualmente
apresentadas fianças pela NOS SGPS de modo a evitar a promoção dos respetivos
processos de execução fiscal. As fianças foram também aceites pela ANACOM.
É entendimento do Conselho de Administração da NOS que estas contribuições
extraordinárias para o Serviço Universal que lhe são exigidas, e que respeitam ao
período anterior à designação do prestador de serviço universal por concurso, violam
de forma flagrante a Diretiva do Serviço Universal. Acresce que, considerando o
quadro legal e o direito em vigor desde que a NOS iniciou a sua atividade, a exigência
do pagamento da contribuição extraordinária viola o princípio da proteção da
confiança, reconhecido a nível legal e constitucional no ordenamento jurídico
português. Por estas razões, a NOS impugnou judicialmente quer a aprovação dos
resultados da auditoria aos custos líquidos do serviço universal relativo ao período de
pré-concurso, quer as liquidações de todas e cada uma das contribuições
extraordinárias que lhe venham a ser exigidas, sendo convicção do Conselho de
Administração de que terão sucesso as impugnações efetuadas;
iv) -se a provisões para fazer
face a riscos relacionados com eventos/diferendos de natureza diversa das quais da sua
resolução poderão resultar exfluxos de caixa, e outros passivos prováveis resultantes de
transações diversas efetuadas em exercícios anteriores e cuja saída de fundos é provável,
nomeadamente, custos imputados ao período corrente ou a períodos passados, em relação
aos quais não é possível estimar com grande fiabilidade o momento da concretização da
despesa.
No semestre findo em 30 de junho de 2019, os movimentos registados nas rubricas de provisões são
os seguintes:
Processos judiciais em curso e outros 58.369 2.393 (6.371) - - 54.391
Desmantelamento e remoção de ativos 34.626 202 (22) - 1.145 35.951
Passivos contingentes 32.055 - - - - 32.055
Contingências diversas 3.765 2.986 (633) - (3.421) 2.697
128.815 5.581 (7.026) - (2.276) 125.094
30-06-201931-12-2018 REFORÇO REDUÇÃO OUTROS
UNIDADE
DESCONTINUADA
(NOTA 46)
100
Durante o semestre findo em 30 de junho de 2019, os reforços referem-se, predominantemente, a
provisões de processos legais e outros acrescidos dos respetivos juros e encargos e as reduções
resultam da reavaliação de diversas contingências.
milhões de euros, refere-se à utilização de provisões criadas para indemnizações a colaboradores.
No semestre findo em 30 de junho de 2020, os movimentos registados nas rubricas de provisões
são os seguintes:
Durante o semestre findo em 30 de junho de 2020, os reforços referem-se, predominantemente, a
provisões de processos legais e outros acrescidos dos respetivos juros e encargos e as reduções
resultam, predominantemente, da reavaliação e prescrição de diversas contingências.
Os movimentos líquidos dos reforços e reduções para os semestres findos em 30 de junho de 2019 e
2020, refletidos na demonstração dos resultados, na rubrica de Provisões decompõem-se da
seguinte forma:
25. Acréscimos de custos
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Montantes relativos a faturação a emitir, predominantemente, de operadores internacionais
relativamente aos custos de interligação por tráfego internacional e pela utilização de serviços
Processos judiciais em curso e outros 30.263 1.349 (4.721) (308) - 26.583
Desmantelamento e remoção de ativos 39.032 431 (7) (14.536) (667) 24.253
Passivos contingentes 23.827 - - - - 23.827
Contingências diversas 1.837 679 (19) (58) (1.163) 1.276
94.959 2.459 (4.747) (14.902) (1.830) 75.939
REDUÇÃO
UNIDADE
DESCONTINUADA
(NOTA 46)
31-12-2019 OUTROS 30-06-2020REFORÇO
Provisões e ajustamentos (Nota 34) (4.580) (4.522)
Outros custos / (ganhos) não recorrentes (Notas 37 e 38) 2.207 682
Juros - Desmantelamento de ativos 180 423
Outros 748 1.129
REFORÇOS E REDUÇÕES DE PROVISÕES (1.445) (2.288)
6M 206M 19
REEXPRESSO
NÃO CORRENTE
Outros 667 345
667 345
CORRENTE
Faturação a emitir por operadores i) 73.113 56.177
Férias, subsídio de férias e outros custos com o pessoal 25.545 19.097
Trabalhos especializados 10.703 16.128
Taxas (Anacom + Lei do Cinema) - 15.303
Investimento em ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis 20.046 13.674
Direitos de conteúdos e filmes 13.313 12.151
Serviços de programação 11.058 10.893
Publicidade 14.916 9.973
Custos com ações de cobrança 8.614 8.169
Comissões 6.198 5.466
Energia e água 4.660 3.657
Conservação e reparação 1.788 1.705
Outros acréscimos de custos 13.772 11.494
203.726 183.887
30-06-202031-12-2019
101
de roaming. A variação da rubrica resulta, predominantemente, da alienação da NOS
International Carrier Services e respetiva anulação do seu contributo (Nota 45).
26. Proveitos diferidos
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Esta rubrica diz respeito, essencialmente, à faturação de serviços de televisão relativos ao mês
seguinte ao exercício de reporte e a valores recebidos de clientes, por parte da NOS
Comunicações S.A., associados aos recarregamentos de telemóveis e à compra de minutos de
telecomunicações ainda não consumidos.
ii) Esta rubrica é relativa, sobretudo, ao diferimento do proveito referente ao subsídio implícito
decorrente da obtenção de financiamento junto do BEI, a taxas de juro abaixo de valores de
mercado (Nota 23).
27. Contas a pagar - Fornecedores
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, as contas a pagar a fornecedores e outras
entidades têm a seguinte composição:
A variação na -
da NOS International Carrier Services e respetiva anulação do seu contributo no montante de 20,2
milhões de euros (Nota 45).
28. Contas a pagar - outros
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
CORRENTENÃO
CORRENTECORRENTE
NÃO
CORRENTE
Faturação antecipada i) 33.436 - 24.815 -
Subsídio ao investimento ii) 398 5.123 397 4.927
33.834 5.123 25.212 4.927
30-06-202031-12-2019
Fornecedores conta corrente 257.824 215.358
Faturas em receção e conferência 1.675 2.406
259.499 217.764
30-06-202031-12-2019
NÃO CORRENTE
Cessão de créditos sem recurso i) 3.855 2.323
3.855 2.323
CORRENTE
Fornecedores de ativos fixos tangíveis e intangíveis 27.689 27.931
Dividendos distribuídos e não pagos ii) - 142.516
Cessão de créditos sem recurso i) 4.865 3.065
Adiantamentos de clientes 112 181
Outros 1.169 374
33.835 174.067
37.690 176.390
30-06-202031-12-2019
102
i) A subsidiária NOS Comunicações, S.A. concretizou operações de cessão de créditos
coordenadas pelo Banco Comercial Português e pela Caixa Geral de Depósitos, através das
quais cedeu créditos futuros, no montante de 63,9 milhões de euros, a serem gerados por
uma carteira de clientes corporate, sendo que, no semestre findo em 30 de junho de 2020, o
saldo ascende a 5,4 milhões de euros. Estas operações não implicaram qualquer alteração no
tratamento contabilístico dos créditos subjacentes ou na relação com os respetivos clientes.
ii) Os dividendos aprovados na Assembleia Geral de 19 de junho de 2020, foram pagos no dia 3
de julho de 2020 (Nota 21.4).
29. Receitas operacionais
As receitas operacionais consolidadas, nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020,
repartem-se da seguinte forma:
Estas receitas operacionais encontram-se líquidas de eliminações entre empresas do Grupo.
i) Esta rubrica inclui, essencialmente, receitas relativas: (a) subscrição de pacotes de canais base
que podem ser comercializados em bundle com os serviços de banda larga fixa e/ou voz fixa;
(b) subscrição de pacotes de canais premium e S-VOD; (c) aluguer de equipamento terminal;
(d) consumo de conteúdos (VOD); (e) tráfego e terminação voz móvel e fixa; (f) ativação do
serviço; (g) acesso à Internet de banda larga móvel; e (h) outros serviços adicionais (por
exemplo, firewall e antivírus) e prestação de serviços de gestão de datacenters e consultoria
na área dos sistemas de informação.
ii) Esta rubrica inclui, essencialmente: (a) receitas de bilheteira nos cinemas NOS e (b) receitas
relativas à distribuição de filmes a outros exibidores cinematográficos em Portugal.
iii) Esta rubrica inclui receitas de publicidade nos canais de televisão e nos cinemas NOS.
iv) Esta rubrica inclui receitas relacionadas com a produção de conteúdos audiovisuais e a
distribuição de canais, essencialmente TVCines.
v) Esta rubrica inclui, essencialmente, receitas relativas à venda de equipamento terminal,
telefones e telemóveis.
vi) Esta rubrica inclui, essencialmente, a venda de produtos de bar da NOS Cinemas e DVDs.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:
Receitas de serviços de comunicações (i) 311.821 619.046 290.402 592.016
Receitas distribuição e exibição cinematográfica (ii) 12.882 23.438 161 8.368
Receitas de publicidade (iii) 5.784 10.968 2.441 6.853
Produção e distribuição de conteúdos e canais (iv) 7.398 14.912 7.939 15.340
Outros 831 1.821 795 1.385
338.717 670.186 301.738 623.962
VENDAS:
Telco v) 15.014 30.891 16.931 32.083
Audiovisuais e exibição cinematográfica vi) 4.377 7.924 160 3.228
19.391 38.815 17.092 35.311
OUTRAS RECEITAS:
Telco 7.335 12.256 2.365 7.060
Audiovisuais e exibição cinematográfica 174 265 56 302
7.509 12.521 2.421 7.362
365.617 721.522 321.251 666.635
6M 202º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO2º TRIM 20
103
30. Custos com o pessoal
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, o número médio de pessoal ao serviço das
empresas incluídas na consolidação foi de 2.457 e 2.434, respetivamente. A 30 de junho de 2020, o
número de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação ascendia a 2.341.
Os custos com indemnizações pagas a colaboradores, enquadrando-se na definição de custos não
recorrentes da atividade operacional da empresa, encontram-se registados na rubrica de Custos de
reestruturação (Nota 37).
31. Custos diretos
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
No período findo em 30 de junho de 2020, foram reconhecidos custos de conteúdos, relativos a
contr
milhões de euros (Nota 38).
32. Custo das mercadorias vendidas
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
Remunerações 14.970 30.008 16.110 32.149
Encargos sociais 4.186 8.256 4.177 8.383
Outros benefícios 481 962 514 987
Outros 525 1.016 198 628
20.162 40.241 20.999 42.147
2º TRIM 20 6M 206M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
Custos de conteúdos 54.231 104.283 28.480 77.693
Custos de telecomunicações - tráfego 22.355 45.214 20.251 39.021
Custos de telecomunicações - capacidade 11.810 23.749 12.658 24.949
Custos relacionados com serviços a grandes clientes corporate 5.615 11.159 7.455 15.015
Negócio publicidade - espaços publicitários 3.733 6.866 1.686 4.527
97.744 191.271 70.529 161.204
2º TRIM 20 6M 206M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
Custo das mercadorias vendidas 12.979 26.498 15.116 29.220
Aumentos / (diminuições) da imparidade para inventários (Nota 15) 1.058 1.455 656 1.308
14.037 27.953 15.772 30.528
2º TRIM 20 6M 206M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
104
33. Serviços de suporte e fornecimentos e serviços externos
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, estas rubricas têm a seguinte composição:
34. Provisões e ajustamentos
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
35. Perdas / (Ganhos) em empresas participadas, líquidas
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
i) Durante o período findo em 30 de junho de 2020, em resultado dos impactos negativos
estimados com a propagação do novo coronavírus COVID-19 (Nota 46), nomeadamente,
quebra significativa da receita relacionada com canais premium de desporto, foi reconhecida
uma imparidade para o investimento financeiro da Sport TV no montante de 2,2 milhões de
euros (Nota 11).
Adicionalmente, tendo em conta igualmente os impactos negativos estimados com a propagação do
novo coronavírus COVID-19 (Nota 46), mais ainda a destabilização da economia angolana com a
quebra da procura e dos preços de petróleo, foram reconhecidas imparidades para o valor dos
dividendos e outras contas a receber da subsidiária angolana Finstar, no montante de 4,6 milhões de
euros (Notas 12 e 16).
SERVIÇOS DE SUPORTE:
Call centers e apoio a cliente 7.490 15.351 9.338 18.147
Suporte administrativo e outros 8.947 18.188 7.744 17.056
Sistemas de informação 3.057 6.934 3.205 6.558
19.494 40.473 20.287 41.762
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS:
Manutenção e reparação 9.507 19.801 10.634 21.099
Eletricidade 5.828 11.626 5.255 10.869
Trabalhos especializados 2.908 5.623 2.505 5.263
Comunicação 1.436 2.983 953 2.049
Instalação, montagem e aluguer de equipamentos 1.743 3.414 820 1.506
Honorários (112) 585 413 1.189
Deslocações e estadas 1.122 2.284 173 998
Outros fornecimentos e serviços externos 4.658 9.541 2.434 7.824
27.090 55.857 23.187 50.797
2º TRIM 20 6M 206M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO
Provisões (Nota 24) (1.687) (4.580) (4.075) (4.522)
Perdas de crédito esperadas - clientes (Nota 16) 2.447 8.452 3.440 7.022
Perdas de crédito esperadas - outros (Nota 12) 82 265 14 116
Outros 1 - (13) (13)
843 4.137 (634) 2.603
2º TRIM 19
REEXPRESSO2º TRIM 20 6M 20
6M 19
REEXPRESSO
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (NOTA 11)
Sport TV (34) 423 1.732 2.380
Dreamia (158) (197) (142) (245)
Finstar (637) (878) 1.283 1.364
Mstar (254) (607) (123) (372)
Upstar (5) (22) (0) (13)
Outros 11 9 22 (1)
(1.077) (1.273) 2.772 3.113
OUTROS i) (14) (16) (1.834) 6.649
(1.091) (1.289) 938 9.762
6M 19
REEXPRESSO
2º TRIM 19
REEXPRESSO2º TRIM 20 6M 20
105
36. Depreciações, amortizações e perdas por imparidade
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, esta rubrica tem a seguinte composição:
37. Custos de reestruturação
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os custos de reestruturação têm a seguinte
composição:
38. Outros Custos / (Ganhos) não recorrentes, líquidos
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os outros custos / (ganhos) não recorrentes
têm a seguinte composição:
i) No período findo em 30 de junho de 2020, como consequência direta do abrandamento da
economia portuguesa decorrente das medidas adotadas para combate ao novo coronavírus
COVID-19, a empresa reconheceu os seguintes gastos extraordinários:
1) reforço de perdas de créditos esperadas de contas a receber, no montante de,
aproximadamente, 21,2 milhões de euros, decorrente da incorporação, no modelo de
projeção de cobranças futuras, das novas projeções divulgadas pelo Banco de Portugal
para o crescimento do PIB e Taxa de desemprego para os próximos 3 anos, e identificação
de clientes particularmente afetados com a atual crise, nomeadamente, no negócio de
cinemas;
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Edifícios e outras construções 2.570 4.577 2.623 5.285
Equipamento básico 42.468 76.830 36.537 69.500
Equipamento de transporte - 1 1 2
Ferramentas e utensílios 15 26 11 24
Equipamento administrativo 747 2.030 1.173 2.364
Outros ativos fixos tangíveis 186 384 147 298
45.986 83.848 40.492 77.473
ATIVOS INTANGÍVEIS
Propriedade industrial e outros direitos 20.366 39.740 21.304 45.652
20.366 39.740 21.304 45.652
ENCARGOS DE CONTRATOS COM CLIENTES
Encargos de contratos com clientes 24.652 50.089 25.063 50.115
24.652 50.089 25.063 50.115
DIREITOS DE USO
Direitos de uso 12.137 26.783 14.329 28.418
12.137 26.783 14.329 28.418
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Propriedades de investimento - 1 4 8
- 1 4 8
103.141 200.461 101.192 201.666
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO2º TRIM 20 6M 20
Indemnizações a pessoal 922 2.407 244 682
Fornecimentos e serviços externos associados ao processo de integração 800 901 - -
Custos com pessoal afetos a projetos não recorrentes 629 956 176 316
2.351 4.264 420 998
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO2º TRIM 20 6M 20
CUSTOS
Perdas resultantes dos impactos COVID-19 (Nota 47) i) - - 780 41.386
Outros 1.697 3.289 2.703 7.280
TOTAL 1.697 3.289 3.483 48.666
2º TRIM 19
REEXPRESSO
6M 19
REEXPRESSO6M 202º TRIM 20
106
2) reconhecimento de perdas de créditos esperadas da totalidade dos incumprimentos
faturados a clientes e não provisionados, no montante de, aproximadamente, 7,0 milhões
de euros, como consequência da previsível redução acentuada da sua cobrança;
3) reconhecimento de perdas para contratos onerosos relacionados com conteúdos premium
de desporto, no montante de 10,8 milhões de euros;
4) e ainda perdas relacionadas com aquisição de diversos materiais de segurança para
combate à propagação do novo coronavírus COVID-19, no montante de,
aproximadamente, 2,4 milhões de euros.
Na nota 47.1. são apresentadas divulgações adicionais sobre os impactos decorrentes do COVID-19.
39. Custos de financiamento e outros custos / (Proveitos)
financeiros, líquidos
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os custos de financiamento e outros custos /
(proveitos) financeiros líquidos têm a seguinte composição:
Os juros obtidos correspondem predominantemente a juros de mora cobrados a clientes.
40. Resultado líquido por ação
Os resultados por ação, nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, foram calculados
como se segue:
Nos períodos apresentados não existiram quaisquer efeitos diluitivos com impacto no resultado
líquido por ação, pelo que este é igual ao resultado básico por ação.
CUSTOS DE FINANCIAMENTO:
JUROS SUPORTADOS:
Empréstimos obtidos 6.924 5.524
Locações 4.785 3.177
Derivados 780 37
Outros 748 1.757
13.237 10.495
JUROS OBTIDOS (2.599) (1.244)
10.638 9.251
OUTROS CUSTOS / (PROVEITOS) FINANCEIROS LÍQUIDOS:
Comissões dos empréstimos obtidos 1.392 1.439
Outros 377 331
1.769 1.770
6M 19
REEXPRESSO6M 20
Resultado líquido consolidado, atribuível a acionistas 47.735 90.196 45.341 34.986
Nº de ações ordinárias em circulação no exercício (média ponderada) 513.188.134 513.257.132 513.256.224 512.909.400
Resultado básico por ação - euros 0,09 0,18 0,09 0,07
Resultado diluído por ação - euros 0,09 0,18 0,09 0,07
2º TRIM 19
REEXPRESSO2º TRIM 20
6M 19
REEXPRESSO6M 20
Resultado líquido consolidado, atribuível a acionistas das unidades operacionais
em continuação47.742 89.780 39.072 28.579
Nº de ações ordinárias em circulação no exercício (média ponderada) 513.188.134 513.257.132 513.256.224 512.909.400
Resultado básico por ação - euros 0,09 0,17 0,08 0,06
Resultado diluído por ação - euros 0,09 0,17 0,08 0,06
6M 19
REEXPRESSO6M 20
2º TRIM 19
REEXPRESSO2º TRIM 20
107
41. Garantias e compromissos financeiros assumidos
41.1. Garantias
Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, o Grupo apresenta garantias a favor de terceiros
correspondentes às seguintes situações:
i) Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, este montante refere-se a garantias
exigidas pela Administração Fiscal no âmbito de processos fiscais contestados pela Empresa e
suas participadas (Nota 43).
ii) Em 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, este montante refere-se, essencialmente,
a garantias prestadas no âmbito dos processos de Taxas Municipais de Direitos de Passagem,
a garantias prestadas a locadores de salas de cinema e a garantias bancárias prestadas às
empresas que prestam o serviço de aluguer de capacidade de satélite.
No âmbito do financiamento obtido pela Upstar junto do Banco Comercial Português, no montante
total de 10 milhões de euros, a NOS assinou uma Livrança no montante proporcional à participação
detida de 30% do financiamento.
Durante o primeiro semestre de 2015, 2016, 2017 e 2018, e na sequência da nota de liquidação
relativa ao CLSU 2007-2009, 2010-2011, 2012-2013 e 2014, respetivamente, a NOS constituiu a favor
do Fundo de Compensação do Serviço Universal fianças, nos montantes de 23,6 milhões de euros,
16,7 milhões de euros, 17,5 milhões de euros e 3,0 milhões de euros, respetivamente, de modo a
prevenir a instauração de processo de execução fiscal com vista ao pagamento coercivo do valor
liquidado.
Adicionalmente, para além das garantias exigidas pela Administração Fiscal, foram constituídas
fianças relativas a processos fiscais em curso em que a NOS constituiu-se fiadora da NOS SA, até ao
montante de 14,1 milhões de euros.
41.2. Outros compromissos
Covenants
Dos empréstimos obtidos, para além de estarem sujeitos ao cumprimento pelo Grupo das suas
obrigações (operacionais, legais e fiscais) 100% dos mesmos encontram-se sujeitos a cláusulas de
Cross default, Pari Passu e Negative Pledge e 90% encontram-se sujeitos a cláusulas de Ownership.
Adicionalmente, cerca de 27% do total dos empréstimos obtidos exigem que a dívida financeira
líquida consolidada não exceda até 3 vezes o EBITDA após pagamento de leasings consolidado, cerca
de 3% exigem que a dívida financeira líquida consolidada não exceda até 3,5 vezes o EBITDA após
pagamento de leasings consolidado, cerca de 1% exigem que a dívida financeira líquida consolidada
não exceda até 4 vezes o EBITDA após pagamento de leasings consolidado, e cerca de 10% exigem
que a dívida financeira líquida consolidada não exceda até 5 vezes o EBITDA após pagamento de
leasings consolidado.
Dívida Financeira Líquida = Empréstimos - Leasings - Caixa e Equivalentes de Caixa
EBITDA = Resultado Operacional + Depreciações, amortizações e perdas por imparidade + Custos de
reestruturação + Perdas / (ganhos) com a alienação de ativos + Outros custos / (ganhos) não
recorrentes
Administração fiscal i) 26.852 26.852
Outros ii) 10.515 10.497
37.367 37.349
30-06-202031-12-2019
108
EBITDA após pagamento de leasings = EBITDA pagamentos de Leasings (Capital e Juros)
Contratos de cessão de direitos de transmissão de futebol
Em dezembro de 2015, a NOS celebrou um contrato com a Sport Lisboa e Benfica Futebol SAD e a
Benfica TV, S.A. relativo aos direitos de transmissão televisiva de jogos em casa da Equipa A de
futebol sénior da Benfica SAD para a Liga NOS, bem como dos direitos de transmissão e distribuição
do Canal Benfica TV. O contrato teve início na época desportiva 2016/2017 e uma duração inicial de
3 anos podendo ser renovado por decisão de qualquer das partes até perfazer um total de 10 épocas
desportivas, ascendendo a contrapartida financeira global ao montante de 400 milhões de euros,
repartida em montantes anuais progressivos.
Também em dezembro de 2015, a NOS celebrou um contrato com a Sporting Clube de Portugal
Futebol SAD e a Sporting Comunicação e Plataformas, S.A. que inclui os seguintes direitos:
1) Direito de transmissão televisiva e multimédia dos jogos em casa da Equipa A de futebol
sénior da Sporting SAD;
2) Direito de exploração da publicidade estática e virtual do estádio José Alvalade;
3) Direito de transmissão e distribuição do Canal Sporting TV; e,
4) Direito de ser o seu Principal Patrocinador.
O contrato terá uma duração de 10 épocas no que se refere aos direitos indicados em 1) e 2), supra,
com início em julho de 2018, de 12 épocas no caso dos direitos mencionados em 3) com início em
julho de 2017 e 12 épocas e meia no caso dos direitos mencionados em 4) com início em janeiro de
2016, ascendendo a contrapartida financeira global ao montante de 446 milhões de euros, repartida
em montantes anuais progressivos.
Ainda em dezembro de 2015, a NOS celebrou contratos relativos aos direitos de transmissão
televisiva dos jogos em casa do Futebol Sénior com as seguintes sociedades desportivas:
1) Associação Académica de Coimbra Organismo Autónomo de Futebol, SDUQ, Lda
2) Os Belenenses Sociedade Desportiva Futebol, SAD
3) Clube Desportivo Nacional Futebol, SAD
4) Futebol Clube de Arouca Futebol, SDUQ, Lda
5) Futebol Clube de Paços de Ferreira, SDUQ, Lda
6) Marítimo da Madeira Futebol, SAD
7) Sporting Clube de Braga Futebol, SAD
8) Vitória Futebol Clube, SAD
Os contratos têm todos início na época desportiva 2019/2020 e uma duração de até 7 épocas
desportivas, com exceção do contrato com o Sporting Clube de Braga Futebol, SAD o qual tem
duração de 9 épocas.
Durante o ano de 2016, foram ainda celebrados contratos relativos aos direitos de transmissão
televisiva dos jogos em casa do Futebol Sénior com as seguintes sociedades desportivas:
1) C. D. Tondela Futebol, SDUQ, Lda
2) Clube Futebol União da Madeira, Futebol, SAD
3) Grupo Desportivo de Chaves Futebol, SAD
4) Sporting Clube da Covilhã Futebol, SDUQ, Lda
5) Clube Desportivo Feirense Futebol, SAD
6) Sport Clube de Freamunde Futebol, SAD
7) Sporting Clube Olhanense Futebol, SAD
8) Futebol Clube de Penafiel, SDUQ, Lda
109
9) Portimonense Futebol, SAD
Os contratos têm todos início na época desportiva 2019/2020 e uma duração de até 3 épocas
desportivas.
Em maio de 2016, a NOS e a Vodafone acordaram na disponibilização recíproca, por várias épocas
desportivas, de conteúdos desportivos (nacionais e internacionais) detidos pelas empresas,
diretamente pela parte cedente ou indiretamente através da cedência a canais ou modelos de
terceiros de distribuição de conteúdos, tendo como objetivo assegurar a ambas as empresas a
disponibilização dos direitos de transmissão dos jogos em casa dos clubes, bem como dos direitos
de transmissão e distribuição de canais de desporto e de canais de clubes, cujos direitos sejam
detidos por cada uma das partes em cada momento. O acordo produziu os seus efeitos logo a partir
da época desportiva 16/17, garantindo que os clientes da NOS e da Vodafone podem ter acesso ao
canal do Benfica e aos jogos do Benfica em casa, independentemente do canal onde estes jogos
sejam transmitidos.
Tendo em conta a possibilidade que o acordo celebrado previa de alargar-se aos outros operadores,
em julho de 2016 a MEO e a Cabovisão aderiram ao mesmo, pondo designadamente fim à falta de
disponibilização na grelha da NOS do Porto Canal e garantindo que todos os clientes de televisão
paga em Portugal podem ter acesso a todos os conteúdos desportivos relevantes,
independentemente do operador de telecomunicações que utilizem.
No âmbito do acordo celebrado com os restantes operadores, como contrapartida pela
disponibilização recíproca dos direitos, os custos globais são repartidos de acordo com as receitas
retalhistas de telecomunicações e as quotas de mercado de Pay TV.
Os cash-flows estimados, resumem-se como segue:
* Inclui direitos de transmissão de jogos e canais, publicidade e outros.
No período findo em 30 de junho de 2020, com o cancelamento da 2ª liga de futebol como
consequência da pandemia COVID-19, o pagamento a estes clubes, no montante de 0,7 milhões de
euros, encontra-se suspenso.
Contrato de partilha de rede com a Vodafone
A NOS e a Vodafone Portugal celebraram no dia 29 de setembro de 2017 um acordo de
desenvolvimento e partilha de infraestrutura de abrangência nacional. Esta parceria permite aos dois
Operadores a disponibilização das suas ofertas comerciais, sob a rede partilhada, a partir do início de
2018.
O acordo abrange a partilha recíproca de fibra escura em cerca de 2,6 milhões de casas, em que cada
uma das entidades partilha, com a outra, um valor equivalente de investimento, ou seja, partilham
bens semelhantes, pressupondo que as duas empresas mantêm total autonomia, independência e
confidencialidade no desenho das ofertas comerciais e gestão da base de dados dos clientes e na
escolha das soluções tecnológicas que decidam vir a implementar, não originando qualquer impacto
nas demonstrações financeiras do Grupo (de acordo com a IAS 16, esta troca de ativos similares não
monetários será apresentada pelo líquido).
Cash-flows estimados com os contratos celebrados pela NOS
com as sociedades desportivas *
Cash flows estimados da NOS, para os contratos celebrados pela NOS (líquidos
dos montantes debitados aos operadores) e para os contratos celebrados pelos
restantes operadores
Épocas 2019/20 seguintes
110
A parceria foi ainda alargada à partilha de infraestrutura móvel, onde está acordada a partilha mínima
de 200 torres móveis.
42. Partes relacionadas
42.1. Saldos e transações entre entidades relacionadas
As transações e saldos entre a NOS e empresas do Grupo NOS foram eliminados no processo de
consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente Nota.
Os saldos a 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020 e as transações ocorridas no semestres
findos em 30 de junho de 2019 e 2020 entre o Grupo NOS e as empresas associadas,
empreendimentos conjuntos e outras partes relacionadas, são como se segue:
Saldos a 31 de dezembro de 2019
CONTAS A
RECEBER E
CUSTOS
DIFERIDOS
CONTAS A
PAGAR E
PROVEITOS
DIFERIDOS
EMPRÉSTIMOS
CONCEDIDOS
EMPRESAS ASSOCIADAS 23.780 45.026 -
Big Picture 2 Films 41 625 -
Sport TV 23.739 44.401 -
EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE 18.029 3.834 2.923
Dreamia Holding BV - - 2.923
Dreamia SA 2.623 2.465 -
Finstar 7.654 10 -
Mstar 14 - -
Upstar 7.066 1.217 -
ZAP Media 672 142 -
OUTRAS PARTES RELACIONADAS 10.014 8.734 -
Banco BIC Português, S.A. 372 0 -
Centro Colombo- Centro Comercial, S.A. 140 7 -
Digitmarket-Sistemas de Informação,SA 273 222 -
EFACEC Engenharia e Sistemas 21 1.388 -
EFACEC Serviços Corporativos 480 - -
ITRUST - Cyber Security and Intellig.,SA 317 510 -
Maiashopping- Centro Comercial, S.A. 293 1 -
MDS Corretor de Seguros, SA 107 (0) -
Modelo Continente Hipermercados,SA 704 81 -
Norteshopping-Centro Comercial, S.A. 121 6 -
Olivedesportos - Publicidade, Televisão e Media - 3.792 -
RACE-Refrig. & Air Condit.Engineering,SA 99 321 -
SC - Sociedade de Consultoria, SA 171 - -
Sierra Portugal, SA 510 (5) -
682 - -
UNITEL S.a.r.l. 2.468 1.564 -
UNITEL T+ Telecomunicações, S.A. 179 290 -
Worten-Equipamento para o Lar,SA 1.679 540 -
Outras partes relacionadas 1.398 18 -
51.823 57.594 2.923
111
Transações durante o semestre findo em 30 de junho de 2019
VENDAS, PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS E
OUTROS
RENDIMENTOS
COMPRAS E
SERVIÇOS
RECEBIDOS
JUROS OBTIDOSJUROS
SUPORTADOS
ACIONISTAS
Banco BPI
EMPRESAS ASSOCIADAS 959 39.628 - -
Big Picture 2 Films 69 1.271 - -
Sport TV 890 38.357 - -
EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE 8.129 (178) 70 -
Dreamia Holding BV - - 70 -
Dreamia SA 1.870 (201) - -
Finstar 4.665 - - -
MSTAR 17 - - -
Upstar 1.446 24 - -
ZAP Media 132 - - -
OUTRAS PARTES RELACIONADAS 13.398 10.141 - 45
Banco BIC Português, S.A. 770 - - -
Cascaishopping- Centro Comercial, S.A. 7 385 - -
Centro Colombo- Centro Comercial, S.A. 8 1.039 - -
Centro Vasco da Gama-Centro Comercial,SA 7 525 - -
Continente Hipermercados, S.A. 164 19 - -
Digitmarket-Sistemas de Informação,SA 159 864 - -
EFACEC Energia 86 27 - -
EFACEC Serviços Corporativos 557 - - -
EFACEC Engenharia e Sistemas 68 - - -
Gaiashopping I- Centro Comercial, S.A. 15 143 - -
ITRUST - Cyber Security and Intellig.,SA 22 1.129 - -
Maiashopping- Centro Comercial, S.A. 9 156 - -
Modelo Continente Hipermercados,SA 1.766 6 - -
MDS Corretor de Seguros, SA 271 61 - -
Norteshopping-Centro Comercial, S.A. 8 717 - -
SC-Consultadoria,SA 619 - - -
SDSR - Sports Division SR, S.A. 137 - - -
SFS, Gestão e Consultoria, S.A. 3 236 - -
Sonae Arauco Portugal, S.A. 219 - - -
Sonae Financial Services, S.A. 145 - - -
Sierra Portugal, SA 1.396 131 - -
Solinca - Health & Fitness, SA 210 - - -
1.908 - - -
UNITEL S.a.r.l. 1.779 324 - -
We Do Consulting-SI,SA 264 3.118 - -
Worten-Equipamento para o Lar,SA 1.234 732 - -
Outras partes relacionadas 1.569 530 - 45
22.487 49.592 70 45
112
Saldos a 30 de junho de 2020
CONTAS A
RECEBER E
CUSTOS
DIFERIDOS
CONTAS A
PAGAR E
PROVEITOS
DIFERIDOS
EMPRÉSTIMOS
CONCEDIDOS
EMPRESA ACIONISTA 578 (56) -
BPI 578 (56) -
EMPRESAS ASSOCIADAS 6.625 60.589 -
Big Picture 2 Films 10 19 -
Sport TV 6.615 60.569 -
EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE 14.742 2.750 2.919
Dreamia Holding BV 73 - 2.907
Dreamia SA 2.042 1.173 12
Finstar 7.244 67 -
Mstar 10 - -
Upstar 4.569 1.368 -
ZAP Media 804 142 -
OUTRAS PARTES RELACIONADAS 12.175 3.135 -
Banco BIC Português, S.A. 180 (1) -
Digitmarket-Sistemas de Informação,SA 123 262 -
EFACEC Engenharia e Sistemas 13 434 -
EFACEC Serviços Corporativos 525 - -
S21SEC Portug-Cyber Security Services,SA 242 329 -
Maiashopping- Centro Comercial, S.A. 269 1 -
Modelo Continente Hipermercados,SA 617 11 -
MDS Corretor de Seguros, SA 101 (0) -
Norteshopping-Centro Comercial, S.A. 2.952 7 -
SC-Consultadoria,SA 372 - -
Sierra Portugal, SA 605 (8) -
640 - -
SDSR - Sports Division SR, S.A. 103 (0) -
UNITEL S.a.r.l. 2.716 1.793 -
Worten-Equipamento para o Lar,SA 1.437 332 -
Outras partes relacionadas 1.281 (25) -
34.121 66.419 2.919
113
Transações durante o semestre findo em 30 de junho de 2020
A Empresa celebra regularmente operações e contratos com diversas entidades dentro do Grupo
NOS. Tais operações foram realizadas nos termos normais de mercado para operações similares,
fazendo parte da atividade corrente das sociedades contraentes.
Em resultado do número elevado de entidades relacionadas com saldos e transações de baixo valor,
com as entidades cujos montantes são inferiores a 100 mil euros.
VENDAS, PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS E
OUTROS
RENDIMENTOS
COMPRAS E
SERVIÇOS
RECEBIDOS
JUROS
OBTIDOS
EMPRESA ACIONISTA 690 - -
BPI 690 - -
EMPRESAS ASSOCIADAS 641 33.262 -
Big Picture 2 Films 59 1.333 -
Sport TV 582 31.928 -
EMPRESAS CONTROLADAS
CONJUNTAMENTE 7.436 163 69
Dreamia Holding BV - - 57
Dreamia SA 1.976 73 12
Finstar 4.966 - -
MSTAR 8 - -
Upstar 354 90 -
ZAP Media 132 - -
OUTRAS PARTES RELACIONADAS 13.990 6.344 -
Banco BIC Português, S.A. 856 -
Cascaishopping- Centro Comercial, S.A. 7 305 -
Centro Colombo- Centro Comercial, S.A. 8 682 -
Continente Hipermercados, S.A. 166 20 -
Digitmarket-Sistemas de Informação,SA (7) 783 -
EFACEC Serviços Corporativos 754 - -
EFACEC Engenharia e Sistemas 28 750
Gaiashopping I- Centro Comercial, S.A. 7 155 -
S21SEC Portug-Cyber Security Services,SA 23 1.393 -
Modelo Continente Hipermercados,SA 1.865 48 -
MDS Corretor de Seguros, SA 387 - -
Norteshopping-Centro Comercial, S.A. 2.592 522 -
PHARMACONTINENTE - Saúde e Higiene, S.A. 139 - -
SC-Consultadoria,SA 512 - -
SFS, Gestão e Consultoria, S.A. 3 121 -
Sonae Arauco Portugal, S.A. 193 - -
Sierra Portugal, SA 1.226 45 -
Solinca - Health & Fitness, SA 185 - -
1.690 - -
SDSR - Sports Division SR, S.A. 164 - -
UNITEL S.a.r.l. 131 101 -
Centro Vasco da Gama-Centro Comercial,SA 8 340 -
Worten-Equipamento para o Lar,SA 1.645 622 -
Outras partes relacionadas 1.409 457 -
22.756 39.768 69
114
43. Processos judiciais em curso, ativos contingentes e passivos
contingentes
43.1. Processos com entidades reguladoras e Autoridade da Concorrência (AdC)
• A NOS SA, a NOS Açores e a NOS Madeira têm vindo a impugnar judicialmente os atos da
ANACOM de liquidação da Taxa Anual de Atividade (correspondente aos anos de 2009, 2010,
2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019) enquanto Fornecedor de Redes de
Serviços de Comunicações Eletrónicas, sendo, além disso, peticionada a restituição das
quantias entretanto pagas no âmbito da execução dos referidos atos de liquidação. As
liquidações referentes ao ano 2018 foram impugnadas no primeiro semestre de 2019. As
liquidações referentes ao ano de 2019 foram impugnadas até ao final do primeiro semestre de
2020.
Os valores das liquidações são respetivamente os seguintes:
• NOS SA: 2009: 1.861 milhares de euros, 2010: 3.808 milhares de euros, 2011: 6.049 milhares
de euros, 2012: 6.283 milhares de euros, 2013: 7.270 milhares de euros, 2014: 7.426 milhares
de euros, 2015: 7.253 milhares de euros, 2016: 8.242 milhares de euros, 2017: 9.099 milhares
de euros, 2018: 10.303 milhares de euros e 2019: 10.169 milhares de euros.
• NOS Açores: 2009: 29 milhares de euros; 2010; 60 milhares de euros, 2011: 95 milhares de
euros, 2012: 95 milhares de euros, 2013: 104 milhares de euros, 2014: 107 milhares de euros,
2015: 98 milhares de euros, 2016: 105 milhares de euros, 2017: 104 milhares de euros, 2018:
111 milhares de euros e 2019: 107 milhares de euros.
• NOS Madeira: 2009: 40 milhares de euros, 2010: 83 milhares de euros, 2011: 130 milhares de
euros, 2012: 132 milhares de euros, 2013: 149 milhares de euros, 2014: 165 milhares de euros,
2015: 161 milhares de euros, 2016: 177 milhares de euros, 2017: 187 milhares de euros, 2018:
205 milhares de euros e 2019: 195 milhares de euros.
A taxa corresponde a uma percentagem definida anualmente pela ANACOM (em 2009 foi de
0,5826%) sobre as receitas de comunicações eletrónicas dos operadores. As empresas NOS SA,
NOS Açores e NOS Madeira, nas impugnações que promovem, invocam, nomeadamente, i) vícios de
inconstitucionalidade e ilegalidade relacionados com a inclusão, na contabilização dos custos da
ANACOM, das provisões constituídas pelo regulador, por efeito de processos judiciais intentados
contra esta (incluindo estas mesmas impugnações da taxa de atividade) e ii) que apenas as receitas
relativas à atividade de comunicações eletrónicas propriamente dita, inequivocamente sujeita à
regulação da ANACOM, podem ser consideradas para efeitos de aplicação da percentagem e cálculo
da taxa a pagar, não devendo ser consideradas receitas provenientes dos conteúdos televisivos.
Foram proferidas seis sentenças sobre a matéria, a saber, no âmbito da impugnação da Taxa Anual
de 2009 (Ex-ZON), de 2010 (Ex-ZON, em abril de 2018 e NOS Madeira, em maio de 2020), de 2011
(NOS Madeira, em maio de 2020), de 2012 (Ex- ZON e da Ex-Optimus, respetivamente em setembro
de 2017 e em maio de 2018).A primeira sentença julgou procedente a impugnação respetiva, mas
tendo apenas por base o vício da falta de audiência prévia e condenando a ANACOM a pagar juros.
Dessa decisão, a ANACOM apresentou recurso, mas o Tribunal de recurso, por decisão de julho de
2013, não deu provimento ao mesmo. As cinco restantes decisões julgaram também, e por sua vez,
procedentes as impugnações respetivas, mas desta feita por razões de fundo, anulando o ato
impugnado por ilegalidade, com as legais consequências, designadamente impondo a devolução à
NOS do tributo pago ainda não devolvido e condenando a ANACOM no pagamento de juros
indemnizatórios. Estas decisões foram objeto de recurso pela ANACOM para o Tribunal Central
Administrativo - Sul, onde se encontram pendentes ou, quanto às 2 mais recentes, aguardam
trânsito em julgado.
115
Os demais processos encontram-se a aguardar julgamento e/ou decisão.
• Durante o primeiro trimestre de 2017, a NOS foi notificada, pela ANACOM, da instauração de
processo de contraordenação relacionado com comunicações de atualização de preços, no
final de 2016. À data, não é possível determinar qual será o âmbito do processo de
contraordenação.
• No passado dia 17 de julho, a NOS foi notificada pela AdC de uma nota de ilicitude (acusação)
relativa a marketing digital no motor de busca da google, que acusa os operadores MEO, NOS,
NOWO e Vodafone de concertação, para o período compreendido entre 2010 a 2018, não
identificando uma coima concreta. Não é possível, à data, estimar o montante de uma
eventual coima.
A NOS encontra-se a preparar a sua defesa escrita e, apenas após a apresentação desta, a AdC
decidirá por uma condenação ou absolvição, sendo convicção do Conselho de Administração,
tendo em conta os elementos que conhece, que conseguirá demonstrar os vários argumentos
a favor da sua defesa.
43.2. Administração fiscal
No decurso dos exercícios de 2003 a 2020, algumas empresas do Grupo NOS foram objeto de
Inspeção Tributária aos exercícios de 2001 a 2018. Na sequência das sucessivas inspeções, a NOS
SGPS, enquanto sociedade dominante do Grupo Fiscal, bem como as empresas que não integraram
o Grupo Fiscal, foram notificadas das correções efetuadas pelos Serviços de Inspeção Tributária em
sede do IRC, do IVA e do Imposto de Selo e dos pagamentos adicionais correspondentes. O valor
total das notificações por liquidar, acrescido de juros e encargos, ascende a 28,9 milhões de euros.
As referidas notas de liquidação, foram contestadas na sua totalidade encontrando-se os respetivos
processos judiciais em curso.
Baseado nos pareceres obtidos juntos dos mandatários dos processos e de consultores fiscais, o
Conselho de administração mantém a convicção de um desfecho favorável, razão pela qual mantem
os referidos processos em tribunal. Não obstante, em respeito pelo princípio da prudência,
periodicamente é efetuada uma avaliação do nível de exposição do grupo a estes processos, em face
da evolução da jurisprudência, e consequentemente ajustadas as provisões constituídas para o
efeito. O Grupo prestou garantias bancárias exigidas pela Administração Fiscal, no âmbito destes
processos, conforme referido na Nota 41.
43.3. Ações da MEO contra a NOS SA, NOS Madeira e NOS Açores e da NOS SA contra
a MEO
• Em 2011, a MEO intentou contra a NOS SA, no Tribunal Judicial de Lisboa, um pedido de
indemnização de 10,3 milhões de euros, a título de compensação por alegadas portabilidades
indevidas da NOS SA no período compreendido entre março de 2009 e julho de 2011. A NOS
SA apresentou em tal processo contestação e réplica, tendo o Tribunal ordenado inicialmente
a realização de uma perícia, que foi, entretanto, julgada sem efeito. A audiência de discussão e
julgamento teve lugar no final de abril e início de maio de 2016, tendo sido proferida sentença
em setembro do mesmo ano, que julgou parcialmente procedente a ação, com fundamento
não na demonstração da existência de portabilidades indevidas, que o Tribunal determinou
restringir-se àquelas que não correspondem à vontade do titular, mas de mero atraso no envio
da documentação relativa às portabilidades pelo Portador Recetor (NOS) ao Prestador
Detentor (MEO). Nesse sentido, condenou a NOS ao pagamento à MEO de aproximadamente
5,3 milhões de euros, decisão da qual apenas a NOS recorreu para o Tribunal da Relação de
Lisboa. A MEO, por sua vez, conformou-se com a sentença proferida e não recorreu da parte
116
da sentença que absolveu a NOS dos pedidos que formulou de compensação - no valor
sensivelmente de 5,0 milhões de euros - respeitantes a supostas portabilidades indevidas. O
Tribunal da Relação de Lisboa, no primeiro trimestre de 2018, veio confirmar a decisão
proferida pelo Tribunal de primeira instância, exceto quanto a juros, em que deu razão ao
alegado pela NOS, no sentido de que os juros deviam contabilizar-se a partir da citação para a
ação e não da data do vencimento das faturas. A NOS interpôs, junto do Supremo Tribunal de
Justiça (STJ), recurso excecional de revista, no seio do qual o STJ considerou os factos dados
como provados pelos tribunais inferiores insuficientes para resolver a questão de mérito. Em
consequência, o STJ determinou que o tribunal recorrido procedesse à ampliação da matéria
de facto. O processo baixou ao Tribunal da Relação e deste para o Tribunal de 1ª Instância para
a ampliação da matéria de facto nos termos pretendidos pelo STJ. Em novembro de 2019, o
Tribunal de 1.ª instância concedeu às partes a possibilidade de requererem a produção de
prova suplementar à matéria da ampliação, tendo a NOS solicitado a realização de uma perícia
e a repetição da prova testemunhal. Já em fevereiro de 2020, o Tribunal considerou que a
ampliação da matéria de facto acarreta a necessidade de obter novos elementos probatórios,
que impõem a análise da informação constante relativa a todas as portabilidades que servem
de base ao processo, determinando a realização de prova pericial para o efeito. O processo
aguarda a nomeação do perito.
• A MEO efetuou três notificações judiciais avulsas à NOS SA (abril de 2013, julho de 2015 e
março de 2016), três à NOS Açores (março e junho de 2013 e maio de 2016) e três à NOS
Madeira (março e junho de 2013 e maio de 2016), todas com vista a interromper a prescrição
de danos alegadamente emergentes de pedidos de portabilidade indevida, da ausência de
resposta em tempo a pedidos que lhes foram apresentados pela MEO e de pretensas recusas
ilícitas de pedidos eletrónicos de portabilidade. A MEO não indica em todas as notificações os
montantes totais em que pretende ser ressarcida, concretizando apenas parte desses, no caso
da NOS SA, o valor de 26 milhões de euros (para o período de agosto de 2011 a maio de 2014),
no caso da NOS Açores, o valor de 195 milhares de euros e da NOS Madeira, o valor de 817
milhares de euros.
• Em 2011, a NOS SA intentou, por seu lado, contra a MEO, no Tribunal Judicial de Lisboa, um
pedido de indemnização de 22,4 milhões de euros, por danos sofridos pela NOS SA,
decorrentes da violação do Regulamento da Portabilidade por parte da MEO, mais
concretamente, do avultado número de recusas injustificadas de pedidos de portabilidade pela
MEO no período entre fevereiro de 2008 a fevereiro de 2011. O tribunal decretou
oficiosamente a realização de prova pericial de índole técnica, já tendo sido notificado às
partes o relatório pericial e apresentadas pelas partes as respetivas reclamações/pedidos de
esclarecimento aos Senhores Peritos e respondidos estes últimos. Paralelamente, foi
solicitada pela NOS e aceite pelo Tribunal a realização de perícia económico-financeira, tendo o
relatório pericial sido concluído em junho de 2018. A MEO arguiu a nulidade do relatório
pericial, tendo a NOS apresentado resposta. O Tribunal indeferiu a nulidade do relatório
pericial por falta de fundamento legal e questionou as partes que haviam requerido a
comparência dos peritos na audiência final, para esclarecerem quais os pontos que, na sua
perspetiva, não teriam ficado claros no relatório pericial. A MEO reiterou o pedido de
comparência dos peritos em sede de audiência final para prestarem esclarecimentos, tendo a
NOS, por sua vez, prescindido da presença dos mesmos. No início de março de 2020, as partes
foram notificadas do agendamento de diligência judicial para o dia 17 de abril de 2020, com
117
vista à programação dos atos a realizar na audiência final, ao estabelecimento do número de
sessões e sua provável duração, bem como à designação das respetivas datas e, ainda,
realização de tentativa de conciliação. Contudo, atento o período de contingência em que nos
encontramos, a referida diligência judicial foi cancelada. É entendimento do Conselho de
Administração, corroborado pelos advogados que acompanham o processo, de que existem,
em termos formais e substantivos, boas probabilidades de a NOS SA poder obter vencimento
na ação, até pelo facto de a MEO já ter sido condenada, pelos mesmos ilícitos, pela ANACOM,
não sendo, contudo, possível determinar qual o desfecho da ação.
43.4. Ação intentada pela DECO
Em março de 2018, a NOS foi notificada de ação judicial intentada pela DECO contra a NOS, MEO e
NOWO, na qual é solicitada a declaração de nulidade da obrigação de pagamento dos aumentos de
preços impostos aos clientes, no final de 2016. Em abril e maio de 2018, as operadoras, incluindo a
2018, o Juízo Local Cível declarou-se incompetente para conhecer do Processo, sendo antes
competente para o efeito o Juízo Central Cível do mesmo Tribunal. Remetido o processo ao Juízo
Central, foi marcada audiência prévia para 8 de outubro de 2019, que veio a ser cancelada pelo facto
de o juiz se ter declarado impedido de apreciar a ação. O processo já foi novamente redistribuído e a
audiência prévia foi agendada para abril de 2020. Contudo, atento o período de contingência em que
nos encontramos, a referida diligência judicial foi cancelada e reagendada para setembro de 2020. É
convicção do Conselho de Administração que os argumentos utilizados pela autora não são
procedentes, razão por que se acredita que do desfecho do processo não deverão resultar impactos
significativos para as demonstrações financeiras do Grupo.
43.5. Tarifas de interligação
Em 31 de dezembro de 2019, existem saldos em aberto com operadores nacionais, registados nas
rubricas de clientes e fornecedores, no montante de 37.139.253 euros e 43.475.093 euros,
respetivamente, que resultam de um diferendo mantido, entre a subsidiária, NOS SA e
essencialmente, a MEO Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (anteriormente designada
TMN-Telecomunicações Móveis Nacionais, S.A.), relativo à indefinição dos preços de interligação do
ano de 2001. Na parte desta disputa com a MEO que estava em juízo, o resultado foi totalmente
favorável à NOS SA, tendo já transitado em julgado.
43.6. Penalidades contratuais
As condições gerais que regulam a vigência e cessação da relação contratual entre a NOS e os seus
clientes, estabelecem que em caso de desativação dos produtos e serviços por iniciativa do cliente
antes de decorrido o período de fidelização, o cliente fica obrigado ao pagamento imediato de uma
compensação pelo conjunto de vantagens que na perspetiva da duração acordada do contrato, lhe
foram proporcionadas pela operadora.
Em 2020, decorrente da previsível redução acentuada da cobrança destas penalidades, como
consequência direta do abrandamento da economia portuguesa decorrente das medidas adotadas
para combate ao novo coronavírus COVID-19, a NOS reconheceu perdas de créditos esperadas da
totalidade dos incumprimentos faturados a clientes e não provisionados, no montante de,
aproximadamente, 7,0 milhões de euros (Nota 38).
Em 30 de junho de 2020, os valores faturados e por receber destas indemnizações ascende a 110,7
milhões de euros.
118
44. Plano de atribuição de ações
Na Assembleia Geral de 23 de abril de 2014, foi aprovado o Regulamento sobre Remuneração
-se a colaboradores acima de determinado nível de função, sendo que o
exercício dos direitos ocorre três anos após a sua atribuição, desde que o colaborador se mantenha
na empresa durante esse período.
A 30 de junho de 2020, os planos em aberto são os seguintes:
Durante o semestre findo em 30 de junho de 2020, os movimentos ocorridos ao abrigo dos Planos,
detalham-se do seguinte modo:
(1) Inclui, predominantemente, correções efetuadas em função do dividendo pago, ações relativas a planos excecionalmente
liquidados em dinheiro, e ações relativas a saídas de colaboradores, sem direito a empossamento de ações.
Os custos dos planos de ações são reconhecidos ao longo do exercício que medeia a atribuição e o
exercício das mesmas. A responsabilidade dos planos é calculada com base na cotação à data de
atribuição de cada plano, para os planos liquidados em ações, ou à data de fecho, para os planos
liquidados em dinheiro. A 30 de junho de 2020, a responsabilidade em aberto relativa a estes planos
é de 4.460 milhares de euros, e está registada em Reservas, no montante de 3.564 milhares de
euros, para os planos liquidados em ações e em Acréscimos de Custos, no montante de 896
milhares de euros, para os planos liquidados em dinheiro.
Os custos reconhecidos ao longo dos exercícios anteriores e no período, e a respetiva
responsabilidade, são como se segue:
Excecionalmente, no primeiro trimestre de 2020, os planos a liquidar em dinheiro vencidos no ano,
foram pagos em ações.
45. Unidade Operacional Descontinuada
(sociedade integralmente detida pela Tofane), das ações representativas da totalidade do capital
NÚMERO DE
AÇÕES
PLANO NOS
Plano 2018 920.721
Plano 2019 786.731
Plano 2020 1.459.075
PLANO
NOS 2017
PLANO
NOS 2018
PLANO
NOS 2019
PLANO
NOS 2020TOTAL
SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2019: 856.299 866.098 739.162 - 2.461.559
MOVIMENTOS DO EXERCÍCIO:
Atribuídas - - - 1.364.152 1.364.152
Exercidas (Empossadas) (855.334) (4.985) (3.025) (2.899) (866.243)
Canceladas/Extintas/Corrigidas (1) (965) 59.608 50.594 97.822 207.058
SALDO A 30 DE JUNHO DE 2020 - 920.721 786.731 1.459.075 3.166.526
Custos reconhecidos em exercícios anteriores dos planos em aberto a 31 de dezembro de 2019 1.443 4.891 6.334
Custos de planos exercidos no período (empossados) - (3.920) (3.920)
Custos reconhecidos no período e outros (547) 2.593 2.046
TOTAL CUSTOS PLANOS 896 3.564 4.460
ACRÉSCIMOS DE
CUSTOSTOTALRESERVAS
119
prestação, por parte da Tofane a empresas do grupo NOS, de serviços grossistas de trânsito
internacional de Voz e SMS, serviços esses que eram anteriormente assegurados pela NOS ICS.
Com este acordo, o grupo NOS pretende otimizar a respetiva estrutura de custos relativa à
terminação do seu tráfego de Voz e SMS em destinos internacionais, ao mesmo tempo que reforça a
dedicação à sua atividade central.
A concretização do referido acordo ocorreu em 29 de junho de 2020. O preço de venda ascende a 9,6
milhões de euros e cujo recebimento de 5,5 milhões de euros ocorrerá ao longo de 5 anos (Nota 12).
Durante o período findo em 30 de junho de 2020, decorrente da alienação da NOS ICS e respetiva
classificação da empresa como uma unidade operacional descontinuada, os períodos comparativos,
na demonstração consolidada dos resultados, foram reexpressos.
Nos semestres findos em 30 de junho de 2019 e 2020, os contributos para os resultados desta
unidade operacional descontinuada têm a seguinte composição:
No período findo em 30 de junho de 2020, os fluxos de caixa de atividades operacionais ascenderam
a 2,3 milhões de euros.
No período findo em 30 de junho de 2020, os fluxos de caixa líquidos gerados com a venda da
empresa são:
• Caixa recebido pela venda da empresa: 4.084 milhares de euros
• Caixa deduzido da dívida vendido como parte da operação descontinuada: 2.256 milhares de
euros
• Entrada de caixa líquida na data da alienação: 1.828 milhares de euros.
46. Ativos detidos para venda
46.1. Alienação da NOS Towering, S.A.
No dia 14 de abril de 2020, a NOS Comunicações, S.A. e a Cellnex Telecom, S.A. celebraram um
acordo que tem por objeto a transmissão à Cellnex das ações representativas da totalidade do
RÉDITOS: 60.215 51.788
CUSTOS, PERDAS E GANHOS:
Custos com o pessoal 153 122
Custos diretos 59.355 50.864
Fornecimentos e serviços externos 170 213
Impostos indiretos - 242
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade - 3
59.678 51.444
RESULTADOS ANTES DE RESULTADOS FINANCEIROS E IMPOSTOS 537 344
Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas - (9)
Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos - 1
- (8)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 537 352
Mais-valia com alienação da unidade descontinuada - 6.151
Imposto sobre o rendimento 121 96
RESULTADO LÍQUIDO DAS UNIDADES OPERACIONAIS DESCONTINUADAS 416 6.407
RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO
Básico - euros 0,00 0,00
Diluído - euros 0,00 0,00
6M 19 6M 20
120
capital social da NOS Towering, S.A., compreendendo a venda de aproximadamente 2000 sites
(torres e rooftops).
Na mesma data, as partes celebraram um acordo de longa duração para prestação, por parte da
Cellnex, de serviços de hosting da rede ativa da NOS nas infraestruturas passivas adquiridas, pelo
período de 15 anos renovável automaticamente por iguais períodos. Adicionalmente, o acordo prevê
um aumento de perímetro de até 400 sites adicionais ao longo dos próximos 6 anos.
A concretização dos referidos acordos fica subordinada à satisfação das condições habituais neste
tipo de transação, e ainda à não oposição por parte da Autoridade da Concorrência (Nota 48).
O valor potencial da transação poderá ascender a 550 milhões de euros ao longo dos próximos 6
anos, com um pagamento inicial de 375 milhões de euros. O impacto esperado no Cash-flow
operacional pro-forma da NOS no primeiro ano é de aproximadamente 22 milhões de euros.
Este acordo permitirá à NOS continuar a otimizar e expandir a sua rede móvel de última geração,
reforçando simultaneamente a sua capacidade de investimento na criação do valor de longo prazo
para a empresa. Ao unir esforços com a Cellnex em Portugal, através desta parceria estratégica, a
NOS garante as suas necessidades presentes e futuras em termos da sua infraestrutura móvel
passiva. Para além deste acordo, a NOS continuará a perseguir outras oportunidades de otimização
da eficiência do seu investimento.
A operação da venda da empresa NOS Towering configurará, do ponto de vista contabilístico e para
efeitos de contas consolidados, um sale and lease back.
A 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020, os contributos para a demonstração da posição
financeira dos ativos e passivos detidos para venda têm a seguinte composição:
47. Outros Assuntos
47.1. COVID-19
Com o surgimento, propagação e infeção do novo coronavírus (COVID-19), foram tomadas diversas
medidas de contenção do vírus com impactos estimados muito significativos na economia
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE:
Ativos fixos tangíveis - 84.785
Direitos de uso - 28.870
Ativos por impostos diferidos - 6.344
TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE - 119.999
ATIVO CORRENTE:
Contas a receber - 788
Custos diferidos - 647
Caixa e equivalentes de caixa - 13
TOTAL DO ATIVO CORRENTE - 1.448
TOTAL DO ATIVO - 121.447
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos obtidos - 29.594
Provisões - 14.902
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE - 44.496
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos obtidos - 6.602
Contas a pagar - 6.533
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE - 13.135
TOTAL DO PASSIVO - 57.631
31-12-2019 30-06-2020
121
portuguesa, assim como noutras economias, nomeadamente, limitações aos direitos de deslocação
e encerramento de diversas instalações e estabelecimentos.
Como consequência das medidas de confinamento das populações, as pessoas e empresas foram e
estão a ser obrigadas a adaptarem-se a uma nova realidade, transformando quer a forma de
trabalhar, quer a forma como socializamos.
Na incerteza desta ameaça, é fundamental que as empresas delineiem e implementem, em tempo
oportuno, planos de contingência estruturados e eficientes que garantam a proteção do colaborador
e a continuidade do negócio ou que, pelo menos, atenuem os efeitos daí decorrentes.
Risco de saúde e segurança e interrupção do negócio
Neste contexto, desde o primeiro momento, a NOS tem em funções permanentes um Gabinete de
Acompanhamento do COVID-19 que tem por missão dotar a organização das condições necessárias
para gerir este risco, assim como analisar e acompanhar a evolução das diferentes fases. Os
principais objetivos do Gabinete de Acompanhamento do COVID-19 são garantir que a NOS, as suas
Empresas, os seus Colaboradores e Parceiros se encontram preparados para enfrentar a Pandemia
de COVID-19, de modo a:
i. Minimizar o impacto na saúde dos colaboradores e nas pessoas com quem estes se
relacionam;
ii. Garantir a continuidade do negócio, assegurando a prestação dos serviços considerados
críticos, sendo para tal necessário certificar a disponibilidade dos recursos-chave -
colaboradores, fornecedores, agentes, parceiros, etc. - e a adaptação a eventuais
necessidades dos clientes.
Ambos os objetivos são suportados por uma comunicação coerente e estruturada sobre o tema com
os diferentes stakeholders e uma articulação de alto nível com os organismos oficiais, em particular
com a Direcção-Geral de Saúde.
A nossa principal preocupação é naturalmente a saúde e o bem-estar de todos os nossos
colaboradores. Com o intuito de reforçar a proteção dos nossos colaboradores e a continuidade do
nosso negócio desde cedo ativámos um conjunto de medidas de proteção: trabalho remoto,
medidas de proteção no local de trabalho, restrição de viagens e visitantes, restrição na participação
em eventos e reuniões e medidas de reforço de higienização.
Estamos empenhados em apoiar os nossos clientes durante a atual crise de saúde pública COVID-19.
Num momento em que muitos portugueses estão a alterar os seus hábitos e rotinas e a trabalhar de
forma remota, manter os nossos clientes ligados é o principal objetivo da NOS. Para tal, facilitamos o
acesso aos serviços, através de ofertas de dados, suspensão da mensalidade dos canais premium
desportivos, reforço da capacidade de implementação de serviços empresariais e garantindo um
atendimento com toda a segurança e proteção nas nossas lojas, de forma a resguardar ao máximo
os nossos clientes, colaboradores e parceiros. A Rede de Telecomunicações da NOS suporta um
conjunto de serviços base da nossa sociedade, nos quais se incluem o nosso Sistema Nacional de
Saúde. Neste contexto de emergência de saúde global COVID-19 a manutenção das comunicações
dos Portugueses é uma tarefa fundamental.
Risco de liquidez e taxa de juro
Uma gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção de um nível adequado de caixa e
equivalentes de caixa para fazer face às responsabilidades assumidas, associado à negociação de
linhas de crédito com instituições financeiras.
122
Por este motivos, durante o primeiro trimestre de 2020, a NOS contratou 280 milhões de euros em
novas linhas de crédito, das quais 100 milhões de euros serviram para liquidar linhas de crédito que
se venciam em 2020, subsequente refinanciadas, e 180 milhões de euros reforçaram a
disponibilidade de liquidez (Nota 23).
A 30 de junho de 2020, a maturidade média dos financiamentos do grupo é de 2,7 anos, não se
perspetivando qualquer incumprimento dos covenants decorrente da redução dos resultados
projetada para o presente exercício.
Risco de crédito
O risco de crédito está relacionado, essencialmente, com créditos de serviços prestados a clientes,
monitorizado numa base regular de negócio e para as quais são apuradas perdas de crédito
esperadas considerando: i) o perfil de risco do cliente; ii) o prazo médio de recebimento; iii) a
condição financeira do cliente; e iv) perspetiva futura de evolução da cobrança.
No semestre findo em 30 de junho de 2020, como consequência direta do abrandamento da
economia portuguesa decorrente das medidas adotadas para combate ao novo coronavírus COVID-
19, a empresa reconheceu perdas de créditos esperadas extraordinárias de 28,2 milhões de euros
(Nota 38), incorporando, no modelo de projeção de cobranças futuras, as novas projeções
divulgadas pelo Banco de Portugal para o crescimento do PIB e Taxa de desemprego para os
próximos 3 anos.
Impactos
Como se tem verificado, trata-se de uma situação de extrema incerteza e muito dinâmica, o que
torna extremamente difícil estimar impactos, os quais têm sempre de considerar vários cenários e
inúmeras variáveis. Evidência dessa dificuldade, são as quedas históricas e volatilidade acentuada
das bolsas, um pouco por todo o Mundo; as grandes variações ocorridas nos últimos trimestres das
projeções futuras de indicadores macroeconómicos, bem como a disparidade dessas projeções
entre os vários organismos.
Os impactos na NOS fizeram-se já sentir nos resultados do primeiro semestre de 2020, com uma
queda da Receita, EBITDA e Cash-flow operacional consolidado de -7,6% (-54,9 milhões de euros);
-6,3% (-20,8 milhões de euros) e -6,6% (-7,5 milhões de euros), respetivamente, que evidenciam
uma redução de atividade em:
i. Cinemas e Audiovisuais: redução na afluência às salas de cinemas e encerramento desde o dia
16 de março, com adiamento na estreia de vários títulos, ligeiramente compensado com
negociações das rendas dos cinemas;
ii. Roaming e tráfego internacional: reflexo das restrições de viagens e a forma como o vírus está
disseminado em algumas regiões, a NOS apresentou um impacto negativo, quer nas receitas,
quer nos custos de roaming e tráfego internacional;
iii. Vendas de equipamentos: com o encerramento de centros comerciais e restrições a
deslocações, verificou-se uma redução na venda de telemóveis e equipamentos, que é
parcialmente compensada com o aumento das vendas online (podendo, no longo prazo, existir
um efeito positivo na evolução da adesão dos clientes aos canais digitais);
iv. Receitas de Dados móveis: as situações de quarentena e isolamento implicam um aumento de
utilização das redes wireless, reduzindo a utilização de dados móveis; e,
v. Quebra nas receitas relacionadas com conteúdos premium de desporto durante o período em
que o campeonato nacional este suspenso e publicidade.
Por outro lado, as projeções efetuadas para a economia portuguesa, levaram a uma reavaliação de
projeções e estimativas, que se traduziram no reforço, no primeiro trimestre de 2020 de
123
imparidades de contas a receber (28,2 milhões de euros) e registo de outros custos, relativos a
contratos onerosos (10,8 milhões de euros) (Nota 38), assim como o registo de imparidades na
35). Foi também efetuada uma revisão dos testes de imparidade, não se tendo concluído por
qualquer indício de imparidade, quer no Goodwill, quer noutro tipos de ativos.
Em termos de projeção de impactos futuros, estes dependerão da extensão, nomeadamente
temporal, da propagação do vírus e das respetivas medidas de contenção, sendo difícil de prever a
dimensão do impacto, sabendo, contudo, que este ocorrerá nas áreas acima identificadas. A
estrutura de capital da NOS encontra-se dentro do limiar de 2x a Dívida Financeira Líquida / EBITDA
Após Pagamentos de Leasings (EBITDA Pagamentos de Leasings (Capital e Juros)), pelo que é
entendimento do Conselho de Administração que a empresa ultrapassará os impactos negativos
provocados por esta crise, sem estar em causa a continuidade do negócio, convicção esta
demonstrada com a manutenção da política remuneratória dos acionistas com o pagamento de
dividendos no dia 3 de julho de 2020.
47.2. Arresto preventivo de 26,075% do capital social da NOS, SGPS, S.A.
No dia 4 de abril de 2020, a SONAECOM, SGPS, S.A., detentora de 50% do capital da ZOPT, SGPS,
Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa (doravante Tribunal) de proceder ao arresto
preventivo de 26,075% do capital social da NOS, SGPS, SA, correspondente a metade da
participação social na NOS detida pela ZOPT e, indiretamente, pelas empresas Unitel International
pela Eng.ª Isabel dos Santos.
Nos termos da referida decisão, as ações arrestadas ficam privadas do exercício de direito de voto e
do direito a receber dividendos, devendo estes últimos ser depositados na Caixa Geral de Depósitos,
S.A. à ordem do Tribunal.
A outra metade da participação da ZOPT no capital social da NOS, correspondente a idêntica
percentagem de 26,075% e que, pelo menos em linha com o critério utilizado pelo Tribunal,
corporiza os 50% detidos na ZOPT pela SONAECOM não foi objeto do arresto, nem os direitos que
lhe são inerentes foram alvo de qualquer limitação.
Adicionalmente, no dia 12 de junho de 2020, foi a ZOPT notificada do despacho proferido pelo
Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, que a autoriza a exercer o direito de voto
correspondente aos 26,075% do capital social da NOS preventivamente arrestados à ordem do
referido Tribunal.
48. Eventos subsequentes
Em 1 de julho de 2020, o Banco BPI, S.A. comunicou que passou a deter uma percentagem de
direitos de voto inerentes às ações de 5,01%.
Em 3 de julho de 2020, a NOS liquidou os dividendos distribuídos (Nota 21.4).
Em 7 de julho de 2020, a Autoridade da Concorrência comunicou a sua não oposição à operação de
alineação da NOS Towering (Nota 46).
124
49. Mapas anexos
A) Empresas incluídas na consolidação pelo método integral
EFETIVA DIRETA EFETIVA
30-06-2019 30-06-2020 30-06-2020
NOS, SGPS, S.A. (Empresa-mãe) Lisboa Gestão de participações sociais - - - -
Fundo de Capital de Risco N5G (a) LisboaInvestir e apoiar o desenvolvimento de empresas que visem comercializar
tecnologias e produtos que resultem de investigação científica e tecnológicaNOS - 100% 100%
Empracine - Empresa Promotora de
Atividades Cinematográficas, Lda.Lisboa Exibição cinematográfica
Lusomundo
SII100% 100% 100%
Lusomundo - Sociedade de investimentos
imobiliários SGPS, SALisboa Exploração de ativos imobiliários NOS 100% 100% 100%
Lusomundo Imobiliária 2, S.A. Lisboa Exploração de ativos imobiliáriosLusomundo
SII100% 100% 100%
Lusomundo Moçambique, Lda. Maputo Exibição cinematográfica, organização e exploração de espetáculos públicosNOS
Cinemas100% 100% 100%
NOS Sistemas, S.A. ('NOS Sistemas') Lisboa Prestação de serviços de consultadoria na área dos sistemas de informação NOS SA 100% 100% 100%
NOS Sistemas España, S.L. Madrid Prestação de serviços de consultadoria na área dos sistemas de informação NOS SA 100% 100% 100%
NOS Açores Comunicações, S.A.Ponta
Delgada
Distribuição de sinal de televisão por cabo e satélite, exploração e prestação de
serviços de telecomunicações na Região Autónoma dos AçoresNOS SA 84% 84% 84%
NOS Audiovisuais, SGPS, S.A. LisboaGestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indireta de
exercício de actividades económicasNOS 100% 100% 100%
NOS Communications S.à r.l (b) Luxemburgo Detenção, gestão e exploração da propriedade intelectual NOS 100% 100% 100%
NOS Comunicações, S.A. Lisboa
Implementação, operação, exploração e oferta de redes e prestação de
serviços de comunicações electrónicas e serviços conexos, bem como o
fornecimento e comercialização de produtos e equipamentos de comunicações
electrónicas; distribuição de serviços de programas televisivos e radiofónicos
NOS 100% 100% 100%
NOS Corporate Center, S.A. (c) Lisboa
Prestação de serviços de apoio às empresas e consultorias de gestão e
administração, incluindo serviços contabilísticos, logísticos, administrativos,
financeiros, de fiscalidade, de recursos humanos e quaisquer outros serviços
que sejam subsequentes ou conexos com as atividades anteriormente A
sociedade poderá ainda exercer quaisquer outras atividades que sejam
complementares, subsidiárias ou acessórias das referidas no número anterior,
diretamente ou através da participação em quaisquer outras formas de
associação, temporária ou permanente, com outras sociedades e/ou outras
entidades de direito público ou privado
NOS SA - 100% 100%
NOS Inovação, S.A. Matosinhos
Realização e a dinamização de atividades científicas e de investigação e
desenvolvimento, bem como a demonstração, divulgação, transferência de
tecnologia e formação, nos domínios dos serviços e sistemas de informação e
de soluções fixas e móveis de última geração, de televisão, internet, voz e
dados, e licenciamento e a prestação de serviços de engenharia, e consultoria
NOS 100% 100% 100%
NOS International Carrier Services, S.A. (d) Lisboa
Prestação e exploração de serviços de comunicações eletrónicas,
nomeadamente, prestação de serviços de transporte de tráfego nacional e
internacional de chamadas de voz e SMS, bem como a sinalização de suporte
associada
A sociedade poderá ainda exercer quaisquer outras atividades que sejam
complementares, subsidiárias ou acessórias das referidas no número anterior,
diretamente ou através da participação em quaisquer outras formas de
associação, temporária ou permanente , com outras sociedades e/ou outras
entidades de direito público ou privado
NOS SA - - -
NOS Internacional, SGPS, S.A. LisboaGestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta de
exercício de atividades económicasNOS 100% 100% 100%
NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. LisboaImportação, distribuição, exploração, comercialização e produção de produtos
audiovisuais
NOS
Audiovisuais
SGPS
100% 100% 100%
NOS Lusomundo Cinemas , S.A. Lisboa Exibição cinematográfica, organização e exploração de espetáculos públicos NOS 100% 100% 100%
NOS Lusomundo TV, Lda. LisboaDistribuição de filmes cinematográficos, edição, distribuição e venda de
produtos audiovisuais
NOS
Audiovisuais100% 100% 100%
NOS Madeira Comunicações, S.A. FunchalDistribuição de sinal de televisão por cabo e satélite, exploração e prestação de
serviços de telecomunicações na Região Autónoma da MadeiraNOS SA 78% 78% 78%
NOSPUB, Publicidade e Conteúdos, S.A. Lisboa Comercialização de conteúdos para televisão por cabo NOS 100% 100% 100%
Construção e Gestão de Redes de
Comunicações, S.A. ('Artis')
Matosinhos
Conceção, construção, gestão e exploração de redes de comunicações
eletrónicas e dos respetivos equipamentos e infra-estruturas, gestão de ativos
tecnológicos próprios ou de terceiros e prestação de serviços conexos
NOS SA 100% 100% 100%
LisboaImplantação, instalação e exploração de torres e outros sites para colocação de
equipamentos de telecomunicaçõesNOS SA 100% 100% 100%
NOS Wholesale, S.A. (c) Lisboa
de comunicações eletrónicas, nacionais e internacionais, e serviços conexos,
designadamente serviços de tecnologia de informação e comunicação
A prestação de serviços de consultoria e apoio à gestão contratual em negócios
de Roaming
A organização dos meios materiais e humanos necessários para a
comercialização, promoção e exploração de redes e circuitos de comunicações
eletrónicas
A sociedade poderá ainda exercer quaisquer outras atividades que sejam
complementares, subsidiárias ou acessórias das referidas nos números
anteriores, diretamente ou através da participação em quaisquer outras formas
de associação, temporária ou permanente, com outras sociedades e/ou outras
entidades de direito público ou privado
NOS SA - 100% 100%
('Per-Mar')Lisboa
Compra e venda, arrendamento e exploração de bens imóveis e
estabelecimentos comerciaisNOS SA 100% 100% 100%
Sontária - Empreendimentos Imobiliários,
S.A. ('Sontária')Lisboa
Realização de urbanizações e construções de edifícios, planeamento, gestão
urbanística, realização de estudos, construção e gestão de imóveis, compra e
venda de bens imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim
NOS SA 100% 100% 100%
Teliz Holding B.V. (b) Lisboa Gestão de participações sociais NOS 100% 100% 100%
(a) Subscrição do Fundo em dezembro de 2019
(d) Empresa alienada a 29 de junho de 2020
(c) Constituição a 1 de agosto de 2019, por cisão da NOS Comunicações, S.A.
DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPAL
DETENTOR
DO
CAPITAL
PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO
(b) Em 1 de Outubro de 2019, a empresa NOS Communications S.à r.l. alterou a sede para Lisboa, tendo alterado a sua designação para NOS Property, S.A..
125
B) Empresas associadas
C) Empresas controladas conjuntamente
Os investimentos financeiros cuja participação é inferior a 50% foram considerados como
empreendimentos conjuntos em virtude de acordos parassociais que lhe conferem o controlo
partilhado.
D) Empresas em que a NOS não detém influência significativa
.
EFETIVA DIRETA EFETIVA
30-06-2019 30-06-2020 30-06-2020
Big Picture 2 Films, S.A. Oeiras
Importação, distribuição, exploração, comércio e produção de
filmes cinematográficos, videogramas, fonogramas e outros
produtos de natureza audiovisual
NOS
Audiovisuais20,00% 20,00% 20,00%
Big Picture Films, S.L. Madrid Distribuição e venda de filmesBig Picture 2
Films, S.A.20,00% 100,00% 20,00%
Sport TV Portugal, S.A. Lisboa
Conceção, produção, realização e comercialização de programas
desportivos para teledifusão, aquisição e revenda de direitos de
transmissão televisiva de programas desportivos, e exploração
de publicidade
NOS 25,00% 25,00% 25,00%
DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPALDETENTOR
DO CAPITAL
PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO
EFETIVA DIRETA EFETIVA
30-06-2019 30-06-2020 30-06-2020
Dreamia Holding B.V. Amesterdão Gestão de participações sociaisNOS
Audiovisuais50,00% 50,00% 50,00%
Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. Lisboa
Conceção, produção, realização e comercialização de conteúdos
audiovisuais, exploração de publicidade, prestação de serviços
de acessoria
Dreamia
Holding BV50,00% 100,00% 50,00%
FINSTAR - Sociedade de Investimentos e
Participações, S.A.Luanda
Distribuição de sinal de televisão por satélite, exploração e
prestação de serviços de telecomunicações
Teliz Holding
B.V.30,00% 30,00% 30,00%
MSTAR, SA MaputoDistribuição de sinal de televisão por satélite, exploração e
prestação de serviços de telecomunicaçõesNOS 30,00% 30,00% 30,00%
Upstar Comunicações S.A. Vendas Novas
Serviços de comunicações eletrónicas , produção,
comercialização, transmissão e distribuição de conteúdos
audiovisuais e consultoria
NOS 30,00% 30,00% 30,00%
ZAP Media S.A. Luanda
Desenvolvimento de projectos e de actividades nas áreas de
entretenimento, telecomunicações e de tecnologias afins, a
produção e distribuição dos respectivos conteúdos e o projecto,
execução e exploração de infra-estruturas e instalações
relacionadas
FINSTAR 30,00% 100,00% 30,00%
ZAP Cinemas, S.A. (a) Luanda
Desenvolvimento de projectos e de atividades nas áreas de
entretenimento, telecomunicações e de tecnologias afins, a
produção e distribuição dos respetivos conteúdos e o projecto,
execução e exploração de infra-estruturas e instalações
relacionadas
FINSTAR 30,00% - -
ZAP Publishing, S.A. (a) Luanda
Desenvolvimento de projetos e de atividades nas áreas de
entretenimento, telecomunicações e de tecnologias afins, a
produção e distribuição dos respetivos conteúdos e o projeto,
execução e exploração de infraestruturas e instalações
relacionadas, prestações de serviços
ZAP Media 30,00% - -
(a) Empresa dissolvida e liquidada em dezembro de 2019.
DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPALDETENTOR
DO CAPITAL
PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO
EFETIVA DIRETA EFETIVA
30-06-2019 30-06-2020 30-06-2020
Associação Laboratório Colaborativo em
Transformação Digital - DTX Guimarães
Investigação aplicada às diferentes áreas associadas à
transformação digital para incentivar a cooperação entre as unidade
I&D, instituições de ensino e o setor produtivo
NOS
Inovação,
S.A.
4,92% 4,92% 4,92%
Fundo TechTransfer Lisboa
Investir e apoiar o desenvolvimento de empresas que visem
comercializar tecnologias e produtos que resultem de investigação
científica e tecnológica
NOS
Inovação,
S.A.
- 4,20% 4,20%
Turismo da Samba (Tusal), SARL (a) Luanda n/d NOS 30,00% 30,00% 30,00%
Filmes Mundáfrica, SARL (a) LuandaExibição cinematográfica, organização e exploração de espetáculos
públicos.NOS 23,91% 23,91% 23,91%
Companhia de Pesca e Comércio de
Angola (Cosal), SARL (a)Luanda n/d NOS 15,76% 15,76% 15,76%
Lusitânia Vida - Companhia de Seguros,
S.A ("Lusitânia Vida")Lisboa Atividade Seguradora NOS 0,03% 0,03% 0,03%
Lusitânia - Companhia de Seguros, S.A
("Lusitânia Seguros")Lisboa Atividade Seguradora NOS 0,02% 0,02% 0,02%
(a) Os investimentos financeiros nestas empresas encontram-se totalmente provisionados.
DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPALDETENTOR
DO CAPITAL
PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO
126
Relatório de Revisão Limitada elaborado
por Auditor registado na CMVM
127
128
Declaração dos membros do Conselho
de Administração para efeitos do nº 1,
do Art.º 246 do CVM
Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores
Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da NOS, SGPS, S.A., cuja identificação e
funções se indicam infra, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento:
a) As demonstrações financeiras relativas ao primeiro semestre de 2020 foram elaboradas em
conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e
apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Sociedade e das
sociedades incluídas no perímetro da consolidação;
b) O relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no primeiro
semestre de 2020 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras e, quando aplicável,
contém uma descrição dos principais riscos e incertezas para os seis meses seguintes.
Lisboa, 22 de julho de 2020
Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério
(Presidente do Conselho de Administração)
Miguel Nuno Santos Almeida
(Presidente da Comissão Executiva)
José Pedro Faria Pereira da Costa
(Vice-Presidente, Administrador Executivo)
Ana Paula Garrido de Pina Marques
(Vice-Presidente, Administradora Executiva)
Jorge Filipe Santos Graça
(Administrador Executivo)
Luis Moutinho do Nascimento
(Administrador Executivo)
129
Manuel Ramalho Eanes
(Administrador Executivo)
Ana Rita Cernadas
(Vogal do Conselho de Administração)
António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier
(Vogal do Conselho de Administração)
António Correia Teles
(Vogal do Conselho de Administração)
António Domingues
(Vogal do Conselho de Administração)
Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira Van-Dúnem
(Vogal do Conselho de Administração)
Cristina Marques
(Vogal do Conselho de Administração)
João Torres Dolores
(Vogal do Conselho de Administração)
Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira
(Vogal do Conselho de Administração)
José Carvalho de Freitas
(Vogal do Conselho de Administração)
Maria Cláudia Teixeira de Azevedo
(Vogal do Conselho de Administração)
130
Declaração dos membros do Conselho
Fiscal para efeitos do nº 1, do Art.º 246
do CVM
No âmbito das suas competências, o Conselho Fiscal declara, nos termos do disposto na alínea c),
do n.º 1, do Artigo 246.º do código dos Valores Mobiliários, que, tanto quanto é do conhecimento
deste Conselho:
a) as demonstrações financeiras referentes ao primeiro semestre de 2020 foram elaboradas em
conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e
apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da NOS, SGPS, S.A. e
das sociedades incluídas no perímetro de consolidação;
b) o relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos importantes que ocorreram no
referido período e seu impacto nas demonstrações financeiras e contém descrição dos
principais riscos e incertezas para os seis meses seguintes.
Lisboa, 21 de julho de 2020
José Pereira Alves
(Presidente do Conselho Fiscal)
Patrícia Couto Viana
(Vogal do Conselho Fiscal)
Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto
(Vogal do Conselho Fiscal)
131
Rua Ator António Silva, 9
1600-404 Lisboa
Portugal