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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Palavras-chave: Esgoto sanitário. Rede coletora 19 páginas

Execução de rede coletora de esgotosanitário

NBR 9814MAIO 1987

SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições4 Condições gerais5 Condições específicas6 Recebimento do serviçoANEXO - Figuras com detalhes de assentamento, apoio,

envolvimento e reenchimento

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a constru-ção de rede coletora de esgoto sanitário com tubos pré-fa-bricados, de seção circular.

1.2 Esta Norma se aplica tanto a obras executadas direta-mente pelas entidades responsáveis pela coleta de esgotoscomo aquelas executadas por terceiros, mediante contrato.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 5984 - Norma geral de desenho técnico - Procedi-mento

NBR 7367 - Execução de redes coletoras enterradasde esgoto com tubos e conexões de PVC rígido de se-ção circular - Procedimento

NBR 8160 - Instalações prediais de esgotos sanitá-rios - Procedimento

NBR 9649 - Projetos de redes coletoras de esgoto sa-nitário - Procedimento

3 Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de3.1 a 3.7 e as constantes das NBR 8160 e NBR 9649.

3.1 Administração contratante

Entidade responsável pelos serviços de coleta de esgotosde uma localidade, a quem cabe, entre outras atribuições,contratar e administrar a execução de redes coletoras deesgotos sanitários.

3.2 Diâmetro nominal ou DN

Simples número que serve para classificar, em dimensão,os elementos de canalizações (tubos, conexões, aparelhos),e que corresponde aproximadamente ao diâmetro internoda tubulação em milímetros. O diâmetro nominal (DN nº)não deve ser objeto de medição e nem ser utilizado parafins de cálculos.

3.3 Ficha

Parte do escoramento vertical que deve ser cravada nosolo.

3.4 Fiscalização

Conjunto constituído por elementos técnicos de níveis su-perior e médio, e ou de empresas de consultoria e assesso-

Origem: ABNT-NB-37/1986CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção CivilCE-02:009.08 - Comissão de Estudo de Coletores e Esgotos Sanitários

Procedimento

2 NBR 9814/1987

ramento, designados pela Administração Contratante paraexercer as atividades de gerenciamento, supervisão eacompanhamento da execução das obras.

3.5 Tubo rígido

Tubo que, quando submetido à compressão diametral, podesofrer deformações de até 0,1 % no diâmetro, medidas nosentido da aplicação da carga, sem que apresente fissurasprejudiciais. Como exemplo: tubo cerâmico, tubo de fibroci-mento, tubo de concreto simples ou armado, e outros queatendam às condições acima.

3.6 Tubo semi-rígido

Tubo que, quando submetido à compressão diametral, podesofrer deformações, no diâmetro, medidas no sentido daaplicação da carga, superiores a 0,1 % e inferiores a 3 %,sem que apresente fissuras prejudiciais. Como exemplo:tubo de ferro dúctil revestido internamente com argamassade cimento e areia, e outros que atendam às condições aci-ma.

3.7 Tubo flexível

Tubo que, quando submetido à compressão diametral, podesofrer deformações superiores a 3 % no diâmetro, medidasno sentido da aplicação da carga, sem que apresente fissu-ras prejudiciais. Como exemplo: tubo de ferro dúctil semrevestimento interno, tubo de PVC rígido, tubo de poliésterarmado com fios de vidro e enchimento de areia silicosa, tu-bo de polietileno linear (alta densidade), e outros que aten-dam às condições acima.

4 Condições gerais

4.1 Projeto

4.1.1 As obras de execução da rede coletora de esgotosdevem obedecer rigorosamente às plantas, desenhos e deta-lhes de Projeto elaborado segunda NBR 9649, às recomen-dações específicas dos fabricantes dos materiais a seremempregados e aos demais elementos que a Fiscalizaçãovenha a fornecer.

4.1.2 Eventuais modificações no Projeto devem ser efetua-das ou aprovadas pelo projetista.

4.1.3 Em casos de divergências entre elementos do Projeto,serão adotados os seguintes critérios:

a) divergências entre as cotas assinaladas e as suasdimensões medidas em escala: prevalecerão as pri-meiras;

b) divergências entre os desenhos de escalas diferen-tes: prevalecerão os de maior escala;

c) divergências entre elementos não incluídos nos doiscasos anteriores: prevalecerão o critério e a interpre-tação da Fiscalização, para cada caso.

4.1.4 Todos os aspectos particulares do Projeto, os omissos,e ainda os de obras complementares não consideradas noProjeto serão, em ocasião oportuna, especificados e deta-lhados pela Fiscalização, respeitado o disposto em 4.2.1.

4.2 Execução

4.2.1 A construção deve ser acompanhada por uma equipede Fiscalização designada pela Administração Contratantee chefiada por profissional legalmente habilitado.

4.2.2 O Construtor deve manter à frente dos trabalhos umprofissional legalmente habilitado que será seu preposto naexecução do contrato firmado com a Administração Con-tratante.

4.2.3 Os materiais a serem fornecidos pelo Construtor devemobedecer às normas brasileiras.

4.2.4 A demarcação e acompanhamento dos serviços aexecutar devem ser efetuados por equipe de topografia.

4.2.5 O Construtor não poderá executar qualquer serviçoque não seja projetado, especificado, orçado e autorizadopela Fiscalização; salvo os eventuais de emergência, neces-sários à estabilidade e segurança da obra ou do pessoalencarregado pela obra.

4.2.6 O Construtor deve manter no escritório da obra asplantas, perfis e especificações de projeto para consulta deseu preposto e da Fiscalização.

4.2.7 As frentes de trabalho devem ser programadas de co-mum acordo com a entidade a quem cabe a autorizaçãopara a abertura de valas e remanejamento do tráfego.

4.3 Segurança, higiene e medicina do trabalho

4.3.1 O Construtor deve observar a legislação do Ministériodo Trabalho que determina obrigações no campo de Segu-rança, Higiene e Medicina do Trabalho.

4.3.2 O Construtor, quando responsável por atividades queobriguem o emprego de 100 ou mais funcionários, deve teratuando na obra, pelo menos, um Supervisor de Seguran-ça, legalmente habilitado.

4.3.3 O Construtor será responsável quanto ao uso obriga-tório e correto, pelos operários, dos equipamentos de prote-ção individual de acordo com as Normas de Serviço de Se-gurança, Higiene e Medicina do Trabalho.

4.3.4 Cabe ao Construtor promover, por sua conta, o segurode prevenção de acidentes de trabalho, dano de propriedade,fogo, acidente de veículos, transporte de materiais e outrotipo de seguro que achar conveniente.

4.3.5 O Construtor deve manter, durante o prazo de execu-ção das obras, livre acesso aos hidrantes e registros deseccionamento da rede distribuidora de água que porventuraestiverem dentro do canteiro de serviço. Da mesma forma,sempre que possível, deve deixar livre uma faixa da rua oudo logradouro, para permitir a passagem de veículos de so-corro e emergência.

4.3.6 O Construtor deve sempre obedecer às normas espe-ciais de segurança e controle para o armazenamento deexplosivos e inflamáveis estabelecidas pelas autoridadescompetentes.

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4.3.7 O uso de explosivos, mesmo de baixa velocidade, naescavação em áreas urbanas, deve ser consentido previa-mente pelas autoridades competentes, cabendo ao Cons-trutor todas as providências para eliminar a possibilidadede danos físicos e materiais.

5 Condições específicas

A obra deve ser considerada em suas diversas etapas, asaber:

a) locação;

b) sinalização;

c) levantamento ou rompimento da pavimentação;

d) escavação;

e) escoramento;

f) esgotamento;

g) assentamento, tipos de apoio e envolvimento;

h) juntas;

i) reenchimento;

j) poços de visita;

l) ligações prediais;

m)ensaios;

n) reposições;

o) cadastramento.

5.1 Locação

5.1.1 O Construtor, tendo em mãos o projeto, deve reconhe-cer o local de implantação da obra, providenciando o se-guinte:

a) adensar a rede de RRNN (Referências de Nivela-mento), implantando no mínimo um RN secundáriopor quadra, e PSs (pontos de segurança) em pontosnotáveis da via pública não sujeitos a interferênciada obra, pelo menos nos cruzamentos;

b) restabelecer a locação primeira reconstituindo ospiquetes do eixo da vala e do centro de PVs (poçosde visita);

c) demarcar no terreno as canalizações, dutos, caixas,etc., subterrâneos, interferentes com a execuçãoda obra.

5.1.2 O nivelamento será geométrico e é obrigatório o contra-nivelamento passando pelos mesmos pontos.

5.1.3 O erro máximo admissível é de 5 mm/km, devendosubordinar-se ao erro máximo para fechamento de :

e = 10 L mm

Onde:

L = extensão nivelada, em quilômetros, medida ao lon-go da poligonal, num só sentido

5.2 Sinalização

A execução dos serviços deve ser protegida e sinalizadacontra riscos de acidentes. Com este fim, deve-se:

a) cercar o local de trabalho por meio de cavaletes e ta-pumes de contenção do material escavado;

b) manter livre o escoamento superficial de águas dechuvas;

c) deixar, sempre que possível, passagem livre para otrânsito de veículos;

d) deixar passagem livre e protegida para pedestres;

e) colocar, no local da obra, dispositivos de sinalizaçãoem obediência às leis e regulamentos em vigor.

5.3 Levantamento ou rompimento da pavimentação

5.3.1 A remoção da pavimentação deve ser feita na largurada vala acrescida de:

a) 20 cm para cada lado, no leito da rua;

b) 5 cm para cada lado, no passeio.

5.3.2 Os materiais reaproveitáveis devem ser limpos e arma-zenados em locais que menos embaraços causem a obra.

5.4 Escavação

5.4.1 A vala somente será aberta quando:

a) forem confirmadas as posições de outras obras sub-terrâneas interferentes;

b) todos os materiais para execução da rede estiveremdisponíveis no local da obra;

5.4.2 As valas que receberão os coletores serão escavadassegundo a linha de eixo, sendo respeitados o alinhamento eas cotas indicadas no projeto.

5.4.3 As valas devem ser abertas no sentido de jusante pa-ra montante, a partir dos pontos de lançamento ou de pontosonde seja viável o uso de galerias pluviais para o seu esgo-tamento por gravidade, caso ocorra presença de água duran-te a escavação.

5.4.4 A escavação poderá ser feita manualmente ou comequipamento apropriado. Neste caso, a escavação mecâni-ca deve ser aproximar do greide previsto para a geratriz in-ferior da tubulação, devendo o acerto dos taludes e do fundoda vala ser feito manualmente.

5.4.5 A largura da vala deve ser fixada em função das carac-terísticas do solo e da tubulação empregada, da profundidade,do tipo de escoramento e do processo de escavação.

5.4.6 A largura livre de trabalho na vala deve ser, no mínimo,igual ao diâmetro do coletor mais 0,60 m, para profundidadeaté 2 m, devendo ser acrescida de 0,10 m para cada metroou fração que exceder a 2 m.

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5.4.7 As cavas para os poços de visita terão dimensão in-terna livre, no mínimo, igual à medida externa da câmara detrabalho ou balão, acrescida de 0,60 m.

5.4.8 Qualquer excesso de escavação ou depressão nofundo da vala deve ser preenchido com material granularfino, compactado.

5.4.9 O material escavado será depositado, sempre quepossível, de um só lado da vala, afastado 1 m da borda daescavação. Em casos especiais poderá a Fiscalização de-terminar retirada total do material escavado.

5.4.10 Os taludes das escavações de profundidade superiora 1,50 m devem ser escorados com peças de madeira ouperfis metálicos, assegurando estabilidade de acordo coma natureza do solo.

5.5 Escoramento

5.5.1 De acordo com a natureza do terreno e a profundidadeda vala, a critério do Construtor e condicionado à aprovaçãoprévia da Fiscalização, pode ser utilizado um dos seguintestipos de escoramento:

a) pontaleteamento

- constituído de um par de tábuas de 0,027 m x 0,30 mdispostas verticalmente, espaçado de 1,35 m. Es-tas tábuas são travadas horizontalmente por es-troncas distanciadas verticalmente de 1 m, deven-do a mais profunda situar-se cerca de 0,50 m dofundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível doterreno ou pavimentação;

b) descontínuo

- constituído de tábuas de 0,027 m x 0,30 m, espaça-dos de 0,30 m dispostas na vertical, contidas porlongarinas de 0,06 m x 0,16 m, colocadas horizon-talmente e travadas por estroncas espaçadas de1,35 m, a menos das extremidades de onde asestroncas ficam a 0,40 m. As longarinas devemser espaçadas verticalmente de 1 m, devendo amais profunda situar-se cerca de 0,50 m do fundoda vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terrenoou pavimentação;

c)contínuo

- constituído de tábuas de 0,027 m x 0,30 m, coloca-das verticalmente de modo a cobrir toda a parededa vala, contidas por longarinas de 0,06 m x 0,16 m,dispostas horizontalmente e travadas por estron-cas espaçadas de 1,35 m, a menos das extremi-dades, de onde ficam a 0,40 m. As longarinas de-vem ser espaçadas verticalmente de 1 m, deven-do a mais profunda situar-se cerca de 0,50 m dofundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível doterreno ou pavimentação;

d) especial

- constituído de pranchas de 0,05 m x 0,16 m, do ti-po macho e fêmea, colocadas verticalmente demodo a cobrir toda a parede da vala, contidas porlongarinas de 0,08 m x 0,18 m, dispostas horizon-talmente e travadas por estroncas espaçadas de

1,35 m, a menos das extremidades, de onde ficama 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadasverticalmente de 1 m, devendo a mais profunda si-tuar-se cerca de 0,50 m do fundo da vala e a maisrasa, a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação.

5.5.1.1 Caso, na localidade em que será executada a redecoletora de esgotos, as bitolas comerciais de tábuas, pran-chas e vigas não coincidam com as indicadas, deverão serutilizadas peças com o módulo de resistência equivalenteou com dimensões imediatamente superiores.

5.5.2 Dependendo do tipo de solo e profundidade das valas,podem ser usados outros tipos de contenção lateral, taiscomo estacas metálicas duplo T com fechamento de pran-chas de madeira (tipo hamburguês), estacas-prancha metá-licas de encaixe, caixões deslizantes, chapas metálicascom estroncas extensíveis, etc.

5.5.3 A ficha dos escoramentos deve ser de pelo menos7/10 da largura da vala, com um mínimo de 0,50 m.

5.5.4 Na execução do escoramento devem ser utilizadasmadeiras duras como peroba, canafístula sucupira, etc.,podendo as estroncas ser de eucalipto, com diâmetro nãoinferior a 0,20 m.

5.5.5 O escoramento não deve ser retirado antes do reenchi-mento atingir 0,60 m acima do coletor ou 1,50 m abaixo dasuperfície natural do terreno, desde que este seja de boaqualidade. Caso contrário, o escoramento somente deveser retirado quando a vala estiver totalmente reenchida.

5.5.6 Nos escoramentos metálico-madeira (tipo hambur-guês) e com estacas-pranchas metálicas, o contraventa-mento de longarinas e estroncas deve ser retirado quandoo aterro atingir o nível dos quadros, e as estacas metálicassomente devem ser retiradas quando a vala estiver total-mente reenchida. O vazio deixado pelo arrancamento dosperfis e estacas metálicas deve ser preenchido com materialgranular fino.

5.6 Esgotamento

5.6.1 Quando a escavação atingir o lençol d’água, deve-semanter o terreno permanentemente drenado.

5.6.2 O esgotamento deve ser obtido por meio de bombas,executando-se, no fundo da vala, drenos junto ao escora-mento, fora da faixa de assentamento da tubulação, paraque a água seja coletada pelas bombas, em poços de suc-ção, protegidos por cascalho ou pedra britada.

5.6.3 Em casos excepcionais, far-se-á o rebaixamento dolençol por meio de ponteiras filtrantes, poços profundos ouinjetores.

5.6.3.1 O Construtor e a Fiscalização devem estar atentosquanto à possibilidade de abatimento das faixas laterais àvala que pode provocar danos em tubulações, galerias edutos diversos, ou ainda recalque das fundações dos prédiosvizinhos, para que possam adotar em tempo as necessáriasmedidas de proteção.

5.6.4 Quando a vala for aberta em solos saturados de água,devem-se calafetar as fendas entre as tábuas, vigas e pran-chas do escoramento, para impedir que o material do soloseja carregado para dentro da vala, evitando o solapamentodesta e o abatimento da via pública.

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5.7 Assentamento

5.7.1 Disposições gerais

5.7.1.1 Os tubos e peças devem ser transportados, armaze-nados e manuseados com cuidado para se evitar danificá-los, devendo ser observadas as exigências da norma espe-cífica de cada material e as recomendações do fabricante.

5.7.1.2 As tubulações antes de serem assentadas devemser limpas e examinadas, não podendo ser assentadas aspeças trincadas, constatadas através de exame visual eensaio de percussão ou as que estejam em desacordo comas normas brasileiras.

5.7.1.3 À medida que for sendo concluída a escavação e oescoramento da vala, deve ser feita a regularização e opreparo do fundo, no sentido de jusante para montante.

5.7.1.4 O assentamento deve ser feito de jusante para mon-tante, com as bolsas voltadas para montante, e se possível,logo após a escavação da vala, a fim de se reduzir ao míni-mo a interferência da obra com o tráfego de veículos e otrânsito de pedestre.

5.7.1.5 Devem ser intercaladas as derivações (tês, junçõesa 45º ou selas) para receberem os coletores prediais, deacordo com o sistema de ligação adotado pela localidade.

5.7.1.6 O greide do coletor poderá ser obtido por meio de ré-guas niveladas com a declividade do projeto (visores) quedevem ser colocadas na vertical do centro dos PVs e empontos intermediários do trecho, distanciados de acordocom o método de assentamento a empregar, ou seja:

a) da cruzeta

- máximo 30 m;

b) do gabarito

- máximo 10 m.

5.7.1.7 Alinhando-se entre duas réguas consecutivas a cru-zeta ou o gabarito, de madeira, respectivamente por visadaa olho ou por meio de fio de náilon fortemente estirado, ob-têm-se as cotas intermediárias para o assentamento da tu-bulação (ver Figura 1, do Anexo).

5.7.1.8 O alinhamento do coletor será dado por fio de náilonesticado entre dois visores consecutivos, e fio de prumo.

5.7.1.9 As réguas, cruzeta e gabarito devem ser de madeirade boa qualidade e devem apresentar perfurações a fim deresguardar de empenos, devido à influência do tempo.

5.7.1.10 As réguas e a cabeça da cruzeta ou do gabarito de-vem ser pintadas com cores vivas e que apresentem con-traste uma com as outras, a fim de facilitar a determinaçãoda linha de visada.

5.7.1.11 Quando a declividade for inferior a 0,001 m/m, ouquando se desejar maior precisão no assentamento, o grei-de deve ser determinado por meio de instrumento topográ-fico, ou aparelho emissor de raio laser, desde que o levan-tamento topográfico inicial tenha sido feito com precisãoigual ou maior.

5.7.1.12 O assentamento com a utilização de raio lasertambém é indicado para travessias subterrâneas de ruasde tráfego intenso, ferrovias e rodovias, casos em que osserviços não podem ser feitos a céu aberto, exigindo o em-prego de métodos não destrutivos, tais como: tubos crava-dos, minitúnel (mini-shield), etc.

5.7.1.13 Sempre que for interrompido o trabalho, as extremi-dades do coletor e as derivações deixadas para receber oscoletores prediais devem ser tamponadas, adotando-se cui-dados especiais para evitar a flutuação da linha, no caso deo lençol freático ser elevado.

5.7.2 Disposições específicas devidas ao solo do fundo davala

5.7.2.1 Em terrenos firmes e secos, com capacidade de su-porte satisfatória, podem ser previstos os seguintes tiposde apoio:

a) apoio direto (ver Figura 2, do Anexo);

b) apoio sobre leito de material granular fino (areia, póde pedra, brita nº 1 ou cascalho triturado), após oconveniente rebaixamento do fundo da vala, em to-da a sua largura (ver Figura 3, do Anexo);

c) apoio sobre laje e berço contínuo, de concreto (verFigura 4, do Anexo);

d) apoio sobre blocos convenientemente espaçados,de acordo com as características mecânicas da tu-bulação (ver Figuras 10, 11 e 12, do Anexo).

No assentamento de tubos diretamente sobre o terreno apósa regularização e apiloamento do fundo da vala ou sobreleito de material granular fino, uma vez concluídos o nivela-mento e o adensamento do material, deve-se preparar umacava para o alojamento da bolsa ou luva de união, e do pró-prio tubo, abrangendo no mínimo um setor de 90º da seçãotransversal.

5.7.2.2 Em terreno firme, com capacidade de suporte satis-fatória, porém, situado abaixo do nível do lençol freático,após o necessário rebaixamento do fundo da vala, deve serpreparado um lastro drenante de brita 3 e 4 ou cascalhogrosso com a espessura variando de 10 cm a 15 cm, comuma camada adicional de 5 cm de material granular (verFigura 5, do Anexo). Sobre esse lastro deve ser feito oapoio do tubo, conforme especificado em 5.7.2.1.

5.7.2.3 Em terrenos compressíveis e instáveis, o apoio datubulação conforme 5.7.2.1 a) e b) é feito sobre laje de con-creto simples ou armado, que dependendo da espessurada camada sem capacidade de suporte, deve ser executadasobre um dos seguintes tipos de fundação:

a) lastro de brita 3 e 4, ou cascalho grosso com espes-sura mínima de 15 cm (ver Figura 6 e 7, do Anexo);

b) embasamento de pedra de mão, com espessura má-xima de 1 m (ver Figuras 6 e 8, do Anexo);

c) estacas com: φ mínimo = 0,20 m

L mínimo = 2 m (ver Figuras 6 e 9, do Anexo).

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Esses mesmos tipos de fundação podem ser utilizadospara os blocos de apoio conforme citado em 5.7.2.1 d) (verFiguras 13, 14 e 15, do Anexo).

5.7.2.4 Para o perfeito apoio dos tubos sobre a laje, deve serexecutado um berço contínuo de concreto, com a alturaatingindo:

a) para tubos rígidos: de 1/3 a 1/2 diâmetro (ver Figu-ra 20 e Tabela, do Anexo);

b) para tubos semi-rígidos e flexíveis: no mínimo 1/2diâmetro, eliminando-se o colchão de areia.

5.7.2.5 Em terrenos rochosos a escavação deve ser aprofun-dada de pelo menos 15 cm, reenchendo-se o fundo da valacom material granular fino, para garantir um perfeito apoio àtubulação. Deve-se ainda observar que:

a) a espessura do leito de material granular deverá serampliada para 1 diâmetro, no mínimo quando ocorrero término ou o mergulho da rocha, devendo esse lei-to ampliado ser mantido numa extensão de 5 diâme-tros (ver Figura 21, do Anexo);

b) para tubos de juntas elásticas recomenda-se deixaruma junta localizada à distância aproximadamenteigual a 1 diâmetro do ponto de mergulho.

5.7.3 Disposições específicas devidas ao tipo de tubulação

5.7.3.1 Em tubos rígidos podem ser empregados um dosseguintes tipos de apoio:

a) apoio direto (ver Figura 2, do Anexo);

b) apoio sobre leito de material granular fino, com a es-pessura mínima de 10 cm (ver Figura 3, do Anexo);

c) apoio sobre laje e berço contínuo, de concreto (verFigura 4, do Anexo);

d) apoio sobre blocos conforme 7.7.2.1-d).

5.7.3.2 Em tubos semi-rígidos podem ser empregados osseguintes tipos de apoio:

a) apoio direto (tubos com recobrimento máximo de2,40 m)

- quando a tubulação não estiver sujeita a ação decargas de tráfego (ver Figura 2, do Anexo);

b) apoio direto, sobre uma camada de solo não compac-tado, com espessura mínima de 10 cm (tubos comrecobrimento máximo de 2,40 m)

- quando a tubulação estiver sujeita a ação de car-gas de tráfego (ver Figura 16, do Anexo);

c) apoio sobre leito de material granular fino, com espes-sura mínima de 10 cm (tubos com recobrimento de2,40 m a 5 m) (ver Figura 17, do Anexo);

d) apoio sobre leito de material granular fino, com espes-sura mínima de 10 cm, e envolvimento do tubo como mesmo material, até a altura correspondente àmetade do diâmetro (tubos com recobrimento supe-rior a 5 m) (ver Figura 18, do Anexo);

e) apoio sobre blocos conforme 5.7.2.1-d).

5.7.3.3 Em tubos flexíveis podem ser empregados os se-guintes tipos de apoio:

a) apoio sobre leito de material granular fino, conformeespecificado na NBR 7367, para tubos de PVC rígido;

b) apoio sobre leito de material granular fino, com espes-sura mínima de 15 cm, para tubos de poliéster arma-dos com fios de vidro (ver Figura 19, do Anexo).

5.7.4 Envolvimento

O envolvimento lateral deve ser executado simultaneamenteem ambos os lados da tubulação, com os cuidados neces-sários para que ocupe todo o vazio.

5.7.4.1 Em tubos rígidos e semi-rígidos o envolvimento deveser feito até o topo da tubulação, usando-se material de boaqualidade, isento de pedras, tocos e matérias orgânicas,proveniente da própria vala ou importado, lançado em cama-das de 10 cm de espessura fortemente apiloadas à mão(ver Figuras 2, 3, 4, 16, 17 e 18, do Anexo).

5.7.4.2 Em tubos flexíveis o envolvimento deve ser efetuadocom material granular fino, parcial ou totalmente, como se-gue:

a) tubos de PVC rígido

- aplica-se o preconizado na NBR 7367;

b) tubos de poliéster armados com fios de vidro

- o envolvimento lateral deve atingir uma altura cor-respondente a 7/10 do diâmetro, devendo o mate-rial ser lançado em camadas com cerca de 7 cmde espessura, apiloadas manualmente (ver Figu-ra 19, do Anexo).

5.7.4.3 Quando um coletor estiver sujeito aos efeitos de car-gas rolantes e não houver possibilidade de ter o recobrimentomínimo estabelecido pelos fabricantes, em função das carac-terísticas mecânicas da tubulação, deve ser providenciadaa sua proteção, de modo a que possa resistir às cargasprevistas.

5.8 Juntas

Antes da execução de qualquer tipo de junta, deve ser veri-ficado se as extremidades dos tubos e peças estão perfei-tamente limpas. Quando se tratar de tubos de ponta e bolsa,após o encaixe, a ponta deve ficar centrada em relação àbolsa. A execução das juntas deve atender às normas espe-cíficas para cada material, além das recomendações dofabricante. Quando a junta for executada com asfalto, picheou chumbo derretidos, deve-se primeiro colocar um cordãode corda ou estopa alcatroada entre a ponta e a bolsa,utilizando-se ferramentas apropriadas e tendo-se o cuidadopara evitar danos ao tubo. Depois de rebatido o cordão,prepara-se o “cachimbo de barro” para que o material derre-tido ocupe o espaço da junta. No caso de junta de chumbo,remove-se o barro e rebate-se o chumbo com ferramentasadequadas. Os tipos de juntas variam de acordo com o tipode material do coletor, conforme o disposto em 5.8.1 a 5.8.4.

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5.8.1 Tubos de fibrocimento, de PVC rígido e de poliésterarmado com fios de vidro

Nestes tipos de coletores devem ser usados como juntasos anéis elásticos ou materiais de solda especificados pelofabricante, adquiridos juntamente com os tubos.

5.8.2 Tubos cerâmicos

Neste tipo de coletor são usados os seguintes tipos de jun-tas:

a) asfalto ou piche

-o asfalto ou piche de alcatrão deve ser misturadocom areia fina e breu;

b) anel elástico, conforme 5.8.1.

Nota: A junta com argamassa de cimento e areia deve ser evitada,pelo fato de permitir infiltração e vazamento, em decorrênciado deslocamento por efeito da retração e da corrosão da ar-gamassa pelo ataque do esgoto.

5.8.3 Tubos de concreto

Neste tipo de coletor deve ser usado como junta o anelelástico, conforme 5.8.1.

Nota: Junta com argamassa de cimento e areia ou tabatinga não érecomendada tendo vista o disposto em 5.8.2 (nota).

5.8.4 Tubos de ferro fundido

Neste tipo de coletor devem ser usados os seguintes tiposde juntas:

a) anel elástico, conforme 5.8.1;

b) chumbo, após o enchimento de parte da bolsa dotubo, com corda alcatroada.

5.9 Reenchimento

5.9.1 Completado o envolvimento lateral do tubo, deve serprocessado o reenchimento da vala, com material de boaqualidade isento de pedras e outros corpos estranhos, prove-nientes da escavação ou importado.

5.9.2 A camada de 30 cm imediatamente acima do coletordeve ser levemente apiloada, manualmente.

5.9.3 O restante da vala, até atingir o nível da base do pavi-mento ou então o leito da rua ou do logradouro, se em terra,deve ser reenchido com material de boa qualidade em ca-madas de 20 cm de espessura, compactadas mecanica-mente, de sorte a adquirir uma compactação aproximada-mente igual a do solo adjacente.

5.9.4 A critério da Fiscalização, a altura da camada compac-tada mecanicamente poderá ser restringida a 1 m abaixo dabase do pavimento, como também, em ruas de terra, o re-enchimento da vala poderá ser feito em camadas apiloadas,manualmente.

5.10 Poço de visita

5.10.1 Serão construídos poços de visitas (PV) nas posiçõesindicadas no projeto, de conformidade com a NBR 9649.

5.10.2 Basicamente o PV compõe das seguintes etapas:

a) laje de fundo;

b) câmara de trabalho ou balão;

c) peça de transição;

d) câmara de acesso ou chaminé;

e) tampão.

5.10.3 A laje de fundo, em concreto simples ou armado, éapoiada sobre lastro de brita ou de cascalho grosso exe-cutado após a regularização do fundo da cava. Quando oterreno assim o exigir e a critério da Fiscalização, esta lajedeve ser apoiada sobre fundação adequada, tais como: es-tacas, pedras de mão, etc.

5.10.4 Sobre a laje de fundo devem ser construídas as calhasou canaletas, necessárias, em concordância com os coleto-res de chegada e de saída. A plataforma correspondente aorestante do fundo do poço também chamada banqueta oualmofada, deve ter a inclinação de 10 % para as canaletas.As canaletas e a banqueta são revestidas com argamassade cimento e areia, no traço 1:3, alisada e queimada à colher,e devem obedecer ao prescrito na NBR 9649.

5.10.5 Sobre as laterais da base do fundo são assentadasas paredes da câmara de trabalho ou balão. A não ser emcondições especiais, ditadas por exigências locais, a câmarade trabalho deve ter seção circular, com o diâmetro internoatendendo ao fixado pela NBR 9649.

5.10.6 As paredes da câmara de trabalho ou balão poderãoser de:

a) alvenaria de tijolos;

b) alvenaria de pedra;

c) alvenaria de blocos de concreto, curvos;

d) anéis de concreto armado, pré-fabricados;

e) concreto armado fundido no local;

f) PVC rígido, poliéster armado com fios de vidro;

g) tubo de concreto;

h) tubo de fibrocimento.

5.10.7 No caso de alvenaria de tijolos e blocos de cimento,as paredes devem ser revestidas com argamassa de ci-mento e areia, no traço de 1:3, externa e internamente alisadae queimada à colher.

5.10.8 Para PVs de anéis de concreto, e de concreto fundidono local, a Administração Contratante dará as especifica-ções necessárias para ferragem, traço e resistência do con-creto e acabamento das faces interna e externa.

5.10.9 Quando possível, a câmara de trabalho ou balão teráuma altura mínima livre, em relação à banqueta, de 2 m.

8 NBR 9814/1987

5.10.10 Uma vez terminada a câmara de trabalho ou balão,sobre o respaldo da alvenaria, topo do último anel de con-creto ou da parede de concreto, será colocada uma peçade transição (laje de concreto armado ou peça troncocôni-ca), com abertura excêntrica ou não, de 0,60 m , voltadapara montante, de modo que o seu centro fique localizadosobre o eixo do coletor principal.

5.10.11 Coincidindo com essa abertura será executada acâmara de acesso ou chaminé em alvenaria de tijolos oublocos de cimento, ou ainda, com anéis de concreto. Essachaminé terá 0,60 m de diâmetro e altura variável de no má-ximo 1 m, alcançando o nível do logradouro com descontopara a colocação do tampão.

5.10.12 A chaminé somente existirá quando o greide da cavaestiver a uma profundidade superior a 2,50 m. Para profun-didades menores o poço de visita se resumirá na câmarade trabalho, ficando o tampão diretamente apoiado sobre apeça de transição, que deve ser dimensionada para suportara carga do tráfego.

5.10.13 Sobre o respaldo da alvenaria, da parede de concretoou o último anel da chaminé, colocar-se-á o tampão de ferrofundido, apropriado para passeios ou para o leito dos logra-douros, obedecendo ao modelo adotado pela Administra-ção Contratante e as especificações fixadas em normasbrasileiras específicas.

5.10.14 Outros tipos de tampões podem ser usados, poréma critério exclusivo da Administração Contratante.

5.10.15 Na parede das câmaras de trabalho e acesso, podemser fixados degraus de ferro fundido ou aço chato galvaniza-do com espessura mínima de 1 cm, distanciados entre side 0,40 m, para a descida ao fundo do poço, a menos quese adotem escadas móveis.

5.10.16 A critério da Administração Contratante, os PVs decabeceira ou ponta seca, bem como, os utilizados na divisãode trechos longos, podem ser substituídos por tubulaçõesde limpeza (ver Figura 23, do Anexo).

5.10.17 Quando a parede do PV ou a laje de fundo não su-portar a carga de tráfego prevista, o aro do tampão deve serassentado sobre uma base independente da parede da cha-miné do PV.

5.10.18 Quando a tubulação de chegada e a de saída apre-sentarem desnível superior a 0,75 m, a chegada ao PV de-ve ser feita em poço ou tubo de queda (ver Figura 22, doAnexo).

5.11 Ligações prediais

5.11.1 Sempre que possível, ao mesmo tempo em que forsendo executada a rede coletora de esgotos, já devem serefetuadas as ligações dos prédios existentes.

5.11.2 Os ramais prediais estendidos a partir das derivaçõesintercaladas na tubulação da rede coletora devem ser nomínimo de DN 100 e ter 2 % de declividade mínima.

5.11.3 Na execução dos ramais prediais, os tubos e peçasdevem atender às normas brasileiras e, no seu assentamentodevem ser tomadas todas as precauções e exigências es-tabelecidas pela presente Norma, no que se refere à escava-ção, escoramento, esgotamento, assentamento, envolvi-mento e reenchimento da vala.

5.12 Ensaios de estanqueidade

5.12.1 Assentada a tubulação e completado o envolvimentolateral, antes porém do reenchimento da vala, deve ser pro-videnciado o ensaio de estanqueidade das juntas, medianteteste hidrostático.

5.12.2 As verificações de estanqueidade devem ser feitasde preferência entre dois poços de visita consecutivos.

5.12.3 Os testes são executados com água após o fecha-mento da extremidade de jusante do trecho e as derivaçõesou extremidades dos ramais de ligação dos prédios. Enche-se o coletor através do PV de montante, procurando-seeliminar todo o ar da tubulação e elevar a água até a bordasuperior do PV.

5.12.4 Apesar de não desejável, entretanto a exclusivo critérioda Fiscalização, o teste hidrostático pode ser substituídopor prova de fumaça, devendo, nesse caso, as juntas esta-rem totalmente descobertas.

5.12.5 As juntas que apresentarem vazamento devem serrefeitas.

5.13 Reposições

5.13.1 Devem ser providenciadas as diversas reposições,reconstruções e reparos, de qualquer natureza, de modo atornar o executado melhor, ou no mínimo igual ao que foiremovido, demolido ou rompido.

5.13.2 Na reposição da pavimentação dos logradouros devemser obedecidas as recomendações de projeto, bem como,as exigências municipais.

5.13.3 Após a reposição da pavimentação, toda a área afeta-da pela execução da obra deve ser limpa e varrida, remo-vendo-se da via pública toda a terra solta, entulho e demaismateriais não utilizados, deixados ao longo das ruas e logra-douros onde foram assentados coletores de esgotos.

5.14 Cadastramento

5.14.1 Na conclusão da obra, o Construtor deve apresentarà Fiscalização o desenho dos coletores, em planta e emperfil, incluindo as derivações (tês, junções a 45º ou selas)deixadas para as ligações prediais.

5.14.2 Os desenhos serão feitos em papel vegetal com gra-matura mínima de 90 e de acordo com as prescrições daNBR 5984, além de outras exigências da AdministraçãoContratante.

6 Recebimento do serviço

6.1 Quando as obras forem executadas mediante contratocelebrado com terceiros, deve ser feito o recebimento dosserviços, por trecho executado e no final da obra.

6.1.1 Recebimento parcial

6.1.1.1 Completado o reenchimento da vala, deve ser feitoum exame do trecho, na presença da Fiscalização, paraconstatarem-se eventuais danos ao coletor, tais como:ruptura de tubos ou juntas, ovalização além da permitida ouainda alteração no perfil do coletor assentado.

NBR 9814/1987 9

6.1.1.2 As tolerâncias de deformação da seção ou perfil docoletor, para aceitação ou rejeição do trecho assentadosão as estabelecidas nas normas específicas de cada ma-terial e, na falta destas, as que sejam determinadas pelaAdministração Contratante.

6.1.2 Recebimento da obra

6.1.2.1 A Fiscalização deve vistoriar toda a rede coletoraexecutada, emitindo atestado de execução dos serviços,atendendo às normas e especificações contratuais.

6.1.2.2 Com base no atestado de execução, a AdministraçãoContratante fará o Recebimento Provisório, lavrando o termocompetente no qual constará o período de observação,previsto em contrato, durante o qual o Construtor deve, àssuas expensas, refazer tudo o que apresentar defeito.

6.1.2.3 Decorrido o período de observação é feita nova vis-toria de toda a obra e, nada havendo o que reparar, deveser procedido o Recebimento Definitivo, mediante termoque será dado por encerrado o contrato.

/ANEXO

10 NBR 9814/1987

NBR 9814/1987 11

ANEXO - Figuras com detalhes de assentamento, apoio, envolvimento e reenchimento

Figura 1 - Métodos de assentamento

12 NBR 9814/1987

Figura 2 - Apoio direto

Figura 4 - Apoio sobre laje e berço de concreto

Figura 3 - Apoio sobre leito de material granular fino

NBR 9814/1987 13

Figura 6 - Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação (ver Figuras 7, 8 e 9)

Figura 5 - Apoio sobre lastro de brita

Figura 5a - Lastro (detalhe da Figura 5)

14 NBR 9814/1987

Figura 10 - Apoio sobre blocos

Figura 9 - Laje sobre estaca (fundação)

Figura 8 - Laje sobre embasamento de pedra de mão (fundação)

Figura 7 - Laje sobre lastro de brita (fundação)

NBR 9814/1987 15

Figura 11 - Assentamento em terreno firme

Notas: a) O espaçamento entre os blocos, “e”, varia em função da carga de aterro, das cargas de rolamento e das características mecânicasda tubulação.

b) As dimensões dos blocos serão fornecidas pelo projeto executivo.

Figura 12 - Assentamento em terrenos rochosos

Figura 10a - Envolvimento lateral (detalhe da Figura 10)

16 NBR 9814/1987

Figura 14 - Blocos sobre embasamento de pedra demão (fundação)

Figura 13 - Bloco sobre lastro de brita (fundação)

Figura 15 - Bloco sobre estaca (fundação) Figura 16 - Apoio sobre camada de solo nãocompactado

Figura 17 - Apoio sobre leito de material granular fino Figura 18 - Apoio sobre leito de material granularfino e envolvimento lateral parcial

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Figura 19 - Apoio sobre leito de material granular fino e envolvimento lateral parcial

Figura 20 - Apoio sobre laje e berço, de concreto (ver Tabela anexa)

18 NBR 9814/1987

Tabela - Dimensionamento do apoio

di a b c d e de DE φ 10 mm φ 6,3 mmc/10 cm

0,15 0,15 0,15 0,10 0,40 0,25 0,19 0,25 3 φ c/25 cm

0,20 0,15 0,15 0,10 0,50 0,30 0,24 0,30 3 φ c/25 cm

0,25/0,30 0,15 0,15 0,10 0,60 0,40 0,35 0,40 4 φ c/25 cm

0,35/0,40 0,15 0,15 0,15 0,80 0,60 0,50 0,60 5 φ c/25 cm

0,45/0,50 0,15 0,15 0,15 0,90 0,70 0,60 0,70 6 φ c/25 cm

Nota: A armadura de ferro CA-24 poderá ser substituída por tela de aço CA-60 soldada, com φ 6 mm cada 10 cm no sentido longitudinal eφ 4,5 cm cada 30 cm no sentido transversal.

Apoio sobre leito de material granular fino e envolvimento lateraltotal

Apoio sobre leito de material granular fino e envolvimento lateralparcial

Figura 21 - Assentamento em terrenos rochosos

NBR 9814/1987 19

Figura 22 - Poço de visita, tubo de queda e poço de queda

Figura 23 - Tubulações de limpeza

Nota: As Figuras 22 e 23 são meramente indicativas; as reais dimensões devem ser fornecidas pelo projeto executivo.


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