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NORMA BRASILEIRA

ABNT NBR15270-3

Primeira edição31.08.2005

Válida a partir de30.09.2005

Componentes cerâmicos Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio Ceramic components Part 3: Structural and non-structural ceramic blocks – Test methods

Palavras-chave: Bloco cerâmico. Alvenaria. Edifício. Paredes. Construção civil. Descriptors: Ceramic block. Walls. Buildings. Civil construction. Masoury.

ICS 81.060.20; 91.100.25

Número de referência

ABNT NBR 15270-3:200527 páginas

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Sumário Página

Prefácio........................................................................................................................................................................v 1 Objetivo ..........................................................................................................................................................1 2 Referências normativas ................................................................................................................................1 3 Definições.......................................................................................................................................................1 4 Determinação das características ...............................................................................................................4 4.1 Ensaios dos blocos cerâmicos estruturais e de vedação.........................................................................4 4.2 Confirmação de resultados de ensaios.......................................................................................................6 4.3 Contraprova ...................................................................................................................................................6 Anexo A (normativo) Determinação das características geométricas ..................................................................7 A.1 Objetivo ..........................................................................................................................................................7 A.2 Aparelhagem e instrumentação ...................................................................................................................7 A.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova....................................................7 A.4 Procedimentos...............................................................................................................................................8 A.4.1 Generalidades ................................................................................................................................................8 A.4.2 Determinação das medidas das faces – Dimensões efetivas...................................................................8 A.4.3 Determinação da espessura das paredes externas e septos dos blocos ...............................................9 A.4.4 Determinação do desvio em relação ao esquadro (D).............................................................................11 A.4.5 Determinação da planeza das faces (F) ....................................................................................................12 A.4.6 Determinação da área bruta (Ab) e da área líquida (Aliq)..........................................................................13 Anexo B (normativo) Determinação da massa seca e do índice de absorção d`água ......................................15 B.1 Objetivo ........................................................................................................................................................15 B.2 Aparelhagem e instrumentação .................................................................................................................15 B.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova..................................................15 B.4 Execução do ensaio ....................................................................................................................................15 B.4.1 Generalidades ..............................................................................................................................................15 B.4.2 Determinação da massa seca (ms).............................................................................................................15 B.4.3 Determinação da massa úmida (mu)..........................................................................................................16 B.4.4 Determinação do índice de absorção d´água (AA) ..................................................................................16 B.5 Expressão dos resultados e relatório do ensaio ....................................................................................16 Anexo C (normativo) Determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação.....18 C.1 Objetivo ........................................................................................................................................................18 C.2 Aparelhagem e instrumentação .................................................................................................................18 C.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova..................................................18 C.4 Procedimentos.............................................................................................................................................19 C.4.1 Generalidades ..............................................................................................................................................19 C.4.2 Posição dos corpos- de- prova nos ensaios à compressão...................................................................19 C.4.3 Blocos cerâmicos estruturais e de vedação ............................................................................................19 C.4.4 Execução do ensaio ....................................................................................................................................20 C.4.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaio......................................................................................20 Anexo D (informativo) Diretrizes para seleção de métodos de ensaios para determinação de características

especiais.......................................................................................................................................................22 D.1 Objetivo ........................................................................................................................................................22 D.2 Introdução ....................................................................................................................................................22 D.3 Detalhes de aplicabilidade..........................................................................................................................23 D.3.1 Absorção de água inicial (AAI)...................................................................................................................23 D.4 Corpos-de-prova..........................................................................................................................................23 D.5 Quantidade ...................................................................................................................................................23 Anexo E (informativo) Determinação do índice de absorção inicial ....................................................................24 E.1 Objetivo ........................................................................................................................................................24

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E.2 Aparelhagem e instrumentação .................................................................................................................24 E.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova..................................................26 E.4 Procedimentos para a execução do ensaio..............................................................................................26 E.4.1 Amostra ........................................................................................................................................................26 E.4.2 Montagem dos equipamentos e nivelamento da lâmina d’água ............................................................26 E.4.3 Execução do ensaio ....................................................................................................................................26 E.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaio......................................................................................27

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 15270 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de Estudo de Componentes Cerâmicos - Blocos (CE-02:101.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 30.12.2004, com o número de Projeto 02:101.01-002/3.

Esta Norma, sob o título geral “Componentes cerâmicos”, tem previsão de conter as seguintes partes:

― Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos

― Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos

― Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio

Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR 6461:1983 e ABNT NBR 8043:1983.

Esta Norma contém os anexos A a C, de caráter normativo, e os anexos D e E, de caráter informativo.

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Componentes cerâmicos Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio

1 Objetivo

Esta parte da ABNT NBR 15270 estabelece os métodos para a execução dos ensaios dos blocos cerâmicos estruturais e de vedação.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta parte da ABNT NBR 15270. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR 8522:2003 – Concreto – Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação e da curva tensão-deformação

ABNT NBR 15270-1:2005 – Componentes cerâmicos – Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos

ABNT NBR 15270-2:2005 – Componentes cerâmicos – Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos

ABNT NBR NM-ISO 7500-1:2004 – Materiais metálicos – Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração do sistema de medição da força

ASTM E 132:1972 – Poisson’s ratio at room temperature

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2 e as seguintes.

3.1 área bruta (Ab): Área da seção de assentamento delimitada pelas arestas do bloco, sem desconto das áreas dos furos, quando houver.

3.2 área líquida (Aliq): Área da seção de assentamento, delimitada pelas arestas do bloco, com desconto das áreas dos furos, quando houver.

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3.3 bloco cerâmico de vedação: Componente da alvenaria de vedação que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm.

NOTAS:

1 O bloco cerâmico para vedação é produzido para ser usado especificamente com furos na horizontal, como representado esquematicamente na figura 1.

2 Também pode ser produzido para utilização com furos na vertical, como representado esquematicamente na figura 2.

3 Os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou internas que não têm a função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da alvenaria da qual faz parte.

Figura 1 — Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal

Figura 2 — Bloco cerâmico de vedação com furos na vertical

3.4 bloco cerâmico estrutural: Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm.

NOTA Os blocos cerâmicos estruturais são produzidos para serem assentados com os furos na vertical.

3.5 bloco cerâmico estrutural com paredes maciças: Componente da alvenaria estrutural cujas paredes externas são maciças e as internas podem ser paredes maciças ou vazadas, empregado na alvenaria estrutural não armada, armada e protendida, conforme representado esquematicamente nas figuras 3 e 4.

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Figura 3 — Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças (com paredes internas maciças)

Figura 4 — Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças (com paredes internas vazadas)

3.6 bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas: Componente da alvenaria estrutural com paredes vazadas, empregado na alvenaria estrutural não armada, armada e protendida, conforme representado esquematicamente na figura 5.

.

Figura 5 — Bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas

3.7 bloco cerâmico estrutural perfurado: Componente da alvenaria estrutural cujos vazados são distribuídos em toda a sua face de assentamento, empregado na alvenaria estrutural não armada, conforme representado esquematicamente na figura 6.

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Figura 6 — Bloco cerâmico estrutural perfurado

3.8 contraprova: Corpo-de-prova da mesma amostra original, reservado para eventuais confirmações de resultados de ensaios.

3.9 corpos-de-prova: Exemplar do bloco principal, integrante da amostra para ensaio.

3.10 planeza das faces ou flecha (F): Presença de concavidades ou convexidades, manifestada nas faces dos blocos. Fenômeno medido pela distância (F) (figuras A.5 a A.7).

3.11 ranhura: Frisos na superfície das paredes externas ou dos septos.

3.12 rebarba: Material remanescente da operação de corte de um bloco, facilmente removível.

3.13 septo: Elemento laminar que divide os vazados do bloco.

3.14 variação dimensional: Diferença entre os valores das dimensões de fabricação e efetiva obtida de medições individuais segundo esta Norma.

4 Determinação das características

4.1 Ensaios dos blocos cerâmicos estruturais e de vedação

As tabelas 1, 2 e 3 indicam o sumário dos ensaios para a avaliação da conformidade dos blocos, com a finalidade de caracterização, aceitação ou rejeição, em relação às ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2.

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Tabela 1 — Determinação das características geométricas - Sumário dos métodos de ensaio

Blocos cerâmicos Determinações N I Anexos

V E

Valores das dimensões das faces – dimensões efetivas X ◊ ◊

Espessura dos septos e paredes externas do bloco

X ◊ ◊

Desvio em relação ao esquadro X ◊ ◊

Planeza das faces X ◊ ◊

Área bruta X • •

Área líquida X

A

- •

V - vedação

E - estrutural

N - normativo

I - informativo

◊ - Obrigatório para avaliação de conformidade.

• - Não obrigatório para avaliação de conformidade.

Tabela 2 — Determinação das características físicas - Sumário dos métodos de ensaio

Blocos cerâmicos Determinações N I Anexos V E

Massa seca X • •

Índice de absorção d`água X B

◊ ◊

V - vedação

E - estrutural

N - normativo

I - informativo

◊ - Obrigatório para avaliação de conformidade.

• - Não obrigatório para avaliação de conformidade.

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Tabela 3 — Determinação das características mecânicas - Sumário dos métodos de ensaio

Determinações N I Anexos Blocos cerâmicos

V E

Resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação X C ◊ ◊

Diretrizes para seleção de métodos de ensaios para determinação de características especiais

X D • •

Índice de absorção inicial (AAI) X E • •

V - vedação

E - estrutural

N - normativo

I - informativo

◊ - Obrigatório para avaliação de conformidade.

• - Não obrigatório para avaliação de conformidade.

4.2 Confirmação de resultados de ensaios

Eventuais dúvidas com relação a resultados de ensaios devem ser dirimidas em laboratórios pertencentes à Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios (RBLE).

4.3 Contraprova

Os blocos que constituem as contraprovas devem ser mantidos em condições adequadas para ensaios pelo seu proprietário, fabricante ou construtor.

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Anexo A (normativo)

Determinação das características geométricas

A.1 Objetivo

Este anexo prescreve o método de ensaio para determinação das características geométricas a seguir:

a) medidas das faces – dimensões efetivas;

b) espessura dos septos e paredes externas dos blocos;

c) desvio em relação ao esquadro (D);

d) planeza das faces (F);

e) área bruta (Ab) e área líquida (Aliq).

A.2 Aparelhagem e instrumentação

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte:

a) paquímetro com sensibilidade mínima de 0,05 mm;

b) régua metálica com sensibilidade mínima de 0,5 mm;

c) esquadro metálico de 90 ± 0,5°;

d) balança com resolução de até 10 g.

A.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais.

Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos, amostrado de acordo com as ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2.

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A.4 Procedimentos

A.4.1 Generalidades

Os procedimentos para cada determinação das características geométricas estão descritos em A.4.2 a A.4.6.

A.4.2 Determinação das medidas das faces – Dimensões efetivas

A.4.2.1 Execução do ensaio

Os blocos devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável.

Os valores da largura (L), altura (H) e comprimento (C) são obtidos fazendo-se as medições nos pontos indicados nas figuras A.1, A.2 e A.3.

a) Bloco estrutural b) Bloco de vedação

Legenda: • pontos indicados para efetuar as medições nos blocos, nas duas faces.

Figura A.1 — Locais para medições da largura (L) do bloco

a) Bloco estrutural b) Bloco de vedação

Legenda: • pontos indicados para efetuar as medições nos blocos, nas duas faces.

Figura A.2 — Locais para medições da altura (H) do bloco

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a) Bloco estrutural b) Bloco de vedação

Legenda: • pontos indicados para efetuar as medições nos blocos, nas duas faces.

Figura A.3 — Locais para medições do comprimento (C) do bloco

A.4.2.2 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais das dimensões das faces de cada um dos corpos-de-prova, em milímetros;

f) valor da média de cada uma das dimensões consideradas, calculado como a média aritmética dos valores individuais, em milímetros;

g) valores de referência das tolerâncias dimensionais;

h) referência a esta Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

A.4.3 Determinação da espessura das paredes externas e septos dos blocos

A.4.3.1 Execução do ensaio

Os corpos-de-prova devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável.

A espessura das paredes externas deve ser medida no mínimo nos pontos indicados na figura A.4, buscando o ponto onde a parede apresenta a menor espessura.

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As medições das espessuras dos septos devem ser obtidas na região central destes, utilizando no mínimo quatro medições, buscando os septos de menor espessura.

NOTA Caso o bloco apresente ranhuras, a medição deve ser feita no interior destas.

Figura A.4 — Posições esquemáticas para as medições da espessura das paredes externas e septos

A.4.3.2 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) um esquema da face de corte transversal aos furos, com as indicações dos pontos onde os valores das espessuras foram obtidos;

f) os valores individuais das espessuras das paredes externas e dos septos, para cada um dos corpos-de-prova, expressos em milímetros;

g) valores de referência dos limites dimensionais;

h) referência a esta Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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A.4.4 Determinação do desvio em relação ao esquadro (D)

A.4.4.1 Execução do ensaio

Os corpos-de-prova devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável.

Deve-se medir o desvio em relação ao esquadro entre uma das faces destinadas ao assentamento e a maior face destinada ao revestimento do bloco, conforme a figura A.5, empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica.

Figura A.5 — Desvio em relação ao esquadro - Representação esquemática

A.4.4.2 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais do desvio em relação ao esquadro (D) para cada um dos corpos-de-prova, expressos em milímetros;

f) valor de referência do limite dimensional;

g) referência a esta Norma;

h) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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A.4.5 Determinação da planeza das faces (F)

A.4.5.1 Execução do ensaio

Os corpos-de-prova devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável.

Deve-se determinar a planeza de uma das faces destinadas ao revestimento através da flecha formada na diagonal, conforme as figura A.6 ou A.7, empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica.

Figura A.6 — Planeza das faces – Representação esquemática – Bloco de vedação

Figura A.7 — Planeza das faces – Representação esquemática – Bloco estrutural

A.4.5.2 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

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c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais da planeza das faces (F) para cada um dos corpos-de-prova, expressos em milímetros;

f) valor de referência do limite dimensional;

g) referência a esta Norma;

h) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

A.4.6 Determinação da área bruta (Ab) e da área líquida (Aliq)

A determinação da área bruta é aplicável para o bloco de vedação e estrutural e a determinação da área líquida exclusivamente para bloco estrutural.

A.4.6.1 Execução do ensaio

A.4.6.1.1 Determinação da área bruta (Ab)

a) medir a largura (L), a altura (H) e o comprimento (C) dos blocos a serem ensaiados, conforme A.4.2;

b) a área bruta de cada bloco é obtida pela expressão L x C, expressa em centímetros quadrados, com aproximação decimal.

A.4.6.1.2 Determinação da área líquida (Aliq)

a) após a determinação da área bruta, imergir os blocos em água fervente por 2 h ou em água à temperatura ambiente por 24 h;

b) após saturados, os blocos devem ser pesados imersos em água à temperatura de (23 ± 5)ºC; o valor obtido é a sua massa aparente ma;

c) retirar os blocos, enxugá-los superficialmente com um pano úmido e pesá-los imediatamente, obtendo-se a sua massa saturada mu;

d) área líquida, expressa em centímetros quadrados, de cada bloco, calculada segundo a expressão:

HγmmAliq ⋅

−=

)( au

onde:

Aliq é igual à área líquida, em centímetros quadrados, com aproximação decimal;

mu é igual à massa do bloco saturado, em gramas;

ma é igual à massa aparente do bloco, em gramas;

H é igual à altura do bloco, em centímetros;

γ é igual à massa específica da água, tomada igual a 1, em gramas por centímetro cúbico .

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A.4.6.2 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valor médio da área bruta, calculado como a média aritmética dos valores individuais;

f) valor médio da área líquida, calculado como a média aritmética dos valores individuais;

g) referência a esta Norma;

h) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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Anexo B (normativo)

Determinação da massa seca e do índice de absorção d`água

B.1 Objetivo

Este anexo prescreve o método de ensaio para determinação da massa seca e do índice de absorção d’água.

B.2 Aparelhagem e instrumentação

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é composta de:

a) balança com resolução de até 5 g;

b) estufa com temperatura ajustável a (105 ± 5)ºC.

B.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais.

Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos, amostrado de acordo com as ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2.

B.4 Execução do ensaio

B.4.1 Generalidades

Após o preparo dos corpos-de-prova, devem ser seguidas as atividades descritas em B.4.2 a B.4.4

B.4.2 Determinação da massa seca (ms)

a) retirar do corpo-de-prova o pó e outras partículas soltas;

b) submeter os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5)ºC;

c) determinar a massa individual, em intervalos de 1 h, até que duas pesagens consecutivas de cada um deles difiram em no máximo 0,25%, pesando-os imediatamente após a remoção da estufa;

d) medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização das pesagens, nas condições acima estabelecidas, expressando-as em gramas.

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B.4.3 Determinação da massa úmida (mu)

a) após a determinação da massa seca (ms), os corpos-de-prova devem ser colocados em um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido com água à temperatura ambiente, em volume suficiente para mantê-los totalmente imersos;

b) o recipiente deve ser gradativamente aquecido até a água no seu interior entrar em ebulição;

c) os corpos-de-prova devem ser mantidos completamente imersos em água fervente por 2 h.

NOTAS

1 O volume de água evaporado do recipiente deve ser reposto para que a imersão dos corpos-de-prova não seja comprometida.

2 Alternativamente, esta operação pode ser substituída pela imersão completa dos corpos-de-prova em água à temperatura ambiente durante 24 h.

3 Havendo divergência quanto ao resultado deste ensaio, prevalece o resultado obtido em água fervente.

d) no caso de uso de água fervente, transcorrido o tempo de imersão de 2 h de fervura, deve ser interrompida a operação e os corpos-de-prova devem ser resfriados via substituição lenta da água quente do recipiente por água à temperatura ambiente;

e) estando a água do recipiente à temperatura ambiente, os corpos-de-prova saturados devem ser removidos e colocados em bancada para permitir o escorrimento do excesso de água;

f) a água remanescente deve ser removida com o auxílio de um pano limpo e úmido, observando-se que o tempo decorrido entre a remoção do excesso de água na superfície e o término das pesagens não deve ser superior a 15 min;

g) a massa úmida (mu), expressa em gramas, é determinada pela pesagem de cada corpo-de-prova saturado;

h) os resultados das pesagens devem ser expressos em gramas.

B.4.4 Determinação do índice de absorção d´água (AA)

O índice de absorção d´água (AA) de cada corpo-de-prova é determinado pela expressão:

100x m

mm(%)AA s

su−=

onde mu e ms representam a massa úmida e a massa seca de cada corpo-de-prova, respectivamente, expressas em gramas.

B.5 Expressão dos resultados e relatório do ensaio

O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

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d) data do ensaio;

e) valores individuais da massa seca (ms), em gramas;

f) valores individuais do índice de absorção d’água AA, em porcentagem;

g) valores de referência do índice de absorção d’água;

h) referência a esta Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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Anexo C (normativo)

Determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais

e de vedação

C.1 Objetivo

Este anexo prescreve o método de ensaio para determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação.

C.2 Aparelhagem e instrumentação

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é composta de uma prensa com a qual se executa o ensaio, devendo satisfazer as seguintes condições:

a) ser provida de dispositivo que assegure a distribuição uniforme dos esforços no corpo-de-prova;

b) ser equipada com dois pratos de apoio, de aço, um dos quais articulado, que atue na face superior do corpo-de-prova;

c) quando as dimensões dos pratos de apoios não forem suficientes para cobrir o corpo-de-prova, uma placa de aço deve ser colocada entre os pratos e o corpo-de-prova;

d) as superfícies planas e rígidas dos pratos e placas de apoio não devem apresentar desníveis superiores a 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm;

e) as placas monolíticas de aço devem ter espessura de no mínimo 50 mm;

f) atender aos requisitos da ABNT NBR NM-ISO 7500-1;

g) ter instrumentos para permitir a leitura das cargas com aproximação de ± 2% da carga de ruptura;

h) ser capaz de transmitir a carga de modo progressivo e sem choques;

i) ter o dispositivo de medida de carga com um mínimo de inércia, de atritos e de jogos, de modo que tais fatores não influam sensivelmente nas indicações da prensa, quando o ensaio é conduzido nas condições indicadas em C.4.3 – d).

C.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, retiradas as rebarbas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais.

Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos, amostrado de acordo com as ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2.

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C.4 Procedimentos

C.4.1 Generalidades

a) medir a largura (L), altura (H) e o comprimento (C) dos blocos segundo A.4.2 (figuras A.1, A.2 e A.3);

b) para a regularização das faces de trabalho dos corpos-de-prova, devem ser utilizadas pastas de cimento ou argamassas com resistências superiores às resistências dos blocos na área bruta;

c) a superfície onde o capeamento será executado não deve se afastar do plano mais que 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm;

d) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos remendos;

e) a espessura máxima do capeamento não deve exceder 3 mm;

f) alternativamente, as faces dos corpos-de-prova podem ser regularizadas por meio de uma retífica, dispensando-se assim o capeamento.

C.4.2 Posição dos corpos- de- prova nos ensaios à compressão

Todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao assentamento.

C.4.3 Blocos cerâmicos estruturais e de vedação

Os corpos-de-prova devem ser preparados da seguinte forma:

a) cobrir com pasta de cimento (ou argamassa) uma placa plana indeformável recoberta com uma folha de papel umedecida ou com uma leve camada de óleo mineral;

b) aplicar à face destinada ao assentamento sobre essa pasta (ou argamassa) exercendo sobre o bloco uma pressão manual suficiente para fazer refluir a pasta (ou argamassa) interposta, de modo a reduzir a espessura no máximo a 3 mm;

c) logo que a pasta (ou argamassa) estiver endurecida, retirar com espátulas o excesso de pasta existente;

d) passar, em seguida, à regularização da face oposta, após procedimento indicado nas alíneas a) e b);

e) deve-se obter assim um corpo-de-prova com duas faces de trabalho devidamente regularizadas e tanto quanto possível paralelas (ver figura C.1);

f) após o endurecimento das camadas de capeamento, imergir os corpos-de-prova em água no mínimo durante 6 h;

g) nos casos em que as faces de assentamento são regularizadas por uma retífica, não se aplicam as alíneas a), b), c) e d).

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Figura C.1 — Compressão axial de bloco de vedação

C.4.4 Execução do ensaio

A execução do ensaio deve ser a seguinte:

a) os blocos devem ser ensaiados na condição saturada;

b) todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao assentamento;

c) o corpo-de-prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga dos pratos da prensa;

d) proceder ao ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que a tensão aplicada, calculada em relação à área bruta se eleve progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s.

C.4.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

C.4.5.1 Para bloco estrutural

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova, inclusive sua indicação de rastreabilidade;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valor médio de cada uma das dimensões dos blocos medidos;

f) desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados, ressaltando a posição dos furos;

g) resistência à compressão de cada corpo-de-prova, expressa em megapascals, com aproximação decimal, obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada durante o ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de trabalho de cada bloco, expressa em milímetros quadrados;

h) resistência média dos blocos expressa em MPa, com aproximação decimal, calculada como a média aritmética dos valores individuais;

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i) resistência característica à compressão estimada, determinada de acordo com 5.3 da ABNT NBR 15270-2:2005;

j) desvio-padrão, em megapascals;

k) coeficiente de variação, em porcentagem;

l) valor de referência da resistência característica à compressão;

m) referência a esta Norma;

n) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

C.4.5.2 Para bloco de vedação

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valor médio de cada uma das dimensões dos blocos medidos;

f) desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados, ressaltando a posição dos furos;

g) resistência à compressão de cada corpo-de-prova, com aproximação decimal e expressa em megapascals, obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada durante o ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de trabalho de cada bloco, expressa em milímetros quadrados;

h) valor de referência da resistência à compressão;

i) referência a esta Norma;

j) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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Anexo D (informativo)

Diretrizes para seleção de métodos de ensaios para determinação de

características especiais

D.1 Objetivo

Este anexo apresenta informações e estabelece diretrizes gerais para a seleção e execução de métodos de ensaio para a determinação eventual de características físicas e mecânicas para os blocos cerâmicos de vedação e estruturais.

Trata-se de ensaios que podem secundar necessidades específicas e exigências particulares nos contratos de compra e venda.

D.2 Introdução

Incluem-se nas determinações das características os métodos de ensaios, aplicáveis conforme tabela D.1.

Tabela D.1 — Determinação das características físicas

Características Determinações Símbolos Método

Físicas Absorção inicial AAI Anexo E

Eb

Ea

Módulos de deformação longitudinal dos componentes:

bloco (b), argamassa (a), graute (g) Eg

ABNT NBR 8522

υb

υa

Mecânicas

Coeficiente de Poisson dos componentes: bloco (b), argamassa (a), graute(g)

υg

ASTM E 132

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D.3 Detalhes de aplicabilidade

D.3.1 Absorção de água inicial (AAI)

Caso o índice de absorção de água inicial (AAI) para os blocos cerâmicos estruturais e de vedação resulte superior a (30 g/193,55 cm2)/min, os blocos devem ser umedecidos antes do assentamento para o seu melhor desempenho. Se o valor do índice de absorção inicial (AAI) resultar menor que o limite mencionado, os blocos podem ser assentados sem ser previamente umedecidos.

D.4 Corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser representativos do fornecimento, preparados conforme consta nas normas indicadas na tabela D.1.

D.5 Quantidade

A quantidade de corpos-de-prova deve ser especificada em comum acordo entre fornecedor e consumidor em seus contratos de compra e venda.

Na ausência de tal especificação, recomenda-se que sejam ensaiados no mínimo seis corpos-de-prova.

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Anexo E (informativo)

Determinação do índice de absorção inicial

E.1 Objetivo

Este anexo prescreve o método de ensaio para determinação do índice de absorção inicial.

E.2 Aparelhagem e instrumentação

Para a execução dos ensaios são necessários:

a) balança com sensibilidade de 1,0 g;

b) termômetro com sensibilidade de 1,0 ºC;

c) estufa que mantenha a temperatura entre (105 ± 5) ºC;

d) reservatório d’água que permita a manutenção de uma lâmina de (3 ± 0,2) mm, com os dispositivos de ensaio mostrados esquematicamente na figura E.1;

e) apoios prismáticos de aço;

f) suportes metálicos rígidos com parafusos para ajuste do nível;

g) régua de nível com bolha;

h) cronômetro com sensibilidade de 1 s;

i) instrumento para medição de umidade com sensibilidade de 1 %;

j) toalhas de algodão umedecidas.

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(1) Reservatório

(2) Suportes metálicos reguláveis

(3) Apoios de aço (4) Parafusos para regulagem da altura e nível dos apoios

Corte AA

Figura E.1 — Reservatório de água e dispositivos utilizados para o ensaio

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E.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais.

Cada corpo-de-prova é constituído por um bloco principal, íntegro e isento de defeitos, amostrado de acordo com as ABNT NBR 15270-1 e ABNT NBR 15270-2.

E.4 Procedimentos para a execução do ensaio

E.4.1 Amostra

Recomenda-se para a amostra a utilização dos mesmos blocos que foram ensaiados para a determinação do índice de absorção d’água e da área líquida.

A amostra deve ser seca em estufa com temperatura igual a (105 ± 5) ºC, no mínimo durante 24 h. Após a retirada da estufa, aguardar no mínimo 2 h para executar o ensaio. Para a realização do ensaio, os blocos devem ser resfriados ao ar livre até a temperatura ambiente, e depois o bloco deve ser pesado.

As características geométricas devem ser medidas conforme o procedimento exposto em A.4.2 e A.4.6.

No caso de faces vazadas (blocos com furos verticais), devem ser descontadas as áreas correspondentes aos vazados da face de assentamento. Assim, a área líquida Aliq, obtida conforme procedimento exposto em A.4.6, pode ser também calculada pela expressão:

Aliq = Ab - Av

onde Av é a área de vazados do bloco.

E.4.2 Montagem dos equipamentos e nivelamento da lâmina d’água

Instalar os apoios de aço (3) dos corpos-de-prova sobre os suportes metálicos (2), ajustando-os para que se posicionem no terço médio do corpo-de-prova. Encher o reservatório (1) até que o nível d’água fique nivelado com os apoios.

Com auxílio da régua de nível e dos parafusos para regulagem da altura (4), proceder ao nivelamento dos apoios, de forma a manter o dispositivo e o nível d’água sempre em um mesmo nível. Uma vez tendo determinada a área do reservatório, acrescentar um volume de água que eleve o nível do reservatório acima dos apoios em (3,0 ± 0,2) mm.

E.4.3 Execução do ensaio

Determinar a massa inicial pesando cada corpo-de-prova com precisão de 1,0 g.

Para o posicionamento do corpo-de-prova, segurá-lo com uma das mãos sobre uma superfície rígida, observando onde se encontra seu centro de gravidade. Levar o corpo-de-prova até os apoios e disparar o cronômetro somente no momento em que o corpo-de-prova tocar a face de assentamento nos apoios. Manter o corpo-de-prova seguro, de forma a facilitar sua retirada ao final do ensaio.

Após (60 ± 1) s, proceder à retirada do corpo-de-prova e rapidamente retirar o excesso de água da face ensaiada, utilizando uma toalha de algodão umedecida. Esta operação deve ser realizada em no máximo 10 s.

Determinar a massa final de cada corpo-de-prova, em gramas. Esta operação deve ser realizada em no máximo 30 s após a retirada do corpo-de-prova do dispositivo de ensaio.

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A reposição da água absorvida pelo corpo-de-prova ao reservatório deve ser obrigatória se o reservatório possuir área em planta inferior a 2 500 cm².

Acima desse valor a reposição da água retirada pelo corpo-de-prova para novo ensaio fica a critério dos procedimentos internos adotados pelo laboratório.

Determinar o índice de absorção de água ínicial (AAI), calculado de acordo com a expressão:

Área55,193 p AAI ∆×=

onde:

AAI é o índice de absorção d’água inicial (sucção) da face ensaiada dos blocos, expresso em (g/193,55cm²)/min;

∆p é a variação de massa obtida no ensaio, em gramas;

Área é a área bruta ou área líquida dos blocos ensaiados, em centímetros quadrados.

NOTA Caso se proceda à determinação da sucção em ambas as faces de assentamento, realizar a segunda determinação imediatamente após a primeira pesagem, de forma que não ocorram perdas de água por evaporação. Assim, o peso inicial da segunda determinação deve ser considerado igual ao peso final da primeira determinação.

E.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) registros das condições de temperatura e umidade;

f) dimensões médias das faces de ensaio (faces normais de assentamento, no caso da alvenaria estrutural, ou faces laterais, tratando-se de blocos em fachadas que vão receber revestimento);

g) para blocos com vazados verticais, apresentar a relação entre área líquida e a área bruta individual (Aliq/Ab) e a média desta relação na amostra;

h) figura esquemática com a face de assentamento do bloco;

i) massas iniciais e finais dos corpos-de-prova;

j) valor médio obtido para o índice de absorção de água inicial, expresso em g/193,55 cm2/min;

k) valor de referência do índice de absorção de água inicial;

l) referência a esta Norma;

m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


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