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ABNT - AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

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MAIO 2003 NBR 8890Tubo de concreto, de seção circular,para águas pluviais e esgotossanitários - Requisitos e métodos deensaio

Origem: Projeto 18:317.01-001:2002ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e AgregadosCE-18:317.01 - Comissão de Estudo de Tubos de ConcretoNBR 8890 - Precast circular concrete pipe - Requirements and methods of testDescriptors: Portland cement. Concrete. Sanitary drain. Pluvial drainEsta Norma cancela e substitui as NBR 6583:1987, NBR 6586:1987,NBR 8889:1985, NBR 8891:1985, NBR 8892:1985,NBR 8893:1985, NBR 8894:1985, NBR 8895:1985, NBR 9793:1986,NBR 9794:1987, NBR 9795:1987, NBR 9796:1987Esta Norma substitui a NBR 8890:1985Válida a partir de 30.06.2003Incorpora a Errata nº 1 de JUN 2003Palavras-chave: Cimento. Concreto. Esgoto sanitário.

Água. Tubo de concreto16 páginas

SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências nor mativas3 Definições4 Requisitos gera is5 Requisitos específicos6 Inspeção7 Aceitação e reje içãoANEXOSA Dimensões e resistênciasB Ensaio de compressão diametral de tubos circulares de concreto para águas pluviais e esgoto sanitárioC Ensaio de permeabilidade e estanqueidade dos tubos destinados a esgoto sanitário e águas pluviais, providos de juntaelásticaD Ensaio de absorção de águaE Ensaio de permeabilidade dos tubos destinados a águas pluviais providos de junta rígida

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre osassociados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma circulou em Consulta Pública sob o número de Projeto 18:317.01-001 e incorpora as seguintes normas:NBR 6583:1987, NBR 6586:1987, NBR 8889:1990, NBR 8891:1985, NBR 8892:1985, NBR 8893:1985, NBR 8894:1985,NBR 8895:1985, NBR 9793:1986, NBR 9794:1987, NBR 9795:1987 e NBR 9796:1987.

Esta Norma contém os anexos A a E, de caráter normativo.

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1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa os requisitos e métodos de ensaio para a aceitação de tubos de concreto simples e armado, de seçãocircular, destinados a condução de águas pluviais e esgotos sanitários.

1.2 Esta Norma est abelece as características dos materiais, método de dosagem do concreto, processo de moldagem dostubos, características do acabamento, método de cura, dimensões e tolerâncias, tipos de junta, instruções para estocagem,identificação e manuseio do produto final, bem como critérios para inspeção, ensaios e parâmetros para aceitação de lotesde fornecimento de tubos.

1.3 Quando não ho uver menção no texto à aplicação em águas pluviais ou esgoto sanitário, significa que aplica-se aambos. Assuntos específicos de cada aplicação explicitam esta condição.

1.4 Para o transpor te de outros líquidos, deve ser atendido o disposto em 4.1.1.

1.5 Esta Norma não se aplica a tubos de concreto destinados a cravação (Jacking Pipe).

2 Referências no rmativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para estaNorma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum - Especificação

NBR 5733:1991 - Cimento Portland de alta resistência inicial - Especificação

NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-forno - Especificação

NBR 5736:1991 - Cimento Portland pozolânico - Especificação

NBR 5737:1992 - Cimentos Portland resistentes a sulfatos - Especificação

NBR 6565:1982 - Elastômero vulcanizado - Determinação do envelhecimento acelerado em estufa - Método deensaio

NBR 7211:1983 - Agregado para concreto - Especificação

NBR 7318:1982 - Elastômero vulcanizado para uso em veículos automotores - Determinação da dureza - Métodode ensaio

NBR 7462:1992 - Elastômero vulcanizado - Determinação da resistência à tração - Método de ensaio

NBR 7480:1996 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado - Especificação

NBR 7481:1990 - Tela de aço soldada - Armadura para concreto - Especificação

NBR 7531:1982 - Anel de borracha destinado a tubos de concreto simples ou armado para esgotos sanitários -Determinação da absorção de água - Método de ensaio

NBR 8548:1984 - Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou porsolda - Determinação da resistência à tração - Método de ensaio

NBR 8965:1985 - Barras de aço CA 42S com características de soldabilidade destinadas a armaduras paraconcreto armado - Especificação

NBR 11578:1991 - Cimento Portland composto - Especificação

NBR 11768:1992 - Aditivos para concreto de cimento Portland - Especificação

NBR 12654:1992 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto - Procedimento

NBR 12655:1996 - Concreto - Preparo, controle e recebimento

NBR 12989:1993 - Cimento Portland branco - Especificação

NM 137:1997 - Argamassa e concreto - Água para amassamento e cura de argamassa e concreto de cimentoportland

ASTM C 1218:1997 - Test method for water-soluble chloride in mortar and concrete

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3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 diâmetro nominal (DN): Número que serve para classificar o tubo quanto à sua dimensão e que correspondeaproximadamente ao seu diâmetro interno, em milímetros.

3.2 diâmetro interno (DI): Valor da distância, em milímetros, entre dois pontos quaisquer diametralmente opostos, dasuperfície interna, de uma seção transversal do tubo.

3.3 diâmetro interno médio: Valor da média de quatro diâmetros internos, medidos segundo quatro direções de mesmaseção transversal, defasados entre si em 45°.

3.4 comprimento ú til: Distância, em milímetros, entre dois pontos extremos de uma geratriz qualquer da superfíciecilíndrica interna do tubo.

3.5 espessura de p arede: Medida, em milímetros, da distância entre dois pontos determinados pela interseção de umageratriz interna e outra externa da parede do tubo, com uma linha diametral pertencente a qualquer seção transversal.

3.6 folga: Diferença entre o menor diâmetro interno da bolsa do tubo e o diâmetro externo da ponta do tubo.

3.7 acessórios: Demais produtos que, juntamente com o tubo, complementam o sistema. Exemplo: anel de borracha paravedação.

3.8 anel de borracha para vedação: Acessório circular de borracha flexível, integrado ao tubo ou aplicável no momentoda instalação do tubo em seu local de serviço.

3.9 armadura: Estr utura em barras soldadas ou amarradas com arame recozido ou tela de aço pré-fabricada incorporadaao concreto na moldagem, destinada a aumentar a resistência do tubo.

3.10 cobrimento mínimo: Espessura da camada de concreto desde a superfície (interna ou externa) da parede do tuboaté a face mais externa da barra de armadura mais próxima da superfície em qualquer ponto do tubo.

3.11 junta elástica: Conjunto formado pela ponta de um tubo e a bolsa do tubo contíguo, ou por duas pontas e uma luva,unidas com o auxílio de um anel de borracha para vedação na instalação dos tubos em seu local de serviço.

3.12 classe: Designação dada aos tubos de acordo com as exigências das cargas de fissura e ruptura.

3.13 compressão di ametral: Esforço vertical exercido por ação e reação simultânea e uniformemente sobre duasgeratrizes externas diametralmente opostas ao tubo sem restrições.

3.14 permeabilidade: Propriedade do material de permitir a passagem de água por seus poros, caracterizando ovazamento da água de um lado para o outro da barreira constituída pelo material.

3.15 absorção: Prop riedade do material concreto e seus componentes de incorporar e reter água em seus poros e vaziosinternos.

3.16 efluente agress ivo: Efluentes que contêm substâncias ou estão em temperatura capaz de diminuir a durabilidade dotubo ou seus acessórios.

3.17 durabilidade: Capacidade do tubo ou seus acessórios de manter sua qualidade por toda a vida de serviço previstaem projeto.

3.18 vida de serviço: Tempo em anos previsto em projeto para uso do tubo e seus acessórios.

3.19 partida: Conjun to de tubos de mesmo diâmetro nominal e classe ou acessórios, mesmos materiais, produzidos nasmesmas condições, em um prazo máximo de 15 dias corridos.

3.20 lote: Conjunto d e tubos de mesmo diâmetro nominal e classe ou acessórios, mesmos materiais e processo produtivo,pertencentes a uma mesma partida e disponíveis simultaneamente para inspeção.

3.21 amostra: Tubos ou acessórios pertencentes a um mesmo lote, utilizados na inspeção.

3.22 inspeção: Ato de verificar a qualidade dos tubos e seus acessórios mediante critérios visuais e ensaios.

3.23 controle de recebimento: Conjunto de procedimentos realizados pelo comprador, durante a produção ou nos lotesadquiridos, para fins de aceitação/rejeição dos tubos.

3.24 controle de produção: Conjunto de procedimentos realizados pelo produtor, durante a produção, visando oatendimento das especificações dos tubos.

3.25 carga de fissur a (trinca) no ensaio de compressão diametral: Carga, em quilonewtons por metro, apresentadapelo aparelho de medida, no instante em que aparece(m) no tubo submetido ao ensaio fissura(s) com abertura de 0,25 mme 300 mm de comprimento ou mais. Para efeito de projeto da linha, é esta carga que define a resistência do tubo àssolicitações externas.

3.26 carga de ruptu ra no ensaio de compressão diametral: Carga máxima, em quilonewtons por metro, apresentadapelo aparelho de medida, cujo valor deixa de sofrer acréscimo, mesmo com o prosseguimento do ensaio.

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4 Requisitos gerais

Embora esta Norma fixe os requisitos exigíveis para a aceitação de tubos de várias classes e diâmetros, e respectivosacessórios, podem ser produzidos tubos de características diferentes ou especiais, específicos para aplicação em umdeterminado empreendimento, desde que o projeto tenha sido elaborado por profissional habilitado. Igualmente aos tubos eacessórios fabricados segundo esta Norma, estas tubulações e respectivos acessórios estão sujeitos a inspeção, segundoas diretrizes desta Norma.

4.1 Materiais

4.1.1 Concreto

Na produção do concreto a ser utilizado na fabricação dos tubos, devem ser utilizados materiais de acordo com aagressividade do meio, interno e externo, onde serão instalados os tubos. O concreto utilizado na fabricação dos tubos,quando no estado fresco, deve apresentar características compatíveis com o processo de fabricação, o qual deve serconduzido sob controle tecnológico da qualidade conforme NBR 12654. O concreto endurecido deve atender aos requisitosde durabilidade previstos nesta Norma.

4.1.1.1 Dosagem do concreto

Deve ser feita por método compatível com a tecnologia usual reconhecida no país, de acordo com a NBR 12655 e com oprocesso de fabricação dos tubos. A relação água/cimento, expressa em litros por quilograma, deve ser no máximo de0,50 para tubos destinados a águas pluviais e no máximo de 0,45 para tubos destinados a esgotos sanitários.

4.1.1.2 Cimento

Nos tubos destinados a águas pluviais pode ser utilizado qualquer tipo de cimento Portland, de acordo com as NBR 5732,NBR 5733, NBR 5735, NBR 5736, NBR 5737, NBR 11578 e NBR 12989, exceto no caso de comprovada agressividade domeio externo ao concreto, onde deve ser feita uma avaliação do grau e tipo de agressividade para definição dos parâmetrosde produção do concreto. Nos tubos destinados a esgoto sanitário, deve ser utilizado cimento resistente a sulfato, conformeNBR 5737.

4.1.1.3 Agregados

Os agregados devem atender às exigências da NBR 7211, sendo sua dimensão máxima limitada ao menor valor entre umterço da espessura da parede do tubo e o cobrimento mínimo da armadura.

4.1.1.4 Água

Deve atender aos requisitos da NM 137.

4.1.1.5 Aditivos

Os aditivos utilizados no concreto devem atender ao disposto na NBR 11768 e o teor de íon cloro no concreto não deve sermaior que 0,15%, determinado na ASTM C 1218.

4.1.2 Armadura

A armadura principal do tubo pode ser circular simples ou circular dupla, posicionada de forma a garantir o atendimento aoscobrimentos mínimos exigidos conforme 4.1.2.3. As barras transversais da armadura (barras ou telas) não devemafastar-se entre si ou das extremidades do tubo por mais de 150 mm, sendo que na bolsa este afastamento não pode sermaior que 50 mm, tendo pelo menos duas espiras em sua extremidade. As emendas de barras podem ser feitas portranspasse ou solda, por metodologias que garantam a continuidade da capacidade estrutural do conjunto.

4.1.2.1 Aço

Deve atender à NBR 7480 ou NBR 8965, conforme processo de montagem da armadura.

4.1.2.2 Tela de aço so ldado

Deve atender à NBR 7481.

4.1.2.3 Cobrimento mínimo da armadura

O cobrimento interno das armaduras deve ser no mínimo 20 mm e o cobrimento externo no mínimo 15 mm, para os tubosde diâmetro nominal até 600 mm. Para os tubos com diâmetros nominais maiores que 600 mm, o cobrimento interno dasarmaduras deve ser no mínimo de 30 mm e o cobrimento externo no mínimo de 20 mm.

4.2 Tubo

Deve apresentar as características de qualidade previstas em projeto, conforme definidas nesta Norma.

4.2.1 Moldagem do tubo

Deve ser feita por processo industrial adequado às características do produto final quanto à resistência mecânica,permeabilidade, estanqueidade e absorção; dimensões, acabamento e arestas bem definidas, garantindo posicionamentogeométrico de armaduras e respeitando o cobrimento mínimo estabelecido em 4.1.2.3, bem como dos demais acessóriosafixados na moldagem.

4.2.2 Cura

Após a moldagem, os tubos devem ser curados por método e tempo necessários, de modo a serem preservados da perdaprecoce de água, de tensões por choques, ações de cargas ou variações de temperaturas incompatíveis com suacapacidade resistente, até que adquiram as características de qualidade previstas em projeto.

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4.2.3 Estocagem, identificação e manuseio

Os tubos devem ser estocados na fábrica ou na obra de acordo com as instruções do fabricante e protegidos decontaminação. Todos os tubos devem trazer em caracteres legíveis gravados no concreto ainda fresco o nome ou marca dofabricante, diâmetro nominal, a classe a que pertencem ou a resistência do tubo, a data de fabricação e um número pararastreamento de todas as suas características de fabricação. O manuseio dos tubos deve ser feito com procedimentos quenão alterem suas características aprovadas na inspeção, em respeito ao projeto.

4.2.4 Tipos de juntas

As juntas dos tubos para aplicação em esgoto sanitário devem ser do tipo elástica. Para os tubos destinados a águaspluviais, as juntas podem ser rigídas ou elásticas.

5 Requisitos esp ecíficos

As amostras de um lote de tubos ou acessórios, formadas conforme 6.1.1, devem atender às condições de 5.1 e 5.2,respeitadas suas especificidades.

5.1 Tubo

5.1.1 Acabamento

5.1.1.1 As superfícies in ternas e externas dos tubos devem ser regulares e homogêneas, compatíveis com o processo defabricação, não devendo apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de percussão, e que sejamprejudiciais à qualidade do tubo quanto à resistência, impermeabilidade e durabilidade.

5.1.1.2 Não são permiti dos retoques com nata de cimento ou com outros materiais, visando esconder defeitos. Após o fimde pega do cimento e mediante aprovação do comprador, podem ser executados reparos de defeitos, de dimensõesinferiores ao especificado em 5.1.1.3, com materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pelo comprador, bem comofissuras superficiais.

5.1.1.3 Podem ser acei tos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores ou iguais a 10 mm e profundidade inferiorou igual a 5 mm.

5.1.1.4 O acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o gabarito da figura 1, que deve ser roladosobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede nãoé tocada pela parte central do gabarito.

Dimensões em milímetros

Figura 1 - Gabarito para medida de alinhamento da superfície interna dos tubos

5.1.2 Dimensões e to lerâncias

5.1.2.1 As dimensões d os tubos estão apresentadas nas tabelas A.1 e A.2.

5.1.2.2 Os tubos devem ter eixo retilíneo e perpendicular aos planos das extremidades. A superfície interna deve sercilíndrica e as seções transversais devem ter a forma de coroa circular.

5.1.2.3 O diâmetro inte rno médio não deve diferir mais de 1% do diâmetro nominal.

5.1.2.4 Para a espessu ra de parede não são admitidas diferenças para menos de 5% da espessura declarada ou5 mm, adotando-se sempre o menor valor.

5.1.2.5 O comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20 mm para menos nem mais de50 mm para mais.

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5.1.3 Compressão d iametral

5.1.3.1 Carga de fissu ra (trinca)

Deve ser determinada conforme ensaio descrito no anexo B. As cargas de fissura, para cada diâmetro nominal e classe,devem ser no mínimo as apresentadas nas tabelas A.3 e A.4.

5.1.3.2 Carga de ruptu ra

Deve ser determinada conforme ensaio descrito no anexo B. As cargas de ruptura, para cada diâmetro nominal e classe,devem ser no mínimo as apresentadas nas tabelas A.3 e A.4.

5.1.4 Permeabilidad e e estanqueidade da junta

5.1.4.1 Tubos com junt a elástica para esgoto sanitário devem ter suas permeabilidade e estanqueidade determinadasconforme ensaio descrito no anexo C, não devendo apresentar vazamento, quando submetidos à pressão de 0,1 MPadurante 30 min. Manchas de umidade, bem como gotas aderentes, não devem ser consideradas como vazamentos.

5.1.4.2 Tubos com junt a elástica para águas pluviais devem ter suas permeabilidade e estanqueidade da juntadeterminadas conforme ensaio descrito no anexo C, não devendo apresentar vazamento, quando submetidos à pressão de0,05 MPa durante 15 min. Manchas de umidade, bem como gotas aderentes, não devem ser consideradas comovazamentos.

5.1.4.3 Tubos com junt a rígida para águas pluviais devem ter sua permeabilidade determinada conforme ensaio descrito noanexo E, utilizando-se apenas um tubo, não devendo apresentar vazamento, quando submetidos à pressão de 0,05 MPadurante 15 min (facultativo).

5.1.5 Absorção

Os tubos devem ter sua absorção determinada conforme ensaio descrito no anexo D, sendo a absorção máxima de águaem relação à sua massa seca limitada a 6% para esgoto sanitário e 8% para água pluvial.

5.2 Anéis de borra cha para vedação

Os anéis de borracha para vedação são aplicáveis obrigatoriamente a tubos destinados a redes de esgotos sanitários.São também aplicáveis a redes destinadas a águas pluviais, quando especificada junta elástica.

5.2.1 Dimensões e to lerâncias

Os anéis devem ser fornecidos identificados com o nome ou a marca do fabricante dos tubos, obedecendo às dimensões etolerâncias estabelecidas em projeto específico para cada tipo de junta elástica e em função do diâmetro e demaiscaracterísticas dos tubos a que serão aplicados, sendo que o fabricante dos anéis deve realizar todos os ensaiosnecessários e disponibilizá-los para o fabricante dos tubos. Posteriormente, sempre que solicitado, o fabricante dos tubosdeve apresentar o projeto e os relatórios de ensaios dos anéis ao comprador, para verificação de conformidade.

5.2.2 Resistência à t ração

Deve ser determinada de acordo com a NBR 7462. O resultado não deve ser inferior a 10,5 MPa.

5.2.3 Alongamento d e ruptura

Deve ser determinado de acordo com a NBR 7462. O resultado não deve ser inferior a 350%.

5.2.4 Dureza

Deve ser determinada de acordo com a NBR 7318. O resultado em graus Shore A deve atender a três faixas: (45 ± 5)°;(55 ± 5)°; (65 ± 5)°.

5.2.5 Deformação permanente à compressão

A deformação não deve ultrapassar 25% na temperatura de 70°C por 22 h.

5.2.6 Envelheciment o acelerado

Deve ser determinado de acordo com a NBR 6565, não devendo ultrapassar (após 70°C por 70 h) os seguintes valores:

a) perda máxima de tensão à tração de ruptura (em relação ao valor original da mesma amostra): 15%;

b) máximo decréscimo no alongamento de ruptura (em relação ao valor original da mesma amostra): 20%.

5.2.7 Absorção de água

Deve ser determinada de acordo com a NBR 7531, não devendo ultrapassar 10% em massa na temperatura de 48 ha 70°C.

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6 Inspeção

Cabe ao comprador verificar, a qualquer momento, através de inspeção, o atendimento às condições prescritas nasseções 4 e 5.

6.1 Critérios

A verificação do atendimento às condições da seção 4, relativas ao processo produtivo, deve ser estabelecida em comumacordo entre produtor e comprador.

O produtor deve fazer o controle tecnológico do concreto e demais materiais utilizados na produção dos tubos,disponibilizando-os para o comprador na inspeção, juntamente com os relatórios de ensaios dos anéis. Caso julguenecessário, o comprador pode fazer o acompanhamento da produção para verificação do atendimento das exigênciasprescritas nesta Norma.

6.1.1 Formação de lo tes e amostras de tubos e anéis de borracha

Os tubos de mesmo diâmetro e classe e acessórios de cada fornecimento devem ser agrupados em lotes de 100 peças.A dimensão dos lotes pode ser aumentada em comum acordo entre comprador e produtor, limitada a um período deprodução de 15 dias, obedecendo-se ao critério anterior para formação dos lotes. As amostras devem ser determinadas deacordo com cada item a ser verificado por inspeção ou ensaio, conforme descrito nos itens respectivos.

Para aquisições de lotes de um a 50 tubos, a amostra deve ser determinada conforme previsto em 6.1.1.2, exceto para oensaio de compressão diametral e absorção, que a amostra deve ser constituída por metade do previsto em 6.1.1.2-a) e b).

Para aquisições de lotes de 51 a 100 tubos, manter a amostragem estabelecida em 6.1.1.2.

Para anéis de borracha, formar lotes de 100 unidades do mesmo tipo e diâmetro.

6.1.1.1 Inspeção visual

a) o comprador deve realizar inspeção visual em 100% do lote e verificar o atendimento às condições de 5.1.1.1 a5.1.1.3 e 5.1.2, retirando as peças não conformes;

b) a verificação do atendimento a 5.1.1.4 deve ser feita em 5% do lote.

6.1.1.2 Ensaios

a) quando os tubos se destinarem a esgoto sanitário ou a redes de água pluvial dotadas de junta elástica, aamostra de tubos deve ser constituída de quatro peças por lote, sendo dois tubos submetidos ao ensaio decompressão diametral, conforme anexo B, e dois tubos ao ensaio de permeabilidade e estanqueidade, conformeanexo C. Posteriormente ao ensaio de compressão diametral, devem ser retiradas duas amostras indeformáveis portubo, sendo uma da região da ponta e uma da região da bolsa dos tubos submetidos a ruptura, para a realização doensaio de absorção, conforme anexo D;

b) quando os tubos se destinarem a águas pluviais com junta rígida, a amostra deve ser constituída de duas peçaspor lote, sendo os dois tubos submetidos ao ensaio de compressão diametral, conforme anexo B. Posteriormente aoensaio de compressão diametral, devem ser retiradas duas amostras indeformáveis por tubo, sendo uma da regiãoda ponta e uma da região da bolsa dos tubos submetidos a ruptura, para realização do ensaio de absorção,conforme anexo D. Caso o comprador venha a exigir o ensaio previsto em 5.1.4.3, deve ser retirado mais um tubodo lote apresentado, para a realização do ensaio de permeabilidade conforme anexo E;

c) a amostra de anéis deve ser constituída por três peças por lote, as quais são submetidas aos ensaios prescritosem 5.2.2 a 5.2.7. Quando os anéis estiverem aplicados ao tubo por sistema integrado, o produtor deve apresentar aocomprador os resultados dos ensaios realizados segundo os mesmos critérios aplicados pelo fornecedor dos anéis;

d) o cobrimento da armadura deve ser verificado nas amostras retiradas para ensaio de compressão diametral, ouverificado com equipamento adequado em qualquer tubo do lote, de maneira a atender ao especificado em 4.1.2.3.

7 Aceitação e rej eição

7.1 Tubos

7.1.1 Devem ser retir ados os tubos que não atenderem às condições previstas em 6.1.1.1.

7.1.2 Atendido o disposto em 7.1.1 e obedecido o prescrito anteriormente, deve ser aceito o lote de tubos cujas amostrasapresentarem nos ensaios valores dentro dos limites estabelecidos em 5.1.3 a 5.1.5. Caso qualquer tubo da amostra nãoatenda aos requisitos, o ensaio deve ser repetido com uma amostra com o tamanho igual ao dobro da anterior. Caso umdos resultados obtidos na repetição dos ensaios não atenda aos requisitos estabelecidos em 5.1.3 a 5.1.5, o lote deve serrejeitado.

7.2 Anéis

Após atender a 6.1.1.2-c), o lote de anéis cujas amostras atenderem a 5.2.1 e apresentarem, nos ensaios, valores dentrodos limites estabelecidos em 5.2.2 a 5.2.7 deve ser aceito. Caso dois ou mais anéis da amostra não atendam aos limites, oensaio deve ser repetido com uma amostra com o tamanho igual ao dobro da anterior. Caso um dos resultados obtidos narepetição dos ensaios não atenda as exigências prescritas em 5.2.2 a 5.2.7, o lote deve ser rejeitado.

________________/ANEXO A

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Anexo A (normativo)Dimensões e resistências

C = Ǿ bolsa - Ǿ ponta

Figura A.1 - Semicorte longitudinal típico

Tabela A.1 - Dimensões dos tubos destinados a águas pluviais

Dimensões em milímetrosEspessura mínima de parede

DDiâmetronominalDN

Comprimentoútil mínimo do

tuboA

Comprimentomínimo da

bolsaB

Folgamáximada bolsa

CSimples Armado

200 1 000 50 15 30 -300 1 000 60 15 30 45400 1 000 65 15 40 45500 1 000 70 20 50 50600 1 000 75 20 55 60700 1 000 80 20 - 66800 1 000 80 20 - 72900 1 000 80 20 - 75

1 000 1 000 80 20 - 801 100 1 000 80 25 - 901 200 1 000 90 25 - 961 300 1 000 90 25 - 1051 500 1 000 90 30 - 1201 750 1 000 100 30 - 1402 000 1 000 100 30 - 180

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NBR 8890:2003 9

Tabela A.2 - Dimensões dos tubos destinados aesgotos sanitários

Diâmetronominal DN

Comprimentoútil mínimo do

tuboA

Espessuramínima de

paredeD

200 2 000 45300 2 000 50400 2 000 50500 2 000 55600 2 000 65700 2 000 70800 2 000 80900 2 000 85

1 000 2 000 901 100 2 000 1001 200 2 000 1001 300 2 000 1151 500 2 000 1201 750 2 000 1502 000 2 000 180

Tabela A.3 - Compressão diametral de tubos simples

Água pluvial Esgotosanitário

DN Carga mínima de ruptura

kN/m

Carga mínimade ruptura

kN/m

Classe PS1 PS2 ES

200 16 24 36

300 16 24 36

400 16 24 36

500 20 30 45

600 24 36 54

Carga diametral de ruptura

kN/m

Qd 40 60 90

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NBR 8890:200310

Tabela A.4 - Compressão diametral de tubos armados

Água pluvial Esgoto sanitário

DN Carga mínima trincakN/m

Carga mínima rupturakN/m

Carga mínimatrincakN/m

Carga mínimarupturakN/m

Classe PA1 PA2 PA3 PA4 PA1 PA2 PA3 PA4 EA2 EA3 EA4 EA2 EA3 EA4

300 12 18 27 36 18 27 41 54 18 27 36 27 41 54400 16 24 36 48 24 36 54 72 24 36 48 36 54 72

500 20 30 45 60 30 45 68 90 30 45 60 45 68 90

600 24 36 54 72 36 54 81 108 36 54 72 54 81 108

700 28 42 63 84 42 63 95 126 42 63 84 63 95 126

800 32 48 72 96 48 72 108 144 48 72 96 72 108 144900 36 54 81 108 54 81 122 162 54 81 108 81 122 162

1 000 40 60 90 120 60 90 135 180 60 90 120 90 135 180

1 100 44 66 99 132 66 99 149 198 66 99 132 99 149 198

1 200 48 72 108 144 72 108 162 216 72 108 144 108 162 216

1 500 60 90 135 180 90 135 203 270 90 135 180 135 203 270

1 750 70 105 158 210 105 158 237 315 105 158 210 158 237 3152 000 80 120 180 240 120 180 270 360 120 180 240 180 270 360

Carga diametral de fissura/rupturakN/m

Qd 40 60 90 120 60 90 135 180 60 90 120 90 135 180

NOTAS

1 Carga diametral de fissura ou ruptura é a relação entre a carga de trinca ou ruptura e o diâmetro nominal do tubo.

2 Para tubos simples com diâmetro igual ou menor que 400 mm, a carga mínima de ruptura é a correspondente a este valor.

3 Outras classes podem ser admitidas mediante acordo entre fabricante e comprador, devendo ser satisfeitas as condiçõesestabelecidas nesta Norma para tubos de classe normal. Para tubos armados, a carga de ruptura mínima deve corresponder a1,5 da carga de fissura mínima.

________________

/ANEXO B

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NBR 8890:2003 11

Anexo B (normativo)Ensaio de compressão diametral de tubos circulares de concreto para águas pluviais e esgoto sanitário

B.1 Resultados a determinar

O ensaio objetiva a determinação dos valores efetivos da carga de fissura (3.25 e 5.1.3.1) e de ruptura (3.26 e 5.1.3.2) dotubo submetido ao ensaio, conforme descrito em B.2 e B.3.

Mede-se a abertura da fissura por meio de uma lâmina-padrão feita de chapa de aço de 0,2 mm de espessura e largura de12,7 mm, afinada na ponta para 1,6 mm de largura, com cantos arredondados e com inclinação de 1:4, apresentada nafigura B.1. Considera-se a fissura de 0,25 mm de abertura quando a ponta da lâmina-padrão penetrar sem dificuldade1,6 mm, com pequenos intervalos, na distância de 300 mm.

Dimensões em milímetros

Figura B.1 - Lâmina-padrão para medida de abertura de fissura 0,25 mm

B.2 Descrição e aparelhagem

A máquina com a qual se executa o ensaio pode ser de qualquer tipo, desde que satisfaça às seguintes condições:

a) seja provida de dispositivo que assegure a distribuição uniforme dos esforços ao longo de todo o corpo do tubo,descontados o ressalto da bolsa e o rebaixo da ponta; mediante acordo entre comprador e fabricante, o dispositivo dedistribuição de esforços pode se estender por todo o comprimento útil do tubo (ver figura B.2);

b) permita a elevação de cargas de modo contínuo, sem golpes, com velocidade constante e não inferior a 5 kN/minnem superior a 35 kN/min por metro linear de tubo;

c) seja munida de dispositivo que permita a leitura direta da carga com erro menor do que 2% em valor absoluto, paracargas iguais ou superiores a 60 kN, para a velocidade de carga indicada nesta Norma. Para isso é aconselhável quea escolha da escala se faça de modo que o valor da carga mínima na especificação esteja compreendido entre umdécimo e nove décimos da carga máxima registrada na escala;

d) tenha o dispositivo de medida de cargas com um mínimo de inércia, de atritos e de jogos, de modo que tais fatoresnão influam sensivelmente nas indicações da máquina, quando o ensaio for conduzido à velocidade prevista nestaNorma;

e) o fabricante deve apresentar a aferição de seus equipamentos, realizada por laboratório credenciado na RedeBrasileira de Calibração (RBC). Não são aceitas aferições realizadas pelo laboratório do próprio fornecedor, quandofor o caso.

B.3 Execução do ensaio

O ensaio deve ser executado conforme a seguir:

a) medir o comprimento útil (L) do tubo em três geratrizes defasadas entre si em um ângulo de 120°, sendo o valor docomprimento útil a média das três medidas;

b) colocar o tubo deitado sobre apoios planos e horizontais, dispostos paralela e simetricamente em relação ao seueixo. Esses apoios consistem em sarrafos retos de madeira, de comprimento maior ou igual ao comprimento útil dotubo, devidamente fixados ao apoio inferior da máquina e afastados um do outro por uma distância igual a um décimodo diâmetro nominal do tubo, expresso em milímetros;

c) colocar ao longo da geratriz superior do tubo uma vigota reta de madeira, de comprimento tal que abranja ocomprimento útil do tubo em ensaio e de altura maior do que a diferença entre os diâmetros externos do tubo e dabolsa, como indicado na figura B.2;

12,7

25,4

R = 0,6

Variável

Espessura: 0,2

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NBR 8890:200312

d) evitar a localização de esforços em possíveis irregularidades da superfície do tubo; pode-se intercalar entre o tuboe cada cutelo uma tira de borracha com cerca de 5 mm de espessura ou uma camada de areia;

e) dispor o conjunto de modo que o ponto de aplicação da carga coincida com o meio do comprimento útil do tubo, demaneira a garantir a distribuição uniforme da carga ao longo do seu comprimento. A carga pode ser aplicada em umou mais pontos, dependendo do comprimento do tubo e da rigidez da viga de transição da carga;

f) aplicar a carga com taxa de variação constante e não inferior a 5 kN/min nem superior a 35 kN/min, por metrolinear de tubo;

g) em tubos armados, aplicar a carga até atingir a carga de fissura definida na tabela A.3, que deve ser anotada; emseguida, levar o ensaio até a carga de ruptura. Em tubos não armados a carga deve ser elevada até a ruptura do tuboou até que se ultrapasse a carga mínima especificada. A abertura da fissura deve ser medida conforme item B.1.

B.4 Resultados

As cargas de fissura e de ruptura são obtidas dividindo-se os valores dos esforços totais correspondentes pelocomprimento útil do tubo, expressas em quilonewtons por metro. O certificado deve consignar os valores da carga defissura e ruptura de cada tubo, obtidos no ensaio.

Figura B.2 - Esquema do ensaio

________________/ANEXO C

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NBR 8890:2003 13

Anexo C (normativo)Ensaio de permeabilidade e estanqueidade da junta dos tubos destinados a esgoto sanitário e águas pluviais,

providos de junta elástica

C.1 Resultados a determinarO ensaio objetiva a determinação da permeabilidade dos tubos e da estanqueidade elástica entre os tubos quanto àpassagem de água nas condições do ensaio.

C.2 Aparelhagem

O equipamento com o qual se executa o ensaio deve ser dotado de dispositivos que satisfaçam as condições seguintes:

a) permitir elevação gradual e sem golpes da pressão da água no interior dos tubos, com taxa de variaçãoconstante de no máximo 20 kPa/s;

b) possuir manômetro suficiente preciso e periodicamente aferido para medição da pressão interna mínimaespecificada com precisão de ± 4%;

c) permitir o acoplamento de dois tubos e respectivo anel de borracha, caracterizando a junta elástica datubulação;

d) permitir encher de água os dois tubos acoplados;

e) permitir a saída do ar neles contido, antes do ensaio;

f) permitir o fechamento das extremidades livres do conjunto através de um esforço mínimo de pressãonecessário, na direção do eixo dos tubos;

g) o fabricante deve apresentar a aferição de seus equipamentos, realizada por laboratório credenciado na RedeBrasileira de Calibração (RBC). Não são aceitas aferições realizadas pelo laboratório do próprio fornecedor,quando for o caso.

C.3 Descrição

Dois tubos e o respectivo anel de vedação, constituintes da amostra representativa do lote sob inspeção, são acopladosentre si e colocados no equipamento de ensaio, com os eixos coaxiais passando pelo centro dos pratos articulados, demodo que seja garantida a estanqueidade nos extremos; o conjunto deve estar submetido a um ângulo de deflexão deacordo com a tabela C.1. Proceder ao enchimento dos tubos com água, permitindo a saída de todo o ar antes contido noseu interior. Fechar os registros de entrada de água e saída de ar e elevar gradualmente a pressão da água até 0,1 MPa,mantendo-a nesta pressão por 30 min.

Tabela C.1 - Tabela do ângulo de deflexão

Valor da flecha correspondente aoângulo de deflexão

Comprimentoútil do tubo

Comprimentoútil do tubo

Comprimentoútil do tubo

Diâmetro nominalmm

Ângulo dedeflexão

1,00 m 2,00 m 2,50 m

300 1° 40' 29 mm 58 mm 72,5mm

400 1° 40' 29 mm 58 mm 72,5 mm

500 1° 00' 17 mm 34 mm 42,5 mm

600 1° 00' 17 mm 34 mm 42,5 mm700 0° 50' 14 mm 29 mm 35 mm

800 0° 50' 14 mm 29 mm 35 mm

900 0° 45' 13 mm 26 mm 32,5mm

1 000 0° 45' 13 mm 26 mm 32,5 mm

1 100 0° 30' 09 mm 18 mm 22,5 mm

1 200 0° 30' 09 mm 18 mm 22,5 mm1 300 0° 30' 09 mm 18 mm 22,5 mm

1 500 0° 30' 09 mm 18 mm 22,5 mm

1 750 0° 30' 09 mm 18 mm 22,5 mm

2 000 0° 30' 09 mm 18 mm 22,5 mm

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NBR 8890:200314

C.4 Obtenção dos resultados

Verificar atentamente durante o ensaio a eventual ocorrência de vazamentos na junta ou nas paredes dos tubos,registrando o fato e o tempo em que isto ocorreu. Não havendo vazamentos no período previsto, este fato será registrado eo ensaio concluído. Gotas aderentes e manchas de umidade não são consideradas vazamentos.

________________/ANEXO D

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NBR 8890:2003 15

Anexo D (normativo)Ensaio de absorção de água

D.1 Resultados a determinar

O ensaio objetiva a determinação do índice de absorção de água em tubos de concreto destinados a esgotos sanitários eáguas pluviais.

D.2 Aparelhagem

O fabricante deve apresentar a aferição de seus equipamentos, realizada por laboratório credenciado na Rede Brasileira deCalibração (RBC). Não são aceitas aferições realizadas pelo laboratório do próprio fornecedor, quando for o caso.

D.3 Descrição

Dos tubos constituintes da amostra submetidos ao ensaio de compressão diametral do lote em aprovação retiram-se doiscorpos-de-prova constituídos de pedaços do tubo, com área de 100 cm2 a 150 cm2, medida na parte correspondente àsuperfície interna do tubo, que se apresentem íntegros, sem soltar pedaços ou partes pulverulentas. Nos tubos armados, oscorpos-de-prova devem ser removidos tomando-se o cuidado de cortar as armaduras, separando os pedaços sem danificaro concreto. Os corpos-de-prova devem ser isentos de fissuras visíveis.

Os corpos-de-prova devem ser secos em estufa com temperatura mantida no intervalo de (105 ± 5)°C, pelo período mínimode 8 h, até que em duas pesagens consecutivas, com intervalo não inferior a 2 h, indiquem variação de perda de massainferior a 0,1% da sua massa original.

Os corpos-de-prova já secos devem ser colocados em recipientes apropriados, imersos em água potável em ebulição(100°C) e mantidos a água em fervura por 5 h. Deixar os corpos-de-prova esfriar junto com a água em seus respectivosrecipientes até a temperatura ambiente. Retirá-los da água, secá-los superficialmente por meio de toalha, pano úmido oupapel absorvente e pesá-los imediatamente.

D.3 Obtenção dos resultados

O índice de absorção de água é dado por:

1000

01

M

MMA

−=

onde:

A é o índice de absorção de água, em porcentagem;

M0 é a massa do corpo-de-prova seco, em gramas;

M1 é a massa do corpo-de-prova após ensaio saturado, em gramas.

O certificado deve apresentar o resultado de cada corpo-de-prova identificado com o tubo do qual foi retirado.

NOTA - Os corpos-de-prova utilizados para realização deste ensaio podem ser obtidos através do uso de extratoras ou outro meio quenão provoque fissuras ou danos provenientes de impacto.

________________

/ANEXO E

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NBR 8890:200316

Anexo E (normativo)Ensaio de permeabilidade dos tubos destinados a águas pluviais providos de junta rígida

E.1 Resultados a determinar

O ensaio objetiva a determinação da permeabilidade dos tubos quanto à passagem de água nas condições do ensaio.

E.2 Aparelhagem

O equipamento com o qual se executa o ensaio deve ser dotado de dispositivos que satisfaçam as condições seguintes:

a) permitir elevação da pressão da água no interior do tubo, de forma gradual e sem golpes, com taxa de variaçãoconstante de no máximo 0,02 MPa/s;

b) possuir manômetro para medição da pressão interna mínima especificada com precisão de ± 4%;

c) permitir encher de água o tubo;

d) permitir a saída do ar nele contido, antes do ensaio;

e) permitir o fechamento das extremidades livres do conjunto através de um esforço mínimo de pressão necessário, nadireção do eixo dos tubos;

f) O fabricante deve apresentar a aferição de seus equipamentos, realizada por laboratório credenciado na RedeBrasileira de Calibração (RBC). Não são aceitas aferições realizadas pelo laboratório do próprio fornecedor, quandofor o caso.

E.3 Descrição

O tubo constituinte da amostra representativa do lote sob inspeção é colocado no equipamento de ensaio, com o eixocoaxial passando pelo centro dos pratos articulados, de modo que seja garantida a estanqueidade nos extremos. Procederao enchimento do tubo com água, permitindo a saída de todo o ar antes contido no seu interior. Fechar os registros deentrada de água e saída de ar e elevar gradualmente a pressão da água até 0,05 MPa, mantendo-a nesta pressão por15 min.

E.4 Obtenção dos resultados

Verificar atentamente, durante o ensaio a eventual ocorrência de vazamento na parede do tubo, registrando o fato e otempo em que isto ocorreu. Não havendo vazamentos no período previsto, este fato deve ser registrado e o ensaioconcluído. Gotas aderentes e manchas de umidade não são consideradas vazamentos.

________________


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