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CINCIA

CINCIA

O texto abaixo pretende dar uma luz, para que o leitor siga com seus prprios passos no caminho em busca do conhecimento, e para que se desenvolva um raciocnio crtico mais apurado, e at certo ponto, alicerado em bases terico cientficas.

A todo o momento a ns so apresentadas matrias jornalsticas, propagandas e opinies de pessoas inclusive com prestgio, em relao aos fatos apresentados como verdadeiros. Primeiramente no devemos aceitar algo sem uma anlise pelo menos mnima dos fatos, em segundo se no possumos conhecimento para tal, a atitude correta a de procurar rgos e profissionais, relacionados ao que a ns esta sendo apresentado.Lembre-se sempre do velho ditado que diz: o lobo pode estar vestido de cordeiro. Se algo se apresenta de maneira conclusiva e taxativa, possvel de ser simples demais para ser verdadeira.

A cincia como conceito aberto, podemos consider-la como sendo a aproximao mxima e permanente de uma realidade. O carter momentneo conferido realidade exatamente o elemento que impulsiona o aprofundamento permanente, o qual busca a confirmao, a comprovao e ou manuteno da verdade j estabelecida.

A verdade o objetivo mximo da busca cientifica. Apesar de que a verdade seja pouco provvel de ser alcanada, no impossvel a aproximao mxima da mesma. Fato este que impulsiona a pesquisa para o aperfeioamento do conhecimento cientfico.Para que seja possvel atingir um nvel de conhecimento cientifico (o conhecimento cientfico depende exclusivamente da realidade) satisfatrio baseiam-se as concluses por meio da testagem e comprovao das HIPTESES levantadas, que so suposies duvidosas, mas no improvveis, relativas a fenmenos naturais, pela qual se antecipa um conhecimento, e que poder ser posteriormente confirmada direta ou indiretamente (Dicionrio Aurlio Buarque de Holanda).

Hipteses surgem diariamente pelo senso comum, e no podem ser consideradas como verdadeiras, mesmo quando possuem alguma coerncia. As hipteses tomadas como verdadeiras so comuns ao mtodo popular; o mesmo desprovido de metodologia para as concluses finais. O mtodo popular faz uso da MERA ESPECULAO, ou seja, a reflexo area e subjetiva revelia da realidade, algo que um colega cientista no poderia refazer ou controlar (DEMO; 1987).O mtodo cientfico observa e ESPECULA as hipteses (ato ou efeito de especular, investigao tcnica, explorao; negcio em que alguma das partes abusa da boa f da outra especular - examinar com ateno averiguar minuciosamente, observar, indagar, pesquisar - Dicionrio Aurlio Buarque de Holanda), por meio do levantamento de casos, aplicando comumente um mtodo experimental para tratar os resultados estatisticamente, resultando em comprovaes testadas. As opinies pessoais, ou mesmo concluses retiradas de forma aleatria, no so mecanismos da rea cientfica e, portanto, devem ser tratadas com restrio e desconfiana.

Devemos dispensar muita ateno, em relao ao conhecimento cientfico apresentado, fato que o mesmo, pode variar o seu contedo. A verdade pode ser modificada a qualquer momento; vide o prprio conceito de cincia.Deve-se fazer teoria constantemente com as hipteses a ns apresentadas, e a partir destas, utilizar os princpios elaborados pela cincia para que seja alcanado um resultado satisfatrio, e a concluso momentaneamente firmada como cientfica.No devemos esquecer que em cincia estamos sempre comeando (DEMO; 1987).

TICA, DROGAS E ESPORTES

A conduta tica deve ser parte integrante da vida esportiva, social e profissional de todos aqueles indivduos envolvidos e compromissados com a sade, com a educao e com o bem estar da coletividade.

tica simplesmente o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados indo do respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passando pela fidelidade aos objetivos cientificamente traados para a vida profissional e culminando nos princpios morais e sociais dentre outros; os quais contribuem definitivamente para que o homem alcance o equilbrio entre a natureza e o seu prprio eu.

A falta tica no meio esportivo facilmente identificada por meio de aes tais como: manipulao de resultados esportivos, das falcatruas financeiras, das incitaes e agresses fsicas e verbais ou mesmo, do exerccio de cargos por pessoas no habilitadas. Finalmente o uso de substncias ilcitas que visam a quebra de recordes ou vitrias sobre os oponentes, fecha com chave de ouro a m f e a conduta antitica de tal praticante.

A atitude acima citada pode ser o incio do cncer scio competitivo chamado doping. O doping gera desigualdade entre os atletas e equipes esportivas, pelos resultados irreais obtidos por atletas drogados. Os resultados dos recordes astronmicos so muitas vezes motivo de incentivo aos jovens atletas, por despertarem interesse por serem os recordistas, admirados e endeusados por tais faanhas.

O jovem deve ser levado a entender que h um preo a ser pago pelo uso de drogas. O preo inclusive pode ser a prpria morte. Visando melhorar o rendimento ou a performance fsica, treinadores e atletas juntam seus conceitos imorais sobre competitividade, e formam a corrente que ajuda a crescer o comrcio de tais substncias.

Estatsticas da comisso mdica do Comit Olmpico Internacional (in Pagnani; 2000), sobre doping esportivo, nos do conta de que o uso de substancias ilcitas superior dentre a populao que pratica esportes no olmpicos quando confrontadas as amostras, veja exemplo no quadro abaixo:

Dados Retirados Em CompetioDados Retirados Fora De Competio

Esporte OlmpicoEsporte Olmpico

Total De Amostras 47.256Total De Amostras 69.764

945 positivos = 2,0%1.221 positivos = 1,75%

Esporte No OlmpicoEsporte No Olmpico

Total De Amostras 8.786Total De Amostras 26.700

312 positivos = 3,55%702 positivos = 2,63%

J que no h como o governo resolver sozinho o problema das drogas anablicas, estimulantes, alucingenas e outras que surgem em nosso pas, desde o trfico, comrcio e uso principalmente por jovens; cabe aos representantes das unidades sanitrias, das instituies de atividades fsicas, aos pais ou responsveis, juntamente com os profissionais de sade e da educao fsica, tentar excluir qualquer forma de incentivo ao doping.

As drogas anabolizantes esto cada dia mais, sendo usadas e relacionadas com o objetivo de elevar o rendimento fsico no treinamento e ou visando padres estticos, do que para fins teraputicos. As drogas s devem ser usadas ou administradas sob estrita recomendao pela classe mdica competente e para tratamento de enfermidades.

O treinador que faz uso de drogas para o treinamento de seus educandos, no merece respeito de nenhum de ns. Deve ser banido das suas atribuies o quanto antes possvel.

Profissionais bem graduados e srios no utilizam em hiptese alguma o doping para atingir o alto rendimento nos seus alunos. Uma atitude contrria por parte de um treinador, comprova o total despreparo e desconhecimento, no desenvolvimento das atribuies educacionais a que foi destinado. Uma conduta estimulativa ao doping, constitui total e grave falta tica, por este motivo qualquer profissional deve ser afastado de suas atribuies.

Quando constatada apologia ao consumo de drogas, deve-se denunciar imediatamente aos rgos de represso policial, visto que constitui transgresso da lei.

DROGAS NOS ESPORTES

O problema do uso de substncias ilcitas para promoverem o aumento da performance fsica no novo. Nunca em toda a histria esportiva houve tanto consumo de drogas, principalmente por praticantes de modalidades no olmpicas. Paralelamente observamos na populao em geral o uso descontrolado de medicamentos e drogas estimulantes e alucingenas.

A partir da dcada de oitenta, houve um grande estmulo prtica de exerccios fsicos, que culminou na imensa procura por academias de ginstica. A valorizao da esttica muscular desenvolvida ou hipertrofiada inclusive para mulheres, passou a ser bem vista e explorada pela mdia.

Existe hoje um comrcio paralelo que vende drogas anabolizantes e outros ergognicos, o qual denunciado constantemente por matrias televisivas. A busca desequilibrada por um corpo escultural, e o baixo nvel de conhecimento dos praticantes de musculao e outras atividades fsicas, mantm o presente mercado negro em plena ascenso.

Devemos tomar muito cuidado no trato com as novidades que surgem no mercado de suplementos alimentares. Os produtos anunciados pelo fabricante so muitas vezes colocados como verdadeiros os efeitos que promovem sobre a performance e esttica. Trazem ainda declaraes de usurios e afirmaes no concludas por meio de pesquisas cientificamente desenvolvidas.

Os volumes para ingesto e os possveis efeitos das substncias contidas nos produtos, mesmo que indicadas para suplementao alimentar, variam de um indivduo para outro, as recomendaes tero que ser ajustadas e feitas por mdico ou nutricionista, para que no haja dano ou mesmo efeito txico sobre o organismo.

O cuidado para no confundir substncias dopantes, com suplementos alimentares faz-se urgente. O doping considerado quando do uso de recursos que promovem o aumento da performance por meio de substncias artificiais e proibidas pelos comits esportivos.

Os anabolizantes esterides so manipulaes qumicas sintticas de substncias que promovem o anabolismo tecidual orgnico tais como a testosterona, e so usados por atletas ou praticantes de esportes de fora e visam principalmente aumentar a massa muscular, podem ser ingeridos por via oral (anablicos alquilados) ou por via intramuscular (anablicos steres).

Os pais e ou responsveis precisam ficar atentos aos recursos que esto sendo usados no treinamento. possvel o indivduo estar usando recursos ergognicos dopantes, afirmando serem de procedncia natural e incuo. O uso de qualquer substncia ou suplemento deve ser verificado pelos pais e pesquisado sempre junto a um nutricionista ou mdico.

CONVERSANDO SOBRE ATIVIDADE FSICA E SADE

necessrio ter sempre em mente que Sade no s a ausncia de doenas; a ao integrada dos mecanismos biolgicos, psicolgicos, espirituais e sociais (MODIFICADO DE NIEMAN; 1999).

Sempre que estivermos buscando, por meio de atitudes prticas e/ou tericas, atividades ou conhecimentos que visam estabelecer/elevar os padres de sade individuais/coletivos, observaremos que a sade humana composta pela interao e equilbrio dos mecanismos abaixo relacionados:

imperativo que o profissional de educao fsica possua uma viso de seu trabalho voltada para o desenvolvimento dos aspectos relacionados sade e a interao do ser com o mundo. A atual viso holstica do homem no modismo; sim uma necessidade, e como tal deve ser trabalhada. A produo holstica tem que ser cristalizada por meio do trabalho, tarefa rdua e permanente que todos aqueles profissionais das reas envolvidas no processo educacional do homem, tero que experimentar.

Os treinamentos voltados apenas para fins estticos, devem ser repensados. A comunidade de uma forma geral deve interferir sobre os padres a ela impostos, principalmente por mecanismos manipuladores de mdia e mercado.

O homem necessita de treinamentos fsicos variados e contnuos. A idade avanada ou a falta de experincia esportiva, no devem servir como motivo para qualquer tipo de impedimento para o incio e continuidade de um treinamento.

So impedimentos para o desenvolvimento de atividades fsicas e esportivas, problemas relacionados ao funcionamento inadequado do organismo, doenas relatadas e diagnosticadas por um mdico, principalmente especializado em medicina esportiva.

Procure sempre um mdico de sua confiana ou conhecimento e procure uma academia ou centro esportivo para que voc seja sempre orientado; no admita que uma pessoa no habilitada interfira em seu treino. Opinies de pessoas no profissionais de Educao Fsica ou relacionada a reas da sade no devem ser consideradas.

A esttica pessoal tem que ser respeitada porque o produto de um conglomerado gentico associado a hbitos de vida. Qualquer padronizao visando classificar ou impor um padro esttico incabvel, imatura e leviana. Nenhuma forma de discriminao justificada, principalmente relacionada a fatores de beleza. Todos devem ser respeitados A beleza possui elementos relativos cultura de cada pas ou de cada regio, impossibilitando-nos criar uma regra absoluta.

A grande questo est ligada associao sempre feita entre esttica e sade, estar nos moldes estticos padronizados no quer dizer necessariamente que o indivduo estar com uma sade impecvel, assim como no estar esteticamente bem quer dizer estar doente.

A sade o mais importante, a esttica vir sempre em segundo plano, nos casos de trabalhos srios relacionados educao fsica. A busca por um corpo perfeito uma iluso criada para vender produtos afins, desde uma simples roupa, passando pelas cirurgias plsticas, pelos alimentos milagrosos e finalizando no absurdo do consumo indiscriminado de esterides anablicos, de estimulantes e outros ergognicos.

O excesso ou o baixo peso corporal avaliado por mtodos como o ndice de Massa Corporal, so referncias limitadas para predizer algo sobre o estado de sade de um indivduo, e continuamente so usadas de forma isolada. No devemos esquecer do conceito de sade acima citado, e muito menos esquecer da nossa busca permanente pelo equilbrio.

Possumos na atualidade, formas de prescrio para peso corporal baseado na verificao do percentual de gordura. Os testes so infinitamente mais sofisticados e mesmo assim, os resultados so questionados, principalmente as classificaes permitidas por tais mtodos e distribudas em tabelas.

A plenitude compreendida como felicidade, bem estar ou outros conceitos ou referncias, alcanada por meio do desenvolvimento dos elementos pessoais necessrios convivncia corporal, social, mental e espiritual, que neste caso, no tem relao religiosa e sim interior.

O ser humano nico. O homem grotescamente analisado possui uma forma, uma funo e uma psique para desfrutar na vida, e deve fazer tudo o quanto possvel para ser feliz, contanto que este tudo no o reduza mediocridade padro esttico da atualidade.

O homem no pode viver como se nada fosse; como se fosse dados atirados de um copo... (FROOM; 1979).CARACTERSTICAS OU PARTICULARIDADES DA INFNCIA (DESENVOLVIMENTO)"Quando vejo uma criana, ela me inspira dois sentimentos; ternura pelo que ela , respeito pelo que poder ser" (PIAGET IN SPRINT; 1985).

Aproximadamente aos 06 anos de idade j se encontra 90% a 95% do desenvolvimento fsico do crebro (WEINECK; 1999). A coordenao motora e as habilidades desportivas mltiplas devem ser estimuladas neste perodo ao mximo, por meio de jogos e brincadeiras, exatamente pelo fato do crebro estar pronto a receber um gama inimaginvel de informaes."Os jogos favoritos incluem correr para pegar outras crianas, esconder e achar, procurar objetos que esto faltando e jogos de adivinhao. Certas regras vo se tornando necessrias. Esto ligadas ao tipo de jogo e no a quem vence ou perde" (PIAGET).As atividades de carter psicolgico e fsico variadas so o estmulo para produzirem caminhos mentais, e serem armazenadas as informaes no crebro. Estas informaes sero exigidas no futuro em situaes complexas do jogo facilitando a aprendizagem e caracterizando a prontido motora esportiva. Devemos lembrar que as atividades para as crianas so completamente diversificadas e diferentes os objetivos, quando relacionadas s atividades fsicas para os adultos, que comumente so atividades voltadas para a performance.

"As crianas tem estruturas mentais diferentes das dos adultos. No so adultos em miniatura; elas tm seus prprios caminhos distintos, para determinar a realidade e ver o mundo" (PIAGET IN REVISTA SPRINT; 1985).A condio fsica a ser atingida esta em momento timo, mas com bvios limites de rendimento mximo; limite o qual no dever ser exigida em treino, a atividade fsica devem possuir objetivos ldicos, educacionais e no competitivo."A atividade esportiva precoce ter tanto melhores condies de se fazer educativa quanto mais prxima ficar do jogo e mais se afastar da rigidez do treinamento" (REVISTA SPRINT; 1984).

As atividades competitivas visam alto rendimento, possuem uma estrutura muito complexa para ser compreendida pela criana. Na realidade social momentnea do jogo competitivo esta a tarefa de vencer, e o fato de que sempre existe um perdedor, para a criana esta realidade pouco aceita e freqentemente desperta sentimento depressivo e provoca choro. Caso a criana seja intuitivamente competitiva esta dever ser conduzida ao esporte competitivo, caso contrrio no deve ser forado a competir. Respeitar a condio natural humana o principio para o equilbrio interior e interpessoal."Perder pode provocar cenas, agresso e choro. Isto no significa que as crianas no possam tolerar no ser as primeiras na maioria de suas atividades, mas nos esportes e nos jogos elas necessitam de ajuda para aprender a perder esportivamente (PIAGET IN REVISTA SPRINT; 1985).Outro detalhe importante desta fase do crescimento infantil relaciona-se no uniformidade do crescimento corporal, observa-se um amadurecimento na seguinte ordem: ps e mos, pernas e antebraos e por ultimo coxas e braos. Os jogos e brincadeiras desenvolvidos pelo professor devem seguir o principio da maturao fsica da criana.

O metabolismo das crianas muito elevado e em torno de 20% a 30% maior que do adulto gerando a necessidade de maior ingesto e balanceamento de nutrientes alimentares, assim como da regularidade na oferta de alimentos. As necessidades proticas tambm so elevadas 2.5 gramas de protena por quilo de peso corporal por dia (WEINECK; 1999).

O no treinamento da fora justificado pelo baixo nvel de testosterona, pela baixa capacidade das fibras musculares utilizarem o metabolismo glicoltico ou anaerbio (fibras brancas), em contra partida o metabolismo aerbio ou oxidativo mais elevado e predominante, justificando atividades de baixa intensidade e longo perodo de durao.

Dos 05 aos 07 anos (fase pr-escolar) h um elevado instinto de movimento e vivncia ldica, uma grande curiosidade pelo desconhecido, afirmando a necessidade de experincias mltiplas motoras, as mesmas so intrnsecas e evidenciadas nos jogos."A competio em jogos e no trabalho virtualmente no significa nada para as crianas do estgio do pensamento intuitivo. Elas tm uma idia muito limitada do significado de ganhar ou perder ou de superar os outros. Cada criana trabalha ou joga para si mesma, pelo prazer da atividade. Ela no joga contra os outros (PIAGET IN REVISTA SPRINT; 1985).A capacidade de concentrao da criana de aspecto mdio a baixo, os jogos devem levar em considerao esta realidade, jogos longos e de raciocnio lgico devem ser introduzidos de maneira lenta e gradual aos grupos de crianas. Os jogos e as atividades que promovem o raciocnio intuitivo devem ser vivenciados ao mximo, visto que a criana esta em plena fase intuitiva, as dedues das crianas no podem ser menosprezadas, coibidas ou repreendidas pelos adultos.Dos 07 aos 10 anos (idade escolar) h um despertar por atividades fsicas esportivas, desenvolve-se naturalmente uma atitude otimista em relao aos jogos, assimilao rpida de conhecimentos e habilidades, mas h um baixo nvel de fixao de movimentos, h neste perodo a preocupao por um gesto timo e os movimentos devem ser repetidos diversas vezes."No deve haver uma preocupao determinante pela competio esportiva, que, quando existir dever ser restrita ao ambiente escolar e, se possvel sem espectadores, principalmente os pais" (PINI; 1979).

O desenvolvimento mental humano influenciado por quatro fatores inter-relacionados e abaixo enumerado:

1. MATURAO - amadurecimento fsico especialmente do sistema nervoso central.

2. EXPERINCIA - manipulao de objetos, movimentos corporais e pensamentos sobre os objetos concretos e processos de pensamentos que os envolvem.

3. INTERAO SOCIAL - jogos, conversas e trabalho com outros indivduos especialmente outras crianas.

4. EQUILIBRAO - o processo de reunir maturao, experincias e socializao de modo a construir e reconstruir estruturas mentais.Os estgios do desenvolvimento mental possuem particularidades em funo direta com a idade maturacional conforme o quadro abaixo:EstgioIdade

Pensamento intuitivo04 a 07 anos

Operaes concretas07 a 11 anos

Operaes formais11 a 15 anos

A iniciao esportiva dever possuir uma caracterstica geral quando da passagem da criana pela fase pr-escolar (04 a 07) e escolar (07 a 10 anos de idade); a caracterstica especializada dever estar inserida no contexto do segundo ciclo escolar (12 a 15 anos de idade). Abaixo se encontra uma proposta de periodizao em longo prazo visando o desenvolvimento atltico esportivo seguindo a maturao natural do organismo (BOMPA; 2004).PERIODIZAO DE CRIANA E DO TREINAMENTO DE ATLETA JUNIORES

GENERALIZADO DE 06 A 14 ANOSESPECIALIZADO MAIORES DE 14 ANOS

INICIAO DE 06 A 10 ANOSFORMAO ATLTICA DE 11 A 14 ANOSESPECIALIZAO DE 15 A 17 ANOSALTA PERFORMANCE

"Uma criana sempre uma criana onde quer que possa estar. Mas uma criana s criana por uma vez... E alguns dizem que se ela no for criana que ajudada a crescer, ento ela poder no ser o adulto que poderia ter sido... (FLINCHUM; 1981)CARACTERSTICAS OU PARTICULARIDADES DA ADOLESCNCIA

Segundo GIOIA & RODRIGUES (1984), como conceito adolescncia : "Perodo de transio entre a infncia e a vida adulta, caracterizada por intensas modificaes fsicas, psicolgicas e sociais" e/ou "Perodo de mudanas fascinantes e ampliaes de interesse onde ocorrem sensveis transformaes psquicas e orgnicas". Para um melhor estudo e compreenso, adolescncia pode ser dividida didaticamente em trs fases distintas:PUBESCNCIA - dos 10 aos 12 anos: O crescimento anual em torno de 10 cm; com um acompanhamento no peso corporal de 9,5 kg em mdia; melhor idade para a aprendizagem motora com melhorias nos nveis de fora, rpida maturao morfolgica e funcional, maturao labirntica. A unio destes elementos d condies ao pleno desenvolvimento motor.

PUBERDADE - dos 12 aos 15 anos: O crescimento anual em estatura decresce e fica entre 01 cm e 02 cm ao ano; assim como o peso corporal situa-se em torno de 5,0 kg. Observamos uma grande variao no comportamento psicolgico com uma grande instabilidade emocional, apesar do alto nvel intelectual. Fisicamente encontramos um desenvolvimento caracterizado pelo aumento de peso corporal e estatura, esta fase vem acompanhada da incoordenao motora e por um desinteresse competitivo, apesar de estar na idade de treinabilidade altssima.H uma grande necessidade de vivncia em grupo, assim como, uma necessidade de auto realizao no grupo ao qual o jovem esta inserido. O aumento brusco dos nveis de testosterona e irrupo da sexualidade identificado.

"Nas reaes entre as pessoas, todo homem um fim em si mesmo e no deve jamais ser convertido em meio para os fins de outro homem" (FROMM; 1979).

PS-PUBERDADE - dos 15 aos 19 anos: o desenvolvimento estrutural e a estatura mxima do individuo ser atingida; h uma harmonia das propores corporais acompanhadas da melhoria da coordenao motora e com bvios reflexos sobre a plasticidade esportiva. Fixao da aprendizagem geral em limites timos, assim como se encontra um pleno equilbrio psquico. Visualiza-se uma grande e aprimorada modelagem da personalidade e com um nvel intelectual aumentado e ainda em desenvolvimento nesta fase. Aumento mais expressivo sobre a fora muscular, possivelmente provocada pela estabilidade e regularizao hormonal e psquica, culminando na treinabilidade mxima possvel.A grande preocupao dos profissionais envolvidos nas atividades esportivas de competio baseia-se nos ndices de violncia; um desafio mant-los baixo ou sob controle. As competies entre adolescentes devem estar livres de qualquer estmulo de agresso contra o oponente.Deve-se cultivar uma atmosfera de competio com estmulo ao companheirismo de equipe e as habilidades motoras e esportivas. O respeito integridade do oponente nunca deve ser esquecido.O fato que o esporte competitivo estimula uma grande carga de agresso, o que produz, amide, agresso no mbito do esporte o carter competitivo do evento, cultuado num clima social de competio e ampliado pela comercializao generalizada" (FROMM; 1979).MUSCULAO PARA OS JOVENS pblico e notrio o atual interesse aumentado em relao s atividades de musculao ou treinamento contra resistncia, por adolescentes e inclusive pr-adolescentes. A grande preocupao dos pais e responsveis situa-se nos possveis malefcios relacionados ao retardo ou inibio do crescimento em estatura, e a possibilidade de provocar leses principalmente sobre a coluna vertebral.

Quando falamos em trabalhos de musculao, temos em mente o desenvolvimento de atividades de treinamento contra resistncia ou levantamento de pesos. Estes devem ser sempre desenvolvidos, coordenados, aplicados e dirigidos por profissionais da rea de Educao Fsica; seja em academias, clubes, residncia etc.Durante qualquer treino de musculao, quer seja para o indivduo jovem, adulto ou idoso; saudvel ou portador de alguma enfermidade, imprescindvel que o treinamento seja acompanhado individualmente.

O progresso ou evoluo sobre a condio fsica, dever ser monitorado por profissional responsvel e competente, no que se refere ao controle sobre os treinamentos, para que sejam ministrados em cima de uma lgica cientfica, prevista e baseada nos conhecimentos da Educao Fsica e dos desportos.

A grande irresponsabilidade de determinados INSTRUTORES, que adquiriram fama por meio da execuo de treinamentos dirios (curiosos, marombeiros ou atletas musculosos), trouxe consigo os vcios remanescentes na musculao atual. Aos instrutores deve-se creditar a difuso dos mitos absurdos e sem fundamentao cientfica alguma, que ainda circundam a prtica das atividades contra resistncia.

O posicionamento contrrio das pessoas em relao aos treinamentos contra resistncia, baseado em mitos e mera especulao que foram difundidos ao longo dos anos. Tambm no devemos esquecer em momento algum, o estmulo s drogas ergognicas, inerente aos instrutores e curiosos incompetentes, que buscam resultados imediatos pessoais e sobre seus alunos, para solidificar a prpria carreira.A realidade acima citada, ainda responsvel, pela manuteno da conduta negativa, a qual limita o desenvolvimento do treinamento contra resistncia, e cria receio e preconceito de pais, de mdicos e responsveis, sobre a pratica da musculao por adolescentes.

O crescimento longitudinal humano possui fatores relacionados hereditariedade, alimentao, doenas, hormnios, atividade fsica dentre outros. A atividade fsica de carter pesado, entre 70% a 80% da fora mxima individual, aumenta a liberao de hormnios que ajudam na formao e no crescimento, principalmente dos ossos e dos msculos. A testosterona, a somatropina, a insulina e ao Hormnio do Crescimento, so os hormnios mais envolvidos no complexo fenmeno do crescimento do homem (ZATSIORSKY; 1999).No h evidncias de que o treinamento contra resistncia, desenvolvido inclusive por crianas, interfira negativamente sobre o crescimento longitudinal ou provoque leses nas cartilagens articulares (SANTARM; 1997, FLECK & KRAEMER; 2000, NIEMAN; 1999). A sistematizao dos treinamentos de fora, desenvolvidos em sala de musculao e objetivando grandes ganhos em fora e massa muscular por crianas, acreditamos no fazer sentido prtico. A utilizao da fora das crianas para realizar ou desenvolver atividades desportivas bem mais atrativa e producente para o pr-pbere.

Submeter crianas a treinamentos sistemticos em salas de musculao, no justificada pelo fato, delas precisarem desenvolver atividades que promovam evolues na coordenao motora, na flexibilidade geral, na relao espao temporal alm do necessrio envolvimento interpessoal humano. A aprendizagem esportiva variada e orientada promove satisfatoriamente tais necessidades.

A musculao clssica, estimula o desenvolvimento de algumas poucas qualidades fsicas, sendo que existem nove qualidades a serem desenvolvidas durante o processo de formao e crescimento, estas valncias fsicas devem, no caso de treinamento contra resistncia, serem desenvolvidas paralelamente.

Os esportes em sua maioria exigem um determinado ndice de desenvolvimento de varias qualidades fsicas interligadas, para que haja o sucesso ou um bom desempenho, durante a sua prtica. Na atividade esportiva, h naturalmente o estmulo ao treinamento das valncias fsicas intrnsecas ao esporte praticado. Qualidades fsicas como a fora, a resistncia aerbia, a velocidade, a agilidade, a habilidade e a destreza, so responsveis pelo desempenho, assim como pela manuteno da sade como um todo.

Em nenhum momento, a prtica de apenas uma atividade deve ser considerada suprema sobre as outras, principalmente durante uma infncia sadia. A pratica do atletismo em escolas e das vrias formas de corridas, que podem ser desenvolvidas em pistas prprias e principalmente ao ar livre, no podem ser negligenciadas pelo jovem. As caminhadas em parques, as pedaladas nas ruas e ciclovias dos bairros residenciais, fazem-se necessrias e permanentes. A aprendizagem e o treino da natao torna-se um meio preventivo aos afogamentos, porque o Brasil um pas com predominncia de rios, de lagos, de audes, de praias etc.Com certeza a prtica de alguma das atividades anteriormente citadas, so mais estimuladoras ao desenvolvimento geral dos jovens, exatamente quando combinadas com trabalhos paralelos de musculao.

O chamado CROSS TRAINING deve ser estimulado ao mximo, para que seja garantido um trabalho generalizado sobre os jovens, assim como daqueles que almejam um desenvolvimento ou a manuteno da chamada FORMA FSICA TOTAL.

Devemos deixar para idades mais avanadas, para os pberes e ps-pberes, os treinamentos metdicos dirios em sala de musculao. Os exerccios desenvolvidos em sala e com aparelhos tipo halteres e mquinas, so a caracterstica principal deste tipo de treinamento. Podemos evitar os trabalhos formalizados contra resistncia para as crianas porque, elas tm necessidades diferentes das dos jovens e dos adultos.

Caso os pais queiram estimular treinamentos de musculao para seus filhos, devem faz-lo com um mnimo de preocupao. Obviamente tomando alguns cuidados bsicos inerentes a todos aqueles que so realmente responsveis. Estes cuidados so relacionados escolha do local, dos equipamentos adequado e dos profissionais, que conseqentemente desenvolvero os treinamentos com seus pupilos.

Na atualidade j possumos concluses de pesquisas, que comprovam a eficincia e os benefcios causados pela pratica da musculao. No h riscos de leses sobre as estruturas corporais quando os equipamentos so de boa qualidade em seu projeto de fabricao.

A criana deve estar e sentir-se confortvel durante os levantamentos de pesos, e tambm livre de dores articulares ou musculares tardia, tal situao deve ser extensa a todos os no atletas.

A MUSCULAO OS JOVENS E AS LESESA grande preocupao de muitos pais de jovens em relao musculao, situa-se na possibilidade de seus filhos serem acometidos por leses ou gerar problemas principalmente relacionados com a coluna vertebral. A presente preocupao inevitvel e justificada pelo desconhecimento dos pais, que possivelmente nunca tiveram contato com a atividade de musculao ou acumularam experincias negativas, criadas por uma prtica mal orientada.

Outra situao no menos intrigante so os comentrios de pessoas leigas e matrias deturpadas publicadas pela mdia no especializada.

Como conceito mais profissional temos o chamado Trauma, o qual representam as leses externas provocadas por quedas, acidentes de trabalho, atropelamentos, agresses fsicas provocadas por tiros e facadas. Infelizmente o Trauma ocupa o segundo lugar entre as causas de morte no Brasil (130 mil/ano), apenas as doenas cardiovasculares e o cncer ultrapassam esses nmeros (REVISTA MOVIMENTO EM MEDICINA; 2000).Nos esportes por causa das freqentes leses, surgiu o termo "trauma esportivo". O presente termo aglomera para si referencias como o excesso de uso (OVERUSE) e ou excesso de treino (OVERTRAINING).

No trabalho profissional no esportivo, termos como LER (LESES POR ESFOROS REPETITIVOS) e DORT (DOENAS OSTEOARTICULARES RELACIONADAS AO TRABALHO) so as conceituaes mais freqentes e atuais.

As leses ocorrem na maioria das atividades esportivas e da vida diria principalmente por impercia e por imprudncia. Vale salientar que o despreparo profissional em manipular as variveis cientficas do treinamento desportivo aplicadas cotidianamente aos alunos, a falta de conhecimento tcnico em relao ao uso adequado dos aparelhos e a ausncia de manuteno preventiva dos equipamentos poder possibilitar a ocorrncia de TRAUMAS.

Em termos percentuais encontramos um numero bastante baixo, aproximadamente menos de 1,0% de leses em salas de musculao quando comparadas aos esportes principalmente de contato como: jud, jiu jitsu, futebol e outros. Um detalhe que no deve ser esquecido o fato de atividades extremamente difundidas e recomendadas como so as corridas, promove leses muito mais graves do que aquelas apresentadas nos esportes onde a incidncia de trauma maior. A gravidade da leso o que mais importa (CASTROPIL; 2000). extremamente seguro treinar musculao nas academias que fazem uso de medidas de manuteno, assim como aquelas que possuem em seu quadro, profissionais capacitados. A manuteno dos equipamentos obrigatria por parte dos proprietrios, caso a academia no faa regularmente este tipo de trabalho, passa esta atitude a ser um alerta aos pais e alunos, em relao seriedade e competncia da instituio. Este tipo de academia no oferece segurana e, portanto os interessados em treinar musculao devem procurar outro local.

Os atuais designers e ngulos de trabalho dos equipamentos promovem um alto nvel de beleza e segurana aos trabalhos em sala de aula; isolados de bons profissionais e tcnicas de treinamento atualizadas, assim como do acompanhamento permanente aos treinos dos alunos, os equipamentos passam a possuir o mesmo risco de provocar leses quando comparados falta de manuteno.

Equipamentos antigos no so necessariamente empecilho para que haja um bom rendimento e acompanhamento profissional, o qual possibilita a reduo de traumas esportivos. O mais importante em relao evoluo da condio fsica e a evitar leses a competncia profissional, e o bom senso para manter em timo estado de conservao e funcionamento os equipamentos.

Devemos ficar alerta para o espao de movimento livre em sala de musculao, as mquinas no devem estar muito prximas umas das outras, assim como os equipamentos tipo pesos livre e maquinas com anilhas, devem ser dispostas em espao apropriado e longe de qualquer trabalho realizado no solo (exerccios abdominais, apoios de frente sobre o solo, glteos e outros).O piso de um setor de musculao no deve ser escorregadio, e muita ateno deve ser dispensada nos dias de lubrificao dos equipamentos, para que no fique nenhum tipo de resduo de lubrificante no solo.

Outro detalhe importante em relao a leses nos treinamentos, relaciona-se a no seguir normas de conduta, como o caso da obrigatoriedade na realizao de atividades de aquecimento, do uso de calados apropriados (os alunos no devem treinar sem tnis) a trajes adequados.

O controle na progresso do treinamento (periodizao) possibilita inibir o surgimento de desgastes orgnicos e articulares, que em alguns casos so to intensos, que incapacitam permanentemente o indivduo para a prtica de determinada atividade. Como exemplo, temos a hrnia de disco que nos casos positivos devem-se excluir totalmente os exerccios com cargas sobre a coluna e de transporte de pesos.

Na musculao estipulamos um determinado numero de movimentos para cada exerccio. O limite preestabelecido est relacionado ao percentual de carga (peso) utilizado para o desenvolvimento da qualidade fsica visada. Esta realidade faz com que haja uma exigncia menor sobre as articulaes, principalmente por no haver impactos e tores articulares.

O desenvolvimento da fora, da resistncia e tambm da flexibilidade articular, a qual no mnimo mantida (FLECK & KRAEMER; 1999), cria condies favorveis reduo de leses banais cotidianas (quedas, entorses etc.) e distrbios cardiovasculares (hipertenso, taquicardia etc.). Manter os nveis de fora elevados reduz a exigncia de esforo exagerado em tarefas dirias comuns, fazendo com que o organismo sinta um desgaste menor e sofra menos com a chamada quebra da homeostase (estado de equilbrio orgnico).

Um treinamento de musculao para jovens possui como alvo o desenvolvimento de uma estrutura muscular equilibrada em termos simtricos. O estmulo ao desenvolvimento sseo j um fato relacionado ao treinamento de fora e hipertrofia muscular. Os trabalhos com o intuito de estimular o sistema cardiocirculatrio (atividades de ciclismo, corridas e natao) no devem em hiptese alguma ser excludo.

Para que haja uma garantia na preservao da integridade principalmente da coluna vertebral, deve-se fazer uma verificao postural simples e caso seja constatado qualquer desequilbrio estrutural, o aluno ser orientado a procurar um mdico Ortopedista e encaminhado para uma avaliao postural mais profissional.

Qualquer dor experimentada durante ou aps o treinamento, deve ser relatada imediatamente ao profissional de Educao Fsica para que a mesma seja avaliada e identificada a sua origem. Se for constatado qualquer distrbio estrutural sobre a coluna vertebral, os exerccios sem proteo e que possuam como tcnica de execuo a realizao com cargas sobre a coluna (agachamentos, desenvolvimentos etc.) devem ser excludos permanentemente das sries.

As dores que surgem principalmente aps o inicio das atividades (dor muscular tardia), aproximadamente entre 24 a 36 horas so comuns quando pouco intensas e no prejudiciais ao treinamento do outro dia, as mesmas desaparecem aps 36 a 48 horas. As dores localizadas nos tendes que provocam uma atitude reflexa de contratura do msculo e impossibilita o movimento so indicativos de excesso de carga e tem que ser revisadas para no provocarem uma leso mais grave e o possvel afastamento do aluno por provocar tendinites.

Para tentar driblar as leses deve-se fazer uma lista de checagem a qual inclua uma anamnese e verificao postural, planejamento das atividades (periodizao), exerccios de aquecimento, treinamento progressivo e regular e acima de tudo contatar constantemente o PROFESSOR.

Qualquer atividade fsica possui um risco de leso intrnseco. Todo e qualquer trabalho de musculao deve visar o controle sobre as possibilidades de Trauma que podem ser gerados, por descontrole sobre o treino e por falta de manuteno dos equipamentos. Caso aconteam acidentes envolvendo estes itens, deve-se creditar ao professor e instituio a culpa desta falta grave.

Apesar de existir um risco de trauma na atividade fsica, no esquea de que muitas vezes mais perigoso o deslocamento de onde voc esta para o local da pratica da atividade, do que o treinamento propriamente dito. As estatsticas comprovam este fato.

Os problemas acima relatados no devem tornar-se motivo ou desculpa para afastar os jovens e as pessoas em geral de uma atividade fsica e muito menos da musculao. A musculao esta provando a cada pesquisa ser extremamente lucrativa para a sade e esttica.

Como se advogava anteriormente ou at pouco tempo atrs, as hipteses levantadas sobre as interrupes no crescimento longitudinal ou em estatura, relatadas nas pesquisas do sculo passado, no foram observadas ou confirmadas atualmente.

As pesquisas da atualidade possuem como caracterstica metodolgica, um rigor cientfico muitas vezes mais apurado, assim como, o volume de indivduos testados ou acompanhados bem superior do que no passado.

Outro detalhe importante esta relacionada com as leses que podem ocorrer sobre as zonas de crescimento sseo e cartilagens articulares. Para que seja eliminado qualquer risco, as crianas no podem ser direcionadas aos trabalhos que visam desenvolver a FORA MXIMA. Os exerccios onde os pesos so elevados acima dos ombros ou da cabea em posio ortosttica (em p), devem ser excludos dos programas de treinamentos durante a infncia.

Retornando ao que foi escrito no pargrafo dois, existe uma observao unnime entre os pesquisadores e professores em geral, de que toda e qualquer atividade fsica, necessita ser conduzida e estar sob rigoroso e estrito controle de profissionais competentes e especializados da EDUCAO FSICA.

Nunca deixe seu filho em mos de indivduos sem formao acadmica especfica em EDUCAO FSICA. Passe a observar o comportamento de seus filhos e jovens ao seu redor, de muito esta atitude contribuir para afastar possveis problemas gerados por uso de drogas, excessos de treinos, alimentao inadequada dentre outras.

O seu filho, as crianas e os jovens de sua comunidade, precisam de todo e irrestrito apoio, alm da melhor conduta profissional a que possa ser oferecida. Nunca deixe de ajudar. A omisso a pior das atitudes dos homens.

UM BREVE ESTUDO SOBRE ENVELHECIMENTOAbaixo se encontram alguns conceitos sobre idosos e envelhecimento, para uma maior variao conceitual, familiarizao e estudo cientifico, sobre as descries apresentadas por vrios autores.

A senescncia um fenmeno fisiolgico decorrente de uma alterao da atividade celular, e que acarreta no organismo a deteriorao de sua capacidade de manter o equilbrio homeosttico (PRONNET; 1985).Soma de todas as alteraes biolgicas, psicolgicas e sociais, que, depois de alcanar a idade adulta e ultrapassar a idade de desempenho mximo, leva a uma reduo gradual das capacidades de adaptao e desempenho psicofsicas do individuo (WEINECK; 1991).

Soma de todas as manifestaes de desgaste durante toda a vida (SEYLE; 1962).

Processo biolgico, com evoluo regular mltipla, que leva, inevitavelmente, limitao das possibilidades de adaptao do organismo e ao aumento da probabilidade de morrer (FROLKIS; 1975).

Designao geral para um complexo de manifestaes, que leva a um encurtamento da expectativa de vida com o aumento da idade (COMFORT; 1975).O envelhecimento um processo biolgico cuja alterao determina mudanas estruturais no corpo e em decorrncia, modifica suas funes (OKUMA; 1998).

Segundo LIPSITZ & GOLBERGER (1992), a funo fisiolgica normal o resultado de interaes complexas de mltiplos mecanismos de controle, que permitem ao organismo atender as necessidades das demandas dirias. O envelhecimento caracteriza-se pela deteriorao progressiva destes mecanismos com prejuzo da homeostase de rgos e sistemas orgnicos. Este processo inicia-se por volta da terceira dcada de vida, insidioso e linear, e varia na sua forma e intensidade em cada individuo (IN REVISTA MBITO DE MEDICINA DESPORTIVA; 1996).CLASSIFICAO DO ENVELHECIMENTOEstgioDenominaoFaixa etria

IMeia idade45 a 59 anos

IIIdosos60 a 74 anos

IIIAncio75 a 90 anos

IVVelhice extrema90 anos em diante

Modificado de Organizao Mundial de Sade in SIMES; 1994.

DENOMINAO DA FAIXA ETRIA

DenominaoFaixa etria

Idade adulta ou juvenil15 a 30 anos

Idade madura31 a 45 anos

Idade de mudana ou mdia (homem em envelhecimento)46 a 60 anos

Homem mais velho61 a 75 anos

Homem velho76 a 90 anos

Homem velho> de 90 anos

Organizao Mundial de Sade (Ms: Ney Pereira, Vitria, 2003).

No existe velhice e sim avano cronolgico. A pessoa velha quando se sente desta forma (GASTO FIGUEIREDO - NADADOR MASTER).O envelhecimento um processo altamente individualizado, que segue ritmos diferentes em diferentes indivduos, resultando em que a idade cronolgica no um bom preditor do processo de envelhecimento (SPIRDUSO; 1989).

A seguir foram enumerados alguns conceitos didticos, para uma melhor compreenso, acerca das varias classificaes impostas sobre a idade do organismo humano em sua forma mais ampla. As conceituaes abaixo apresentadas iniciam-se por meio da conveno para determinao cronolgica da idade e encerrando com a tentativa de classificao para a determinao da verdadeira idade do individuo, associando-se as idades biolgicas, psicolgicas e sociais.IDADE CRONOLGICA OU CALENDRIA - Sentido de uma escala numrica, onde pessoas podem ser ordenadas de acordo com sua data de nascimento. Freqentemente no corresponde idade Biolgica (MEUSEL, HUBERT, SCHILLING; 1980).

IDADE BIOLGICA OU INDIVIDUAL - Idade que o organismo demonstra com base na condio biolgica de seus tecidos em comparao com valores normativos. Ela depende dos processos de maturao biolgica e de influencias exgenas (ROLHIG; 1983).IDADE PSICOLGICA - Capacidade individual de adaptao s reaes e auto-imagem dos indivduos (BIRREN; 1974).IDADE SOCIAL - Determinada pelas estruturas das respectivas sociedades. Um indivduo pode ser considerado como jovem numa mesma sociedade, e, sobre outro aspecto, como velho (BOCHER; 1969).IDADE FUNCIONAL - A avaliao da idade funcional representa a tentativa de relacionar entre si as idades, biolgica, psicolgica e social, determinando assim a verdadeira idade (SINGER; 1981).Observao: dados compilados de Mestrando Ney Pereira (2003), Vitria/Esprito Santo.POPULAO, CRESCIMENTO E EXPECTATIVA DE VIDASegundo dados do IBGE, no ano de 2030 o Brasil ter a 6 maior populao mundial em nmero absoluto de idosos, assim como em 2025 teremos 34 milhes de pessoas com mais de 60 anos, o que representar 14% de nossa populao (IN WWW.FICARJOVEMLEVATEMPO.COM.BR).

Atualmente para cada 10 indivduos no mundo, 01 esta com mais de 60 anos, assim como no quadro abaixo podemos visualizar os nmeros referentes expectativa de vida mdia em anos das populaes de vrios paises, segundo MATSUDO & MATSUDO (1992):PasExpectativa mdia em anos

Canad75 anos

EUA

Japo

Sucia

Bolvia48 anos

Peru56 anos

Brasil61 anos

O crescimento da expectativa de vida ao longo das dcadas no Brasil, vem se ampliando consideravelmente, e com forte contribuio sobre os aspectos quantitativos da populao de idosos, como se observa no quadro abaixo:

PasAnoSexoExpectativa

Frana1990Feminino81 anos

2030Feminino88 anos

2050Feminino90 anos

BrasilAt 195033,7 anos para 43,2 anos

1950 at 1960+ 12,7 anos

1960 para 2020Mdia de 16,2 anos

Forette; 2003.

A Organizao Mundial de Sade considera um pas envelhecido quando a populao idosa passa de 7,0% do total. Hoje, os idosos no Brasil de 60 anos ou mais perfazem 7,1% da populao. Segundo o Anurio Estatstico do Brasil (1996) de 1951 a 1991, o nmero de indivduos com idades iguais ou superiores aos 65 anos aumentou cerca de 480% (OLIVEIRA IN WWW.GEASE.PRO.BR).Podemos identificar alguns fatores que esto contribuindo para o envelhecimento e conseqente aumento da populao de idosos (FORETTE; 2003). O baixo numero de nascimentos o qual vem diminuindo a cada dcada (veja quadro do IBGE abaixo), a contribuio das pesquisas cientificas com a introduo das medidas sanitrias coletivas que proporcionam a reduo no numero de mortes por doenas infecto - contagiosas, e a maior conscientizao da necessidade da realizao de atividades fsicas, assim como da introduo de hbitos saudveis de vida. Estes so alguns dos fatores bsicos determinantes que contribuem diretamente para o quadro de envelhecimento populacional.

Na lista abaixo, podem ser visualizados os fatores extrnsecos histricos, que esto relacionados longevidade segundo SILVA & BARROS (1998):

Melhores cuidados mdicos a partir de 1930. Introduo em massa das vacinas antiinfecciosas, dos antibiticos entre outros.

Reduo das doenas infecto-contagiosas (como gripes, pneumonias e hepatites), sobretudo nas regies sul e sudeste.

Aumento na incidncia de doenas crnico - degenerativas, representadas principalmente pelas doenas do aparelho circulatrio.

Doenas crnicas degenerativas advindas de hbitos de vida inadequados: tabagismo, ingesto alimentar incorreta, lcool, tipo de atividade laboral, ausncia de atividade fsica regular etc. Historicamente as neoplasias no se modificaram no Brasil at 1995No Brasil registrou-se uma reduo de 61% sobre a taxa de fecundidade feminina nas ultimas seis dcadas (IBGE; 2000).

Nos ltimos anos a populao de idosos praticantes de treinamentos contra resistncia vem crescendo e proporcionando ao profissional de educao fsica uma experincia de trabalho totalmente nova e desafiadora.

Os profissionais que atuam com atividades fsicas corporais aplicadas aos idosos, devem buscar um trabalho paralelo de treinamento de musculao visando maximizar o desenvolvimento das qualidades fsicas envolvidas no desenvolvimento do sistema muscular e estrutural orgnico.

A fora muscular, a resistncia de fora muscular localizada, e a flexibilidade devem fazer parte de um programa permanente no avanar da idade, respeitando sempre e principalmente as limitaes impostas por doenas caractersticas das faixas etrias mais elevadas. A manuteno das atividades aerbias quando conduzidas em conjunto com os trabalhos contra resistncia trazem os maiores benefcios em termos de condicionamento fsico e sade geral.

O planejamento para o controle dos treinamentos, que visam melhorar as condies de sade das populaes com classificaes de especiais, como no caso os idosos, preocupao permanente dos profissionais envolvidos ou engajados na viso ou conceito mais amplo da Educao Fsica contempornea.

Buscar meios para aumentar o envolvimento dos idosos em atividades fsicas, recreativas e sociais variadas, permite elevar ou manter em nveis saudveis as pessoas durante o processo de envelhecimento. O idoso ativo certamente mais independente e aceito mais facilmente na sociedade.

No decorrer do texto sero utilizados termos variados em referncia aos idosos, para que no seja caracterizada nenhuma forma de discriminao ou preferncia por nomenclaturas mais corriqueiras ou atualizadas, no ser defendida nenhuma nomenclatura, visando no criar interpretaes ou discusso polemizada em relao ao uso de qualquer termo proposto por outros autores. Abaixo enumeramos alguns termos que so mais conhecidos e utilizados em nossa sociedade:

Velho;

Idoso;

Geronte;

Terceira idade;

Senilidade;

Melhor idade.

O intuito neste captulo e para com a necessidade de transmitir conhecimento sobre as diferenas impostas pela idade avanada sobre o organismo humano, e a partir da tomada de conhecimento dessas diferenas, aplicar atividades fsicas para o idoso na forma mais consciente e equilibrada possvel.

Com o decorrer do envelhecimento humano passamos a apresentar problemas diversos ou variados de sade. Algumas doenas possuem uma maior incidncia na velhice. H uma preocupao crescente na criao de padres para um maior controle sobre as reaes negativas dessas doenas.

Tentar retardar ou minimizar os efeitos do envelhecimento, por meio das atividades fsicas e dos hbitos saudveis dirios de alimentao, mantendo ou criando nveis mais elevados de satisfao para as exigncias bsicas da sade do idoso, um fato a ser colocado em prtica durante os treinamentos.

Algumas doenas fazem-se mais presente na terceira idade, e possuem relao direta com os hbitos de vida do geronte. Uma vida esportiva permanente, a preveno e tratamento de doenas infecciosas e contagiosas em tempo hbil, alimentao equilibrada e suficiente durante as fases do desenvolvimento, so fatores que podem contribuir para o retardo de doenas tpicas da velhice.

Em uma classificao percentual enumeramos abaixo a incidncia de determinadas doenas, visando facilitar a identificao daquelas mais presentes no cotidiano do geronte.

EnfermidadeIncidncia

Artrite48%

Hipertenso arterial36 %

Doenas cardacas32%

Doenas auditivas32%

Doenas ortopdicas19%

Cataratas17%

Diabetes11%

Comprometimento visual09%

Nieman; 1999.

O idoso possui caractersticas anatmicas e fisiolgicas bastante distinta dos jovens e dos jovens adultos sadios, e podendo comprometer a programao e formulao dos treinos, caso no sejam respeitadas as condies individuais destas que incidem sobre o idoso no momento da pratica das atividades fsicas. Algumas caractersticas esto abaixo enumeradas e foram selecionadas de CARVALHO (1987 IN OLIVEIRA; 1999):

CARACTERSTICAS ANATMICAS E FISIOLGICAS

Atrofia muscular progressiva;

Perda de clcio (Osteoporose);

Perda da elasticidade do tecido colgeno;

Perda da flexibilidade das articulaes;

Diminuio da habilidade e da coordenao motora;

Reduo da capacidade dos impulsos eltricos cerebrais;

Limitao da nutrio do miocrdio;

Arteriosclerose;

Diminuio da mobilidade torcica e da capacidade vital;

Reduo do consumo mximo de oxignio pelo organismo (VO MXIMO ou VO limite).

O treinamento de fora um modo de diminuir o declnio em fora e massa muscular relacionada idade, o que resulta em melhor qualidade de vida (FLECK & KRAEMER; 1999).

CARACTERSTICAS BIOMECNICAS

... evidente que, entre duas pessoas de qualquer idade, a mais jovem ser aquela cuja capacidade de trabalho, vigor muscular, flexibilidade, equilbrio e habilidade motora forem maiores (NADEAU; 1985).Algumas caractersticas biomecnicas destacam-se no idoso e interferem diretamente de maneira negativa, sobre as condies cinticas da vida diria (atividades fsicas) e do treinamento fsico (exerccio fsico) propriamente dito, estas interferncias podero ser observadas abaixo (AMADIO; 1996): Limitao dos movimentos;

Economia da marcha;

Aumento da cifose dorsal;

Declnio do corpo frente;

Aumento da fora dos msculos paravertebrais;

Aumento das presses articulares;

Aumento da fora muscular das panturrilhas;

Ptose abdominal (queda visceral);

Desequilbrio corporal acentuado;

Diminuio da estatura (involuo senil).

CARACTERSTICAS PSICOLGICAS DO IDOSO

Algumas caractersticas psicolgicas devem ser observadas na terceira idade, para que possamos desenvolver um trabalho mais individualizado e compreendido. Respeitando as condies psicolgicas e adaptando paralelamente os treinamentos, dentro das caractersticas encontradas, estaremos criando um ambiente propicio ao conforto, ao bem estar e a permanncia do geronte em atividade. No quadro abaixo se encontra a relao de caracteres psicolgicos relacionados aos sentimentos e as reaes no comportamento do idoso (MURRAY; 1978, PENNA; 1975, OSTROW; 1984, DUDA; 1991, SPIRDUSO; 1995 APUD DANTAS; 1998 IN OLIVEIRA; 1999).

SentimentosComportamento

Atividade sexualDiminui progressivamente

AlegriaMantida

RaivaReduzida

MedoAumentado

DesprazerSurge mais facilmente

RepugnnciaEstabiliza-se

xito e fracassoDecrescem com o envelhecimento

Culpa e remorsoVividos freqentemente

Orgulho e vergonhaSituaes menos experimentadas

CimeMais intenso

InvejaTendncia ao aumento

dioReduo da capacidade de odiar

Oliveira; 1999.

Os benefcios adquiridos por meio de atividades de carter msculo-esquelticas e aerbias, relacionados aos processos de envelhecimento humano, possuem estudos que apontam para determinados graus de certeza, bastante satisfatrios e conclusivos. Abaixo se encontram os quadros, com a relao de algumas condies gerais e o grau de certeza proporcionado por meio da concluso de pesquisas cientificas.

TABELA DE CLASSIFICAO

Grau 04Grande consenso com pouco ou nenhum dado conflitante entre as pesquisas.

Grau 03Maioria dos dados de suporte fidedignos, necessidade de mais pesquisas.

Grau 02Poucos dados de suporte.

BENEFCIOS DA ATIVIDADE FSICA

BENEFCIOSGRAU DE CERTEZA

Melhoria da aptido fsica04

Melhoria da expectativa de vida04

Melhoria da qualidade de vida04

Combate ao ganho de gordura corporal03

Combate perda de massa muscular03

Combate diminuio da aptido cardiopulmonar02

Nieman: 1999.

Abaixo segundo FIATARONE (1996), os dados relacionados aos benefcios das atividades fsicas:

Melhoria no equilbrio e na velocidade de locomoo;

Aumento do nvel de atividades fsicas espontneas;

Melhoria da auto-eficcia;

Contribuio para a manuteno e o aumento da densidade ssea;

Ajuda no controle de diabetes, artrite e doenas cardacas;

Melhoria da ingesto diettica;

Reduo do sentimento de depresso.

EXERCCIO E LONGEVIDADE

A atividade fsica vigorosa regular produz melhorias fisiolgicas, independente da idade (MCARDLE; 1985).

Infelizmente ainda no possumos dados conclusivos sobre os efeitos das atividades fsicas sobre a longevidade. Sabemos que os exerccios elevam e mantm os nveis de sade, e trazem qualidade durante toda a extenso da vida. Esse motivo j basta para a manuteno e regularidade de atividades fsicas durante todos os perodos da vida.

"O exerccio fsico possui um impacto determinante para a expectativa de vida, pelo fato de reduzir o nvel de mortes prematuras, causadas principalmente pelo cncer e pelas doenas cardacas (NIEMAN; 1999).

Abaixo as caractersticas da fora humana (FLECK & KRAEMER; 1999): Pico de fora mxima d-se entre os 20 e 30 anos;

Perda de 15% entre os 60 e 70 anos e 30% a partir dos 70 anos;

Perda mais acentuada nas mulheres;

Perda do volume e do nmero de fibras tipo II (contrao rpida); Adaptaes primrias do sistema nervoso (fatores neurais) sobre o sistema muscular (fatores metablicos) frente ao treinamento de fora;

Alimentao suplementada junto ao treino de fora melhora o rendimento da fora e da hipertrofia muscular.

Abaixo as causas mais freqentes da perda da fora muscular dos idosos (FLECK & KRAEMER; 1999): Acmulo de doenas crnicas;

Uso medicamentoso;

Alteraes do sistema nervoso;

Reduo das secrees hormonais;

Atividade hormonal anablica diminuda;

Desnutrio;

Atrofia por desuso ou hipocinesia (MELLEROWICZ & MELLER; 1979).

Abaixo as adaptaes ao treinamento de fora para adultos de 60 anos ou mais (FLECK & KRAEMER; 1999):

Elevao da fora mxima;

Hipertrofia muscular;

Aumento da fora muscular explosiva;

Reduo no percentual de gordura corporal;

Reduo da gordura intra-abdominal (verificar o ndice de relao cintura quadril);

Efeitos positivos sobre os fatores psicolgicos (autoconfiana, auto-estima, pensamento positivo etc).CONSIDERAES BSICAS PARA O TREINAMENTO DO IDOSO

Na montagem do treinamento para o idoso, devemos considerar trs situaes bsicas:

SEGURANA - visa a manuteno da integridade fsica: Aumenta a estabilidade das articulaes anatomicamente instveis;

Aumenta o equilbrio;

Melhor postura; Diminui a possibilidade de quedas; Maior eficincia e economia para realizar as atividades fsicas;

Reduz a freqncia cardaca e a presso arterial durante da vida diria.

EFICINCIA - objetiva atingir aumentos no rendimento (quantitativo& qualitativo):

Aumento da massa ssea;

Aumento da massa muscular;

Aumento na mobilidade das articulaes;

Aumenta a taxa metablica basal;

Reduo do tecido adiposo;

Aumento da captao de glicose pelos msculos;

Reduz as dores provocadas por mecanismos inflamatrios e degenerativos.

MOTIVAO - visa atingir modificaes positivas comportamentais dirias:

Maior perodo de treinamento e manuteno das atividades fsicas;

Auto-estima elevada;

Reduo da dependncia de terceiro;

Estimula a uma vida mais ativa;

Maior vontade de viver ou permanecer vivo;

Reduo de estados de depresso, da sensao de angustia e abandono;

Incluso social.MEDIDAS QUE VISAM EVITAR OS RISCOS DE ACIDENTES DOS IDOSOSNA ACADEMIANA RESIDNCIA

Manter os tapetes fixos e sem dobras.Evitar tapetes.

No deve conter ressaltos ou piso desnivelado.No deve conter ressaltos ou piso desnivelado.

Iluminao forte e indireta.Iluminao forte e indireta voltada para as paredes e teto.

Temperatura ambiente amena, evitar excessos (frio, calor e umidade).Temperatura ambiente amena, evitar excessos (frio, calor e umidade).

Maanetas do tipo alavancas.Maanetas do tipo alavancas.

Corrimo contnuo nas escadas, ambos os lados.Corrimo contnuo nas escadas, ambos os lados.

Barras de apoio no Box e vaso sanitrio.Barras de apoio no Box e vaso sanitrio.

Manter um banco para auxlio no banho.Manter um banco para auxlio no banho.

Tapete antiderrapante no Box.Tapete antiderrapante no Box.

Equipamento de cores claras.Mveis sem quinas.

Equipamentos com altura regulvel.Mveis (camas, cadeiras etc) com altura que permitam o apoio total dos ps no cho.

Manter os equipamentos com espaos suficientes para transio.Manter espaos entre os mveis para transio.

Sensores eltricos de presena.Sensores eltricos de presena.

Cores estimulantes.Cores estimulantes.

Equipamento de cores claras.***

Equipamentos com altura regulvel.Mveis (camas, cadeiras etc) com altura que permitam o apoio total dos ps no cho.

Cama (regulvel) para abdominais e alongamentos***

Espaldar para auxilio nos exerccios***

Fichas dos exerccios com letras maiores***

No usar chinelosEvite usar chinelos de dedo.

Uso dos culos sempre que no enxergarUso dos culos sempre que no enxergar.

Abaixo outras medidas de segurana: Uso de sapatos de saltos largo e baixo (bem ajustados ao tamanho dos ps); Evite usar chinelos que no possuam tiras para prender; Os mveis da casa devem ser posicionados a no permitir esbarres; No encerar o piso;

No andar sobre locais escorregadios, molhados ou encerados;

Usar apenas tapetes com forro antiderrapante principalmente no banheiro;

Evite comprar mveis que possuam rodas e possam ser deslocados com facilidade; No deixe gavetas abertas; A casa deve estar bem iluminada, principalmente as vias de acesso entre cada uma das partes; No deixar fios eltricos ou de telefone expostos;

Eliminar buracos, ressaltos e outras irregularidades do piso;

Cuidados com animais domsticos, crianas, bicicletas etc;

Manter interruptores de luz prximos da cama, interruptores de presena nos corredores, escadas e banheiros;

No andar calado apenas com meias.CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE O TREINAMENTO COM IDOSOS Ateno durante a troca das barras dos equipamentos (auxiliar sempre que necessrio); Ateno com a colocao dos pinos das mquinas (auxiliar sempre que necessrio); No deixar o piso escorregadio (lubrificantes, materiais de limpeza) verificar sempre; Forrar a sala com piso seguro ou antiderrapante. ATITUDES DO PROFISSIONAL DE EDUCAO FSICA NA ORIENTAO DE IDOSOS Manter uma postura de consultor/orientador; Manter a atitude de simpatia e alegria;

Manter a liberdade de treinamento, sob controle permanente;

Auxiliar apenas quando necessrio;

Ser prestativo e paciente;

No criar no idoso a dependncia por auxlio;

Estar sempre em posio que permita o acompanhamento por contato visual;

Usar linguagem simples e respeitosa;

No subestimar as capacidades intelectual e fsica; Estimular a prtica de exerccios fsicos e de atividades fsicas permanentemente (no predeterminar perodos).

importante ressaltar que, em todas as capacidades fsicas, grande parte das alteraes que ocorrem com o envelhecimento resultam da inatividade, falta de uso ou uso indevido do corpo (SPIDURSO, 1989; OKUMA, 1997).CONTRA-INDICAES E RESTRIES NO TREINAMENTO DO IDOSO1. Utilizao de testes de fora do tipo Carga Mxima ou Teste Carga Repetio Mxima.

2. Cargas de treinamento elevadas que proporcionem bloqueio respiratrio/apnia ou que provoquem a Manobra de Vasalva/Valsalva (Bompa; 2002).

3. Fora de treinamento Mxima, Submxima e Grande 1a subzona. (100% a 80%).

4. Modificaes bruscas na fora de treinamento, (aumento brusco do percentual de cargas).

5. Cargas que proporcionem desconforto muscular e articular durante ou aps o treinamento.

6. Exerccios realizados em alta velocidade e ou descontrolados.

7. Movimentos de elevao de pesos acima da cabea em posio ortosttica.

8. Agachamentos com pesos livres e cargas sobre a coluna.

9. Aplicao de exerccios que provoquem foras de cisalhamento sobre a coluna.

10. Exerccio dependurado, barras fixas, apoio de frente sobre o solo, dorso lombar em suspenso ou que promovam elevao da presso intratorcica.

11. Concentrao de exerccios na mesma regio muscular, principalmente proximais (tronco).

12. Nmero excessivo de exerccios na srie.

13. Evitar exerccio deitado diretamente sobre o solo.

14. Atividade fsica com componente isomtrico mximo.

15. Amplitude total dos movimentos com carga adicional.

16. Cargas de trabalho nas FORMAS DE ESFORO: MXIMO (cargas mximas); DINMICO (cargas submxima com velocidade elevada); REPETIDO (cargas intermedirias que levem exausto).

17. Exercitar-se na ausncia de aquecimento muscular geral.

18. Executar treinamento sob condies extremas de temperatura (frio, calor ou umidade).

19. Exercitar-se com presso arterial e ou freqncia cardaca elevadas.

20. Exercitar-se indisposto.

21. Exerccios combinados de Fora e resistncia na mesma sesso de treinamento (hipertonia muscular, presso respiratria).INDICAES BSICAS NO TREINAMENTO DO IDOSO1. Teste de cargas do tipo ensaio e erro.

2. Iniciar os treinamentos dando prioridade e ateno aos mecanismos e as necessidades psicolgicas, intelectuais, cognitivas e afetivas.

3. Observao sobre as doenas e comprometimentos pessoais acumulados.

4. Iniciar com baixo volume de exerccios por dia. Treinamento pode ser realizado vrias vezes ao dia, estando condicionado ao volume, intensidade e ao estado de treinamento do idoso.

5. Dar nfase na escolha e realizao da seqncia aos exerccios para os grandes grupos musculares.

6. Montar a srie com 04 a 06 exerccios para os grandes grupos musculares, e 03 a 05 exerccios para os pequenos grupos musculares.

7. Realizar um volume de at 03 sries por exerccio.

8. Repouso entre 02 minutos a 03 minutos entre os exerccios. Intervalos menores apenas com a utilizao de cargas baixas e moderadas.

9. Poucos dias de treino semanal para os iniciantes, estando o treinamento relacionado com a tolerncia e recuperao ao esforo.

10. Realizar os treinamentos de fora nos mesmos grupos musculares aps 36 a 48 horas de repouso ou aps recuperao satisfatria.

11. Treinamento de base de 12 semanas, (com o aumento progressivo do volume de treinamento).

12. Utilizar equipamentos tipo halteres de mo e mquinas de exerccios.

13. Modificaes mais extensas do que intensas, prioridade no aumento do volume antes da intensidade, (aumento progressivo do percentual de cargas).

14. Treinamento multilateral, (resistncia de fora muscular localizada, fora muscular geral, flexibilidade, resistncia aerbia).

15. Atividades dinmicas.

16. Fora de Treinamento para iniciantes entre 40% a 50%, elevar gradativamente a fora de treinamento aps adaptao plena, at a fora de treinamento entre 70% e 80% da fora mxima (MODIFICADO DE BEACHLE in BOMPA; 2001).

17. Mtodo de esforo SUBMXIMO (utilizao de cargas que no levem exausto) condies de intensidade Grande 2a subzona, moderada e pequena.18. Formas de aplicao de cargas do tipo carga estvel, progresso dupla, leve pesado/semanal, conscientizao cinestsica, eletroestimulao muscular transcutnea, pirmide truncada/positiva. TREINAMENTO PARA IDOSOS - CLASSIFICAO DIDTICA DO INDIVDUO

ALUNOS IDOSOS INICIANTES EM MUSCULAO: so aqueles alunos que nunca praticaram a musculao, esto inativos ou afastados da atividade durante anos a fio. Podemos tambm classificar como iniciantes, aqueles alunos que esto sedentrios, mesmo os que j fizeram musculao anteriormente.O estado de CONDICIONAMENTO FSICO (nvel ou situao), deve ser minuciosamente avaliado para a classificao do indivduo e encaminhamento s atividades.

Entende-se como CONDICIONAMENTO FSICO, o aumento da capacidade energtica do msculo por meio de um programa de exerccio. O condicionamento no primariamente preocupado com capacidade de desempenho, como deveria ser no caso e treinamento (BOMPA; 2002).

Abaixo se encontra uma proposta visando a classificao dos iniciantes em acordo com o estado de condicionamento fsico.

NVEL 01: indivduos acometidos por DOENAS crnico-degenerativas. NVEL 02: indivduos totalmente SEDENTRIOS e ou INATIVOS. NVEL 03: indivduos que praticam alguma atividade fsica CASEIRA e ou LABORAL. NVEL 04: indivduos que praticam exerccios fsicos de CARTER VARIADO. NVEL 05: indivduos que praticam exerccios fsicos de carter COMPETITIVO.

ALUNOS IDOSOS INTERMEDIRIOS EM MUSCULAO: so aqueles indivduos que esto praticando a musculao durante um perodo de tempo entre 03 meses a 12 meses, que passaram pelos perodos de TREINAMENTO BSICO e ADAPTATIVO, e esto iniciando o primeiro ciclo do perodo de TREINAMENTO ESPECFICO. Comumente o ciclo de treinamento para intermedirios ou PERODO ESPECFICO I e ESPECFICO II, ser composto por 12 semanas cada mesociclo. Os nveis de classificao dos idosos intermedirios, em acordo com o estado de condicionamento fsico, esto abaixo relacionados: NVEL 01: indivduos que praticam musculao entre 03 meses e 6 meses.

NVEL 02: indivduos que praticam musculao entre 06 meses e 12 meses.

ALUNOS IDOSOS AVANADOS EM MUSCULAO: os indivduos que ultrapassaram os perodos de treinamento BSICO, ADAPTATIVO, ESPECFICO I e ESPECFICO II, e que cumpriram uma jornada de aproximadamente 06 a 08 meses de trabalhos evolutivos podem ser considerados alunos AVANADOS. Veja abaixo a proposta para classificao dos idosos iniciantes de acordo com o estado de condicionamento fsico.

NVEL 01: indivduos que praticam musculao entre 12 meses 24 meses.

NVEL 02: indivduos que praticam musculao por perodo superior a 24 meses.

NVEL 03: indivduos que praticam exerccios de musculao em CARTER COMPETITIVO.CLASSIFICAO DOS EXERCCIOSSegundo BOMPA (2000) os exerccios fsicos podem ser classificados em ordem direta com o volume muscular ativo, o qual possui influencia direta sobre efeitos fisiolgicos distintos no organismo veja a classificao abaixo:

EXERCCIOS DE FUNO LOCAL OU ANALTICA - envolve a participao de um volume inferior a 1/6 1/7 da musculatura esqueltica, (equivalente aos msculos de um membro superior), envolve um pequeno grupo de msculos ou segmento corporal, tendo efeito localizado (HOLLMAN & HETTINGER; 1983).

EXERCCIOS DE FUNO GERAL OU SINTTICA - utilizao de um volume muscular superior a 1/6 1/7 da musculatura esqueltica, (equivalente musculatura de um membro inferior), envolve vrios grupos de msculos, tem efeito generalizado (HOLLMAN & HETTINGER; 1983).

MTODO DE TREINAMENTO - COMPOSIO DIDTICA BSICA DAS SEQNCIASPARTE INICIAL deve ser composta pelo aquecimento sendo iniciada com exerccios de funo ANALTICA, progredindo de forma cfalo caudal e finalizar com exerccios SINTTICOS ou de funo AERBIA.PARTE PRINCIPAL deve ser composta por uma srie ou seqncia de exerccios com caractersticas alternadas por regio articular, e iniciada dos maiores grupos musculares par os menores. Deve-se realizar de 01 a 03 sries por exerccios.O REPOUSO deve ser estabelecido entre 02 a 03 minutos entre as sries e exerccios. A EXECUO dos movimentos de forma ritmada deve ser preconizada. A manuteno de uma atitude de RESPIRAO sem bloqueio ou apnia prioritria.

PARTE FINAL deve ser dividida em dois estgios: PARTE 01 deve priorizar os exerccios aerbios de baixa intensidade; PARTE 02 dirigida aos padres de atividade que visam a volta a calma orgnica ou estado de recuperao.CARACTERISTICAS PARA A MONTAGEM DA SEQNCIA

DE EXERCCIOS PARA ALUNOS INICIANTES Predominncia dos exerccios de funo sinttica. Exerccios multi-articulares em maior volume. Poucos exerccios por grupamento muscular. Poucos exerccios na srie ou seqncia. Realizar 02 a 03 vezes por semana os treinamentos de cada grupo muscular. Repouso semanal entre os grupamentos musculares 36 a 48 horas. Treinar em torno de 02 a 05 dias por semana. Cargas com intensidades entre 40% a 49% e a 50% a 59%.

Seqncias em acordo com o volume de treinamento semanal.

SEQNCIA DE EXERCCIOS PARA ALUNOS INTERMEDIRIOS. Predominncia dos exerccios de funo sinttica. Nmero de exerccios por grupamento muscular um pouco mais elevado. Maior volume de exerccios na srie ou seqncia. Incluso de um volume mais equilibrado entre os exerccios mono e multi-articulares. Realizar 02 a 03 vezes por semana os treinamentos de cada grupamento muscular. Repouso semanal entre os grupamentos musculares 36 a 48 horas. Treinar em torno de 03 a 05 dias por semana. Cargas com intensidades entre 50% a 59% e 60% a 69%. Seqncias em acordo com o volume de treino semanal.

SEQNCIA DE EXERCCIOS PARA ALUNOS AVANADOS Predominncia dos exerccios de funo principal esportiva e de sustentao corporal. Nmero de exerccios por grupamento muscular mais elevado. Maior volume de exerccios na srie ou seqncia. Realizar 02 a 03 vezes por semana os treinamentos de cada grupamento muscular. Repouso semanal entre os grupamentos musculares 36 a 48 horas. Treinar em torno de 03 a 06 dias por semana. Cargas com intensidades entre 50% a 59%, 60% a 69% 70% a 79% e 80%. Seqncias em acordo com o volume de treino semanal.

Observao: o treinamento de mulheres mais velhas com a utilizao de cargas mais leves entre 50% a 60% resultou em aumentos mais elevados do que com cargas entre 70% e 80% (HUNTER & TREUTH; 1995).A tomada de conscincia destes resultados apresentados anteriormente deve ser o elemento chave par nortear e nos direcionar, ao fato de no haver a necessidade em submeter o organismo deste gnero sexual, a um treinamento com cargas de trabalho to elevadas, quanto a partir de 80% da FORA MXIMA individual.O treinamento de fora um modo de diminuir o declnio em fora e massa muscular relacionado idade, o que resulta em melhor qualidade de vida (FLECK & KRAEMER; 1999).

O exerccio fsico possui pouco efeito sobre a extenso da vida (NIEMAN; 1999).PRINCPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO E DA MUSCULAOTREINAMENTO DESPORTIVO como estrutura lgica a organizao para a aplicao dos mtodos cientficos de treinamento, que visam por meio de mecanismos pedaggicos, atingir o mais alto rendimento humano, nos aspectos e caractersticas tcnicas, fsicas, psicolgicas, sociais e espirituais do indivduo ou equipe.

O treinamento, j aceito h algum tempo como cincia, tem sua posio cientfica reforada com referncias consideradas essenciais para todos os que buscam o alto rendimento atltico (TUBINO; 1979).

Toda e qualquer atividade necessita de normas para uma conduta racional de aplicao. No caso do treinamento desportivo e musculao particularmente, algumas normas e regras foram sendo criadas ou desenvolvidas com base em princpios relacionados com a constituio fsica humana e com as respostas orgnicas aos estmulos aplicados.

Os princpios do treinamento desportivo so basicamente 06 (abaixo escalonados). H diferenciaes pessoais de autores que lidam com o treinamento, afirmando ainda mais a necessidade de aprofundamento nos meios tericos para o controle prtico dos treinamentos. comum o surgimento de subdivises dentro de algum dos princpios do treinamento, situao esta que ser visualizada em alguns pargrafos abaixo.

PRINCPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLGICA

PRINCPIO DA ADAPTAO

PRINCPIO DA SOBRECARGA

PRINCPIO DA CONTINUIDADE/REVERSIBILIDADE

PRINCPIO DA INTERDEPENDNCIA VOLUME X INTENSIDADE

PRINCPIO DA ESPECIFICIDADE DOS MOVIMENTOSPRINCPIOS ESPECFICOS DA MUSCULAOA musculao possui particularidades no momento da aplicao prtica dos trabalhos, que esto sempre vinculadas aos princpios do treinamento desportivo. Os princpios do treinamento neste caso so singularmente aplicados de maneira mais qualificada e, encampando basicamente a INDIVIDUALIDADE BIOLGICA, a SOBRECARGA e a ESPECIFICIDADE dos movimentos. A ESTRUTURAO DAS SEQNCIAS DE EXERCCIOS tornou-se um conceito paralelo e considerado, como sendo um principio do treinamento exclusivo dos trabalhos contra resistncia.

PRINCPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLGICACada ser humano possui estruturas fsicas e psicolgicas individualizadas ou diferenciadas dos demais, sugerindo que cada um de ns seja um ser nico. O ser humano a unio entre as caractersticas do GENTIPO (carga gentica) com o FENTIPO (carga de elementos adicionados) que criam o suporte de individualizao humana. Abaixo no quadro encontram-se algumas caractersticas do gentipo e do fentipo.

GENTIPOFENTIPO

Estatura mxima esperadaHabilidades motoras e esportivas

Bitipo ou estrutura corporalNvel intelectual

Aptides fsicas e intelectuaisConsumo mximo de oxignio

Fora mximaPercentual de fibras musculares

Composio corporalLimiar anaerbio

Percentual dos tipos de fibras musculares

As respostas ao treinamento aplicado so determinadas por caractersticas hereditrias associadas s influncias do meio ambiente. Buscamos continuamente o aperfeioamento das caractersticas tcnicas esportivas da forma mais especfica e individualizada possvel. Quanto mais o treinamento aproximar-se das caractersticas positivas de respostas individuais, maiores sero as performances alcanadas.

Cada ser humano nico e por este motivo necessita de um direcionamento personalizado para o treinamento visando o alto rendimento fsico e desportivo. inadmissvel a padronizao de qualquer forma de treinamento, para grupos inteiros de indivduos.

O gentipo caracteriza os potenciais, a predisposio inata ou aptido. As habilidades so parte do fentipo ou das caractersticas possveis de serem incorporadas ao indivduo.

Os profissionais da Educao Fsica so bem familiarizados com os termos APTIDO e HABILIDADE. Entendemos por APTIDO didaticamente expondo, como sendo os potenciais ou as qualidades inatas do homem, que so expressas continuamente por meio da predisposio e do talento (fora muscular mxima, resistncia cardiovascular mxima, flexibilidade e velocidade mxima atingvel).Evidentemente o treinamento fsico no melhora a capacidade de desempenho alm daquele limite preestabelecido pelo gentipo (HOLLMANN & HETTINGER; 1983).

As HABILIDADES referem-se aos elementos que so adquiridos ou aprendidos ao longo do tempo de vida, somando-se e formando um quadro de experincias. O ato de jogar ou praticar esportes transmitido aos indivduos por meio de treinamentos e repeties contnuas, e so bons exemplos do que sejam as habilidades.As condies neuromusculares, psico-cognitivas e antomo-biomecnicas que so herdadas caracterizam de uma forma geral a aptido. Um desenvolvimento muito acima da mdia dessas condies denomina-se talento (GEESE & HILLEBRECHT; 1995).

Pode-se dizer que os potenciais so determinados geneticamente e as capacidades ou habilidades expressas so decorrentes do fentipo (DANTAS; 1985).

PRINCPIO DA ADAPTAOO princpio da adaptao do organismo ao treinamento, possui particularidades relacionadas com o nvel de estmulo a ele aplicado. Durante a aplicao de estmulos de treinamento sobre o organismo deparamo-nos com o conceito de SNDROME DE ADAPTAO GERAL proposto por Hans Seyle (IN DANTAS; 1985), a qual possui fases correlacionadas com os estmulos ou estresses. Os estresses podem ser de ordem FSICA, BIOQUMICA e MENTAL. A SAG possui 03 fases distintas:EXCITAO OU CHOQUE - a presente fase poder provocar dores e por este motivo queda momentnea no rendimento provocando um perodo de reao de alarme no organismo.

RESISTNCIA OU ADAPTAO - esta fase tende a provocar uma adaptao ao estmulo aplicado com elevao no rendimento.

EXAUSTO OU CANSAO nesta fase o corpo no responde positivamente aos estmulos por j estar adaptado, possivelmente haver queda de rendimento nos casos de treinamento excessivo. H o risco de leses temporrias ou permanentes.

Nos casos em que o estmulo seja muito fraco este no produzir adaptao satisfatria, e ser classificado como ESTMULO DBIL. Os estmulos de baixa intensidade que apenas excitam o organismo e no produzem adaptaes posteriores so classificados como ESTMULOS MDIOS. Os ESTMULOS FORTES so exatamente aqueles que proporcionam as adaptaes mais seguras, plenas e prolongadas. Busca-se no treinamento consciente e organizado, na maior parte do tempo, exatamente a manuteno desta forma de estmulo. Os ESTMULOS MUITO FORTES acarretam sensveis danos ao organismo e podem seguramente causar leses, se no forem extremamente controlados por meio de testes peridicos e avaliaes generalizadas prvias relacionadas ao estado biolgico maturacional e tambm psicolgico do indivduo.

Os conceitos de HUSSAY (APUD DANTAS; 1985), trazem consigo um alerta e a base para que sejamos cautelosos no momento da aplicao de sobrecargas no organismo durante os treinamentos.

A busca incessante por combinaes ideais de alternncia entre os ESTMULOS MDIOS e FORTES, a base para o sucesso do treinamento. Saber em qual momento elevar o estmulo e ou reduzi-lo a chave para as portas do alto rendimento.

A utilizao de estmulos MUITO FORTES necessria para a ultrapassagem das barreiras que surgem no decorrer dos treinamentos dos atletas de alto nvel. No devemos utilizar treinamentos nesta faixa de estmulo por mais de um ciclo (microciclo de choque), ou seja, mais do que 07 dias, e muito menos utiliz-lo com atletas ou praticantes novatos. Um ciclo de treinamento de 03 a 04 anos consecutivo (lei dos 04 anos), faz-se necessrio antes de arriscar estes nveis to elevados de cargas nos treinamentos. No devemos esquecer que grandes performances atlticas so alcanadas aps 08 a 12 anos de treinos intensivos e sistemticos.

Abaixo se apresenta uma proposta classificatria com as condies de intensidade e carga adicional referente aos estmulos proveniente do treinamento contra resistncia.

CONDIES DE INTENSIDADECARGA ADICIONALESTMULO

Mxima100%Muito forte

Submxima99% a 90%

Grande 1a subzona89% a 80%Forte

Grande 2a subzona79% a 70%

Moderada 1a subzona69% a 60%

Moderada 2a subzona59% a 50%Mdio

Pequena 1a subzona49% a 40%

Pequena 2a subzona39% a 30%Fraco

Chiesa; 1999.

O organismo humano responde de maneira diferenciada a cada estmulo a ele aplicado. O estresse vivido quotidianamente no meio ambiente, produz interferncias que devem ser consideradas em conjunto aos estmulos do treino. As respostas aos treinamentos podem ser negativas caso haja influncia do meio sem um adequado controle do treinador.

As respostas aos estmulos psquicos e sociais so relevantes sobre a performance. As atitudes psicolgicas negativas como ansiedade, angustia, confiana excessiva, depresso e fatores sociais como o abuso de bebidas alcolicas, festas, excessos sexuais, tabagismo e outros, necessitam estar sob controle do treinador.

A individualidade dever possuir grande ateno aos perodos de adaptao, como exemplo citamos as crianas e os adolescentes, que possuem um estado de predisposio para adaptarem-se mais facilmente aos estmulos de treino com predominncia de volume alto com intensidade moderada a baixa.

Em muitos casos surgem quedas sobre o rendimento biolgico, sem uma explicao plausvel. Quando aps uma minuciosa pesquisa dos hbitos de vida, surge o diagnstico preciso de excesso de atividades paralelas, que so degradantes sobre as respostas do treinamento. A falta de repouso adequado e maus hbitos alimentares so exemplos clssicos.

O estresse no treinamento necessrio. As situaes de estresse no cotidiano so pouco provveis de serem eliminadas. Resta ao treinador para que haja uma adaptao plena do organismo de seu educando, concentrar esforos e ateno, aos fatores que podem estar conduzindo o organismo a um estado de treinamento excessivo quer sejam eles durante as sesses de treino ou durante as horas fora do mbito de controle tcnico.

PRINCPIO DA SOBRECARGARelaciona-se aplicao das cargas de trabalho. O presente princpio esta intimamente ligado ao treinamento dirio do indivduo em sala, assim como possui estreita relao com o princpio da ADAPTAO e com o princpio da CONTINUIDADE.

Aps a aplicao de uma sobrecarga de treinamento o organismo necessita repor novamente a energia utilizada e reconstituir as estruturas desgastadas, para que no ato da aplicao das sobrecargas futuras o organismo esteja em condies favorveis para receber um novo estmulo, com intensidade igual ou superior ao anterior aplicado.

O fenmeno da SUPERCOMPENSAO aplicado aos mecanismos energticos orgnicos caracteriza-se por promover o armazenamento a nveis ligeiramente acima daquele encontrado durante o incio do treinamento. As reservas energticas estaro, aps uma relao equilibrada entre repouso e reposio alimentar adequada, com um supervit ou estoque extra de energia, para ser utilizada prontamente no prximo treinamento.

Sabendo-se da possibilidade da supercompensao, procura-se ampliar a intensidade das cargas de treinamento sempre que possvel, visando provocar maiores volumes nos estoques energticos, por meio de treinamentos peridicos com caractersticas especficas, contnuas, crescentes, variadas, assim como exatas.

O tempo que levar para o organismo repor energia e estoc-la em suas reservas, esta intimamente relacionado com a sobrecarga imposta, abaixo no quadro A encontra-se o perodo para a recuperao das fontes energticas utilizadas durante um treinamento mximo. No quadro B encontra-se uma classificao relacionada as cargas de treinamento em uma sesso.Quadro ASOBRECARGA DE CARACTERSTICA MXIMA

Fonte energticaAnaerbia lctica

(ATP-CP)Anaerbia lctica

(Glicognio)Aerbia altica

(glicognio e gorduras)

Recuperao03 a 05 minutos15 minutos a 02 horas02 a 03 dias

Barbanti; 1986.

Quadro BCARGA DE TREINAMENTO POR SESSOTEMPO PARA RESTAURAO

ExtremaMaior que 72 horas

GrandeDe 48 a 72 horas

SubstancialDe 24 a 48 horas

MdiaDe 12 a 24 horas

PequenaMenor que 12 horas

Zatsiorski; 1999.

Nos trabalhos contra resistncia fundamental a escolha das cargas exatamente dentro dos objetivos predeterminados, ou seja, os percentuais de carga devem estar dentro dos padres relacionados ao desenvolvimento da qualidade fsica alvo.

Cada carga imposta ao organismo produz respostas metablicas, fsicas e psicolgicas especficas e em comum acordo com a intensidade imposta. Sobrecargas contra resistncia (musculao) produzem modificaes principalmente sobre a estrutura protica e metabolismo glicoltico ou anaerbio da fibra muscular principalmente as do tipo IIb e IIa, em contrapartida treinos cclicos e contnuos de baixa e mdia intensidade, estimulam melhorias sobre os aspectos metablicos aerbios, sobre as fibras musculares do tipo I, e sobre o sistema cardiopulmonar e circulatrio. Verifica-se desta forma uma caracterstica bsica para o surgimento do princpio da carga especfica.

As sobrecargas de treinamento segundo Zatsiorski (1999), podem ser classificadas como sobrecarga ESTIMULANTE, de MANUTENO ou de DESTREINAMENTO. A sobrecarga estimulante sempre mais elevada que o nvel neutro e produz adaptaes sobre o organismo.

A SOBRECARGA DE MANUTENO aquela onde o nvel esta dentro da zona neutra (compreende-se como zona neutra a sobrecarga que no produz modificaes significativas nem positivas, nem negativas sobre o organismo do atleta) e por este motivo no estimula melhorias sobre o organismo, havendo apenas a manuteno do estado de treinamento. A SOBRECARGA DE DESTREINAMENTO localiza-se abaixo da zona neutra e impossibilita a manuteno ou elevao de um estado de treinamento, desta forma identifica-se um decrscimo no rendimento. Verifica-se uma queda na condio fsica mais acentuada nos primeiros dias de sobrecargas de destreinamento, quando estas se situam em limiares prximos aos de repouso.

O conceito de sobrecarga proposto por HOWLEY & POWERS (2000), considera apenas as cargas de trabalho, que impem aos sistemas orgnicos e tecidos corporais, um estmulo acima daquele limite, ao qual o organismo j esteja acostumado. Neste caso, seguindo-se o conceito proposto, os estmulos que provocam destreinamento no seriam classificados como sobrecargas e sim como estmulos dbeis. Forosamente devemos empregar a estas condies que propiciam ao estado de destreinamento, o conceito de princpio da reversibilidade, que ser abordado juntamente com o princpio da continuidade. Abaixo se encontram os percentuais de cargas relacionados para o treinamento das valncias fsicas.

VALNCIA FSICAREPETIESGRUPOSPERECENTUAL DE CARGAS

Fora Pura01 a 0304 a 0690 a 100

Fora Dinmica04 a 1003 a 0670 a 89

Fora Explosiva11 a 1503 a 0660 a 69

RML16 a 2002 a 0450 a 59

Chiesa; 1999Busca-se na aplicao das cargas o momento mais propcio e exato em que o organismo esteja em seu mais alto nvel de recuperao fsica e psicolgica. Esta forma de aplicao das cargas uma das variveis que buscamos freqentemente para elevar continuamente o nvel de rendimento. Esta forma de manipulao das cargas tambm aceita como um princpio relacionado ao treinamento desportivo e conceituado como princpio da sucesso exata das cargas.

H uma grande dificuldade em predeterminar o exato esta


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