Nos primeiros dias deste mês, alguns jovens do Movimento Juvenil de Mas-samá estiveram na casa de retiros da Praia do Seixo em Santa Cruz, Torres Vedras. Foram 5 dias de muita alegria, amizade, oração, reflexão, brincadeira e união.

Foi possível encontrarmos Deus em cada um de nós, em cada dinâmica, em cada pessoa, em cada oração. Foi possível ver Deus no senhor da boina com ar severo que sorriu quando qui-semos tirar uma foto com ele. Foi pos-sível ver Deus na fogueira, na vigília da praia. Foi possível Deus no mercado, entre legumes, fruta, peixe e pessoas simples às gargalhadas. Foi possível ver Deus nas crianças a brincar na areia. Foi possível ver Deus quando estivemos vendados à procura do ca-

Paróquia São Bento Massamá

Quem é da luz não mostra a sua religião, e sim,

o seu amor.

Papa Francisco

Fala de Cristo apenas quan-do te perguntarem! Mas

vive de tal maneira que te perguntem por Cristo!

Paul Claudel

Se fosses preso por ser cris-tão, haveria provas suficien-tes para seres condenado?

David Otis Fuller

Não se preocupem com as coisas de Jesus, mas com o

Jesus das coisas.

Pe. Rui Pedro

Sê sacrário do Senhor que te escolheu e habita em ti.

Pe. Zé Miguel

Quando a vida interior se fecha nos próprios interes-ses, deixa de haver espaço

para os outros.

Papa Francisco

Não falem de Jesus de cor, mas falem de Jesus em vós

Pe. Rui Pedro

Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que nos

cansamos de pedir a sua misericórdia.

Exortação Apostólica

Evangelii Gaudium do

Santo Padre Francisco

Na última noite em Santa Cruz, centrámos a nossa oração no tema “A força do amor.” Quantas provas de amor exigimos a quem nos rodeia? E a Deus? Pedimos que nos acuda, imploramos por um sinal. Uma resposta. Uma prova de amor.

E será que nos lembramos que também devemos dar testemunho desse amor que afirmamos sentir pelo Pai?

Todos os dias somos testa-dos. Desafiados a ultrapas-sar obstáculos e vicissitudes,

incentivados a demonstrar a verdadeira essência do cristão, capaz de amar e perdoar.

Iluminados pelo Espírito Santo, rezámos para que, à semelhança da parábola do Filho pródigo (Lc 15, 11-32), também nós sai-bamos olhar uns para os outros que compreender que tão errado é pecar como não saber perdoar. E uma mão repleta de amor pode ser o primeiro passo para a reconversão.

“O amor é a única força capaz de mudar o cora-ção do homem e a huma-nidade inteira, tornando proveitosas as relações entre homens e mulheres, entre ricos e pobres, entre povos e civilizações.”

(Papa Bento XVI)

Os jovens que participa-ram nestas férias do MJM rezaram por toda a comu-nidade e por aqueles que não puderam estar pre-sentes.

Vanessa Silva

Setembro 2014 Boletim nº 22

O Movimento Juvenil de Massamá é formado por jovens crismados, cheios de alegria e vontade de crescer na fé, no seio da nossa comunidade da

Paróquia de São Bento de Massamá. www.facebook.com/movjm

Santa Cruz, 2014

minho, confiando “cegamente” em quem nos guiava. Foi possível ver Deus nas lágrimas e nas gargalhadas.

Só vemos Deus quando abrimos o coração… simples e humilde, sem preconceitos.

Neste boletim mostramos alguns dos temas trabalhados nessas férias e convidamo-vos a refletir sobre onde podem ver Deus...

Sara Gomes

O mais importante não é…

…eu procurar-Te, mas sim que Tu me procuras

por todos os caminhos (Gen 3,9);

…eu chamar-Te pelo Teu nome,

mas sim que Tu tens o meu nome marcado na palma da

Tua mão (Is 49, 16); …eu gritar-Te quando nem

palavras tenho, mas sim que Tu entras suave-

mente em mim com o Teu grito (Rom 8, 26);

...eu ter projetos para Ti, mas sim que Tu me convidas a caminhar contigo em direção

ao futuro (Mc 1,17);

…eu compreender-Te, mas sim que Tu me compreen-des até ao meu último segredo

(1 Cor 13, 12);

…eu falar de Ti com sabedoria,

mas sim que Tu vives em mim e Te aproximes à Tua maneira

(2 Cor 4, 10); …eu guardar-Te na minha

caixa de segurança, mas sim que eu sou como uma esponja no fundo do Teu ocea-

no (EE 335);

…eu amar-Te com todo o meu coração e todas as minhas

forças, mas sim que Tu me amas com todo o Teu coração e com to-das as Tuas forças (Jo 13, 1);

…eu consolar-me e planificar, mas sim que o Teu fogo arde

dentro dos meus ossos (Jer 20,9);

Porque, como é que eu seria capaz de procurar-Te, chamar-Te, amar-Te…

Se Tu não me procurasses, chamasses e me amasses

primeiro?

O silêncio agradecido é a mi-nha última palavra e a melhor

maneira de estar para Te encontrar.

perfeito; e, por último, nós humanos somos criados por Deus à sua imagem e seme-lhança, mas somos imperfeitos. Portanto, usando um racioci-no lógico, percebemos que o mundo é “quase” perfeito – a perfeição só a encontraremos na vida eterna e na plenitude com Deus. O que tornou o mundo tão imperfeito foi o pecado do Homem, na vida longe da verdadeira comu-nhão com Deus. Este mesmo pecado levou o Homem a criar guerras, desigualdades, fome. Mas, a arrogância humana culpa Deus e o mundo, porque é mais fácil do que olhar para o seu próprio pecado. Não terá sido a ganância humana a gerar o capitalismo, o consu-mismo, este mundo onde há poucos com muito e muitos com pouco? E o que fazemos

Todos nós, como seres racio-nais que somos, gostamos de questionar tudo, desde o mais simples, “Porque tenho de ir à escola? ”, ao mais complexo, “Qual é o sentido da vida?” ou “Deus existe mesmo?”. No meio destas questões existências, surge-nos uma, que nestas férias do MJM, tam-bém nos foi colocada: “Porque o mundo é imperfeito?”. O nosso grande desafio era estar no lugar de Deus e criar, de raiz, um mundo novo que fosse perfeito. Mas desta reflexão só chegámos a uma conclusão: toda a nossa capacidade racio-nal não nos permite criá-lo, pois, esta mesma capacidade torna-o imperfeito. Isto por-que nos faltam três premissas, ou esquecemo-nos delas: em primeiro, o mundo foi criado por Deus; em segundo, Deus é

nós para mudar isto? Nós real-mente queremos mudar ou simplesmente vivemos no con-formismo, culpando o mundo e até mesmo Deus? Para mim, a única conclusão possível é que, se nós quiser-mos, podemos melhorar este mundo, desde que vejamos Deus nos outros, sobretudo naqueles que estão mais próxi-mos, porque se todos pensar-mos assim, faremos deste mundo um mundo muito me-lhor. Deixemos de pensar que isto é um pensamento utópico e saibamos ser mais à imagem e semelhança de Jesus, tendo um espírito mais humilde e pronto a ajudar todos. Sai-bamos, sobretudo, ser Cris-tãos!

João Dias

Patetices? Que patetices é que nos condenam? Bem, são aquelas coisas que nós fazemos….ou deixamos por fazer. Por causa do medo, da preguiça, do ser ’social’, não conseguimos chegar onde queremos e onde precisamos.

Desafio-te a pensar nos teus grandes objetivos de vida. E nos pequenos também. Nas metas.

E agora pensa naquilo que tu fazes (ou não fazes) que te afasta do que é mesmo importante.

É difícil assumir essas falhas e voltar ao caminho? É difícil mantermo-nos fieis aos nossos so-nhos? A culpa é de quem? Dos outros que nos influenciam? Do cansaço? Do medo?

Agora reflete se Deus está nessas metas. E no caminho? Quantas vezes colocas Deus à tua frente a guiar-te? Quantas vezes te libertas do medo e te entregas à vida?

És o grande responsável pelas correntes que te impedem de ir mais longe, que te afastam do amor de Deus e dos outros. Liberta-te e segue o teu caminho...vive a vida em plenitude!

Acolhe a vida,

Deixa Deus entrar.

Ele é o Caminho,

Deixa-te guiar.

Não tenhas medo,

A Vida só quer que tu sejas feliz. Santa Cruz, 2014