Download - Morte e vida severina
Introdução
• AUTOR: JOÃO CABRAL DE MELO NETO
• ESCOLA LITERÁRIA: MODERNISMO– 3ª
GERAÇÃO
• ANO DE PUBLICAÇÃO: 1956
• GÊNERO: POESIA DRAMÁTICA
• TEMAS: MORTE, VIDA, SECA, MISÉRIA–
REGIONALISMO DE 30
Possibilidade de Análise• Atentar para os elementos básicos da
narrativa• Enredo• Espaço• Tempo
• Cronológico• Psicológico
• Narrador• Narrador-personagem (1ª.
Pessoa)• Narrador-observador (3ª. Pessoa
não interfere na história)• Narrador onisciente (3ª. Pessoa
emite opiniões sobre a história)• Personagens
• Protagonista• Antagonista• Secundários
Possibilidade de Análise• Partes da narrativa[
• Introdução• Desenvolvimento• Clímax• Conclusão
Morte e vida severina:Auto de natal pernambucano
• O que é um auto?• O Auto é uma composição
dramática que surge durante a Idade Média entre os séculos XIII e XV, na Península Ibérica, e tem como expoente o espanhol Juan Del Encina (1468-1529), seguido do exemplo maior de Gil Vicente.
Morte e vida severina:Auto de natal pernambucano
• Uso de redondilhas maiores• — Des1/de2 /que es3/tou4
/re5/ti6/ran7/dosó1/ a 2/mor3/te4/ ve5/jo a6/ti7/va,só1/ a2 /mor3/te 4/de5/pa6/rei7
e às1 /ve2/ze3/sa4/té5 /fes6/ti7/va;(CANSADO DA VIAGEM O RETIRANTE PENSA INTERROMPÊ-LA POR UNS INSTANTES E PROCURAR)
João Cabral de Melo Neto Nascido em Recife, 9 de janeiro de 1920 —
Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1999) foi
um poeta e diplomata brasileiro.
Sua obra poética, que vai de uma tendência
surrealista até a poesia popular, porém
caracterizada pelo rigor estético, com
poemas avessos a confessional e marcados
pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma
nova forma de fazer poesia no Brasil.
Morte e vida severina:Auto de natal pernambucano
• Texto encomendado por Maria Clara Machado para encenação na escola de teatro Tablado.
• Após entregue, o texto foi rejeitado.• Publicado posteriormente sem as rubricas
Morte e vida severina:O Espaço
Morte e vida severina:O Enredo
O retirante vem do sertão para o litoral, seguindo a trilha do rio Capibaribe. Quando atinge o Recife, depois de encontrar muitas mortes pelo caminho, desengana-se com o sonho da cidade grande e do mar.
Resolve então "saltar fora da ponte e da vida",
atirando-se no Capibaribe. Enquanto se prepara para morrer e conversa com seu José, uma mulher anuncia que o filho deste "saltou para dentro da vida" (nasceu).
Severino assiste ao auto de natal (encenação comemorativa do nascimento). Seu José, mestre carpina, tenta demover Severino da resolução de "saltar fora da ponte e da vida".
Morte e vida severina:O Enredo Não há menção no texto sobre tempo
Mas há a possibilidade de inferir que o tempo é cronológico, pois a caminhada demanda uma transitoriedade
Morte e vida severina:O Narrador
Narrador-personagem, em primeira pessoa
Morte e vida severina:Estrutura da obra
• 18 cenas
• Morte: capítulos 1 ao 12. Severino sai da
serra e vai para Recife, seguindo o Rio
Capibaribe. Vai para fugir da morte, mas a
encontra por todo o caminho, para seu
desespero.
• Vida: capítulos 13 ao 18. é descrito o
nascimento do filho de José, mestre carpina,
uma alusão feita ao nascimento de Jesus.
Morte e vida severina:Religiosidade
• De ambos os lados, tanto da cultura
medieval quanto da nordestina, surge a
influência do mundo religioso
• Não é, porém, um texto alieno na religião
ou que fuja do retrato severo da realidade
• A religiosidade é uma característica da
cultura nordestina, mas a poesia assume
seu aspecto o mais participante possível
quanto à temática social
Morte e vida severina:O título da obra
• Severino – sinônimo de desgraça, miséria,
fome e morte
• Diminutivo de severo
• Severino – Substantivo próprio que se
transforma em substantivo comum
Morte e vida severina:Simbolismo• Severino
• Rosário (imagem)
• Rio Capibaribe
• Mestre Carpina
Morte e vida severina:Justificativa
• Na última cena, encontramos a justificativa do título da obra
• A melhor saída é o suicídio?