MONTEIRO, Hamilton. O FEUDALISMO: ECONOMIA E SOCIEDADE. 3º ed. São Paulo: Ed. Ática. 1991. Série Princípios.
“Feudalismo é o modo de produção no qual as relações sociais de produção estão baseadas na servidão; a propriedade dos meios de produção está divida entre a classe dominante (a nobreza feudal) e a classe dominada (os servos), e o objetivo fundamental da produção é o valor de uso”.
“O camponês readquire sua condição de homem livre, mas como a economia é agrária e a terra não lhe pertence, estabelece-se entre ele (o produto direto) e o proprietário (a nobreza feudal) uma relação baseada em uma série de compromissos e obrigações”.
“Por ser proprietário dos instrumentos de trabalho, o camponês fica com parte do que produziu na faixa de terra que lhe foi cedida a título de posse. Como trabalha em uma terra que não é sua propriedade, entrega ao proprietário uma parte da produção, a título de pagamento pelo seu uso”.
“O senhor tem a obrigação de proteger seus camponeses e, regra geral, não pode expulsá-los da terra”.
- Comércio Fraco (VI-IX); Comércio se Desenvolve (X-XI).
“A Economia voltada para o valor-de-uso não significa ausência de comércio”. Havia o comércio de sal e o de artigos orientais (destinados aos nobres e alto clero).
CAP. 2 – A GÊNESE DO FEUDALISMO (p. 10)
- As forças produtivas do Império Romano se esgotam.
“No colonato o grande proprietário arrendava parcelas de suas terras e recebia a renda correspondente em dinheiro ou gêneros”.
CAP. 3 – A SÍNTESE (p. 14)
- O feudalismo é a síntese entre a civilização romana e a bárbara (germanos).
- Os romanos para evitar conflitos maiores cediam terras aos bárbaros, que as dividiam entre as famílias.
CAP. 4 – FORMAÇÕES SOCIAIS (p. 17)
“A sede do Império Carolíngio foi onde o Modo de Produção Feudal se organizou primeiro, exercendo notável influência por toda Europa”.
CAP. 5 – A PRIMEIRA IDADE FEUDAL
- O que a caracteriza é o vazio demográfico devido às guerras, invasões, subnutrição e epidemias.
- O crescimento demográfico floresceria somente VII – IX.
“Os invasores germanos não trouxeram à Europa romana nenhuma inovação técnica significativa [...] as estradas deixaram de ser cuidadas”.
“A origem da classe dominante feudal está na fusão dos grandes proprietários romanos e os chefes militares germânicos, notadamente os francos”.
“O período merovíngio e carolíngio iriam assistir ao movimento que levou esse segmento social a transformar-se no senhorio feudal” (p.29).
- No século VII, os produtores diretos estão distribuídos por três categorias principais: camponeses; proprietários livres; escravos.
CAP. 6 – A SEGUNDA IDADE MÉDIA (p. 49).
- A expansão agrícola e o aumento demográfico não podem ser dissociados das significativas inovações ocorridas no nível técnico das forças produtivas.
- O aumento da população e da produção permitira a divisão de trabalho entre cidade e campo.
- A existência de excedente estimulou a troca e a especialização do produtor.
“Há cidades que conquistaram a liberdade por meio de cartas de franquia ou que lutaram por ela, geralmente lideradas pela hansa ou guilda local”.
- O florescimento urbano pode ser explicado por fatores internos e externos: 1. INTERNOS: crescimento das forças produtivas; 2. EXTERNOS: crescimento comercial.
- As cidades se tornaram poderosos atrativos para aqueles que viviam ao redor delas.
“As cidades nasceram nos marcos do feudalismo... nasceram a partir do desenvolvimento das forças produtivas feudais”.
“O mediterrâneo vira um lago italiano entre os século XI e XIII”.
- Para DOBB: a crise se seguiu devido a “ineficiência do feudalismo como modo de produção”.
“A causa foi interna, o sistema foi incapaz de continuar a favorecer o desenvolvimento de suas forças produtivas” p. 74.
BIBLIOGRAFIA
Marc Blog. A sociedade feudal.