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Page 1: Monografia final Sistema Controle de Estoque

PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE

ESTOQUE NO ARMAZÉM DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

(UCM)

Inácio Augusto Belo

Page 2: Monografia final Sistema Controle de Estoque

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA INFORMÁTICA

PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE

ESTOQUE NO ARMAZÉM DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

(UCM)

INÁCIO AUGUSTO BELO

BEIRA

2016

Page 3: Monografia final Sistema Controle de Estoque

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA INFORMÁTICA

PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE

ESTOQUE NO ARMAZÉM DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

(UCM)

INÁCIO AUGUSTO BELO

Monografia submetida à Faculdade de

Ciências e Tecnologias, Universidade

Zambeze – Beira, como requisito parcial à

obtenção do grau de Licenciatura em

Engenharia Informática.

Orientador:

Msc. Eng. Amílcar Borráz Gonzaléz

BEIRA

2016

Page 4: Monografia final Sistema Controle de Estoque

DECLARAÇÃO

Eu, Inácio Augusto Belo declaro por minha honra que esta monografia é resultado do

meu próprio trabalho, fruto do meu esforço, da minha investigação que foi embasada na

revisão bibliográfica e está a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura na

Universidade Zambeze, Beira. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau

ou para avaliação em nenhuma outra universidade.

________________________________

Inácio Augusto Belo

_________ de ________________________2016

Page 5: Monografia final Sistema Controle de Estoque

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai Augusto Belo (em memória) e a minha mãe

Zenha Costa pelo amor e valores que me transmitiram, por sempre terem apostado em

mim e transmitido um precioso legado de boa educação, aos meus irmãos que sempre me

deram força nos momentos que mais precisei e pela amizade incondicional.

Page 6: Monografia final Sistema Controle de Estoque

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço à Deus que me deu a força e que foi sempre fiel em

tudo para que não pudesse desistir em cada momento difícil que eu passei durante a minha

formação. Em segundo, à minha família que me apoiou em todos momentos de tribulação

que passei durante a formação e desenvolvimento deste projecto. Pelo apoio que me foi

dado, em todos os anos da minha vida e durante a cada um dos momentos desta formação

superior, com muita força e dedicação, da qual foi de extrema importância para que

conseguisse chegar até este momento.

Meu agradecimento especial vai aos meus pais, que não apenas deram-me a vida,

mas também a educação necessária para a compreensão do significado de

responsabilidade e de virtude para a vida humana.

Ao meu orientador Amílcar Borráz González, pela atenção oferecida durante o

curso em cada uma das cadeiras do curso leccionadas por ele como professor e em

especial no desenvolvimento deste trabalho, sempre contribuindo com seus

conhecimentos e conselhos nos momentos de dificuldades durante o percurso.

Page 7: Monografia final Sistema Controle de Estoque

EPÍGRAFE

“Todo mundo deveria saber como programar um computador porque isso ensina você

como pensar”.

Steve Jobs

Page 8: Monografia final Sistema Controle de Estoque

SUMÁRIO

RESUMO .......................................................................................................................... I

ABSTRACT ....................................................................................................................... II

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... III

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... V

LISTA DE SIGLA E ABREVIATURAS ...................................................................... VI

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

METODOLOGIA ............................................................................................................. 5

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 9

1.1 FUNDAMENTAÇÃO DO PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO DE

ARMAZÉNS ................................................................................................................. 9

1.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ..................................................................... 11

1.3 A RELAÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÃO COM O SI ............................. 15

1.4 NÍVEIS E TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................. 16

1.5 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES ............................................... 18

1.5.1 CONTROLE DE ESTOQUE ................................................................... 18

1.5.2 ESTOQUE ................................................................................................ 19

1.5.3 FUNÇÕES DE ESTOQUE ...................................................................... 20

1.5.4 CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES ....................................................... 20

1.5.5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE ...................................... 21

Page 9: Monografia final Sistema Controle de Estoque

1.6 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO ACTUAL DO PROCESSO DE

INFORMAÇÃO DO ARMAZÉM .............................................................................. 22

1.6.1 PROPOSTA DO TRABALHO ................................................................ 24

1.6.2 POR QUE USAR O SISTEMA PROPOSTO? ........................................ 24

1.7 PRINCIPAIS TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS ............. 25

1.8 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ............... 37

1.8.1 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO TRADICIONAIS ...... 38

1.8.2 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO ÁGEIS ....................... 42

1.8.3 COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS ....................................... 44

1.9 CONCLUSÕES DO CAPÍTULO ..................................................................... 45

CAPÍTULO II – DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA ............................................. 47

2.1 REQUISITOS FUNCIONAIS DO SISTEMA ................................................. 47

2.2 REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS DO SISTEMA ....................................... 49

2.3 ACTORES DO SISTEMA ............................................................................... 50

2.4 DIAGRAMAS DE CASO DE USO DO SISTEMA ........................................ 50

2.5 DIAGRAMA DE ACTIVIDADES .................................................................. 64

2.6 DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA ...................................................................... 66

2.7 DIAGRAMA DE CLASSES DO SISTEMA ................................................... 67

2.8 DIAGRAMA ENTIDADE RELACIONAL DO SISTEMA ............................ 69

2.9 DIAGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ....................................... 70

Page 10: Monografia final Sistema Controle de Estoque

2.10 APLICAÇÃO DO SISTEMA ....................................................................... 72

2.10.1 UTILIZAÇÃO DO SISTEMA ................................................................. 72

2.10.2 ACESSO AO SISTEMA .......................................................................... 72

2.10.3 TELA INICIAL DO SISTEMA ............................................................... 73

2.11 CONCLUSÕES DO CAPÍTULO ................................................................. 77

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 78

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 80

ANEXOS ........................................................................................................................ 84

ANEXO I ..................................................................................................................... 84

ANEXO II ................................................................................................................... 86

ANEXO III .................................................................................................................. 87

ANEXO IV .................................................................................................................. 88

Page 11: Monografia final Sistema Controle de Estoque

I

RESUMO

Nos últimos dias, as empresas ou organizações têm demandado pela tecnologia de

informação para continuarem mais competitivas e organizadas. Utilizando os sistemas de

informação, as empresas obrigatoriamente estão a deixar de usar padrão departamental e

a engrenar para um padrão integrado de gestão e produção. Em consonância com isso,

nos últimos dias, os sistemas de informação estão a passar por um crescimento

assinalável, com vista a atender as necessidades que o mercado dia após dia relata. A

inexistência de um sistema informatizado para este controle tem ocasionado muitas

inconsistências e redundância de informação, além de atrasos para se obter informações

importantes para a tomada de decisões. Nesta vertente, a utilização de um sistema de

controle é imperiosa para permitir a integridade da informação do armazém, permitindo

assim a organização de informação de uma maneira racional, ágil e principalmente para

recuperar esta informação e distribuí-la a quem precisa, tornando assim a rotina do

trabalho mais ágil e eficiente. A presente monografia tem como objectivo o

desenvolvimento de um sistema para controle de estoque de modo a informatizar as

principais actividades do armazém, provendo as informações armazenadas, condições

para um controle de estoque mais aperfeiçoado, preciso e verídico. O sistema abarca as

funcionalidades como Autenticação de Utilizador, Cadastro de Material, Gestão de

estoque, Gestão de requisição, Gestão de Entradas e Emissão de Relatórios. O sistema foi

implementado na linguagem Java por meio de um IDE NetBeans 8.1, com programação

orientada a objectos.

Palavras Chaves: Sistema de Informação, Estoque, Controle de Estoque,

Metodologias de Desenvolvimento de Software e Extreme Programming.

Page 12: Monografia final Sistema Controle de Estoque

II

ABSTRACT

In recent days, the companies or organizations have sued by information

technology to continue more competitive and organized. Using the information systems,

companies are compulsorily to cease using standard departmental and engage for a

standard integrated management and production. In line with this, in recent days, the

information systems are going through a strong growth, with a view to meet the needs

that the market day after day reports. The lack of a computerized system for this control

has caused many inconsistencies and redundancy of information, besides delays to get

important information for decision making. In this aspect, the use of a system of control

is imperative to allow the integrity of the Information Warehouse, thus allowing the

organization of information in a rational manner, agile and mainly to retrieve this

information and distribute it to those who need it, thus making the routine of work more

efficient and responsive. This monograph has as its objective the development of a system

for the control of inventory to computerize the main activities of the warehouse, providing

the information stored, the conditions for a more streamlined inventory control, accurate

and truthful. The system covers the features such as User Authentication, Register of

material, inventory management, Requisition Management, Management of entries and

reporting. The system was implemented in the Java language through a NetBeans IDE

8.1, with objects oriented programming.

Key words: Information System, inventory, inventory control, methodologies of Software

Development and Extreme Programming.

Page 13: Monografia final Sistema Controle de Estoque

III

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: FUNÇÕES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO. .................................................. 12

FIGURA 2: CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DA INFORMAÇÃO .......................................... 16

FIGURA 3: MODELO CLIENTE/SERVIDOR.. ....................................................................... 30

FIGURA 4: DIAGRAMA DE CASOS DE USO ........................................................................ 34

FIGURA 5: EXEMPLO DE DIAGRAMA DE ACTIVIDADES .................................................... 35

FIGURA 6: EXEMPLO DE DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA. ....................................................... 35

FIGURA 7: EXEMPLO DE DIAGRAMA DE CLASSES.. .......................................................... 36

FIGURA 8: EXEMPLO DE DIAGRAMA DE IMPLANTAÇÃO ................................................... 37

FIGURA 9: FASES DO PROCESSO UNIFICADO (RUP) ......................................................... 41

FIGURA 10: DIAGRAMA DE CASOS DE USO DO SISTEMA. ................................................. 51

FIGURA 11: DIAGRAMA DE CASOS DE USO GERIR ENTRADAS E REQUISIÇÕES. ................. 52

FIGURA 12: DIAGRAMA DE CASOS DE USO DE GERIR ESTOQUE E EMITIR RELATÓRIOS. .... 53

FIGURA 13: DIAGRAMA DE ACTIVIDADES DO CASO DE USO GERIR REQUISIÇÃO. ............. 65

FIGURA 14: DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA DA GESTÃO DE REQUISIÇÃO. .............................. 66

FIGURA 15: DIAGRAMA DE CLASSES DO SISTEMA. .......................................................... 68

FIGURA 16: MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO DO SISTEMA. .................................. 70

FIGURA 17: DIAGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA. ................................................. 71

FIGURA 18: TELA DE ACESSO AO SISTEMA. ..................................................................... 72

FIGURA 19: TELA DE AUTENTICAÇÃO COM DADOS DO UTILIZADOR INCORRECTOS. ........ 73

FIGURA 20: TELA INICIAL DO SISTEMA SICE.. ................................................................ 74

FIGURA 21: TELA DE CADASTRO DE REQUISIÇÃO. ........................................................... 75

Page 14: Monografia final Sistema Controle de Estoque

IV

FIGURA 22: TELA DE CADASTRO DE ENTRADA DE MATERIAL. ......................................... 75

FIGURA 23: RELATÓRIO DE REQUISIÇÃO DE MATERIAL. .................................................. 76

FIGURA 24: RELATÓRIO DA ENTRADA DE MATERIAL. ..................................................... 76

Page 15: Monografia final Sistema Controle de Estoque

V

LISTA DE TABELAS

TABELA 1: CASO DE USO AUTENTICAR UTILIZADOR........................................................ 55

TABELA 2: CASO DE USO ALTERAR SENHA.. .................................................................... 55

TABELA 3: CASO DE USO GERIR ENTRADAS..................................................................... 57

TABELA 4: CASO DE USO GERIR REQUISIÇÕES.. ............................................................... 58

TABELA 5: CASO DE USO CRIAR MATERIAL.. ................................................................... 59

TABELA 6: CASO DE USO ALTERAR MATERIAL.. .............................................................. 60

TABELA 7: CASO DE USO PESQUISAR MATERIAL.. ........................................................... 61

TABELA 8: CASO DE USO EXCLUIR MATERIAL. ................................................................ 61

TABELA 9: CASO DE USO CRIAR NOVO UTILIZADOR.. ..................................................... 62

TABELA 10: CASO DE USO ALTERAR UTILIZADOR.. ......................................................... 62

TABELA 11: CASO DE USO EXCLUIR UTILIZADOR.. .......................................................... 63

TABELA 12: CASO DE USO SAIR DO SISTEMA.. ................................................................. 64

Page 16: Monografia final Sistema Controle de Estoque

VI

LISTA DE SIGLA E ABREVIATURAS

EA Enterprise Architect

ERP Enterprise Resources Planning

FIFO First In, First Out

FCS Faculdade de Ciências de Saúde

IDE Integrated Development Environment

JEE Java Enterprise Edition

JSE Java Standard Edition

LIFO Last In, Last Out

PHP Hypertext Preprocessor

PEPS Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair

RUP Rational Unified Process

RN Regra de Negócio

RF Requisito Funcional

RNF Requisito Não Funcional

TI Tecnologia de Informação

SI Sistema de Informação

Page 17: Monografia final Sistema Controle de Estoque

VII

SICE Sistema de Informação para Controle de Estoque

SQL Strutured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada)

SPT Sistemas de Processamento de Transações

SIG Sistemas de Informações Gerenciais

SAD Sistemas de Apoio a Decisão

SGC Sistemas de gestão de conhecimentos

SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SAE Sistemas de apoio ao executivo

UEPS Último a Entrar, Primeiro a Sair

UML Unfied Modified Language (Linguagem de Modelagem Unificada)

XP Extreme Programing

Page 18: Monografia final Sistema Controle de Estoque

1

INTRODUÇÃO

Nos dias que correm, a informação é considerada o bem mais precioso de uma

organização. Informação esta que estando permanentemente actualizada, correcta e

relevante contribui para uma maior competitividade, o que, num mundo empresarial com

níveis de concorrência nunca antes atingidos, pode significar a diferença entre o lucro e

o prejuízo. Para além das características da actualidade, da correcção e da relevância, a

informação deve estar sempre disponível e interpretável, para que esta possa fazer parte

do processo de tomada de decisão de um modo eficaz. Com isso, qualquer organização

que queira destacar-se da concorrência e assim segurar o seu sucesso, terá que investir

nos seus métodos de controle da sua informação. A melhor forma de o fazer, é sem dúvida

reforçar a qualidade e eficiência no controle da informação, de forma a reforçar a

flexibilidade das actividades da empresa.

Uma das maneiras de aumentar a flexibilidade das actividades se demonstra a

partir do ambiente da empresa, a organização que ela mantém, bem como pela

preocupação que a empresa tem em investir nos métodos de controle desde de seus

processos até a informação. Cada vez mais cresce o número de empresas que buscam

novas tecnologias e aplicativos para melhor organizar e inovar seu negócio, tornando

desta forma uma melhor maneira de bem controlar a sua informação. A inovação no

negócio pode ser uma grande oportunidade para crescer, e principalmente para manter os

dados dos serviços prestados e informação bem organizados e acessíveis. Actualmente

vive-se um momento em que a gestão da informação é extremamente importante para

todo e qualquer tipo de negócio, desde grandes empresas ou instituições até mesmo as de

Page 19: Monografia final Sistema Controle de Estoque

2

pequeno porte. Porém, pequenas empresas têm grande dificuldade em gerir seu negócio

por falta de um sistema que faça isso e mantenha as informações actualizadas.

De acordo com (Sêmola, 2003) a informação representa a inteligência competitiva

dos negócios e é reconhecida como activo crítico para continuidade operacional e saúde

empresarial. A informação e o conhecimento serão os diferenciais das empresas e dos

profissionais que pretendem destacar-se no mercado e manter a sua competitividade

(Rezende e Abreu, 2000). Neste contexto, as empresas já perceberam que o domínio da

tecnologia como aliado para fazer face a gestão da informação é vital. No entanto, dispor

da informação correcta, na hora adequada, significa tomar uma decisão de forma ágil e

eficiente. Por conta da evolução dos sistemas, a informação ganhou a mobilidade,

inteligência e real capacidade de gestão.

Com o aumento da procura pela eficiência, consequentemente as organizações são

obrigadas a sofisticar as suas ferramentas de trabalho com vista a fazer face a vantagem

competitiva que é exigida pelo mercado empresarial. Verifica-se que hoje a maioria das

empresas continua a utilizar métodos obsoletos, onde o uso de papel como suporte de

registo de informação é a principal característica, razão pela qual contribui para existência

de algumas limitações de gestão de informação e fornecimento de mais serviços.

Diante das incessantes mudanças é necessário que as empresas tenham

flexibilidade, dinamismo, agilidade, adaptabilidade, persistência contínua para obterem

melhores resultados das suas actividades, pois continuarão no mercado somente aquelas

que estiverem munidas de recursos para a gestão eficiente de seus negócios.

A complexidade do mercado a cada dia está mais acirrada, de forma que as

empresas busquem continuamente inovações tecnológicas e de gestão com o intuito de

Page 20: Monografia final Sistema Controle de Estoque

3

diminuírem custos e aprimorarem a qualidade de seus produtos, focalizando suas atenções

na obtenção de vantagem competitiva.

Levando em consideração a esses aspectos, o sistema de controle de estoque é de

extrema importância para o bom desempenho das actividades das empresas,

principalmente para o armazém da FCS, neste âmbito torna-se necessário que estas

invistam em sistemas de informação para reduzir problemas correlacionados ao uso do

papel como suporte de registro da informação.

Delimitação do problema

Como forma de delimitação do contexto de estudo, esta monografia está baseada

na Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Católica de Moçambique Beira,

concretamente no armazém da Faculdade no qual ainda emprega técnicas obsoletas, pelo

que, diante do cenário actual, a partir de um estudo profundo deste tema e com a aplicação

de entrevista feita ao gestor do armazém (VER ANEXO I), foram identificadas as

seguintes manifestações fácticas:

Limitações na emissão de relatórios;

Uso de métodos obsoletos no registro de informação do material.

De acordo com as manifestações fácticas encontradas, se identifica o seguinte

Problema de investigação:

Limitação no armazenamento e registro de informação do material,

impossibilitando a sua segurança e confiabilidade.

As manifestações e o problema anteriormente identificados são consequências de

muitas causas, das quais podem ser citadas algumas como:

Page 21: Monografia final Sistema Controle de Estoque

4

Ineficiência do método em uso para fazer o registro de informação do material

comprometendo a segurança e confiabilidade da informação;

Limitação da metodologia em uso para manusear grandes volumes de informação,

o que limita o processo de registro e armazenamento de informação dificultando

assim o processo de busca de informação;

Limitações no registro e acesso as informações.

Portanto, para dar solução a este problema, torna-se necessário fazer um estudo

profundo sobre o processo de informatização do armazém da Faculdade de Ciências de

Saúde, que é declarado como objecto de estudo. Trata-se de um objecto de estudo amplo,

sendo assim, esta monografia centra-se num sistema de controle de estoque no armazém

da Faculdade de Ciências de Saúde.

O campo de acção da presente monografia declara-se como o processo de

implementação de um sistema de controle de estoque.

O objectivo geral da investigação é desenvolver um sistema de controle de

estoque no armazém da Faculdade de Ciências de Saúde.

Em consonância com o objectivo do estudo no processo da realização da

investigação se realizarão os seguintes objectivos específicos:

Fundamentar epistemologicamente sobre o processo de informatização de

armazéns, as tecnologias a serem utilizadas e a linguagem de modelação

unificada;

Caracterizar o estado actual do processo de informação do armazém da Faculdade

de Ciências de Saúde da Universidade Católica de Moçambique – Beira;

Desenvolver um sistema de controle de estoque e a sua aplicação.

Page 22: Monografia final Sistema Controle de Estoque

5

Em consonância com o problema, objectivo e campo de acção se estabelece a

seguinte Hipótese de investigação:

Desenvolvendo-se um sistema de controle de estoque no armazém da Faculdade

de Ciências de Saúde, vai proporcionar maior dinamismo no armazenamento e registro

de informação e ainda aumentará a segurança e confiabilidade da informação.

A justificativa deste estudo encontra-se nas dificuldades vivenciadas pelo gestor

do armazém com o método actual no gerenciamento das actividades correlacionadas ao

armazenamento da informação do material, devido à este método não atender grande parte

das principais necessidades que o armazém possuí. Portanto, com a implementação de

um sistema de controle de estoque servirá para um maior controle de todos os itens que

armazém possui, tendo assim a noção do que deve ser remanejado e/ou comprado para

completar o estoque.

METODOLOGIA

Definições propostas por Lakatos e Marconi (2004) conceituam a metodologia

como sendo uma maneira de como se procede ao longo de um caminho, a forma como

são seleccionadas as técnicas de avaliação para se atingir um resultado. As técnicas

utilizadas par o levantamento de informações e elaboração da actividade, a presente

pesquisa é de natureza exploratória.

Em referência aos estudos exploratórios os mesmos não elaboram hipóteses que

são testadas no trabalho com a finalidade de definir objectivos ou buscar informações

sobre determinado assunto, portanto a finalidade da pesquisa exploratória é realizar

descrições precisas da situação que está ocorrendo e, além disso, visa descobrir as

relações existentes entre os factos que estão ocorrendo (CERVO, BERVIAN, 2002). A

Page 23: Monografia final Sistema Controle de Estoque

6

seguir descrevem-se os métodos e as técnicas de levantamentos de requisitos utilizadas

para a implementação deste projecto:

Entrevistas

A entrevista é uma das técnicas tradicionais mais simples de utilizar e que produz

bons resultados na fase inicial de obtenção de dados. Convém que o entrevistador dê

margem ao entrevistado para expor as suas ideias. É necessário ter um plano de entrevista

para que não haja dispersão do assunto principal e a entrevista fique longa, deixando o

entrevistado cansado e não produzindo bons resultados. Foi entrevistado ao gestor do

armazém, com o objectivo de colher informações a respeito do nível actual da

metodologia de registro de informação relacionada a entrada e requisição do material.

Etnografia

É uma técnica de observação que pode ser usada para compreender os requisitos

sociais e organizacionais. Um analista de sistema se insere no ambiente de trabalho onde

o sistema será usado. Esta técnica é embasada na observação do trabalho diário e anotam-

se as tarefas reais nas quais os participantes estão envolvidos. A vantagem desta técnica

está na ajuda que presta aos analistas para descobrir os requisitos implícitos de sistema

que reflectem os processos reais, e não os formais, com os quais as pessoas estão

envolvidas. Esta técnica tem algumas desvantagens como, o desperdício de tempo e o

analista pode ser induzido a erro sem suas observações. Mas de uma maneira geral a

técnica de observação é muito útil e muitas vezes usada para complementar as descobertas

obtidas por outras técnicas.

Revisão bibliográfica

Baseada na leitura de todo material no qual abordava assuntos relacionados com

o tema da monografia.

Page 24: Monografia final Sistema Controle de Estoque

7

Estrutura da monografia

A presente monografia está estruturada em introdução, três capítulos, referências

bibliográficas e anexos:

Na introdução apresenta-se de uma forma geral sobre o contexto da monografia,

o problema, objecto de estudo, campo de acção e objectivos a serem alcançados.

Capítulo 1. Fundamentação Teórica: neste capítulo dedica-se ao

desenvolvimento da fundamentação teórica em que primeiramente apresenta-se o

processo de informatização de armazéns, a definição de sistemas de informação, suas

principais características, uma breve descrição sobre a teoria geral de sistemas, os

principais tipos de sistemas de informação existentes, definição de controle de estoque,

estoque, suas funções, classificações e métodos de avaliação de estoque. Em seguida é

apresentada a caracterização actual do processo de informação do armazém da Faculdade

e por fim apresenta-se a definição de tecnologias que foram utilizadas no trabalho bem

como a linguagem de modelação unificada utilizada no desenho do sistema. Também este

capítulo aborda acerca das metodologias de desenvolvimento de software, no qual faz-se

um estudo comparativo de metodologias actuais de desenvolvimento de software, através

deste estudo propõe-se a metodologia a aplicar na implementação deste projecto.

Capitulo 2. Desenvolvimento de sistema: neste capítulo dedica-se a estruturação

do sistema desenvolvido, desde a definição dos requisitos do sistema até a elaboração de

diagramas UML que colaboraram para a especificação, documentação e refinamento de

requisitos elicitados visando assim à implementação do sistema de forma que ele

realmente possa atender as necessidades que o armazém possui. Também neste capítulo

é apresentado o sistema desenvolvido para o armazém da faculdade, mostrando assim os

principais formulários do sistema desenvolvido.

Page 25: Monografia final Sistema Controle de Estoque

8

Capítulo 3. Conclusões e recomendações: neste capítulo são apresentadas as

conclusões finais, as recomendações a seguir e subsequentemente são apresentadas as

referências bibliográficas, são demonstrados em apêndices e anexos documentos

utilizados para a elaboração deste projecto.

Page 26: Monografia final Sistema Controle de Estoque

9

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para melhor entendimento das características do sector que esta monografia está

inserida, foram realizadas pesquisas, dentre outros, sobre sistemas de informação e seus

variados tipos existentes, sistemas integrados de gestão, incluindo também a

caracterização actual do processo de informação do armazém.

Na primeira secção desse capítulo é apresentada a fundamentação epistemológica

sobre o processo de informatização de armazéns. A segunda secção desse capítulo

introduz sistemas de informação, a relação de dados e informações, bem como as

tecnologias que serão utilizadas. Também se aborda de conceitos de UML que serão

utilizados no desenvolvimento do sistema proposto.

1.1 FUNDAMENTAÇÃO DO PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO DE

ARMAZÉNS

Segundo o dicionário Aurélio (2004) informatizar quer dizer adaptar métodos

tradicionais de trabalho ou actividade ao uso de sistemas computadorizados.

Hoje em dia, o computador é uma ferramenta de trabalho quase que indispensável,

pois ele está presente em vários ramos da actividade humana.

Num mundo globalizado e cada vez mais competitivo, é essencial que as pessoas

pertencentes à população economicamente activa, dominem as funções básicas de

informática, tendo em vista que a expansão de sectores da economia como o terciário, fez

Page 27: Monografia final Sistema Controle de Estoque

10

aumentar o uso de computadores, por isso não podemos mais ignorar a presença dessa

ferramenta tão útil em nosso dia-a-dia.

Portanto, com a necessidade de criar ferramentas que facilitassem o seu trabalho

diário, o homem passou a aprimorar cada vez mais os computadores, pois a sua utilização

não apenas poupa tempo e dinheiro, mas também permite a possibilidade de um controle

cada vez melhor de estoques, informações, serviços etc.

Por muito tempo o homem produziu, criou ou simplesmente modificou seu habitat

de forma directa sem um controle áspero do trabalho, delegando "missões" a pessoas e

esperando a resposta, que por vezes se fazia demorada. Entretanto com o advento do

computador, o trabalho se tornou mais ágil e com resposta imediata.

Nisto as pessoas têm a necessidade de conhecer esta nova ferramenta de trabalho

que não só está inserida na forma de computadores de mesa (desktop), mas também como

consoles de comando de máquinas especializadas de diversas ocupações, tais como: robôs

médicos, máquinas exploradoras, controles de caminhões. (SAMPAIO, 1999).

Muitas empresas ainda acreditam que informatizar é um simples facto de fazer a

expansão de computadores e impressoras pelas unidades departamentais da empresa,

ligando-os em rede e instalando sistemas ou aplicativos, possa informatizar as mesmas.

Para que a informatização seja levada a cabo é imperioso que a empresa esteja organizada

em todos seus sectores. O maior erro que a maioria das empresas comete no processo da

informatização da sua informação ou dos seus processos é de não descobrir ou conhecer

as reais necessidades que possuem.

O primeiro passo no caminho para a informatização é conhecer e definir as reais

necessidades da empresa. É fundamental para o sucesso da informatização que a empresa

já tenha estabelecido o costume de promover controles, sejam eles administrativos ou

Page 28: Monografia final Sistema Controle de Estoque

11

financeiros, fazendo com que os funcionários, comprometidos com a empresa, realizem

os diversos processos de captura das informações e a análise de resultado, dentro dos

critérios previamente estabelecidos. Desta forma, para que haja a informatização é

imperioso que as empresas estejam organizadas para facilitar o processo de

informatização, visto que esta organização engloba o conhecimento e definição das reais

necessidades da empresa.

Por isso, um sistema informatizado proporcionará ao armazém maior dinamismo,

agilidade e precisão no controle de estoque, total de entrada e saída de material. Torna-se

então necessário o desenvolvimento de um sistema que armazene de forma confiável, as

informações do material, entrada e requisição do material provendo, sempre que

necessário, relatórios de entrada, requisição e estoque.

1.2 Sistemas de informação

De acordo com (LAUDON & LAUDON, 2007, p.9), um sistema de informação

pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados

que colectam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informação destinadas

a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Os

sistemas de informação além de dar apoio à tomada de decisões, coordenação e ao

controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar os

problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. Os sistemas de

informação contêm informações sobre pessoas, locais e itens significativos para a

organização ou o ambiente que o cerca.

Três actividades em um sistema de informação produz as informações de que as

empresas necessitam para tomar decisões, controlar operações, analisar problemas e criar

novos produtos ou serviços. Essas actividades são a entrada, o processamento e a saída.

Page 29: Monografia final Sistema Controle de Estoque

12

A entrada captura ou colecta dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente

externo. O processamento converte esses dados brutos em uma forma mais significativa.

A saída transfere as informações processadas às pessoas que utilizarão ou às actividades

nas quais elas serão empregadas. Os sistemas de informação também requerem um

feedback (realimentação), que é a saída que retorna a determinados membros da

organização para ajudá-los a avaliar ou corrigir o estágio de entrada.

Figura 1: Funções de um sistema de informação. Fonte: (Laudon & Laudon, 2007)

Um sistema de informação possui como principais objectivos armazenar, tratar e

fornecer informações visando ser um subsídio de apoio ao processo de tomada de decisões

nas organizações. Com a expansão de sua utilização ocorrida nos últimos tempos eles se

tornaram condição vital para que ela possa obter melhor controle de parte ou todos os

processos empregues na organização colaborando para a ocorrência de melhorias em sua

gestão. (RIBEIRO, 2012).

Page 30: Monografia final Sistema Controle de Estoque

13

A informação ocupa um papel estratégico vital nas organizações permitindo que

elas possam obter vantagem competitiva em relação á seus concorrentes. Entretanto para

isso é fundamental que haja qualidade nas informações que elas adquiriram, devido a ela

possuir grande importância nos resultados que serão obtidos no processo de tomada de

decisões na organização. (FERAUCHE, 2006).

A informação pode ser caracterizada como o principal activo de uma empresa. Ela

por ser um recurso intangível faz com que se torne difícil mensurar o valor que esta pode

agregar as organizações. Desta forma, é de grande importância que as empresas valorizem

cada vez mais as informações, por representarem um papel de suma importância na gestão

organizacional. (RIBEIRO, 2012).

Com base nas leituras realizadas pode se considerar que a informação hoje é um

bem precioso nas organizações, visto que ela se tornou num quarto poder no mundo.

Desta feita, quem tem informação nos dias de hoje tem o poder nas mãos isto pela sua

extrema importância que vem ganhando nas organizações e no mundo. Por isso a

informação deve estar sempre actualizada e disponível com vista a facilitar os gestores

sêniores da organização ou empresa na tomada de decisões e ainda com informação

actualizada e disponível a empresa estará em altura para competir com as outras em pé de

igualdade. Pode-se ressaltar ainda que hoje a informação tornou-se numa cereja para

organizações ou empresas ajudando-as assim a manterem a sua vantagem competitiva no

mercado.

Conforme (FERAUCHE, 2006) um sistema de informação engloba vários

elementos dentre eles destacam-se:

Hardware: conjuntos de equipamentos que permitem com que os dados sejam

recolhidos, tratados e armazenados.

Page 31: Monografia final Sistema Controle de Estoque

14

Software: conjunto de programas que permitem com que seja realizado o

tratamento de dados, transformando-os em informações.

Organização: é responsável por determinar à forma como são organizados os

processos e as pessoas para o tratamento armazenamento da informação.

Pessoas: responsáveis por realizar o tratamento e a utilização das informações,

sem que para isso seja necessário o uso de qualquer equipamento.

Output: é produto final, em suma a informação organizada de forma lógica e útil

para empresa.

A maioria das pessoas ou empresas acha que o sistema de informação é composto

de hardware e software, mas na verdade o sistema de informação é mais do que hardware

e software, ele é composto de um subsistema social e automatizado. O subsistema social

corresponde as pessoas, processos informações e documentos. O subsistema

automatizado este diz respeito aos meios automatizados (máquinas, computadores, redes

de comunicação) que interligam os elementos do subsistema social.

Por isso, o SI é algo mais que um software ou hardware, pois além de incluir o

hardware e software, também inclui processos e seus agentes que são executados fora das

máquinas. Convém frisar que o conceito de sistemas de informação costuma ser

equiparado com os de sistemas informáticos, pois os dois sistemas são bem diferentes e

com objectivos totalmente diferentes. Em todo o caso, os sistemas de informação tratam

do desenvolvimento e da administração da infraestrutura tecnológica de uma organização.

Um Sistema de Informação não precisa ter essencialmente computadores envolvidos,

basta ter várias partes trabalhando entre si para gerar informações. Com isso, um sistema

de informação pode ser entendido como a comunicação de vários elementos entre si

permitindo assim a entrada, processamento e saída de informação.

Page 32: Monografia final Sistema Controle de Estoque

15

Ele pode ser tanto manual quanto baseado em TI, ou uma combinação dos dois.

Acontece que um sistema de informação complexo, dificilmente sobrevive actualmente

sem que esteja informatizado, o que por si só, não elimina o factor humano no processo.

Pois é através da interação dos componentes da tecnologia de informação com o

componente humano que faz com que o sistema de informação tenha funcionalidade e

utilidade para organização.

1.3 A relação de dados e informação com o SI

De acordo com (LAUDON & LAUDON, 2007, p.9) informação são dados

apresentados em uma forma significativa e útil para os seres humanos. Dados define como

sequências de factos brutos que representam eventos que ocorrem nas organizações ou no

ambiente físico, antes de terem sido organizados e arranjados de uma forma que as

pessoas possam entendê-los e usá-los.

Para (FERAUCHE, 2006) no momento em que se identificam as metas da

organização, elas devem ser claras e concisas para que os sistemas de informação possam

alcançar a sua principal finalidade que é fornecer dados organizados, processados e

tratados visando auxiliarem as organizações nos processos de tomadas de decisões com

o mínimo de riscos possíveis nos níveis gerenciais, táticos e operacionais. Desta forma,

posteriormente objectivos específicos podem ser traçados para uma grande variedade de

setores, definindo claramente que eles não podem estar acima das metas da organização;

mas também agregando para que elas possam ser alcançadas com êxito. Dentre alguns

dos principais benefícios que podem ser desencadeados se este processo de implantação

e gerenciamento do sistema de informação for bem-sucedido é de grande relevância

ressaltar:

Redução de custos;

Page 33: Monografia final Sistema Controle de Estoque

16

Expansão da qualidade de serviços e produtos;

Aumento da oferta e consequente satisfação do cliente;

Abertura de novos nichos de mercado.

1.4 Níveis e tipos de sistemas de informação

Para (SANTOS, 2009), os sistemas de informação nas organizações podem ser

aplicados nos níveis operacional, conhecimento, gerencial e estratégico. Os sistemas de

nível operacional visam apoiar as empresas no acompanhamento de suas actividades

rotineiras devem oferecer informações de fácil acesso com um alto grau de precisão. Os

sistemas de nível do conhecimento devem auxiliar as organizações na integração de novas

tecnologias para ajudar na forma que ela se organiza. Os sistemas de nível gerencial visam

atender as actividades que envolvem monitoração, controle e tomada de decisões. Os

sistemas de nível estratégico visam auxiliar a empresa na elaboração de seu planeamento

á longo prazo.

A Figura 2 representa os níveis mencionados, os grupos que eles atendem dentro

das organizações e as diferentes áreas funcionais atendidas.

Figura 2: Classificação dos sistemas da informação. Fonte: (SANTOS, 2009)

Page 34: Monografia final Sistema Controle de Estoque

17

Segundo (LAUDON & LAUDON, 2007), existe uma grande variedade de tipos

de sistema de informações que possuem objectivos distintos dentro do contexto

organizacional em que ele está implantado. Vale ressaltar, que não há nada que

impossibilite que um determinado SI utilizado por uma empresa seja classificado em mais

do que um tipo.

A seguir apresenta-se uma descrição das características de alguns dos principais

tipos de sistemas de informação existentes:

Sistemas de Gestão Empresarial Integrada (ERPs): são responsáveis por

realizar a integração de inúmeros sistemas rotineiros ou transacionais de uma

empresa. Eles são utilizados com muita frequência no âmbito corporativo para

que diversos sectores possam trabalhar de maneira integrada e assim auxiliando

na agilização da execução dos processos organizacionais.

Sistemas de Processamento de Transações (SPTs): são sistemas

computadorizados que realizam e registram as transações rotineiras necessárias

ao funcionamento da empresa. Estes sistemas têm como principal objectivo

responder as perguntas de rotina e monitorar o fluxo de transações dentro da

organização.

Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs): são sistemas que atendem aos

gerentes de nível médio da organização. Possuem como principal objectivo de

proporcionar relatórios sobre o desempenho corrente da organização.

Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): são os que ajudam os gerentes de nível

médio a tomar decisões não usuais. São responsáveis por receber um conjunto de

alternativas que possam auxiliar na realização do processo de tomada de decisões

visando solucionar determinado problema e efetuar uma análise das

Page 35: Monografia final Sistema Controle de Estoque

18

consequências que cada alternativa pode resultar. Diferentemente do SIG o SAD

é um sistema interativo, em que o usuário fornece a entrada das diferentes

alternativas e este irá auxiliar a subsidiar a decisão á ser tomada por ele sem

escolher a melhor alternativa dentre a lista de entrada fornecida.

Sistemas de gestão de conhecimentos (SGCs): são os sistemas que permitem às

organizações administrar melhor seus processos, a fim de capturar e aplicar

conhecimentos e expertise. Esses sistemas colectam todo o conhecimento e a

experiência relevantes na empresa e os tornam disponíveis onde e quando forem

necessários para melhorar os processos de negócios e as decisões administrativas.

Sistemas de apoio ao executivo (SAEs): são os que ajudam a gerência sênior a

tomar decisões. Eles proporcionam capacidade generalizada de computação e

comunicações que pode ser aplicada a um conjunto de problemas em constante

alteração.

1.5 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES

Os sistemas de controle de estoques processam dados que reflectem em mudanças

nos artigos em estoque. Há que frisar que os sistemas de controle de estoques minimizam

os gastos, investimentos excessivos e desnecessários evitando deste modo prejuízos no

processo produtivo e crescimento dos custos das empresas. Para isso as empresas são

desafiadas a se aliarem com os modelos de sistemas de controle de estoques com vista a

controlar o seu estoque.

1.5.1 Controle de estoque

O controle de estoques é o procedimento adoptado para registrar, fiscalizar e gerir

a entrada e saída de mercadorias e produtos, seja numa indústria ou no comércio. O

Page 36: Monografia final Sistema Controle de Estoque

19

controle de estoque deve ser utilizado tanto para matéria prima, mercadorias produzidas

e/ou mercadorias vendidas.

O Controle de estoques exerce influência muito grande na rentabilidade da

empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras

maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que

qualquer outro projecto de investimento da empresa. Sendo um importante papel na fase

administrativa, pois através desse estoque e que é possível saber o quanto se pode comprar

o que comprar para não chegar ao desperdício de matérias ou até mesmo da falta de

material em estoque.

O objectivo do controle de estoque é também financeiro, pois a manutenção de

estoques é cara e o gerenciamento do estoque deve permitir que o capital investido seja

minimizado. Ao mesmo tempo, não é possível para uma empresa trabalhar sem estoque.

1.5.2 Estoque

De acordo com VIANA (2000) o estoque pode ser definido como materiais,

mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o

atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das actividades da

empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a

demanda com a exactidão.

Segundo (CHIAVENATO, 2005, p.67) define estoque como sendo a composição

de materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados que não é

utilizada em um dado momento na empresa, mas que precisa existir em funções de futuras

necessidades da empresa.

Page 37: Monografia final Sistema Controle de Estoque

20

1.5.3 Funções de estoque

Segundo (CHIAVENATO, 2005, p.68) as principais funções do estoque são:

Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de:

demora ou atraso no fornecimento de materiais, sazonalidade no suprimento,

riscos de dificuldade de fornecimento.

Proporcionar economias de escala: através da compra ou produção de lotes

econômicos, pela flexibilidade do processo produtivo, pela rapidez e eficiência no

atendimento às necessidades.

1.5.4 Classificação de estoques

De acordo com (CHIAVENATO, 2005, p.69) os estoques podem ser classificados

em função dos mesmos critérios de classificação dos materiais:

1. Estoques de matérias-primas (MPs).

2. Estoques de materiais em processamento (ou em vias).

3. Estoques de materiais semi-acabados.

4. Estoques de materiais acabados (ou componentes).

5. Estoques de produtos acabados (PAs).

Estoques de Matérias-Primas (MPs): Os estoques de MPs dizem respeito aos

insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os

itens iniciais para os produtos/serviços da empresa. Isto significa que a produção é

totalmente dependente das entradas de MPs para ter a sua sequência e continuidade

garantidas.

Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias: Os estoques de materiais

em processamento ou em vias diz respeito aos materiais que estão sendo processados ao

Page 38: Monografia final Sistema Controle de Estoque

21

longo das diversas secções que compõem o processo produtivo da empresa. São, pois, os

materiais em processo de produção ou em vias de serem processados em cada uma das

seções produtivas da empresa.

Estoques de Materiais Semi-acabados: Estoques de Materiais Semi-acabados

diz respeito aos materiais parcialmente acabados, cujo o processamento encontra-se no

estágio intermediário de acabamento e que se encontra também ao logo das diversas

secções que compõe o processo produtivo.

Estoques de Materiais Acabados ou Componentes: Estoques de Materiais

Acabados ou Componentes diz respeito às peças isoladas ou componentes ou ainda

materiais já acabados e prontos para serem integrados ao produto. São, na realidade,

partes prontas ou montadas que, quando juntadas constitui um produto acabado.

Estoques de Produtos Acabados (PAs): Estoques de Produtos Acabados referem

ao tipo de produtos já acabados e prontos para o seu uso, cujo o processamento foi

completado inteiramente. Diz respeito ao estágio final do processamento produtivo e que

já passaram por todas as fases.

1.5.5 Métodos de avaliação de estoque

A avaliação do estoque pode ser feita por meio de quatro métodos distintos a saber

(CHIAVENATO, 2005, p.89):

Avaliação pelo Custo Médio: este método baseia-se no preço de todas as

retiradas ao preço médio de suprimento total do item em estoque. A saída de

estoque é calculada pelo custo médio.

Avaliação pelo Método PEPS (FIFO): a sigla PEPS é a abreviação da frase:

primeiro a entrar, primeiro a sair. Em inglês, FIFO: first in, first out. Neste método

Page 39: Monografia final Sistema Controle de Estoque

22

a avaliação do estoque é feita pela ordem cronológica das entradas. Isto significa,

sai o lote mais antigo que entrou para estoque.

Avaliação pelo Método UEPS (LIFO): a sigla UEPS é a abreviação da frase:

último a entrar, primeiro a sair. Em inglês LIFO: last in, first out. A saída do

estoque é feita pelo preço do último lote a entrar.

Avaliação pelo Custo de reposição: é o custo de reposição do estoque que ajusta

a avaliação financeira dos estoques. Assim, o valor dos estoques é sempre

actualizado em função dos preços do mercado.

1.6 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO ACTUAL DO PROCESSO DE

INFORMAÇÃO DO ARMAZÉM

No armazém há uma grande diversidade de materiais, onde cada funcionário

efectua a sua requisição, havendo assim o mesmo tipo de requisição oriundo do mesmo

funcionário, mas com datas diferentes.

Quando o funcionário faz a requisição é preenchido um formulário em um papel,

com a discriminação ou anotação do número da requisição, requisitante, quantidade,

observação e a data da mesma. Com isso, é impresso um formulário, que é assinado pelo

funcionário requisitante e pelo gestor do armazém. Este formulário fica no armazém para

controle desta requisição.

Ao final do mês, é feita uma planilha para se saber a quantidade de requisição feita

por cada departamento, para se obter o valor gasto em cada departamento. Quando há

necessidade de saber a quantidade exacta de determinado material, é realizada a contagem

manual do mesmo e quando chega um funcionário ou requisitante perguntando se há

determinado material no armazém, o gestor precisa procurar para descobrir.

Page 40: Monografia final Sistema Controle de Estoque

23

Neste contexto, o controle de estoque no armazém da Faculdade de Ciências de

Saúde, baseia-se no método de registro de informação no papel para gestão das suas

actividades, método este que não satisfaz na íntegra grande parte das necessidades que o

armazém precisa atender e certas actividades que o utilizador precisa executar (como por

exemplo quais os materiais requisitados no armazém, qual o departamento que mais

requisita material, qual a quantidade de material requisitada durante um mês, relatórios,

etc.). Vale ressaltar que ocorrem frequentes casos de desaparecimento de papéis de

registro de informação, comprometendo segurança, credibilidade e confiabilidade da

informação e também dificultando o processo da elaboração de relatórios seja semanal,

mensal ou anual.

A sistemática utilizada pelo armazém é de difícil manutenção e possui falhas que

acabam gerando gastos desnecessários e prejudicando o fluxo de trabalho. Também não

é possível extrair informações que possam auxiliar na tomada de decisão (o que comprar,

quando comprar e quanto comprar), por parte do gestor do armazém, muitas vezes,

gerando o desperdício de tempo, acúmulos de grandes volumes de papéis, morosidade na

elaboração de relatórios. Com isso torna o processo do controle de estoque do armazém

cada vez mais embaraçoso.

O método de controle de estoque utilizado no armazém é PEPS que significa,

primeiro a entrar, primeiro a sair ou FIFO em inglês, first in, first out. Sai primeiro do

estoque ou armazém o material mais antigo, ou seja, primeiro que entrou no estoque.

Desse modo, fica em estoque, o material mais recente. Também se baseia na data de

validade do material.

Diante desses factos, pode-se dizer que, no armazém se aplica a metodologia FIFO

ou UEPS, isto porque a metodologia traz consigo uma vantagem de manter o valor dos

Page 41: Monografia final Sistema Controle de Estoque

24

estoques sempre actualizado em relação ao valor da última entrada. Isto significa que o

valor dos estoques se aproxima dos preços actuais do mercado. Por outro lado, é pelo

facto do custo de produção ser calculado em função dos valores dos primeiros lotes de

entrada.

1.6.1 Proposta do trabalho

Com base nas dificuldades apresentadas anteriormente, este trabalho objectiva a

informatização das principais actividades do armazém, que actualmente são realizadas de

forma manual com base nos dados disponibilizados, reduzir as despesas relacionadas com

estoque e melhorar o controle de estoque.

Tendo em conta que o método actual empregue no armazém não satisfaz o

armazenamento confiável, como o controle de registro de dados do material, controle de

entrada do material e a saída do mesmo, como também permitir o uso simultâneo da

informação, a utilização de um sistema proporcionará condições de disponibilizar apenas

as funcionalidades de acordo com a categoria ou privilégio de cada utilizador. Presume-

se que, com o modelo proposto, se poderão suprir muitas das insuficiências já relatadas.

A proposta fundamenta-se em satisfazer todos os requisitos existentes e ter

capacidade de suprir as desvantagens do método actual, bem como prover novas

facilidades aos processos ligados ao armazém da faculdade.

1.6.2 Por que usar o sistema proposto?

Existem vários sistemas de controle de estoque de armazém já prontos no mercado

de softwares, mas eles geralmente são desenvolvidos e projectados para atender as

necessidades de uma maneira geral ou são projectados com objectivo de atender as

especificações de uma determinada empresa de um dado país ou continente.

Page 42: Monografia final Sistema Controle de Estoque

25

Cada sistema de controle de estoque é desenhado para um determinado fim de

acordo com as necessidades da empresa que o deseja. Por isso o sistema proposto foi

desenvolvido fundamentando-se na realidade do armazém, suas regras de funcionamento

e características das actividades exercidas no armazém, de modo que os utilizadores do

sistema usem um software que corresponda com à sua realidade. Deste modo garantindo

a satisfação dos utilizadores do mesmo.

1.7 PRINCIPAIS TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS

1.7.1 Java

Java é uma linguagem de programação utilizada no desenvolvimento do projecto

de software criada pela Sun Microsystems. É considerada uma linguagem robusta que

roda em vários tipos de plataforma, não limitando o programador à somente algumas

plataformas. A linguagem é composta por símbolos e palavras reservadas que são

utilizadas para escrever expressões, instruções métodos, classes, etc. Existem ainda vários

tipos de IDEs (Integrated Development Environment – Ambiente de Desenvolvimento

Integrado) que utilizam a linguagem Java como padrão (SANTOS, 2004). Uma das

principais características da tecnologia Java é a Programação Orientada a Objetos (POO),

é através desta técnica de desenvolvimento que os programadores conseguem criar

sistemas mais estáveis e de fácil manutenção. Cada classe instanciada determina o

comportamento de seus objectos, assim como o relacionamento com outros objectos do

sistema.

Page 43: Monografia final Sistema Controle de Estoque

26

1.7.1.1 Características da linguagem Java

A linguagem Java possui as seguintes características:

Simples e familiar;

Orientada a objectos;

Compilada e interpretada;

Distribuído;

Multiprocessamento;

Portabilidade;

Segura.

1.7.2 Java Platform, Enterprise Edition (Java EE)

Java Platform, Enterprise Edition (Java EE) é uma plataforma padrão de

desenvolvimento de aplicações para empresas, codificada na linguagem de programação

Java. Com base no sólido fundamento da Plataforma Java, Standard Edition (Java SE),

Java EE acrescenta bibliotecas e serviços do sistema que oferecem suporte à

escalabilidade, acessibilidade, segurança, integridade e outros requisitos de aplicações de

classe empresarial. (ORT, 2009). Desde seu lançamento em 1999, Java EE amadureceu

de modo a tornar-se uma plataforma funcionalmente rica e de alto desempenho. Os

recentes lançamentos da plataforma sublinharam igualmente a simplicidade e facilidade

de uso. Na verdade, com a plataforma Java EE, o desenvolvimento de aplicações

corporativas Java nunca foi mais fácil ou mais rápido.

1.7.3 NetBeans IDE

É um ambiente absolutamente livre para desenvolvimento de software com código

fonte aberto, o que suporta as seguintes linguagens de programação: C, C + +, Java, PHP,

Page 44: Monografia final Sistema Controle de Estoque

27

Groovy, JavaScript, etc. O ambiente fornece aos desenvolvedores ferramentas necessárias

para criar aplicação profissional, empresarial, desktop, aplicações móveis e de internet.

NetBeans actualmente existem dois produtos: o IDE NetBeans (NetBeans IDE) e a

Plataforma NetBeans (NetBeans Platform). NetBeans suporta as seguintes funções:

perfis, destaque de sintaxe de cor, autopreenchimento, modelos de código definidos, etc.

O NetBeans IDE é um ambiente de desenvolvimento - uma ferramenta para

programadores, que permite escrever, compilar, depurar e instalar programas. A IDE é

completamente escrito em Java, mas pode suportar qualquer linguagem de programação.

Existe também um grande número de módulos para estender as funcionalidades do IDE

NetBeans. O NetBeans IDE é um produto livre, sem restrições à sua forma de utilização.

1.7.3.1 Principais características

Open-source;

Suporte para seguintes linguagens de programação: C, C#, C++, PHP, Groovy,

JavaScript, etc;

Capacidade de criar vários tipos de aplicações.

1.7.4 Navicat Premium

Navicat é uma rápida, confiável e acessível ferramenta de administração de

bancos de dados propositadamente construída para simplificar o gerenciamento de banco

de dados e reduzir os custos de administração. Projectado para atender as necessidades

dos administradores de banco de dados, desenvolvedores e pequenas e médias empresas,

Navicat é construído com uma interface de usuário intuitiva que permite criar, organizar,

acessar e compartilhar informações de forma segura e fácil.

Navicat é bem conhecido, confiável e utilizado todos os dias ao redor do mundo

por empresas globais, agências governamentais e instituições educacionais. Desde do

Page 45: Monografia final Sistema Controle de Estoque

28

início de 2000, Navicat foi baixado mias de 2.000 mil vezes em todo o mundo e tem uma

clientela de mais de 50.000 usuários. Actualmente mais de 100 das empresas Global

Fortune 500 utilizam Navicat. Navicat agora está disponível em ste línguas e é

reconhecido como mais popular do front end da interface do usuário para MySQL.

Está disponível para MySQL, SQLite, PostgreSQL, e Oracle para administração

e desenvolvimento de banco de dados local ou remoto (http://www.software.com.br).

1.7.5 Sistema gerenciador de banco de dados MYSQL

Um sistema gerenciador de banco de dados (SGBD – Database Management

System) é uma colecção de programas que permite aos usuários criar e manter um banco

de dados (ELMASRI, NAVATHE, 2011). O SGBD é um sistema de software de uso

geral que facilita o processo de definição, construção, manipulação e compartilhamento

de banco de dados entre diversos usuários e aplicações.

Definir um banco de dados envolve especificar os tipos, estruturas e restrições

dos dados a serem armazenados. A construção do banco de dados é o processo de

armazenar os dados em algum meio controlado pelo SGBD. A manipulação de um banco

de dados inclui funções como consulta ao banco de dados para recuperar dados

específicos, actualização do banco de dados para reflectir mudanças no minimundo e

geração de relatórios com base nos dados. O compartilhamento de um banco de dados

permite que diversos usuários e programas acessem-no simultaneamente.

MYSQL é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional (relational

database management system - RDBMS) poderoso e muito rápido. Um banco de dados

permite armazenar, pesquisar, classificar e recuperar dados de forma eficiente

(WELLING, THOMSON, 2005). O servidor MYSQL controla o acesso aos dados para

assegurar que vários usuários possam trabalhar com os dados ao mesmo tempo, fornece

Page 46: Monografia final Sistema Controle de Estoque

29

acesso rápido aos dados e assegurar que somente usuários autorizados obtenham acesso.

Ele utiliza SQL (Struture Query Language), como a linguagem de consulta padrão de

banco de dados.

Algumas vantagens que tornam o MYSQL poderoso são apresentadas a seguir

(WELLING, THOMSON, 2005):

Alto desempenho;

Baixo custo;

Fácil configuração e aprendizado;

Portabilidade;

Disponibilidade de código-fonte.

1.7.6 Modelo cliente/servidor

Esse tipo de modelo divide o processamento de informação entre clientes e

servidores. Ambos fazem parte da rede, mas cada máquina desempenha a função

específica que estiver mais apta para executar. O cliente é o ponto de entrada do usuário

para a função requisitada e normalmente é um computador de mesa, estação de trabalho

ou computador pessoal. O usuário em geral interage de maneira directa somente com a

porção cliente da aplicação, com frequência para entrar com os dados ou requisitá-los

para análise posterior. O servidor provê serviços ao cliente. Os servidores armazenam e

processam dados compartilhados e também executam funções de apoio invisíveis aos

usuários, como o gerenciamento das actividades na rede.

Algumas pessoas acham que o cliente é o processo que faz o processamento de

dados, mas na verdade o cliente é o processo que faz a interação com o servidor através

de uma interface gráfica, permitindo assim a consulta de dados. O servidor é o processo

que fornece serviços aos seus clientes e os disponibilizam a quem necessita deles.

Page 47: Monografia final Sistema Controle de Estoque

30

Figura 3: Modelo cliente/servidor. Fonte: (LAUDON & LAUDON, 2007).

1.7.7 JasperReports e iReports

A biblioteca JasperReports é uma poderosa e flexível ferramenta de geração de

relatórios que fornece rico conteúdo para a tela, impressos ou arquivo em PDF, HTML,

RTF, XLS, ODT, CSV ou XML. A biblioteca é escrita inteiramente em Java e pode ser

usado em uma variedade de aplicativos habilitados para Java, incluindo J2EE ou

aplicações web, para gerar conteúdo dinâmico.

Seu principal objectivo é ajudar a criar páginas orientadas, prontas para imprimir

documentos de uma forma simples e flexível. JasperReports utiliza modelos de relatório

estruturados em várias secções, tais como título, resumo, detalhes de página e cabeçalhos

e rodapés do grupo. Cada secção tem um layout de forma livre em que o desenvolvedor

pode colocar vários tipos de elementos, incluindo imagens estáticas e dinâmicas, campos

de texto, linhas e retângulos. O mecanismo de relatório usa esse modelo para organizar

os dados em um arquivo XML (JRXML - JasperReports eXtensible Markup Language)

ou para criá-lo de forma programática utilizando a API da biblioteca. Estes dados podem

vir de várias fontes de dados, incluindo dados relacionais, coleções ou matrizes de objetos

Java ou dados XML. Os usuários podem conectar a biblioteca de comunicação por meio

Page 48: Monografia final Sistema Controle de Estoque

31

de fontes de dados através da implementação de uma interface simples (DANCIU e

CHIRITA, 2007).

Segundo Toffoli (2007), iReport é um framework de código aberto que pode criar

relatórios complexos, para serem utilizados em qualquer tipo de aplicação Java através

da biblioteca JasperReports. É escrito em Java puro e é distribuído com código-fonte de

acordo com a GNU (General Public License). O software JasperStudio é a edição

profissional do iReport que é comercialmente suportado por JasperSoft Corporation e

lançado como parte da JasperSoft Business Intelligence Suite, um conjunto abrangente

de ferramentas para relatórios integrados, análises e integração de dados. Através de uma

interface gráfica rica e intuitiva, o iReport permite criar rapidamente qualquer tipo de

relatório com facilidade.

O iReport permite, aos desenvolvedores que estão aprendendo essa tecnologia,

acesso a todas as funções do JasperReports, bem como ajuda os usuários qualificados a

economizar uma grande quantidade de tempo durante o desenvolvimento de relatórios

muito elaborados.

1.7.8 Linguagem UML

UML (Unified Modeling Language – Linguagem de modelagem Unificada) é uma

linguagem de modelagem que serve para a realização de uma padronização no

desenvolvimento de software. Sendo assim, ela provê a elaboração e visualização de

elementos existentes no desenvolvimento de softwares como por exemplo, os diagramas.

De acordo com BEZERRA (2006), a UML é uma linguagem visual para modelar

sistemas orientados a objectos. Isto significa que a UML é uma linguagem constituída de

elementos gráficos (visuais) utilizados na modelagem que permitem representar conceitos

do paradigma de orientação a objectos. Através dos elementos gráficos definidos nesta

Page 49: Monografia final Sistema Controle de Estoque

32

linguagem pode-se construir diagramas que representam diversas perspectivas de um

sistema.

A UML é independente tanto de linguagens de programação quanto ao processo

de desenvolvimento. Isto significa que UML pode ser utilizada para modelagem de

sistemas, não importa qual a linguagem de programação será utilizada na implementação

de sistema, ou qual forma (processo) de desenvolvimento adoptada.

Algumas pessoas definem a UML como uma linguagem de programação visual,

especificação de ferramentas ou como um processo de desenvolvimento de software. Mas

na realidade ela é uma linguagem de modelagem visual para capturar conhecimentos ou

ideias e expressar o tal conhecimento. Isto quer dizer que a UML tem como principal

propósito a modelagem de sistemas ou modelagem do que pensamos (ideias).

A UML se destina principalmente à modelagem de sistemas de informação

complexos. Hoje ela é empregue nas mais diversas áreas, como por exemplo: serviços de

bancos e finanças, telecomunicações, transportes, vendas, sistemas distribuídos,

fundamentos na Web, etc., no entanto, ela não se restringe somente ao desenvolvimento

de sistemas complexos, ela pode ser utilizada no desenvolvimento de qualquer tipo de

sistema.

A UML por possuir estas características visuais, por meio de diagramas ela

possibilita a representação de sistemas de software de diferentes pontos de vista.

Facilitando assim a comunicação entre todas pessoas envolvidas no desenvolvimento de

sistema como gerente, analista de sistema, coordenadores, programadores, etc.

apresentando um vocabulário de entendimento facilitado. Por este motivo esta linguagem

pode ser considerada como uma das linguagens mais expressivas de sistemas orientados

a objectos.

Page 50: Monografia final Sistema Controle de Estoque

33

Os requisitos de software são as capacidades e condições às quais o sistema em

termos mais amplos, o sistema ou projecto deve atender. Eles representam um conjunto

de funcionalidades que o sistema deve fornecer e variam de acordo com o tipo de sistema

desenvolvido, dos usuários finais e das técnicas que serão aplicadas, auxiliando no

entendimento das principais características do domínio da aplicação (LARMAN, 2005).

Os requisitos de sistemas categorizados como funcionais não funcionais

(SOMMERVILLE, 2007, p.80):

Os requisitos funcionais são as declarações de serviços que o sistema deve

fornecer ou atender, como o sistema deve reagir as entradas específicas e como o sistema

deve se comportar em determinadas situações

Assim são considerados como responsáveis por descrever as funcionalidades ou

o que um sistema faz ou é esperado que faça. O ideal é que os requisitos funcionais tenham

uma descrição completa e consistente. Desta forma é possível evidenciar e definir (de

maneira não contraditória) todas as funções demandadas pelo usuário.

Os requisitos não funcionais são as restrições sobre os serviços ou as funções

oferecidas pelo sistema. Estes requisitos estão relacionados com às propriedades

emergentes do sistema, como confiabilidade, tempo de resposta e espaço de

armazenamento.

Existe outra categoria de requisito que não é muito referenciada no

desenvolvimento de sistemas que são requisitos de usuário descrevem os requisitos

funcionais e não funcionais, de modo que eles sejam compreensíveis pelos usuários de

sistema que não possuem conhecimento técnico detalhado. Eles apenas especificam o

comportamento externo do sistema e evitar sempre que possível, características de

projecto de sistema. Esses garantem a existência uma boa ligação entre o sistema

Page 51: Monografia final Sistema Controle de Estoque

34

desenvolvido, utilizadores do sistema e também as tarefas que desempenham apoiados

pelo sistema.

1.7.8.1 Diagrama de casos de uso (use case)

Um caso de uso constitui a técnica em UML para representar o levantamento de

requisitos de um sistema. O diagrama de casos de uso serve para identificar as fronteiras

do sistema e descrever os serviços (use cases) que devem ser disponibilizados a cada um

dos diversos utilizadores (actores).

Figura 4: Diagrama de casos de uso. Fonte: (SOMMERVILLE, 2003)

1.7.8.2 Diagramas de actividades

O diagrama de actividades constitui um elemento de modelação simples, mas

eficaz para descrever fluxos de trabalho numa organização ou para detalhar as operações

de uma classe, incluindo comportamentos que possuam um processamento paralelo.

Page 52: Monografia final Sistema Controle de Estoque

35

Figura 5: Exemplo de diagrama de actividades. Fonte:( Ranthum, 2005)

1.7.8.3 Diagrama de sequência

É diagrama de usado em UML que representa a sequência de processos mais

especificamente de mensagens passadas entre objectos de uma classe. Ele é utilizado para

representar a interação entre objectos de uma classe.

Figura 6: Exemplo de diagrama de sequência. Fonte: (Sommerville, 2003)

Page 53: Monografia final Sistema Controle de Estoque

36

1.7.8.4 Diagrama de classes

O diagrama de classe representa uma descrição formal da estrutura de objectos

num sistema para cada objecto descreve a sua identidade, os seus relacionamentos com

os outros objectos, os seus atributos e as suas operações. Assim, as classes descrevem

objectos com atributos e operações comuns e servem dois propósitos: permitem

compreender o mundo real que relevante para sistema de informação que se pretende

desenvolver e fornece uma base prática para a implementação em computador

(Rumbaugh et all, 1991).

Um diagrama de classe é composto de seguintes elementos: classes de objectos,

relação de associação e generalização e multiplicidade.

Figura 7: Exemplo de diagrama de Classes. Fonte: (SOMMERVILLE, 2003).

1.7.8.5 Diagrama de implantação

O diagrama de implantação serve para descrever a arquitectura do sistema em

termos de hardware e a sua relação com os diferentes componentes (software). Onde estes

componentes precisam ser executados em algum recurso computacional que contenha

memória e um processador. Portanto, este diagrama também pode se chamar de diagrama

Page 54: Monografia final Sistema Controle de Estoque

37

de instalação ele define em que recursos os diferentes estarão localizados. A figura 8

mostra um exemplo de diagrama de implantação.

Figura 8: Exemplo de diagrama de implantação. Fonte: (PRESSMAN, 2006).

1.8 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

Um processo de software é um conjunto de actividades complexo que leva à

produção de um produto de software. Todos processos de software são complexos e como

todos os processos intelectuais e criativos dependem julgamento humano. Por isso um

processo deve ser adaptado e configurado conforme as necessidades das empresas,

projectos e das pessoas envolvidas. As metodologias estão divididas em dois grupos que

são:

Metodologias de Desenvolvimento Tradicionais;

Metodologias de Desenvolvimento Ágeis.

Page 55: Monografia final Sistema Controle de Estoque

38

1.8.1 Metodologias de Desenvolvimento Tradicionais

As metodologias consideradas tradicionais, também são conhecidas como

“pesadas” isso por possuir uma característica principal que é de serem divididas em etapas

ou fases. Essas fases são bem definidas e englobam actividades como análise,

modelagem, desenvolvimento e testes. O objectivo principal das metodologias

tradicionais é a previsibilidade de requisitos do sistema, que tem uma grande vantagem

de fazer com que os projectos sejam bem planejados, facilitando a gestão do mesmo,

seguindo a mesma linhagem, com muita rigorosidade.

Um exemplo de metodologia tradicional: RUP.

1.8.1.1 Processo unificado

O Processo Unificado (RUP - Rational Unified Process) é uma metodologia de

análise e desenvolvimento de sistemas orientados a objecto baseada na notação UML. O

RUP é um processo bem definido e estruturado, pois define claramente quem é

responsável pelo que, como as coisas devem ser feitas e quando. Ele utiliza a UML para

especificar, modelar e documentar artefatos, e pelo facto de ser flexível e configurável,

pode ser utilizado em projectos de pequeno, médio e grande porte.

1.8.1.1.1 Características

O Processo Unificado reconhece a importância da comunicação com o cliente e

dos métodos directos para descrever a visão do cliente de um sistema (caso de uso). Ele

enfatiza o importante papel da arquitectura de software e ajuda o arquitecto a se

concentrar nas metas correctas, tais como compreensibilidade, abertura a modificações

futuras e reuso. O fluxo de processo é iterativo e incremental, dando a sensação

evolucionária que é essencial no desenvolvimento moderno do software. (PRESSMAN,

2006).

Page 56: Monografia final Sistema Controle de Estoque

39

Dessa forma, as principais características do processo unificado são:

Ser baseado em casos de uso;

Ser centrado na arquitetura;

Utilizar o desenvolvimento iterativo e incremental.

1.8.1.1.2 Baseado em casos de uso

Um caso de uso é a descrição de uma sequência de ações realizadas por um actor

(pessoa, máquina ou sistema), que ocorrem enquanto o actor interage com o sistema.

Casos de uso ajudam a identificar o escopo do projecto e fornecem base para o

planejamento do projecto de software.

O processo unificado utiliza os casos de uso para dirigir todo o processo de

desenvolvimento, desde a concepção inicial do sistema até a aceitação dos componentes

(testes), com o objectivo de atender, especificamente, às necessidades dos usuários que

interagem com o sistema.

O RUP é orientado a casos de uso pelo facto deles não estarem ligados apenas à

especificação de requisitos, mas também ao projecto, implementação e testes do sistema,

pois:

Por meio deles é que são registrados os requisitos funcionais;

Eles auxiliam no planejamento das iterações;

Eles podem conduzir o projecto;

Os testes do sistema são baseados neles.

1.8.1.1.3 Centrado na arquitetura

A arquitetura baseia-se na visão de todos os modelos, ou seja, na visão do sistema

como um todo, destacando suas principais características sem entrar em detalhes. Muitos

Page 57: Monografia final Sistema Controle de Estoque

40

factores influenciam na arquitetura do projecto, como por exemplo, a plataforma na qual

o software será implantado, os requisitos funcionais e não funcionais, entre outros.

Os casos de uso relacionam-se com a funcionalidade do sistema, enquanto a

arquitetura está ligada à forma deste. Para que se alcance um produto final com qualidade,

é necessário que a funcionalidade e a forma estejam balanceadas. Dessa forma, é

necessário que a arquitetura e os casos de uso estejam relacionados a tal ponto que os

primeiros sejam desenvolvidos de acordo com a arquitetura e esta por sua vez, forneça

um ambiente para que todos os requisitos dos casos de uso sejam realizados.

1.8.1.1.4 Iterativo e incremental

Para enfrentar a alta complexidade dos sistemas actuais se precisa dividir o

processo de desenvolvimento em vários miniprojectos. A cada um destes miniprojectos

se chama iteração e podem ou não representar um incremento no grau de terminação do

produto completo. Cada iteração deverá ser devidamente planeada, controlada e

executada (através de análise, desenho, implementação e testes). A planificação de

iterações faz com que, se reduzam os riscos e custos, se cumpra os prazos previstos, haja

motivação na equipe de desenvolvimento pois estes podem ver avanços claros a curto

prazo e o desenvolvimento pode adaptar-se a mudanças dos requisitos.

1.8.1.1.5 Fases do Processo Unificado

O Processo Unificado comporta as actividades de comunicação, planejamento,

modelagem, construção e implantação, porém as organiza de maneira diferente,

apresentando quatro fases distintas: concepção, elaboração, construção e transição.

Page 58: Monografia final Sistema Controle de Estoque

41

Figura 9: Fases do processo unificado (RUP). Fonte: Adaptada de PRESSMAN (2006)

A fase de concepção ou iniciação abrange as actividades de comunicação com o

cliente e de planejamento. É nessa etapa que o analista faz o primeiro contacto com o

cliente em busca das primeiras informações sobre o sistema a ser desenvolvido, com o

objectivo de identificar os requisitos, definir o escopo do sistema e dar início ao

planejamento. O planejamento é composto pela avaliação da viabilidade de implantação

do sistema, dos recursos e dos principais riscos que devem ser gerenciados ao longo do

projecto, pela elaboração de um rascunho da arquitetura do sistema e pela definição do

cronograma e do custo do projeto.

A fase de elaboração inclui planejamento e actividades de modelagem do

processo. É nela que ocorre a expansão e o refinamento dos casos de uso elaborados pela

fase de concepção. Nessa fase também existe a preocupação de avaliar os riscos técnicos

e arquitecturais, incluindo cinco visões diferentes do software: o modelo de casos de uso,

o modelo de análise, o modelo de projecto, o modelo de implementação e o modelo de

implantação. Ao fim dessa fase, espera-se que a maior parte dos requisitos esteja

Page 59: Monografia final Sistema Controle de Estoque

42

detalhada, o núcleo do sistema implementado com qualidade e os principais riscos

tratados. Dessa forma, será possível elaborar estimativas mais realistas.

A fase de construção tem como objectivo desenvolver os componentes de

software que tornam os casos de uso operacionais para os usuários finais. Para isso, os

modelos de análise e projecto que foram iniciados durante a fase de elaboração são

completados e os componentes são implementados conforme os requisitos levantados

para o incremento de software referente.

Além disso, conforme os componentes são implementados, são realizados testes

unitários e actividades de integração. Por fim, antes de passar para a fase seguinte, são

realizados testes de aceitação conforme as especificações dos casos de uso.

A fase de transição abrange os últimos estágios do processo e a primeira parte de

implantação. Nela, o software é implantado no cliente para testes e com o intuito de se ter

um feedback dos usuários em relação aos defeitos e modificações que se achem

necessárias. Além disso, são elaboradas informações de apoio, como manuais, guias de

solução de problemas e procedimentos de instalação. Ao final da fase de transição, o

incremento de software torna-se uma versão utilizável e de qualidade.

1.8.2 Metodologias de Desenvolvimento Ágeis

Os métodos ágeis são caracterizados pelo carácter de adaptação e é orientado a

pessoas. As metodologias ágeis comungam, na sua essência, o processo de

desenvolvimento centrado nas pessoas. As metodologias ágeis têm uma característica

comum de seu processo de desenvolvimento basear-se nas pessoas, orientado para

obtenção de artefactos a partir de iterações, o que, consequentemente, obriga o carácter

adaptativo durante o ciclo de desenvolvimento.

Exemplo de algumas metodologias ágeis:

Page 60: Monografia final Sistema Controle de Estoque

43

Extreme Programming (XP);

Scrum;

Feature Driven Development (FDD);

Dynamic Systems Development Method (DSDM).

1.8.2.1 Extreme Programming (XP)

Extreme Programming (XP) é uma metodologia para o desenvolvimento de

software, que usa uma abordagem orientada a objectos com o paradigma de

desenvolvimento predilecto. O XP é uma disciplina de desenvolvimento de software

baseada em valores de simplicidade, comunicação, feedback e coragem. O XP inclui um

conjunto de regras e práticas que ocorrem no contexto de quatro actividades:

planeamento, projecto, codificação e teste. O Xp compreende seguintes fases:

Planeamento: é uma actividade que compreende a criação de um conjunto de

histórias que também são chamadas histórias de usuários que descrevem as características

e funcionalidades requeridas para o software a ser construído.

Projecto: o projecto Xp segue rigorosamente o princípio KIS (Keep It Simple -

mantenha a simplicidade). É sempre preferível um projecto simples em relação a uma

representação complexa. Se um difícil problema de projecto for encontrado como parte

do projecto de uma história. O XP recomenda a criação imediata de um protótipo

operacional dessa parte do projecto. Denominada solução de ponta, o protótipo do

projecto é implementado e avaliado.

Codificação: depois que as histórias forem desenvolvidas e o trabalho preliminar

de projecto for feito, a equipe não avança logo para a codificação, mas sim desenvolve

uma série de testes unitários que exercitarão cada uma das histórias que devem ser

incluídas na versão mais recente. O XP recomenda que duas pessoas trabalhem juntas em

Page 61: Monografia final Sistema Controle de Estoque

44

sua estação de computador com vista a criar código concernente a uma história. Portanto

isto, fornece um mecanismo de solução de problemas em tempo real, isto porque duas

cabeças são frequentemente melhores do que uma e de garantia de qualidade em tempo

real.

Teste: os testes unitários são criados e devem ser implementados usando uma

metodologia que os permita ser automatizados. Os testes de aceitação XP, também são

chamados de testes do cliente, são especificados pelo cliente e focalizam as características

e funcionalidades do sistema global que são visíveis e passíveis de revisão pelo cliente.

Testes de aceitação são derivados das histórias do usuário que foram implementadas

como parte de uma versão de software.

1.8.3 Comparação entre Metodologias

O principal foco das metodologias tradicionais ou pesadas são os grandes

projectos, onde envolvem documentação, especificações e processo burocrático do

projecto, enquanto que as ágeis são centradas na adaptabilidade ou mudança, isto é, não

faz o uso excessivo de documentos e a burocracia que é usada nas metodologias

tradicionais é considerada desperdício de tempo.

Page 62: Monografia final Sistema Controle de Estoque

45

1.9 Conclusões do capítulo

Neste capítulo, foi descrito sobre o método actual de gestão de informação do

armazém da faculdade de Ciências de Saúde, as dificuldades vivenciadas e uma proposta

de um sistema informático para a gestão da informação do armazém. Neste contexto

pode-se concluir que o sistema actualmente usado no armazém da FCS não garante a

eficiência e eficácia particularmente na execução dos processos controle, manutenção e

recuperação de informação, e que com a implementação de um sistema de informação,

implementado com algumas tecnologias apresentadas poderá trazer benefícios quer na

resolução do problema existente, assim como, trará benefícios adicionais no que concerne

a optimização do fluxo de informação permitindo mais agilidade e organização, mais

integridade e veracidade de informação, mais estabilidade e mais segurança de acesso à

informação.

A plataforma usada para o desenvolvimento deste sistema foi Java pela

portabilidade ou independência de plataforma e pela reutilização de código fonte. Isto

significa que o desenvolvedor não terá que se preocupar com as especificações do sistema

operacional.

A linguagem de programação usada foi Java devido a sua simplicidade, de alto

desempenho, pela sua independência de plataforma, por ser uma linguagem orientada a

objectos e principalmente pela independência de arquitectura e a reutilização de código

fonte.

As técnicas de levantamento de requisitos usadas foram a entrevista e a etnografia.

Usou-se a entrevista para certificar até que ponto o gestor está satisfeito com o método

actual e se pretende mudar esta metodologia ao passo da etnografia serviu para observar

o trabalho do cliente ou gestor e anotar as tarefas reais que o sistema proposto deve

Page 63: Monografia final Sistema Controle de Estoque

46

atender e poder identificar as reais dificuldades que o sistema deve suprir. Dizer que não

existe uma técnica padrão para o levantamento de requisitos. Para efectuar um

levantamento mais preciso é importante ter o conhecimento de diversas técnicas para

fazer uma selecção que técnicas de levantamento aplicar a cada situação. O SGBD usado

foi o MYSQL por ser rápido, de código aberto, de baixo custo, disponibilidade de código

fonte, por ser multi-plataforma, e por ser um dos SGBD popular actualmente.

Também neste capítulo, abordou-se sobre metodologias de desenvolvimento de

software, na qual procurou-se descrever o foco de cada uma das metodologias.

No desenvolvimento de sistemas os métodos ágeis são viáveis para o

desenvolvimento de sistemas de pequenas e médias empresas enquanto que as

tradicionais são empregues nos grandes projectos, onde precisam especializações e

especificações maior do projecto.

Neste contexto, foi apresentada a comparação das metodologias, tendo critério de

avaliação, a garantia de qualidade do produto final e satisfação do usuário final. Portanto,

foi na base desta comparação que foi adoptada a metodologia RUP para o

desenvolvimento deste projecto, pelo facto, de RUP ser uma metodologia orientada a

objectos, baseado em casos de uso, centrado na arquitectura e por ser iterativo e

incremental, atendendo satisfatoriamente às expectativas do cliente.

Page 64: Monografia final Sistema Controle de Estoque

47

CAPÍTULO II – DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA

Neste capítulo apresenta-se a análise e desenho do sistema segundo a metodologia

utilizada, diagramas que compõem o sistema proposto. Também neste capítulo,

apresenta-se a utilização do sistema proposto, demonstrando assim alguns exemplos de

funcionalidades do sistema.

2.1 Requisitos Funcionais do sistema

[RF01] Autenticar utilizador: o sistema permitirá que o utilizador faça a

autenticação através de seu utilizador e a sua senha. Para acessar o sistema, o utilizador

deverá informar o nome de utilizador e senha correctos. Uma mensagem deverá ser

exibida caso o utilizador e senha estejam incorrectos ou caso o utilizador não exista.

[RF02] Alterar a senha: o sistema permitirá a alteração da senha de um utilizador.

O utilizador e a senha deverão ser validados para permitir o acesso ao sistema.

[RF03] Gerir entradas: o sistema permitirá que o utilizador faça controle do

material por meio de uma interface ou formulário de entrada e registre dados de material

que está entrando no armazém. Para efectuar ao controle de entrada o caso de uso possui

quatro operações de criar nova entrada, alterar entrada, pesquisar a entrada e excluir a

entrada.

[RF04] Gerir requisições: o sistema permitirá que utilizador faça o controle das

requisições ou a saída do material por meio de um formulário onde irá registrar todos os

dados de material requisitado no armazém. Para efectuar a requisição este caso de uso

dispõe de quatro operações criar nova requisição, alterar a requisição, pesquisar a

requisição e excluir a requisição.

Page 65: Monografia final Sistema Controle de Estoque

48

[RF05] Gerir estoque: o sistema permitirá que utilizador faça o controle do

armazém por meio de um formulário onde irá registrar o material, a quantidade e a data

de validade do material. Neste caso de uso engloba quatro operações criar novo estoque,

alterar estoque, pesquisar estoque e excluir estoque.

[RF06] Criar novo material: o sistema permitirá que o utilizador adicione um

novo material em sua base de dados. Uma mensagem de erro será exibida caso o material

já exista.

[RF07] Alterar material: o sistema permitirá que o utilizador faça a alteração de

material em sua base de dados, possivelmente para actualização de informação de

manutenção.

[RF08] Pesquisar material: o sistema permitirá que o utilizador faça a consulta das

informações de material de forma detalhada, de modo que consiga visualizar todas as

informações registradas de um determinado material.

[RF09] Excluir material: o sistema permitirá que utilizador exclua um material em

sua base de dados. Uma mensagem deverá ser exibida o material excluído com sucesso

ou será exibida uma mensagem de erro caso este não tenha sido excluído com êxito.

[RF10] Emitir relatórios: o sistema permitirá que o utilizador possa gerar os

relatórios voltados para análises estatísticas, por exemplo, entrada, requisição e estoque

do material.

[RF11] Criar novo utilizador: o sistema permitirá que o administrador crie ou

adicione um novo utilizador em sua base de dados, informando seu perfil (permissões) e

um nome de utilizador e senha. Uma mensagem de erro deverá ser exibida caso o

utilizador já esteja adicionado.

Page 66: Monografia final Sistema Controle de Estoque

49

[RF12] Alterar utilizador: o sistema permitirá que o administrador altere dados do

utilizador em sua base de dados, possivelmente para actualização ou manutenção da

informação de utilizador. Uma mensagem de erro deverá ser exibida caso o utilizador já

não tenha sido alterado com sucesso.

[RF13] Excluir utilizador: o sistema permitirá que o administrador exclua

utilizador em sua base de dados. Uma mensagem de erro deverá ser exibida caso o

utilizador não tenha sido excluído.

[RF14] Sair do sistema: o sistema disponibilizará a opção para fechar a sessão do

utilizador conectado.

2.2 Requisitos não Funcionais do sistema

[RNF01] Interface ou aparência do sistema: o sistema apresentará uma interface

objectiva, amigável, intuitiva e de fácil acessibilidade, isto é, suas informações e

funcionalidades deverão estar bem visíveis e disponíveis.

[RNF02] Portabilidade: o sistema deve ser independente de plataformas, isto é, o

sistema deve ser executado em múltiplas plataformas.

[RNF03] Eficiência: dar as respostas rápidas sobre as operações do utilizador.

[RNF04] Segurança: o sistema permitirá o controlo de acesso com vista a garantir

a segurança de informação. Para isso, o sistema deverá solicitar que o utilizador acesse o

sistema através de utilizador e sua senha.

[RNF05] Suporte: o sistema possuirá um manual de utilização.

[RNF06] Manutenção: o sistema deve ser desenvolvido nos moldes que permita

uma fácil manutenção com menos gastos em recursos.

Page 67: Monografia final Sistema Controle de Estoque

50

2.3 Actores do sistema

Utilizador: Actor responsável pelas operações quotidianas do sistema, possuindo

autorizações que vão desde de criação de um novo material até a emissão de

relatórios.

Administrador: Actor que pode realizar um papel semelhante ao de utilizador,

além de ser o responsável pela administração do sistema, o que lhe confere

permissões extras para gerenciar todas as funcionalidades do sistema.

2.4 Diagramas de Caso de Uso do sistema

O diagrama de caso de uso é responsável por modelar ou relacionar as

funcionalidades existentes de um sistema. Os elementos principais de um diagrama de

caso de uso são elipses contendo o nome de caso de uso e elementos externos ou bonecos

chamados de actores, estes interagem com o sistema. Observe que no diagrama tem dois

actores do tipo utilizador e administrador, onde o utilizador é o actor que trabalha com as

operações rotineiras do sistema. O administrador é o actor que atribui as permissões aos

utilizadores comum do sistema e também pode adicionar, alterar e apagar um utilizador.

Ainda este administrador pode herdar as características do utilizador comum que lida com

as operações rotineiras.

Observe também que para comunicação de um caso de uso com actor ou caso de

uso igual se efectua por meio de relacionamentos extend e include, onde o include indica

que o caso de uso onde parte o relacionamento sempre inclui ou executa o comportamento

do outro caso de uso, que é representado pela seta. O extend é um relacionamento de

dependência que poderá ter o comportamento da classe herdada pela classe como se pode

ver na figura a seguir.

Page 68: Monografia final Sistema Controle de Estoque

51

Figura 10: Diagrama de casos de uso do sistema. Fonte: Própria

uc UC

SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE

Autenticar

utilizador

Excluir material

Gerir entradas

Criar novo

material

Gerir

requisições

Gerir estoque

Alterar material

Pesquisar

material

Utilizador

Administrador

Criar novo

utilizador

Alterar

utilizador

Excluir

utilizador

Emitir

relatórios

Alterar senha

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«include»

«extend»

Page 69: Monografia final Sistema Controle de Estoque

52

Figura 11: Diagrama de casos de uso gerir entradas e requisições. Fonte: Própria

uc UC-Gerir entradas e requisicoes

Gerir entradas

Criar nova

Alterar entrada

Pesquisar entrada

Excluir entrada

Utilizador

Administrador

Gerir requisições

Criar nova

requisição

Alterar requisição

Pesquisar

requisiçãoExcluir

requisição

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

Page 70: Monografia final Sistema Controle de Estoque

53

Figura 12: Diagrama de casos de uso de gerir estoque e emitir relatórios. Fonte: Própria

Actor: é o nome do actor que inicia o caso de uso.

Pré-condições: uma pré-condição de um caso de uso define que hipóteses são

assumidas como verdadeiras para que o caso de uso tenha início. Ex. O usuário deve

inserir senha para ter acesso ao sistema.

Fluxo Principal: corresponde à descrição da sequência de passos do fluxo

principal. O fluxo principal descreve o que normalmente acontece quando o caso de uso

é realizado. O fluxo principal descreve o evento sequencial de caso de uso.

uc uc-Gerir estoque e Emitirrelatorios

Utilizador

Gerir estoque

Criar novo

estoque

Alterar estoque

Pesquisar estoque

Excluir estoque

Emitir relatórios

Emitir relatório de

entrada

Emitir relatório de

requisição

Emitir relatório de

estoque

Administrador

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

«extend»

Page 71: Monografia final Sistema Controle de Estoque

54

Fluxos Alternativos: este tipo de fluxo é utilizado para descrever o que acontece

quando o actor faz uma escolha alternativa, diferente da descrita no fluxo principal, com

vista a alcançar o seu objectivo.

Fluxos de excepção: corresponde à descrição das situações de excepção, que

descrevem o que acontece quando algo inesperado ocorre na interação entre actor e caso

de uso.

Pós-condições: corresponde a um estado que o sistema alcança após o caso de

uso ter sido realizado.

Cada caso de uso foi proposto de forma minuciosa, descrevendo as actividades

com todos os fluxos principais e alternativos, conforme apresentam as tabelas abaixo:

Caso de Uso: Autenticar utilizador

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição O actor precisa estar autenticado no sistema.

Pós-Condição Continuar em sessão enquanto actor não escolher a

opção de terminar a sessão.

Fluxo Principal

1. Actor executa o sistema;

2. O sistema disponibiliza a interface de autenticação de utilizador;

3. O actor informa o utilizador e senha;

4. O sistema permite ao actor seu devido acesso e apresenta itens de menus

disponíveis;

5. O actor escolhe o menu desejado conforme o objectivo.

Fluxo Secundário

1. Utilizador e/ou senha inválidos;

Page 72: Monografia final Sistema Controle de Estoque

55

2. O sistema exibe uma mensagem de erro;

3. O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.

Tabela 1: Caso de uso autenticar utilizador. Fonte: Própria

Caso de Uso: Alterar senha

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição: O actor precisa estar autenticado no

sistema.

Pós-Condição: Continuar em sessão enquanto actor não

escolher a opção terminar sessão.

Fluxo Principal

1. Actor selecciona a opção alterar senha;

2. O sistema exibe a tela de alteração de senha;

3. O actor informa os dados da nova senha;

4. O actor confirma a inclusão e os dados são registrados.

Fluxo Secundário

1. Senha não é alterada;

2. O sistema exibe uma mensagem de erro;

3. O sistema volta ao passo 3 do fluxo principal.

Tabela 2: Caso de uso alterar senha. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Gerir entradas

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição: O actor precisa estar autenticado no

sistema e ter seleccionado a opção entrada.

Page 73: Monografia final Sistema Controle de Estoque

56

Pós-Condição: O sistema efectua a gestão de entrada de

material.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona o menu entrada;

2. O sistema disponibiliza o formulário de entrada com as opções possíveis:

(Novo, Pesquisar, Alterar, Excluir e Sair);

3. O actor selecciona a opção desejada;

4. O actor encerra o caso de uso.

Fluxo Alternativo [ 3]: Novo

a. O sistema apresenta o formulário solicitando os dados cadastrais da entrada;

b. O actor preenche formulário com os dados solicitados;

c. O sistema guarda o cadastro da entrada;

d. O sistema exibe uma mensagem de guardado com sucesso.

Fluxo Alternativo [3]: Alterar

a. O sistema exibe as informações;

b. O actor efectua as devidas alterações e faz a confirmação;

c. O sistema guarda os dados alterados;

d. O sistema exibe uma mensagem de sucesso.

Fluxo Alternativo [3]: Pesquisar

a. O actor solicita a pesquisa da entrada;

b. O sistema exibe a entrada solicitada pelo actor e retorna ao passo 3.

Fluxo Alternativo [3]: Excluir

a. A entrada seleccionada é eliminada;

b. O sistema exibe uma mensagem de sucesso e retorna ao passo 4.

Fluxo Alternativo [ 3]: Sair

Page 74: Monografia final Sistema Controle de Estoque

57

a. O sistema volta ao menu principal

Fluxo Secundário

1. A entrada não é guardada;

2. A entrada não é alterada;

3. A entrada não é excluída;

4. O sistema exibe a mensagem de erro.

Fluxo de Excepção [01]: Dado já existe

Caso o actor ao efectuar a alteração ou o cadastro introduza um dado que já existe, o

sistema exibe uma mensagem que o dado já existe.

Tabela 3: Caso de uso gerir entradas. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Gerir requisições

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição: O actor precisa estar autenticado no

sistema e ter seleccionado a opção

requisição.

Pós-Condição: O sistema efectua a gestão de requisição

de material.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona o menu requisição;

2. O sistema disponibiliza o formulário com as opções possíveis: (Novo,

Pesquisar, Alterar, Excluir e Sair);

3. O actor selecciona a opção desejada;

4. O actor encerra o caso de uso.

Fluxo Alternativo [ 3]: Novo

Page 75: Monografia final Sistema Controle de Estoque

58

a. O sistema apresenta o formulário solicitando os dados cadastrais da requisição;

b. O actor preenche o formulário com os dados solicitados;

c. O sistema guarda o cadastro da requisição;

d. O sistema exibe uma mensagem de sucesso.

Fluxo Alternativo [3]: Alterar

a. O sistema exibe as informações;

b. O actor efectua as devidas alterações e faz a confirmação;

c. O sistema guarda os dados alterados;

d. O sistema exibe uma mensagem de sucesso.

Fluxo Alternativo [3]: Pesquisar

a. O actor solicita a pesquisa da requição;

b. O sistema exibe a requisição solicitada pelo actor.

Fluxo Alternativo [3]: Excluir

a. A requisição seleccionada é eliminada;

b. O sistema exibe uma mensagem de sucesso e retorna ao passo 4.

Fluxo Alternativo [3]: Sair

a. O sistema volta ao menu principal.

Fluxo Secundário

1. A requisição não é guardada;

2. A requisição não é alterada;

3. A requisição não é excluída;

4. O sistema exibe a mensagem de erro;

Tabela 4: Caso de uso gerir requisições. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Criar novo material

Page 76: Monografia final Sistema Controle de Estoque

59

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição: O actor precisa estar autenticado no sistema.

Pós-Condição: O novo material é adicionado ao sistema.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona o menu cadastro;

2. O sistema disponibiliza as opções;

3. O actor selecciona na opção desejada;

4. O sistema exibe o formulário para efectuar o cadastro;

5. O actor preenche o formulário informando os dados solicitados;

6. O actor confirma a inclusão de material e os dados são guardados.

Fluxo Secundário

1. A operação não é confirmada;

2. O sistema exibe a uma mensagem de erro.

Tabela 5: Caso de uso criar material. Fonte: Própria.

Page 77: Monografia final Sistema Controle de Estoque

60

Caso de Uso: Alterar material

Actores Utilizador e Administrador

Pré-Condição O actor precisa estar autenticado no sistema.

Pós-Condição O material precisa estar cadastrado no sistema

Fluxo Principal

1. O actor selecciona o material;

2. O sistema apresenta o material que precisa ser alterado;

3. O actor confere os dados do material a ser alterado;

4. O actor confirma a alteração e o material é alterado.

Fluxo Secundário

1. A operação não é confirmada;

2. O sistema exibe uma mensagem de erro.

Tabela 6: Caso de uso alterar material. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Pesquisar material

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição O actor precisa estar autenticado no sistema.

Pós-Condição O material precisa estar cadastrado e a pesquisa feita no

sistema.

Fluxo Principal

1. O actor introduz o material que pretende pesquisar;

2. O actor selecciona na opção pesquisar;

3. O sistema exibe as informações do material desejado.

Fluxo Secundário

Page 78: Monografia final Sistema Controle de Estoque

61

1. A operação não é concretizada;

2. O sistema exibe uma mensagem de erro.

Tabela 7: Caso de uso pesquisar material. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Excluir material

Actores: Utilizador e Administrador

Pré-Condição: O actor precisa estar autenticado no sistema.

Pós-Condição: O material precisa estar cadastrado e a exclusão feita no

sistema.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona o material que pretende excluir;

2. O actor clica em excluir;

3. O sistema exibe uma mensagem a perguntar se deseja excluir o material

seleccionado;

4. O actor confirma a exclusão e os dados são removidos.

Fluxo Secundário

1. A operação não é concretizada;

2. O sistema exibe uma mensagem de erro na tela.

Tabela 8: Caso de uso excluir material. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Criar novo utilizador

Actores: Administrador

Pré-Condição: O actor precisa possuir privilégios de

administrador e estar autenticado no

sistema.

Pós-Condição: O utilizador é adicionado ao sistema.

Page 79: Monografia final Sistema Controle de Estoque

62

Fluxo Principal

1. O actor clica em novo;

2. O sistema disponibiliza o formulário de utilizador;

3. Informa os dados do novo utilizador;

4. O actor clica em guardar e os dados são guardados;

5. O sistema exibe uma mensagem de dados inseridos com sucesso.

Fluxo Secundário

1. A operação não é realizada;

2. O sistema exibe mensagem de erro;

3. O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.

Tabela 9: Caso de uso criar novo utilizador. Fonte: Própria.

Caso de Uso: Alterar utilizador

Actores: Administrador

Pré-Condição: O actor precisa possuir privilégios de

administrador e estar autenticado no

sistema.

Pós-Condição: O utilizador é alterado.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona no utilizador;

2. O sistema disponibiliza os dados de utilizador;

3. O actor realiza a alteração dos dados de utilizador;

4. O actor clica em alterar e os dados são guardados;

5. O sistema exibe uma mensagem dados alterados com sucesso.

Fluxo Secundário

1. A operação não é realizada;

2. O sistema exibe mensagem de erro.

Tabela 10: Caso de uso alterar utilizador. Fonte: Própria.

Page 80: Monografia final Sistema Controle de Estoque

63

Caso de Uso: Excluir utilizador

Actores: Administrador

Pré-Condição: O actor precisa possuir privilégios de

administrador e estar autenticado no

sistema.

Pós-Condição: O utilizador seleccionado é excluído do

sistema.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona no utilizador;

2. O sistema disponibiliza os dados de utilizador;

3. O actor confere os dados de utilizador a ser excluído;

4. O actor clica em excluir e os dados são removidos;

5. O sistema exibe uma mensagem dados excluídos com sucesso.

Fluxo Secundário

1. A operação não é realizada;

2. O sistema exibe mensagem de erro.

Tabela 11: Caso de uso excluir utilizador. Fonte:Própria.

Caso de Uso: Sair do sistem

Actores: Administrador

Pré-Condição: O actor precisa possuir privilégios de

administrador e estar autenticado no

sistema.

Pós-Condição: Nenhuma.

Fluxo Principal

1. O actor selecciona menu sair;

2. A sessão é terminada.

Page 81: Monografia final Sistema Controle de Estoque

64

Fluxo Secundário

1. A operação não é realizada;

2. O sistema exibe mensagem de erro na tela.

Tabela 12: Caso de uso sair do sistema. Fonte: Própria.

2.5 Diagrama de actividades

É um diagrama que mostra o fluxo de controle e daodos de uma actividade para a

outra, este diagrama abrange a visão dinâmica do sistema. Observe que o diagrama de

actividades apresenta uma forma simples de documentar as acções executadas em cada

caso de uso. Para o diagrama a seguir, para se efectuar ou registrar uma requisição, o

utilizador primeiro terá que executar o sistema, passar pela interface de autenticação. Para

isso se usa o diagrama de actividades para auxiliar a documentação de controle e fluxo de

actividades.

Page 82: Monografia final Sistema Controle de Estoque

65

Figura 13: Diagrama de actividades do caso de uso gerir requisição. Fonte: Própria

act Requisicao

Base de dadosSistemaUtilizador

Início

Executar o sistema

Verificar a v alidade da

senha

Autenticar

Clicar no menu cadastro

Mostrar menus

disponiv eis

Escolher menu

requisição

Mostrar formulário

requisição

Preencher formulário

Clicar em guardar

Guardar dados da

requisição

Clicar em sair

Fim

Todos campos estão

preenchidos

Dados inseridos com

sucesso

[Dados incorrectos]

[Não][Sim]

[Dados correctos]

Page 83: Monografia final Sistema Controle de Estoque

66

2.6 Diagrama de sequência

Como foi descrito no capítulo anterior, o diagrama de sequência é utilizado para

dois objectos trocar mensagens entre eles, ou seja, o diagrama de sequência permite aos

objectos de uma classe se comuniquem entre eles. Observe que no diagrama a seguir

temos as classes onde contém os objectos, no qual para efectuar o cadastro de requisição,

primeiro o utilizador clica na opção requisição, em seguida o utilizador faz a busca do

material, funcionário e departamento.

Figura 14: Diagrama de sequência da gestão de requisição. Fonte: Própria

sd Diagrama de sequencia de requisicao

Utilizador Cadastrar

Requisição

Material Funcionário Departamento

9: Buscar código do funcionário()

15: Retornar departamento()

4: Buscar código do material()

1: Clicar em requisição()

18: Guardar dados()

13: Clicar em seleccionar departamento()

16: Seleccionar departamento()

6: Mostrar material()

20: Clicar em sair()

12: Seleccionar funcionário()

19: Dados inseridos com sucesso()

11: Mostrar funcionário()

17: Inserir quantidade, observação e data()

3: Clicar em seleccionar material()

2: Mostrar tela de requisição()

8: Clicar em seleccionar funcionário()

5: Retornar material()

10: Retornar funcionário()

7: Seleccionar material()

14: Buscar código do departamento()

Page 84: Monografia final Sistema Controle de Estoque

67

2.7 Diagrama de classes do sistema

Este é um dos diagramas mais utilizados e um dos mais importantes da UML,

servindo de apoio para a maioria dos outros diagramas. Como o próprio nome diz, o

diagrama de classes define a estrutura das classes utilizadas pelo sistema, determinando

os atributos e métodos possuídos por cada classe, além de estabelecer como as classes se

relacionam e trocam informações entre si. Na figura 15 é demonstrado um diagrama

contendo algumas das principais classes de objectos presentes no sistema proposto,

contendo as respectivas associações de dependência entre as mesmas. Estas classes

reflectem a base de dados implementada para o sistema proposto.

Page 85: Monografia final Sistema Controle de Estoque

68

Figura 15: Diagrama de classes do sistema. Fonte: Própria

class Diagrama de classe

material

- descricao: string

- idmaterial: int

- material: string

- tipo: string

+ getDescricao(): string

+ getId_material(): int

+ getMaterial(): string

+ getTipo(): string

+ setDescricao(descricao): void

+ setId_material(id_material): void

+ setMaterial(material): void

+ setTipo(tipo): void

requisicao

- dataRequisicao: date

- id_dept: int

- id_material: int

- id_requisicao: int

- idfuncionario: int

- observacao: string

- quantidade: double

+ getDataRequisicao(): date

+ getId_funcionario(): int

+ getId_material(): int

+ getId_requisicao(): int

+ getIddept(): int

+ getObservacao(): string

+ getQuantidade(): double

+ setDatarequisicao(): void

+ setId_dept(id_dept): void

+ setId_funcionario(id_funcionario): void

+ setId_material(id_material): void

+ setId_requisicao(id_requisicao): void

+ setObservacao(observacaao): void

+ setQuantidade(quantidade): void

Funcionario

- apelido: string

- funcionario: string

- idFuncionario: int

+ getApelido(): string

+ getFuncionario(): string

+ getId_funcionario(): int

+ setApelido(apelido): void

+ setFuncionario(funcionario): void

+ setId_funcionario(id_funcionario): void

Departamento

- departamento: string

- id_dept: int

+ getDepartamento(): string

+ getId_dept(): int

+ setDepartamento(depto): void

+ setId_dept(id_dept): void

materialDanificado

- dataValidade: date

- id_danificado: int

- id_material: int

- quantidade: double

- tipo: string

+ getDataValidade(): date

+ getId_danificado(): int

+ getId_material(): int

+ getQuantidade(): double

+ getTipo(): string

+ setDataValidade(dataValidade): void

+ setId_danificado(id_danificado): void

+ setId_material(id_material): void

+ setQuantidade(quantidade): void

+ setTipo(tipo): void

Entradas

- dataentrada: date

- id_entrada: int

- id_fornecedor: int

- id_material: int

- preco_unitario: double

- quantidade: double

- total_pago: double

+ getDataEntrada(): date

+ getId_entrada(): int

+ getId_fornecedor(): int

+ getId_material(): int

+ getPreco_unitario(): double

+ getQuantidade(): double

+ getToal_pago(): double

+ setDataEntrada(): void

+ setId-fornecedor(): void

+ setId-material(): void

+ setId_entrada(): void

+ setPreco_unitario(): void

+ setQuantidade(): void

+ setTotal_pago(): void

Utilizador

- id_util izador: int

- login: string

- perfi l: string

- senha: string

+ alterar(): void

+ criar(): void

+ excluir(): void

Estoque

- dataValidade: date

- id_estoque: int

- id_material: int

- quantidade: double

+ getDataValidade(): date

+ getId_estoque(): int

+ getId_material(): int

+ getQuantidade(): double

+ setDataValidade(dataValidade): date

+ setId_estoque(id_estoque): int

+ setId_material(id_material): int

+ setQuantidade(quantidade): double

1

0..*

0..*

1

1

0..*

1

0..*

1 0..*

1

0..*

Page 86: Monografia final Sistema Controle de Estoque

69

2.8 Diagrama Entidade Relacional do sistema

A modelagem entidade relacionamento foi desenvolvida por Peter Chen e

publicada em um artigo de 1976. Entretanto, variantes da ideia existiram anteriormente

e, posteriormente, foram imaginadas como entidades de dados de supertipo e subtipo e

relacionamentos de uniformização.

O processo é modelado como componentes (entidades) que são ligadas umas às

outras por relacionamentos que expressam as dependências e exigências entre elas.

Entidades podem ter várias propriedades (atributos) que as caracterizam. Diagramas

criados para representar graficamente essas entidades, atributos e relacionamentos são

chamados de diagramas entidade relacionamento.

Observe que no modelo da figura 16 contém nove tabelas nas quais todas elas têm

o relacionamento de um para muitos. Nota-se que cada tabela possui uma identificação

única conhecida como chave primária permitindo que o identificador seja recuperado,

alterado e ordenado. A chave primária é o identificador exclusivo ou único para todas

as informações em qualquer linha de tabela, e essa chave primária de maneira nenhuma

poderá ser nula e duplicada. E o campo da chave primária é inserido automaticamente na

base de dados.

Para este sistema é proposto o seguinte modelo conceitual de dados:

Page 87: Monografia final Sistema Controle de Estoque

70

Figura 16: Modelo entidade relacionamento do sistema. Fonte: Própria

2.9 Diagrama de implantação do sistema

O diagrama de implantação determina as necessidades de hardware do sistema, as

características físicas como servidores, estações, topologias e protocolos de comunicação,

ou seja, todo o aparato físico sobre o qual o sistema deverá ser executado. A figura 17

demonstra o diagrama de implantação do sistema:

Page 88: Monografia final Sistema Controle de Estoque

71

Figura 17: Diagrama de implantação do sistema. Fonte: Própria

Na Figura 11 são mostrados três nós:

Computador Cliente – é neste computador onde se encontra a interface da

aplicação através da qual, o utilizador pode usufruir das funcionalidades do

sistema.

Servidor de Base de Dados – é onde se encontra a base de dados na qual é

armazenada, recuperada toda a informação persistente, os procedimentos

armazenados que funcionam como serviços de recuperação de informação

requisitada pelo utilizador.

Impressora – é o dispositivo onde se pode imprimir a informação recuperada de

base de dados.

deployment Diagrama de implantação

COMPUTADOR CLIENTE SERVIDOR DE BASE DE DADOS

«device»

IMPRESSORA

<<JDBC-TCP/IP>>

<USB-TCP/IP>>

Page 89: Monografia final Sistema Controle de Estoque

72

2.10 APLICAÇÃO DO SISTEMA

2.10.1 Utilização do sistema

As interfaces de um sistema são responsáveis pela interação entre homem e a

máquina. Elas devem prover ao utilizador a capacidade de realizar tarefas de forma

rápida, fácil e satisfatória. Uma visão geral do sistema será mostrada a seguir, através de

figuras contendo algumas telas deste.

2.10.2 Acesso ao sistema

O sistema possui dois perfis nomeadamente: utilizador e administrador. No

entanto, para acessar o sistema tais perfis terão acesso à mesma tela de autenticação. Na

figura, pode ser visualizada a tela de autenticação que é composta pela identificação do

utilizador e pela senha, a qual será disponibilizada inicialmente pelo administrador do

sistema no momento do cadastro de um novo utilizador.

Figura 18: Tela de acesso ao sistema. Fonte: Própria

1

2

4

3

Page 90: Monografia final Sistema Controle de Estoque

73

Legenda:

1. Campo para inserção do nome de utilizador.

2. Campo para inserção de senha do utilizador.

3. Botão para efectuar a autenticação do utilizador.

4. Botão para efectuar o cancelamento de autenticação.

Figura 19: Tela de autenticação com dados do utilizador incorrectos. Fonte: Própria

2.10.3 Tela inicial do sistema

Ao efectuar acesso ao SICE – FCS é apresentada a tela inicial do sistema ilustrada

na figura 20, onde o utilizador fará escolha das opções desejadas. No menu cadastro é

onde o utilizador efectuará o cadastro de material, de entrada, requisição, departamento,

funcionário, fornecedor e estoque. No menu a seguir que é de consultas é onde o utilizador

fará as suas consultas tangente a requisição, entrada e estoque. No menu relatório é onde

que o utilizador terá possibilidade de emitir os relatórios como de entrada, requisição e

estoque. A seguir o menu configurações está incumbido a proporcionar ao administrador

Page 91: Monografia final Sistema Controle de Estoque

74

efectuar o cadastro de utilizadores e controle de acessos dos mesmos. Já no menu ajuda

é onde o utilizador terá oportunidade de fazer a recuperação de base de dados, acessar o

manual de orientação do sistema e poderá ver as informações do sistema. No último menu

o utilizador tem a posse de terminar a sessão, isto é fechar a sua conexão ao sistema.

Figura 20: Tela inicial do sistema SICE. Fonte: Própria.

A figura 21, ilustra a tela de cadastro de requisição, onde a esquerda dela contém

o painel para efectuar o cadastro de requisição e a direita contém o painel de pesquisa,

onde o utilizador poderá efectuar a pesquisa e exclusão da requisição bastando assim

seleccionar a linha da tabela e os botões excluir e alterar serão habilitados de imediatos

para proceder com alteração ou exclusão da requisição. E o botão visualizar que está no

painel direito permite ao utilizador visualizar ou imprimir o relatório da requisição.

Page 92: Monografia final Sistema Controle de Estoque

75

Figura 21: Tela de cadastro de requisição. Fonte: Própria

A figura 22, ilustra a tela de cadastro de entrada, onde esta tela possui as mesmas

características ou funcionalidades que a tela anteriormente descrita.

Figura 22: Tela de cadastro de entrada de material. Fonte: Própria

Page 93: Monografia final Sistema Controle de Estoque

76

Figura 23: Relatório de requisição de material. Fonte: Própria

Figura 24: Relatório da entrada de material. Fonte: Própria

Page 94: Monografia final Sistema Controle de Estoque

77

2.11 Conclusões do capítulo

Neste capítulo foi apresentado a análise e desenho do sistema proposto, mostrando

diferentes diagramas que ilustram o fluxo de actividades e funcionalidades do sistema.

Foram apresentados os principais formulários e algumas funcionalidades do sistema

mostrando assim a sua aplicação. Também foram apresentados alguns relatórios gerados

pelo sistema proposto.

Page 95: Monografia final Sistema Controle de Estoque

78

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Os sistemas são desenvolvidos com intuito de gerar soluções e agregar facilidades

para todas empresas, desde da empresa de pequeno porte até de grande porte, com ou sem

fins lucrativos, proporcionando um bom ambiente e comodidade para o trabalho dos seus

colaboradores ou usuários nas mais diversas áreas como: educação, comércio, economia

entre outras.

O sistema de controle de estoque foi desenvolvido para atender uma parte da

Faculdade de Ciências de Saúde que é o armazém, que foi usado como subsídio de

pesquisa nesta monografia, sistema este que irá auxiliar o gestor do armazém no

conhecimento e controle de estoque e de entradas e requisições de material.

O desenvolvimento deste sistema permitiu a participação na construção de um

software em todas as suas fases, desde o levantamento de requisitos até a fase de testes,

garantindo assim a aplicação prática do que foi aprendido, de forma teórica no percurso

acadêmico.

Um facto importante a relatar foi a possibilidade de trabalhar em interação com o

cliente, aprendendo assim a habilidade de trabalhar em equipe, habilidade esta que muito

é exigida no mercado actual de trabalho para qualquer área, mas principalmente na área

de informática, onde é necessário aprender a relacionar-se com os clientes e usuários, com

vista a extrair deles requisitos necessários para se conseguir desenvolver um software de

qualidade que mercado de software exige.

O armazém, antes do sistema desenvolvido, utilizava planilhas de Excel e fichas

de papel para realizar, de uma forma precária, a entrada, requisição, controle de estoque

e cadastro de material, o que gerava um grande acúmulo de papéis a serem arquivados,

além do desaparecimento dos mesmos e falta de credibilidade de relatório apresentado.

Page 96: Monografia final Sistema Controle de Estoque

79

Com este sistema, todos os controles realizados em planilhas e fichas de papel

passarão a serem realizados no computador proporcionando tanto a organização quanto à

agilidade e precisão de dados para realizar os cadastros e emissão relatórios. Em suma, o

sistema proporciona facilidades tanto para o armazém quanto para os funcionários fazem

requisições.

Também com o desenvolvimento deste sistema permitiu demonstrar metodologias

e tecnologias para desenvolver um sistema com vista a aperfeiçoar o controle de estoque

do armazém. Pode-se dizer que o desenvolvimento de um sistema, requer tempo,

paciência e muita dedicação. Neste projecto, foram realizadas pesquisas bibliográficas

com intuito de alcançar o maior conhecimento possível tangente as tecnologias e

metodologias necessárias para o desenvolvimento do sistema.

Recomenda-se que se termine com a documentação do sistema com vista a

facilitar o uso do sistema desenvolvido e garanta uma base para manutenções e em caso

de se pretender incrementar novas funcionalidades ao sistema, uma vez que o modelo ou

as regras de negócios são dinâmicos com o passar do tempo.

Para usufruir deste sistema o utilizador terá que possuir um computador com uma

resolução mínima de (1200X600).

O trabalho está aberto a novas mudanças, restruturação e ideias dependendo da

tendência tecnológica e das necessidades futuras do armazém.

Page 97: Monografia final Sistema Controle de Estoque

80

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 101: Monografia final Sistema Controle de Estoque

84

ANEXOS

ANEXO I: FORMULÁRIO UTILIZADO PARA ENTREVISTAR O GESTOR DO

ARMAZÉM DA FCS

Objectivo: Auxiliar a recolha de dados e levantamento de requisitos para o processo de

desenvolvimento de SICE para o armazém da FCS.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

1. Como é que funciona o processo de controle de estoque de material neste

armazém?

________________________________________________________________

________________________________________.

2. Qual é a informação que é registrada no momento da requisição e entrada de

material?

________________________________________________________________

________________________________________.

3. Dá-se o caso de um departamento fazer a requisição de material num dia e levantar

noutro?

________________________________________________________________

________________________________________.

Page 102: Monografia final Sistema Controle de Estoque

85

4. Qual é a maior dificuldade que vivencia no controle de estoque do armazém?

________________________________________________________________

________________________________________.

5. Quando é que se elaboram o relatório mensal do armazém?

________________________________________________________________

__________________________________________.

6. Que tipo de informações precisa fornecer ao departamento de contabilidade?

________________________________________________________________

__________________________________________.

7. Que tipo de informações o contabilista pode ter acesso?

________________________________________________________________

_________________________________________.

8. Dá-se o caso de um determinado material deteriorar-se, qual é o tratamento deste?

________________________________________________________________

_________________________________________.

9. Qual é a condição necessária para que o funcionário de um determinado

departamento levante o material que requisitou?

________________________________________________________________

__________________________________________.

10. Qual é o método utilizado para controle de estoque no armazém?

________________________________________________________________

__________________________________________.

11. Qual a frequência de falta de material ou estoque no armazém?

________________________________________________________________

___________________________________________.

Page 103: Monografia final Sistema Controle de Estoque

86

ANEXO II – CONTINUAÇÃO DO FORMULÁRIO

12. Há algum sistema (software) para controle de entrada e saída de material?

________________________________________________________________

______________________________________.

13. Qual a forma de localização de materiais utilizada no armazém?

________________________________________________________________

________________________________________.

14. Quando se sabe que foi antingido o estoque mínimo? Como é calculado?

________________________________________________________________

________________________________________.

Muito Obrigado!

Page 104: Monografia final Sistema Controle de Estoque

87

ANEXO III: FORMULÁRIO DE CADASTRO DE ENTARADA DE MATERIAL NO

ARMAZÉM

Page 105: Monografia final Sistema Controle de Estoque

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ANEXO IV: FORMULÁRIO DE REQUISIÇÃO DE MATERIAL NO ARMAZÉM


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