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CLIENTE: xxxxxxxxxxxxxxxxxLOCAL: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxMUNICÍPIO: x x-xx
ASSUNTO: Avaliação técnica dos sistemas de Proteção contra descargas Atmosféricas SPDA(Para-Raios). DATA DA VISITA TÉCNICA: 15/01/03 DAS 12:00 ÁS 13:30
1)INTRODUÇÃO1.1-Este trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação detalhada dos
SPDA´s existentes nas edificações, verificar o estado de conservação das peças e acessórios e checar a sua conformidade com a norma técnica NBR5419/2201 da ABNT em vigência.
1.2-Serão apresentadas as sugestões técnicas necessárias para conformidade á norma e apresentados desenhos e/ou detalhes caso seja necessário.
2)DICIONÁRIO E ABREVIATURAS USADAS NESTE DOCUMENTO
EXPOSIÇÃO EXTREMA: Local com muita incidência de Raios e vulnerável aos efeitos secundários dos raios que caiem na vizinhança.DG - Distribuição Geral de telefoniaBLINDAGEM ELETROSTÁTICA: Proteção contra as ondas eletromagnéticas provocadas pelos raios que viajam pelo ar.NBR5419/2001 – Norma Brasileira que regulamenta o projeto e instalação de Pára-raiosABNT - Associação Brasileira de Normas TécnicasSPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas ( Pára-raios)“As Built” – Projeto final da instalação com as modificações ocorridas durante a instalação (como executado;como construído).ART – Anotação de Responsabilidade Técnica emitida no CREA, (responsabilidade pela execução).CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia Mesh – Fechamento=Grid=Malha=Quadriculado.
3)ESCRITÓRIO/GALPÃO
3.1-CARACTERÍSTICAS DO LOCALEdificação de uso Industrial/Comercial com presença de muitas pessoas e
equipamentos eletrônicos e presença de salas “limpas” para a fabricação de cartões de teste sanguíneo e similares.As edificações estão localizadas numa área de EXPOSIÇÃO EXTREMA a descargas atmosféricas e seus efeitos indiretos.
3.2-DADOS TÉCNICOS DA EDIFICAÇÃO3.2.1-Edificação enquadrada na norma NBR5419/2001 da ABNT, como Nível II de proteção 3.2.2-Necessidade de proteção evidenciada por se tratar de edificação de Nível II, com presença de pessoas e equipamentos.3.3.3-Mesh máximo da Gaiola de Faraday : 10m X 20 m3.3.4-Espaçamento máximo das descidas: a cada 15 metros de perímetro.
-Perímetro= xx metros/15 = xx descidas -Como existem apenas xx descidas, deverão ser iinstaladas mais xx descidas para totalizar as xx descidas exigidas pela norma.3.3.5-Aterramento: 1 eletrodo vertical tipo “Copperweld” 5/8” x 2,40m (alta camada) para cada descida e um eletrodo horizontal com cabo de cobre nu #50mm2 a 50 cm de profundidade, circundando a edificação e interligando todas as descidas.
4)HISTÓRICO DE PROBLEMAS4.1-Apesar da localização do cliente ser de extrema exposição não existem
problemas freqüentes de paradas ou queima de equipamentos essenciais ao processo produtivo .
4.2-A baixa ocorrência de problemas com equipamentos se deve ao fato da estrutura metálica que envolve as edificações funcionar como blindagem eletrostática , absorvendo a maioria das interferências eletromagnéticas provenientes dos raios que caiem na vizinhança, a presença da supressores de surtos instalados na rede elétrica, aos supressores de surtos de telefonia instalados no DG e também ao fato da maioria da comunicação ser via rádio (EMBRATEL), eliminando os surtos comuns induzidos nas redes telefônicas com fio metálico, aéreas.
5)DOCUMENTAÇÃO EXISTENTE5.1-Existe um projeto de SPDA dimensionado pelo método Gaiola de
Faraday que não está em conformidade com a norma NBR5419/2001 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) nem com a sua antecessora NBR5419/1993.
5.2-Não existe relatório técnico, “As Built” nem ART da instalação existente , não havendo portanto documentação que garanta que tudo que está no projeto tenha sido corretamente executado. Por isso não é possível afirmar nada sobre as descidas e sobre o aterramento. Uma vez que não são facilmente acessíveis.
6)PRINCIPAIS FALHAS DO PROJETO6.1-Mesh´s da Gaiola muito abertos (deverão ser fechados).6.2-Espaçamento entre descidas muito grande (aumentar o numero de descidas)6.3-Aterramento das descidas separados (deverão ser interligados)6.4-Não foi dimensionado proteção para a portaria/subestação
NOTA:Veja mais detalhes no item “Sugestões para adequação do SPDA á norma”
7)VISTORIA “IN LOCO” DOS SPDA´s EXISTENTES
7.1-ESCRITÓRIO/GALPÃO
7.1.1-Em vistoria realizada no local, foi constatado que mesmo projeto estando fora das normas ele não foi totalmente executado, uma vez que as Interligações da Gaiola de Faraday entre o escritório e o galpão não foram executadas.
7.1.2-Com relação ás descidas estas foram instaladas por baixo das fachadas metálicas e mesmo estando com numero insuficiente seu estado de conservação não pode ser comprovado visualmente.
7.1.3-Os aterramentos também não foram todos identificados uma vez que estão debaixo do solo e somente alguns pontos foram identificados.
7.1.4-Foram realizadas medições de resistência dos aterramentos existentes e os resultados constam no anexo deste documento. Convém lembrar que esses valores obtidos servem apenas para dar uma idéia aproximada da qualidade do solo e não definem a eficiência do aterramento uma vez que o raio é um fenômeno de alta freqüência e quase não enxerga a resistência ôhmica, sendo muito mais importante a impedância de aterramento que o valor de resistência isoladamente. . 7.1.5-Por estes motivos o valor de resistência não será usado como parâmetro para definir a eficiência e qualidade do aterramento.
7.1.6-As estruturas metálicas dos Shiller´s existentes nos fundos do galpão deverão ser aterrados na malha periférica sugerida no item XXXXXXXXXX.
7.2-PORTARIA/SUBESTAÇÃO
7.2.1-A portaria apresenta poucas pessoas e sem equipamentos eletrônicos sensíveis por isso poderia ser dispensada a sua proteção, porém como está fisicamente ligada com a Subestação, que é uma edificação vital para o funcionamento da empresa, recomendamos a instalação de um SPDA tipo Gaiola de Faraday.
7.3-CAIXA D´ÁGUA7.3.1- Na caixa d´água existe instalado um sistema tipo Franklim, porém
este é tecnicamente desnecessário uma vez que a estrutura da edificação é totalmente metálica funcionando como um SPDA natural (prescrito na norma), capaz de captar o raio e conduzi-lo até o solo. No entanto é necessário que seja executado um aterramento circundando a estrutura e conectado em no mínimo 2 pontos diametralmente opostos.
7.3.2-Quanto ao Para-Raios Franklim e descidas existentes poderão ser mantidas , uma vez que apesar não estarem contribuindo para melhorar a proteção natural da estrutura metálica, também não estão atrapalhando, dispensando assim os custos com a sua remoção.
8)CONCLUSÃO FINAL DESTE RELATÓRIO
8.1-Os SPDA´s existentes não estão em conformidade com a norma NBR5419/2001 da ABNT e a portaria/subestação não possuem nenhum tipo de proteção. Recomendamos a execução dos serviços descriminados no item seguinte.
9)RECOMENDAÇÕES PARA PROTEÇÃO DAS EDIFICAÇÕES9.1-As recomendações para adequação das edificações ás normas, são:
9.2-ESCRITÓRIO/GALPÃO
9.2.1-Fechamento dos mesh´s da Gaiola de Faraday existente de modo que seu fechamento não ultrapasse 10m X 20m.9.2.2-Execução das interligações dos sistemas do escritório com o do galpão, conforme mostrado no projeto existente, fazendo mais um fechamento na região onde se encontram as antenas.9.2.3-Instalação de uma mastro com captor Franklim com 6 metros de altura, fixado em porta bandeira, na laterla da parede de alvenaria existente para diminuir os riscos das antenas (Embratel e Parabólica) serem atingidas diretamente por uma descarga direta.9.2.4-Instalação de mais XX descidas com barra chata de Alumínio, fixado diretamente nas fachadas sem prejuízo estético para a edificação.9.2.5-Cravação de 1 haste de aterramento tipo copperweld 5/8” x 2,40m (alta camada) para cada uma das descidas novas e conexão com solda exotérmica.9.2.6-Instalação de uma malha de aterramento horizontal com cabo de cobre nu#50mm2 a 50 cm de profundidade no solo, interligando todas as descidas (existentes e novas) formando um anel ao redor da edificação.9.2.7- Equalização de potenciais entre a malha de aterramento nova com a caixa de aterramento existente na frente do escritório.9.2.3- Instalação de um barramento de cobre dentro da caixa de aterramento existente, de acordo com as medidas normalizadas.
NOTA: Para mais detalhes consultar os desenhos anexos
9.3-PORTARIA E SUBESTAÇÃO
9.3.1-Instalação de uma Gaiola de Faraday, com mesh´s de no máximo 10m X 20m, com cabos de conre nu#35mm2..9.3.2-Instalação de xx descidas distribuídas ao longo do perímetro das edificações, com cabo de cobre nu #35mm2, fixados por presilhas de latão, parafusos inox e buchas de nylon. As descidas
serão protegidas contra danos mecânicos através de tubos de PVC rígido e abraçadeiras adequadas.
9.3.3-Para cada descida será instalada 1 haste copperweld 5/8” x 2,40m (alta camada).9.3.4-Instalação de uma malha com cabo de cobre nu #50mm2, circundando as edificações e interligando todas as descidas, a 50 cm de profundidade no solo com soldas exotérmicas.9.3.5-Instalação de uma caixa de equalização de potenciais dentro da subestação para vinculação da malha do SPDA com a malha da subestação .
9.4-CAIXA D´ÁGUA METÁLICA
9.4.1-Cravação de 2 hastes de aterramento copperweld 5/8” x 2,40m em posições diametralmente opostas e conexão com a estrutura metálica da caixa.
9.4.2-Instalação de uma malha de aterramento com cabo de cobre nu #50mm2, circundando a caixa d´água e interligando as 2 hastes cravadas, a 50 cm de profundidade no solo e conectadas com soldas exotérmicas.
10-DOCUMENTAÇÃO E INSTALAÇÃO10.1-Os serviços acima mencionados deverão ser documentados através
de um projeto “As Built” , relatório técnico da execução, medição de resistência das malhas de aterramento do escritório/galpão , portaria/subestação e caixa d´água separadamente e ART junto ao CREA-MG.
10.2-A execução dos serviços mencionados deverá ser realizada por empresa especializada e que esteja cadastrada no CREA-MG.
10.3-Os materiais empregados deverão ser de boa qualidade, tais como ferragens galvanizadas a fogo, cobre, latão, Inox, Bronze e Alumínio. É proibido o uso de galvanização eletrolítica, inclusive de porcas, parafusos e arruela, os quais deverão se inox e as hastes de aterramento deverão ser de alta camada.
11-DADOS ADICIONAIS11.1-Este trabalho foi elaborado com base nos projetos do SPDA fornecidos
pela DIAMED e levantados no local, acompanhado pelo Eng. Lucélio da DIAMED.
TERMOTÉCNICA PROTEÇÃO ATMOSFÉRICAEng. Normando Virgílio Borges Alves-Diretor Técnico-CREA nºRelator da norma NBR5419/2001 da ABNT