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MINICURSOS TEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SENSIBILIZAÇÃO PARA A

EDUCAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO: A FÍSICA NO TRÂNSITO

Fernanda Carolina Freitas Cabral

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ensino de Física no Curso de

Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF),

como parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Mestre em Ensino de Física.

Orientador:

João dos Santos Cabral Neto

Manaus

Maio, 2016

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MINICURSOS TEMÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SENSIBILIZAÇÃO PARA A

EDUCAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO: A FÍSICA NO TRÂNSITO

Fernanda Carolina Freitas Cabral

Orientador:

João dos Santos Cabral Neto

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física

no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos

requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física

Aprovada por:

_________________________________________

Dr. Luiz Henrique Pacobahyba – UFRR

_________________________________________

Dr. José Ricardo de Sousa – UFAM

_________________________________________

Dr. João dos Santos Cabral Neto – IFAM

Manaus

Maio, 2016

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“Sei que meu trabalho é uma gota no oceano.

Mas sem ele, o oceano seria menor...”

Madre Teresa de Calcutá

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FICHA CATALOGRÁFICA

L927i

Cabral, Fernanda Carolina Freitas

Minicursos Temáticos como Estratégia de Sensibilização para a Educação e

Segurança no Trânsito: A Física no Trânsito/ Fernanda Carolina Freitas Cabral

- Manaus: UFAM / IFAM, 2015.

viii, 193 f.: il.;30cm.

Orientador: João dos Santos Cabral Neto

Dissertação (mestrado) – UFAM / IFAM / Programa de Pós-Graduação em

Ensino de Física, 2015.

Referências Bibliográficas: f. 111-117.

1. Minicursos de Física no Trânsito. 2. Leis de Newton. 3. Ensino de Física. I.

Neto, João dos Santos Cabral. II. Universidade Federal do Amazonas, Instituto

Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física. III.

Minicursos de sensibilização para o trânsito: unidade de ensino.

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Dedico esta dissertação aos meus pais, em especial ao meu pai Francisco Augusto da Silva

Cabral (in memorian), por em vida ter me ensinado através do seu exemplo como ser humano

e após a sua passagem, que o que deve prevalecer são as nossas convicções.

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Agradecimentos

A alguns colegas, do Instituto de Educação do Amazonas, por abraçar junto comigo essa causa

pessoal e profissional e com devidas contribuições. Em especial, à professora Lúcia Lopes pela

significativa colaboração no que se refere à logística para a realização da pesquisa, às também

colegas de trabalho e amigas pessoais, Bruna Barbosa de Freitas, Erickson Moraes de Medeiros,

Tarciana Almeida de Paula e Jessyca Macedo Brasil, pelo grato incentivo.

Aos meus alunos e ex alunos, pelo constante incentivo e torcida nesta caminhada.

Aos meus colegas, do curso de Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (polo 4),

pelo entrosamento e perseverança coletiva, apesar de alguns percalços.

A cada um dos professores e colaboradores, do curso de Mestrado Nacional Profissional em

Ensino de Física (polo 4), pela contribuição nessa trajetória.

Ao meu orientador, pela paciência e incentivo, fator determinante para que todo o processo da

pesquisa ocorresse da melhor maneira possível.

A todos, que nunca duvidaram de que um dia eu pudesse chegar até aqui, meu muito obrigada.

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RESUMO

Fernanda Carolina Freitas Cabral

Orientador:

João dos Santos Cabral Neto

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física no

Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física

O projeto Minicursos Temáticos como Estratégia de Sensibilização para a Educação e

Segurança no Trânsito: A Física no Trânsito, surgiu a partir de um problema social recorrente

e cujo desdobramento se reflete no cotidiano de todos nós, o trânsito. Esta problemática pode

ser abordada em sala de aula por meio da sensibilização para o tema, desta forma é possível que

tais conhecimentos incorporem seus devidos significados no ensino da física e passem a fazer

sentido no cotidiano do estudante. Este trabalho teve como objetivo avaliar o papel da educação

no trânsito e associá-lo ao ensino de física a fim de promover mudanças no comportamento,

embora a longo prazo, de futuros condutores. Participaram da pesquisa os alunos do segundo

ano do ensino médio de uma instituição de ensino público na cidade de Manaus. O referencial

teórico adotado foi o da aprendizagem significativa de David Ausubel, que fornece orientações

sobre o uso e benefício do conhecimento prévio do estudante. Esta pesquisa descreve o

desenvolvimento de atividades educativas através de minicursos de Física, caracterizado como

um produto educacional e relata ainda uma experiência particular em sala de aula, a fim de

viabilizar um ensino mais crítico no tocante às leis de Newton, para que o mesmo possa ser

reproduzido e aprimorado.

Palavras-chave: Minicursos, Aprendizagem Significativa, Trânsito.

Manaus

Maio, 2016

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ABSTRACT

Fernanda Carolina Freitas Cabral

Academic Advisor:

João dos Santos Cabral Neto

Masters dissertation submitted to the Postgraduate Studies Program in Physics Teaching in the

Professional Masters Course in Physics Teaching (MNPEF) as part of the requirements in order

to obtain a Master's degree in Physics Teaching.

The Thematic Short Courses project with an awareness strategy for physics teaching

came from a recurring social problem and which impact is reflected in the daily lives of all of

us, the traffic. This issue can be approached in the classroom through the awareness to the

subject, for this reason, it is possible that such knowledge can incorporate its own meanings in

Physics Teaching and it starts to make sense in the student's daily life.

This study aimed to evaluate the role of Traffic Education and associate it to Physics Teaching

so as to promote changes in behavior, even though it is a long-term change, of future drivers.

Students from the second year of High School Education (Junior year) of a state educational

institution in the city of Manaus participated in this survey.

The theoretical framework adopted was the meaningful learning by David Ausubel, that

provides guidance on the use and the benefit of student’s previous knowledge.

This research describes the development of educational activities through the short courses of

Physics, characterized as an educational product and it also reports a particular experience in

the classroom in order to enable a more critical education regarding Newton's Laws, so that it

can be reproduced and improved.

Keywords: Short Courses, Meaningful Learning, Traffic.

Manaus

May, 2016

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Sumário

Introdução .................................................................................................................. .....1 Capítulo 1 Questões sobre a Física e a Educação no Trânsito .................................. 3

1.1 O Código de Trânsito Brasileiro e a Educação para o Trânsito ......................... 3 1.2 O PCN e a Educação para o Trânsito ................................................................. 6

1.3 Dados do comportamento no Trânsito de Manaus (de 2012 a 2015) ................. 9 1.3.1 Estatísticas nacionais referentes ao trânsito: comparativo..........................13 1.3.2 Tendências: Década Mundial da Segurança Viária (2010 – 2020).............17

Capítulo2 Princípios básicos da mecânica no contexto do trânsito ......................... 19 2.1 Princípios Fundamentais da Mecânica: as Leis de Newton ............................. 19

2.2 O limite de velocidade das vias ........................................................................ 23 2.3. Desaceleração: evitando colisão ..................................................................... 28

2.3.1. Distrações ao volante.................................................................................29 2.3.2. Atrito e os freios.......................................................................................31

2.4. Por que usar o cinto de segurança? .................................................................. 33 2.5. A investigação de um acidente de trânsito ...................................................... 35

Capítulo 3 ...................................................................................................................... 38 Estratégias de ensino: o uso de minicursos para a Educação no Trânsito .............. 38

3.1 Elementos Básicos da Investigação .................................................................. 38

3.1.1 Objeto de estudo........................................................................................38 3.1.2 Problemática..............................................................................................38

3.1.3 Questão de pesquisa....................................................................................39 3.1.4 Objetivos Geral e Específicos...................................................................39

3.2 Conceitos básicos da aprendizagem significativa ............................................ 40

3.3 Unidade de ensino: Ensino de Física e Educação no Trânsito ......................... 42 3.3.1 Público alvo e suas especificidades............................................................42

3.3.2 Definição do tema.......................................................................................43 3.3.3 Planejamento do recurso pedagógico.........................................................43

3.3.4 O ensino por temas.....................................................................................54 3.3.5 Uso de um jogo no formato de quiz (questionário)....................................55

3.3.6 Descrição das atividades do mini evento (minicursos)..............................57

Capítulo 4 Análise e discussão dos resultados ........................................................... 69 4.1 Estrutura e organização .................................................................................... 69

4.2 Avaliação dos minicursos ................................................................................. 73 4.2.2 Resultados quantitativos.............................................................................81

Apêndice A Pré e pós testes do mini evento ............................................................... 104 Apêndice B Termo de autorização (para pais ou responsáveis de menores de idade) 108

Considerações Finais .................................................................................................. 109

Referências Bibliográficas ......................................................................................... 111 Apêndice ...................................................................................................................... 118 6. Sobre o Produto Educacional ................................................................................... 118

6.1 Descrição do Produto ..................................................................................... 119

6.2 Produto ........................................................................................................... 122

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Lista de ilustrações

Figura 1: Fonte - Detran (AM) ................................................................................................... 9 Figura 2: Dados da Secretaria de Segurança segundo o Portal de notícias G1 Amazonas ...... 10 Figura 3: Dados do MANAUSTRANS de acordo com o Portal de notícias G1 Amazonas .... 10

Figura 4: Fonte - DATASUS .................................................................................................... 15 Figura 5: Fonte - Anuário estatístico DPVAT (2014) .............................................................. 16 Figura 6: Fonte – ONSV ........................................................................................................... 18 Figura 7: Repercussão internacional – Jornal inglês The Guardian. Disponível em

<http://bhaz.com.br/2015/07/10/tres-semanas-depois-midia-internacional-repercute-cristiano-

araujo-e-nos-define-como-abismo-cultural/>. Acesso em agosto de 2015. ............................. 25 Figura 8: Fonte - Próprio autor ................................................................................................. 26 Figura 9:Velocidade do veículo e a distância de parada. ......................................................... 27

Figura 10: Matéria sobre acidente com jovens, apontando como causa principal o excesso de

velocidade (Jornal A Crítica de Manaus em 04 de Outubro de 2015) ..................................... 27 Figura11:Matéria sobre distrações no trânsito

(<http://new.d24am.com/plus/comportamento/estudo-aponta-celular-ainda-maior-causa-

acidentes-transito/117009>) de 1 de agosto de 2014 ............................................................... 29 Figura 12:Representação da força de atrito exercida entre o pneu e a pista de rolamento.

Figura 13:Slides do minicurso I (Exemplos de questões de um dos quizzes) .......................... 56 Figura 14: Visualização de vídeo ............................................................................................. 70 Figura 15:Divulgação do projeto .............................................................................................. 71

Figura 16: Print de tela do pré – teste 1 e 2 .............................................................................. 72 Figura 17:Print de tela dos pós – testes 1 e 2............................................................................ 73

Figura 18: Plataforma Digital do projeto A Física na Educação do Trânsito........................... 80

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Lista de gráficos e tabelas

Quadro 1: Plano do minicurso I.................................................................................................45

Quadro 2: Plano do minicurso II...............................................................................................50

Gráfico 1:Questão 1 (Pré-teste) ................................................................................................ 82 Gráfico 2:Questão 2 (Pré-teste) ................................................................................................ 83 Gráfico 3:Questão 3 (Pré-teste) ................................................................................................ 84 Gráfico 4:Questão 4 (pré – teste) .............................................................................................. 85

Gráfico 5:Questão 5 (pré – teste) .............................................................................................. 86 Gráfico 6:Questão 6 (pré – teste) .............................................................................................. 87 Gráfico 7:Questão 1 (pós – teste) ............................................................................................. 88

Gráfico 8:Questão 2 (pós – teste) ............................................................................................. 89 Gráfico 9:Questão 3 (pós – teste) ............................................................................................. 90 Gráfico 10:Questão 4 (pós – teste) ........................................................................................... 91 Gráfico 11:Questão 5 (pós – teste) ........................................................................................... 92

Gráfico 12:Questão 6 (pós – teste) ........................................................................................... 93 Gráfico 13:Questão 7 (Pós-teste) .............................................................................................. 94

Gráfico 14:Questão 1 (pré – teste) ............................................................................................ 95 Gráfico 15:Questão 2 (pré – teste) ............................................................................................ 96 Gráfico 16:Questão 3 (Pré-teste) .............................................................................................. 97

Gráfico 17:Questão 4 (Pré-teste) .............................................................................................. 98 Gráfico 18:Questão 1 (pós – teste) ........................................................................................... 99

Gráfico 19:Questão 2 (pós – teste) ......................................................................................... 100 Gráfico 20:Questão 3 (pós – teste) ......................................................................................... 101 Gráfico 21:Questão 4 (pós – teste) ......................................................................................... 102

Gráfico 22:Questão 5 (pós – teste) ......................................................................................... 103

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Lista de siglas

ABRAMET – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego

ABS – Anti-lock Braking System

AS – Aprendizagem Significativa

CET – Companhia de Engenharia de Tráfego

CNH – Carteira Nacional de Habilitação

CNT – Código Nacional de Trânsito

CTB – Código de Trânsito Brasileiro

DATASUS – Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil

DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito

DETRAN – AM – Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Amazonas

DIP – AM – Departamento Integrado de Polícia do Estado do Amazonas

DPVAT – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre

GB – Giga Bytes

IBGE – Instituto de Geografia e Estatística

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MANAUSTRANS – Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito

ONU – Organização das Nações Unidas

OMS – Organização Mundial da Saúde

ONSV – Observatório Nacional de Segurança Viária

PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais

SSP – AM – Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas

SUS – Sistema único de Saúde

TAS – Teoria da Aprendizagem Significativa

TCE – AM – Tribunal de Contas do Estado do Amazonas

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

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1

Introdução

Diante do sucateamento que a educação em geral vem sofrendo e sem entrar no mérito

da questão, o ensino – aprendizagem nas aulas de Física tem sobrevivido de inovações

metodológicas. Pois em pleno século XXI, na era da tecnologia, despertar a atenção de um

estudante de ensino médio não é uma tarefa muito simples quando se dispõe apenas de quadro

branco, pincel e um amontoado de expressões matemáticas sem nenhuma relação com o

cotidiano.

É muito comum ouvir-se: “onde eu vou utilizar isso?” ou ainda: “Vou exercer uma

profissão na qual não vou precisar saber Física”. É nesse momento que o papel do professor

ganha uma relevância ainda maior, contextualizando situações nas quais o estudante se

familiarize e entenda que tal ciência não está tão distante ou não é inacessível como

provavelmente se pensa.

Neste sentido, problematizar situações cotidianas com uma roupagem científica

viabiliza uma educação mais cidadã e crítica, possibilitando que os conhecimentos adquiridos

possam pautar suas ações diárias. Isto acontece no trânsito, onde as leis de Newton podem ser

contextualizadas para que o estudante compreenda de forma palpável que o motivo de se

respeitar as leis de trânsito não se baseia apenas no politicamente correto, mas também que

certas atitudes acarretam consequências drásticas que podem ser evitadas apenas fazendo - se

uso do bom senso e da sensibilização a esta questão.

Assim, o objetivo desta dissertação é “simplificar” a Mecânica por meio do trânsito

urbano de veículos, utilizando como aporte um evento escolar interno, com o intuito de

minimizar as dificuldades acerca da compreensão do referido conteúdo; haja vista que o mesmo

normalmente é abordado sem tanta relevância por conta do grau de abstração que requer.

Elaborou-se então, roteiros embasados nos conceitos da aprendizagem significativa, destinados

aos estudantes do primeiro ano do ensino médio ou que já o tenham cursado, contendo

situações-problema alusivas ao trânsito e como instrumento de avaliação de aprendizagem,

criou - se um quiz bastante lúdico e com comandos simples.

Esta dissertação descreve o desenvolvimento destas atividades didáticas que

caracterizam um mini evento de Física e o relato desta experiência em sala de aula. Tais

atividades foram executadas como instrumentos de auxílio para um Ensino de Física mais

contextualizado e consequentemente uma aprendizagem de maneira mais significativa no

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ensino médio; uma vez que o trânsito é uma problemática que repercute bastante nas principais

discussões sociais da atualidade.

Tal fato possibilitou a criação de um produto educacional nos moldes de um tutorial,

que compacta a descrição de tais atividades para posterior reprodução a outros profissionais de

educação ou a quem possa interessar. E para que a aprendizagem significativa não fique apenas

em nosso discurso, é imprescindível que não nos limitemos a meras metodologias que muitas

vezes não se adequam ao público alvo, é necessário ajustar elementos específicos em cada sala

de aula, haja vista que dentro da mesma, há realidades cognitivas distintas e é este, o grande

desafio.

O capítulo 1 versa sobre as parâmetros educacionais e regulamentações legislativas

vigentes que regem o trânsito brasileiro, em especial, na cidade de Manaus, onde o índice de

acidentes de trânsito envolvendo jovens, têm crescido de forma preocupante.

No tocante ao capítulo 2, buscou – se contextualizar alguns princípios físicos da

Mecânica, com ênfase em conceitos que estejam envolvidos na temática do trânsito, tais como:

aceleração, atrito, velocidade, leis de Newton e conceitos afins. Em consonância portanto, com

os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e o Código de Trânsito Brasileiro (CTB),

conforme foi abordado no primeiro capítulo. Já o capítulo 3 relata como e qual foi a estratégia

de ensino utilizada para o desenvolvimento da pesquisa em questão, a descrição e a influência

que cada etapa metodológica realizada causou nos estudantes. O referido desenvolvimento,

consta como sequências de ensino.

No último capítulo apresenta-se os dados coletados no decorrer da pesquisa e sua

respectiva discussão, com o intuito de sistematizar e facilitar a utilização do produto

educacional que encontra-se em apêndice. Destaca – se também as vantagens e desvantagens

da realização de minicursos dentro do ambiente escolar e ainda, uma plataforma digital que

permite a propagação e a continuidade do projeto.

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Capítulo 1

Questões sobre a Física e a Educação no Trânsito

1.1 O Código de Trânsito Brasileiro e a Educação para o Trânsito

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é baseado na Constituição Federal de 1988 e

entrou em vigor em 22 de janeiro 1998 por meio da lei nº 9.503 de 23/09/1997, quando foi

aprovadab oficialmente pelo Congresso Nacional. Atualmente é constituído de 20 capítulos,

com um capítulo dedicado exclusivamente à educação, determinando, entre outros aspectos, a

implementação da educação para o trânsito em todos os níveis de ensino, onde no artigo 76

estabelece que “a educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º

e 3º graus [...]”, BRASIL [1]

No parágrafo único, alínea I, desse artigo, temos de maneira clara a obrigatoriedade de

adoção, nos vários níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar que contemple o tema

transversal segurança e educação no trânsito:

I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com

conteúdo programático sobre segurança de trânsito [2]

No artigo 315 desta lei é definido que o Ministério da Educação e do Desporto,

atualmente, Ministério da Educação, num prazo de duzentos e quarenta dias contado da

publicação, deveria estabelecer o currículo com conteúdo programático relativo ao tema

segurança e a educação no trânsito para atender o disposto no CTB. Deste modo, várias questões

devem ser observadas para uma proposta de currículo que contemple este tema. Não é objeto

de estudo deste trabalho discutir a questão curricular, mas investir em questões que podem

produzir uma mudança de comportamento no trânsito diretamente relacionada ao sentido dado

para a aprendizagem de conceitos básicos da mecânica.

O CTB dedica vários artigos para direcionar a conduta de pedestres e condutores de

veículos, motorizados ou não, com o propósito de zelar pela segurança individual e coletiva e

o exercício da cidadania. No tocante às orientações ou determinações que podem estar

correlacionados aos conceitos básicos da mecânica, destacamos os seguintes [3]:

____________________________

[1] BRASIL. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. Código

de Trânsito Brasileiro. Brasília, 2008, p.34.

[2] Ibidem, p. 35.

[3] Ibidem, p. 23-30.

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Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá

verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso

obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para

chegar ao local de destino.

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o

com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às

seguintes normas:

[...]

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os

demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no

momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as

condições climáticas;

[...]

XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: [...]; b) afastar-se do usuário ou

usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de

segurança;

Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte

coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros,

deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com

vistas à segurança dos pedestres.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode

executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão

cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.

Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de

segurança.

Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as

condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a

intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos

para a via, além de:

[...]

II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se

de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não

ser que haja perigo iminente;

III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a

manobra de redução de velocidade.

Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve

demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que

possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que

tenham o direito de preferência.

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá

ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclo faixa, ou acostamento, ou quando não for

possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de

circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em

todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo

CONTRAN.

Art. 69 Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança,

levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos

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veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas

existirem numa distância de até cinquenta metros dele [...]

Conceitos sobre velocidade (velocidade relativa), distância de segurança (intrínseco o

tempo de reação, cálculo de distância de parada e frenagem), aceleração (desaceleração), inércia

(obrigatoriedade do uso de cinto de segurança), e de modo geral, as leis de Newton, estão

presentes nesses artigos. As conexões entre o CTB e conceitos da Física dão evidências da

necessidade de se discutir numa perspectiva interdisciplinar, a segurança e a educação no

trânsito dentro da escola.

O Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, constatou que em 2009 do

total de mortes provocadas por acidentes de trânsito 45,6% das pessoas envolvidas tinham idade

entre 20 e 39 anos. Este quantitativo quando somado àqueles que têm entre 15 e 19, sobe para

53,4%. Os dados indicam que os jovens têm grande parcela de contribuição para as mortes

provocadas no trânsito, Portal Brasil [4]. Esta realidade não deixa dúvida da necessidade de se

discutir conceitos que envolvam segurança e educação no trânsito no âmbito da escola, e

principalmente para o público jovem. Segundo Faria e Braga [5], a participação de jovens nesta

alarmante estatística se dá porque

[...] os jovens podem estar mais motivados a assumir comportamentos de risco na

medida em que sentem necessidade de autonomia (contrapondo-se à autoridade dos

pais e das normas sociais), necessidade de novidades e de sensações, bem como

necessidade de auto afirmação, quando o risco caracteriza-se como uma fonte de

prestígio e de competitividade.

O CTB e as penalidades impostas pela lei, por si só não tem surtido o efeito desejado,

que é a redução dos índices de vítimas do trânsito, gerando inclusive gastos orçamentários para

o país, como afirma o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) [6]: “O Brasil gasta,

em média, R$ 16,1 bilhões em decorrência de acidentes de trânsito, R$ 10,7 bilhões é o custo

decorrente das mortes. O restante, R$ 5,4 bilhões, com os feridos [...]”. Entre outros custos

destacam-se: previdência social, custos legais, perdas materiais, despesas com seguro entre

outros. Apesar da normas de conduta sujeitas à penalidade, esse contexto continua preocupante,

pois não tem sido suficiente para minimizar as estatísticas alarmantes que o Brasil possui acerca

dos acidentes de trânsito.

_________________________

[4] Portal Brasil. Jovens respondem por metade das mortes provocadas pelo trânsito, 2011. Disponível

em:<http://www.brasil.gov.br/saude/2011/11/jovens-respondem-por-metade-das-mortes-provocadas-pelo-

transito> Acesso em set. 2015.

[5] FARIA e BRAGA, 1999, p.100

[6] ONSV, Observatório Nacional de Segurança Viária, Brasília, 2015. Disponível em < http://www.onsv.org.br/noticias/brasil-gasta-mais-de-r-16-bilhoes-por-ano-com-acidentes-de-transito/>. Acesso

em: maio 2015.

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6

Contudo, conforme mencionado no artigo 76, a conscientização para esse tema deve ter

a escola como fomentadora e geradora de conhecimento. Estes conceitos são vistos no Ensino

Médio, e o significado (sentido) dado a eles no contexto da segurança e educação no trânsito

pode produzir vantagens pedagógicas na interação entre o conhecimento aprendido

(conhecimento físico com significado) e a desejada mudança de comportamento das pessoas no

trânsito. Ayres e Ferri [7] quando discutem sobre o que deve ser considerado para a educação

no trânsito, ressaltam que a educação é um dos alicerces fundamentais para que o

comportamento adequado ao trânsito seja desenvolvido de maneira que evite os acidentes com

vítimas. Ou seja, a educação está intimamente relacionada à consciência de valores das pessoas.

É preciso uma intervenção significativa, concreta e um trabalho educativo e contínuo

nas escolas desde a mais tenra idade. Os jovens precisam aprender de forma significativa sobre

respeito, responsabilidade, ética, normas e regras que devem ser seguidas no trânsito e saber

que sua conduta, neste contexto, pode ainda ser melhorada com a compreensão a respeito de

conceitos básicos da mecânica. O desenvolvimento de um trabalho sistemático sobre segurança

e educação para o trânsito que envolva todos na escola deve dar-se não só por campanhas, ou

pequenos eventos, mas no dia a dia, no processo de ensino-aprendizagem.

A ideia de contribuir para uma mudança de comportamento de pessoas no trânsito

instigou a elaboração desta proposta, cuja finalidade é discutir as leis fundamentais da mecânica

no contexto do tema segurança e a educação com alunos do ensino médio que cursam a 1ª série,

buscando alternativas de intervenção que visem tornar a aprendizagem significativa da física

para o trânsito, despertar o significado de conceitos da física, como uma iniciativa de ação

modificadora dos índices alarmantes de acidentes com jovens.

1.2 O PCN e a Educação para o Trânsito

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), utilizados como fonte curricular pelas

escolas do ensino médio, faz parte da educação brasileira desde 1999 e apresentam importantes

encaminhamentos para o ensino da Física que propiciem um aprendizado útil à vida e ao

trabalho BRASIL [8]. Este documento considera que o conhecimento físico incorporado à

cultura tornou-se indispensável à formação cidadã contemporânea, e espera que

[...] o ensino de Física, na escola média, contribua para a formação de uma cultura

científica efetiva, que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e

processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a

natureza como parte da própria natureza em transformação.

____________________________

[8] BRASIL, 1999, p.22

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7

Portanto, é preciso ensinar Física em novas perspectivas para possibilitar uma melhor

compreensão da realidade pessoal, do mundo e do exercício da cidadania. Para isso, o PCN

sugere a adaptação e utilização de alguns temas transversais, que pressupõem um tratamento

integrado das áreas e um compromisso das relações interpessoais e sociais escolares com as

questões que estão envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coerência entre os valores

experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e o contato intelectual com tais

valores BRASIL [9]. Porém, além de eventuais adaptações, é importante que sejam eleitos

temas locais para integrar o componente temas transversais; por exemplo, muitas cidades têm

elevadíssimos índices de acidentes com vítimas no trânsito, o que faz com que suas escolas

necessitem incorporar a educação para o trânsito em seu currículo. Assim, a segurança e a

educação no trânsito tratam não só de questões morais e éticas, como também de princípios

gerais da mecânica clássica que permitem ao estudante dar sentido à aquilo que aprende. O

intuito é provocar desde cedo uma reflexão comportamental contínua nas tomadas de decisão

por parte dos cidadãos.

O poder público, através das esferas de cunho administrativo: municipal, estadual e

federal criam campanhas onde a direção defensiva é sempre contemplada, porém, a sua

ineficácia se dá pelo fato de que são realizadas apenas em momentos alusivos à semana nacional

de trânsito, que ocorre de 18 a 25 de setembro ou diante de graves acidentes que repercutem na

mídia, não havendo uma propagação contínua nessa perspectiva, pois apesar de estar previsto

no Código de Trânsito Brasileiro, o investimento para a educação no trânsito no Brasil é escasso

frente ao exacerbado crescimento da frota de veículos automotores. Por exemplo

O artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro determina a destinação da verba

arrecadada pela imprudência dos condutores exclusivamente à sinalização, engenharia

de tráfego, policiamento, fiscalização e educação para o trânsito, mas, apesar da

arrecadação das multas de trânsito crescer anualmente de forma vertiginosa, o

investimento acerca da educação voltada à campanha socioeducativa ainda é muito

inexpressivo. [10]

Neste sentido, a escola pode contribuir com a sociedade sem necessariamente ter como

única opção as políticas públicas, que embora necessárias, neste contexto têm sido ineficazes.

É possível ainda, que este caráter efêmero de combate aos acidentes no trânsito, induza o jovem

estudante, até pela oscilação comportamental inerente à faixa etária, a refletir e moldar o seu

comportamento apenas momentaneamente.

____________________________

[10] BRASIL, 2008, p. 96

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8

De forma complementar, dispõe – se das Diretrizes Curriculares Nacionais para

Educação Básica [11], em consonância ainda com os

Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB, determinam que sejam incluídos

componentes não disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio ambiente e

à condição e direitos do idoso.

Art. 17. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, destinar-se-ão, pelo menos, 20%

do total da carga horária anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares

eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedagógico, de modo que os

estudantes do Ensino Fundamental e do Médio possam escolher aquele programa ou

projeto com que se identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o

conhecimento e a experiência.

§ 1º Tais programas e projetos devem ser desenvolvidos de modo dinâmico, criativo

e flexível, em articulação com a comunidade em que a escola esteja inserida.

§ 2º A interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a transversalidade

do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos temáticos, perpassando todo o

currículo e propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes campos do

conhecimento.

A Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional (LDB) endossa, conforme a Por Vias

Seguras [12], a importância do tema trânsito no ensino escolar; onde cada escola possui

autonomia para a elaboração e execução de seu projeto político – pedagógico de acordo com a

perspectiva curricular de educação básica, onde considera-se de suma importância a inclusão

do tema Educação para o Trânsito, seguindo – se as seguintes diretrizes:

a) Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos

e do respeito o bem comum;

b) Desenvolvimento da capacidade de aprender e criar condições aos alunos para a

manifestação de ideias;

c) Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político e tecnológico,

propiciando aos alunos o acesso igualitário à informação e valorizando o saber e a

cultura, ampliando, assim, seus horizontes.

Vale a ressalva de que, o tema trânsito está diretamente ligado à questão da saúde, pois

os PCN abordam a prevenção de acidentes, inserida nos temas transversais e melhor detalhada

nos temas de saúde. O objetivo fundamental é educar, sensibilizar e conscientizar os alunos

sobre o direito à saúde.

Os principais tópicos abordados são:

________________________

[11] BRASIL, 2013, p. 480.

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9

a) Compreender que a saúde é um direito de todos;

b) Compreender que as condições de saúde depende do meio físico, econômico e

sociocultural, sendo identificadas nestes meios como fatores de risco à saúde pessoal e

coletiva;

c) Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as possibilidades de utilização

dos serviços voltados para a proteção e recuperação da saúde;

d) Abordar a questão dos acidentes tanto do ponto de vista das medidas práticas de

prevenção, como da aprendizagem de medidas de primeiros socorros a crianças.

1.3 Dados do comportamento no Trânsito de Manaus (de 2012 a 2015)

De acordo com o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito

(MANAUSTRANS) [13], o número de mortes registradas no trânsito subiu 7,4% nos primeiros seis

meses de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013, totalizando 256 mortes em Manaus.

Tais dados compõem a estatística do Instituto referente ao período de 1º de janeiro a 6 de julho de

2014 e aponta como causa principal das mortes no trânsito, a imprudência ao dirigir.

Apenas no mês de março de 2014, 38 pessoas perderam a vida em colisões fatais. No ano

anterior, o Instituto havia contabilizado 23 vítimas de colisões no mesmo período. No dia 28 de

março, do mesmo ano, registrou-se uma das maiores tragédias de trânsito da história da capital, um

acidente entre um caminhão e um micro-ônibus na movimentada Avenida Djalma Batista, Zona

Centro - Sul da cidade de Manaus que vitimou fatalmente 15 pessoas, entre elas, os motoristas dos

dois veículos, uma criança e uma mulher grávida. Mas há ainda localizações mais propícias ao

acontecimento de acidentes de trânsito:

Figura 1: Fonte - Detran (AM)

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10

Segundo o Portal G1 Amazonas [14], os dados da Secretaria de Segurança Pública do

Amazonas (SSP-AM) fornecidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de Manaus (DETRAN -

AM), aponta que houve um aumento de 41% nos casos de acidentes de trânsito nos últimos três anos.

Figura 2: Dados da Secretaria de Segurança segundo o Portal de notícias G1 Amazonas

Mais de 21 mil vítimas ficaram feridas nessas tragédias; 1.063 perderam suas vidas. O

número de feridos entre 2012 e 2014 é o mais expressivo, pois saltou de 21.036 para 29.658 casos.

Ainda no primeiro semestre de 2014, em comparação com o mesmo período do ano anterior, pode

– se notar um aumento, ainda que sutil, se comparado a outros momentos:

Figura 3: Dados do MANAUSTRANS de acordo com o Portal de notícias G1 Amazonas

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11

No total, de 2012 a junho de 2015, 21.606 pessoas sofreram lesões durante acidentes de

trânsito, sendo 3.459 somente no primeiro semestre de 2015. Durante esses anos e nos seis primeiros

meses de 2015 foram notificadas 92.514 colisões entre veículos na capital.

Na opinião do diretor-presidente do DETRAN - AM, em entrevista ao referido portal de

notícias, a falta de conscientização e a imprudência, aliados ao consumo de álcool por parte dos

condutores são as principais causas das colisões no trânsito.

Ele afirma que mesmo com a realização de campanhas educativas foram apreendidas mais

de 5 mil carteiras de habilitação nas blitze realizadas em 2014 e em 2015, foram suspensas e cassadas

mais de 2 mil. O diretor ainda enfatiza que a ocorrência de acidentes de trânsito envolve

principalmente os jovens, pelo alto índice de consumo de álcool na direção. Por outro lado, o

primeiro semestre de 2015 teve redução de 19,23% no número de vítimas fatais de trânsito em

relação ao mesmo período do ano passado, na cidade de Manaus.

De acordo com as estatísticas do MANAUSTRANS de 1º de janeiro a 29 de junho de

2014, foram registradas 256 mortes. No mesmo período de 2015, a estatística revelou 105

vítimas fatais, G1 Amazonas [15]. Segundo este mesmo órgão, em junho de 2015 houve redução

de 42,86% nos casos de vítimas fatais em acidentes de trânsito, em comparação com o mesmo

período do mês de 2014, que normalmente á atribuído ao período das férias escolares e recessos

locais. Esta redução começou ainda 2014, quando houve uma queda de 10,5% no comparativo com

o ano anterior. Apesar da diminuição das mortes no trânsito, em pouco mais de três anos, 1.063

pessoas morreram nas ruas de Manaus. Os jovens e adultos da faixa etária de 18 a 34 anos são as

maiores vítimas dos acidentes de trânsito.

As estatísticas do supracitado órgão mostram que apesar de em 2015 haver diminuído

quantitativamente os acidentes de trânsito, os números ainda são expressivos e as circunstâncias

dos referidos acidentes, muito violentas. Dos 137 casos de acidentes com vítimas fatais

registrados até julho de 2015, por exemplo, 80% tiveram como fator o consumo de álcool,

prática juvenil bastante comum entre os jovens da capital, o que contribui para alargar as

estatísticas de jovens mortos em acidentes de trânsito. De acordo com o inspetor do núcleo de

policiamento e fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), isso está ligado à

vulnerabilidade emocional dessa faixa etária. Segundo ele, os jovens são mais propensos à

impetuosidade e acabam se arriscando porque gostam de aventura, Portal de notícias D24am

[16]. O portal de informações noticia ainda que, segundo o Mapa da Violência 2014 elaborado

com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde

(MS), entre os amazonenses com idade abaixo dos 15 anos e com 30 anos ou mais, a taxa de

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12

mortes por cem mil habitantes foi de 14,2. Entre o público juvenil, 0,3 mortes por cem mil

jovens, foram registradas.

Assim, o número de jovens que faz parte direta ou indiretamente das estatísticas de

acidentes de trânsito, fatais ou não, é preocupante e exige uma política, que apesar de acarretar

a mudança de comportamento no trânsito a longo prazo, necessita de um investimento mais

maciço, para que estes índices, ao menos, não cresçam como vem acontecendo.

De acordo com o Portal de notícias G1 Amazonas [17], na tentativa de coibir infrações e

orientar motoristas e pedestres sobre o respeito às leis de trânsito, a MANAUSTRANS afirma

fiscalizar e realizar operações diárias nas ruas da cidade para monitorar o trânsito e que o setor de

Educação para Trânsito mantém atividades de rotina em escolas e empresas, realiza abordagens e

campanhas nas ruas para sensibilizar as pessoas sobre comportamento seguro no trânsito.

Neste ano, a programação da Prefeitura de Manaus [18], por meio de atividades

coordenadas pelo MANAUSTRANS acerca da Semana Nacional de Trânsito, desenvolveu o

projeto “Trânsito em Conexão” para o público universitário. O palestrante Francisco Rodrigues,

do setor de educação do trânsito, explanou sobre a responsabilidade de cada um para

proporcionar mais segurança no trânsito e ao final do evento, convidou os jovens a adotarem

uma atitude transformadora. “Jovens, vocês não são o futuro. Vocês são o presente. A mudança

acontece a partir da atitude de cada um de vocês, hoje, aqui, agora!”, endossou.

Embora a iniciativa da Prefeitura consista em estabelecer um importante canal de

educação para o trânsito, ainda é muito ínfimo o número de projetos que de fato sirvam para

conscientizar continuamente a juventude, que de acordo com inúmeras pesquisas, lidera os

casos de acidentes no trânsito.

Neste sentido, a abordagem ideal de todas estas problemáticas deve começar dentro da

sala de aula e desencadear ações pautadas no respeito e no bom senso, porém, de forma

científica para dar significado ao que se aprende. Para tanto, acredita-se que uma

instrumentalização por meio de conhecimentos da Mecânica, em especial, das leis de Newton,

seja uma estratégia adequada.

É de suma importância salientar que pelo fato de as estatísticas do DETRAN – AM não

serem atualizadas e devidamente divulgadas em tempo hábil, se faz necessário buscar

informações em veículos de imprensa. Tal situação, inclusive, foi salientada por um

parlamentar local. Segundo o mesmo, em novembro de 2015, tribunais, hospitais e órgãos de

regulação de trânsito deveriam reunir, pela primeira vez, informações sobre acidentes e mortes

no trânsito. “Durante a audiência foi proposto por mim, e aceito por todos, que os órgãos

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13

públicos presentes repassem ao Detran diversos dados inéditos que hoje ficam somente com

cada um, para elaborarmos um meio de reduzir mortes e acidentes no trânsito”, explicou o

parlamentar.

Neste contexto, se quisermos uma precisão na real situação no tocante aos acidentes de

trânsito em Manaus, teremos de recorrer principalmente aos veículos de informações locais,

mencionado anteriormente; como os jornais, por exemplo, que possuem seus métodos

particulares para obterem tais dados e se confiáveis ou não, muitas vezes é um dos únicos

parâmetros locais para obtenção deste tipo de informação.

1.3.1 Estatísticas nacionais referentes ao trânsito: comparativo

Nos dias atuais torna – se um tanto complexo comparar estaticamente acidentes de

trânsito no âmbito nacional, pois alguns órgãos competentes nesse sentido, por razões que

fogem a um padrão específico, não atualizam mais informações acerca do trânsito e de seus

desdobramentos diários, como acidentes, por exemplo.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (artigo 19, §X e XI) [19]:

Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União: organizar a estatística

geral de trânsito no território nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos

demais órgãos e promover sua divulgação; e estabelecer modelo padrão de coleta de

informações sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do trânsito;

Porém, o DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) cumpriu tal missão até o

ano de 2006, e em 2007, não o fez mais. Dessa maneira, não há estatísticas nacionais de

acidentes de trânsito atualizadas, o que dificulta a comparação por estatísticas; uma vez que,

para que sejam encontrados dados de acidentes de trânsito depois dos referidos anos, é

necessário que se faça em cada estado. Isso gera, por sua vez, um padrão pouco coeso.

Por conta deste longo caminho percorrido rumo a sistematização nacional das

declarações de óbito, estamos nesse quesito, bem desatualizados, pois a última base disponível

é do ano de 2007. Existem atualmente três fontes de dados que buscam contabilizar as mortes

em acidentes de trânsito no Brasil. Tratam-se de bases com estatísticas completamente distintas

umas das outras e que ao serem tomadas como fontes, podem revelar um panorama distorcido

da realidade. No tocante aos acidentes de trânsito, são encontradas três fontes distintas de dados

que registram os óbitos ocorridos no país.

_________________________

[19] DENATRAN, Código de Trânsito Brasileiro, lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Disponível em:

<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>

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14

São elas: DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito; Seguros DPVAT - Danos

Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre e o DATASUS – Banco de

dados do Sistema Único de Saúde.

O DENATRAN elabora seus anuários estatísticos a partir dos boletins de ocorrência

lavrados pela polícia. Computa, portanto, apenas as mortes no próprio local de acontecimento.

Trata-se da fonte considerada com o maior nível de desagregação de dados para análises. Indica,

por estado e por capitais, além do número de mortes, o sexo das vítimas, faixa etária e

tipificação (condutor, pedestre, passageiro, ciclista, motociclista, e outros). Apesar de serem os

dados mais detalhados, são os mais subestimados e em geral são distantes da realidade. Muitos

acidentes com vítimas não são registrados pela polícia, pois nem sempre é acionada. Além

disso, muitas vezes, a vítima morre posteriormente no hospital, dado que também não é

computado pela polícia.

A Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT é um seguro obrigatório,

instituído em 1974, que ampara as vítimas de acidentes com veículos e que administra o

DPVAT. Tem divulgado a quantidade de seguros pagos por mortes no trânsito anualmente, por

região e segundo o perfil das vítimas.

A terceira fonte é o DATASUS, que elabora as estatísticas de óbitos decorrentes de

acidentes de trânsito a partir da documentação do SUS – Sistema único de Saúde. Esse sistema

do Ministério da Saúde computa as mortes das pessoas atendidas em estabelecimentos de saúde.

É a única fonte que disponibiliza a quantidade de mortes por município.

Tal avaliação global do número de mortes por ano segundo os seguros pagos é a fonte

mais próxima da realidade brasileira. No entanto, mesmo pagando regularmente esse seguro,

muitos brasileiros ainda desconhecem o direito de receber indenização em caso de morte,

invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares de vítimas de acidentes de trânsito.

Assim, nem todos os casos de morte por acidentes de trânsito geram pedidos de indenização

junto às seguradoras do DPVAT, fato que deixa seus números também um pouco aquém da

realidade.

Assim, fica a cargo de cada estado a atribuição de administrar o trânsito no seu território,

e obviamente, seu conteúdo varia muito de um estado para outro, isso, quando atualizado.Vale

ressaltar, por exemplo, que apenas alguns DETRAN’s publicam estatísticas atualizadas, mas

ainda assim, de forma não padronizada. Segundo o Ministério da Saúde [20], o Brasil é o quinto

país no mundo em mortes por acidentes no trânsito.

________________________

[20] MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde, 2015. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/35535-

brasil-e-o-quinto-pais-no-mundo-em-mortes-por-acidentes-no-transito.html>. Acesso em junho de 2016.

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15

Para ilustrar este panorama, tem-se que pouco mais de 41 mil pessoas foram a óbito em

acidentes de trânsito no país em 2013, sendo o envolvimento de ciclistas, o mais destacável

neste contexto. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca o Brasil, ainda no ano de

2013, como sendo o país com maior número de mortes no trânsito por habitante da América do

Sul. Em contrapartida, em relação a países populosos como os Estados Unidos e a China, é o

que mais aplica leis de controle de risco:

Entre os dez países mais populosos do mundo, o Brasil aparece como destaque,

cumprindo quatro dos cinco cinco principais fatores de risco no trânsito, que são: uso

de cinto de segurança, capacete, limite de velocidade, segurança para crianças e

proibição de ingestão de bebida alcoólica antes de dirigir. Na lista dos dez mais

populosos, também se encontram Estados como China, EUA e Índia. Esses Estados

somam 4,2 milhões de pessoas e 56% das mortes por acidentes de trânsito. (ONUBR,

2015) [21]

No ano de 2014, as mortes causadas por acidentes de trânsito no Brasil cresceram,

atingindo total superior a 43 mil pessoas. Tal dado foi obtido em estudo realizado pelo

Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) [22], a partir de números oficiais,

consolidados e disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde

do Brasil (DATASUS), do Ministério da Saúde. A elevação destes dados, ainda que pouco

expressiva, salienta o crescimento contínuo deste tipo de situação e rompe uma tendência de

queda que foi verificada em 2013, quando a redução no número de acidentes com vítimas fatais

no trânsito havia superado o ano anterior. O gráfico a seguir mostra o aumento do número de

óbitos registrados pelo Ministério da Saúde desde 2004 até o ano de 2014, com um pequeno

aumento no último ano.

Figura 4: Fonte - DATASUS

__________________________

[21] ONUBR, Nações Unidas no Brasil. Direitos Humanos. OMS: Brasil é o país com maior número de mortes

de trânsito por habitante da América do Sul, 2015. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/oms-brasil-e-o-

pais-com-maior-numero-de-mortes-de-transito-por-habitante-da-america-do-sul/>. Acesso em junho de 2016.

[22] ONSV, Observatório Nacional de Segurança Viária. Serviços: Mortes em acidentes de trânsito no Brasil

crescem 3,6% em 2014. Disponível em: http://www.onsv.org.br/noticias/mortes-em-acidentes-de-transito-no-

brasil-crescem-36-em-2014/. Acesso em junho de 2016.

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16

Quando a análise é feita por região geográfica, considerando o período de 2010 até 2014,

é possível notar que apesar de alguns estados terem registrado decréscimo no índice de mortes

neste período, nenhum deles apresentou comportamento contínuo de redução. Considerando

ainda o índice de mortes por 10 mil veículos para o ano de 2014, o referido estudo apurou que

os estados líderes neste ranking se localizam na região Nordeste. Piauí, Maranhão e Alagoas

são os estados que registraram o pior desempenho no quesito redução da acidentes. Já os

melhores resultados foram distribuídos entre estados das regiões Sudeste: São Paulo, Rio

Grande do Sul e Distrito Federal. Isso representa uma situação de contraste no território

nacional no tocante à segurança viária e de certa forma é reflexo da situação socioeconômica

de cada estado.

Já no ano de 2015, conforme o DPVAT [23], em 2015 foram pagas 652.349 mil

indenizações por acidentes de trânsito em todo o país. O número, referente a reembolso de

despesas hospitalares, invalidez permanente e morte, é inferior ao mesmo período de 2014. A

maior queda registrada no período foi na cobertura de morte, seguida de reembolso de despesas

hospitalares e invalidez permanente. No total, foram pagos R$ 3,381 bilhões em despesas de

pagamento de indenizações durante o ano passado.

Figura 5: Fonte - Anuário estatístico DPVAT (2014)

[23] Viver Seguro no Trânsito. Seguradora Líder: Seguro DPVAT, 2016. Diponível em:

http://www.viverseguronotransito.com.br/tag/estatistica/. Acesso em junho de 2016.

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O registro dos óbitos pelo DATASUS é feito de acordo com a data do óbito, sendo 2012

o último ano disponibilizado pelo DATASUS até a data de geração documento acima.

Segundo o diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, a queda é um reflexo de

uma fiscalização mais efetiva. “Os efeitos da Lei Seca e a conscientização sobre o uso de

equipamentos de segurança no trânsito já começam a fazer efeito. No entanto, nossas ruas,

estradas e avenidas produzem por dia muitos feridos, inválidos e mortos todos os dias. Temos

que investir agora na educação do cidadão no trânsito para que o número de acidentes reduza

mais ainda”, acredita o presidente.

1.3.2 Tendências: Década Mundial da Segurança Viária (2010 – 2020)

No ano 2010, a ONU proclamou a Década Mundial de Ações de Segurança no Trânsito,

período que irá até o ano de 2020 , com o objetivo de reduzir de 50% a taxa de mortalidade no

trânsito. O número de mortos no trânsito no mundo era, até então, avaliado em 1,3 milhões por

ano. Esta decisão vinha sendo intensivamente maturada durante vários anos, especialmente

quanto à organização das ações, resultando em um modelo de Plano Nacional de Redução de

Acidentes, que abrange itens como: gestão da segurança do trânsito; infraestrutura mais segura

e mobilidade; veículos mais seguros; usuários mais seguros e assistência às vítimas.

O Brasil manifestou oficialmente a sua intenção de participar na Década. O

DENATRAN lançou uma consulta pública sobre o Plano Nacional de Redução de Acidentes e

recebeu propostas detalhadas de adaptação do modelo da ONU à realidade brasileira, porém,

não chegou a concluir. De fato, a aplicação do modelo de Plano implicava esforços financeiros

importantes e muitas mudanças na abordagem do problema dos acidentes. O governo federal

desistiu então de definir um plano nacional de redução de acidentes.

A estrutura federal do país e a municipalização do trânsito fazem com que todos os

estados e municípios têm de ser envolvidos no combate aos acidentes. Surgiu então a ideia de

um pacto que permitiria conseguir progressivamente o envolvimento das entidades e das

pessoas indispensáveis ao sucesso da Década. O Pacto Nacional pela Redução de Acidentes foi

lançado pelo Ministério das Cidades em Maio 2011. Infelizmente, em vez de ser um

instrumento de coordenação entre o governo federal, os estados e os municípios para o conjunto

das ações da década, ele se transformou em uma simples campanha de conscientização do

público conduzida pelo DENATRAN.

O início da Década foi um momento de entusiasmo, ocasionou por exemplo, a

mobilização espontânea de muitos estados e municípios e chegou a ser a maior referência no

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país em matéria de combate aos acidentes de trânsito. O país caminhava para mudar de rumo

nesse quesito, mas esta oportunidade excepcional não foi aproveitada.

Segundo as estatísticas mais recentes relativas ao ano de 2012, 44.812 pessoas morreram

no trânsito brasileiro nesse período. Este valor é maior que o de alguns anos atrás, em 2010,

quando no início da Década Mundial da Segurança Viária foi proclamada pela ONU; as nações

se comprometeram em reduzir o número de mortes previsto para 2020 pela metade. Entretanto,

o que se observa no Brasil nos primeiros anos dessa década é que as mortes no trânsito

apresentam uma tendência de crescimento, a qual se mantém praticamente desde o ano de 2000.

Figura 6: Fonte – ONSV

Essa tendência de aumento do número de mortes ressurgiu após um significativo

impacto do Novo Código de Trânsito Brasileiro.

No mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde sobre a situação da

segurança viária no mundo, baseado em dados de 2010, o Brasil ocupava o 4º lugar no ranking

do número de mortes no trânsito no mundo, posicionando-se atrás apenas de China, Índia e

Nigéria. [24]

_______________________

[24] ONSV. Estatísticas. Tendências: Mortes em acidentes de trânsito por ano. Disponível em: < http://iris.onsv.org.br/portaldados/#/tendencies>

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Capítulo2

Princípios básicos da mecânica no contexto do trânsito

2.1 Princípios Fundamentais da Mecânica: as Leis de Newton

Culturalmente o ensino e a aprendizagem de Física são uma árdua tarefa, cuja prática

satisfatória depende de todo um contexto educacional, mas principalmente, de elementos que

despertem constantemente a curiosidade dos estudantes pelos fenômenos da natureza. Portanto,

nada mais atrativo e palpável do que problematizar ocorrências corriqueiras de forma a atribuir

um sentido científico na vida deste estudante, e o trânsito é uma delas.

Como normalmente a primeira explanação de conteúdos no ensino médio envolve a

Mecânica sob a ótica do senso comum, isso possibilita a relação com os conhecimentos físicos

adquiridos na sala de aula a partir da assimilação dos conceitos sobre as Leis de Newton; que

por serem comumente abstratas, podem ser contextualizadas por meio situações e

desdobramentos cotidianos, porém isso nem sempre acontece, de maneira que o aluno enfrenta

uma certa dificuldade de assimilação. Segundo Peduzzi [25], “isso ocorre porque é difícil para

o aluno considerar o esquema newtoniano inteligível, verossímil e mais útil que o anterior na

interpretação de eventos e situações – problema”.

Nos cursos de mecânica, normalmente, o tratamento da relação força e movimento

culmina diretamente nas leis de Newton:

As leis de Newton relacionam as forças que os objetos exercem uns sobre os outros e

relacionam qualquer variação no movimento de um objeto às forças que atuam sobre

ele. As leis de Newton do movimento são as ferramentas que nos permitem analisar

uma grande variedade de fenômenos mecânicos. Mesmo que já tenhamos uma ideia

intuitiva de força como um empurrão ou um puxão, conforme os exercidos por nossos

músculos ou por elásticos esticados e molas, as leis de Newton nos permitem refinar

nossa compreensão sobre forças. MOSCA; TIPLER [26]

A relação da força com a mudança no estado de movimento de um objeto na perspectiva

da contextualização e no que concerne a fenômenos alusivos à segurança no trânsito (ou a

explicação das causas em acidentes de trânsito), pode envolver nesta relação, a utilização de

dispositivos de segurança, o conceito de excesso de velocidade, a utilização de telefone móvel

(celular) no trânsito, a ingestão de bebidas alcóolicas, entre outras questões.

____________________________

[25] PEDDUZZI, 1988, p. 143.

[26] MOSCA; TIPLER, 2009, p. 93

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Desta forma, é provável que o estudante se sinta mais próximo de uma ciência que, até

então, não está nem perto de ser popular, ora porque não tem sua devida importância

reconhecida e ora porque quando tem, nem sempre é eficaz no que diz respeito à transposição

didática. Pois,

O fracasso do enfoque usual dado às leis de Newton justifica, por si só, a introdução

de estratégias alternativas de ensino neste tópico que levem em consideração as

concepções dos alunos em relação a este tema e as sugestões apontadas nos diversos

estudos efetuados nesta área, os quais têm se concentrado, principalmente, na

identificação e na classificação das concepções encontradas [27].

Modificar tal ponto de vista dos estudantes não é uma simplória tarefa e até mesmo a

utilização de aportes experimentais, que normalmente aguçam a curiosidade, muitas vezes, por

si só, não são suficientes para que isso ocorra.

Uma vez que as Leis de Newton descrevem como os corpos em movimento se

comportam, certas situações no trânsito podem ser problematizadas em sala de aula, como no

caso de uma colisão, pois o condutor (corpo) estará com a mesma velocidade do veículo, e ao

frear de forma brusca, o veículo tem sua velocidade reduzida e o condutor (corpo) poderá não

experimentar a mesma desaceleração, podendo permanecer em movimento dentro do veículo.

A tendência, portanto, é a de os corpos ocupantes serem arremessados para a frente por conta

da inércia. Para reduzir os efeitos de uma colisão sobre o condutor do veículo (e dos outros

ocupantes) é de muita utilidade o uso do cinto de segurança. A compreensão deste fato é

encontrada na chamada primeira lei de Newton:

Todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilíneo uniforme,

a menos que seja compelido a modificar esse estado pela ação de forças impressas

sore ele”. [28].

Contudo, o tratamento que se destina à lei da inércia, é muitas vezes mecanizado, o que

resvala na memorização de um conceito vazio e sem aplicabilidade no dia a dia do estudante.

O princípio da inércia ainda hoje é um assunto que se mostra complexo para quem

estuda Física, pois a sua compreensão envolve uma importante abstração que é a

desconsideração do atrito. No entanto, a presença constante do atrito nas situações do

quotidiano faz com que as pessoas concluam que “o movimento de um corpo resulta

da aplicação constante de força sobre ele”.

Assim, quando um estudante se depara com o estudo formal da 1ª lei de Newton, ele

já traz uma concepção intuitiva sobre a relação força e movimento conflitante com

esta lei. [...] [29].

____________________________

[27] PEDUZZI, op. cit., p. 144.

[28] MOSCA; TIPLER, op.cit., p. 94.

[29] PEDUZZI, op. cit, p. 151

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Nesse sentido, a instrumentalização do princípio da inércia pode abranger a

problematização de um acidente de trânsito, esclarecendo que, dependendo da velocidade do

veículo, as consequências podem ser de maior ou menor gravidade. E ainda, que ao frear

bruscamente, as pessoas no interior do veículo continuam com o mesmo movimento que o ele

estava antes de frear e que portanto é muito útil o uso do cinto de segurança, pois controla o

impacto gerado num acidente.

Outra lei de Newton passível de contextualização no trânsito é o chamado princípio

fundamental da dinâmica (que permite determinar a evolução de um sistema no campo de

atuação da mecânica clássica), segundo a qual: “A aceleração de um corpo é diretamente

proporcional à força resultante que atue sobre ele, e o inverso da massa do corpo é a constante

de proporcionalidade [...]” [30].

A situação – problema, nesse caso, pode ser sistematizada nos possíveis efeitos causados

no condutor do veículo após a colisão. A desaceleração (ou aceleração noutros casos) sofrida

devido a colisão com o painel de instrumentos do veículo (estando este sem o cinto de

segurança) é proporcional a força (ao impacto) sobre seu corpo. Segundo Associação Por Vias

Seguras [31], a colisão de um veículo é o resultado de três colisões sucessivas: a primeira

colisão é a do veículo contra o obstáculo; a segunda colisão, no interior do veículo, é a dos

ocupantes contra as paredes, o para-brisa, os assentos etc.; a terceira colisão, no corpo de cada

pessoa, é a dos órgãos internos contra a estrutura óssea e também entre eles. Nos momentos da

segunda e terceira colisões, o condutor, sem o cinto de segurança, poderá sofrer impactos nos

joelhos (pernas) contra o painel de instrumentos podendo causa fraturas, no tórax contra o

volante podendo causa rupturas de órgãos internos e na cabeça contra o para-brisa podendo

causa lesões cerebrais. Outra exemplificação de um acontecimento bastante comum em nosso

cotidiano é empurrar um veículo que esteja enguiçado, uma vez que o resultado só será

satisfatório se a força aplicada ao automóvel for proporcional à sua massa, produzindo assim,

aceleração; tal como descreve a segunda lei de Newton.

E por fim, há ainda a possível caracterização cotidiana do princípio de ação e reação,

conhecida como terceira lei Newton. Mosca e Tipler [32], argumentam que quando dois corpos

(A e B) interagem entre si, a força exercida pelo corpo (B) sobre o corpo (A) tem a mesma

magnitude e sentido oposto ao da força exercida pelo corpo (A) sobre o corpo (B).

____________________________

[30] MOSCA e TIPLER, op. cit., p. 96.

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No caso de uma colisão frontal entre dois veículos de massas semelhantes, o resultado

é que ambos ficam amassados, deformados, ou mesmo destruídos, dependendo das suas

velocidades antes da colisão. Se um deles agora tiver massa superior ao outro, no caso da colisão

entre um caminhão e um carro, por exemplo, embora o princípio da ação e reação seja válido,

os efeitos causados de um sobre o outro depende da relação entre suas massas e velocidades (a

quantidade de movimento que cada um possui): a força mútua (mesma intensidade) causará

efeitos diferentes no caminhão e no carro. Estes exemplos, também são de fácil aproveitamento

em sala de aula, haja vista que provavelmente se adequa ao imaginário de qualquer estudante

de segundo grau.

Logo, as três situações mencionadas são totalmente contextualizáveis do ponto de vista

metodológico e no tocante à Física, porém, não são as únicas abordagens possíveis. Há ainda a

força estabelecida entre as rodas de um veículo e o solo, denominada força de atrito, que

contribui não só para o deslocamento do veículo, mas também para a ação de frenagem; fator

importante quando se está ao volante.

Ao fazermos menção acerca do atrito, é importante salientar que além de tratar-se de

uma força resistente que surge do contato entre duas superfícies, depende da reação normal à

superfície sobre a qual o corpo está apoiado, do estado das superfícies em contato e do tipo de

material de que são feitas, além ainda, das condições físico-ambientais tais como a temperatura

e a umidade relativa do ar. Assim, sem o atrito, o ato de frenagem seria impraticável, sobretudo

em situações onde o atrito é reduzido: uma pista molhada ou repleta de barro, por exemplo.

Outra situação passível de abordagem se dá quando frenamos um veículo, de forma que

nos permite classificar o atrito cinético: as rodas travam e ocorre um deslizamento do carro.

Em condições físicas idênticas, há a possibilidade de optar pela melhor técnica de

frenagem, pois o atrito estático é maior que o dinâmico. A maneira mais acertada, portanto,

consiste em reduzir rapidamente a velocidade, sem contudo efetivamente deslizar, ou seja,

travar as rodas.

A partir das estatísticas crescentes envolvendo jovens motoristas em acidentes de

trânsito, uma chamada de atenção viável para a promoção de uma aprendizagem significativa

desses conceitos básicos da mecânica clássica, pode a princípio ser desencadeada através de

notícias de revistas, jornais, televisão e principalmente das mídias virtuais, pois como o referido

tema vem sendo abordado quase que diariamente pelos meios de comunicação de uma forma

geral, isto pode ser usado a favor da aquisição do conhecimento científico.

Sensibilizar jovens ao volante (ou futuros condutores) pode não ser uma tarefa muito

simples, mas torna-se plausível quando se adentra neste universo.

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Desta forma, há de se optar por metodologias em sala de aula que tenham como enfoque

a abertura de um espaço para o debate em torno da temática trânsito à luz dos conhecimentos

da Física, e a relevância do conhecimento científico na tentativa de promover atitudes mais

conscientes frente a problemática do trânsito.

2.2 O limite de velocidade das vias

O excesso de velocidade é um fator que seduz a maior parte dos condutores,

principalmente se forem jovens, pela ansiedade que lhes é peculiar, e isto acaba por desencadear

o fator pressa, que por sua vez, tende a potencializar o excesso de velocidade. Muitas vezes, o

condutor, principalmente quando é jovem, tende a transgredir certas leis por julgá-las meras

imposições sociais.

Contudo, se este mesmo condutor for cientificamente instrumentalizado, perceberá sem

maiores problemas que se não utilizar o cinto de segurança, por exemplo, poderá ter seu corpo

jogado bruscamente para a frente numa eventual colisão frontal e que tal situação tem

explicação por meio do princípio da inércia.

Este simples exemplo já evidencia que o conhecimento oriundo da física, neste caso,

pode provocar uma mudança na postura do condutor se de fato ele entender as consequências

de suas ações enquanto partícipe de circunstâncias relacionadas ao trânsito, pois são também

de sua responsabilidade, atitudes que contemplem um trânsito mais tranquilo.

Porém, como excesso de velocidade é um dos fatores que mais ocasiona ou agrava um

acidente de trânsito, outras abordagens que envolvem as leis da Mecânica podem ser

relacionadas em sala de aula como, por exemplo, no caso em que há aplicabilidade da segunda

lei de Newton, ou seja, quando a resultante das forças que agem sobre o automóvel não for nula,

produzindo assim, a variação de velocidade.

E é exatamente isso que acontece num eventual acidente de trânsito, já que a força e a

aceleração são grandezas físicas diretamente proporcionais. Assim, no caso da trajetória ser

retilínea, a força resultante e a aceleração têm sempre a mesma direção que a velocidade, porém,

podem ter sentidos opostos. Já no caso do movimento ser curvilíneo, a força resultante e a

aceleração terão direção e sentido diferentes da velocidade. O ideal seria desconstruir o

pensamento Aritotélico associando força e velocidade.

Todavia, há ainda outras abordagens acerca do cálculo da velocidade de um carro:

através do tamanho das marcas de derrapagem e do coeficiente de atrito; do estado em que

ficaram os automóveis depois do impacto; do raio e do coeficiente de atrito para calcular a

velocidade crítica nas curvas ou ainda por meio do princípio de conservação do momento linear.

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Com a mesma abordagem, a pesquisa de Kleer, Santos e Thielo [33] afirma que:

Acidentes quase sempre envolvem colisões de um tipo ou de outro. O Princípio de

Conservação do Momento Linear pode ser aplicado. Contudo, tal aplicação depende

de se a trajetória e as velocidades dos veículos são conhecidas antes e após o impacto.

O princípio de conservação do Momento pode ser aplicado para determinar as

velocidades pré - impacto dos veículos se a massa e as velocidades após o impacto

são conhecidas. As velocidades pós - impacto são usualmente determinadas a partir

das marcas de derrapagem.

Ou ainda da energia, de acordo com a pesquisa de Viana [34]:

Sendo a energia cinética de um corpo em movimento dada por 1/2mv², uma alteração

no valor de v produz uma alteração na energia do corpo. No acidente de trânsito, os

veículos entram com velocidade v e saem com velocidade u; logo existe uma perda

de energia no acidente (esta perda só não ocorrerá nas colisões perfeitamente elásticas,

em que não acontecem deformações). A energia dissipada transformou-se no trabalho

das forças de deformação dos corpos colidentes, que corresponde ao produto da força

média pela distância média da deformação.

Que fique claro, que esta abordagem em sala de aula deve ser conceitual, a princípio, de

forma que o estudante conceba de fato os conceitos envoltos à velocidade num acidente de

trânsito, para posteriormente sistematiza – lo matematicamente.

Conforme BRASIL [35], o ensino de Física muitas vezes inclui a resolução de

problemas, nos quais o desafio central para o aluno consiste em identificar qual fórmula deve

ser utilizada, o que exige memorização, mas há de se tomar cuidado para que não se perca o

sentido contextual, caso desejarmos desenvolver outras competências.

Já no tocante ao caráter legal do excesso de velocidade ser uma das maiores causas de

acidentes no trânsito e consequentemente de multas, tem – se na regulamentação do Código de

Trânsito Brasileiro (CTB), o capítulo III das normas gerais de circulação e conduta:

Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de

sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito. § 1º

Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:

I - nas vias urbanas:

a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:

b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;

c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;

d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

____________________________

[33] KLEER, SANTOS e THIELO, 1997, p. 166

[34] VIANA, 2009, p. 30

[35] BRASIL, 2002, p. 31

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II - nas vias rurais:

a) nas rodovias:

II - nas vias rurais:

a) nas rodovias:

1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;

(Redação dada pela Lei nº 10.830, de 23.12.2003)

2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e micro-ônibus;

3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;

b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.

§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via

poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores

àquelas estabelecidas no parágrafo anterior.

Neste ano, um conhecido cantor brasileiro e sua namorada, uma jovem de 19 anos,

foram vitimados fatalmente em um acidente de trânsito; notícia repercutida até mesmo

internacionalmente, tamanha a comoção que causou.

A perícia indicou o excesso de velocidade como fator crucial, combinado com a não

utilização do cinto de segurança traseiro; a falta de conservação dos pneus e a prática da direção

noturna efetuada sob cansaço físico, pois haviam saído de uma apresentação. Isto pode ser

constatado em uma matéria do jornal inglês The Guardian:

Figura 7: Repercussão internacional – Jornal inglês The Guardian. Disponível em <http://bhaz.com.br/2015/07/10/tres-

semanas-depois-midia-internacional-repercute-cristiano-araujo-e-nos-define-como-abismo-cultural/>. Acesso em agosto de

2015.

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Vale a ressalva de que o modelo do carro envolvido neste acidente, é considerado um

dos mais seguros do mundo, segundo R7 notícias [36].

Casos como este, pelo grau de notoriedade dado, ajudam a evidenciar que tal

problemática social pode e deve ser cientificamente analisada para uma absorção cognitiva

fundamentada e consequentemente mais crítica por parte do cidadão.

Entre o momento que o condutor do veículo observa um obstáculo (percepção) e o

instante em que ele começar a acionar os freios (reação ainda mais influenciada se o condutor

estiver sob efeito de álcool), há um intervalo de tempo denominado de tempo de reação do

condutor. Este tempo é resultado da capacidade do condutor de reagir a um estímulo; o olho vê

o obstáculo e manda informação ao cérebro que aciona um dos pés para pisar no freio.

Conforme Gazis e colaboradores Apud Souza [37], um dos primeiros a investir em estudos para

estimar o tempo de reação de um condutor, onde foram observados 87 condutores que se

aproximavam de um semáforo e mediu - se o intervalo de tempo entre o acionamento da luz

amarela e a luz de freio do veículo, o resultado encontrado foi um tempo médio de reação da

ordem de 1,14s. Outros resultados são mostrados por Souza, mas em média o tempo de reação

é adotado como da ordem de 1s. Vale ressaltar que no referido estudo, foi analisada a taxa de

desaceleração, quando o veículo aproxima-se de um obstáculo para vários valores de

velocidades. Destes valores, escolhemos 5m/s² por considerar casos com velocidade acima de

70 Km/h.

A distância percorrida pelo veículo durante o tempo de reação (tR) varia em função da

velocidade do veículo. Supondo que durante este tempo a velocidade do veículo (v) manteve-

se constante, a distância percorrida (dtr) é dada por: dtr = v.tR.

Ao acionar os freios, o veículo experimentará uma desaceleração e a distância percorrida

(dF, distância de frenagem) será dF = v2/2a, sendo a a aceleração. A distância total de parada

(d) antes de atingir o obstáculo é d = dtr + dF.

Figura 8: Fonte - Próprio autor

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Considerando o tempo médio de reação do condutor de 1s e uma desaceleração igual a

5 m/s2, mostramos na figura 2 um diagrama das distâncias de parada em função da velocidade

do veículo. A velocidade durante o tempo de frenagem (vf) pode ser calculada em função da

velocidade inicial (v0) do veículo e da distância como: 𝑣𝑓 = √2𝑎(𝑑 − 𝑣 ∙ 𝑡𝑅) .

Figura 9:Velocidade do veículo e a distância de parada.

Para o veículo que trafega com velocidade de 60 Km/h, o mesmo poderia parar, sem

travar as rodas, numa distância próxima de 45 metros após observar o obstáculo. Caso o veículo

viaje a 100 Km/h, poderá parar numa distância próximo de 105 metros e se o obstáculo estiver

a menos de 100 metros, a colisão será inevitável.

O respeito à velocidade limite estabelecido para uma via é essencial para um trânsito de

veículos seguro, para que não aconteça situações como esta a seguir:

Figura 10: Matéria sobre acidente com jovens, apontando como causa principal o excesso de velocidade (Jornal A Crítica de

Manaus em 04 de Outubro de 2015)

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2.3. Desaceleração: evitando colisão

Uma das formas de evitar acidentes de trânsito é manter a velocidade do veículo no

limite permitido para a via.

De acordo com o princípio fundamental da Dinâmica, segunda Lei de Newton, a força

é diretamente proporcional à aceleração, portanto, a velocidade do veículo influencia no tempo

da desaceleração do automóvel quando tem os freios acionados.

Conforme a dissertação de Chagas [38]: “a força resultante, baseada na 2 ª lei de

Newton, necessária para imobilizar um corpo em movimento, no caso de um acidente, é

proporcional à sua desaceleração [...]”. Logo, quanto mais rápido o condutor dirige, mais

dificuldade terá para reduzir a velocidade.

A desaceleração de um veículo ao frear, mas sem trancar as rodas, ou seja, sem

deslizar, depende de quão firme os freios são aplicados. Por conveniência, a

desaceleração é frequentemente expressa como uma fração decimal de g. Se não há

evidência de derrapagem, o investigador deve assumir um certo valor para a

desaceleração do veículo ao frear. As equações para o movimento com aceleração

constante serão também úteis em tais casos [39].

O acidente ocorrido em outubro de 2015, citado anteriormente, retrata de forma cruel a

perda da vida de cinco jovens, que poderia ter sido evitada, não fosse principalmente o excesso

de velocidade, combinada com direção noturna e álcool.

Contudo, vale ressaltar que para que a redução da velocidade de um automóvel ocorra

sem prejuízo aos ocupantes é necessário utilizar uma força controlada para que uma parada

abrupta não ocorra. Trata-se do atrito, que age por meio dos freios, aplicando forças gradativas

nas rodas, culmina na diminuição da sua rotação.

Para desacelerar ou parar o carro, aplicamos os freios. Numa parada de emergência,

tendemos a aplicar os freios fortemente. Para sistemas convencionais (não ABS), as

rodas são trancadas e impedidas de girar. Como resultado, o carro derrapa e

desacelera. A força de desaceleração é, na verdade, o atrito de escorregamento. Nesse

caso, é um empurrão para trás do solo sobre os pneus. Numa estrada nivelada, essa

força é igual ao produto do coeficiente de atrito dos pneus com a estrada µ e o peso

mg do carro, isto é, F = µmg, onde m é a massa do carro e g é a aceleração devido à

gravidade. [40]

____________________________

[38] CHAGAS, 2014, p. 121

[39] KLEER, SANTOS e THIELO, op. cit., p. 165

[40] KLEER, SANTOS e THIELO, op. cit., p. 162

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Neste mesmo segmento, um dos dispositivos mais eficientes para evitar lesões em

batidas é o airbag cujo funcionamento básico no momento do impacto baseia-se na

desaceleração e tem por finalidade reduzir a força de impacto do condutor contra o painel, uma

vez que a força e a variação da quantidade de movimento são grandezas físicas diretamente

proporcionais.

A força, por sua vez, é inversamente proporcional ao tempo de colisão:

�⃗� = Δ�⃗⃗�

Δ𝑡

Ou seja, com a utilização do airbag, a força de impacto dos indivíduos contra painel,

tende a ser menor. Logo, ao aumentarmos o tempo de reação, diminuímos a força de impacto

(inversamente proporcional).

Quando um condutor decide ou necessita parar o veículo ele deve acionar os freios e

produzir uma desaceleração, observando a distância ao obstáculo para efetuar o processo de

frenagem com segurança. A desaceleração média é definida como a razão entre a variação da

velocidade e o tempo necessário para o veículo parar. Por meio da cinemática, expressamos

esta definição na forma �⃗� = Δ�⃗⃗�

Δ𝑡 , em que ∆𝑣 é a variação da velocidade (diferença da velocidade

inicial e final).

2.3.1. Distrações ao volante

As distrações contribuem significativamente para a ocorrência de acidentes de trânsito,

trata-se de atitudes relativamente simples, mas que aliadas a outras práticas, possibilitam maior

chance para a ocorrência de colisões. A utilização de telefones celulares é uma delas, pois

possibilita a distração. Além disso, as duas mãos ao volante permitem ao condutor ter maior

controle sobre o automóvel no caso de uma situação emergencial.

Figura 11:Matéria sobre distrações no trânsito (<http://new.d24am.com/plus/comportamento/estudo-aponta-celular-ainda-

maior-causa-acidentes-transito/117009>) de 1 de agosto de 2014

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30

Segundo Associação Por Vias Seguras [41]:

Estudos sobre as consequências do uso do aparelho celular no trânsito ainda são

bastante raros, porém já detectaram que este uso aumenta consideravelmente o risco

de o condutor sofrer acidentes. Estes dados são apresentados em um estudo realizado

no Canadá. A pesquisa, com a duração de 14 meses, foi realizada com 699 motoristas

que usavam telefones celulares ao volante e que tinham sido responsáveis por

acidentes com perdas materiais relativamente graves, porém sem grande dano pessoal.

O resultado demonstrou que o número de acidentes acontecidos durante ou

imediatamente após uma conversa ao telefone foi mais de quatro vezes maior do que

o esperado na direção normal de veículos, bem como que os motoristas mais jovens

têm maior tendência a vivenciar problemas nessa situação do que os mais velhos.

Porém, como se verifica na matéria seguinte, esta não é a única prática, outros fatores

como ouvir música, conversar, utilizar maquiagem, entre outras, tende a causar distração e

diminuir o tempo de reação do condutor, potencializando a probabilidade de ocorrer acidentes.

Um estudo conduzido pelo centro de tecnologia da Allianz, uma das maiores

seguradoras do mundo, mostrou que alguns acidentes de carro ocorrem devido à

distração do motorista, e não ao que chamaríamos de "barbeiragem" (inabilidade ao

volante) ou mesmo imprudência (excesso de velocidade, por exemplo). A variedade

de práticas que podem desviar a atenção do motorista é grande, mas de acordo com a

Allianz, a maioria acredita que o único vilão é o telefone celular, e que a ação de maior

risco é atender a uma ligação. Porém, atitudes corriqueiras, [...] aumentam o risco de

acidente em 15% [...]. (Matéria sobre distrações no trânsito - Uol/ São Paulo de 04 de

agosto de 2014). <http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/04/distracao-ao-

volante-causa-acidentes-de-carro-e-celular-nao-e-unico-vilao.htm>) [42].

Há ainda os efeitos que o álcool promove nos condutores, o que infelizmente é uma

prática comum apesar das penalizações previstas em lei e que também configura-se como uma

das principais causas de acidentes no país. Na cidade de Manaus, pode-se destacar exemplos

como este:

Seis pessoas morreram em um acidente envolvendo um carro e um ônibus, na Avenida

Grande Circular 2, zona norte, no início da manhã desta quarta-feira (22). O caso foi

registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e será encaminhado para a

Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito (Deat). O motorista conduzia um

veículo modelo Voyage, segundo a Polícia Militar. Ele perdeu o controle do carro,

bateu no canteiro central da avenida e atravessou a pista, atingindo frontalmente um

ônibus que fazia transporte de trabalhadores do Distrito Industrial. (Matéria de

acidente de trânsito cuja as vítimas eram jovens sob efeito de álcool - Página de

Notícias D24am < http://new.d24am.com/noticias/amazonas/seis-pessoas-morrem-

acidente-entre-carro-micro-onibus-grande-circular/137361> de 22 de julho de 2015)

[43].

____________________________

[41] POR VIAS SEGURAS, 2010, p. 77

[42] UOL. NOTÍCIAS, 2014. Disponível em: < http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/04/distracao-

ao-volante-causa-acidentes-de-carro-e-celular-nao-e-unico-vilao.htm> Acesso em agosto de 2015.

[43] NOTÍCIAS, D24am, 2015. Disponível em: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/seis-pessoas-morrem-

acidente-entre-carro-micro-onibus-grande-circular/137361> Acesso em agosto de 2015

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31

A ingestão de bebidas alcóolicas é um fator comportamental que evidencia a gravidade

das situações no trânsito em relação também aos jovens.

Outra prática igualmente comum, em termos de distração no trânsito é a não obediência

de uma distância mínima entre os automóveis, o que no caso de má sinalização ou condições

climáticas desfavoráveis, pode reduzir o tempo de reação do condutor.

Todavia, vale a ressalva de que não são apenas questões de ordem comportamental,

como a prática da direção noturna, que comprometem uma locomoção segura no trânsito,

fatores como pista molhada também requerem distâncias maiores a serem percorridas até o

veículo parar de fato.

Nos casos citados deve-se ainda levar em consideração o fato de que o veículo não para

imediatamente, pois mesmo com a força oposta, chamada de atrito, o veículo necessita de um

intervalo de tempo para desacelerar e parar.

O condutor ao observar um obstáculo necessitará de um tempo até acionar os freios.

Este tempo entre o estímulo e a reação é o tempo de reação do condutor. Segundo Homburger

[44], este tempo é dividido em quatro momentos: percepção, identificação, emoção e reação. O

momento da percepção é quando condutor visualiza o obstáculo; o momento da identificação

se dá quando o condutor reconhece o tipo de obstáculo; o momento da emoção, quando o

condutor decide o que fazer (frear, mudar de faixa, desviar do obstáculo ou mesmo ultrapassá-

lo) e o momento da reação, é quando o condutor executa aquilo que decidiu fazer. Tudo isso

ele deve fazer no menor tempo possível, e se seus sentidos estiverem por algum motivo

alterados, esse tempo será bem maior que 1s.

2.3.2. Atrito e os freios

Chamamos de força de atrito (contato) a reação tangencial entre dois corpos sólidos em

contato (por exemplo, o pneu do veículo e a pista de rolamento), quando colocadas em

movimento um em relação ao outro (deslizamento). É típico do atrito se opor ao movimento

que o corpo teria na sua ausência, e depende do estado das superfícies em contato: áspera ou

lisa. A força de atrito máxima entre duas superfícies é uma construção empírica e dada por

𝑓𝑎𝑡 = 𝜇𝑒𝑁, em que 𝜇𝑒 é chamado de coeficiente de atrito estático e depende da natureza das

superfícies. Uma vez atingindo seu valor máximo, e depois que o corpo começa a deslizar sobre

a superfície, verifica-se uma diminuição na força de atrito. Nessa condição escrevemos, em que

𝜇𝑐 é chamado de coeficiente de atrito cinético, sendo que 𝜇𝑐 e 𝜇𝑒 são menores que 1, e 𝜇𝑒 > 𝜇𝑐

,Nussenzveig [45].

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32

Em relação ao trânsito, esta abordagem pode ser combinada com a sistematização dos

freios; uma situação bem comum é ficar imobilizado na lama, onde as rodas do automóvel

giram como que em falso e não há tração, logo, o automóvel não sairá do lugar, pois a área do

pneu que está em contato com o solo desliza. Isso prova que o atrito é primordial para a

locomoção do automóvel.

A força de atrito é na maioria das vezes tratada como vilã, por se opor aos

movimentos, fazendo os corpos perderem velocidade, e consequentemente energia.

No entanto, várias situações cotidianas não seriam possíveis se não houvesse esta

força. Se não fosse o atrito, um veículo não poderia acelerar, não conseguiria frear,

nem poderia fazer curva numa pista horizontal. Além disso, seria impossível manter

um veículo estacionado numa avenida que não fosse perfeitamente horizontal, pois

ele escorregaria em busca dos pontos mais baixos. [46]

O pneu do veículo assume papel importante no quesito segurança, e é responsável por

fazer o veículo andar ou parar. Ele permite que o torque produzido pelo motor produza

movimento por meio da força de atrito de rolamento com a pista.

Nas rodas, para onde é transferido o torque produzido pelo motor, há a ação da força (-

Fe), devido ao torque, com a pista de rolamento com sentido oposto ao do movimento do veículo

em relação ao solo, e este reage com uma força de atrito de mesmo módulo (Fe), mas em sentido

contrário, impulsionando o carro para a frente (veja figura 12).

Em outras palavras, o pneu empurra a pista e esta empurra o pneu, impulsionando o

veículo. Quando acionamos os freios por meio de mecanismos existentes no veículo, o freio

exerce uma ação na roda que se opõe ao seu giro. O pneu age empurrando o chão para frente,

por atrito, e o chão reage, em consonância com a terceira lei de Newton, ou seja, com uma força

de atrito no pneu, para trás [...] [47].

Figura 12:Representação da força de atrito exercida entre o pneu e a pista de rolamento. Extraída de [44].

____________________________

[46] CHAGAS, 2014 p.128

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33

Quando os pneus de um veículo estão se movendo sobre uma pista, girando mas sem

deslizar, é a força de atrito estático entre os pneus e a pista de rolamento que o impulsionam

para frente (já que parte destes pneus que estão em contato com o solo possuem velocidade nula

em relação a ele). Caso os pneus deslizem sobre a pista, consideramos então, que vale o atrito

cinético. Ou seja, sem deslizamento no rolamento não teremos força de atrito quando a

velocidade for constante e se acelerarmos, o atrito estático agirá.

Na frenagem brusca com um sistema convencional de freios, o pneu pode ser travado

pelo freio e começar a deslizar, fazendo com que a força de atrito que era estática torne-se

cinética. Como consequência, o automóvel possivelmente não mais responderá à tentativa de

mudança de trajetória.

Independente do sistema de freio utilizado num veículo ser a tambor ou a disco,

quando ele é exigido, o fato da roda parar de girar não assegura que o veículo já estará

em repouso, pois o atrito responsável pela sua imobilização é aquele que há entre a

banda de rodagem do pneu e o solo. Em condições adversas (pneu careca e/ou pista

molhada) pode ocorrer, numa freada brusca, do pneu parar de girar e o veículo

continuar em movimento, devido o princípio da Inércia. Neste caso, em que o veículo

estará derrapando, proporciona grande risco aos seus ocupantes. [48]

Em função desta problemática é que foi criado um tipo de freio cuja eficiência de

funcionamento é maior do que a de um freio comum, uma vez que não permite o travamento

das rodas enquanto os freios permanecerem acionados. Trata-se dos freios ABS (Anti-lock

Breaking System), que a grosso modo, são freios antitravamento, que proporcionam pelo menos

duas vantagens: a parada do veículo, que acontece de forma mais rápida e a possibilidade de

mudança de trajetória possível, que permite uma distância de frenagem mais curta em

superfícies escorregadias, o que auxilia bastante em dias chuvosos ou na ocorrência do

fenômeno de aquaplanagem; que por sua vez, caracteriza-se pela formação de uma camada de

água entre os pneus e a pista.

2.4. Por que usar o cinto de segurança?

De acordo com o Programa Volvo Segurança no Trânsito [49], muitos condutores

utilizam o cinto de segurança apenas para não serem penalizados com multas, mas ainda assim,

uma pesquisa atual divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no

início do mês de junho de 2015, revelou que 20% da população não usa cinto de segurança no

banco da frente. Este contexto se agrava ainda mais em relação ao uso do cinto de segurança

nos bancos traseiros: metade dos entrevistados admitiu que não usa o equipamento obrigatório.

____________________________

[48] CHAGAS, op cit., p.138

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34

Segundo a Associação Por Vias Seguras [50]:

Quase 2/3 dos pacientes (66,7%) admitidos pela Rede SARAH em razão de acidentes

de trânsito não usavam cinto de segurança na ocasião do acidente. Contudo, observou-

se uma relação entre a idade dos pacientes na ocasião do acidente e o uso do cinto de

segurança. Os dados indicaram uma tendência ao aumento do uso de cinto de

segurança conforme aumento da idade do paciente: de 15 a 39 anos (intervalo que

representa 62,7% do total de vítimas em análise), proporção de usuários cresceu a

cada faixa etária subsequente, de 18,4% até 50,0%; acima de 40 anos, essa proporção,

embora oscilante, manteve-se sempre em torno de 40% dos casos investigados.

Conforme noticiado na Tribuna da Bahia [51], a obrigatoriedade da utilização do cinto

de segurança está prevista no Código Nacional de Trânsito (CNT) e possui a finalidade não só

de reduzir o número de mortes, como de minimizar os efeitos bruscos que uma colisão pode

ocasionar no corpo humano. Segundo o portal, a Associação Brasileira de Medicina de

Tráfego (ABRAMET) estipula que a utilização deste dispositivo de segurança pode reduzir

em até 75% o risco de morte em caso de acidentes.

No tocante ao princípio da Inércia, o condutor do veículo em movimento terá a mesma

velocidade do veículo em relação ao solo e, se o veículo parar, o condutor tende a continuar no

mesmo estado de movimento (considerando que esteja sem o cinto de segurança). Nesse

sentido, contextualizar a prática deste item de segurança na abordagem do trânsito em sala de

aula é, além de eficaz, um serviço de utilidade pública, uma vez que o estudante provavelmente

conduzirá um veículo futuramente.

Outra abordagem possível envolvendo este tema é o conceito de impulso, que está

diretamente ligado aos conceitos de segurança no trânsito e é definido como 𝐼 = ∫ �⃗� ∙ 𝑑𝑡𝑡2

𝑡1, em

que 𝐼 é o impulso e ∆𝑡 o intervalo de tempo de atuação da força. A discussão sobre este conceito

é sugerida pelos PCN+ relacionando-o com o uso do dispositivo denominado airbag, capaz de

prolongar o tempo de colisão e, consequentemente, diminuir os danos causados no condutor do

veículo (e seus ocupantes) por uma colisão [52]. No que concerne à causa dos efeitos

produzidos sobre o veículo, o condutor e seus ocupantes, no caso de uma colisão, estarão sob

os efeitos da terceira lei de Newton:

Quando um motorista perde o controle de seu carro, por exemplo, e colide em um

poste que sofre pequenas rachaduras, o carro fica totalmente destruído. Pode-se em

algum momento haver a seguinte indagação durante o estudo das forças: “Porque o

carro destrói – se se foi este que aplicou uma força contra o poste?”.

____________________________

[50] POR VIAS SEGURAS, 2010, p. 72

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35

A terceira Lei de Newton diz que para toda força de ação, existe uma força de reação,

ou seja, o carro aplicou uma força no poste e este por sua vez, exerceu uma força sobre

o carro na mesma direção, em sentido oposto e mesma intensidade. Essa diferença de

estado que se encontra os dois corpos após a colisão é devido a diferença de material

ao qual os dois são compostos, assim como a massa e a aceleração inicial que estes se

encontravam. Concluindo, diz – se que ocorreu um par de forças ação-reação. [53]

Assim, fica claro que o cinto de segurança não é apenas um formalismo no trânsito ou

propaganda de empresas com o mero objetivo de comercializar automóveis com dispositivos

mais seguros; a não utilização, quando não tem como consequência a morte, deixa traumas e

sequelas que, reversíveis ou não, podem ser evitadas.

Há outros fatores que podem ainda ser discutidos em aula de aula como curiosidade, por

exemplo, os tipos de cinto de segurança e quais são os mais seguros.

2.5. A investigação de um acidente de trânsito

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em consonância com as

Normas Brasileiras de Regras (NBR) [54], todo evento não premeditado que resulte em dano

ou lesões ao veículo, às pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das partes esteja em

movimento nas vias terrestres ou abertas ao público, é considerado acidente de trânsito. Pode

originar-se, terminar ou envolver um veículo parcialmente na via pública.

Diversos fatores contribuem para a ocorrência de um acidente de trânsito, que por sua

vez, podem estar relacionados com a via, o ambiente, outros veículos e principalmente ao

comportamento desrespeitoso das pessoas, de uma forma geral. Isso engloba: excesso de

velocidade, distrações, não obediência às leis de trânsito; além de fatores intrínsecos da natureza

como clima não propício para a prática da direção, condições de visibilidade, além de fatores

de cunho administrativo, como a má sinalização do sistema viário. Nota-se que maior parte das

razões mencionadas são de cunho comportamental e portanto, dependem exclusivamente do

bom senso do condutor.

Contudo, cada uma delas também possui uma relação com a física, em especial às leis

de Newton. Portanto, um acidente de trânsito pode ser analisado dentro deste contexto, podendo

ser levado para a sala de aula e internalizado no estudante para que promova no mínimo, uma

reflexão acerca das tomadas de decisão quando o mesmo estiver dirigindo.

As informações oriundas por meio de conhecimentos físicos acerca do trânsito são tão

importantes que auxiliam até na reconstituição científica de acidentes para que a justiça faça valer

a sentença cabível ao caso.

________________________

[53] LUCENA, 2014, p. 17

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36

A área de atuação da Física nos processos forenses que mais se destaca é a

interpretação de acidentes de trânsito, eventos esses, cada vez mais frequentes no

cotidiano de todos e que envolvem diversos fatores que podem ser analisados,

buscando entender como estes aconteceram e os possíveis culpados, tais como erro

humano ou falha mecânica [55].

O principal princípio físico utilizado pela física forense, por exemplo, para investigar os

acidentes no trânsito é o da conservação da quantidade de movimento, que por sua vez,

possibilita a investigação das velocidades de impacto dos veículos. É possível se estimar, por

exemplo, a velocidade de automóveis a partir das medições da derrapagem. Contudo, a mecânica

em geral, contribui bastante para tal averiguação.

Diante do conteúdo da Física Mecânica, percebe-se uma grande aplicação desta, em

investigação de acidentes de trânsito, um tema comum a todos e que faz parte da realidade

dos estudantes, embora muitas vezes não seja percebida pelos alunos pela falta de

incentivos quanto à educação no trânsito. Logo, a investigação de acidentes de trânsito

pode ser facilmente inserida nas técnicas pedagógicas para abordagem do conteúdo,

facilitando a aprendizagem e, promovendo uma aplicação científica na resolução de

problemas da vida real e assim, reforçando a motivação dos alunos pelo estudo da Física.

[56].

Outro fator que pode ser analisado quanto à questão do acidente de trânsito é o cálculo

da força que faz o vidro do para-brisa de um carro quebrar:

É comum nos atropelamentos, o pedestre chocar-se contra o para – brisa do veículo,

causando sua ruptura. Para ocorrer este fenômeno, é necessário que a pressão exercida

contra a superfície do para - brisa exceda a resistência do vidro. O valor da resistência

à pressão que deve ser oferecida é normatizado, no Brasil, por resolução do

CONTRAN. Conhecido este valor, bem como a deformação máxima do vidro antes

de romper – se, é possível estabelecer a força mínima necessária para a ruptura e, por

meio dela, avaliar a energia cinética do veículo. O fundamento da aplicação deste

princípio pode ser assim resumido: um vidro para – brisa de veículo deve resistir à

pressão (do vento, impactos, etc.) até um certo limite, como estipula a Resolução Nº

463/ 73 do CONTRAN [57].

Desta forma, para cada causa de acidente de trânsito, há a possibilidade de

implementação de ações que dificultarão a sua ocorrência. Logo, a condição necessária para

que se determinem as medidas preventivas adequadas é a análise de tais fatores. A possível

consequência, conforme a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) [58], é a redução destes

acidentes:

Qualquer política de redução de acidentes de trânsito não pode prescindir de um banco

de dados de acidentes confiável e atualizado. Assim, todos os acidentes registrados

pela Polícia ou, pelo menos, todos os que provocam vítimas, devem constar do banco

de acidentes do órgão de trânsito.

____________________________

[56] LUCENA, op. cit., p. 7

[57] VIANA, 2009, p. 32

[58] CET, 2009, p. 16

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37

Esta ferramenta é indispensável para poder avaliar corretamente a situação da

violência no trânsito e acompanhar sua evolução enquanto as medidas de segurança

forem sendo implementadas para reduzir o número de acidentes

Os princípios fundamentais da mecânica utilizados na investigação em acidentes de

trânsito são vistos no Ensino Médio e, portanto, podem ser entendidas pelos estudantes desse

nível de ensino. Kleer e colaboradores [59] argumentam que contextualizar as leis de Newton

em situações do trânsito traz vantagens pedagógicas porque:

a)evidencia a relevância da Física e mostra como esta pode ser aplicada para resolver

problemas práticos da vida real; b) fornece ótimos exercícios de problemas que

permitem diferentes métodos de resolução; c) fornece exercícios de testagem de

hipóteses, por exemplo, declaração de testemunhas; d) promove a consciência acerca

de questionamentos científicos sobre problemas da vida real que necessitam ser

complementados, por exemplo, por considerações legais e morais e e) reforça a

importância da segurança nas estradas, evidenciando as vantagens do uso do cinto de

segurança e da obediência às leis do trânsito.

É importante que o Ensino de Física no Ensino Médio, bem como no Ensino

Fundamental, enfatize a Física do cotidiano, buscando uma proximidade com a realidade do

estudante, na tentativa de promover um processo ensino-aprendizagem mais significativo e

mais relevante.

_______________________

[59] KLEER, SANTOS e THIELO, op. cit., p. 161

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38

Capítulo 3

Estratégias de ensino: o uso de minicursos para a Educação no

Trânsito

Esta proposta de trabalho busca promover a aprendizagem de conceitos fundamentais

da mecânica clássica, as leis de Newton, no contexto de situações que ocorrem no trânsito

urbano relacionadas com a educação e segurança, observando a escola como um espaço de

formação cidadã, do exercício do respeito e de princípios éticos. O processo de investigação

implementado foca na promoção de experiências pedagógicas sobre trânsito e o Ensino de

Física, e deseja contribuir para a formação de atitudes positivas que possibilitem a melhoria na

qualidade de vida do indivíduo e da coletividade.

Para nortear o desenvolvimento do trabalho considera-se necessária a apresentação dos

elementos básicos significativos da pesquisa, os quais são apresentados neste capítulo.

3.1 Elementos Básicos da Investigação

3.1.1 Objeto de estudo

O foco desta proposta é envolver situações que acontecem no trânsito e problematizá-

las no contexto da Física por meio de um evento escolar, que ainda que de pequena dimensão,

tem a finalidade de sensibilizar para que haja conscientização dos estudantes do ensino médio

no sentido de respeitar as leis de trânsito através de um entendimento científico fundamentado,

de forma que eles o propaguem às pessoas de seu convívio. A intenção é viabilizar uma

sensibilização para uma possível conscientização e mudança de comportamento despertadas

por meio da concepção de conceitos físicos.

3.1.2 Problemática

Diante das várias dificuldades constatadas atualmente no ensino de Física, destaca-se a

escassez de metodologias que vislumbrem o aprimoramento das concepções espontâneas dos

estudantes, uma vez que a assimilação dos conceitos introdutórios referentes à cinemática

normalmente é insatisfatória, comprometendo assim, a adequada aprendizagem de conteúdos

da Mecânica, em especial, as leis de Newton. E apesar de parecer muito abstrata ao estudante,

também serve de elo para a problematização de outros conteúdos, que não são o foco desta

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39

dissertação. Neste sentido, cabe a seguinte indagação: A dificuldade observada em alunos da 1ª

série do ensino médio quanto à compreensão das leis de Newton, pode ser minimizada com

uma ação pedagógica interdisciplinar envolvendo a educação e segurança no trânsito por meio

de recurso pedagógico na forma de um mini evento escolar?

3.1.3 Questão de pesquisa

Apesar de haver políticas públicas a respeito da educação para o trânsito, a correlação

com a Física na sala de aula ainda é muito escassa, caracterizando estudos e projetos com uma

roupagem meramente preventiva, em muitos casos.

Em contrapartida, alguns projetos escolares podem ser onerosos ou demandar muitas

aulas, o que acaba inviabilizando a sua implantação. Assim, torna-se uma estratégia viável,

realizar minicursos ou oficinas dentro da própria escola utilizando como tipo de avaliação um

quiz, ao invés de avaliações formais. Neste caso, como roteirizar com atividades lúdicas, os

princípios da aprendizagem significativa acerca da Física no trânsito?

3.1.4 Objetivos Geral e Específicos

3.1.4.1 Objetivo Geral

Contextualizar as leis de Newton no trânsito urbano de veículos por meio de uma

metodologia que problematize os fenômenos físicos presentes em situações diárias.

3.1.4.2 Objetivos Específicos

1. Explorar conceitos físicos por meio das concepções prévias apresentadas, na

tentativa de reduzir a dificuldade dos alunos que estão cursando ou já cursaram a 1ª

série do ensino médio;

2. Sensibilizar jovens estudantes por meio do saber científico para uma postura mais

consciente como pedestre ou como condutor do meio de locomoção urbano;

3. Aplicar os roteiros com situações - problemas alusivos ao trânsito;

4. Criar um jogo didático, no formato de quiz, como instrumento de avaliação da

aprendizagem;

5. Analisar o roteiro no tocante ao aprendizado de conceitos envolvidos nas leis de

Newton.

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40

6. Elaborar um produto educacional que promova aprendizagem das leis de Newton

no contexto da educação e segurança no trânsito.

3.2 Conceitos básicos da aprendizagem significativa

O norteador teórico da aprendizagem desta pesquisa é a teoria cognitiva de David

Ausubel [60], tendo como enfoque a teoria da aprendizagem significativa (TAS) e as estratégias

utilizadas para atingir tal objetivo.

Considera-se que uma aprendizagem é significativa quando ideias verbalizadas ou

contidas num texto apresentam uma relação lógica e clara com o conhecimento já existente na

estrutura cognitiva de um sujeito. Na TAS essa característica é denominada de interação não

arbitrária. Por outro lado, o sujeito ao apresentar o que foi aprendido e apreendido, observando

as correlações entre as ideias e novas ideias, deve saber o significado daquilo que se ensinou de

forma clara e objetiva (linguagem simples), porém não deixando de utilizar o formalismo

adequado; as interações não arbitrária e substantiva de ideias são fundamentais na ampliação

da estrutura cognitiva, na incorporação de novos conhecimentos, na flexibilidade de uso do

conhecimento e no tempo de armazenamento, PRÄSS [61].

Segundo Ausubel, Novak e Hanesian [62], para que ocorra a aprendizagem

significativa, de fato, duas condições precisam ser satisfeitas: que o material oferecido ao

estudante seja potencialmente significativo para ele e que o mesmo esteja predisposto a

aprender de forma significativa e não mais mecânica, como normalmente acontece; e isto requer

esforço e dedicação do aprendiz para correlacionar de maneira não arbitrária e substantiva, o

novo conhecimento na sua estrutura cognitiva. É importante também que o aluno demonstre

possuir conhecimentos prévios sobre o conteúdo abordado. Ausubel denomina o conhecimento

prévio de subsunçor, que nada mais é do que uma informação prévia que dá significado a um

novo conhecimento apresentado e facilita a conexão com o mesmo. O processo de inter-

relacionar novas ideias às ideias existentes, consiste em correlaciona – las com o conteúdo

aprendido, sendo denominado de diferenciação progressiva.

A continuidade dos estudos sobre um determinado conteúdo, eliminando dúvidas ou

diferenças aparentes, aumentando o grau de complexidade do conteúdo e agregando novos

conhecimentos ao conteúdo inicial, levará o estudante a ampliar sua perspectiva sobre um certo

conceito; já isto, na TAS, é denominado de reconciliação integradora. De outra forma, dizemos

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41

que a reconciliação integradora é o processo que define a dinâmica da aprendizagem

simultaneamente à diferenciação progressiva, Tavares [63].

Outro fator primordial para que a aprendizagem significativa aconteça é a utilização dos

organizadores prévios, que são materiais geralmente inseridos antes do material de

aprendizagem pretendido. Possui como objetivo servir de ponte entre as informações que o

aluno já possui e as novas informações a ele repassadas.

Os conhecimentos prévios seriam os suportes nos quais o novo conhecimento se

apoiaria. Tal processo, Ausubel denominou de ancoragem. Essa ideia é defendida por

ele na seguinte frase: “o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem

é aquilo que o aprendiz já sabe. Averigue isso e ensine-o de acordo”. AUSUBEL apud

MOREIRA [64].

Podemos distinguir a AS em três tipos: representacional, conceitual e proposicional.

Aprendizagem representacional: ocorre quando o sujeito reconhece um signo

(palavra, símbolo ou ideia) para representar um significado, um conceito. O símbolo

assume uma ideia concreta.

Aprendizagem conceitual: é uma aprendizagem representacional de alto nível,

onde os conceitos ou significados são reconhecidos agora por outros conceitos ou

significados que o ancoram. Neste caso, o efeito que deve ser observado no ganho

de aprendizagem é uma maior diferenciação do conceito.

Aprendizagem proposicional: neste tipo de aprendizagem, temos o aprendizado do

conceito ou significado de ideias expressas sob a forma de proposições e suas

devidas associações.

O ensino da Física muitas vezes não contextualiza o cotidiano do estudante, de forma

que é provável que não haja uma identificação com problemáticas corriqueiras, como o trânsito,

por exemplo.

Se faz necessário, portanto, a utilização de uma metodologia que possibilite aos

estudantes uma compreensão maior dos conceitos abordados em sala de aula, que dê real

significado ao que se aprende. Obviamente, a referida metodologia deve ser constituída de

elementos que elenquem práticas que auxiliem uma melhor assimilação.

_______________________

[64] AUSUBEL e colaboradores, 1980 apud MOREIRA, 2006, p. 13

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42

Na tentativa de contribuir para uma aprendizagem mais significativa em relação aos

conceitos abstratos que são estudados em Física, como as leis de Newton, além de promover

uma reflexão crítico-social nos estudantes acerca do comportamento no trânsito, o mini evento

(produto desta dissertação) foi idealizado para utilizar em todas as atividades os pressupostos

da TAS com estudante do Ensino Médio sobre educação e segurança no trânsito.

3.3 Unidade de ensino: Ensino de Física e Educação no Trânsito

Sistematizamos nesta seção discussões sobre conceitos emergentes das leis de Newton

de forma interdisciplinar com situações do trânsito urbano de veículos, utilizando como recurso

pedagógico uma sequência didática materializada num evento escolar. A ideia é possibilitar

uma melhor compreensão acerca das dificuldades sobre os conceitos de inércia, velocidade

(envolvendo colisão, tempo de reação, distância de parada), aceleração (desaceleração) e a lei

da ação e reação.

Os subsídios teóricos e práticos da unidade são os seguintes:

3.3.1 Público alvo e suas especificidades

a) Perfil do aluno: haver cursado o primeiro ano do ensino médio e possuir conhecimento prévio

sobre as leis de Newton.

Observação: Como levou – se em consideração as concepções prévias dos estudantes, seria

mais adequado que o público alvo fossem alunos do primeiro ano do Ensino Médio, uma

vez que ainda não teriam conhecimentos científicos acerca da cinemática. Porém, por

questões administrativamente internas da instituição de ensino em que os minicursos

foram realizados, isto não foi possível. Obteve – se respostas possivelmente distintas em

comparação com o público alvo pretendido a princípio, mas não menos importantes, pois

em muitos casos, mesmo já tendo “visto” o referido conteúdo, o estudante ainda não

rompeu cognitivamente a ideia Aristotélica; ele apenas apresenta uma vaga noção que

pode ser reformulada com um cunho científico.

b) Participantes da pesquisa: alunos cursistas do segundo ano do ensino médio. Os participantes

estavam cientes do objetivo deste trabalho e obtiveram a permissão para participar do projeto

através de um termo de autorização com anuência da escola (destinado a pais ou responsáveis);

c) Espaço de ensino e aprendizagem: as atividades propostas foram realizadas em uma

instituição de ensino público, em 3 turmas, totalizando 105 alunos e está localizada na área

central da cidade de Manaus, recebendo estudantes de vários bairros, adjacentes ou não.

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43

O local de realização do mini evento ocorreu na sala de música desta instituição, que comporta

120 alunos (sentados). Possui mesa, quadro branco, tela para projeção e a acústica é satisfatória

para este tipo de atividade.

d) Recursos: a escola disponibilizou equipamentos e materiais como: projetor de imagem,

quadro e equipamentos de som, bem como uma sala específica para a implementação da

pesquisa e aplicação do produto educacional.

e) Duração: o mini evento foi realizado durante dois dias consecutivos, com duração de 2 horas

em cada dia.

3.3.2 Definição do tema

A formação cidadã requer, além de elementos morais e éticos, uma compreensão

significativa do conhecimento aprendido na escola. A soma desses elementos, neste caso, com

ênfase no conhecimento físico, pode produzir atitudes positivas quanto ao comportamento de

pessoas no trânsito. Tendo por referência as leis de Newton para discutir e compreender

fenômenos físicos que ocorrem no trânsito, no contexto educação e segurança, investigamos o

uso de um evento escolar como recurso pedagógico para promover aprendizagem significativa

da Física para que seja executada no trânsito.

3.3.3 Planejamento do recurso pedagógico:

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) considera que o conhecimento físico

incorporado à cultura tornou-se indispensável à formação cidadã contemporânea; sugere a

adaptação e utilização de alguns temas transversais com um exercício entre os valores

experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e sua realidade pessoal.

A temática educação e segurança para o trânsito é sugerida pelos PCN na área de

Ciências, Códigos e suas tecnologias. No componente curricular de Física, busca tratar não só

de questões morais e éticas, como também de princípios gerais da mecânica clássica que

permitem ao estudante dar sentido à aquilo que aprende, podendo provocar desde cedo uma

reflexão comportamental contínua nas tomadas de decisão por parte destes cidadãos.

O planejamento do recurso pedagógico implementado em nossa investigação, que diz

respeito a ação docente, visa uma prática metodológica que se ajuste melhor ao público alvo

por meio de atividades lúdicas que compõem um mini evento com a temática educação e

segurança para o trânsito. Segundo Libâneo [65], é um processo de racionalização, organização

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44

e coordenação da ação docente, que articula a atividade escolar e a problemática do contexto

social; planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes (um guia de

orientação de ações sequenciadas, com objetividade, coerência e flexível) observando as

situações didáticas concretas. Há três modalidades de planejamento: plano de escola, plano de

ensino e plano de aula. É do interesse desta investigação o plano de aula, pois trata – se do que

o professor fará em sala de aula para alcançar os objetivos educacionais propostos.

O plano de aula deve portanto, ser construído levando-se em consideração o tempo

disponível para a sua execução, o objetivo, o conteúdo, as atividades a serem desenvolvidas e

a avaliação. Deve também ser elaborado com uma sequência lógica de conteúdos visando a

abordagem de conceitos em torno de uma ideia central, formando um todo significado que

possibilite ao aluno uma percepção clara, coerente e coordenada do tema [66].

Ainda nesse contexto, acredita – se que a realização de minicursos como estratégia de

ensino é eficaz no sentido de ser uma prática democrática, pois o estudante conquista uma

liberdade cognitiva no decorrer das tarefas praticadas em função de inteligências distintas que

o mesmo pode ter e que podem ser exercitadas e testadas nestes minicursos, haja vista que o

mesmo contempla atividades variadas. A essa teoria, atribui – se o termo inteligências

múltiplas, proposta por Gardner [67], que por sua vez, defende que tais capacidades intelectuais

apontam que os indivíduos possuem distintas habilidades. Assim, uma atividade pode ser mais

simples e satisfatória para uns, do que para outros, sugerindo que o reconhecimento destas

várias habilidades promove um ganho no que diz respeito à aprendizagem. E complementa: “é

uma visão pluralista da mente, reconhecendo muitas facetas diferentes e separadas da cognição,

reconhecendo que as pessoas têm forças cognitivas diferenciadas e estilos cognitivos

contrastantes”. [68]

Seguindo orientação similar, a formatação destas aulas foi configurada como um mini

evento observando os seguintes aspectos: tema, divulgação, planejamento das atividades,

acessibilidade de informação e controle. A intenção foi contemplar justamente as possibilidades

cognitivas de cada estudante, na medida do possível. Conforme Gardner [69]:

Enquanto alguns indivíduos são “promissores” em uma inteligência, outros “correm

perigo”. Na ausência de ajudas especiais, aqueles que correm perigo em uma

inteligência provavelmente irão falhar nas tarefas que envolvem aquela inteligência.

Reciprocamente, os promissores provavelmente terão sucesso. Uma intervenção

intensa numa idade inicial talvez possa levar um grande número de crianças a um

nível “promissor”.

_______________________

[68] GARDNER, 1995, p. 13

[69] Ibid., p. 32

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45

O mini evento, neste caso, contém dois minicursos (executados em duas aulas) sobre o

tema educação e segurança para o trânsito, de tal forma que abrangeu as atividades idealizadas

para sensibilizar e promover compreensão de conceitos básicos da mecânica. Cada minicurso

foi planejado para três turmas de estudantes cursando a segunda série do ensino médio,

totalizando 105 pessoas inscritas, com duração de 2 (duas) horas cada um.

A abordagem contempla os seguintes assuntos: limite de velocidade nas vias;

desaceleração (evitando colisão), distrações ao volante (tempo de reação), atrito e os freios, a

importância dos equipamentos de segurança e elementos básico na investigação de acidentes

de trânsito.

A divulgação do mini evento contou com a colaboração do setor pedagógico da escola,

que disponibilizou ainda: um auditório com capacidade para 120 pessoas, um projetor de

imagens acoplado a um computador, uma caixa de som amplificada e microfone.

Os minicursos têm abordagem teórico-prática que englobam a discussão de situações-

problema apresentadas por meio de vídeos (que constam nos planos do minicursos por meio de

links) e reportagens que abarquem o tema e ainda a realização de experimentos e um jogo

didático, tendo como instrumento avaliativo um outro jogo em formato de quiz. Nos quadros 1

e 2, temos o planejamento do mini evento.

PLANO DO MINICURSO I

Título: “Cinto”, muito!

Apresentação

Nome da Professora: Fernanda Cabral

Componente Curricular: Física I

Ano letivo: 2015

Público alvo: estudantes cursistas do segundo ano do Ensino Médio

Obs: Para um melhor aproveitamento, em se tratando de concepções prévias,

o ideal seria que o público alvo fossem cursistas do primeiro ano do Ensino Médio,

pois ainda não teriam estudado cinemática. Porém, neste caso e por questões

administrativamente internas da instituição de ensino em que os minicursos foram

realizados, isto não foi possível. Contudo, a essência do projeto não foi abalada, de

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46

forma que obteve – se respostas possivelmente distintas em comparação com o

público alvo pretendido, mas não menos importantes.

Carga Horária: 2h

Objeto do minicurso

Problematizar as práticas juvenis que mais causam acidentes de trânsito e conceituar

fisicamente as grandezas físicas envolvidas nos casos de: velocidade excessiva, não

utilização do cinto de segurança, consumo de álcool e uso de celular ao volante.

Justificativa

Baseando-se nas estatísticas locais, os acidentes de carro envolvendo jovens têm crescido

freneticamente e causado muitos transtornos às famílias afetadas e à sociedade como um

todo. Estes acidentes podem ser evitados por meio de uma postura pautada no bom senso

e no respeito às leis de trânsito e isto pode começar a ser explorado na sala de aula.

Obs: Sugere – se fazer um comparativo a nível nacional.

Resultados pretendidos

▪ Deseja – se que o estudante consiga operacionalizar o tema educação e segurança no

trânsito na sala de aula e consequentemente em seu dia a dia.

▪ Espera-se que o estudante consiga relacionar cada caso analisado com as grandezas

físicas já conceituadas no minicurso I, conciliando as suas concepções previamente

apresentadas com situações – problema no trânsito.

Conteúdos de Física a serem explorados nas atividades do minicurso

▪ velocidade;

▪ aceleração;

▪ atrito;

▪ leis de Newton.

Metodologia de Ensino

▪ Problematizar a diferença entre velocidade escalar média e instantânea, de acordo com

as situações exploradas na palestra e nos vídeos acerca da velocidade excessiva e dos

dispositivos de segurança no trânsito, como o cinto de segurança, por exemplo e debater

a aplicabilidade da terceira lei de Newton (ação e reação) caso de uma colisão frontal

entre dois veículos que possuam massas similares.

▪ Discutir por meio de animação a diferença entre os conceitos de aceleração e velocidade;

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47

Obs: A animação utilizada foi criada no programa flash e editada no programa movie

maker (link disponível na Sequência de Momentos de Ensino – Aprendizagem 1, do

minicurso I)

▪ Exemplificar experimentalmente a relação que existe entre o atrito e a inércia e qual a

utilidade disto na locomoção do carro.

▪ Demonstrar experimentalmente (com materiais caseiros) o funcionamento do air bag

como dispositivo de segurança, inserindo o conceito de desaceleração.

▪ Analisar a grandeza física torque relacionando à segunda lei de Newton para rotações e

ainda discutindo sua aplicabilidade em circunstâncias corriqueiras no trânsito, como a

troca de pneus, por exemplo. Para isso, pode – se utilizar a porta (dobradiça) do local de

realização do minicurso.

Material de Apoio

Palestra e vídeos: ▪ projetor (data – show);

▪ caixa de som;

▪ microfone (facultativo);

▪ computador;

▪ quadro.

Experimentos: ▪ cd (inutilizado);

▪ balão;

▪ seringa;

▪ vinagre;

▪ saco (plástico);

▪ bicarbonato de sódio.

Demonstração (exemplo prático): ▪ porta (dobradiça).

Verificação de Aprendizagem (Quiz): ▪ projetor (data – show);

▪ microfone (facultativo).

▪ questionários.

Avaliação

▪ quiz (questionário) / pré – teste: explorar os conhecimentos prévios dos estudantes

utilizando um material potencialmente significativo.

▪ quiz (questionário) / pós – teste: promover ao final do minicurso, a reconciliação

integradora entre os conhecimentos prévios apresentados pelos estudantes e o “novo”

conhecimento já ressignificado.

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48

Bibliografia (lista as referências necessárias para a preparação das palestras e estudos)

[1] MARIM, I. H. Como montar uma palestra. UEM. Disponível em:<

http://www.fazenda.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/iseminario/20041103Comomontarumap

alestra.pdf>

[2] Gl, Globo.com. Jornal Hoje. Acidente de trânsito é a principal causa de mortes de jovens

no mundo. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/06/acidente-de-

transito-e-principal-causa-de-mortes-de-jovens-no-mundo.html>

[3] Portal do trânsito. Vida no trânsito. Morte de jovens em acidentes de transporte cresceu

mais de 30% em dez anos. Disponível em: <http://portaldotransito.com.br/noticias/estatisticas/morte-

de-jovens-em-acidentes-de-transporte-cresceu-mais-de-30-em-dez-anos>

[4] TRÂNSITOBR. Adolescente no volante. Disponível em: <

http://www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=112>

[5] Observatório Nacional de Segurança Viária (OSNV). Serviços. Notícias. Brasil tem

mais vítimas de acidentes de trânsito do que câncer, informa estudo. Disponível em:

< http://www.onsv.org.br/noticias/brasil-tem-mais-vitimas-de-acidentes-de-transito-do-

que-cancer-informa-estudo/>

[6] WIKIHOW. Como Criar um Quiz Usando Apenas o Powerpoint. Disponível Em:

< http://pt.wikihow.com/Criar-um-Quiz-Usando-Apenas-o-Powepoint>

[7] Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia - UNESP/Bauru.

Experimentos de física. Disco flutuante. Disponível em:<

http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec06.htm>

[8] UMCOMO. Tempo livre. Como fazer uma air bag caseiro. Disponível em: <

http://tempolivre.umcomo.com.br/video/como-fazer-um-airbag-caseiro-12895.html>

Fonte: ROSA, P. R. da S. Modelo de plano de minicurso. UFMS. Disponível em:

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahUK

EwiLgYHCj67JAhVDJJAKHQP_BYQQFggzMAM&url=http%3A%2F%2Fwww.paulorosa.docente.ufms.br

%2FInformatica_Educacao%2FPlano_minicurso.docx&usg=AFQjCNEhxH1bTnqafhU1v1LDIYzMWjjvlg&

sig2=UjrGuMPLqAIF_nJc05LQrA

Quadro 1:Plano do minicurso I

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49

Anexo

Tabela de habilidades cognitivas e verbos relacionados

NÍVEL DEFINIÇÃO

AMOSTRA

DE

VERBOS

AMOSTRA DE

DESEMPENHOS

CONHECIMENTO

O aluno irá recordar ou

reconhecer informações,

ideias, e princípios na

forma (aproximada) em

que foram aprendidos.

Escreva, Liste

Rotule,

Nomeie

Diga, Defina.

O aluno irá definir os

seis níveis da

Taxonomia de Bloom

no domínio

cognitivo.

COMPREENSÃO

O aluno traduz,

compreende ou

interpreta informação

com base em

conhecimento prévio.

Explique,

Resuma,

Parafraseie,

Descreva,

Ilustre.

O aluno irá explicar a

proposta da

taxonomia de Bloom

para o domínio

cognitivo.

APLICAÇÃO

O aluno seleciona,

transfere e usa dados e

princípios para

completar um problema

ou tarefa com um

mínimo de supervisão.

Use, Compute,

Resolva,

Demonstre,

Aplique,

Construa.

O aluno irá escrever

um objetivo

educacional para

cada um dos níveis

da Taxonomia de

Bloom.

ANÁLISE

O aluno distingue,

classifica, e

relaciona pressupostos,

hipóteses, evidências ou

estruturas de uma

declaração ou questão.

Analise,

Categorize,

Compare,

Contraste,

Separe.

O aluno irá comparar

e contrastar os

domínios: afetivo e

cognitivo.

SÍNTESE

O aluno cria, integra e

combina ideias num

produto, plano ou

proposta, novos para ele.

Crie, Planeje,

Elabore

hipótese(s),

Invente,

Desenvolva.

O aluno irá elaborar

um esquema de

classificação para

escrever objetivos

educacionais que

integre os domínios

cognitivo, afetivo e

psicomotor.

AVALIAÇÃO

O aluno aprecia, avalia

ou critica com base em

padrões e critérios

específicos.

Julgue,

Recomende,

Critique,

Justifique.

O aluno irá julgar a

efetividade de se

escrever objetivos

educacionais usando

a taxonomia de

Bloom. Fonte : http://www.edpsycinteractive.org/topics/cogsys/bloom.html

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50

PLANO DO MINICURSO II

Título: Parece que bebe!

Apresentação

Nome da Professora: Fernanda Cabral

Componente Curricular: Física I

Ano letivo: 2015

Público alvo: estudantes cursistas do segundo ano do Ensino Médio

Carga Horária: 2h

Objeto do minicurso

Discutir, no sentido de sensibilizar, como e quais fatores comportamentais que os jovens

devem aderir para reduzir as estatísticas de acidentes de trânsito na cidade de Manaus.

Justificativa

Elencar as situações – problema no trânsito inserindo os conceitos físicos pertinentes a

cada situação explorada, para sensibilizar o estudante quanto à prática da educação no

trânsito por meio de conhecimentos de Física.

Resultados pretendidos

▪ Almeja – se que o estudante seja sensibilizado quanto à utilidade do tema educação e

segurança no trânsito em seu cotidiano, aliado aos conhecimentos de Mecânica;

▪ Acredita-se que o estudante conseguirá, ao final do minicurso II, sistematizar e estender

às pessoas do seu convívio a importância da educação no trânsito e o quão facilitador o

conhecimento de física é para tal prática.

Conteúdos de Física a serem explorados nas atividades do minicurso

▪ velocidade escalar média e instantânea;

▪ aceleração;

▪ atrito;

▪ leis de Newton.

OBS: Os mesmos conteúdos explanados no minicurso I, porém, contextualizando-os

por meio de fatos reais.

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51

Metodologia de Ensino

▪ Debater as questões suscitadas no minicurso I, recobrando – as, suscitar perguntas e/ou

comentários dos estudantes acerca de acidentes de trânsito envolvendo jovens, quais as

principais causas e no que a educação no trânsito juntamente com conhecimentos de

Física podem servir de auxílio.

▪ Explorar por meio de um jogo de perguntas e respostas alguns conceitos da Mecânica

de forma lúdica, no intuito de conquistar a atenção dos estudantes quanto às questões do

trânsito.

▪ Sensibilizar por meio da utilização de vídeos contendo relatos de vítimas diretas ou

indiretas de acidentes de trânsito, com o intuito de conscientizar para a relevância da

temática.

Material de Apoio

Debate: ▪ microfone (facultativo);

Vídeos: ▪ projetor (data – show);

▪ caixa de som;

▪ microfone (facultativo);

▪ computador;

▪ quadro.

Jogo didático: ▪ livros de física;

▪ papel;

▪ caneta;

Verificação de Aprendizagem (Quiz): ▪ projetor (data – show);

▪ microfone (facultativo).

▪ questionários.

Avaliação

▪ quiz (questionário) / pré – teste: explorar os conhecimentos prévios dos estudantes

utilizando um material potencialmente significativo.

▪ quiz (questionário) / pós – teste: promover ao final do minicurso, a reconciliação

integradora entre os conhecimentos prévios apresentados pelos estudantes e o “novo”

conhecimento já ressignificado para a prática consciente da direção no trânsito.

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52

Bibliografia (lista as referências necessárias para a preparação das palestras e

estudos)

[1] ALTARUGIO, Maisa Helena; DINIZ, Manuela Lustosa e LOCATELLI, Solange

Wagner. Relatos de sala de aula. O debate como estratégias em aulas de Química.

Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/06-RSA-8008.pdf>

[2] SCHEFFER, Fabricio da Silva. Dissertação de mestrado. O uso de vídeo aulas para a

aprendizagem de Cinemática. Porto Alegre, 2014.

[3] PEREIRA, Ricardo Francisco; FUSINATO, Polônia Altoé e NVES, Marcos Cesar Danhoni.

Encontro Nacional de Pesquisas em Educação em Ciências. Desenvolvendo um jogo de

tabuleiro para o ensino de física. Universidade Estadual De Maringá. Florianópolis, 2009.

[4] RAHAL, Fábio Adhemar da Silva. Simpósio Nacional de Ensino de Física. Jogos

didáticos no ensino de Física: um exemplo na Termodinâmica. Universidade Federal

do Paraná.

[5] WIKIHOW. Como Criar um Quiz Usando Apenas o Powepoint. Disponível Em:

< http://pt.wikihow.com/Criar-um-Quiz-Usando-Apenas-o-Powepoint>

[6] TERRA, Notícias. Brasil. Separados pelo trânsito. Famílias dizimadas pelo

trânsito. Disponível em:< http://noticias.terra.com.br/brasil/separados-pelo-transito/>

[7] Laboratório de transportes e logística. Programa de segurança rodoviária.

Campanha contra violência no trânsito reúne relatos em site interativo.

Universidade Federal de Santa Catarina, 2015. Disponível em:

<https://www.labtrans.ufsc.br/PSR/post/Campanha-contra-violencia-no-transito-reune-

relatos-em-site-interativo.aspx>

[8] Jornal Folha do Sul. Notícia. Semana Nacional de Trânsito. Palestrante mostra

relatos de vítimas com sequelas. Ano 6, nº 1698, 2015. Disponível em: <

http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2015/09/19/palestrante-mostra-relatos-de-

vitimas-com-sequelas>

Fonte: ROSA, P. R. da S. Modelo de plano de minicurso. UFMS. Disponível em:

<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahU

KEwiLgYHCj67JAhVDJJAKHQP_BYQQFggzMAM&url=http%3A%2F%2Fwww.paulorosa.docente.ufms.

br%2FInformatica_Educacao%2FPlano_minicurso.docx&usg=AFQjCNEhxH1bTnqafhU1v1LDIYzMWjjvlg

&sig2=UjrGuMPLqAIF_nJc05LQrA>

Quadro 2:Plano do minicurso II

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53

Anexo

Tabela de habilidades cognitivas e verbos relacionados

NÍVEL DEFINIÇÃO

AMOSTRA

DE

VERBOS

AMOSTRA DE

DESEMPENHOS

CONHECIMENTO

O aluno irá recordar ou

reconhecer informações,

ideias, e princípios na

forma (aproximada) em

que foram aprendidos.

Escreva, Liste

Rotule,

Nomeie

Diga, Defina.

O aluno irá definir os

seis níveis da

Taxonomia de Bloom

no domínio

cognitivo.

COMPREENSÃO

O aluno traduz,

compreende ou

interpreta informação

com base em

conhecimento prévio.

Explique,

Resuma,

Parafraseie,

Descreva,

Ilustre.

O aluno irá explicar a

proposta da

taxonomia de Bloom

para o domínio

cognitivo.

APLICAÇÃO

O aluno seleciona,

transfere e usa dados e

princípios para

completar um problema

ou tarefa com um

mínimo de supervisão.

Use, Compute

Resolva,

Demonstre,

Aplique,

Construa.

O aluno irá escrever

um objetivo

educacional para

cada um dos níveis

da Taxonomia de

Bloom.

ANÁLISE

O aluno distingue,

classifica, e

relaciona pressupostos,

hipóteses, evidências ou

estruturas de uma

declaração ou questão.

Analise,

Categorize,

Compare,

Contraste,

Separe.

O aluno irá comparar

e contrastar os

domínios: afetivo e

cognitivo.

SÍNTESE

O aluno cria, integra e

combina ideias num

produto, plano ou

proposta, novos para ele.

Crie, Planeje,

Elabore

hipótese(s),

Invente,

Desenvolva.

O aluno irá elaborar

um esquema de

classificação para

escrever objetivos

educacionais que

integre os domínios

cognitivo, afetivo e

psicomotor.

AVALIAÇÃO

O aluno aprecia, avalia

ou critica com base em

padrões e critérios

específicos.

Julgue,

Recomende,

Critique,

Justifique.

O aluno irá julgar a

efetividade de se

escrever objetivos

educacionais usando

a taxonomia de

Bloom.

Fonte : http://www.edpsycinteractive.org/topics/cogsys/bloom.html

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54

3.3.4 O ensino por temas

Em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS), a temática do

trânsito, por ser transversal, pode suscitar motivação para o estudo da Física, neste caso, com

ênfase nas leis de Newton.

A articulação de conteúdos tradicionais da Física com temas sociais pode facilitar a

compreensão de conceitos e o exercício da interdisciplinaridade, que também podem gerar uma

mudança nos hábitos sociais e na qualidade de vida. Assim, a abordagem temática não deve ter

uma perspectiva somente de enriquecimento cultural, mas ser uma estratégia que contribua com

a proposta curricular [70].

Segundo Costa e Pinheiro [71], é possível observar que o trabalho por meio de temas

geradores contextualiza o conhecimento permeado de reflexão, pois se estabelece uma

correlação harmônica entre os conhecimentos científicos e sua releitura na busca de

compreender situações que envolvam a realidade local, dando significado para os aprendizados

escolares. E do ponto de vista metodológico, trabalha-se de forma inversa a tradicional: parte-

se de uma situação problema, busca-se uma interpretação mais crítica do tema, percebe-se que

os conhecimentos de senso comum não são suficientes para a plena compreensão do tema em

questão (nesse momento em que se provoca o aluno para a aprendizagem) cujo objetivo final é

a apreensão do conhecimento científico para uma visão reformulada do tema. O resultado

esperado é uma ressignificação de conceitos e o reflexo disso no meio onde se vive.

Com ideias similares, Tozoni – Reis [72] afirma:

[...] os temas geradores são temas que servem ao processo de codificação-

decodificação e problematização da situação. Eles permitem concretizar,

metodologicamente, o esforço de compreensão da realidade vivida para alcançar um

nível mais crítico de conhecimento dessa realidade, pela experiência da reflexão

coletiva da prática social real. Esse é o caminho metodológico: o trabalho educativo

dispensa, pois, um programa pronto e as atividades tradicionais de escrita e leitura,

mecanicamente executadas. A avaliação é um processo coletivo cujo foco não é o

‛rendimento’ individual, mas o próprio processo de conscientização. O diálogo é,

portanto, o método básico, realizado pelos temas geradores de forma radicalmente

democrática e participativa.

Quando na discussão sobre um determinado tema introduz-se algum experimento, este

também deve ser proposto para levar o estudante ao exercício da reflexão, observando a relação

entre conceitos e fenômenos observados. A experimentação é uma estratégia que vincula o

conhecimento científico com o cotidiano do aluno.

_______________________

[72] TOZONI – REIS, 2006, p. 104

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55

Aplicada em minicursos, deve ter como finalidade permitir que o aluno estabeleça uma

articulação entre fenômeno e teoria [73]. Machado e Tunes apud Baptista e colaboradores [74]

propõem o seguinte processo:

a)formulação de uma pergunta que desperte a curiosidade dos alunos; b) realização

do experimento, solicitando aos alunos que registrem as observações macroscópicas;

c) solicitação que os alunos formulem possíveis explicações para o fenômeno

observado; registro de possíveis concepções prévias/alternativas dos alunos; d)

apresentação da explicação microscópica, levando em consideração as ideias prévias

dos alunos; nesse momento, de forma dialógica, são formuladas questões desafiadoras

que possibilitem dos alunos; nesse momento, de forma dialógica, são formuladas

questões desafiadoras que possibilitem aos alunos exercitarem suas habilidades

argumentativas, visando à reformulação das ideias prévias; nesse momento, sempre

que possível são inseridos aspectos históricos relacionados aos fenômenos

observados; e) apresentação da expressão representacional do fenômeno, como uma

síntese do que foi observado e explicado; f) conclusão do experimento, consistindo

em responder a pergunta inicial e discutir a interface Ciência-Tecnologia-Sociedade,

por meio da apresentação de um vídeo e/ou leitura de um texto relacionado ao tema.

Desta forma, espera – se que os experimentos no minicurso, vinculados à atividades e

problematizações, direcione a cognição dos alunos, tendo por objetivo uma melhor assimilação

do teor das atividades executadas nos minicursos. Os experimentos realizados durante os

minicursos foram: airbag caseiro e vencendo a inércia.

3.3.5 Uso de um jogo no formato de quiz (questionário)

Outra estratégia adotada durante a realização dos minicursos foi um jogo didático no

formato de quiz (questionário).

Para Pereira e colaboradores [75]: “O jogo é uma atividade rica e de grande efeito que

responde às necessidades lúdicas, intelectuais e afetivas, estimulando a vida social e

representando, assim, importante contribuição na aprendizagem.[..]”.

O quiz (questionário) é um jogo de perguntas e respostas e pode ser utilizado como

recurso didático auxiliador na aprendizagem de maneira simples e lúdica. É uma atividade

perfeitamente cabível de ser realizada na escola por meio de recursos tecnológicos (neste

projeto usamos um projetor de imagens acoplado a um computador). Além do mais, contribui

tanto no processo de aprendizagem (de maneira significativa) como também no processo de

avaliação do desempenho do aluno [76].

_______________________

[75] PEREIRA, 2009, p. 14

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56

Com o advento da tecnologia cada vez mais rebuscada, o desafio do professor não é só

o de despertar a curiosidade e atenção dos estudantes em sala de aula, mas principalmente,

manter esses elementos diariamente. Logo, metodologias que contemplem características mais

lúdicas tendem a ser mais atrativas. De acordo com Mitchell apud Oliveira e colaboradores

[77], “os jogos educacionais bem projetados levam os jogadores a um estado de intensa

concentração e envolvimento, o que é importante para o desenvolvimento de novas habilidades

e para a aprendizagem de conteúdos teóricos presentes no recurso”.

Sob a mesma perspectiva, Vicente apud Oliveira e colaboradores [78] afirma que “os

jogos permitem ao estudante associar prazer e aprendizado, representando uma forma de se

estudar conceitos, sem que ele perceba que está sendo ensinado. Isto acaba por desburocratizar,

de certa forma, a aprendizagem da física, que normalmente é pautada na mecanização de

conteúdos e operacionalizações matemáticas de maneira descontextualizada e possui muito

pouca relevância no cotidiano do estudante.

A construção dos quizzes (questionários), um para cada minicurso, implementados nesta

proposta cumpriu as seguintes etapas: (a) definição do conteúdo; (b) elaboração de questões de

múltipla escolha, de completar lacunas, com alternativas de verdadeiro ou falso; (c) elaboração

do formato digital (veja figura 6); e (d) aplicação do jogo.

Figura 13:Slides do minicurso I (Exemplos de questões de um dos quizzes)

_______________________

[77] OLIVEIRA, 2006, p. 150

[79] Ibid., p 149

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57

3.3.6 Descrição das atividades do mini evento (minicursos)

3.3.6.1 Minicurso I

Este minicurso é constituído de uma sequência de momentos que roteiriza atividades

embasadas na da aprendizagem significativa, contendo situações – problema alusivas ao

trânsito, demonstrações de experimentos, animações, jogos e para ser utilizado como

instrumento de avaliação de aprendizagem, criou – se um quiz (com comandos simples) e

caráter lúdico.

3.3.6.2 Objetivos

▪ Contextualizar e consequentemente promover uma aprendizagem de maneira mais

significativa no ensino médio; uma vez que o trânsito é uma problemática que repercute nas

principais discussões sociais da atualidade.

▪ Re – significar situações decorrentes do trânsito presentes no cotidiano do estudante,

de forma que tais conhecimentos sirvam de aporte científico para a aprendizagem da Mecânica.

NÍVEL ESCOLAR: 1º ano

MODALIDADE DE ENSINO: Médio

CARGA HORÁRIA: 2 horas (2 tempos de aula)

OBJETIVO GERAL:

▪ Instigar a manifestação da concepção prévia dos estudantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

▪ Adequar as concepções previamente apresentadas a situações – problema no trânsito;

▪ Apresentar como o tema educação e segurança no trânsito por meio de conhecimentos de

Mecânica pode ser útil ao dia a dia.

CONTEÚDO:

Conceitual:

▪ Conhecimento de alguns problemas que ocorrem no trânsito urbano;

Procedimental:

▪ Detecção de situações corriqueiras alusivas ao trânsito;

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58

Atitudinal:

▪ Sensibilização e bom senso para a prática da direção no trânsito.

SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 1

Momento 1: Palestra (análise das concepções prévias)

A palestra visa verificar a concepção prévia dos estudantes acerca dos conhecimentos

de Mecânica, para subsidiar o conteúdo explorado nas atividades seguintes. Os tópicos da

palestra, podem ser direcionados à cada atividade planejada durante os dois dias de mini evento

e é de suma importância que o seu teor seja lúdico, de forma que o estudante seja desafiado não

só a refletir acerca da questão do trânsito, como também, a continuar interessados em participar

dos minicursos.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ equipamento de som;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 1

AVALIAÇÃO:

A avaliação será realizada informalmente, apenas de sondagem e com características de

avaliação diagnóstica (oral).

CARGA HORÁRIA:

▪ 30 minutos

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59

Momento 2: Animação computacional

A partir da animação o estudante terá possibilidade de visualmente relacionar e

comparar em seu cotidiano os conceitos e relações entre velocidade e aceleração.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ animação computacional em flash (adaptação de animação extraía da internet).

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA:

▪ 10 minutos

Momento 3: Teste diagnóstico

Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões que envolvem o trânsito e

que foram discutidas na atividade 1 (palestra).

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 1

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60

AVALIAÇÃO:

Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

Momento 4: Experimentos e demonstrações

Realizar práticas experimentais que simulem circunstâncias ocorridas no trânsito que

envolvam conceitos de atrito e inércia e informações úteis de como trocar o pneu do carro, por

exemplo. O objetivo é promover no estudante uma reflexão comportamental a partir do conceito

abordado.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ experimento: cd;

seringa de (injeção);

balão;

cola.

▪ aplicação prática: porta (dobradiça)

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 2

AVALIAÇÃO:

Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor (a) acerca da relação dos

experimentos com situações encontradas no trânsito.

CARGA HORÁRIA:

▪ 20 minutos

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61

Momento 5: Debate

Esta é uma etapa de suma importância no projeto, o relato de indivíduos que tiveram

suas vidas modificadas de maneira abrupta por conta de acidentes de trânsito.

A ideia é apresentar experiências que estejam relacionadas com fatores

comportamentais como: excesso de velocidade, ingestão de bebidas alcóolicas, falta de atenção,

entre outros.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Reportagens em vídeo de veículos de comunicação como: revistas, jornais e internet,

com vítimas, fatais ou não, de acidentes de trânsito.

AVALIAÇÃO

Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor(a) acerca da relação dos

experimentos com situações encontradas no trânsito.

DURAÇÃO:

▪ 20 minutos

Momento 6: Verificação de aprendizagem

Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre a consequências de fatores

comportamentais relacionados com conceitos físicos referentes ao trânsito e que foram

discutidas nas atividades anteriores, inclusive na atividade 3 (pré – teste).

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

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62

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 2.

AVALIAÇÃO:

Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com

as respostas da atividade 3 (pré – teste).

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

Momento 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor

de forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do

trânsito). O objetivo é retomar questões que por ventura não tenham sido

esclarecidas durante o primeiro minicurso.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 3.

AVALIAÇÃO:

▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do

primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos

explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por

parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,

para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.

CARGA HORÁRIA:

▪ 10 minutos

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63

3.3.6.3 Minicurso II

Este minicurso é constituído de uma sequência de momentos que roteiriza atividades

embasadas na da aprendizagem significativa, contendo situações-problema decorrentes do

trânsito, vídeos (comerciais de televisão), jogo (pergunta – resposta), debate e para ser utilizado

como instrumento de avaliação de aprendizagem, criou – se um quiz com comandos simples e

com caráter lúdico.

3.3.6.4 Objetivos

▪ Analisar questões referentes ao trânsito, com o auxílio da Física, por meio de

depoimentos e comerciais de televisão de modo que se promova a sensibilização para o tema.

▪ Relacionar os conceitos explorados no minicurso I e reinseri – los nas atividades do

minicurso II, de maneira que viabilize a reconciliação integradora.

NÍVEL ESCOLAR: 1º ano

MODALIDADE DE ENSINO: Médio

CARGA HORÁRIA: 2 horas (2 tempos de aula)

OBJETIVO GERAL:

▪ Instigar a manifestação da concepção prévia dos estudantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

▪ Adequar as concepções previamente apresentadas a situações – problema no trânsito;

▪ Apresentar como o tema educação e segurança no trânsito por meio de conhecimentos de

Mecânica pode ser útil ao dia a dia.

CONTEÚDO:

Conceitual:

▪ Conhecimento de alguns problemas que ocorrem no trânsito urbano;

Procedimental:

▪ Detecção de situações corriqueiras alusivas ao trânsito;

Atitudinal:

▪ Sensibilização e bom senso para a prática da direção no trânsito.

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64

SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 2

Momento 1: Debate. O objetivo é recobrar questões suscitadas no minicurso I.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 4

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA:

▪ 30 minutos

Momento 2: Verificação de aprendizagem

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quis 3.

AVALIAÇÃO:

Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).

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65

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

Momento 3: Argumentação oral

Suscitar perguntas e/ou comentários dos estudantes acerca de acidentes de trânsito

envolvendo jovens, quais as principais causas e no que a educação no trânsito em consonância

com conhecimentos de Física podem auxiliar.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 5.

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA:

▪ 20 minutos

Momento 4: Jogo lúdico (Pergunta – resposta)

O momento do jogo no mini curso tem o objetivo de tratar de conhecimentos da

Mecânica de maneira lúdica para tornar as questões problematizadas mais atraentes aos

estudantes.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ papel;

▪ caneta.

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66

MATERIAL DE APOIO:

▪ Livros de física;

▪ Internet;

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA: 15 minutos

Momento 5: Sensibilização

A utilização de vídeos com relatos de pessoas que sofreram com os acidentes de

trânsito direta ou indiretamente chamou a atenção, mais ainda, para a conscientização e a

importância de discutir este tema.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ projetor de imagem (data – show);

▪ equipamento de som.

MATERIAL DE APOIO:

▪ Reportagens: veículos de comunicação (revistas, jornais e internet).

AVALIAÇÃO:

Relatos de experiências dos estudantes mediadas pelo professor (a).

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

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67

Momento 6: Avaliação final

Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre todos os conceitos físicos, de

forma resumida, abordados nos dois dias de evento escolar.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 4.

AVALIAÇÃO:

Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com

as respostas do quiz da atividade 2 (quiz 3) para verificar se houve melhora acerca dos conceitos

de física que estejam relacionados com o trânsito, em especial, as leis de Newton.

Obs: O ideal seria que houvesse um tempo maior entre a apresentação e a avaliação, pois

seria mais perceptível quais os conceitos assimilados ou não, de maneira que se pudesse

fazer uma intervenção em tempo hábil. Contudo, por motivos de força maior, isto não foi

possível no projeto em questão.

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

Momento 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor de

forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do trânsito). O

objetivo é retomar todas as questões abordadas nos minicursos e se possível, o professor

(a) deve se pronunciar acerca de alguma situação que tenha vivido ou presenciado no

trânsito. A ideia é tornar o ambiente de aprendizagem mais humano e informal, haja vista

que o normalmente o professor (a) também é partícipe da formação de opinião de grande

parte dos estudantes.

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68

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 7.

AVALIAÇÃO:

▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do

primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos

explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por

parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,

para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.

DURAÇÃO:

▪ 10 minutos

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69

Capítulo 4

Análise e discussão dos resultados

O processo de análise de conteúdo foi construído com base na observação dos elementos

básicos desta pesquisa e da questão norteadora: a forma de como correlacionar, de maneira

simples e lúdica, o tema educação e segurança no trânsito com o ensino das leis de Newton para

contribuir na mudança atitudinal de futuros condutores de veículos automotores. O caminho

adotado foi o desenvolvimento de um mini evento sobre o tema, tendo como constituinte, dois

minicursos.

4.1 Estrutura e organização

Os minicursos tiveram o papel principal de promover uma complementação no estudo

das leis de Newton sob um enfoque ainda pouco explorado nas escolas, que é o de contextualizá-

las em situações que ocorrem no trânsito. Por outro lado, analisamos a viabilidade de um

produto educacional como um meio de sensibilizar pessoas para o tema e como estratégia

modificadora do comportamento do cidadão no trânsito.

Os minicursos foram divididos em dois momentos (dois dias): no primeiro (carga

horária de 2h), que corresponde ao minicurso I, apresentamos algumas situações que ocorrem

no trânsito por meio de vídeos contendo cenas de acidentes de trânsito com propósito de

sensibilizar o público para o tema. As atividades foram iniciadas com a palestra intitulada de

Física Automotiva, em que conceitos contidos no Código de Trânsito Brasileiro, dados

estatísticos sobre acidentes de trânsito envolvendo vítimas e conceitos da mecânica foram inter-

relacionados: velocidade, aceleração, inércia e leis da conservação: momento linear e energia

cinética; posteriormente, foram realizados dois experimentos: construção de um airbag caseiro

e vencendo a inércia, e por fim, houve a aplicação do jogo na forma de Quiz para averiguar os

conhecimentos desses conceitos da mecânica contextualizados no trânsito. Os vídeos foram:

Consumo de álcool e direção (duração de aproximadamente 5 minutos) encontrado

no endereço https://www.youtube.com/watch?v=r9_0NUBsyV8;

Campanha publicitária produzida pela Agência de Transporte da Nova Zelândia

(duração de 1 minuto) que repercute por mostrar o tempo "parando" momentos antes

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70

de um acidente que envolve dois carros e que pode ser encontrado no endereço

https://www.youtube.com/watch?v=VCG7h1Fois8;

The Faster The Speed, The Bigger The Mess (duração de 1 minuto) encontrado no

endereço https://www.youtube.com/watch?v=5uo-g1SUY14.

No início do vídeo observamos que os estudantes dispensaram pouca atenção à

atividade, porém, com o desenrolar do conteúdo, vimos um auditório em silêncio, com a atenção

voltada para aquilo que era apresentado e ao final constatamos o impacto deste conteúdo e a

atenção despertada pelo tema.

Figura 14: Visualização de vídeo

Após o momento de sensibilização, vem o segundo momento (segundo dia de minicurso com

carga horária de 2h), que inicia com um debate sobre as seguintes questões: (i) “Qual a diferença

entre velocidade e aceleração?”; (ii) “Qual a função do cinto de segurança?” e (iii) Distração

ao volante e tempo de reação. Neste momento buscou-se trabalhar os conceitos da mecânica

contextualizados em situações do trânsito. Também fizeram parte deste momento a projeção de

dois vídeos, uma atividade lúdica (jogo Pergunta Chave) e o Quiz. Os vídeos apresentados

foram:

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71

Se beber não dirija, que se encontra no endereço

https://www.youtube.com/watch?v=tmlGHSvvOBI;

Campanha Parada Celular 2013 do Ministério das Cidades (duração de 30

segundos) encontrado no endereço

https://www.youtube.com/watch?v=NUS9Xx7zgoc;

Use o cinto de segurança, que se encontra no endereço

https://www.youtube.com/watch?v=utqPZWededs.

A organização do minicurso depende da colaboração do gestor e do setor pedagógico

da escola, para os quais é necessário explicar o propósito e os resultados esperados. Obtido o

apoio, trabalhamos o calendário do evento e a programação. A etapa seguinte foi a divulgação

com o nome do mini evento, um resumo de cada minicurso, data, local e horário (é importante

visitar as salas de aula para distribuir a programação e convidar todos a participarem). Cartazes

e folders foram utilizados na divulgação.

Figura 15:Divulgação do projeto

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72

Os inscritos nos minicursos, devidamente autorizados pelos pais ou responsáveis por

meio de um termo (anexo), são alunos de três turmas do segundo ano do ensino médio, onde

foi realizado um controle de frequência e são alunos da professora pesquisadora.

O material de apoio foi cedido pela escola: material de expediente, projetor de imagem,

computador, caixa de som amplificada, microfone e auditório com capacidade para 120

pessoas.

Na avaliação da aquisição da aprendizagem por meio dos minicursos, destaca-se a

importância de identificar as estratégias e/ou instrumentos de pesquisa mais adequados para

que o desenvolvimento do trabalho transcorra sem maiores problemas. Vale a ressalva de que,

independentemente do tipo de instrumento de pesquisa com abordagem qualitativa que seja

utilizado, pode haver vantagens e desvantagens, de forma que não há de fato uma comprovação

que possa servir de regra. Contudo, tal diversidade metodológica tende a contribuir para que

pesquisadores optem por elementos mais apropriados para os seus respectivos estudos.

Para a avaliação dos minicursos, os estudantes participantes responderam a um

questionário na forma de um jogo (quiz). Este jogo foi aplicado no momento inicial dos

minicursos (pré-teste) e no momento final (pós-teste).

Figura 16: Print de tela do pré – teste 1 e 2

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73

Figura 17:Print de tela dos pós – testes 1 e 2

No pré-teste procuramos avaliar quais eram suas concepções a respeito de situações que

ocorrem no trânsito correlacionando-as a conceitos da física. E no pós-teste, o efeito do

minicurso como estratégia para sensibilizar sobre questões do trânsito e a correlação com

conceitos da mecânica.

4.2 Avaliação dos minicursos

Segundo Ausubel, Novak e Hanesian [79], para que ocorra a aprendizagem

significativa, de fato, duas condições precisam ser satisfeitas: que o material oferecido ao

estudante seja potencialmente significativo para ele e que o mesmo esteja predisposto a

aprender de forma significativa e não mais mecânica, como normalmente acontece.

Outro fator primordial para que a aprendizagem significativa aconteça é a utilização dos

organizadores prévios, que são materiais geralmente inseridos antes do material de

aprendizagem pretendido quando o aprendiz não demonstra claramente conhecer o conceito a

ser trabalhado.

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74

No tocante à Física e no sentido de promover uma aprendizagem significativa em

relação aos conceitos abstratos que são estudados, como as leis de Newton, além de promover

uma reflexão crítico-social nos estudantes acerca do comportamento no trânsito, o mini evento

foi pensado na tentativa de gerar um material potencialmente significativo envolvendo o tema

educação e segurança no trânsito.

Construímos nossa pesquisa utilizando como base teórica a aprendizagem significativa

proposta por David Ausubel que preconiza que o conjunto de conhecimentos que o estudante

carrega consigo é o propulsor da aprendizagem que o mesmo intitula como significativa; como

tais conhecimentos encontram-se culturalmente enraizados nos estudantes, os minicursos

serviram de conector para que estes estudantes pudessem explicitar suas concepções e obter

uma resposta de forma mais imediata.Vale ressaltar que é possível que ocorra o caso em que as

informações explanadas sejam pouco comuns a alguns estudantes, neste caso, é plausível a

utilização de organizadores prévios, conforme defende Uchôa [80] em sua pesquisa:

Existem duas situações em que os organizadores prévios são utilizados. A primeira é

quando o novo material é relativamente pouco familiar. O organizador prévio é usado

tanto para integrar as novas ideias com conceitos basicamente similares na estrutura

cognitiva, como também para aumentar a discriminabilidade entre ideias novas e

ideias já existentes, mesmo sendo essencialmente diferentes, mas que podem gerar

algum tipo de confusão.

Para que as abordagens conceituais alcançassem o maior número de estudantes possível,

buscou-se realizar uma pequena revisão acerca de conceitos introdutórios para a compreensão

das leis Newton, tais como: massa, inércia, velocidade, aceleração, força e atrito.

Posteriormente, a ideia era sistematizar estes conceitos, salientando-os em situações no trânsito

pertinentes às leis de Newton.

Diante do exposto, apresentamos na abertura do mini evento, a proposta do projeto em

que versaríamos sobre uma problemática social que deve ser discutida em sala de aula na

disciplina de física, o exercício de contextualizar conceitos da física em situações do trânsito.

Isto pôde ser observado na atividade inicial do evento, que consistiu em problematizar através

de uma palestra, informações sobre o trânsito retiradas de reportagens, noticiários de jornais e

veículos de comunicação afins. O objetivo da palestra, que durou cerca de 30 minutos, era

suscitar uma problematização inicial por meio da visualização de vídeos de curta duração,

porém, de conteúdo impactante, a maioria, comerciais de televisão; prática bastante comum

entre os adolescentes.

_______________________

[80] UCHÔA, 2003, p. 54

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75

Na referida atividade, os estudantes puderam expressar – se à vontade com indagações

e exposição de situações conhecidas ou vivenciadas. E assim o fizeram.

Como atividade complementar à palestra, apresentou-se uma animação computacional

em formato de animação, extraída da internet e editada com o software Movie Maker. A

animação, que por sua vez dura por volta de 4 minutos, permite a discussão do conceito de

aceleração e sua aplicabilidade no trânsito; o que também foi feito.

Para identificar se os conceitos oriundos do conhecimento prévio dos estudantes, foi

realizada uma avaliação diagnóstica criada em formato de jogo didático (quiz), composto de 7

questões, cada uma com gif animado ou figura para que cada situação – problema pudesse ser

idealizado. O mecanismo de resolução, a princípio, consiste apenas na utilização dos

conhecimentos prévios dos estudantes.

Após a aplicação da avaliação diagnóstica, foi realizada uma demonstração de 2

experimentos simples, na tentativa de materializar as questões mencionadas no quiz. Um

experimento tratava de inércia e atrito e o outro, do funcionamento e de curiosidade de

dispositivos de segurança, como o air bag. Três estudantes foram convidados a auxiliar na

realização dos 2 experimentos e da exemplificação e se mostraram receptivos em participar

ativamente.

O objetivo do primeiro experimento foi observar a relação da inércia com o atrito e

mostrar que, de acordo com Halliday, Resnick e Walker [81], as forças de atrito, estão presentes

em nosso cotidiano, portanto, precisamos vencê - las, caso contrário, todos os movimentos de

quaisquer objetos parariam e todos os eixos girantes, não mais girariam. Assim também ocorre

com o automóvel.

Na atividade seguinte, promoveu-se um pequeno debate para permitir que os estudantes

se manifestassem informalmente acerca das atividades realizadas. Assim, puderam pronunciar

– se quanto às situações decorrentes do trânsito que lhes fossem familiares e quanto a sensação

que os vídeos causaram.

Por fim, para verificar se houve assimilação das reformulações dos conceitos

explanados no minicurso do primeiro dia, a avaliação em forma de pós – teste, foi assim como

a diagnóstica, em formato de jogo didático (quiz).

Ocorridas as 6 atividades idealizadas para o primeiro dia, de acordo com o roteiro criado,

realizou – se o encerramento do mini evento que durou cerca de 10 minutos. No sentido de

sensibilização para o tema, novamente foi utilizado como recurso um vídeo de curta duração e

as considerações finais ressaltando a contribuição dos conhecimentos conceituais da física na

educação no trânsito.

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76

Já no minicurso II, correspondente ao segundo dia de evento, a atividade inaugural do

minicurso ficou por conta de uma discussão que destacou a importância do fator humano no

trânsito, quais seriam as mudanças comportamentais mais eficazes nesse sentido e novamente

quais as sensações que os vídeos proporcionaram.

Ainda na busca da sensibilização para a causa da educação para o trânsito, foi

apresentado um vídeo, para que ao final da visualização surgissem perguntas e/ou comentários

acerca da identificação dos elementos físicos e comportamentais.

Com o objetivo de fornecer um caráter mais lúdico ainda ao minicurso II, foi criada uma

brincadeira entitulada de “pergunta chave”, onde algumas perguntas referentes ao minicurso I

foram colocadas atrás da figura de uma chave simbólica, de papel cartão. Foram escolhidos

aleatoriamente 6 estudantes, para que representaram suas respectivas turmas, para responder a

essas perguntas, onde o estudante que melhor explanasse conceitualmente a resposta seria

contemplado com um prêmio simbólico. Para que não ultrapassasse o tempo previsto para a

realização do minicurso II, tal premiação ocorreu num dia formal de aula, sem nenhum prejuízo

cronológico ao objetivo do mini evento.

Para investigar se as informações do dia anterior foram satisfatoriamente retidas, aplicou

– se novamente um pré – teste, mas dessa vez, unificando os conceitos físicos explanados e o

fator comportamental no trânsito mas com a mesma roupagem do quiz (questionário) do

minicurso I. Para isso, aplicou – se novamente um outro vídeo de teor impactante para

consolidar o fator sensibilidade. Os vídeos, por sua vez, apesar da breve duração, foram de

suma importância.

Moran [82] afirma que na concepção dos estudantes, os vídeos possuem significado de

mero entretenimento, e não de aula, o que deve modificar a postura e as expectativas em relação

à sua utilização. E acrescenta: “Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o

aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico. Mas, ao mesmo tempo, saber que

necessitamos prestar atenção para estabelecer novas pontes entre vídeo e as outras dinâmicas

da aula”. Ou seja, utilizar vídeos como instrumento de aprendizagem, requer do professor um

objetivo claro, para que de fato, esta ferramenta metodológica não seja aplicada em vão ou com

características meramente recreativas.

Por fim, na verificação de aprendizagem final, novamente criada com moldes de quiz,

há 5 questões com características de pós – teste, pois faz menção aos conceitos físicos tratados

nos testes anteriores.

_______________________

[82] MORAN, 1995, p. 1

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77

As questões caracterizam-se por enfatizar um contexto de responsabilidade social no

que se refere ao comportamento no trânsito.

O encerramento do segundo dia, bem como no primeiro, ocorreu em tom de

agradecimento pela participação dos estudantes, que por sua vez foram receptivos a todas as

atividades que compunham o evento. Nesse sentido, mais uma vez foi reiterada a importância

de respeitar as leis de trânsito, sobretudo, com a finalidade de evitar acidentes que, fatais ou

não, afetam direta e indiretamente a vida de muitas pessoas.

As atividades que constituem os minicursos, anteriormente mencionados, respeitam

ainda o ritmo de aprendizagem e as distintas conexões dos estudantes, pois como se trata de um

evento, isto pode acontecer gradualmente e sem prejuízo de informações.

No decorrer da realização de todas as atividades e da discussão dos conceitos físicos

envolvidos no trânsito, levando-se em consideração as concepções reveladas pelos estudantes,

foi possível fazer uso de um princípio programático que Ausubel apud Kleinke [83] designa de

diferenciação progressiva para a modificação gradativa do conceito subsunçor (elemento que

serve de “ponte” entre um conhecimento pré – existente e um o novo conhecimento); para que

dessa forma, a aquisição de um novo significado ocorra. Para tanto, o mesmo baseia-se em duas

hipóteses:

a) é menos difícil para seres humanos captarem aspectos diferenciados de um todo mais

inclusivo previamente aprendido, do que chegar ao todo a partir de suas partes diferenciadas

previamente aprendidas;

b) a organização do conteúdo de uma certa disciplina, na mente de um indivíduo, é uma

estrutura hierárquica na qual as ideias mais inclusivas e gerais estão no topo e,

progressivamente, incorporam proposições, conceitos e fatos menos inclusivos e mais

diferenciados.

Desta forma, pode – se afirmar que ocorreu a chamada reconciliação integradora, que

basicamente é o processo pelo qual o aprendiz distingue semelhanças e diferenças entre os

conceitos e ideias identificados, até então, de forma isolada.

De acordo com Moreira e Masini [84], reconciliação integradora é o princípio

programático segundo o qual a instrução deve também explorar relações entre ideias, apontar

similaridades e diferenças importantes e reconciliar discrepâncias reais ou aparentes.

Na tentativa de promover continuamente a difusão do projeto em outras escolas e na

comunidade escolar, possibilitando a interação dos estudantes mesmo após o término do mini

evento, criou – se uma plataforma digital (em uma rede social) para que haja continuidade do

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78

projeto a longo prazo através de dúvidas, comentários e interação dos estudantes. Com isso,

espera - se retroalimentar a essência do projeto desta pesquisa, que é a aquisição do

conhecimento da Física para melhorar as ações praticadas no trânsito.

O mais satisfatório do pós evento é que nas aulas diárias seguintes surgiram ainda mais

especulações no tocante às medidas de segurança no trânsito, pois estava sendo veiculado na

mídia (jornais, rádio, televisão e revistas), no mesmo dia da primeira parte de aplicação do

projeto, a morte de um contemporâneo cantor sertanejo que provavelmente por não haver

utilizado o cinto de segurança e estar em alta velocidade, faleceu em decorrência de um acidente

de trânsito; mesmo sendo o veículo em que ele estava considerado seguro.

Obviamente que este fato potencializou a busca dos estudantes acerca das questões que

envolvem o trânsito e evidenciou o poder que a mídia em geral exerce sobre as pessoas, em

geral, os adolescentes. Daí a importância de utilizar como vídeos, os comerciais de televisão

que versam sobre educação para o trânsito, pois costumam transmitir mensagens a mais curto

prazo.

Assim, o objetivo da professora enquanto pesquisadora, foi o de utilizar estes elementos

metodológicos em prol da aprendizagem das leis de Newton, enaltecendo sua relevância tanto

na teoria, quanto na prática.

Neste contexto, o mini evento, sistematizado por meio dos minicursos, possui itens que

o caracterizam como um produto educacional na medida em que é exequível do ponto de vista

da reprodução e/ou aprimoramento.

4.2.1 Avaliação do mini evento

Esta proposta de investigação vem sendo trabalhada por nós, da escola na qual a

pesquisa foi aplicada, na tentativa de praticar as diretrizes dos PCN’s, inserindo - as nas aulas

de Física para promover uma melhoria na aprendizagem dos estudantes do segundo ano do

ensino médio desta mesma instituição.

4.2.1.1 Para a Escola

▪ Vantagens:

A referida proposta serve de aporte lúdico para a instituição aprimorar e diversificar

suas metodologias, ao passo que acaba por envolver não apenas os estudantes, mas a

comunidade escolar em geral, uma vez que os comentários tendem a repercutir na escola como

um todo.

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79

Qualitativamente, se os estudantes adquirem ganhos cognitivos, consequentemente a

escola também lucra, pois possivelmente a clientela tornar-se-á mais crítica e problematizará

mais conscientemente não apenas este tema específico, mas todos os outros que requeiram

reflexão, sensibilização e conscientização.

▪ Desvantagens:

Por outro lado, a instituição em questão realiza diversos eventos por conta de possuir

uma ampla estrutura física e assim, tende a comprometer a disponibilidade de tempo e de espaço

físico. Portanto, planejar, criar e principalmente executar eventos, são práticas muitas vezes

incertas quanto ao cotidiano da referida instituição.

4.2.1.2 Para o docente de Física

▪ Vantagens:

Por meio da realização de minicursos, o professor pode encontrar uma maneira de

abordar o assunto e direcionar a sua utilidade no dia a dia dos estudantes, podendo ainda,

acompanhar em sala de aula o desenvolvimento das potencialidades destes alunos, sem

necessariamente ter de optar por um tipo específico de atividades. Assim, o estudante tem

possibilidade de assimilar ou solidificar seus conhecimentos na prática que mais se identificar.

▪ Desvantagens:

Criar e aplicar um projeto, ainda que de pequena dimensão, demanda tempo e

atualmente, um professor pertencente ao quadro de profissionais de educação do estado do

Amazonas possui uma carga horária bastante exaustiva; sem contar a falta de cooperação dos

outros colegas professores e a falta de compreensão da direção da escola. Tudo isso, resulta no

desgaste físico e psicológico, pois muitas vezes o profissional tem de levar trabalho para casa,

podendo gerar frustração e desmotivação em realizar projetos similares.

4.2.1.3 Para o discente

▪ Vantagens:

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80

Em projetos como este, os estudantes têm a possibilidade de compartilhar

conhecimentos e informações entre colegas de outras turmas e de aumentar a busca pelo assunto

que será abordado. Isto os motiva a transformar o abstrato em palpável e serve de auxílio para

uma contextualização que sirva como instrumento de verificação de aprendizagem passível de

ser praticada em vestibulares.

▪ Desvantagens:

Pode acontecer de o estudante não possuir interesse pela temática do minicurso e sim

por outras, porém, a aquisição de conhecimentos em qualquer nível de ensino sempre agrega

informações que correlacionadas a outras, propiciam uma melhor assimilação. Porém, buscou

– se uma alternativa para minimizar isso, criando –se então, uma plataforma digital (em uma

rede social) e assim possibilitar um feedback com o intuito de promover a continuidade do

projeto na comunidade escolar.

Figura 18: Plataforma Digital do projeto A Física na Educação do Trânsito

Com isso, espera -se retroalimentar a essência do projeto desta pesquisa, que é a

aquisição do conhecimento da Física para melhorar as ações praticadas no trânsito.

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81

4.2.2 Resultados quantitativos

1º dia:

▪ Pré – teste :

As 3 turmas participantes totalizaram um quantitativo de 85 alunos presentes.

(Observação: as respostas dos estudantes foram coletadas conjuntamente, ou seja, não

houve divisão em grupos).

O questionário inicial possui 6 questões que envolvem conceitos de Física em situações

decorrentes do trânsito.

Os pré e pós teste dos 2 dias de evento (apêndice) são compostos pelas mesmas

perguntas que correspondem ao pré - teste (quiz), para que se possa detectar quais as

informações prévias que os alunos concebem no tocante às situações em questão.

2º dia:

No segundo dia, as 3 turmas participantes totalizaram um quantitativo de 68 alunos

presentes. Detectou – se que 9 alunos não compareceram à escola neste dia.

O questionário inicial possui 6 questões que envolvem conceitos de Física em situações

decorrentes do trânsito. O pré – teste (quiz) do segundo dia do evento é composto por 4 questões

e o pós – teste por 5 questões.

Pré - teste (1º DIA)

Questão 1: O cinto é um dispositivo de segurança relacionado a um princípio de Isaac Newton.

De qual princípio se trata?

a) da inércia

b) da ação e reação

c) da incerteza

d) da irreversibilidade

e) da dinâmica

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82

Gráfico 1:Questão 1 (Pré-teste)

Objetivo: Possibilitar a significação física da utilidade do cinto de segurança no trânsito através

do Princípio da inércia.

Resultado: Na questão 1 do pré – teste não houve muitas dúvidas referentes ao fato de que a

utilização do cinto de segurança estar relacionado com a inércia. Vale ressaltar que um

questionamento similar foi abordado na palestra e em alguns vídeos.

Questão 2: É comum pensar que o air bag é acionado apenas no momento em que ocorre a

batida, mas isso acontece a partir da variação brusca de qual a grandeza física?

a) tensão

b) velocidade

c) força de atrito

d) aceleração

e) potência

84%

16%

QUESTÃO 1

Corretas Incorretas Rasuradas

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83

Gráfico 2:Questão 2 (Pré-teste)

Objetivo: Problematizar o conceito de velocidade e que consequências a sua variação traz para

o trânsito.

Resultado: Na questão 2, referente a outro dispositivo de segurança, o airbag, também não

houve dúvidas maiores quanto à grandeza que varia no momento de uma colisão.

Questão 3: No momento do impacto o funcionamento básico de um air bag baseia-se no(a):

a) temperatura

b) calor

c) relatividade

d) escapamento de ar

e) desaceleração

11%

89%

QUESTÃO 2

Corretas Incorretas Rasuradas

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84

Objetivo: Aguçar a curiosidade acerca de um dispositivo de segurança menos óbvio que o cinto

de segurança e qual a sua aplicabilidade no trânsito associado ao fator desaceleração.

Resultado: Já na questão 3 houve proximidade quantitativa entre a resposta “d” (escapamento

de ar) e a resposta “e” (desaceleração). Contudo, a maioria dos estudantes respondeu

corretamente que trata –se neste caso, da última alternativa.

Questão 4: O Código Nacional de Trânsito proíbe o transporte de pessoas na carroceria aberta

de caminhonetes e caminhões. Para um observador situado no solo, quando o veículo em

movimento inicia uma curva, as pessoas, soltas na carroceria, tendem a manter a direção da

velocidade inicial e a prosseguir em linha reta. Isso se justifica através da(o):

a) propagação do calor

b) propagação do som

c) inércia

d) dilatação térmica

e) n.d.a

54%46%

QUESTÃO 3

Corretas Incorretas Rasuradas

Gráfico 3:Questão 3 (Pré-teste)

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85

Gráfico 4:Questão 4 (pré – teste)

Objetivo: Promover um elo conceitual entre o comportamento da velocidade e o tipo de

movimento em questão.

Resultado: Também não houve uma significativa quantidade de respostas incorretas nesse

quesito, haja vista que grande parte dos alunos conseguiu classificar o movimento como sendo

retilíneo e uniforme.

Questão 5: Em um choque frontal, os ocupantes de um carro, devido à inércia, tendem a

continuar em movimento e podem, eventualmente, se chocar contra o para-brisa, o volante ou,

no caso dos passageiros que viajam no banco de trás, contra o banco. Nessas condições, o cinto

de segurança tem a finalidade de aplicar força ao corpo do passageiro e ...

a) aumentar a velocidade

b) aumentar o impulso

c) diminuir a velocidade

d) diminuir o peso do corpo

e) aumentar a resistência

96%

4%

QUESTÃO 4

Corretas Incorretas Rasuradas

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86

Gráfico 5:Questão 5 (pré – teste)

Objetivo: Reforçar a aplicabilidade física do cinto de segurança, remetendo – se novamente à

1ª questão.

Resultado: Na questão 5, a maioria dos alunos respondeu incorretamente que no caso de uma

colisão frontal, o cinto de segurança tem a finalidade de diminuir o peso do corpo.

Questão 6: O não uso do cinto de segurança aliado à velocidade excessiva costuma gerar, numa

colisão, lesões mais graves que são responsáveis pela maioria das sequelas e mortes no Brasil.

Pois quanto maior a velocidade de um corpo, maior a energia:

a) potencial gravitacional

b) cinética

c) potencial elástica

d) elétrica

e) n.d.a

48%

52%

QUESTÃO 5

Corretas Incorretas Rasuradas

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87

Gráfico 6:Questão 6 (pré – teste)

Objetivo: Evidenciar o fator velocidade excessiva no trânsito e desdobramentos na física de

forma estatística.

Resultado: A questão 6 foi satisfatoriamente respondida por quase todos os alunos, pois

conseguiram identificar que a energia vinculada ao movimento dos corpos é a cinética.

Pós – teste (1º DIA)

Questão 1: É muito comum em um acidente de carro a presença de marcas de derrapagem

deixadas no asfalto antes da colisão do mesmo, elas aparecem devido ao trabalho impresso

pela(o):

a) força de atração

b) força elástica

c) força elétrica

d) força de atrito

e) impulso

92%

8%

QUESTÃO 6

Corretas Incorretas Rasuradas

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88

Gráfico 7:Questão 1 (pós – teste)

Objetivo: Discutir elementos físicos presentes em um acidente de trânsito utilizando como

exemplo marcas de derrapagem.

Resultado: Na primeira questão do pós – teste os alunos sentiram – se divididos entre as

alternativas “d” (força de atrito) e “e” (impulso), porém, a maioria optou pela alternativa “d”.

Questão 2: Mesmo em uma rodovia retilínea e plana, é difícil manter o carro no mesmo “ritmo”

por muito tempo, pois num trajeto surgem curvas, lombadas, semáforos fechados, outros

veículos trafegando e etc. Isso ocorre devido à variação de:

a) espaço

b) tempo

c) aceleração

d) momento angular

e) velocidade

Obs: Vale a ressalva de que possivelmente esta questão possa ter promovido uma confusão

nas respostas apresentadas pelos estudantes, de maneira que pode tê – los influenciado

negativamente, como pode ser observado no gráfico a seguir. A referida questão torna –

se dúbia a partir do momento em que há mais de uma alternativa correta.

Sugere – se refazer o enunciado ou as alternativas.

88%

12%

QUESTÃO 1

Corretas Incorretas Rasuradas

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89

Objetivo: Diferenciar os conceitos de velocidade e aceleração numa situação cotidiana no

trânsito.

Resultado: Houve certa confusão entre os conceitos de velocidade e aceleração, na questão 2,

onde maior parte dos alunos optaram pela alternativa “c” (variação de aceleração). O que mostra

que os dois conceitos não foram devidamente esclarecidos.

Questão 3: Sejam dois carrinhos de corrida, um vermelho e um azul. Os dois partem do mesmo

ponto, lado a lado. O carro vermelho percorre o trajeto da pista em 10 segundos e o carro azul

em 12s.Que carro foi o mais rápido, ou seja, que teve maior velocidade média?

a) os dois chegam com a mesma velocidade

b) o azul

c) o vermelho

d) os dois carros colidem

e) n.d.a

21%

79%

QUESTÃO 2

Corretas Incorretas Rasuradas

Gráfico 8:Questão 2 (pós – teste)

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90

Gráfico 9:Questão 3 (pós – teste)

Objetivo: Discutir as grandezas físicas velocidade e tempo em termos de proporção no trânsito.

Resultado: Maior parte dos alunos conseguiu detectar que o carro vermelho percorreu a mesma

distância que o azul, só que num intervalo de tempo menor, portanto, é o mais veloz.

Questão 4: O radar é o equipamento que mede a velocidade dos automóveis no trânsito, onde

dois sensores, com uma distância conhecida entre eles; capta a informação quando o carro passa

pelo primeiro sensor e depois pelo. Esse dispositivo possui um programa que obedece à

expressão V=∆s/∆t, (velocidade é a razão entre a distância percorrida e o intervalo de tempo

que o móvel levou para percorrê-lo). Esta expressão corresponde a que tipo de movimento na

física?

a) movimento circular uniforme

b) movimento uniformemente variado

c) movimento circular uniformemente variado

d) queda livre

e) movimento retilíneo uniforme

89%

11%

QUESTÃO 3

Corretas Incorretas Rasuradas

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91

Gráfico 10:Questão 4 (pós – teste)

Objetivo: Dar um significado físico a um dispositivo de trânsito cuja o funcionamento

caracteriza o movimento retilíneo uniforme.

Resultado: Apesar de alguns estudantes não recordarem satisfatoriamente, no momento da

pergunta, as características do movimento retilíneo uniforme, ainda assim, a maioria respondeu

a alternativa que faz menção ao mesmo, “b”.

Questão 5: De acordo com o artigo 58 do Código Nacional de Trânsito, nas vias urbanas e

rurais de via dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer no mesmo sentido da via em que

circulam os automóveis. Na Física isso é justificável, pois caso haja uma colisão entre um

automóvel e uma bicicleta que trafeguem no sentido oposto um do outro:

a) a velocidade aumenta

b) a velocidade diminui

c) a velocidade continua a mesma

d) o automóvel e a bicicleta sofrem o mesmo impacto

e) n.d.a

38%

62%

QUESTÃO 4

Corretas Incorretas Rasuradas

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92

Gráfico 11:Questão 5 (pós – teste)

Objetivo: Contextualizar o conceito e a aplicabilidade da velocidade relativa no caso de um

acidente no trânsito em consonância com o Código de Trânsito Brasileiro.

Resultado: Na questão 5, houve inconsistência no tocante à velocidade relativa, com isso, na

opinião de quase todos os estudantes para a situação em questão, a velocidade aumentaria

(alternativa “a”) e não o inverso. Isto evidencia que o conceito de velocidade relativa também

não foi satisfatoriamente assimilado.

Questão 6: Existe um limite de velocidade para cada via, pois de acordo com a Física, a

aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à intensidade da força que atua

sobre ele e tem mesma direção e mesmo sentido desta força. Isto é traduzido pelo (a):

a) princípio da inércia

b) princípio da ação e reação

c) princípio da gravitação

d) princípio fundamental da dinâmica

e) princípio da incerteza

4%

96%

QUESTÃO 5

Corretas Incorretas Rasuradas

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93

Gráfico 12:Questão 6 (pós – teste)

Objetivo: Contextualizar o limite de velocidade estipulado nas vias por meio do Princípio

Fundamental da Dinâmica.

Resultado: Em relação à sexta questão houve rasura no questionário de 6 alunos, mesmo assim,

grande parte deles confundiu o Princípio Fundamental da Dinâmica com o Princípio da Ação e

Reação.

Mais uma vez, não houve assimilação correta entre a 2ª e 3ª Lei de Newton.

Questão 7: Deve-se ter bastante cuidado ao dirigir um carro cuja a massa seja muito grande,

dificultando a manobra. Pois quanto maior for a massa do veículo, mais energia será necessária

para deslocá-lo. De qual tipo de energia se trata?

a) potencial elétrica

b) potencial gravitacional

c) cinética

d) potencial elástica

e) eólica

4%

89%

7%

QUESTÃO 6

Corretas Incorretas Rasuradas

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94

Gráfico 13:Questão 7 (Pós-teste)

Objetivo: Relacionar conceitualmente as grandezas físicas massa e energia cinética no trânsito,

discutindo a proporcionalidade entre ambas.

Resultado: Assim como na questão 6 do pré – teste, o conceito de energia cinética foi

devidamente concebido. Os estudantes conseguiram associar que a massa do objeto influencia

na quantidade de sua energia cinética, de modo que, quanto mais massa, para uma velocidade

fixa, maior será a quantidade de energia cinética.

Alguns lembraram que a energia cinética é diretamente proporcional à massa e ao quadrado da

velocidade do corpo.

Pré - teste (2º DIA)

Questão 1: Uma matéria da Folha Ciência On Line afirma que uma pesquisa na Universidade

de Utah, Estados Unidos, apurou que jovens entre 18 e 25 anos que simultaneamente dirigem e

falam no celular a tal ponto que seus reflexos ficam parecidos com os de um idoso. Isso ocorre

em função do (a):

a) aumento do tempo de reação

63%

37%

QUESTÃO 7

Corretas Incorretas Rasuradas

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95

b) redução do tempo de reação

c) tempo de reação ser o mesmo

d) n.d.a

Gráfico 14:Questão 1 (pré – teste)

Objetivo: Possibilitar a reflexão sobre como um fator comportamental, como a utilização do

celular, pode interferir no trânsito através da diminuição do tempo de reação do condutor em

questão.

Resultado: A 1ª questão do pré – teste do segundo dia relaciona a Física com fatores

comportamentais. Nesse quesito, houve uma margem de erro bem pequena. Houve ainda, por

parte de alguns estudantes, manifestações de identificação pessoal com a situação em questão.

Questão 2: O problema de dirigir alcoolizado está ligado principalmente ao fato de que o

nosso tempo de reação aumenta sob efeito do álcool. Tempo de reação é o tempo que

demoramos para reagir a um estímulo externo.

Quais das atitudes a seguir seria a mais segura para alguém que pretenda dirigir e que esteja

alcoolizado:

a) reduzir a velocidade

99%

1%

QUESTÃO 1

Corretas Incorretas Rasuradas

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96

b) dormir um pouco, antes de dirigir.

c) procurar vias menos movimentadas

d) ir embora com condutor sóbrio (carona) ou de táxi

Gráfico 15:Questão 2 (pré – teste)

Objetivo: Evidenciar mais uma vez que um outro fator comportamental bastante comum, como

a ingestão de bebida alcóolica, pode contribuir significativamente para a ocorrência de um

acidente de trânsito.

Resultado: Quase todos os estudantes detectaram as atitudes que devem ser tomadas no trânsito

quanto à ingestão de álcool. Porém, o que aliás é bastante preocupante, alguns consideraram

que numa situação como esta, basta que o condutor reduza a velocidade.

Questão 3: O tempo médio de reação de uma pessoa jovem em bom estado de saúde é de

aproximadamente 0,75 segundos. Este é praticamente o tempo que o cérebro necessita para

processar a informação que está recebendo e definir uma ação. Qual ou quais o(s) fator(es) que

influencia(m) no tempo de reação do condutor?

a) sono

b) defeitos da visão

93%

7%

QUESTÃO 2

Corretas Incorretas Rasuradas

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97

c) estado emocional

d) todas as alternativas

Gráfico 16:Questão 3 (Pré-teste)

Objetivo: Discutir fatores físicos e psíquicos no trânsito e a influência dos mesmos num

motorista.

Resultado: Alguns alunos responderam a alternativa “b”, que confirma que, na opinião deles,

o único fator que influencia no tempo de reação de um condutor ao volante são defeitos ou

problema decorrentes da visão. Contudo, a maioria dos estudantes respondeu que, nesse caso,

todas as alternativas sugeridas na questão, influenciam de fato.

Observação: Um dos estudantes rasurou esta questão.

Questão 4: Quais os agentes externos descritos a seguir que não provocam distrações no

trânsito?

a) sinalização incorreta ou excessiva

b) olhar paisagens de vez em quando durante o trajeto

c) trocar o CD rapidinho enquanto não há risco imediato

d) no caso do motociclista, usar roupas claras, capacete, com viseira ou óculos protetores

93%

7%

QUESTÃO 3

Corretas Incorretas Rasuradas

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98

Gráfico 17:Questão 4 (Pré-teste)

Objetivo: Fazer menção ao teor de algumas das questões do pré – teste do primeiro dia,

referentes ao uso de equipamentos de segurança, para verificar se houve assimilação satisfatória

quanto ao fator comportamental.

Resultado: Quase todos os estudantes optaram pela alternativa “d”. A referida questão faz

menção ao fato de o motociclista utilizar não apenas capacete, mas também indumentárias

claras, viseira ou óculos protetores para evitar fatalidades num eventual acidente no trânsito.

Pós – teste (2º DIA)

Questão 1: No caso de um condutor encontrar no seu trajeto uma curva, ele deve:

a) frear somente no meio da curva, caso a força centrífuga estiver “jogando” o veículo para

dentro da curva.

b) acelerar no início da curva, para aumentar o poder de tração nas rodas.

c) mudar de marcha, passando para uma maior, a fim de aumentar o poder de tração nas rodas.

97%

3%

QUESTÃO 4

Corretas Incorretas

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99

d) reduzir a velocidade antes da curva, movimentando o volante de forma suave, acelerando

gradativamente

Gráfico 18:Questão 1 (pós – teste)

Objetivo: Desconstruir a ideia de senso comum de que ao se realizar uma curva, o condutor

deve reduzir a velocidade quando já estiver na curva em questão.

Resultado: De acordo com a maioria dos estudantes participantes, um corpo que se movimenta

em uma trajetória não retilínea está sujeito a uma força cujo efeito altera a sua direção, para que

assim, o corpo possa percorrer a trajetória curva. E apenas 3 estudantes identificaram a força

como sendo centrípeta. Observação: Um dos estudantes rasurou esta questão.

Questão 2: O Ministério das Cidades lançou um aplicativo chamado “mãos ao volante”, que

funciona com o sistema operacional android, que bloqueia chamadas para o celular enquanto

alguém está dirigindo. As pessoas que ligarem, receberão uma mensagem informando que o

destinatário está ao volante. Ao final do trajeto, o condutor poderá checar as informações que

lhe foram enviadas. Este aplicativo ajudar a reduzir o problema da (o):

a) congestionamento

b) excesso de velocidade

54%

45%

1%

QUESTÃO 1

Corretas incorretas Rasuradas

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100

c) tempo de reação

d) n.d.a

Gráfico 19:Questão 2 (pós – teste)

Objetivo: Discutir uma das ações governamentais na educação do trânsito e qual a possível

consequência disso no trânsito.

Resultado: A questão 2 deste pós – teste tem o intuito de retomar a problematização realizada

na primeira questão do pré - teste referente ao segundo dia do evento, ainda acerca de fatores

comportamentais e nas consequências disto para o trânsito. Na opinião de alguns alunos, há

uma certa incoerência na pergunta em questão, pois segundo eles, o aplicativo mencionado,

ajudaria a deduzir também o problema do congestionamento e esta razão optaram pela

alternativa “a”. Todavia, a alternativa “c” foi a mais escolhida.Observação: Um dos estudantes

rasurou esta questão.

Questão 3: Por conta da aquaplanagem, a água impede o contato entre o asfalto e os pneus,

fazendo com que os mesmos percam a aderência. Nesta circunstância, tem-se uma redução da:

a) força de atrito

b) força de Coriolis

12%

87%

1%

QUESTÃO 2

Corretas Incorretas Rasuradas

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101

c) velocidade

d) aceleração

Gráfico 20:Questão 3 (pós – teste)

Objetivo: Relacionar fenômenos da natureza e grandezas físicas no trânsito.

Resultado: Quase todos os estudantes concordaram que força responsável por fazer os

automóveis de moverem, pararem ou fazerem curvas é a força de atrito estático existente entre

os pneus e o asfalto. Porém, caso o automóvel passe sobre uma lamina de água, a mesma impede

o contato entre o asfalto e os pneus, levando o automóvel a perder a aderência.

Questão 4: Os modelos sequenciais são aqueles que explicam os acidentes por uma cadeia de

eventos, como uma espécie de efeito dominó; modelo aliás, bastante difundido, pois existem

eventos encadeados que levariam à lesão de vários condutores consecutivamente através de

ondas de choque. Esse fenômeno físico está relacionado com qual problema no trânsito?

a) pneus desgastados

b) falta de sinalização

c) Falta de recursos humanos (guarda de trânsito)

d) engarrafamento

96%

4%

QUESTÃO 3

Corretas Incorretas Rasuradas

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102

Gráfico 21:Questão 4 (pós – teste)

Objetivo: Comparar uma situação cotidiana comum, como o congestionamento, com

fenômenos físicos, como ondas.

Resultado: A figura animada (gif) utilizada para ilustrar esta pergunta do último quiz aplicado

foi uma sequência de peças de dominó. Quase todos os estudantes associaram esta reação em

cadeia com o congestionamento no trânsito.

Questão 5: Ações que executamos no cotidiano, como abrir uma porta, trocar o pneu de um

carro utilizando uma “chave de rodas”, dentre outras circunstâncias, exigirá de nós menor

quantidade de força se o braço da “alavanca” for aumentado. A grandeza física associada ao

movimento de rotação de um determinado corpo em razão da ação de uma força é denominada:

a) repulsão

b) centrípeta

c) de ação e reação

d) torque

98%

2%

QUESTÃO 4

Corretas Incorretas Rasuradas

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103

Gráfico 22:Questão 5 (pós – teste)

Objetivo: Relacionar situações corriqueiras, como abrir e fechar uma porta, com práticas que

podem ser facilitadas, nesse sentido, como trocar um pneu de um automóvel.

Resultado: Como mencionado no capítulo 3, desta pesquisa, em um dos momentos de

explanação dos conteúdos, no primeiro dia, foi solicitado a um aluno que se dirigisse até à porta

(da sala onde o evento ocorreu) e que tentasse fechar empurrando – a em três situações: na

maçaneta, no meio e na dobradiça da porta (a do meio). Tal exemplificação foi realizada com

o intuito de que fazer com que os alunos conseguissem detectar a razão pela qual a maçaneta é

colocada na extremidade oposta à dobradiça do meio.

Na pergunta em questão, ao realizar a troca dos pneus, recomenda - se colocar em um

dos bocais da chave de roda um objeto cilíndrico (no formato de cabo de vassoura) com a

finalidade de “aumentar” o braço da alavanca, pois bem como na porta, quanto mais longe do

eixo giratório, menos força deve ser impressa ao corpo.

93%

7%

QUESTÃO 5

Corretas Incorretas Rasuradas

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104

Apêndice A

Pré e pós testes do mini evento

Pré-teste - 1º DIA

PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO

TRÂNSITO

Aluno(a):________________________

2º ano______

1- O cinto é um dispositivo de segurança

relacionado a um princípio de Isaac Newton. De qual

princípio se trata?

a) da inércia

b) da ação e reação

c) da incerteza

d) da irreversibilidade

e) da dinâmica

2- É comum pensar que o air bag é acionado apenas

no momento em que ocorre a batida, mas isso

acontece a partir da variação brusca de qual a

grandeza física?

a) tensão

b) velocidade

c) força de atrito

d) aceleração

e)potência

3- No momento do impacto o funcionamento básico

de um air bag baseia-se no(a):

a) temperatura

b) calor

c) relatividade

d) escapamento de ar

e) desaceleração

4- O Código Nacional de Trânsito proíbe o

transporte de pessoas na carroceria aberta de

caminhonetes e caminhões. Para um observador

situado no solo, quando o veículo em movimento

inicia uma curva, as pessoas, soltas na carroceria,

tendem a manter a direção da velocidade inicial e a

prosseguir em linha reta. Isso se justifica através

da(o):

a) propagação do calor

b) propagação do som

c) inércia

d) dilatação térmica

e) n.d.a

5- Em um choque frontal, os ocupantes de um carro,

devido à inércia, tendem a continuar em movimento

e podem, eventualmente, se chocar contra o para-

brisa, o volante ou, no caso dos passageiros que

viajam no banco de trás, contra o banco. Nessas

condições, o cinto de segurança tem a finalidade de

aplicar força ao corpo do passageiro e...

a) aumentar a velocidade

b) aumentar o impulso

c) diminuir a velocidade

d) diminuir o peso do corpo

e) aumentar a resistência

6- O não uso do cinto de segurança aliado à

velocidade excessiva costuma gerar numa colisão

lesões mais graves, que são responsáveis pela

maioria das sequelas e mortes no Brasil. Pois quanto

maior a velocidade de um corpo, maior a energia:

a) potencial gravitacional

b) cinética

c) potencial elástica

d) elétrica

e) n.d.a

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105

Pós-teste - 1º DIA

PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO

TRÂNSITO

Aluno(a):________________________

2º ano______

1- É muito comum em um acidente de carro a

presença de marcas de derrapagem deixadas no

asfalto antes da colisão do mesmo, elas aparecem

devido ao trabalho imprimido pela(o):

a) força de atração

b) força elástica

c) força elétrica

d) força de atrito

e) impulso

2- Mesmo em uma rodovia retilínea e plana, é difícil

manter o carro no mesmo “ritmo” por muito tempo,

pois num trajeto surgem curvas, lombadas,

semáforos fechados, outros veículos trafegando e

etc. Isso ocorre devido à variação de:

a) espaço

b) tempo

c) aceleração

d) momento angular

e) velocidade

3- Sejam dois carrinhos de corrida, um vermelho e

um azul. Os dois partem do mesmo ponto, lado

a lado. O carro vermelho percorre o trajeto da pista

em 10 segundos e o carro azul em 12s.Que carro foi

o mais rápido, ou seja, que teve maior velocidade

média?

a) os dois chegam com a mesma velocidade

b) o azul

c) o vermelho

d) os dois carros colidem

e) n.d.a

4- O radar é o equipamento que mede a velocidade

dos automóveis no trânsito, onde dois sensores, com

uma distância conhecida entre eles; capta a

informação quando o carro passa pelo primeiro

sensor e depois pelo. Esse dispositivo possui um

programa que obedece à expressão V=∆S/∆t,

(velocidade é a razão entre a distância percorrida e o

intervalo de tempo que o móvel levou para percorrê-

lo). Esta expressão corresponde a que tipo de

movimento na física?

a) movimento circular uniforme

b) movimento uniformemente variado

c) movimento circular uniformemente variado

d) queda livre

e) movimento retilíneo uniforme

5- De acordo com o artigo 58 do Código Nacional de

Trânsito, nas vias urbanas e rurais de via dupla, a

circulação de bicicletas deverá ocorrer no mesmo

sentido da via em que circulam os automóveis. Na

Física isso é justificável, pois caso haja uma colisão

entre um automóvel e uma bicicleta que trafeguem

no sentido oposto um do outro:

a) a velocidade aumenta

b) a velocidade diminui

c) a velocidade continua a mesma

d) o automóvel e a bicicleta sofrem o mesmo impacto

e) n.d.a

6- Existe um limite de velocidade para cada via, pois

de acordo com a Física, a aceleração que um corpo

adquire é diretamente proporcional à intensidade da

força que atua sobre ele e tem mesma direção e

mesmo sentido desta força. Isto é traduzido pelo (a):

a) princípio da inércia

b) princípio da ação e reação

c) princípio da gravitação

d) princípio fundamental da dinâmica

e) princípio da incerteza

7- Deve-se ter bastante cuidado ao dirigir um carro

cuja a massa seja muito grande, dificultando a

manobra. Pois quanto maior for a massa do veículo,

mais energia será necessária para deslocá-lo. De qual

tipo de energia se trata?

a) potencial elétrica

b) potencial gravitacional

c) cinética

d) potencial elástica

e) eólica

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106

Pré-teste - 2º DIA

PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO

Aluno(a):________________________

2º ano______

1-Uma matéria da Folha Ciência On Line afirma que uma pesquisa na Universidade de Utah, Estados Unidos,

apurou que jovens entre 18 e 25 anos que simultaneamente dirigem e falam no celular a tal ponto que seus reflexos

ficam parecidos com os de um idoso. Isso ocorre em função do (a):

a) aumento do tempo de reação

b) redução tempo de reação

c) tempo de reação ser o mesmo

d) n.d.a

2- O problema de dirigir alcoolizado está ligado principalmente ao fato de que o nosso tempo de reação aumenta

sob efeito do álcool. Tempo de reação é o tempo que demoramos para reagir a um estímulo externo. Quais das

atitudes a seguir seria a mais segura para um condutor que esteja alcoolizado:

a) reduzir a velocidade

b) dormir um pouco, antes de dirigir.

c) procurar vias menos movimentadas

d) ir embora com condutor sóbrio (carona) ou de táxi

3- O tempo médio de reação de uma pessoa jovem em bom estado de saúde é de aproximadamente 0,75 segundos.

Este é praticamente o tempo que o cérebro necessita para processar as informações que está recebendo e definir

uma ação. Qual ou quais o(s) fator(es) que influencia(m) no tempo de reação do condutor?

a) sono

b) defeitos da visão

c) estado emocional

d) todas as alternativas

4- Quais os agentes externos descritos a seguir que não provocam distrações no trânsito?

a) sinalização incorreta ou excessiva

b) olhar paisagens de vez em quando durante o trajeto

c) trocar o CD rapidinho enquanto não há risco imediato

d) no caso do motociclista, usar roupas claras, capacete, com viseira ou óculos protetores

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107

Pós-teste - 2º DIA

PROJETO: A FÍSICA NA EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO

Aluno(a):________________________

2º ano______

1- No caso de um condutor encontrar no seu trajeto uma curva, ele deve:

a) frear somente no meio da curva, caso a força centrífuga estiver “jogando” o veículo para dentro da curva.

b) acelerar no início da curva, para aumentar o poder de tração nas rodas.

c) mudar de marcha, passando para uma maior, a fim de aumentar o poder de tração nas rodas.

d) reduzir a velocidade antes da curva, movimentando o volante de forma suave, acelerando gradativamente

2- O Ministério das Cidades lançou um aplicativo chamado mãos ao volante, que funciona com o sistema

operacional android, que bloqueia chamadas para o celular enquanto alguém está dirigindo. As pessoas que

ligarem, receberão uma mensagem informando que o destinatário está ao volante. Ao final do trajeto, o condutor

poderá checar as informações que lhe foram enviadas. Este aplicativo ajudar a reduzir o problema da (o):

a) congestionamento

b) excesso de velocidade

c) tempo de reação

d) n.d.a

3- Por conta da aquaplanagem, a água impede o contato entre o asfalto e os pneus, fazendo com que os mesmos

percam a aderência. Nesta circunstância, tem-se uma redução da:

a) força de atrito

b) força de Coriolis

c) velocidade

d) aceleração

4- Os modelos sequenciais são aqueles que explicam os acidentes por uma cadeia de eventos, como uma espécie

de efeito dominó; modelo aliás, bastante difundido, pois existem eventos encadeados que levariam à lesão de

vários condutores consecutivamente através de ondas de choque. Esse fenômeno físico está relacionado com qual

problema no trânsito?

a) pneus desgastados

b) falta de sinalização

c) Falta de recursos humanos (guarda de trânsito)

d) engarrafamento

5- Ações que executamos no cotidiano, como abrir uma porta, trocar o pneu de um carro utilizando uma “chave

de rodas”, dentre outras circunstâncias, exigirá de nós menor quantidade de força se o braço da “alavanca” for

aumentado. A grandeza física associada ao movimento de rotação de um determinado corpo em razão da ação de

uma força é denominada

a) centrípeta

b) torque

c) de ação e reação

d) repulsiva

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108

Apêndice B

Termo de autorização (para pais ou responsáveis de menores de

idade)

AUTORIZAÇÃO DE PAIS OU RESPONSÁVEIS EM CASO DE PARTICIPANTE

MENOR DE 18 (DEZOITO) ANOS

Eu (nós), abaixo qualificado (s) na qualidade de ______________ (pai, mãe ou tutor), do menor,

responsável (is) legal (is) do menor ___________________________________________________,

carteira de identidade nº ______________________, órgão expedidor ________________ (ou Registro

Civil nº ________________), nascido (a) aos ______de _________ do ano de ________. AUTORIZO

(AMOS) a sua participação no I MINI EVENTO DE FÍSICA do Instituto de Educação do Amazonas,

no qual eventualmente ele poderá ser fotografado e/ou filmado para fins apenas estatísticos. O referido

evento acontecerá na própria escola nos dias 24 (de 14:00h às 16:00h) e 25 de junho de (de 8:00h às

10:00h) de 2015.

ASSUMO (IMOS) toda a responsabilidade pela presente autorização e participação do menor.

Declaro (amos), ainda por meio do presente termo, estar (mos) ciente (s) das atividades a serem

desenvolvidas pelo menor.

Por ser verdade, firmo (amos) a presente autorização sob as penas da Lei e confirmo (amos) a veracidade

das declarações.

Nome:

CPF:

RG:

Endereço completo:

Telefone de contato (DDD):

_________________________________________

(Assinatura)

Nome:

CPF:

RG:

Endereço completo:

Telefone de contato (DDD):

_________________________________________

(Assinatura)

Obs: Sugere – se reconhecer firma (assinatura) do (s) declarante (s) em Cartório de Notas.

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109

Considerações Finais

De posse dos dados obtidos nesta pesquisa observou – se que houve uma evolução,

mesmo que de pequena dimensão, acerca de alguns conceitos físicos associados ao trânsito.

Nos pós – testes por exemplo, tal melhora conceitual foi mais perceptível, ainda que alguns

estudantes tenham respondido de forma incorreta, o debate e as discussões foram mais

substanciais. A ideia era avaliá – los quantitativa e qualitativamente; quantitativamente ao

contabilizar as questões respondidas correta e incorretamente e qualitativamente ao buscar uma

melhor assimilação conceitual, na tentativa de evitar a memorização e consequentemente a

mecanização dos conteúdos abordados.

No tocante ao instrumento de avaliação que tem características interativas quiz

(questionário), notou – se que houve bastante aceitação por parte dos estudantes, que por sua

vez, sugeriram que todas as outras avaliações, ao longo do ano letivo, fossem realizadas da

mesma maneira. Há de se observar então, o grau de carência de cunho metodológico que o

ensino tradicional oferece a estes estudantes ; que em plena era da informação tecnológica e da

problematização de muitas questões sociais, estão ávidos por conhecimentos que de fato tenham

significado em suas vidas.

Verificou – se portanto, que a propagação ou a continuidade da proposta de minicursos

com a temática da Educação e Segurança no trânsito nas escolas de Manaus, não só é plausível,

como também é pertinente, posto que faz parte da realidade diária do estudante. Isto fica

evidente a partir do momento em que a própria escola, na qual as atividades foram realizadas,

as implementou como fixas para os anos letivos seguintes e permitiu à proponente do projeto

(professora pesquisadora) apresentá – lo em outras instituições de ensino ou convidá – las a

assistir; haja vista que os PCN’s contemplam esta temática e sugerem que a mesma seja

contextualidade em consonância com o componente curricular de Física.

Uma observação fundamental a ser feita é que propostas como esta tendem a render

consequências muito mais positivas, tanto para o professor, quanto para a escola e os estudantes;

haja vista que todos, de alguma forma, saem da sua zona de conforto cognitivo. O professor

porque terá de buscar elementos mais lúdicos para a sala de aula e especificamente para esta

proposta, o estudante porque não será um mero receptor de informações ou um mero expectador

da própria aprendizagem e a escola porque permitirá inovação e a democratização do ensino

como um todo.

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Vale a ressalva de que este projeto de pesquisa não possui a presunção de ser o único,

melhor ou mais completo material acerca da Educação e Segurança no Trânsito. No que diz

respeito ao componente curricular de Física, busca munir o professor pesquisador de maneira

que o mesmo tenha acessibilidade a uma compilação de atividades, sem que isso demande

muito tempo.

A referida pesquisa, que a qualquer momento pode ser retomada no sentido de

aprimoramento, pode também ser adaptada à realidade escolar de cada profissional que optar

por utilizá – la. A ideia é despertar no estudante de ensino médio uma reflexão sobre a temática

em questão. Todas as atividades contidas no material instrucional (manual) estão previamente

roteirizadas, com o intuito de auxiliar no andamento e na execução do projeto como um todo,

abarcando questões cotidianas dos estudantes como princípio norteador da metodologia

pedagógica.

Inclusive, existem diversas metodologias acerca do enfoque das leis de Newton em

situações no trânsito, porém, poucas utilizam uma proposta onde o estudante também seja

partícipe da sua própria aprendizagem, sem um caráter tão formal, como minicursos realizados

no próprio ambiente escolar, por exemplo. Sem contar que uma atividade com estas

características não demanda recursos financeiros de grande abrangência, devido a atual

realidade de quase todas as escolas públicas e do país, em geral.

Há muitas campanhas educativas em prol de um trânsito mais seguro, contudo, muitas

não têm a eficácia pretendida, pois geralmente ocorrem apenas na semana nacional do trânsito,

de 18 a 25 de setembro. Não havendo constância, os estudantes tendem a incutir que atitudes

respeitosas e conscientes no trânsito só devem ser praticadas neste período. E como as

estatísticas de acidentes tem crescido assustadoramente, problematizar continuamente essa

questão em sala de aula ajuda a instrumentalizar cientificamente o estudante e possivelmente o

torna um cidadão consciente desde cedo.

Espera – se que outros profissionais da educação possam enriquecer esta ideia e

promover em seus respectivos locais de trabalho, minicursos ou atividades similares que

possuam a mesma finalidade, contextualizar e debater situações que se refiram ao trânsito,

porém, à luz da Física.

Assim, a tendência à melhoria do ensino de física na educação básica ganhará maior

espaço e paralelamente, questões sociais como esta, ganharão cada vez mais destaque. De

maneira que seja muito provável que as políticas públicas de prevenção de acidentes de trânsito

se tornem mais eficazes, pois a sociedade estará mais conscientizada.

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[10] _______________________________. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de

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[13] AMAZONAS, G1.Aumento no número de mortes por acidente no primeiro semestre de

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registra-aumento-de-41-no-numero-de-acidentes-de-transito.html. Acesso em junho de 2015.

[14] AMAZONAS, G1. Manaus registra um aumento de 41% no número de acidentes de

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registra-aumento-de-41-no-numero-de-acidentes-de-transito.html>. Acesso em junho de 2015.

[15] AMAZONAS, G1: Em 2015, 105 pessoas morreram no trânsito de Manaus. Disponível

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[17] AMAZONAS, G1. Número de mortes no trânsito em Manaus sobe 7,4% no 1º

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http://g1.globo.com/am/amazonas/transito/noticia/2014/08/numero-de-mortes-no-transito-em-

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[18] Prefeitura de Manaus: Trânsito. Disponível em <

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[39] KLEER, Ana A.; SANTOS, Arion C.K; THIELO, Marcelo R. Física utilizada na

investigação de acidentes de trânsito. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Rio Grande

do Sul, v. 14, n. 2, 165, ago.1997b. Projeto do Departamento de Física da FURG, 1997, Rio

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[40] _______________________________. Física utilizada na investigação de acidentes de

trânsito. Caderno Catarinense de Ensino de Física, Rio Grande do Sul, v. 14, n. 2, 162,

ago.1997b. Projeto do Departamento de Física da FURG, 1997, Rio Grande do Sul.

[41] POR VIAS SEGURAS, Associação. Segurança do trânsito. Colisão e sistemas de

proteção. p. 77. Fevereiro 2010b. Disponível em:< http://www.vias-

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em um automóvel: pesquisa. 2014b. 230 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -

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115

[48] CHAGAS, C. C. M. A Física no ensino médio através do estudo de fenômenos físicos

em um automóvel: pesquisa. 2014b. 230 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -

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[77] OLIVEIRA, M. L.; et al. Scielo. Educ. rev. no.27 Curitiba Jan./June 2006a, p. 150. O jogo

quiz aplicado ao ensino de Biologia Celular: uma abordagem lúdica pra construção do

conhecimento científico no espaço universitário. Disponível em: <

http://interacao.unis.edu.br/files/2014/12/148-168.compressed.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2015

[78] _______________________________. Scielo. Educ. rev. no.27 Curitiba Jan./June 2006b,

p. 149. O jogo quiz aplicado ao ensino de Biologia Celular: uma abordagem lúdica pra

construção do conhecimento científico no espaço universitário. Disponível em: <

http://interacao.unis.edu.br/files/2014/12/148-168.compressed.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2015

[79] AUSUBEL, D; NOVAK, J.D e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2ed. Rio de

Janeiro. Interamericana, 1980.

[80] UCHÔA, Antônio Ribeiro. Mestrado Integrado Profissionalizante em Computação.

Organizador Prévio virtual para o ensino de Física. Ceará, 2003, p. 54.

[81] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física 1-

Mecânica.4. Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1996.

[82] MORAN, J. M., “O vídeo na sala de aula”. In Revista Comunicação & Educação. São

Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995, p. 1.

[83] KLEINKE. R. de C. M. Aprendizagem Significativa: A pedagogia por pojetos no

processo de alfabetização. 2003, 109f. Dissertação (em Engenharia de Produção),

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

[84] MOREIRA, M.A; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David

Ausubel. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2006.

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118

Apêndice

6. Sobre o Produto Educacional

Segundo a SBF (Sociedade Brasileira de Física), o produto educacional para o caso do

Mestrado Profissional (MP), deve ser um recurso instrucional independente fisicamente da

dissertação e que qualquer professor possa utilizar em suas aulas.

Há ainda, outras possibilidades instrucionais como a organização de um “mini

congresso” ou de uma “feira” de Física, que também podem ser considerados produtos

educacionais. Porém, desde que se disponha de um guia de instruções sobre como implementar

essa atividade.

Neste sentido, foi criado um tutorial de organização e implementação de um mini evento

nas escolas, sendo que, caso seja necessário a devida adequação quanto à logística, não haverá

perdas quanto à essência do produto educacional em questão.

Assim, o mini evento de Física alusivo ao trânsito foi idealizado tendo como finalidade

contribuir para a formação dos educandos no que diz respeito à compreensão de alguns

conceitos físicos por meio de problemas gerados pelo trânsito, para auxiliar nossos alunos a

refletirem acerca de formas comportamentais de evitar estes tipos de problemas. E além de não

ser oneroso é um produto passível de adaptações.

A temática deste produto educacional contempla a educação proposta pelo Código de

Trânsito Brasileiro (CTB); possibilitando um caráter crítico à formação acadêmica dos

estudantes de forma que se tornem cidadãos mais conscientes no tocante ao comportamento no

trânsito. Como se trata de um evento escolar, voltado a adolescentes, é natural que queiram

expressar as suas opiniões ou vivências cotidianas, de modo que o farão com base naquilo que

conhecem e isso é enriquecedor, do ponto de vista cognitivo.

Nesse contexto, o referencial teórico adotado foi o da Aprendizagem Significativa, de

David Ausubel, que orienta quanto ao aprimoramento do conhecimento prévio que o indivíduo

possui em função daquele que se quer empregar.

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119

6.1 Descrição do Produto

O mini evento escolar cuja temática versa sobre o trânsito contextualizado por meio da

Física é constituído de 2 minicursos, cuja a duração é de 2 horas (cada um) e está sistematizado

através de um tutorial.

A estratégia a ser desenvolvida para a execução deste projeto tem como norteador duas

sequências didáticas roteiros que sistematizam organizadamente cada tarefa deste evento. Os

referidos minicursos terão abordagens teórico - práticas que englobam a discussão de situações

- problema elencados a observações práticas cotidianas, a partir do acesso à vídeos e

reportagens, experimentos e jogos didáticos que abarquem esse contexto. Desta forma, espera-

se que a percepção dos fenômenos que envolvem a Física, a partir das leis de Newton, no que

se refere à locomoção no trânsito, promova uma mudança de postura quanto ao comportamento

cotidiano no trânsito.

Os elementos que compõem o mini evento são divididos em 3 etapas:

1 - Planejamento: atingir metas e objetivos sem planejamento torna-se muito mais complexo,

pois não se pode determinar de antemão a melhor maneira de associar os recursos disponíveis

com a realidade da escola onde o evento ocorrerá. Se isto for feito com antecedência, os ajustes

que levem à maior produtividade e qualidade podem ser realizados com folga de prazo, para

que não comprometa o desenrolar do evento.

Alguns elementos dentro do planejamento devem ser considerados, por exemplo:

Divulgação:

• Fazer um esboço geral dos elementos que irão compor o evento. Assim, todas as

particularidades do mesmo, podem ser idealizadas e/ou modificadas;

Por exemplo:

▪ Tema;

▪ Objetivo;

▪ Público alvo;

▪ Data e Local;

▪ Duração;

▪ Instrumento de Avaliação.

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120

• Criar um folder com informações sucintas e significativas com alusão ao trânsito e à

semana nacional de trânsito, que por sua vez é pouco conhecida, fornecendo mais credibilidade

ao evento, juntamente com a execução das atividades na mesma ordem em que foram

mencionadas no folder;

Sugestão: inserir, se possível, figuras no folder; pois em se tratando de público juvenil,

um texto acompanhado de ilustrações se torna mais atrativo.

• Viabilizar a confecção de banners e faixas também são ferramentas organizacionais

que visam propagar a proposta do mini evento, no sentido de chamar atenção para o mesmo.

Sugestão: solicitar ajuda de custo da gestão da escola, da secretaria de educação ou ainda, de

empresas que desempenhem a função de colaboradores ou ainda, a utilização da bolsa de

mestrado disponibilizada aos cursistas do MNPEF, que neste caso, foi a ajuda de custo utilizada

quase em todas as etapas do projeto.

• Criar um cronograma das atividades que irão compor os minicursos;

Sugestão: “Garimpar” previamente vídeos, reportagens, animações e tipos de experimentos que

envolvam direta ou indiretamente as leis de Newton e conteúdos afins. É provável que o

professor até já possua algum material similar em seu “acervo”.

2 - Metodologia:

• Recursos: Utilizar aparatos tecnológicos e outros recursos da provenientes da própria

escola;

Neste caso, forma utilizados:

▪ Projetor de imagem;

▪ Caixa de som;

▪ Quadro;

▪ Computador.

• Problematizar na atividade inicial (palestra) uma situação cotidiana utilizando

conhecimentos que previamente os estudantes trazem para a sala de aula. No mini evento em

questão, utilizou-se vídeos de curta duração, de conteúdo impactante, a maioria, comerciais de

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121

televisão. A etapa seguinte foi a explanação formal de alguns conceitos imprescindíveis para a

melhor assimilação acerca das leis de Newton, como velocidade, aceleração, atrito, entre outros.

Facilitando assim, o desenvolvimento das competências de percepção e compreensão dos

fenômenos que envolvem o trânsito. Isto permitiu ao estudante “confrontar” o conhecimento

que o mesmo tinha como verdade com o que foi adquirido posteriormente.

A referida explanação foi realizada através de indagações; situações-problema;

brincadeiras; simulações computacionais e avaliação diagnóstica em formato de jogo didático

(quiz), utilizado como pré – teste; envolvendo situações – problema onde o estudante teve que

utilizar como mecanismo de resolução apenas o conhecimento prévio que possuía. Esta

sondagem teve por finalidade avaliar o grau de informações científicas que o estudante

inevitavelmente traz para dentro da sala de aula.

3- Desenvolvimento:

A execução das atividades anteriormente mencionadas segue a seguinte ordem:

a) Vídeos: (impactantes e de curta duração) para a problematização inicial;

b) Situações – problema contextualizadas através de experimentos;

c) Avaliação diagnóstica: quiz (pré-teste com situações e consequências decorrentes do

trânsito);

d) Palestra (com abordagem em conceitos físicos e suas aplicações no trânsito de veículos),

animações;

e) Avaliação final: quiz (pós-teste com situações - problema, envolvendo conceitos físicos

relacionados ao trânsito de veículos, tomando o cuidado de ressignificar as situações

abordadas no pré-teste);

f) Plataforma digital: promover uma interação com os estudantes, pós evento, de forma

que caso surgissem mais dúvidas, os mesmos poderiam saná – las de uma forma mais

dinâmica. Ou seja, foi um dos resultados do projeto.

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122

6.2 Produto

Manual

MINICURSOS TEMÁTICOS COMO

ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE FÍSICA

Manaus – AM

Novembro, 2015

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123

Apresentação:

A ideia do projeto Minicursos temáticos com estratégia para o ensino de Física que nada

mais é do que um mini evento escolar, surgiu da problemática social que mais assola a

mobilidade urbana e é pauta certa dos veículos de comunicação, o trânsito.

Essa temática pode e deve ser abordada em sala de aula, pois vez que agrega eixos temáticos

que viabilizam uma melhor contextualização no ensino de Física, mais especificamente no

que se refere às Leis de Newton.

O projeto tem como principal objetivo avaliar o papel da educação no trânsito associada às

aulas de Física e promover possíveis mudanças de comportamento com relação a futuros

motoristas.

Nesse sentido, o referencial teórico sugerido é o da aprendizagem significativa, de David

Ausubel, que orienta quanto ao aprimoramento do conhecimento que o aprendiz já carrega

consigo.

Este tutorial visa facilitar o desenvolvimento de atividades didáticas que compõem um mini

evento de Física, atividades estas, descritas em de dois roteiros, com a finalidade de

possibilitar uma aprendizagem mais interessante e ao mesmo tempo crítica no tocante às Leis

de Newton e conteúdos afins.

Professora Fernanda Cabral

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124

Sumário

Introdução......................................................................................................125

Planejamento geral.......................................................................................126

Recursos....................................................................................................126

Divulgação................................................................................................127

Cronograma de atividades........................................................................128

METODOLOGIA........................................................................................129

DESENVOLVIMENTO..............................................................................130

Sequências didáticas....................................................................................131

Como criar as atividades dos minicursos.....................................................135

Minicurso I...................................................................................................147

Minicurso II.................................................................................................153

Atividades extras........................................................................................158

APÊNDICES..............................................................................................171

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125

Introdução

Mesmo que se tenha o domínio da prática de direção, a cada movimento efetivado ao

volante conduz à Física. Até as normas que constituem o Código Nacional de Trânsito

(CTB) são baseadas nas leis da Física e envolve todos os três princípios da Mecânica,

conhecidos como as leis de Newton. Compreendê-las, nos auxilia quanto à redução dos

riscos que o trânsito oferece.

LEIS DE NEWTON

Princípio da Inércia

Inércia é a propriedade que os corpos possuem de manter seu estado de

repouso ou de movimento. Quando um corpo não sofre a influência de forças externas

ele se mantém em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.

Princípio Fundamental da Dinâmica

A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada nele e

consequentemente, inversamente proporcional à sua massa.

Princípio da Ação e Reação

A toda ação corresponde uma reação, de mesmo módulo, mesma direção,

porém, sentido contrário.

OBS: Apesar de serem conhecidas como as três leis de Newton, a única lei de fato

é a da Ação e Reação, as outras duas, conhecidas como primeira e segunda leis,

são apenas definições.

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126

PLANEJAMENTO GERAL

▪ Tema: A Física na Educação do Trânsito.

▪ Objetivo: Mini evento alusivo ao trânsito contextualizado por meio da Física,

especialmente, das Leis de Newton.

▪ Público Alvo: Estudantes da primeira série do Ensino Médio ou que já a tenham cursado.

▪ Atividades: Palestra; vídeos; brincadeiras; experimentos; exemplificações; debate.

▪ Instrumentos de avaliação: Questionários (no formato de quiz) com abordagem que

versa sobre situações decorrentes do trânsito, analisadas a partir de conceitos físicos, sendo

a referida avaliação, o elemento que caracteriza a interação mais dinâmica ao evento.

▪ Duração: 4 horas (2 horas para cada minicurso)

▪ Recursos:

√ Data show;

√ Computador

√ Caixa de som;

√ Microfone (dependendo da acústica do local de realização do evento).

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127

▪ Divulgação:

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128

▪ Cronograma de atividades

1º dia

Atividades Discriminação Duração

1. Palestra 30 min

2. Animação 10 min

3. Quiz (pré- teste) 15 min

4. Experimentos 20 min

5. Debate 20 min

6. Quiz (pós-teste) 15 min

7. Encerramento 10 min Carga Horária

total: 2h

2º dia

Atividades Discriminação Duração

1. Debate 30 min

2. Pré – teste (Verificação de

aprendizagem)

15 min

3. Vídeos 20 min

4. Jogo 15 min

5. Vídeos 15 min

6. Pós – teste (Verificação de

Aprendizagem)

15 min

7. Encerramento 10 min Carga Horária

total: 2h

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129

METODOLOGIA

Estrutura Elementos

Problematização inicial Palestra

Tema A Física Automotiva

Conceitos abordados

Velocidade;

Aceleração;

Força de atrito;

Energia cinética;

Fatores comportamentais

Dispositivos de segurança no

trânsito;

Distância mínima;

Fator humano no trânsito;

Atividades

Experimentos;

Animações;

Vídeos;

Brincadeiras.

Avaliação Quiz (pré-teste e pós teste)

Relatório

Explanação escrita informal sobre o

mini evento.

(Pode constar sugestões).

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130

DESENVOLVIMENTO

ETAPAS:

→1ª etapa: Criar e ministrar uma palestra sobre situações diversas que acontecem no trânsito,

que possuam aplicações na Física e que viabilizem um suporte para as questões que serão

respondidas nas avaliações (quizzes);

→2ª etapa: Utilizar vídeos que sirvam de elemento desencadeador no tocante à sensibilização

de acidentes de trânsito.

→3ª etapa: Criar e aplicar um quiz com questões de múltipla escolha (pré-teste) sobre

questões que envolvem o trânsito (pré – teste);

→4ª etapa: Realizar experimentos e demonstrações que simulem circunstâncias ocorridas no

trânsito, de maneira que promova no estudante além de uma reflexão comportamental, uma

relação com o conceito abordado.

→5ª etapa: Aplicar um quiz com questões de múltipla escolha (pós-teste) sobre circunstâncias

que envolvem o trânsito, discutindo as questões abordadas na palestra, nos experimentos e nas

demonstrações

→6ª etapa: Elaborar perguntas acerca de conceitos discutidos na palestra e nos experimentos,

de forma que os estudantes sejam livres para responder com base no que já conheciam (jogo

pergunta – resposta).

→7ª etapa: Sistematizar as respostas no pré e pós teste e divulgar o percentual juntamente

com uma premiação simbólica dos estudantes que obtiveram uma melhor atuação durante o

minicurso.

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131

Sequências didáticas:

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132

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133

MINICURSO II

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135

COMO CRIAR AS ATIVIDADES DO MINICURSO

1 – Como criar a pauta da palestra?

O primeiro passo é pesquisar em livros, noticiários impressos ou virtuais e revistas, situações

que ocorrem no trânsito. O passo seguinte é selecionar deste material, as principais causas dos

acidentes de trânsito, se for possível, selecionar os mais tem a ver com o público alvo. No caso,

acidentes de trânsito envolvendo jovens.

O ideal é que inicialmente se faça uma explanação do conceito de trânsito, que seja dada a

devida ênfase na Semana Nacional de Trânsito e principalmente que se discuta o fato de que é

de suma importância que o bom comportamento ao volante, não deve ser exercitado apenas

neste ínterim. Por fim, deve – se associar as causas dos acidentes de trânsito às leis de Newton,

de maneira que também seja discutido como evita – los e utilizar um vídeo na tentativa de

impactar e prender a atenção dos estudantes.

Sugestão:

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136

Observação: É imprescindível que o professor (a) pontue em forma de tópicos e estatísticas

(inclusive da evolução dos dados), as informações debatidas no momento inicial do minicurso,

pois textos extensos e informações em demasia tendem a cansar todo e qualquer público alvo,

dispersando – os.

2 – Como selecionar os vídeos?

Os vídeos que se se utilizar no decorrer dos minicursos, deve possuir conteúdo apelo emocional

significativo e suficiente, pois uma vez que o público alvo é composto de adolescentes, que

possuem a sensibilidade bastante aflorada em função da faixa etária, a sensibilização deve

ocorrer de forma bastante significativa. Deve-se selecionar vídeos que repercutam as várias

causas dos acidentes de trânsito para posteriormente os mesmos sejam associados às Leis de

Newton e aos fatores comportamentais. Sugere-se que sejam selecionados comerciais de

televisão, pois alguns, já são de conhecimento dos estudantes, porém, podem não ter sido vistos

com a mesma sensibilidade deste momento dos minicursos.

Obs: Há de se tomar as devidas precauções quanto ao grau de apelo dos vídeos

selecionados, para que o impacto emocional não cause nenhum tipo de transtorno ao

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137

estudante e ao andamento do minicurso. No caso em questão, os vídeos são de domínio

público (e podem ser encontrados nos links descritos nas sequências didáticas).

Sugestões (links):

1- https://www.youtube.com/watch?v=QFvPqStODUo (Abrace a vida)

2- https://www.youtube.com/watch?v=ceqj2KP8lfM (Comercial do governo

neozelandês sobre álcool e direção perigosa)

3- https://www.youtube.com/watch?v=k0O7qx-2w-4 (Direção + bebida)

4- https://www.youtube.com/watch?v=ZnanqY82LlM (O dia em que um

sorrido parou São Paulo)

5- https://www.youtube.com/watch?v=44_prFoCIq0 (Depoimento de

Jacqueline Saburido)

6- https://www.youtube.com/watch?v=k0O7qx-2w-4 (Vídeo Jacqui Saburido e

Oprah Legendado PRF)

7- https://www.youtube.com/watch?v=Tc6UNJhJicg (Prevenção de acidente

de trânsito – Use a cadeirinha

8- https://www.youtube.com/watch?v=USPubaJSClg (Segurança no trânsito –

Uso da cadeirinha e cinto no banco de trás.

9- https://www.youtube.com/watch?v=mAZa3GrnYKU (Use o cinto de

segurança, veja o porquê!

10- https://www.youtube.com/watch?v=3Kg0FSJXk7E (Campanha de trânsito

produzido produzido na Austrália)

11- https://www.youtube.com/watch?v=YfAP--umw6Y ( Vídeo educativo

Detran/RS)

12- https://www.youtube.com/watch?v=y2fjXSJosxU (Infrações de trânsito e

suas consequências)

13- https://www.youtube.com/watch?v=PVg_E87Ii8Q (Infrações de Trânsito)

14- https://www.youtube.com/watch?v=Pilaw_jRXmQ (As cinco principais

causas de acidentes de Trânsito)

15- https://www.youtube.com/watch?v=jL9bCzcwK6w ( Campanha Educativa:

Acidentes de Trânsito)

16- https://www.youtube.com/watch?v=ne8k9uJhrVQ (Direção defensiva –

Uma reflexão)

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138

17- https://www.youtube.com/watch?v=yT1d_3WIoUQ ( Last Word – A última

palavra)

18- https://www.youtube.com/watch?v=ZFxUOWcKM4E&index=1&list=PLF

CXHyXVMRIfLUM8uk3n5-TIEXgXiPzLA (Leis da Física e Leis de trânsito – Fiat

moto perpétuo)

19- https://www.youtube.com/watch?v=s1YSTuD0cO8 (Física no trânsito)

20- https://www.youtube.com/watch?v=SmXtfP2nmX4 (Beakman Q=mv +

Rampa)

21- https://www.youtube.com/watch?v=QpwS-Dsolxo (O mundo de Beakman –

Ação e reação)

22- https://www.youtube.com/watch?v=xDjkMQ42_vs (O mundo de Beakman

– Inércia)

23- https://www.youtube.com/watch?v=CHZq1oMOG5E (O mundo de Beakman

– momento)

24- https://www.youtube.com/watch?v=LIvVcseqPeE (O mundo de Beakman –

Colisões)

25- https://www.youtube.com/watch?v=r9_0NUBsyV8

26- https://www.youtube.com/watch?v=VCG7h1Fois8

27- https://www.youtube.com/watch?v=5uo-g1SUY14

28- https://www.youtube.com/watch?v=tmlGHSvvOBI

29- https://www.youtube.com/watch?v=NUS9Xx7zgoc

30- https://www.youtube.com/watch?v=utqPZWededs

Observação: Sugere-se que os vídeos de curta duração, principalmente os comerciais de

televisão, sejam utilizados em sala de aula. Porém, conforme se queira, alguns vídeos podem

ser editados através do software “Movie Maker”. Os demais podem servir de instrumento de

pesquisa para o professor(a) e estudantes. Os 5 últimos foram utilizados nos minicursos

promovidos.

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3 – Como selecionar e/ou adaptar as simulações computacionais (simulações)?

Bem como a seleção dos vídeos, a simulação deve ser simples e objetiva, se editada, como na

maior parte dos casos, recomenda-se editar, de forma a ocultar o áudio, para que desta forma,

o professor(a) possa realizar uma explanação mais pessoal.

Sugestões (links):

1- https://www.youtube.com/watch?v=Fd9a24c1iy4 (CBSE CLASS 8

SCIENCE FRICTION)

2- https://www.youtube.com/watch?v=s-lIqTXK4KI (Um exemplo de

aceleração)

3- https://www.youtube.com/watch?v=pSYo-ZHo4O0 (As leis da Física na

animação 3D.mov)

4- https://www.youtube.com/watch?v=8NsFRBDKD-0 (Física para iniciantes)

5- https://www.youtube.com/watch?v=KjxZMY-liYQ (Celular e distrações)

6- https://www.youtube.com/watch?v=QnxMoKYB47M (Cinto de Segurança)

7- https://www.youtube.com/watch?v=XFHIGXOsEYE (Ultrapassagem)

8- https://www.youtube.com/watch?v=7dG582mSAOI (Clubinho Honda)

9- https://www.youtube.com/watch?v=x3r_VwwegVg (Honda Dicas de

Trânsito Corredor)

10- https://www.youtube.com/watch?v=boKAOywucwY (Posicionamento –

Disputa por espaço)

11- https://www.youtube.com/watch?v=D8PEJa_NYaA (Viseira)

12- https://www.youtube.com/watch?v=sTacUb4YU1Q (Frenagem em curvas)

13- https://www.youtube.com/watch?v=huMSMQOkx2E (Honda Dicas de

Trânsito Técnicas de Frenagem)

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14- https://www.youtube.com/watch?v=83_pOrgpwpc (Lei de Newton –

Blender)

15- https://www.youtube.com/watch?v=gw8aOIVOUKc (Pedestre – I)

Observação: Caso queira, o professor(a) pode editar as simulações através do software

“Movie Maker”.

4 - Como criar as perguntas do quiz?

Antes de criar as perguntas que irão compor o quiz, deve-se previamente sondar quais as

principais dificuldades acerca dos conhecimentos que os estudantes possuem sobre as Leis de

Newton, sobre o trânsito e sobre a relação de ambas. De acordo com as respostas adquiridas, e

as mesmas normalmente variam nas salas de aula, deve-se contemplar as informações que

faltam ou que não foram bem assimiladas, para que juntamente com o eu os estudantes já

conhecem, consiga-se uma aprendizagem mais abrangente.

Sugestão:

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Observação: Os 2 primeiros slides e os três últimos, apenas fazem parte da dinâmica do jogo.

5 – Como criar o quiz?

Em apêndice.

6 - Como criar ou adaptar o(s) experimento(s) para os minicursos?

O(s) experimento(s) que se queira inserir nos minicursos devem ser simples, com materiais

alternativos, de fácil manipulação e principalmente que se possa solicitar o auxílio de um(a)

estudante com o intuito de tornar o minicurso mais interativo. Obviamente, o referido

experimento deve fazer alusão a uma(s) das situações referentes ao trânsito, como por exemplo:

o funcionamento do air bag; a relação do atrito e da inércia para fazer o automóvel se

movimentar; qual a melhor forma de trocar o pneu do carro, entre outras.

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Sugestão: Em apêndice

7 - Como criar ou selecionar jogos para os minicursos?

Deve – se adequar os jogos ou brincadeiras de acordo com a essência das turmas convidadas a

participar dos minicursos, detalhe que só cabe ao professor(a) organizador. Normalmente,

embora muitos pensem o contrário, as brincadeiras e/ou jogos mais simples, são os mais bem

aceitos, pois possuem regras flexíveis e dão ao minicurso, um viés mais atraente.

8 – Como e o que avaliar?

A avaliação dos minicursos depende do que o professor(a) está buscando com o projeto, mas

pode ser feita de forma quantitativa (tabulando as respostas certas e erradas por meio de

gráficos) e qualitativa (por meio de redações, apontamentos ou debates).

Como se trata de um projeto de cunho epistemológico e social, o conteúdo avaliado deve versar

sobre ambos os contextos. Ou seja, a avaliação fica como critério pessoal de cada professor(a)

de acordo com a sua realidade.

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144

Textos de apoio:

Obs: Estes textos têm por finalidade subsidiar a pesquisa do(a) professor(a) direcionando – o(a)

quanto às atividades que deverá realizar.

Texto 1: Amazonas - Manaus tem em média, um acidente de

trânsito por hora.

O Instituto Municipal de Trânsito (Imtrans) registrou pelo menos

um acidente por hora, em média, no primeiro semestre deste ano. Foram 4.451 acidentes: mais de 741 por mês e cerca de 24 por dia. O número de acidentes nos seis primeiros meses do ano caiu 8,4%

em comparação ao ano passado. Em 2005, foram 4.826 registros no primeiro semestre. “Nunca consideramos acidentes normais. Ainda

mais um acidente por hora, como mostra a abordagem da estatística. Os números são altos porque queríamos ter nenhum acidente”, disse o superintendente do Imtrans. Segundo dados do Imtrans, o número

de acidentes com morte também diminuiu no primeiro semestre de 2006. Neste ano, 90 pessoas morreram em acidentes de trânsito nos

seis primeiros meses. “Mesmo quando a vítima não morre, pode ficar com sequelas graves para toda a vida. As pessoas precisam se conscientizar da importância do trânsito seguro para o próprio bem

delas”, afirmou o superintendente do instituto. De janeiro a junho deste ano, o Imtrans registrou 1.732 acidentes em que as pessoas

tiveram ferimentos leves. O superintendente do Imtrans disse que o número de acidentes de trânsito em Manaus não é maior por causa da topografia da cidade, que tem ruas e avenidas não sinuosas,

estreitas e com muitos semáforos. “As duas últimas questões geram incômodo por causa de engarrafamentos. Mas também propiciam

diminuição de acidentes, porque as pessoas não abusam davelocidade. É ilusão e um risco desnecessário correr em Manaus”, afirmou. (Fonte: Rondoniaaovivo.com de 14 de setembro de 2015)

Disponível em: <http://www.rondoniaovivo.com/noticias/amazonas-manaus-tem-em-media-um-acidente-de-transito-por-hora/19722>

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145

Texto 2: Acidentes de trânsito matam mais que crimes em Manaus

Falta de conscientização por parte de motoristas e pedestres contribui para alto

índice de ocorrências na cidade – foto: Arthur CastroPara o espanto de alguns, a principal causa de mortes de jovens no Brasil não é o crime, mas, sim, o trânsito. Em Manaus, uma média de 20 acidentes graves são

registrados na cidade, em sua maioria, envolvendo pessoas que consumiram bebidas alcoólicas e dirigiam em alta velocidade. Conforme dados da Secretaria

de Segurança Pública (SSP-AM), nos últimos 3 anos, os casos de acidentes de trânsito na capital subiram em torno de 41%. Foram mais de 21 mil vítimas feridas e outras mil perderam suas vidas. Campanhas de conscientização estão

sempre em vigor, porém, poucas melhoras aconteceram.O delegado titular da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito (Deat),

compara os crimes no trânsito a uma epidemia, mas com número de vítimas fatais muito superiores a doenças como dengue ou malária. Segundo ele, não basta somente mudanças na legislação, é necessário investir em educação, tanto

de condutores quanto de pedestres para minimizar a quantidade de mortes.“Nós podemos melhorar, porque o trânsito somos nós. Se cada um fizer a sua

parte, vamos melhorar. Agora, é muito difícil, porque é um problema cultural e a gente precisa estar o tempo todo em cima: ‘Olha, cuidado. Se você for dirigir, não beba. Vai beber, não dirija’. Nós temos que colocar isso, o tempo todo bater

na mesma tecla, para ver se os jovens criam consciência”, opina.De acordo com o titular da Deat, é preciso consciência por parte nos condutores.

Desde o ano passado, a lei 12.971/14 alterou 11 artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), para dispor sobre sanções administrativas e crimes de trânsito. Se antes as penas para condutores envolvidos em acidentes com vítimas fatais

eram apenas de detenção de 2 a 4 anos e afiançável, agora o motorista que matar alguém sob efeito de substâncias psicoativas poderá ficar preso por até 4 anos,

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e afiançável, agora o motorista que matar alguém sob efeito de substâncias

psicoativas poderá ficar preso por até 4 anos, sem direito ao pagamento de fiança.“Houve algumas mudanças que melhoraram o sistema dos problemas de acidente

de trânsito. Tem uma nova legislação para pessoas que vão dirigir e acabam cometendo um acidente com vítimas fatais. Agora, essas pessoas podem realmente ser presas. É o que chamamos de homicídio qualificado. A

qualificadora é justamente o álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”, explica Monteiro, que está há mais de 10 anos à frente

da Deat.Conforme o delegado, as mudanças na legislação são eficazes no combate aos acidentes de trânsito, mas para as estatísticas caírem é necessária uma

participação maior por parte da população. Para Monteiro, união, educação e respeito são alguns dos fatores que podem mudar a triste rotina do trânsito, que

todos os dias faz vítimas fatais nas ruas de Manaus.“A causa principal de mortes no trânsito é a velocidade e a embriaguez. Agora, nós estamos preocupados com o número de pessoas que andam de motocicleta,

elas têm sido vítimas com mais frequência. As altas velocidades e a falta de respeito levam a isso. Às vezes eles (motoqueiros) têm razão também. O respeito

é fundamental para isso. Tem havido alguns acidentes também com bicicleta, o que também chama a atenção”, diz.O titular da Deat não culpa somente condutores pelos crimes de trânsito. Segundo ele, os pedestres são parte

fundamental do processo de educação nas ruas. Apesar de todo o esforço feito pelos órgãos envolvidos com o trânsito em Manaus, com campanhas de

conscientização realizadas quase que mensalmente, o efeito delas não tem sido o esperado. Para ele, as leis precisam evoluir no sentido de serem mais rigorosas com os que desrespeitam o CBT.

“Quem sabe amanhã nossa legislação seja mais forte e possa ter um peso maior, uma punição que funcione para que a pessoa respeite ainda mais as leis. Hoje,

quando tem blitz de Lei Seca na avenida do Turismo, os jovens se comunicam por rede social para desviar da fiscalização. Que mundo é esse? Todo mundo

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147

MINI CURSO I: “CINTO”, MUITO!

Descrição: O minicurso I é constituído de uma sequência didática de atividades embasadas

na da aprendizagem significativa, contendo situações - problema alusivas ao trânsito, vídeos,

debates, demonstrações de experimentos, animações, e como instrumento de avaliação de

aprendizagem, foi criado um quiz com comandos simples e bastante lúdico.

Tal conjunto de atividades didáticas compõem um dos minicursos que caracterizam a atividade

geral como sendo um mini evento científico. A ideia é criar e adaptar instrumentos

metodológicos que sirvam de auxílio para um Ensino de Física mais contextualizado e

consequentemente uma aprendizagem de maneira mais significativa no ensino médio; uma vez

que o trânsito é uma problemática que repercute nas principais discussões sociais atualmente.

Vale ressaltar que os elementos abordados no referido mini evento não são nenhuma novidade

para os estudantes, pois tratam- se de situações presentes em seu cotidiano, porém, tais

conhecimentos serão apenas ressignificados tendo como aporte científico, a Mecânica.

● Objetivos epistêmicos: Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões

que envolvem o trânsito e que foram discutidas na atividade 1 (palestra).

● Objetivos pedagógicos:

Atividades do professor Atividades do aluno

▪ Planejar e organizar as atividades conforme

o tempo disponível;

▪ Entregar ao professor o termo de

autorização de participação (para pais ou

responsáveis) devidamente assinado.

Atividades lúdicas

Público alvo: 1º ano do

Ensino Médio

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148

▪ Checar a operacionalidade de cada

atividade;

▪ Suscitar e mediar discussões;

▪ Solicitar a assinatura dos pais ou

responsáveis no termo de autorização para

participação do evento.

▪ Manifestar – se sempre que tiver dúvidas

ou algo importante a acrescentar:

experiências consigo ou pessoas próximas;

▪ Fazer as anotações que julgar necessário.

Conhecimentos prévios: velocidade; aceleração; massa; inércia; força e conceitos afins.

SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 1

Atividade 1: Palestra

Título: A Física automotiva

A palestra visa verificar a concepção prévia dos estudantes acerca dos conhecimentos

de Mecânica, para subsidiar o conteúdo explorado nas atividades seguintes. Os tópicos da

palestra, podem ser direcionados à cada atividade planejada durante os dois dias de mini evento

e é de suma importância que o seu teor seja lúdico, de forma que o estudante seja desafiado não

só a refletir acerca da questão do trânsito, como também, a continuar interessados em participar

dos minicursos.

Objetivo: analisar as concepções prévias dos estudantes.

Tópicos: ▪ conceituação de trânsito

▪ estatística dos acidentes de trânsito;

▪ principais causas;

▪ fatores comportamentais;

▪ conceitos de mecânica;

▪ situações – problema.

Recursos materiais:

▪ computador (com power point);

▪ equipamento de som;

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149

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

Material de apoio: vídeo 1- link: https://www.youtube.com/watch?v=r9_0NUBsyV8;

Avaliação: A avaliação será realizada informalmente, apenas de sondagem e com

características de avaliação diagnóstica (oral).

Duração: 30 minutos

Atividade 2: Animação computacional

A partir da animação o estudante terá possibilidade de visualmente relacionar e

comparar em seu cotidiano os conceitos e relações entre velocidade e aceleração.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Animação computacional em flash (adaptação de animação extraía da internet).

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

DURAÇÃO:

▪ 10 minutos

Atividade 3: Teste diagnóstico

Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões que envolvem o trânsito e

que foram discutidas na atividade 1 (palestra).

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

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150

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 1

AVALIAÇÃO:

Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).

DURAÇÃO:

▪ 15 minutos

Atividade 4: Experimentos e demonstrações

Realizar práticas experimentais que simulem circunstâncias ocorridas no trânsito que

envolvam conceitos de atrito e inércia e informações úteis de como trocar o pneu do carro, por

exemplo. O objetivo é promover no estudante uma reflexão comportamental a partir do conceito

abordado.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ experimento: cd;

seringa (de injeção);

balão;

cola.

▪ aplicação prática: porta (dobradiça)

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 2 - link: https://www.youtube.com/watch?v=VCG7h1Fois8;

AVALIAÇÃO:

Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor (a) acerca da relação dos

experimentos com situações encontradas no trânsito.

DURAÇÃO:

▪ 20 minutos

Atividade 5: Debate

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151

Esta é uma etapa de suma importância no projeto, o relato de indivíduos que tiveram

suas vidas modificadas de maneira abrupta por conta de acidentes de trânsito.

A ideia é apresentar experiências que estejam relacionadas com fatores

comportamentais como: excesso de velocidade, ingestão de bebidas alcóolicas, falta de atenção,

entre outros.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Reportagens em vídeo de veículos de comunicação como: revistas, jornais e internet,

com vítimas, fatais ou não, de acidentes de trânsito.

AVALIAÇÃO:

Explanação oral (dos alunos) com mediação do professor(a) acerca da relação dos

experimentos com situações encontradas no trânsito.

DURAÇÃO:

▪ 20 minutos

Atividade 6: Verificação de aprendizagem

Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre a consequências de fatores

comportamentais relacionados com conceitos físicos referentes ao trânsito e que foram

discutidas nas atividades anteriores, inclusive na atividade 3 (pré – teste).

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 2.

AVALIAÇÃO:

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Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com

as respostas da atividade 3 (pré – teste).

DURAÇÃO:

▪ 15 minutos

Atividade 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor de

forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do trânsito). O

objetivo é retomar questões que por ventura não tenham sido esclarecidas durante o

primeiro mini curso.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 3 – link: https://www.youtube.com/watch?v=5uo-g1SUY14.

AVALIAÇÃO:

▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do

primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos

explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por

parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,

para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.

DURAÇÃO:

▪ 10 minutos

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153

MINI CURSO II: PARECE QUE BEBE!

Descrição: O minicurso II, assim como o I, é constituído de uma sequência didática de

atividades embasadas na da aprendizagem significativa, contendo situações - problema alusivas

ao trânsito, vídeos, debates, jogos, animações, e o instrumento de avaliação de aprendizagem,

é similar ao do minicurso I, ou seja, um quis, porém, com outras perguntas.

O intuito é aprimorar e reconciliar os conceitos prévios (minicurso I) e os atuais (minicurso II)

pertinentes às leis de Newton em algumas situações que acontecem no trânsito.

● Objetivos epistêmicos: Aplicar pré-teste com questões de múltipla escolha sobre questões

que envolvem o trânsito e que foram discutidas na atividade 1 (palestra).

● Objetivos pedagógicos:

Atividades do professor Atividades do aluno

▪ Planejar e organizar as atividades conforme

o tempo disponível;

▪ Checar a operacionalidade de cada

atividade;

▪ Suscitar e mediar discussões;

▪ Participar por livre e espontânea vontade;

▪ Manifestar – se sempre que tiver dúvidas

ou algo importante a acrescentar:

experiências consigo ou pessoas próximas;

▪ Fazer as anotações que julgar necessário.

Conhecimentos prévios: velocidade; aceleração; massa; inércia; força; atrito e conceitos afins.

Atividades lúdicas

Público alvo: 1º ano do

Ensino Médio

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154

SEQUÊNCIA DE MOMENTOS DE ENSINO – APRENDIZAGEM 2

Momento 1: Debate. O objetivo é recobrar questões suscitadas no minicurso I.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 4 – link: https://www.youtube.com/watch?v=tmlGHSvvOBI

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA:

▪ 30 minutos

Momento 2: Verificação de aprendizagem

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 3.

AVALIAÇÃO:

Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário).

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

Momento 3: Argumentação oral

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155

Suscitar perguntas e/ou comentários dos estudantes acerca de acidentes de trânsito

envolvendo jovens, quais as principais causas e no que a educação no trânsito em consonância

com conhecimentos de Física podem auxiliar.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Não há necessidade, neste caso, de nenhum material (palpável).

MATERIAL DE APOIO:

▪ vídeo 5 – link: https://www.youtube.com/watch?v=NUS9Xx7zgoc

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA:

▪ 20 minutos

Momento 4: Jogo lúdico (Pergunta Chave)

O momento do jogo no mini curso tem o objetivo de tratar de conhecimentos da

Mecânica de maneira lúdica para tornar as questões problematizadas mais atraentes aos

estudantes.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ papel;

▪ caneta.

MATERIAL DE APOIO:

▪ Livros de física;

▪ Internet;

AVALIAÇÃO:

Nesta atividade não se faz necessário uma atividade avaliativa formal.

CARGA HORÁRIA: 15 minutos

Momento 5: Sensibilização

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156

A utilização de vídeos com relatos de pessoas que sofreram com os acidentes de

trânsito direta ou indiretamente chamou a atenção, mais ainda, para a conscientização e a

importância de discutir este tema.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ projetor de imagem (data – show);

▪ equipamento de som.

MATERIAL DE APOIO:

▪ Reportagens: veículos de comunicação (revistas, jornais e internet).

AVALIAÇÃO:

Relatos de experiências dos estudantes mediadas pelo professor (a).

CARGA HORÁRIA:

▪ 15 minutos

Momento 6: Avaliação final

Aplicar pós-teste com questões de múltipla escolha sobre todos os conceitos físicos, de

forma resumida, abordados nos dois dias de evento escolar.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ computador;

▪ quadro;

▪ projetor de imagem (data – show).

MATERIAL DE APOIO:

▪ Aplicação do quiz 4.

AVALIAÇÃO:

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Resolução escrita das questões do quiz (formato de questionário) para comparação com

as respostas do quiz da atividade 2 (quiz 3) para verificar se houve melhora acerca dos conceitos

de física que estejam relacionados com o trânsito, em especial, as leis de Newton.

CARGA HORÁRIA: 15 minutos

Momento 7: Encerramento (considerações finais com explanação oral do professor de

forma sucinta de todas as problemáticas e conceitos físicos decorrentes do trânsito). O

objetivo é retomar todas as questões abordadas nos minicursos e se possível, o professor

(a) deve se pronunciar acerca de alguma situação que tenha vivido ou presenciado no

trânsito. A ideia é tornar o ambiente de aprendizagem mais humano e informal, haja vista

que o normalmente o professor (a) também é partícipe da formação de opinião de grande

parte dos estudantes.

RECURSOS MATERIAIS:

▪ Vídeo 6 – link: https://www.youtube.com/watch?v=utqPZWededs

AVALIAÇÃO:

▪ Relatório escrito evidenciando aspectos positivos e negativos do minicurso do

primeiro mini curso com a relevância social que possui e quais conceitos físicos ficaram menos

explícitos. Como as sequências didáticas são passíveis de modificações, o referido relatório por

parte dos estudantes tem por objetivo direcionar as atividades do minicurso do segundo dia,

para que as dúvidas do minicurso do primeiro dia sejam sanadas.

DURAÇÃO:

▪ 10 minutos

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158

ATIVIDADES EXTRAS:

Cruzadinha (modelo)

Professor (a), se preferir, crie a sua própria cruzadinha nos endereços:

https://www.educolorir.com/crosswordgenerator/por/

http://leab-ulbra.blogspot.com.br/2011/08/dicas-do-leab-cruzadinha.html

http://jocimoreira.blogspot.com.br/2012/09/ir-principal-ir-lateral-dicas-dos.html

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Caça – palavras (modelo)

Professor (a), se preferir, crie o seu próprio caça - palavras nos endereços:

1- http://www.lideranca.org/word/palavra.php

2- http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?criarcacapalavras

3- http://www.imagem.eti.br/ferramentas-educacionais/users/index.php?pagina=caca-

palavras

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160

Jogos (modelos)

Professor(a),

Esta é uma ferramenta excelente para utilizar nos minicursos pois além de bastante

interativa é de fácil manuseio. A garotada vai adorar!

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Listas de exercícios:

Lista 1

.

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163

Observação: Lista de exercícios extraída do endereço:

http://www.explicatorium.com/documents/CFQ9_exercicios3.pdf

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Lista 2

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165

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167

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168

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169

Observação: Lista de exercícios extraída do endereço:

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&cad=rja&uact=

8&ved=0ahUKEwiAr5Lyzr3JAhXCEZAKHYAoAvAQFggzMAQ&url=https%3A%2F%2Ff

isquisilva.files.wordpress.com%2F2014%2F10%2Fexercc3adcios-de-

revisc3a3o.pptx&usg=AFQjCNE2kwbKUf4nyDgxBf-qfb-

Al6Y96A&bvm=bv.108538919,d.Y2I

Questões comentadas do ENEM:

1. http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/exercicios-de-vestibulares-

com-resolucao-comentada-sobre-os-conceitos-das-tres-leis-de-newton/

2. http://www.ufjf.br/cursinho/files/2014/05/FISICA-1.pdf

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170

Plataforma Digital

Rede social

Ao criar uma rede social que versa sobre a Física contida nas situações decorrentes do trânsito,

o professor(a) terá a possibilidade de sanar dúvidas posteriores e ainda retroalimentar a questão

social do projeto com postagens o mais constante possível, com fotos, informações, serviços de

utilidade pública que o envolva o trânsito, entre outras coisas. Assim, o “feedback” tende a ser

maior.

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171

APÊNDICES

APÊNDICE A: Roteiro de criação do quiz

O PowerPoint é ferramenta extremamente didática para criar questionários para os jovens. Ele

elimina a necessidade de criar um questionário de papel e oferece a opção para os estudantes a

fazer um teste a visualização de imagens, neste caso, gifs animados e com situações reais,

acompanhadas pelo som, se necessário. Tudo isso, para que o estudante possa imaginar a

situação antes de responder às perguntas.

▪ Material necessário:

Computador com Microsoft PowerPoint instalado;

Observação: A versão de Power Point utilizada foi a 2013.

Passo a passo:

Passo 1 - Abra o PowerPoint em seu computador.

Passo 2: Clique em “Criar” ou selecione uma variação de cor e clique em “Criar”.

Ao abrir o PowerPoint, você verá alguns temas internos. Um tema é um design de slide que

contém correspondências de cores, fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre

outros recursos.

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172

Passo 3: Abra uma nova apresentação no PowerPoint. Um novo documento de apresentação

aparecerá em sua tela. O primeiro slide irá apresentar caixas de texto onde você pode adicionar

um título e subtítulo. Adicione o título do seu quiz, data ou qualquer outra informação que você

queira.

Passo 4 - Depois de ter criado o slide inicial do seu quis, vá na guia inicial da interface do

usuário “PÁGINA INICIAL” e clique em "Novo Slide". Uma seleção de slides será exibida.

Escolha o tipo de slide que você deseja usar para suas perguntas do quiz. Se você quiser

adicionar uma imagem às perguntas, escolha o slide "Imagem com Legenda. " Você também

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173

pode iniciar com um slide de vazio para criar suas próprias caixas de texto e inserir suas próprias

imagens onde no slide, onde desejar.

Passo 5: Para alterar o design dos slides clicando na aba " DESIGN" na interface do usuário, ao

lado de “INSERIR”. Uma seleção de projetos irá aparecer. Escolha o desenho que você quiser.

Passo 6: Adicione novos slides, clicando em " Novo Slide " novamente, da mesma maneira

como foi mencionado no passo 2 ou selecionando a opção " Duplicar Slides " no separador

Novo Slide.

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174

Observação: crie as perguntas e alternativas. Insira as alternativas em caixas de texto encontrada

no ícone “INSERIR”.

Passo 7: Clique em “INSERIR” novamente para adicionar imagens, clip art, fotos, formas,

gráficos, caixas de texto.

Sugestão: Você pode até mesmo inserir vídeos ou som.

Observação: No quiz em questão, isto não foi feito.

Passo 8: Crie o ponto de partida do seu quiz. Para isso, será necessário criar um hiperlink.

Para que o próximo slide seja acionado, selecione o texto no qual você gostaria de criar o

hiperlink, neste caso, o texto selecionado é “INÍCIO” e clique com o botão direito do mouse e

selecione "Hiperlink". A partir daqui, você pode escolher para qual slide gostaria de criar o

hiperlink.

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175

Observação: O próximo slide deste quiz são as instruções, portanto, selecione o texto “INÍCIO”

do seu quiz e em seguida clique no ícone “INSERIR”. Depois disso, clique em “Hiperlink” e

escolha a opção Próximo slide. Assim, ao clicar no ponto de partida do quis, no texto “INÍCIO”,

automaticamente o próximo slide será o que você selecionou.

Este comando vale para todos os outros slides.

No slide das instruções, há o texto “Clique aqui”, faça-o. Ao fazer isso, e seguindo o comand

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176

o anterior (do hiperlink para o próximo slide), tem-se a primeira pergunta do quiz.

Passo 9: Crie três slides com textos como; "PARABÉNS", “ERROU” e “TENTE

NOVAMENTE” e crie um hiperlink para cada alternativa da primeira questão. Isso também

vale para as questões seguintes.

Obs: Lembre-se que apenas uma alternativa é a correta, portanto, nesta, crie um hiperlink que

tenha o comando de passar para o slide “PARABÉNS” e para as outras alternativas o hiperlink

criado deve ter o comando que de passar para o slide “TENTE OUTRA VEZ”.

Caso o jogador clique na resposta errada, deve voltar e corrigir seus erros, pois no slide “TENTE

OUTRA VEZ” há uma caixa de texto “Clique aqui”, que possui o comando de voltar à pergunta

cuja a resposta está errada.

Passo 10: Quando você já tiver criado todas as perguntas, crie um slide final que felicita o

jogador por completar o quiz.

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177

Considerações: Planejar as perguntas e respostas antes de criar o jogo facilitará bastante.

Este tutorial mostra como criar o quiz de uma forma simples, mas se julgar necessário, confira

alguns outros tutoriais para encontrar dicas sobre como melhorar sua apresentação e como criar

outros tipos de jogos no PowerPoint.

Observação: Para que o quiz se torne ainda mais interativo e para que os estudantes consigam

visualmente ter uma ideia do poderá acontecer nas questões apresentadas, é interessante que

o(a) professor(a) selecione e insira gifs animados e/ou figuras que prenda a atenção dos

estudantes.

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178

APÊNDICE B: Roteiro do Experimento Disco Flutuante

▪ Objetivo: Mostrar a influência do atrito sobre o movimento de um objeto.

▪ Teoria: O Princípio da Inércia, ou Primeira Lei de Newton, diz que "um objeto tende sempre

a manter o seu estado de movimento, este podendo também ser o de repouso, se não houver a

ação de forças externas". E o atrito, ou melhor, as forças de atrito, são na maioria dos casos, as

responsáveis pelo fato de que não se observa comumente um objeto se deslocando

continuamente sem a ação de uma outra força propulsora.

Este experimento serve para mostrar que quando posto em movimento, um objeto desloca-se

por distâncias maiores se são removidas fontes de atrito. Quanto mais fontes se remover, maior

será a distância percorrida. Se removermos todas as fontes de atrito, então é plausível que o

objeto se desloque para sempre.

▪ Material experimental:

Balão de borracha;

Cd inutilizado;

Silicone ou “cola quente”;

Seringa de ml.

▪ Procedimento Experimental: Cole a seringa no cd com o silicone. Depois de seco o conjunto

“seringa + cd”, acople um balão cheio de ar na seringa.

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179

Quando liberado, o ar contido na bexiga deve sair pela parte de baixo do disco (aquela que fica

em contato com a superfície de um piso ou mesa).

Primeiramente use o cd sem o balão acoplado. Através de petelecos, tenta-se pôr o disco em

movimento. Observa-se a distância percorrida, que vai depender da rugosidade das duas

superfícies em contato: a do disco e a da mesa ou piso.

Ao se acoplar o balão, permitir a saída do ar e dando o mesmo peteleco aplicado ao disco,

observa – se o aumento significativo da distância percorrida.

A ideia é explorar este aumento de distância percorrida como uma consequência direta da

diminuição do atrito entre o cd e a superfície da mesa ou do piso, devido à camada de ar que

existe agora entre as duas superfícies.

▪ Considerações: A conclusão a que se deve chegar é a de que o atrito entre cada superfície e o

ar é bem menor que entre as duas superfícies.

No entanto, a inclusão do balão traz uma nova fonte de atrito para o conjunto “balão + cd”, que

é a resistência do ar ao movimento do balão. O fato é que o atrito total do conjunto ainda é

menor que o atrito do disco sozinho.

Roteiro adaptado do link: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec06.htm

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180

APÊNDICE C: Roteiro do Air bag caseiro

▪ Objetivo: simular o mecanismo de funcionamento de um air bag de automóvel.

▪ Teoria: O airbag faz parte do sistema de segurança dos carros e que tem como objetivo de

proteger quem estiver dentro dele durante um impacto. É formado por um dispositivo que

contém azida de sódio (NaN3), acoplado a um balão, que fica no painel do automóvel. Quando

ocorre a desaceleração brusca do carro em uma colisão, por exemplo, sensores instalados no

para-choque do automóvel desencadeiam a produção de uma faísca, que aciona a decomposição

do NaN3.

▪ Material Experimental:

Bicabornato de sódio;

Vinagre;

2 saquinhos: 1 de plástico e 1 a vácuo.

▪ Procedimento experimental: Coloque 3 colheres de chá de bicarbonato de sódio dentro do

saquinho plástico e amarre-o, tirando todo o ar possível. Em seguida, colo o saquinho com

bicarbonato de sódio dentro do saquinho a vácuo e adicione um copo (250 ml) de vinagre. Lacre

– o.

Desfira alguns socos, sem muita intensidade, no saquinho a vácuo. Ocorrerá uma reação

química que inflará o saquinho a vácuo.

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181

BOM TRABALHO! Contato: Email:[email protected] Tel: (92)99300-3014


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