Módulo: METODOLOGIA CIENTÍFICA
Mestrado EDUCAÇÃO E BIBLIOTECAS(2007/09)
Alcina Manuela de Oliveira MartinsDEPARTAMENTO DE C. DA EDUCAÇÃO E DO PATRIMÓNIOUniversidade PORTUCALENSE
BIBLIOGRAFIA ACONSELHADAAzevedo, M. (2000). Teses, relatórios e trabalhos escolares. Sugestões para estruturação da escrita. Lisboa: Universidade Católica Editora. Bell, J. (1997). Como realizar um projecto de investigação. Lisboa: Gradiva.
Bisquera, R. (1989). Métodos de Investigação Educativa: Guia Pratica. Barcelona: CEAC, S. A.
Burgess, R. (1997). A pesquisa de terreno. Oeiras: Celta.
Carvalho, J. (1994). A Metodologia nas Humanidades. Subsídios para o trabalho científico. Mem Martins: Inquérito.
BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA Ceia, C. (1997). Normas para apresentação de trabalhos científicos. 2ª ed. Lisboa:
Presença.
Cervo, A. L. & Bervian, P.A. (1996). Metodologia Cientifica. 4ª ed. São Paulo: Makron Books.
Deshaies, B. (1997). Metodologia da investigação em Ciências Humanas. Lisboa: Instituto Piaget.
Erasmic, T. & Lima, L. (1989). Investigação e Projectos de Desenvolvimento em Educação. Braga: Universidade do Minho
Lima, M. (2000). Inquéritos sociológicos. Problemas de metodologia. 5ª ed. Lisboa: Presença.
.
BIBLIOG. ACONSELHADA
Foddy, W. (1996). Como perguntar: Teoria e prática da construção de perguntas em entrevistas e questionários. Oeiras: Celta Editora.
Ghiglione, R.& Matalon, B. (1992). O inquérito. Oeiras: Celta Editora
Gil, C. (1991). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. S. Paulo: Atlas Editora.
Hill, M. & A. Hill ( 2005). Investigação por questionário. 2 ed. Lisboa:
Sílabo.
BIBLIOG. ACONSELHADA Lessard-Hébert, M. (1996). Pesquisa em Educação. Lisboa: Instituto
Piaget
Quivy, R.& Camenhoudt, L. V. (1998). Manual de investigação em Ciências Sociais. 2ª ed. Lisboa: Gradiva.
Hamel, J., Dufour, S. & Fortin, D. (1993). Case Study Methods. Sage publications.
Tuckman, B. W. (2002). Manual de Investigação em Educação. 2ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
realizar a investigação
formular a pergunta
interpretar resultados
divulgar resultados
Como fazer investigação?METODOLOGIA
METODOLOGIA
Metodologia científica: definição É um conjunto de abordagens, técnicas e processos
utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.
Do ponto de vista da sua etimologia investigar provem do latim in (en) e vestigare (falar, inquirir, indagar…) o que conduz ao conceito mais elementar de “descobrir ou averiguar alguma coisa, explorar”.
Desta forma poder-se-ia considerar um investigador como uma pessoa que se dedica a uma actividade de busca (procura) independentemente da sua metodologia, propósito e importância.
O que é investigar? ☻ Para Minayo (1993, p. 23) a investigação é uma
“actividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma actividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”
Como diz o provérbio Tuaregue “se não souberes para onde queres ir, arriscas-te a levar muito tempo a lá chegar”
O que é investigar?
Segundo Herman (1983, p. 5) a metodologia é um conjunto de directrizes que orientam a investigação científica
O que é investigar?
Para Gil (1999, p. 42) a investigação tem um carácter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objectivo fundamental da investigação é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.
O que é investigar? ☻É acima de tudo: um processo sistemático e honesto, que
procura a verdade contida num problema devidamente delimitado, no qual tem que ser entendido ou corrigido à luz da correcta interpretação de informação relevante, com o fim de contribuir para o progresso e bem estar da humanidade.
O que é investigar? A Investigação é como um bom crime
1….. é um processo premeditado... 2. ...intencional... 3. ...exige análise fria da situação actual... 4. ...escolha fundamentada do melhor método...
O que é investigar?
5. ...requer resultados... 6. ...deve poder ser desmontado... 7. ...requer interpretações 8. ...sai nas notícias.
O que é um mestrando em fase de dissertação?Características primárias.
Um sujeito que conhece os preços de fotocopiadoras domésticas
Um habitué de lojas de fotocópias Um sujeito que tem o telefone particular do dono da
loja de fotocópias Um sujeito capaz de negar uma fotocópia aos seus
próprios filhos para poupar tinta
O que é um mestrando em fase de dissertação ?Características secundárias.
Um sujeito pouco propenso a discutir assuntos importantes da vida
Um sujeito que resmunga enquanto conduz
Um sujeito que não resmunga com o condutor da frente mas com o orientador
Um sujeito que perdeu interesses e se esqueceu de pagar as quotas do clube
Um sujeito que se esqueceu que era casado
Um sujeito que amaldiçoa a hora em que se meteu nisto
- Um sujeito que não sabe em que “isto” é que se meteu
- Um sujeito que não consegue acabar “isto”
PROBLEMAS DE MÉTODO
Quando um investigador sente grandes dificuldades no seu trabalho, as razões são quase sempre de ordem metodológica, no sentido que damos ao termo.
☻ Na investigação social Importa acima de tudo que o investigador seja capaz de conceber um método de trabalho.
E nunca apresentar uma soma de técnicas
☻ É ao conjunto de procedimentos que compõem um projecto de investigação que chamamos MÉTODO
PROBLEMAS DE MÉTODO
Ouvimos então questões como: “não faço a mínima ideia do que hei-de fazer para continuar” ou “tenho muitos dados mas...não sei o que fazer com eles” ou até mesmo “não sei bem por onde começar”.
PROBLEMAS DE MÉTODO
Assim: ☻ É importante não distorcer os dados para confirmar a(s)
hipótese(s) que teimamos em manter
☻ Referir as perspectivas divergentes
☻ Não citar directamente uma obra não consultada ☻ Ter sempre a consciência de que nenhum dado é definitivo. Um
testemunho válido num dado momento deixa de o ser assim que mudam as competências do investigador
☻ O receio de iniciar mal o trabalho pode levar algumas pessoas a andarem às voltas durante bastante tempo,
☻ Uma investigação é, por definição, algo que se procura.
☻ A busca da verdade científica pressupõe uma verificação cuidadosa do objecto de estudo:
☻ Uma crítica séria ☻ E coerência lógica
Conceito de teoria
Uma teoria é uma explicação do como, do porquê e das
condições do funcionamento de um determinado fenómeno.
“Uma teoria é um conjunto de conceitos, definições e
proposições inter-relacionados que representam uma visão
sistemática de um fenómeno através da especificação da
relação entre variáveis, com o propósito de explicar e predizer o
fenómeno” (Kerlinger, 1973).
características da teoria
Modo de articulação dos elementos necessários à compreensão do fenómeno
Estrutura coerente de explicação de um fenómeno
Conhecimento testável sobre um fenómeno
Estrutura transitória de conhecimento
razões para fazer Investigação... 1. Aumentar o conhecimento disponível numa ciência ou
numa prática profissional
2. Aumentar a troca de informação dentro de uma comunidade
3. Fundamentar e questionar as práticas profissionais
razões para fazer Investigação 4. Aumentar o espírito crítico relativamente ao
conhecimento
5. Aumentar o reconhecimento e a credibilidade de uma área científica ou profissão
6. Inovar e promover o desenvolvimento técnico
Etapas da investigação científica1 - Escolha do tema
2 - Planeamento da investigação
Redacção do projecto de investigação
Etapas da investigação científica1 - Escolha do tema
2 - Planeamento da investigação
3 - Recolha e armazenamento de informações (observação, experimentação)
4 - Análise dos resultados, elaboração das conclusões
5 - Divulgação dos resultados
1 - Escolha do tema Confie nas suas ideias Tente não ser excessivamente influenciado. A
investigação é sua. Seja realista sobre o tempo que está disposto a dedicar
ao projecto de investigação.
utilização da Internet
1 - Escolha do tema Pesquisa bibliográfica
levantamento de trabalhos já realizados sobre o mesmo tema, num determinado período - nível geral x nível específico
levantamento dos métodos e técnicas a serem utilizadas na investigação realizada com metodologia específica e utilizando publicações e bases de dados especiais (índices)
(apresentar um alto grau de interesse/satisfação ao investigador).
1 - Escolha do tema O tema escolhido deve
representar uma questão relevante, cujo melhor modo de solução se faz por meio de uma investigação científica
Os dados que a investigação exige podem ser realmente obtidos?
2 - Planeamento da investigação Investigadores, técnicos e suas atribuições no projecto Materiais a serem utilizados: equipamentos, material
de consumo, etc., estão ou serão disponíveis ao longo da investigação?
2 - Planeamento da investigação Como serão recolhidos, armazenados e analisados os
dados: tamanho da amostra, tratamento dos dados, testes estatísticos a serem utilizados.
Cronograma de desenvolvimento: quais as metas atingidas em que momentos ao longo do projecto?
3 - Recolha e armazenamento de informações
Realização de estudos observacionais (aplicação de questionários, estudos de campo, registro de dados exploratórios, etc.)
Realização de estudos experimentais (manipulação das variáveis de estudo, recolha de resultados)
Ao orientador apenas compete sugerir, aconselhar e dar directrizes.
Lembrar que o orientador (a) não é a única pessoa que o pode ajudar.
Como a presença do orientador é uma IMPOSIÇÃO científica, deveremos criar meios que possibilitem esta relação.
A primeira é o professor escolher o aluno, directamente ou por meio de um processo selectivo; a segunda é o aluno escolher o orientador.
A escolha de um bom orientador é fundamental para o sucesso do trabalho científico.
Um bom orientador com um bom aluno é o ideal, um bom orientador com um mau aluno é tolerável, mas um mau orientador com um mau aluno é uma combinação que não funciona.
Assim cabe ao bom professor e ao bom aluno fazerem a selecção mútua de forma adequada.
Não se esqueça que o mesmo orientador pode ser um mau orientador para um aluno e um bom orientador para outro.
EM QUE CONSISTE? ☻ Toda a investigação deve iniciar-se com uma
pergunta de partida, que deve ser enquadrada de forma científica.
☻A pergunta deve ser apresentada de modo claro, lúcido e preciso. Não pode haver resposta clara a uma pergunta obscura
Formular a pergunta de partida
☻ O objectivo do aluno deve ser bem definido, isto é, deve revelar o que deseja investigar especificamente.
☻ É necessário delimitar o tempo e o espaço ☻ Deve-se evitar a formulação de mais de uma pergunta,
já que cada nova pergunta gera novas variáveis, surgindo, daí, o naufrágio da investigação, se o investigador decidir responder a todas num único trabalho.
formular a pergunta de partida
Depois de definido o tema, levanta-se uma questão (Pergunta de Partida) para ser respondida através de uma (ou mais) hipótese(s), que será (ão) confirmada (s) ou negada (s) através do trabalho de investigação.
formular a pergunta de partida
Deve estabelecer uma relação entre duas ou mais variáveis; (Ex: os rapazes têm mais QI(s) superior a 120 do que as raparigas? Está a envolver uma relação entre as variáveis sexo e QI)
☻ Deve se clara e objectiva; ☻ Deve ser formulada em forma de questão (Ex: Há uma relação entre background social e a taxa de abandono escolar? ☻ Deve ser susceptível de solução ☻ Nunca deve referir-se a valores morais ou éticos
formular a pergunta de partida
Critérios para a selecção de uma PP
Praticabilidade: O estudo que quer realizar está dentro dos limites
dos seus recursos e constrangimentos temporais? Tem acesso à amostra necessária e ao número de
elementos requeridos? Há possibilidades de encontrar uma resposta para
a Pergunta de Partida? A metodologia exigida está disponível e é
compreensível?
Critérios para a selecção de uma PP
Amplitude crítica: A Pergunta de Partida tem um alcance e magnitude
suficientes para conseguir o que o motivou? Há variáveis suficientes? E resultados potenciais? Assunto para escrever?
Critérios para a selecção de uma PP
Interesse: Está interessado na área da Pergunta de Partida, na Pergunta de Partida especificamente, na potencial solução?
Está relacionado com a sua experiência anterior? Com a sua carreira? Entusiasma-o? Aprenderá coisas úteis com a sua realização?
Critérios para a selecção de uma PP
Valor teórico: O estudo preenche uma lacuna na literatura? Será a sua importância reconhecida ? Irá contribuir para o avanço do seu campo científico? É viável a sua publicação?
Critérios para a selecção de uma PP
Valor prático: A solução da Pergunta de Partida vai melhorar a
prática na sua área? Estão os técnicos dessa área interessados nos
resultados? A sua prática terá probabilidade de mudar em
consequência deste estudo?
HIPÓTESES
Hipótese é sinónimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tenta responder à Pergunta de Partida levantada no tema escolhido a investigação.
É uma pré-solução para a Pergunta e Partida levantada. O trabalho de investigação, então, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição) levantada.
HIPÓTESES
A HIPÓTESE DE PESQUISA:
a expectativa do investigador, incluindo a expectativa
sobre quais os resultados que serão obtidos.
HIPÓTESES
ex:
os rapazes têm mais força que as raparigas;
para as crianças do 2º ciclo as recompensas físicas (medalhas, t-shirts) são
mais efectivas que o elogio no aumento da performance motora,
enquanto que no 3º ciclo o elogio é mais efectivo.
HIPÓTESES
A HIPÓTESE ESTATÍSTICA:
a relação formal entre variáveis de modo a poder
submetê-la a questionamento estatístico.
a Hipótese Nula H0 a Hipótese Alternativa H1
OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO
Os objectivos de um trabalho devem ser sempre expressos no verbo de acção:
Objectivos Gerais Estão ligados a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com
o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e eventos, quer das ideias estudadas. Deve iniciar com um verbo de acção
Objectivos específicos Apresentam um carácter mais concreto. Têm função intermediária e
instrumental, permitindo por um lado atingir o objectivo geral e, por outro, aplicá-lo a situações particulares.
OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO Exemplos aplicáveis a objectivos: Quando a investigação tem o objectivo de conhecer: Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar,
reconhecer, relatar; Quando a investigação tem o objectivo de compreender: Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar,
discutir, interpretar, localizar, reafirmar; Quando a investigação tem o objectivo de aplicar: Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar,
seleccionar, traçar, optimizar, melhorar;
OS OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO Quando a investigação tem o objectivo de analisar: Comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar,
investigar, provar, ensaiar, medir, testar, experimentar; Quando a investigação tem o objectivo de sintetizar: Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular,
produzir, propor, reunir, sintetizar Quando a investigação tem o objectivo de avaliar: Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar,
medir, seleccionar
Exemplo TEMA: Abandono escolar (estudo de caso na escola Y) Pergunta de Partida Na sociedade pós-moderna, onde a educação é a base da
integração no mundo global o que leva o aluno a abandonar a escola?
Hip. 1 – O abandono da escola é de natureza intrínseca ao aluno;
Hip. 2 – Os alunos abandonam a escola por razões inerentes ao curriculum;
Hip. 3 – Os alunos abandonam a escola por razões inerentes à transição sócio-geográfica.
Objectivo Geral
Tentar compreender o porquê da existência de uma significativa taxa de abandono escolar na escola y
Objectivos específicos Realizar uma abordagem por geração, no sentido de
acompanhar o percurso escolar dos alunos inscritos num determinado ano
Verificar a taxa de abandonos e a taxa de sucessos, tentando simultaneamente caracterizar o perfil do aluno em cada uma destas características de análise;
TEMA As Bibliotecas escolares
Pergunta de Partida Os recursos humanos e materiais das bibliotecas
escolares têm impacto nas atitudes dos alunos face à leitura e nos resultados obtidos em testes de aferição?
Pergunta de Partida
Em que aspecto podem as Bibliotecas escolares apoiar a aprendizagem dos alunos?
Pergunta de Partida De que formas estão as bibliotecas escolares a lidar
com as múltiplas faces da literacia no mundo contemporâneo?
Pergunta de Partida A formação dos alunos como efectivos utilizadores de
recursos de informação está a ser incluida nos programas e planos de actividades das bibliotecas escolares?
Pergunta de Partida Os professores bibliotecários deveriam ser
especificamente formados nas áreas de gestão e liderança de políticas de literacia, em estreita colaboração com as comunidades educativas?
Pergunta de Partida Como podem as bibliotecas apoiar a Escola nas suas
tarefas de promoção da inclusão social?
Pergunta de Partida Como rentabilizar/optimizar os recursos da biblioteca
escolar, com especial ênfase da internet, através da pesquisa, visando a construção do conhecimento nas escolas do 2º e 3º ciclos dos concelhos de Vila Nova de Paiva e Sátão?
Hipóteses Hip. 1 – Estas bibliotecas apresentam condições fisicas
e humanas satisfatórias para os alunos e professores que as frequentam
Hip. 2 – Existe uma perfeita articualção entre os recursos educativos, a pesquisa escolar e o conhecimento.
Objectivo Geral:
Valorizar/rentabilizar a integração dos recursos da biblioteca, visando a dinamização da pesquisa escolar como o meio privilegiado para a construção do conhecimento nas escolas dos 2º e 3º ciclos dos concelhos de Vila Nova de paiva e Sátão.
Objectivos Específicos Reflectir na importãncia que a biblioteca escolar poderá
assumir na diversificação de estratégias e meios de apoiar o processo ensino-aprendizagem;
Verificar das condições de uso das bibliotecas pelos alunos e professores
Detectar o processo em que decorre a pesquisa escolar.
TÍTULO O(s) lidere(s)/gestor(es) escolares e o desenvolvimento/construção
do clima e cultura organizacionais - que papel? (Estudo de caso)
Pergunta de Partida O grau de satisfação e bem-estar dos diferentes actores educativos é
um factor importante na construção de um clima de interajuda e corresponsabilização nos Estabelecimentos de Ensino?
HIPÓTESES Hip. 1 – Um estilo de liderança transformacional promove o
desenvolvimento de um clima de satisfação e bem-estar; Hip. 2 – Um clima de liderança transformacional permite o
desenvolvimento de uma cultura de participação; Hip. 3 – Um estilo de liderança transformacional permite o
desenvolvimento de uma cultura de interajuda e corresponsabilização.
OBJECTIVO GERAL Saber até que ponto existe ou não um clima de
interajuda e corrresponsabilização com o grau de satisfação/insatisfação entre os diferentes actores educativos
Objectivos Específicos
Identificar as razões que pesam nas decisões dos professores e funcionários de permanecerem ou não no Estabelecimento de Ensino;
Conhecer as diferenças entre os níveis e tipos de participação dos diferentes actores educativos;
Verificar a relação entre o estilo de liderança d(s) director(es)/gestor(es) e o clima e cultura organizacionais evidenciados
GULA LIVRESCA A “gula livresca” ou estatística consiste: Em “encher a cabeça” com uma grande quantidade de livros, artigos ou
dados numéricos, esperando encontrar aí a luz que permitirá precisar correctamente e de forma satisfatória o objectivo e o tema do trabalho que se deseja efectuar.
☻O excesso de leituras mal direccionadas resulta numa abundância de dados recolhidos que depois não são utilizados
GULA LIVRESCA Deve-se então seleccionar as leituras de forma criteriosa.
Por outras palavras, ao planear uma investigação, precisamos de encontrar e ler a literatura mais relevante.
☻ É preferível ler de modo aprofundado e crítico alguns textos bem escolhidos do que ler superficialmente milhares de páginas.
☻ Na escolha da bibliografia deve-se escolher a edição mais recente
Devem constar do Levantamento Bibliográfico, prioritariamente, livros, teses, monografias e artigos de periódicos científicos encontrados nas bibliotecas
☻ Devemos regularmente fazer alguns intervalos para reflectir e trocar opiniões com outras pessoas
GULA LIVRESCA
EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS APA (AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATIN)
1) Livro de um único autor Pais, José (2001). Ganchos, tachos e biscates: Jovens,
trabalho e futuro .Porto: Âmbar.
EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS Até seis autores:
Costa, Mário; Martins, Vitorino; Magalhães, Teresa; Nóvoa, António; Reis, João & Medeiros, Bernardo (1999).O mito da neutralidade científica. Lisboa: Imago.
Mais de seis autores: Bairrão, João et. al. (1998). Os alunos com Necessidades Educativas Especiais:
subsídios para o sistema de Educação. Lisboa: Conselho Nacional de Educação. (et. al.) = (e outros)
EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS 2) Livro Organizado por ... Nóvoa, António & Popkewitz, T. (Org.). (1992). Reformas
educativas e Formação de Professores. Lisboa: Educa.
Silva, Augusto. & Pinto, José (Org.). (1999). Metodologia das
Ciências Sociais. 10ª ed. Porto: Afrontamento.
EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMASFerreira, Virgínia (1999). O inquérito por questionário na
construção de dados sociológicos. In Augusto Silva & José Pinto (Org.). Metodologia das Ciências Sociais. 10ª ed. (pp.166-196). Porto: Afrontamento..
Machado, Carlos (2002). Abuso sexual de crianças In Carlos Machado & Rui Machado (Coord.). Violência e vítimas de crime (pp. 41-93). Coimbra: Quarteto.
.
Garcia, Carlos. (1992). A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In António Nóvoa (ed.). Os professores e a sua formação (pp. 23-45). Lisboa: D. Quixote.
3) Capítulo ou artigo, traduzido para a língua portuguesa, de uma série de múltiplos volumes.
Bausola, Alberto (1999). O Pragmatismo (A. P.
Capovilla, Trad.). In S. Vanni Rovighi (Org.). História da Filosofia Contemporânea. Do século XIX à Neoescolástica (Vol. 8, pp. 459-471). São Paulo: Loyola. (Original publicado em 1980).
EXEMPLOS DE CITAÇÃO DAS NORMAS 4) Livro Traduzido para Português Bourdieu, Pierre (2004). Para uma sociologia da
ciência (P. E. Duarte, Trad.).Lisboa: Edições 70. (Original publicado em 2001)
5) Texto Publicado em Enciclopédia
Stroll, Antonny (1990). Epistemology. In The new encyclopedia Britannica (Vol.18,pp.466-488). Chicago: Encyclopedia Britannica.
6) Trabalho apresentado em Congresso, mas não-publicado
Massimi, Marina (2000, Outubro). Identidade, tempo e profecia na visão de Padre
Antônio Vieira. Trabalho apresentado na XXX Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia. Brasília. Brasil.
7) Trabalho apresentado em Congresso com resumo publicado em Anais
Pantano, António (1997). Epistemología, Historia y Psicología [Resumo]. Em Sociedade Interamericana de Psicologia (Org.). Resumos/Abstracts, XXVI Congresso Interamericano de Psicologia (p. 85). São Paulo: SIP.
8)Trabalho apresentado em Congresso e publicado em Anais
Campos, Rodolfo & Lourenço, Eduardo (1998). Psicologia da criança e direitos humanos no pensamento do Instituto Jean-Jacques Rousseau – Genebra –1912-1940. In Faculdade de Educação da UFMG (Org.), Anais, V Encontro de Pesquisa da FAE (pp. 154-166). Belo Horizonte: Faculdade de Educação da UFMG.
9) Teses ou Dissertações não-publicadas
Correia, Fernanda (2004). Inclusão de alunos com deficiência mental na escola regular: que obstáculos? Porto: Universidade Portucalense (Dissert. de Mestrado policop.).
10) Obra Antiga e Reeditada em Data Posterior
Descartes, René (1989). Les passions de l'âme. Em F. Alquié (org.), Oeuvres philosophiques de Descartes. Tome III (pp. 939-1103). Paris:
Bordas. (Original publicado em 1649).
11- Autoria Institucional
American Psychological Association (1994). Publication manual.4ªed. Washington: Autor.
Obras consultadas em Indexadores Electrónicos.
Tedesco, João (1999). O novo pacto educativo. Educação, competitividade e cidadania na sociedade moderna [consulta 10 Fevereiro 2007]. Disponível em: <http://www. fbc. binghamton. edu/iwtrajers.html>.
PERIÓDICOS
12) Artigo de Revista Científica
Themudo, Marina (2004). Da letra e do número: sobre o ensino da língua e da matemática. Revista Lusófona de Educação, 3, 13-22.
13) Artigo de Revista Científica ordenada por Fascículo
Citar, como no caso anterior, e acrescentando o número do fascículo, entre parênteses, sem sublinhar, imediatamente após o número do volume:
Dunaway, Dinnis (1991). The oral biography. Biography, 14 (3), 256-266.
14) Artigo de Revista Científica no Prelo
No lugar da data, indicar que o artigo está no prelo. Não referir data, volume, fascículo ou páginas até que o artigo seja publicado. No texto, citar o artigo indicando, entre parênteses, que está no prelo.
15) Comunicação Pessoal Carta, mensagem electrónica, conversa
telefónica ou pessoal podem ser citadas, mas apenas no texto, apresentando as iniciais e o apelido do emissor e a data completa. Não inclua nas referências.
16) Web Site ou Homepage: Para citar um Web Site ou Homepage na íntegra, incluir
o endereço no texto. Não é necessário listá-lo nas Referências. Exemplo: www.uid-opece.net
Tedesco, João (1999). O novo pacto educativo.
Educação, competitividade e cidadania na sociedade moderna [consulta em 10/02/2007]. Disponível em: <http://www. fbc. binghamton. edu/iwtrajers.html>.
17) Artigos Consultados em Indexadores Electrónicos
Mello Neto. (2000). A psicologia social nos tempos de S. Freud. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Agosto
2000, 16 (2), 145-152. [ consulta em 28/06/2001, do SciELO (Scientific Eletronic Library Online)] Disponível em: <http://www.scielo.br/ptp .
18) Resumos Consultados em Indexadores Electrónicos
Fornari, António (1999). Las experiencias de pasividad como desafío a la razón[Resumo]. Cadernos de Psicologia, 9 (1). [consulta em 28/06/2000]
Disponível em: <http://www .psi.fafich.ufmg.br/cadernos/volume 9.htm.
FICHAS DE LEITURA A fichagem pressupõe todo o trabalho realizado no
sentido de encontrar o tema de investigação assim como as fontes/bibliografia iniciais que permitam fazer desde logo um balanço prospectivo.
A memória humana é limitada. Alguém que, durante uma investigação de 1 ou 2 anos leia
algumas dezenas de artigos de periódicos, livros, monografias, teses, etc. certamente não será capaz de se lembrar em qual trecho de um texto estava a informação.
FICHAS DE LEITURA Na verdade, esta pessoa provavelmente esqueceria
muitas informações importantes se não as registrasse.
Mas fazer anotações sem método também pode não resolver o problema
FICHAS DE LEITURA
É preciso organização, pois de nada adianta fazer anotações se no momento de redigir a não se souber onde elas estão.
A fichagem é uma técnica de investigação que permite a organização de uma grande quantidade de informação que, de outra forma, seria muito mais difícil de manusear.
FICHAS DE LEITURA As fichas bibliográficas A ficha bibliográfica é fundamental e deve ser elaborada
logo que iniciamos uma consulta. Acontece com demasiada frequência passar-se uma tarde a transcrever ou a resumir uma obra sem nos lembrarmos do autor. Só mais tarde, nos damos conta que uma obra não identificada é uma obra perdida
FICHAS DE LEITURA O ficheiro por autores não deve nunca ser preterido. É o
elemento sem o qual não podemos trabalhar.
As fichas por autor dividem-se em fichas de livros e fichas de artigos
As fichas bibliográficas
EXEMPLO Pedro, A. (2002).
Percursos de uma educação em valores em Portugal: influências e estratégias. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Fichagem ideográfica Este tipo de fichas constitui a ferramenta com a qual
elaboramos o trabalho. Nela registamos os vários elementos que mais tarde conduzirão à redacção.
Cada estudante deve saber o que pretende das suas leituras. Mas a título de exemplo podemos mencionar os seguintes aspectos:
Fichagem ideográfica 1) Citação integral de um excerto que considere importante. Neste caso, todo o cuidado é pouco. Não deve haver falhas 2) Resumo de um parágrafo, capítulo, etc. 3) Anotação de ideias sugeridas pela leitura. Além disso, não menos importante é anotar sempre a página ou
páginas objecto da nossa atenção. Ficha não paginada é uma ficha inutilizada, em termos de citação.
Fichagem ideográfica Outro cuidado é a remissão da referida ficha para a obra
onde foi retirada.
Pode ainda fazer-se a ficha através da cola e tesoura
MEIOS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
Artigo científico ☻ Os Artigos são comunicações escritas, publicadas em revistas
especializadas, com o objectivo de divulgar junto à comunidade científica os resultados, ainda que parciais, de investigações numa área específica.
☻ Os artigos não costumam ser muito extensos, variando entre as 10 e as 30 páginas, no máximo.
☻ Quem define o tamanho máximo de um artigo e a sua formatação básica é a revista na qual ele será publicado
Escrever um artigo A Bibliografia Aplique um sistema normalizado de referenciação (APA).
Seleccione a bibliografia que referenciará no texto do artigo, a partir de critérios de eficácia.
Utilize preferencialmente estudos recentes, seleccionados com ponderação.
Escrever um artigo Utilize as referências para sustentar as suas afirmações
ou opções metodológicas.
Considere a sua lista de bibliografia a partir da posição teórica que adopta.
Remeta o leitor para obras básicas sempre que necessário, sem perder tempo em descrevê-las.
Escrever um artigoPadrões éticos O autor ou autores são responsáveis pelo seu trabalho,
para o bem e para o mal.
Todos os dados e resultados correspondem à verdade. Não são fabricados dados.
Os erros detectados devem ser prontamente corrigidos.
Escrever um artigo É absolutamente interdito o plágio. Plágio refere-se
à cópia de partes de trabalhos de outros autores, mesmo que estes sejam citados ocasionalmente.
A ordem de autoria reflecte exactamente o papel de cada autor na pesquisa e não a hierarquia da relação entre autores.
Escrever um artigo Como avaliar a qualidade de um artigo ? - O assunto é enquadrável na linha editorial do periódico ? - O estudo está bem fundamentado e utiliza bibliografia
credível ? - O objectivo e hipóteses são claros ? Não existe
ambiguidade teórica e conceptual ?
Escrever um artigo A Metodologia é clara e exaustiva ? - Os resultados são claramente apresentados e a
estatística usada é adequada ? - A Discussão é suficiente, sólida e não especulativa ? - O artigo não se dispersa para além do essencial ? - As normas adoptadas foram integralmente cumpridas ?
Escrever um artigo A Discussão dos Resultados Discutir os resultados é essencialmente compará-los com as
expectativas (hipóteses) iniciais.
Contudo, a discussão exige interpretação e, tanto quanto possível, inferência.
A reflexão teórica (contributos para o aperfeiçoamento ou delimitação da teoria) é desejável.
Escrever um artigo Se a apresentação de resultados for seguida de uma discussão
muito restrita pode optar por agregar os
Resultados e Discussão. Seja claro na Discussão, apresentando as suas principais
descobertas no início deste capítulo. Compare as suas interpretações com as de outros autores,
referenciando as contradições ou concordâncias mais significativas.
Evite especulação não fundamentada sobre os seus resultados.
Os Resultados Descreva inicialmente os principais resultados. Apresente dados suficientes para suportar
interpretações e conclusões, mesmo aqueles que não tenham sido previstos (contra hipóteses).
Subdivida os resultados se assim for mais clara a sua apresentação.
Use tabelas e figuras (gráficos) sóbrios, bem legíveis e totalmente explicitados em texto e legendas.
Não abuse dos gráficos nem das tabelas. Nem toda a informação tem de ser apresentada graficamente. Evite redundância entre gráficos e tabelas, e repetição de dados.
Todas as tabelas e gráficos serão referenciados no texto.
Apresente estatísticas descritivas coerentes e complementares (ex: média e desvio-padrão).
Adopte procedimentos de apresentação de estatísticas dedutivas muito claros (poder estatístico, Significado estatístico, etc.).
APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO
☻ Não há uma norma rígida que defina exactamente como um trabalho deve ser formatado na Universidade. Em geral, cada Universidade, cada curso, define a forma como deseja receber os seus trabalhos.
☻ Todavia, há algumas normas ditadas pelo bom senso e bastante utilizadas: Papel: A4 (21cmX29,7cm) Margens: 2.5 cm na margem superior 2.5 cm na margem inferior 2.5 cm na margem direita 3 cm na margem da esquerda
APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO
☻Processamento de texto
Times New Roman ou Arial
☻ Tamanho da letra: 12 ☻A mancha do texto deve ser processada a espaço de 1,5.
Em citações longas, deve utilizar-se um corpo de letra 10 e um entrelinhamento de 1 espaço.
APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO
☻ Títulos e tópicos do texto: Devem ser colocados em negrito e maiúsculas no início,
alinhados à esquerda da página e com uma distância de duas linhas simples antes do texto
Os capítulos são numerados com algarismos árabes no seguimento de orientações da União Europeia.
☻ Alinhamento do texto: Justificado
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Lembre-se sempre que para seu trabalho existem três tipos de leitores:
O leitor rápido, o leitor que acredita no que escreveu e o leitor que quer “ saber”, aprender.
Em termos de estrutura e organização do trabalho, siga as normas da redacção científica.
É melhor não inovar na apresentação do trabalho. Não perca tempo com formatações eternas.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Evite muitos níveis de um capítulo ou ponto (ex. 10. 2.4.3)
pois torna difícil a orientação em relação ao conjunto. Se o texto de um capítulo ou ponto for muito longo, pode-
se introduzir títulos sem números ou numerações com a). Não se esqueça que os títulos indicam o conteúdo de um
capítulo ou ponto e devem ser curtos e objectivos. Faça parágrafos curtos e evite frases longas. A
introdução, assim como a conclusão é a parte mais importante do seu trabalho no plano retórico
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO As pessoas lêem primeiro (estes 2 pontos) e decidem se
querem ler o resto. O leitor deve ver o que contém o trabalho em termos da questão, da linguagem utilizada (conceitos, definições), a estratégia (metodologia e sua estruturação).
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
A paginação pode ser colocada nos cantos da direita, superior ou inferior, ou no centro. Todavia, defende-se que a numeração das páginas se faça no canto inferior direito.
Ter em atenção que as páginas brancas e as que iniciam as partes principais não são paginadas mas deverão ser contadas na sequência da numeração e aparecem no índice geral.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
A capa de um trabalho científico contém a estrutura física do documento. Embora o investigador tenha liberdade de aí colocar o design que desejar, esta não deve ser demasiado exuberante e deve transmitir uma estreita relação com o tema em análise.
Deste modo, a capa deverá identificar o nome do autor, o título do trabalho, a Universidade, o local e a data da sua realização.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
A folha de rosto, apresenta a informação mais completa, contendo um maior número de dados identificativos que a capa, surgindo aqui, para além do inserido na capa, o nome do módulo para que se está a realizar o trabalho, bem como o nome do professor.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
DISSERTAÇÃO Entre a capa e a folha de rosto, deverá existir uma folha em branco Agradecimentos Segue-se (numa folha) o resumo e as respectivas palavras -chave Depois (em outra folha) o abstract e as respectivas Key-words Dedicatória (opcional) (numa folha) Uma frase ou um pensamento que nos marcou (opcional) (numa folha) Siglas e Abreviaturas (numa folha) Sumário (revela a estrutura em que o trabalho está organizado e é apresentado no início) INTRODUÇÃO O TEXTO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
ARTIGO CIENTÍFICO (Simples) Entre a capa e a folha de rosto, deverá existir uma folha em branco Sumário Segue-se o resumo e as respectivas palavras- chave, o abstract e as
respectivas Key-Words (em letra tamanho 10, a espaço simples) Logo seguida da INTRODUÇÃO (antecedida por dois espaços e já a letra em
tamanho 12 e espaço de 1,5) TEXTO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
O resumo é obrigatório e consiste na apresentação abreviada e precisa do conteúdo do trabalho sem crítica. Tem como objectivo apresentar uma síntese de todo o trabalho, destacando os pontos essenciais que são abordados (é uma “mini-versão” de todo o trabalho).
Depois da realização do resumo, na mesma página, escrevem-se as palavras chave (palavras fundamentais na realização do trabalho, em número de 5). São palavras que direccionam a investigação e que podem ser cruzadas no âmbito do trabalho. Devem ser escolhidas com bastante critério de forma a ajudar nas buscas futuras por interessados no assunto.
Numa outra folha, apresenta-se o abstract e respectivas Key-words
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Em geral o RESUMO é o último item a ser escrito. É no entanto a parte mais importante de um artigo científico.
Não pode nem deve explicar as partes do trabalho (isso é para a introdução)
A dedicatória (opcional) é normalmente dirigida a alguém muito querido e que teve alguma relação com o trabalho. Deve ser simples e discreta
A frase ou um pensamento que nos marcou (opcional), deve igualmente ter uma relação com o trabalho que estamos a realizar
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Siglas e Abreviaturas. A sigla é um grupo de letras usado para substituir palavras inteiras. A abreviatura é a redução duma palavra a uma forma mais breve.
Ambas devem ser incluídas numa lista por ordem alfabética. As siglas escrevem-se com letras maiúsculas. Ex: ME = Ministério da Educação. DGES = Direcção Geral do Ensino Superior NEE= Necessidades Educativas Especiais
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
As abreviaturas, que consistem na redução de um palavra, escrevem-se em letra minúscula.
Ex: ed. = edição fig. = figura p. = página pp.= páginas s.d. = em data vol. = volume O texto (ou corpo do trabalho) Consideram-se elementos do texto a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão. Estas partes devem estar em completa interligação umas com as outras, pois
representam o núcleo central do trabalho
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
A redacção do trabalho deve obedecer aos seguintes critérios: Clareza: o texto deve ser escrito para ser compreendido pelos outros; Concisão: o texto deve dizer o máximo no menor número possível de palavras, Correcção: Deve ser escrito correctamente conforme as regras de concordância
previstas; Encadeamento: as frases, os parágrafos, os capítulos devem ser encadeados de
forma lógica e harmoniosa; Consistência: o texto deve usar os verbos nos mesmos tempos; Precisão: o texto deve evitar o uso de termos ambíguos; Originalidade: o texto deve evitar o uso de frases feitas ou lugares, comuns. Deve ser
autónomo e apresentar ideias novas; Fidelidade: o texto deve respeitar o objecto de estudo, as fontes empregadas e o
leitor.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
O aluno pode apresentar os assuntos em partes, capítulos, etc., segundo as suas opções
As partes e os capítulos deverão, dentro do possível, ser proporcionais entre si. Embora possam não ter exactamente o mesmo número de páginas, deve haver uma preocupação neste sentido, sobretudo quando a importância dos assuntos desenvolvidos é idêntica.
No caso do relatório ou artigo, o aluno poderá apresentar o trabalho apenas por pontos.
As figuras serão numeradas de forma sequencial independente do número do Capítulo ou subtítulo a que pertencem. E a legenda será colocada acima das figuras
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
As tabelas e os quadros serão numeradas de forma sequencial independente do número do Capítulo ou subtítulo a que pertencem. E a legenda será colocada acima da Tabela e do quadro.
Por sua vez, a referência bibliográfica deverá estar localizada logo abaixo do quadro, tabela ou figura, usando-se a palavra “fonte”:
A paginação com numeração árabe inicia-se na 2ª folha da introdução. Todas as outras anteriores não terão o número digitado, e por isso não aparecerá.
EXEMPLOS: Figura1: Pensar Educação
Fonte: Arquivo Privado
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Gráfico1: ………………..
0
20
40
60
80
100
1°Trim.
2°Trim.
3°Trim.
4°Trim.
Este
Oeste
Norte
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
NA INTRODUÇÃO DEVE CONSTAR, de forma sucinta, os principais aspectos a serem desenvolvidos no trabalho, tais como:
O tema da investigação A formulação da pergunta de partida A (s) hipótese(s) Objectivos Metodologia Estrutura do trabalho
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
O TEMA Deverá contextualizar, abordando o tema de forma a identificar os
motivos que o levaram a escolher a sua dissertação A investigação científica depende da formulação adequada da
pergunta de partida
O aluno terá que, fundamentadamente explicitar a sua reflexão sobre a problemática da investigação, apresentando a sua teoria (hipótese (s)) da resposta à PERGUNTA DE PARTIDA
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
O aluno terá que, fundamentadamente explicitar a sua reflexão sobre a problemática da investigação, apresentando a sua teoria (hipótese (s)) da resposta à PERGUNTA DE PARTIDA
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
OBJECTIVOS Indique muito genericamente os objectivos a alcançar
METODOLOGIA Inclui a descrição dos sujeitos, dos processos da sua selecção, dos métodos utilizados
para manipular ou medir cada uma das variáveis e dos procedimentos seguidos da investigação (tudo isto escrito de forma muito sumária uma vez que vai desenvolver o assunto em lugar próprio).
No final da Introdução o aluno deverá apresentar a "estrutura do trabalho" por Partes e/ ou Capítulos (ou pontos), descrevendo sucintamente os assuntos que serão abordados nas diversas partes constitutivas do trabalho.
Como sugestão, considera-se que a Introdução deverá conter mais de 5 ou 7 páginas
4 - Análise dos resultados, elaboração das conclusões
Dois tipos de dados e análises: Qualitativos Quantitativos
Classificação, codificação e tabulação dos resultados.
Nas técnicas e recolhas de dados, estão associados instrumentos que permitem o registo de dados.
Aqui encontramos o INQUÉRITO através de ENTREVISTA ou por QUESTIONÁRIO
.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO Apresentar a síntese interpretativa dos principais argumentos usados, onde será mostrado se os objectivos foram atingidos e se a(s) hipótese(s) foi (foram) confirmada(s) ou rejeitada(s)
Conclusões pessoais que acredita ter criado. A conclusão deve ser breve, exacta e convincente
CONCLUSÃO Desenvolve, apresenta a descrição,
análise, sistematização, explicitação dos assuntos – objecto de estudo – com vista a responder às interrogações e aos objectivos previamente postos pelo problema na Introdução.
Falará da(s) sua(s) hipótese(s), que o irá(ão) ajudar à consciencialização da reflexão e do discurso próprio.
A(s) hipótese(s) terá(ão) que ser comprovada(s) no decorrer da investigação.
A formulação da(s) hipótese(s) exige argúcia e espírito crítico. Obriga quem investiga a estabelecer relações e a formular teorias que terá que comprovar
Deverá elaborar a definição do tipo de investigação, a amostragem, os instrumentos da recolha de dados e a forma como pretende analisar os dados
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Elementos PÓS-TEXTUAIS Entram nos elementos posteriores ao texto: a bibliografia,
apêndice, anexos e índice geral. A bibliografia é uma lista que contém os elementos descritivos
dos documentos consultados de modo a permitir a sua identificação e posterior consulta de livros.
São, portanto, os livros utilizados, revistas, enciclopédias, colectâneas, etc.
A bibliografia é colocada a seguir à conclusão e ordenada alfabeticamente.
O autor deverá colocar somente as publicações que foram efectivamente referenciadas no texto contido no trabalho.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Os anexos são documentos auxiliares que servem de fundamento à elaboração do trabalho. São documentos ou fontes inéditas, documentos que não fazem parte directamente do texto, mas que completam a sua fundamentação teórica.
Estes elementos são colocados a seguir à bibliografia, antes do índice geral, quando este for colocado no final do trabalho.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Citações formais e citações conceptuais Todo o trabalho científico não pode passar sem o registo
das fontes consultadas. Tudo o que não for texto seu deve vir entre aspas
(acompanhado da devida referência no sistema autor-data-página).
As citações formais (ou citações puras) são transcrições literais de frases ou fontes utilizadas. Têm a função de consolidar as opiniões ou afirmações do autor, apoiando-se em outros autores.
Quando são breves, não ultrapassando as três linhas, serão inseridas no próprio texto, abrindo e encerrando com aspas:
EX: A propósito das cidades e das encruzilhadas da exclusão,
Carvalho (1999, p. 13) refere que “vivemos numa época de urbanização crescente, exponencial até. (...) A “aldeia global” é, de facto, uma cidade global”.
Quando as citações forem demasiado extensas, devem ser destacadas do texto mediante afastamento da margem, redução do tamanho da letra (tamanho 10) e dos espaços (espaços simples)
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Ex: vivemos numa época de urbanização crescente,
exponencial até. Sentimo-lo no nosso quotidiano através das nossas experiências de vida pessoais, através dos apelos que nos são constantemente dirigidos e através dos números das estatísticas que nos interpelam. A “aldeia global” é, de facto, uma cidade global-
A propósito …………….
As citações conceptuais reproduzem as ideias dos outros autores por palavras próprias e diferentes.
Mesmo que não se trate de citações formais, é bom que, ao longo do texto, sejam feitas referências aos autores de onde foram retiradas as ideias ou informações que estão a ser apresentadas. Caso estes cuidados não sejam tomados, o trabalho será considerado um plágio.
A diminuição da mão-de-obra disponível nos centros urbanos, trouxe consigo o aumento dos salários, a deslocação dos camponeses para as cidades e, consequentemente, uma quebra da produção rural (Marques, 1987). Esta situação ...
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Se pretendermos eliminar palavras ou frases, deve-se usar em substituição reticências (...)
♦ Quando se cita o mesmo autor e obra mais do que uma vez, usam-se as abreviaturas Idem e Ibidem
Idem= mesmo autor, mesma obra e p. diferente Ibidem= mesmo autor, mesma obra e mesma p.
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Quando está a trabalhar com a norma Internacional e em texto corrido o mesmo autor tem mais do que uma obra publicada no mesmo ano faz-se a seguinte referência
ex: (Teodoro, 1994a, p. 15) (Teodoro, 1994b, p. 20) e na Bibliografia final saberemos
a que obra se refere a letra a e a letra b
ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO
Citação de Citação: É a citação feita por outro autor Ex:
O imperador Napoleão Bonaparte ( 1786, cit. por Loi, 1998, p. 35) dizia que “as mulheres nada mais são do que máquinas de fazer filhos”
Preliminares sobre a dissertação
A dissertação de mestrado é para muitas pessoas
o maior manuscrito que jamais escreveram.
Por isso, a tarefa aparece muitas vezes como transcendental ou mesmo inatingível.
Ninguém escreve a dissertação de uma vez...
Preliminares sobre a dissertação
Desdobre a tarefa num conjunto de tarefas, todas
pequenas e realizáveis, e inicie as que pensa estar em
condições de começar.
A escrita da dissertação inicia-se com o projecto
Como preparar uma dissertaçãoEnquanto mestrando: - certifique-se de que tem tempo - defina o seu próprio timing - prepare-se para passar muito tempo sentado
Como preparar uma dissertação escolha um orientador compatível consigo prepare antecipadamente todas as cooperações de
que previsivelmente vai necessitar garanta o contacto e o acesso às amostras prepare o contacto com instituições envolvidas
Como preparar uma dissertação evite conflitos com o orientador: seja sempre
frontal não dê passos (mesmo que lhe pareçam correctos)
sem o acordo do orientador exija o tempo e atenção a que tem direito
Como preparar uma dissertação Sobre o problema: - escolha um problema que lhe suscite interesse - não escolha problemas muito inovadores nem demasiado
explorados - escolha um problema compatível com o seu conhecimento
anterior - escolha um tema compatível com as suas competências
técnicas (instrumentais, estatísticas, etc) -
Como preparar uma dissertação
- delimite bem o seu problema - delimite bem o que não vai estudar
Como preparar uma dissertação gaste tempo com o problema antes de começar, e
evite alterações posteriores certifique-se de que dispõe dos meios para realizar
a dissertação (instrumentação,amostra, software, etc)
será útil compartilhar o problema com outros colegas
Como preparar uma dissertação garanta que o problema é suficientemente dominado
pelo seu orientador escreva o seu problema e discuta-o abundantemente garanta que o seu problema já foi considerado por
autores reconhecíveis desconfie sistematicamente de ideias muito originais faça pesquisa sobre o seu problema, antes de se
decidir pela sua escolha
Como preparar uma dissertação Sobre a metodologia: uma metodologia é uma maneira de aceder ao
problema, não uma complicação cuidado com a amostra: certifique-se da acessibilidade
e prepare tudo com antecedência dimensione bem a amostra (prepare expurgos, preveja
a perda de amostra)
Como preparar uma dissertação escreva a metodologia: escreva também as opções a
considerar - identifique rigorosamente as variáveis: defina a sua
posição no design experimental
Como preparar uma dissertação - prepare antecipadamente todas as situações de
recolha de dados - prepare situações alternativas para os pontos mais
críticos do seu trabalho
Como preparar uma dissertação (5) Sobre o tratamento de dados:
- a estatística é uma ferramenta, não um fim em si próprio - o tratamento dos dados dirige-se para o problema
colocado e não para aspectos acessórios
- os resultados são o que são e não o que queríamos que fossem
-esprema os números até eles falarem
Como preparar uma dissertação prepare quadros e tabelas que facilitem a leitura dos
resultados
- um gráfico é um recurso de argumentação: seja criativo mas rigoroso
- use a estatística essencial para aspectos essenciais
Como preparar uma dissertação Sobre a bibliografia:
seja absolutamente rigoroso na apresentação da bibliografia
Utilize sempre a APA - não utilize bibliografia redundante ou pouco credível
Como preparar uma dissertação
os autores fundamentais e as obras fundamentais sobre o problema são obrigatórios
utilize bibliografia recente sempre que possível
seja parcimonioso na utilização de bibliografia
confira a bibliografia referenciada no corpo do trabalho
Como preparar uma dissertação Um projecto é um instrumento de persuasão,
desenhado para ser útil.
Não é possível construir uma casa sem um projecto
Não é possível fazer uma tese sem um projecto
Um projecto de pesquisa é um documento que vai ser lido, eventualmente debatido, e utilizado por si ao longo da dissertação.
Não é um documento inútil, feito à pressa para cumprir uma formalidade burocrática.
O que é que um projecto deve dizer ?
( imagine que o projecto não é seu )
O que está a ler é suficientemente interessante para perder tempo a lê-lo ?
depois de o ler ficou completamente esclarecido ?
está escrito de forma atraente e clara ?
sente curiosidade pelos resultados do estudo em perspectiva ?
detectou uma coerência e estrutura interna no projecto ?
A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA A investigação empírica é uma investigação em
que se fazem observações para compreender melhor o fenómeno a estudar
A investigação empírica em Ciências Sociais é utilizada para construir explicações ou teorias mais adequadas
A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA A investigação Empírica compreende os seguintes aspectos :
Tem como objectivo contribuir para o enriquecimento do conhecimento na área em que se escolheu fazer a investigação;
Precisa de escolhas em termos do tema e em termos de hipóteses específicas a testar.
A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA
Obriga a um planeamento dos métodos de recolha de dados;
Precisa que se pense adiante para planear as análises de dados antes de começar a parte empírica da investigação.
A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA A revisão da literatura permite encontrar
teorias e artigos sobre investigações empíricas apresentadas por diversos autores
A primeira coisa a fazer é a utilização da revisão da literatura para a construção das hipóteses que serão testadas na arte empírica
A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA
Ela faz a ponte entre a parte teórica e a parte empírica da investigação. Ela tem um papel fundamental:
A HIPÓTESE DEVE JUSTIFICAR O TRABALHO DA PARTE EMPÍRICA DA INVESTIGAÇÃO
Tipos de Investigação Qualitativa Quantitativa Qualitativa-quantitativa
Investig. Quantitativa Pretende tomar a medida exata dos fenómenos humanos e do que os
explica.
É a chave da objectividade e da validade dos saberes construídos.
Consequentemente, deve escolher com precisão o que será medido
e apenas conservar o que é mensurável de modo preciso
Investig. Qualitativa A investig. qualitativa ou naturalística envolve
a obtenção de dados descritivos resultantes do contacto directo do investigador com a situação estudada.
Enfatiza mais o processo do que o produto e preocupa –se em retratar a perspectiva dos participantes.
Características 1. Ambiente natural como sua fonte directa de dados; investigador
é o principal instrumento. 2. Dados recolhidos são predominantemente descritivos. 3. A preocupação como processo é muito maior do que com o
produto. 4. O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são
focos de atenção especial do investigador. 5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo.
Investigação Quali/Quanti É o método quantitativo conjugado com o qualitativo
que possibilita cobrir um campo maior de possibilidades da investigação ao levantar as ideias do público ao mesmo tempo em que quantifica opiniões.
Através da investigação quantitativa conjugada com a qualitativa, é possível obter, quantitativamente, dados numéricos e, qualitativamente, conceitos, atitudes e opiniões dos entrevistados sobre o problema investigado (Bringhenti, 2000).
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA A investigação quantitativa consiste em “(…)
encontrar relações entre variáveis, fazer descrições recorrendo ao tratamento estatístico de dados recolhidos, testar teorias (…)” (Carmo & Ferreira, 1998, p. 1).
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA População: Toda a questão da investigação define um universo de objectos aos
quais os resultados do estudo deverão ser aplicados.
A População Alvo, também chamada população estudada, é composta de elementos distintos possuindo um certo número de características comuns. Estes elementos, designados de unidades populacionais, são as unidades de análise sobre as quais serão recolhidas informações.
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA
Uma população é um conjunto de pessoas, objectos, acontecimentos ou fenómenos com pelo menos uma característica comum.
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA
Porém, se a amostra for retirada sem ser ponderada a sua representatividade, não é possível extrapolar as conclusões com confiança.
É preciso que a amostra seja representativa da população, isto é, que forneça dela uma imagem fiel
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA
No caso de uma investigação realizada para um Mestrado é aconselhável uma população relativamente pequena para trabalhar uma vez que tem a vantagem de limitar a escala da investigação.
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Existem dois tipos de amostras:
as probabilísticas = baseadas nas leis de probabilidades
as não probabilísticas = tentam reproduzir o mais fielmente possível a população.
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostragem não probabilística:
Amostragem acidental; Amostragem de voluntários; Amostragem por quotas
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra acidental: escolhem-se simplesmente as
pessoas (professores, técnicos) encontrados até ao momento em que se estima ter o número suficiente.
Risco: podem ter ido em direcções muito particulares e de representar mal a opinião da nossa população.
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra de voluntários: quando o tema abordado
é delicado faz-se um apelo para reunir pessoas que aceitem participar
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra por quotas: O investigador selecciona um certo número de
características conhecidas dessa população.
Risco. Os eleitos não são escolhidos ao acaso
A POPULAÇÃO E A AMOSTRA Amostra probabilística é composta a partir de
uma escolha ao acaso, tendo todos os elementos da população uma chance de serem seleccionados.
VARIÁVEIS Variável - O termo variável é um conceito e, como tal,
é um substantivo que representa classes de objectos (Richardson, 1985) .
As variáveis apresentam duas características fundamentais: são aspectos observáveis de um fenómeno e devem apresentar variações ou diferenças em
relação ao mesmo ou a outros fenómenos.
VARIÁVEIS A variável independente pode ser definida como
aquela que afecta outra variável mas não precisa de estar relacionada entre elas.
Influencia outra variável
chamada variável dependente. Esta pode ser definida como aquela afectada ou explicada pela variável independente, isto é, variará de acordo com a mudança na variável independente
VARIÁVEIS A variável independente na investigação é o antecedente
e a variável dependente é o consequente.
O investigador faz prognósticos a partir da primeira para a Segunda. Estes termos são originários da matemática
VARIÁVEIS
O objectivo do investigador é comprovar se os efeitos provocados pela variável independente sobre a variável dependente são aqueles tinha suposto como hipótese
VARIÁVEIS Exemplo: Determinar a relação entre o número de
erros em italiano (variável dependente) e o número de aulas (variável independente).
Ex.: sexo e estado civil; idade, raça, local de residência, naturalidade, escolaridade, profissão, filiação partidária e religiosa...(são variáveis independentes)
VARIÁVEIS
Pergunta de PARTIDA Os idosos resistem mais á mudança do que os
jovens? Variável independente: idade Variável dependente: Resistência à mudança (Estratégia de prova: comparar uma medida de
resistência à mudança entre um grupo de jovens e um grupo de pessoas idosas)
VARIÁVEIS
PP As reacções às políticas sociais são as mesmas para os
homens e as mulheres? Variável independente: sexo Variável dependente: reacções ás políticas sociais (Estratégia de prova: comparar os resultados de uma
medida de reacção às políticas sociais entre um grupo de homens e um grupo de mulheres)
VARIÁVEIS
PP A qualidade da alimentação das crianças afecta o seu sucesso escolar?
Variável independente: alimentação Variável dependente: sucesso escolar (Estratégia de prova: Comparar a taxa de sucesso
escolar entre um grupo de crianças bem alimentadas e um grupo mal alimentado)
VARIÁVEIS PP Será que o uso de drogas duras aumenta a
incidência de criminalidade entre jovens? Variável independente: drogas Variável dependente: criminalidade
(Estratégia de Prova: comparar o comportamento criminal antes e depois do início do comportamento de utilização de drogas duras)
VARIÁVEIS Validade Interna - É um critério para se avaliar o
desenho experimental utilizado e está relacionada com as relações casuais.
Deve-se avaliar como e quanto a variável independente (intervenção) vai interferir no estudo, inferindo-se a relação de causa e efeito
VARIÁVEIS
Validade Externa - É outro critério para se avaliar o desenho experimental utilizado e está relacionada com a capacidade de a investigação ser generalizada.
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA O questionário é um instrumento de recolha de dados
bem adaptado a pesquisas quantitativas, uma vez que torna possível o trabalho com amostras de grande dimensão e o estabelecimento de relações estatísticas com vista à generalização
O fio condutor do questionário deve reflectir a Pergunta de Partida e hipóteses do trabalho
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
O inquérito por Questionário segundo Quivy (1998, p. 138) “consiste em colocar um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas relativas à sua situação social, profissional ou familiar, ás opiniões, à sua atitude em relação a opções ou questões humanas e sociais, às expectativas, ao seu nível de conhecimento (…) ou ainda sobre qualquer outro ponto de interesse aos investigadores”.
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA Carmo & Ferreira (1998, p. 138) são de opinião
que o Inquérito por Questionário além de quantificar a informação obtida “é um processo em que se tenta descobrir alguma coisa de forma sistemática” de dados para responder a um determinado problema.
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA Devemos previamente testar o nosso Questionário
(pré-teste) para ver se há ou não necessidade de reformular alguma questão que possa estar ambígua na sua forma original.
O aperfeiçoamento a que o instrumento de recolha de dados foi submetido após o pré-teste permitem mais segurança na passagem à fase do Inquérito propriamente dito.
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
A existência do pré-teste serve para seleccionar as melhores perguntas para serem incluídas na versão final do Questionário.
Deve-se aplicar a uma amostra pequena mas representativa;
Deve ser aplicado pessoalmente para se explicar o objectivo do estudo
Depois deve-se fazer uma análise:
A) Verificar quais as perguntas que têm poucas respostas Podem ser várias as potenciais razões da ausência
de respostas: Ambiguidade Demasiado pedido de informação Demasiada Informação pessoal
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
B) Examinar a distribuição das respostas para cada uma das perguntas Há várias falhas num questionário que podem
reduzir a variação nas respostas. Ex Perguntas que convidam a uma resposta
socialmente desejável (É um bom professor? SIM NÃO)
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
1ª SECÇÃO DO QUESTIONÁRIO - É importante recolher apenas as características dos
casos estritamente relevantes à investigação
Perguntas que não vão ser analisadas só servem para aumentar o questionário e aumentar o risco de não haver quem queira responder
Não se deve colocar perguntas desnecessárias
Para escolher as características relevantes é necessário considerar:
Todas as Hipóteses da investigação As hipóteses especificam as variáveis necessárias à
investigação
Os detalhes dos casos requeridos para descrever a amostra e replicar a investigação
Descrever a natureza da amostra
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
Oferece a possibilidade de inquirir um grande número de pessoas quase em simultâneo, economizando tempo, proporcionando grande liberdade de resposta e grande facilidade no tratamento estatístico de dados;
Para tal, coloca-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não havendo interacção directa entre estes e os inquiridos.
Questionário
Utilidade e importância dos questionários
Recolher informação sobre um determinado tema
Interrogar um elevado número de pessoas, num
espaço de tempo relativamente curto
Recolher informação de natureza social, económica,
familiar, profissional, etc.
Os questionários permitem:
As questões devem ser desenvolvidas tendo em conta três princípios básicos:
Construção de questões
Princípio da clareza - devem ser claras, concisas e unívocas.
Princípio da Coerência - devem corresponder à intenção da própria pergunta.
Princípio da neutralidade - não devem induzir uma dada resposta mas sim dar liberdade ao inquirido.
Não utilizar questões ambíguas;
Não deve incluir duas questões numa só;
Ter o cuidado de evitar erros o ortográficos, gramaticais ou de sintaxe.
Tipos de Questionário
Estes podem
ser
Abertos
Fechados
Mistos
Tipos de questõesTipo de Questão Exemplo
Directas
Indirectas
Gostas do teu ambiente de trabalho?
O que pensas do teu ambiente de trabalho?
Específicas
Não específicas
Gostas de estudar na UPT ?
Estás satisfeito com o Mestrado em Supervisão?
Tipo de Questão Exemplo
Factos
Opinião
Qual é o teu clube de futebol favorito?
Porque preferes o Futebol Clube do Porto e não o Boavista?
Questões
Afirmação
Deviam acabar as aulas de substituição? [sim] ou [não]
Deviam acabar as aulas de substituição. [Concordo] [Discordo]
Classificação de questões
quanto à sua formaQuestões Descrição
Abertas São apresentadas ao inquirido perguntas para que o mesmo possa escrever a sua resposta sem qualquer restrição.
Fechadas São apresentadas ao inquirido um conjunto de alternativas para que o mesmo escolha a que melhor representa a sua situação ou ponto de vista.
Dependentes Correspondem às questões que terão de ser respondidas após a resposta dada a uma outra anterior.
Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de respostas
TIPO DE RESPOSTA
VANTAGENS DESVANTAGENS
Resposta aberta
Preza o pensamento livre e a originalidade;
Respostas mais representativas e fiéis da opinião do inquirido;
O inquirido concentra-se mais sobre a questão;
Vantajoso para o investigador, pois permite-lhe recolher variada informação sobre o tema em questão.
Dificuldade em organizar e categorizar as respostas;
Requer mais tempo para responder às questões;
Muitas vezes a caligrafia é ilegível;
Em caso de baixo nível de instrução dos inquiridos, as respostas podem não representar a opinião real do próprio.
TIPO DE RESPOSTA
VANTAGENS DESVANTAGENS
Resposta fechada
Rapidez e facilidade de resposta;
Maior uniformidade, rapidez e simplificação na análise das respostas;
Facilita a categorização das respostas para posterior análise;
Permite contextualizar melhor a questão.
Dificuldade em elaborar as respostas possíveis a uma determinada questão;
Não estimula a originalidade e a variedade de resposta;
Não preza uma elevada concentração do inquirido sobre o assunto em questão;
O inquirido pode optar por uma resposta que se aproxima mais da sua opinião não sendo esta uma representação fiel da realidade.
A- Questionário Aberto
Utiliza questões de resposta aberta.
•Proporciona respostas de maior profundidade o que dificulta posteriormente a sua interpretação.
•Possibilita maior liberdade de resposta pois esta pode ser redigida pelo inquirido.
B- Questionário Fechado
•É um tipo de questionário que utiliza questões de resposta fechada.
•Possibilita obter respostas padronizadas.
•São muito objectivos, exigindo menor esforço por parte dos sujeitos.
C- Questionário Misto
Utiliza questões do tipo
Resposta Aberta
Resposta Fechada
Escalas
- Escala de Likert
- VAS ( Visual Analogue Scales)
- Escala de Guttman.
Escalas mais utilizadas:
• Questionários fechados;
• São usados em qualquer processo de investigação;
• Pretendem medir atitudes ou opiniões do público-alvo.
- Escala de Likert - Permite medir a opinião do inquirido, a qual é dada pela média do seu posicionamento face ao conjunto das proposições propostas.
Apresenta cinco proposições das quais apenas uma pode ser seleccionada sendo estas:
Concorda totalmente
Concorda
Sem opinião
Discorda
Discorda totalmente
+2
+0
+1
-1
-2
Pontuação atribuída
Escalas
A escala de Likert é mais fácil de construir e de aplicar, sendo que a resposta do indivíduo é localizada directamente em termos de atitude, como se pode constatar:
Escalas
Para cada uma das questões indique o seu grau de concordância:
1-As crianças nascem todas diferentes, com uma maneira de ser própria
Discordo muito..1..2..3..4…5concordo muito
2- A capacidade para estudar já nasce com a criança Discordo totalmente..1..2..3..4…5concordo totalmente
- VAS ( Visual Analogue Scales)
É um tipo de escala que provém da escala de Likert, utilizando duas proposições contrárias, unidas por uma linha de 10 cm de comprimento.
Útil Inútil
10cm
O Inquirido deve assinalar na linha a posição que corresponde à sua resposta.
- Escala de Gutman
•As resposta encontram-se Hierarquizadas.
•Se se concordar com a resposta A obrigatoriamente concordar-se-á com a resposta E.
•A Pontuação atribuída inicia-se em zero – não é escolhida qualquer resposta; um se for escolhida a opção E; dois para a a escolha da opção D….
AB
CD
E
METODOLOGIA QUALITATIVA
Introduzida há sensivelmente 34 anos no campo da Educação, a expressão “Investigação qualitativa” passou a vulgarizar-se na pesquisa nesta área (Bogdan, 1994).
METODOLOGIA QUALITATIVA A investig. qualitativa ou naturalística envolve a
obtenção de dados descritivos resultantes do contacto directo do investigador com a situação estudada.
Enfatiza mais o processo do que o produto e preocupa–se em retratar a perspectiva dos participantes
METODOLOGIA QUALITATIVA A investig. qualitativa ou naturalística envolve a
obtenção de dados descritivos resultantes do contacto directo do investigador com a situação estudada.
Enfatiza mais o processo do que o produto e preocupa-se em retratar a perspectiva dos participantes
METODOLOGIA QUALITATIVA Para Haguette (2005, p. 63) “os métodos qualitativos
enfatizam as especificidades de um fenómeno em termos das suas origens e da sua razão de ser”.
Por sua vez González Rey (2005, p. 63) refere que a metodologia qualitativa é “orientada para a construção de modelos compreensivos sobre o que se estuda”
METODOLOGIA QUALITATIVA A investigação qualitativa não se inicia com
hipótese: O investigador aborda o seu campo de estudo com problemas, reflexões e pressupostos.
As abstracções são construídas à medida que os dados se vão agrupando
METODOLOGIA QUALITATIVA Como refere Stake (1995) , o investigador
qualitativo não descobre, antes constrói o conhecimento
É nesta linha que Bogdan & Biklen (1994, p. 50) referem que “os investigadores qualitativos tendem a analisar os seus dados de forma indutiva”.
METODOLOGIA QUALITATIVA
A Entrevista
A entrevista é tida como “um instrumento mais adequado para delimitar os sistemas de representações, de valores, de normas vinculadas por um indivíduo” (Albarello et al, 1997, p. 87).
METODOLOGIA QUALITATIVA Estrela (1990) considera que esta técnica
permite não só pistas para a caracterização de um processo em estudo, mas também deixa conhecer, sob alguns aspectos, os intervenientes no processo.
PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA A planificação da entrevista realiza-se a partir da
Pergunta de Partida.
O investigador terá pelo menos 2 preocupações: Planificação de um esquema de entrevista Escolha dos respondentes susceptíveis de
possuírem uma competência relacionada com o objecto de estudo
ENTREVISTA Um esquema de entrevista é um guia no qual o
investigador identifica: os temas Os subtemas Questões de orientação
ENTREVISTA A entrevista estruturada, de acordo com
Ghiglione & Malaton (1993, p. 92), está “(…) muito próximo de um questionário no que só figurariam questões abertas, não existe já praticamente qualquer ambiguidade.
O conjunto do quadro de referência é definido e o entrevistado deve-se situar relativamente a este quadro, a fim de poder responder”.
ENTREVISTA ESTRUTURADA A entrevista estruturada pode ser realizada
através do telefone . O entrevistador (investigador) ao levantar as
questões não tem que impor opções de resposta
O entrevistado ao formular a sua resposta pessoal dá ao investigador uma ideia clara do que pensa sobre o assunto
ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA
Série de perguntas abertas, feitas verbalmente, numa ordem prevista mas na qual o entrevistador pode acrescentar perguntas de esclarecimento
ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA Inconveniente: Ainda que as entrevistas sejam feitas
pela mesma pessoa, ainda que essa pessoa retome o mesmo núcleo de perguntas de uma entrevista a outra, as diferenças podem ser grandes de uma entrevista a outra o que dificulta a análise.
ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA Vantagens: Esta flexibilidade possibilita um
contacto mais íntimo entre o entrevistador e o entrevistado, favorecendo a exploração dos seus saberes, das suas representações, das suas crenças e valores....
É a compreensão do mundo do outro
ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA Entrevista em que o entrevistador apoia-se em
um ou vários temas, e algumas perguntas iniciais, previstas antecipadamente, para improvisar em seguida as outras perguntas em função das suas intenções e das respostas obtidas do seu interlocutor
ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA Neste tipo de entrevistas o tratamento de
dados será muito exigente. A análise de conteúdo pode tornar-se muito complicada
Tipos de Investig. Qualitativa 1. Estudo de Caso
2. Etnográfica ou antropológica
3. Fenomenológica
4. Investigação-acção
5. Investigação Participante
6. Dialética
7. História de vida (narrativa)
ESTUDO DE CASO CONCEITO : É o conhecimento profundo de algo É o particular e o único frente ao comum
O Estudo de caso presta atenção ao que especificamente pode ser apreendido de um caso simples, de um exemplo em acção (Stake, 1995).
ESTUDO DE CASO
Um estudo de caso bem sucedido fornecerá ao leitor uma ideia tridimensional e ilustrará relações, questões micropolíticas e padrões de influências num contexto particular (Bell, 1993).
ESTUDO DE CASO
Podemos encontrar Estudos de Caso em em áreas tão vastas como o Direito, Educação, História, Medicina, Psicologia , Educação e Administração.
Podem ser usados em descrições culturais, preparações profissionais, construção de teorias, estudos biográficos, diagnósticos clínicos e até em análises policiais.
ESTUDO DE CASO
Algumas áreas parecem ter sido construídas quase inteiramente em conhecimentos produzidos por estudos de caso individuais, acumulativos e comparativos (Hamel et al., 1993).
ESTUDO DE CASO
O estudo de caso é uma análise profunda de um sujeito considerado individualmente.
Às vezes pode-se estudar um grupo reduzido de sujeitos considerado globalmente.
Em todo o caso observam-se as características de uma unidade individual, como por exemplo um sujeito, uma classe, uma escola, uma comunidade, etc.
ESTUDO DE CASO
O objectivo consiste em estudar profundamente e analisar intensivamente os fenómenos que constituem o ciclo vital da unidade, em vista a estabelecer generalizações sobre a população à qual pertence (Bisquera, 1989).
ESTUDO DE CASO O método de estudo de caso particular é especialmente
indicado para investigadores isolados, dado que proporciona uma oportunidade para estudar, de uma forma mais ou menos aprofundada, um determinado aspecto de um problema em pouco tempo (Bell, 1993).
ESTUDO DE CASO
O estudo de caso tem sido definido como sendo um termo global para uma família de métodos de investigação que têm em comum o facto de se concentrarem deliberadamente sobre o estudo de um determinado caso (Erasmic & Lima, 1989).
ESTUDO DE CASO A grande vantagem deste método consiste no facto de
permitir ao investigador a possibilidade de se concentrar num caso especifico ou situação e de identificar, ou tentar identificar, os diversos processos interactivos em curso (Bell, 1993).
A observação é o método de investigação mais frequentemente utilizado, sendo a base dos estudos de caso (Bisquera, 1989).
ESTUDO DE CASO Sendo assim, o Estudo de Caso será um método ou
será uma abordagem?
Segundo Hamel et al. (1993), é mais apropriado definir o Estudo de Caso como uma abordagem, apesar de o nome sugerir que seja um método.
Ragin (1992) assinala 4 formas para definir “um Caso”
1) Pode ser encontrado ou construído pelo investigador que emerge da sua própria investigação
2) Pode ser um objecto definido por fronteiras pré –existentes, tais como uma escola, uma aula ou até um programa.
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO 3) Pode ser derivado de ideias e dos conceitos que
emergem de acontecimentos similares
4) Pode ser uma convenção, pré-definido por acordos e consensos sociais que assinalam a sua importância.
ESTUDO DE CASO NA DEFINIÇÃO DO CASO TEMOS QUE TER EM
CONTA: 1) tratar-se de uma especificidade e não de uma
função. Um caso pode ser algo simples ou complexo, um
indivíduo ou uma instituição Em qualquer das escolhas o que importa é o seu
carácter único e específico e que possamos aprender com ele
ESTUDO DE CASO
2) Não se esqueça que o estudo tem que que identificar o PARTICULAR da situação
Isto obriga a que se centre em questões relacionadas com a : A) sua natureza B) sua história C) ambiente e âmbito físico
ESTUDO DE CASO 3) A singularidade do caso não o exclui da sua
complexidade que o determinam e definem
4) O caso representa os valores do investigador; as suas ideias teóricas e as suas particulares convicções.
Isto implica reflectir sobre o que se está a fazer; Identificar a estrutura analítica que se constrói e
descobrir e desenvolver a própria ideia de quem investiga.
ESTUDO DE CASO 5) Não podemos esquecer que o Estudo de Caso é
um terreno em que o investigador se relaciona e se encontra com pessoas cujas acções e relações vão ser analisadas.
Trabalhar um Estudo de Caso é entrar na vida de outras pessoas com o interesse por aprender o que e porque fazem ou deixam de fazer certas coisas
e o que pensam e como interpretam o mundo social em que vivem e se desenvolvem
ESTUDO DE CASO Não podemos nunca esquecer que ao fazermos um
ESTUDO DE CASO não pretendemos avaliar ou ajuizar a vida, ideias ou acções das pessoas ou instituições, mas antes as conhecer e compreender
Nunca um Estudo de Caso será utilizado para tratar injustamente os indivíduos ou os colectivos implicados.
ESTUDO DE CASO Em termos éticos temos que ter em atenção: Confidencialidade: toda a informação é confidencial
utilizando-se o anonimato
Colaboração: Ninguém está obrigado a participar e a proporcionar informação
Imparcialidade: Mostra os pontos de vista as apreciações e os valores divergentes
Estudo de Caso Características Os estudos de caso visam a descoberta, mesmo que
o investigador parta de um pressuposto teórico inicial, que poderá ser modificado com o andamento do trabalho;
Enfatizam a “interpretação do contexto”; Buscam retratar a realidade de forma completa e
profunda; Usam uma variedade de fontes de informação
(diferentes informantes, tempos diferentes de recolha
Definição do Objecto de Estudo
Nunca é fácil definirmos um objecto de estudo, que aborde um problema ou um fenómeno. Esta dificuldade torna-se ainda maior quando utilizamos o estudo de caso para este fim.
Estudo de Caso
Só ao estabelecer progressivamente estreitas relações com a área de estudo, o investigador deverá ser capaz de definir o seu objecto de estudo.
Ou seja,
o investigador deverá cuidadosa e antecipadamente definir o objecto de estudo que dará origem ao estudo de caso.
Estudo de Caso
Os investigadores escolhem uma área de investigação porque pretendem especificamente estudar uma matéria especial, e esta área é regularmente confundida como o objecto de estudo ou com o caso em si mesmo.
Estudo de Caso É assim necessário fazer a distinção entre o objecto de
estudo e o estudo de caso seleccionado para o propósito, e ainda definindo com clareza ente último.
O investigador ao definir o objecto de estudo, deve ter em atenção a forma como a sociedade gera o problema ou o fenómeno em questão.
Esta definição deve partir do próprio investigador e não deve ser imposta pela área.
Estudo de Caso A subjectividade do investigador deve portanto
assumir um papel importante na definição do objecto de estudo.
Esta subjectividade torna-se objectiva do ponto de vista do investigador (Hamel et al., 1993).
Selecção do Caso Ideal para Compreender o Objecto de Estudo
Apesar da objectividade revelada na definição do objecto de estudo apenas ser possível através da subjectividade, esta apenas pode ser a única forma de o caso ser seleccionado, se pretendemos entender o objecto.
É assim necessário recorrer a uma estratégia metodológica para seleccionarmos o caso.
Estudo de Caso
Esta estratégia consiste em detalhar as qualidades metodológicas características do caso escolhido, baseadas no objecto de estudo seleccionado.
Esta estratégia metodológica resulta da Inicial Theory, ou seja, da ideia inicial que o investigador tem do problema ou fenómeno percepcionado.
Estudo de Caso O caso escolhido deve ser representativo.
Esta representatividade é relativa à qualidades metodológicas a ele atribuídas.
A definição do caso deve permitir uma avaliação da sua generalidade, tendo em vista os resultados da análise possível (Hamel et al., 1993).
Estudo de Caso A abundância de Materiais Empíricos
O estudo de caso é uma investigação de profundidade
Podem ser usados vários métodos para recolher vários tipos de informações e para se fazerem observações. Estes são os materiais empíricos através dos quais o objecto de estudo será compreendido
Estudo de Caso
O estudo de caso é assim baseado numa grande riqueza de materiais empíricos, notáveis pela sua variedade.
Contudo, esta variedade de materiais empíricos apresentam problemas analíticos.
Estudo de Caso
Esta variedade aparece tanto na diversidade do materiais empíricos como no seu tratamento.
Estes podem ser relatórios de noticias, documentos oficiais, escritas pessoais, trabalhos literários.
O estudo de caso considera material de diferentes origens, que são produzidos por diferentes tipos de conhecimento.
Estudo de Caso A análise de todo este material levanta sérios
problemas.
Por outras palavras, como é que os materiais empíricos podem ser usados numa análise do ponto de vista cientifico, se foram tratados de forma diferente, dependendo da sua origem?
Estudo de Caso Para se começar a responder a esta questão, o
objecto de estudo deve ser descrito como foi empiricamente definido, ou seja, da forma como foi construído através destes materiais.
A definição do objecto de estudo deve ser uma definição sustentada pelo investigador, e que corresponda ao foco do estudo.
O objecto de estudo deve assim ser demonstrado como se fosse construído com base no material empírico..
Estudo de Caso
A profundidade da descrição do estudo de caso, sustenta esta demonstração, porque facilita a clara compreensão da forma como o objecto de estudo se relaciona com os materiais.
Estudo de Caso
È apropriado determinar rigorosamente o objecto de estudo na transformação da definição teórica do objecto de estudo na sua construção empírica dentro dos materiais seleccionados.
Estudo de Caso
A variedade destes materiais irá garantir a profundidade do estudo de caso.
O rigor da definição do objecto sobre análise depende aqui da profundidade da descrição característica da abordagem do estudo de caso (Hamel et al., 1993).
Estudo de Caso Problemas na sua Escrita
Ao usar materiais de diferentes origens e dando a análise em profundidade que o processo implica, o estudo de caso apresenta claramente problemas na literatura e de uma forma mais geral na linguagem.
Estudo de Caso Devido aos estudos darem uma descrição profunda,
é necessário uma compreensão da forma como a linguagem dos materiais empíricos é transformada noutra linguagem.
Ou seja, a construção teórica dos materiais empíricos, deve ser directamente compreendida dentro de uma análise.
Estudo de Caso
A escrita do estudo de caso deve assim compreender três qualidades de rigor (Hamel et al., 1993):
1. a escrita deve ser livre de processos estilísticos;
2. deve incluir a demonstração de conhecimentos (ex. fórmulas ou equações);
3. e a linguagem deve ser irreduzível, de forma a facilitar a sua compreensão.
Estudo de Caso
Construção das Conclusões
As conclusões alcançadas pelo estudo de caso não podem depender das qualidades da sua linguagem.
Estas conclusões devem ser completamente transmitidas numa declaração escrita.
Estudo de Caso
O estudo de caso deve produzir conclusões que não possam ser escritas de forma explicita ou que levantem dúvidas.
As teorias e fundações metodológicas das conclusões resultantes do estudo de caso devem ser claramente compreendidas através da profundidade da descrição do objecto de estudo.
Estudo de Caso Estas conclusões devem ser apresentadas como
informações novas.
Ou seja, as conclusões devem fornecer informações que, apesar de baseadas na análise das informações de campo, transcendam estas informações (Hamel et al., 1993).
Estudo de Caso
Os estudos de caso são um tipo de estudos muito particulares e que para serem eficientes devem ter o seu objecto de estudo bem definido, o caso escolhido deve ser representativo do problema ou fenómeno a estudar, os materiais e dados devem ser recolhidos com precaução, a sua linguagem deve ser homogénea e clara e as conclusões produzidas devem ser bem explicitas e representarem informações novas.
Etnográfica ou Antropológica Etnografia é a descrição de um sistema de
significados culturais de um determinado grupo (Spradley, 1979).
Deve garantir a interpretação do que ocorre no grupo estudado tão apropriadamente como se fosse um membro do grupo.
Etnográfica ou Antropológica Wolcott chama a atenção para estudos sobre
ensino e aprendizagem dentro de um contexto cultural amplo.
A investigação sobre escola deve relacionar-se com o aprendido dentro e fora da escola.
ETNOGRÁFICA
Critérios O problema é redescoberto no campo; O investigador deve realizar a maior parte do trabalho de
campo pessoalmente; O trabalho de campo deve ter um tempo amplo que
permita uma imersão na realidade; O investigador deve ter tido outras experiências em
diferentes culturas.
ÉTNOGRÁFICA A abordagem etnográfica combina diferentes métodos de
recolha: observação, vídeo, histórias de vida, análise de documentos, testes psicológicos, fotografias e outros;
O relatório etnográfico apresenta uma grande quantidade de dados primários (material produzido pelo informante).
ÉTNOGRÁFICAPressupostos
Hipótese naturalista- ecológica (comportamento humano influencia significativamente o contexto em que se situa).
2. Hipótese qualitativo-fenomenológica (determina ser quase impossível entender o comportamento humano sem tentar entender o quadro referencial dentro do qual os indivíduos interpretam os seus pensamentos, sentimentos e ações).
Papel do investigador: subjectivo de participante e objectivo de observador na busca da compreensão do comportamento humano.
Método - três etapas: Exploração: selecção e definição do problema Selecção dos aspectos a serem sistematicamente
investigados Descoberta
Desenvolvimento Exploratória – Pontos iniciais que vão sendo
avalizados ao longo do trabalho, podendo sofrer modificações ou mesmo serem abandonados.
Delimitação – Identificado os elementos–chave e os contornos do problema, o investig. pode proceder à recolha de dados sistemática, utilizando instrumentos mais ou menos estruturados, de acordo com as características próprias do objecto estudado.
Tem por objectivo investigar as experiências de grupos para teorizá-la e reconstruir uma realidade vivida, na busca de aprimorar continuamente os diversos aspectos da vida profissional, familiar e social, melhorando, com isso, a si mesmos.
É neste sentido que a investigação-acção pode ser concebida como investigação permanente, encerrando um compromisso político e ideológico. Tais grupos passam a ter a capacidade de gerar conhecimento colectivo que os leva à acção social e política. Nesta perspectiva a invest. será inovadora se atender as necessidades sociopolíticas
Investigação-acção
Investigação-acçãoSegundoBarbier (1985) pesquisa-ação é uma acção em nível
realista, sempre acompanhada de uma reflexão autocrític a
objectiva e de uma avaliação dos resultados. Como o objectivo é
aprender depressa, não devemos ter medo de enfrentar as
próprias insuficiências. Não queremos acção sem invest.,
investig. sem acção. É um processo sistematizado de
observação, reflexão e mudança, por parte dos participantes da
acção e da investigação.
,.
Investigação-acçãoQuando o “não significativo” se transforma em indício, em pista
possível daquilo que buscamos, os registros começam a documentar, com maior precisão, a aparente dispersão da vida.
A análise proposta permite identificar e relacionar estes indícios e a partir daí orienta as novas observações.
Objectivo: análise crítica da realidade rumo à transformação, num enfoque praxiológico que busca compreender o fenómeno na sua relação com a realidade.
Investigação-acçãoCaracterísticas É um processo de conhecer/agir. É iniciada na realidade concreta que se preten-de mudar,
definida pelo grupo interessado. O pesquisar é um agente externo. É um processo coletivo e educacional. O plane-amento é
elaborado pelos investigadores e pelo grupo, assim como sua execução.
Há compromisso dos envolvidos no processo, pois definem o objectivo da investigação, os instrumentos, analisam os dados, comunicam os resultados e deliberam sobre a necessidade das acções.
Investigação-acção Procedimento metodológico Descrição da realidade; A crítica da realidade; A criação colectiva; Sistematização e definição das
acções.
Histórias de Vida/ Investigação Narrativa
Segundo Hackmann (2004) a narrativa pode ser o veículo mais adequado tanto para captar a maneira com que as pessoas constituem seu auto conhecimento como também para solicitar que transmitam seu sentido pessoal organizar a sua experiência ao largo de uma dimensão temporal ou sequencial
Histórias de Vida/ Investigação Narrativa
Deve haver cumplicidade entre o investigador e o investigado O entrevistador (investigador) primeiro conta a sua história Cabe a interlocução dos participantes A historia é partilhada Ferramentas de trabalho na investigação Diários; Entrevistas não estruturadas; Cartas; Escritos autobiográficos e biográfico; Outras fontes de dados
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA
QUESTÃO: Aspectos qualitativos da actividade humana e da experiência
EXPECTATIVAS: Levantar informação.Descrever e explicar experiências humanas
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)
COMPORTAMENTO DAS AMOSTRAS: Activo, natural e espontãneo. É o próprio comportamento a ser estudado.
TIPO DE ESTUDO: Indutivo: o estudo é orientado pelos dados e reformulável permanentemente
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)
DADOS: Palavras para análise. Elevada inferência. Recolha ao longo do Estudo
Envolvimento da INVESTIGAÇÃO : dados recolhidos em ambiente natural (não manipulado
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) RESULTADOS: Descrições textuais. Explicações e
interpretações
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA:
A QUESTÃO: As pectos quantificáveis das estruturas e do comportamento
EXPECTATIVAS: Verificar hipóteses (e teorias). Prever efeitos
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47)
COMPORTAMENTO DAS AMOSTRAS: Comportamento delimitado e prescrito pelo investigador
TIPO DE ESTUDO: Dedutivo: guiado por hipóteses formuladas antecipadamente. Variáveis pré-definidas
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) DADOS: Baixa inferência. Análise quantitativa dos
dados. Recolha em fase pré-estabelecida
ENVOLVIMENTO DA INVESTIGAÇÃO: Envolvimento altamente controlado. Variáveis manipuladas e variáveis controladas
ADAPTADO DE BORK (1993, p. 47) RESULTADOS: Descrições quantificáveis. Elevada
fiabilidade.