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MESTRE VALENTIM

Academicas: Gisele Yallouz, Iara Nantes, Isadora Taborda e Thais YuleProfessores: Caio Nogueira e Valter Cortez

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O processo de urbanização no Rio de Janeiro (a partir séc. XVII)

Na primeira metade do século XVII o Rio de Janeiro apresentava um crescimento urbano bastante lento. Poucas ruas conectavam edifícios institucionais e religiosos ao cais do porto. Entretanto, na segunda metade desse mesmo século, com a descoberta do ouro nas serras de Minas Gerais observa-se um demasiado desenvolvimento populacional.

Imagem do livro O Rio de Janeiro no Século XVII - raízes e trajetória

de Vivaldo Coaracy, Documenta Histórica Editora

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O processo de urbanização no Rio de Janeiro (a partir séc. XVII)

A cidade se caracterizou como o principal porto do metal e ponto estratégico de partida dos suprimentos das regiões auríferas. Inicialmente a rota passava por Parati, mas com a abertura do "Caminho Novo", que encurtava substancialmente as distâncias, o crescimento da cidade disparou.

Localização do Casario Histórico da Ponta da Armação, Niterói (baía de Guanabara - século XVII).

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A descoberta de ouro nas Minas Gerais, no final do século XVII, promoveu uma intensa procura pelo trabalho escravo nas minas, provocando uma corrida em direção à África na busca por escravos.

Ilustração da movimentação, próximo ao cais do porto,comércio de escravos – autor desconhecido.

Outros fatores foram decisivos para a transformação da cidade, tais como:

• Os ataques franceses • A necessidade de proteger as

minas• A crescente evasão fiscal• O aumento do contrabando • A intenção de ampliar a

presença portuguesa na região do Rio da Prata

O processo de urbanização no Rio de Janeiro (a partir séc. XVII)

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A transferência da capital do Brasil para o Rio de Janeiro ocorre em 1763.

Obra retrata os Arcos da Lapa, uma das primeiras grandes interferências arquitetônicas no Rio de Janeiro

Foto: Portal Brasil Crédito: Leandro Joaquim/Museu Histórico Nacional,RJ

O primeiro ministro português Marquês de Pombal transfere a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Com isso, além de promover o deslocamento da centralidade econômica e política, foi possível implementar importantes reformas políticas, social e econômica.

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Réplica do busto de Mestre Valentim, original roubado em janeiro de 2004 – Passeio Público

Mestre Valentim, apresentando seus trabalhos à nobreza – pintura de auto desconhecido.

Nome: Valentim da Fonseca e Silva Filho de: Manoel da Fonseca e Silva, português e Amatilde da Fonseca, brasileira.Nasceu: na freguesia de Santo Antônio do Arraial de Gouvêa da comarca de Serro do Frio, em Minas Gerais por volta do ano de 1744.

Mestre Valentim -Biografia

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2 – As igrejas vistas da Rua 1º de Março.

1 – Vista aérea Pça Quinze e Igreja Nossa Senhora do Monte de Carmo e da Terceira Ordem.

3 - Richard Bates, Largo do Paço, 1808. Óleo sobre tela.1

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Transformações urbanísticas na cidade do Rio de Janeiro.

 

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Atuou como escultor, entalhador, ourives, paisagista e urbanista no Rio de Janeiro. Detalhes do interior da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Terceira Ordem.

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MESTRE VALENTIM- O Escultor

Eco, Narciso e Aves Pernaltas, nessa ordem, são algumas das esculturas datadas do século XVIII.

Conjunto escultural de extrema importância pelo fato de serem as primeiras peças metálicas fundidas no Brasil, hoje encontram-se fixadas no Memorial do Mestre Valentim Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

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MESTRE VALENTIM- O Urbanista

1 – Vista aérea Pça Quinze, Rio de Janeiro 2 – Sequencia de imagens do Chafariz da Praça Quinze , Rio de Janeiro

Após trinta anos, o primeiro chafariz localizado no centro da praça teve que ser removido, pois dificultava manobras militares. Mestre Valentim ficou incumbido da remoção do velho chafariz para a beira do mar.

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Chafariz

Posição do Chafariz da Praça Quinze em relação ao cais do porto.

No século XVIII, a Rua das Bellas Noites, atual Rua das Marrecas, ligava o Passeio Público ao Chafariz das Marrecas, atualmente parte dele pode ser apreciado porque está reproduzido no Jardim Botânico.

O Chafariz original possuia entre as duas estátuas, as esculturas de marrecas em bronze que deram nome ao Chafariz, duas delas encontram-se no Museu da Cidade, uma está em Recife e as outras desapareceram.

Reprodução do Chafariz das Marrecas de Mestre Valentim,

sem as marrecas, feita no Jardim Botânico.

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“Construídos no período colonial brasileiro, este elemento integrava o sistema de abastecimento de água da cidade em um primeiro estágio de urbanização”, ressalta Dora Alcântara, da Comissão de Patrimônio do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB).

Chafariz das SaracurasPraça General Osório em Ipanema

Construído de pedra, eram de mármore o brasão e a cartela, e de bronze as saracuras, cágados, cruz e bicas, fundidos.

Chafariz das Saracuras inaugurado no pátiodo Convento da Ajuda em 1796

Chafariz

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MESTRE VALENTIM- o paisagista “Durante o reinado de Maria I

e Pedro II secou-se um lago outrora pestífero e converteu-se em forma de passeio”.

(trecho de inscrição que existia no Chafariz das Marrecas

A Lagoa do Boqueirão da Ajuda existia no local onde hoje está o Passeio Público

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Passeio Público

Imagem extraída do Google Earth – Street View

Passeio Público em primeiro plano e a esquerda projeção dos Arcos da Lapa. Do lado direito acima o Edifício do Teatro Municipal. O Passeio foi construído entre 1779 e 1783. Foi o primeiro jardim público da cidade e do país.

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Passeio Público

O aterramento da lagoa do Boqueirão recuperou uma área equivalente a 20 hectares.

Segundo alguns cronistas, o próprio Valentim teria delineado as ruas de acesso ao parque.

Mestre Valentim desenhou um jardim em estilo francês, totalmente plano, com ruas em linhas retas formando desenhos geométricos de tamanhos diversos.

A planta trapezoidal do Passeio e o eixo com a Rua das Marrecas em desenho de Cláudio Taulois

O traçado de Valentim na planta do Passeio, de Francisco Betancourt (1791)

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Mestre Valentim não trabalhou apenas como supervisor e autor da planta do Passeio, mas também confeccionou todas as peças de arte, inclusive as de metal, as primeiras fundidas no Brasil

Passeio Público

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Os 33.649 m² de área do Passeio são habitados por espécies vegetais variadas como mangueiras, oitizeiros, palmeiras, amendoeiras e até uma araucária, e por algumas espécies animais.

Para José Mariano Filho, fundador do Instituto dos Arquitetos do Brasil, o Passeio foi, como seria depois o Jardim Botânico, “um campo de aclimação de espécies vegetais exóticas. A Flora do Brasil era pouco conhecida e os vice-reis queriam a todo transe introduzir aqui as especiarias asiáticas.”

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Chafariz dos Jacarés

No caso do jardim carioca, o eixo tinha dois extremos: o Chafariz das Marrecas, erguido em 1785, e o conjunto escultórico da Fonte dos Amores, que se encontrava no final do Passeio.

Do conjunto original do Chafariz dos Jacarés não restou quase nada, a não ser o próprio corpo da fonte e os jacarés

O visitante ao longo de um percurso visualizaria o Chafariz das Marrecas e no extremo do parque, se revelaria o Chafariz dos Jacarés (também conhecido como Fonte dos Amores.


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