MATERIAS DE CONSTRUÇÃO
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a origem ou obtenção:
- Naturais: encontrados livremente na natureza e não necessitam de nenhum processo industrial. Exemplos: areia,
madeira, pedra.
- Artificiais: são obtidos por processos industriais. Exemplos: Tijolos, telhas
- Combinados: resultantes da combinação de materiais naturais e artificiais. Exemplos: argamassa, concretos.
Quanto a função:
- Vedação: não tem função resistente a estrutura. Ex: alguns tijolos, vidros.
- Proteção: servem para proteger materiais propriamente ditos. Ex: verniz, tintas
- Estruturais: resistem a esforços atuantes na estrutura. Ex. Madeira, aço, concreto
Quanto a composição:
- Simples ou Básicos: são aplicados isoladamente. Ex: telhas, tijolos
- Compostos ou produzidos: são empregados conjuntamente. Ex: argamassas e concreto.
Quanto a estrutura interna:
- Lamelar - Ex: argila
- Fibrosa - Ex: amianto
- Vítrea - Ex: vidro
- Cristalina - Ex: metais
- Agregados complexos - Ex: concreto
- Fibrosos com estrutura complexa - Ex: madeira
PROPRIEDADES
Massa específica real
- É a relação entre a massa do material pelo volume sem contar os vazios (Compactado)
- Serve para calcular porosidade e compacidade
- fórmula: 𝛾𝑜 =𝑚
𝑉0 (em Kg/m³)
Massa unitária
- É a relação entre a massa do material pelo volume contando os vazios.
- Importante para construções pois é parâmetro para o peso próprio e para cálculos de transporte.
- fórmula: 𝛾 =𝑚
𝑉 (em Kg/m³)
Compacidade
- É a relação entre o volume compactado e o volume natural.
- fórmula: 𝐶 =𝑉𝑜
𝑉 𝑥 100
Porosidade
- É a relação entre o volume de vazios e o volume natural.
- é parâmetro para diversas outras propriedades como resistência mecânica, permeabilidade, condutibilidade térmica,
etc.
- fórmula: 𝑝 =𝑉−𝑉𝑜
𝑉 𝑥 100
Absorção
- É a relação entre a diferença entre a massa da amostra saturada e da amostra seca pela amostra seca.
- É propriedade que indica a capacidade do material de absorver e reter água.
- fórmula: 𝐴 =𝑃𝑠−𝑃𝑜
𝑃𝑜 𝑥 100
- a determinação é feita em duas etapas:
Seca-se a amostra em estufa;
Coloca-se a amostra em um recipiente com água fervente e espera-se esfriar até a temperatura ambiente.
Absorção
- É a propriedade que indica a capacidade do material de permitir a passagem de material líquido ou gasoso.
Resistência ao fogo
- É a propriedade na qual o material não é destruído ou consumido na presença de fogo e pode ser:
Incombustíveis: Materiais que não se inflamam.
Combustíveis: Se inflamam e consumem sob a ação do fogo.
Resistência a corrosão
- É a propriedade na qual o material resiste a ação de ácidos, bases, sais ou gases.
- A maioria dos materiais não possui esse tipo de resistência, como por exemplo, ácidos atacam principalmente madeira,
calcário, cimento e as bases atacam os materiais betuminosos.
- Resistentes aos ácidos temos materiais cerâmicos e algumas pedras naturais.
Resistência mecânica
- É a propriedade na qual o material não é destruído pela ação de cargas.
- Essa propriedade é principalmente estudada na Resistência dos Materiais.
- A ação de cargas causam uma séries de esforços: Tração, Compressão, Flexão, Cisalhamento e Torção.
- Os pedregulhos e concretos resistem bem a Compressão e não a tração. Já o aço resiste bem a Tração e pouca a
compressão.
- Relação entre força distribuída na área de aplicação.
- fórmula: 𝜎 =𝐹
𝐴
- Alguns materiais frágeis fissuram antes de ser atingida a carga de ruptura.
- A carga sendo aplicada alternadamente faz com que o fenômeno de fadiga ocorra quando essa carga está em torno do
valor da de ruptura.
- As características dos materiais variam ao longo do tempo e uso. Geralmente a resistência diminui. Para isso a ABNT
indica um coeficiente de segurança.
Dureza
- É a propriedade na qual o material resiste a penetração de outro material mais duro.
Resistência à abrasão
- É a propriedade na qual o material resiste sem a perda de massa ou volume a cargas abrasivas.
Elasticidade
- É a propriedade na qual o material consegue retornar a sua situação inicial após a retirada do carregamento.
- Pode retornar parcialmente ( Deformação Residual) ou totalmente.
- Chama-se de limite de elasticidade o ponto em que a tensão aplicada após retirada não traz o material de volta a sua
situação original.
AGLOMERANTES
- Aglomerantes são substâncias pulverizadas que pela mistura com água ganham o poder cimentante, ou seja, ligam
materiais pétreos.
- Agregado é material granular e inerte usado nas composições de argamassa e concretos.
- Pode ser miúdo (Ф < 4,8mm) e graúdo (Ф > 4,8mm).
- São utilizados na composição dos concretos e argamassas visando a economia, pois ocupam volume com material mais
barato e para reduzir também a retração do aglomerante.
- A mistura entre aglomerante, água e agregado miúdo tem o nome de Argamassa e a esses itens somando o agregado
graúdo, tem-se o Concreto Simples.
- A mistura de aglomerante e água tem o nome de pasta, porém com água em excesso passa a ser chamado de nata.
CLASSIFICAÇÃO
- Aglomerantes aéreos: preservam suas propriedades somente em presença do ar.
Ex: Gesso, cal aérea.
- Aglomerantes hidráulicos: preservam suas propriedades na presença do ar e da água. São mais encontrados na
construção civil e possuem melhor resistência mecânica.
CIMENTO PORTLAND
- É um produto pulverulento constituído de silicatos e aluminatos de cálcio, também com poucas doses de cal livre (CaO)
que com a hidratação, passa a ter a massa endurecida e elevada resistência mecânica.
Fabricação
1) Extração da matéria prima: Extração de Argila e Calcário.
2) Mistura: Pode ser feita por via úmida (adição de água) ou via seca (secagem) e depois misturados os materiais
3) Homogeneização.
4) Calcinação: Feitas em fornos com 4 estágio e adição da queima do carvão. É tida como a etapa mais importante,
pois o seu produto final é o Clínquer.
5) Resfriador: fica logo após o forno e é formado por chapas metálicas que recebem ar frio, fazendo o clínquer
passar de 1200º para 60º.
6) Moagem: Com o clínquer mais frio, ele passa para os moinhos onde será misturado com gesso e minerais.
7) Ensacamento e Expedição: Após ser misturado, o material segue para um filtro onde o melhor do material é
selecionado. Em alguns processos a necessidade de um separador que serve como um filtro. Assim, já pronto, o
cimento é pesado e ensacado em sacos com cerca de três níveis de papelão para transporte rodoviário e, se
exportado, deverá conter 6 níveis com uma sendo impermeável.
Propriedades
Massa Específica
- Usualmente considerada 3,10 kg/m³
Finura
- Propriedade ligada ao tamanho dos grãos de cimento.
- Influenciam na velocidade da reação de hidratação. Quanto maior a finura, maior a resistência mecânica, a
impermeabilidade, a trabalhabilidade e a coesão.
Pega do Cimento
- É um fenômeno que compreende a evolução das propriedades mecânicas da pasta no início do processo de
endurecimento. Esse conceito é utilizado tanto em Argamassa como em Concretos.
- No processo de pega o material passa a perder a trabalhabilidade e não permitir mais a remistura, culminando enfim no
processo de endurecimento.
- Fator muito importante na execução de alvenarias e assentamentos de cerâmicas.
Exsudação
- É um fenômeno que compreende a segregação dos materiais do concreto, onde os agregados mais densos descem por
gravidade. Esse processo ocorre antes do início da pega.
- Esse processo prejudica a uniformidade, a resistência e a durabilidade dos concretos.
- Para evitá-la deve ser observada a finura do concreto, pois os espaços sendo todos ocupados evitam a ascensão da água
e a segregação dos materiais.
Estabilidade do Volume
- É um fenômeno em que acontece o indesejável processo de aumento do volume posterior ao endurecimento.
- Isso acontece pelo fato de existir um valor alto de cal livre (CaO), pois posteriormente ao endurecimento ele tende a se
libertar e querer sair, expandindo e fissurando a peça de concreto.
- Para evitá-la deve ser o processo da calcinação, onde uma supercalcinação elevaria as taxas de CaO no clínquer
trabalhado.
Calor de Hidratação
- É um fenômeno em que, durante o processo de pega e endurecimento, é gerado calor proveniente das reações de
hidratação do concreto.
- A elevação da temperatura na peça passa a induzir ao aparecimento de fissuras de contração após o resfriamento da
peça. Em função da idade, o calor de hidratação se desenvolve de acordo com o quadro abaixo. Por isso considerar essas
idades para no desenvolvimento das propriedades do concreto.
Idade % do calor desenvolvido
3 dias 50 7 dias 60
28 dias 90
Resistência Mecânica
- É determinada pela ruptura de corpos de prova cilíndricos confeccionados com amostras antes da concretagem.
- Dependendo, além da resistência a compressão, devem ser medidas a tração (Cálculo de pavimentos de concreto) e a
flexão.
- Em relação a resistência a compressão, temos a seguinte tabela de acordo com a idade
Idade % de resistência
3 dias 100 7 dias 103
28 dias 110
GESSO
- É um produto proveniente da calcinação da gipsita, material encontrado em depósitos naturais.
- De acordo com a temperatura de calcinação, teremos três tipos de gesso: Estucador, Alta resistência e para Reboco.
- O gesso Estucador (ou Paris) é tem boas propriedades em relação ao seu tempo de pega, que pode ser rápida ou lenta
de acordo com seus aditivos.
- O gesso de alta resistência tem a mesma composição dos outros, porém sua estrutura cristalina é diferente. Esse fato
influencia no processo de construção, pois enquanto que o gesso comum exige 65% de água, o de alta resistência só
requer 45%.
- O gesso de reboco é mais comum na construção e mais barato que os anteriores.
CAL AÉREA
- É obtido do calcário com teor desprezível de argila.
- Para obtenção, é necessário o cozimento próximas a 900º, porém menores, desprendendo-se o gás carbônico, ficando
só a cal.
- É mais solúvel em água salgada do que doce.
- Costumeiramente utiliza-se com um pouco de areia para ficar porosa e facilitar as reações do ar com a pasta, para assim
evitar as fissuras da retração.
CAL HIDRÁULICA
- É obtida de rochas calcário-argilosas que contenham ainda carbonato de magnésio, sílica, alumina e óxido de ferro.
- Como na cal aérea, utiliza-se da calcinação a 900º, onde há a liberação de cal livre (CaO), porém parte dessa cal formam
silicatos e aluminatos de cálcio. Para retirar a cal hidráulica, devemos adicionar um pouco de água com cuidado para essa
não reagir com os silicatos e aluminatos.
AGREGADOS PARA CONCRETO
- São o conjunto de grãos naturais processados ou produzidos, de tamanhos diferentes que se ligados a material
aglomerante e água, formam concretos e argamassas.
- Agregados miúdos:
Filler – material que passa na peneira nº200 (0,075mm).
Areia – material que passa na peneira nº4 (4,8mm)
Pedrisco – material obtido por fragmentos de rochas que passa na peneira nº4 (4,8mm)
- Agregados graúdos:
Seixo rolado – material natural retido na peneira nº4 (4,8mm)
Brita ou Pedra Britada – material obtido na trituração da rocha e retido na peneira nº4 (4,8mm
Filler
- Material muito fino analisado pelo ensaio de sedimentação.
- É comumente usado na: preparação de argamassa betuminosa, preparação de concretos para ocupar os vazios, na
adição a cimentos, na fabricação de borracha artificial.
Seixos rolados e areias
- São materiais tidos como mais econômicos, pois não necessitam de processo de britagem e estão em grandes
quantidades na natureza, facilitando assim a sua extração.
- São encontrados em: Depósitos, leitos de rios, bancos de areia, depósitos de enchentes, depósitos eólicos e marinhos.
Pedra Britada
- Obtidas por fraturamento dos maciços rochosos.
- O concreto feito com esse material tem maior consumo de água, de cimento e são menos trabalháveis que os feitos com
seixos rolados. Porem, garantem uma maior resistência mecânica e maior aderência com a argamassa.
PROPRIEDADES
Massa específica
- Variam de 1,6 a 3,2 kg/m³
Umidade
- Influi principalmente em agregados miúdos no fenômeno de inchamento (influencia no cálculo do volume ocupado).
- Pode ser realizado de diversas formas: Secagem em estufa, Secagem ao fogo, Picnômetro e Speedy.
Granulometria
- é a proporção relativa dos diferentes diâmetros de grãos espelhados no solo amostrado.
- A série de peneiras normais é: 0,15 – 0,30 – 0,60 – 1,20 – 2,40 – 4,80 mm (Agregados miúdos)
4,80 – 9,50 – 19 – 38 – 76 – 152 mm (Agregados graúdos)
- Ensaio: A amostra é coletada. No laboratório é homogeneizada. Passa pelo processo de quarteamento onde duas partes
opostas são escolhidas e duas rejeitadas. Depois voltam a ser misturadas e quarteadas rejeitando e aceitando duas. As
últimas duas passam pelo processo de peneiramento, de onde saem as massas de material retido. Assim podemos traçar
a curva granulométrica e retirar as informações necessárias ao solo estudado.
- A maior resistência mecânica está atrelada ao menos número de grãos finos, que consequentemente traz menos
consumo de água. Porém, a trabalhabilidade fica afetada sem grãos finos e exige mais energia de adensamento.
CONCRETO DE CIMENTO
PROPRIEDADE CARACTERÍSTICAS EM QUE INFLUI COMO INFLUI
FÍSICA CONDUTIBILIDADE TERMICA RESIST. MECÂNICA +CONDUTIBILIDADE, - RESISTÊNCIA
FÍSICA DILATAÇÃO TÉRMICA RESIST. MECÂNICA +DILATADO, - RESISTENCIA
FÍSICA COMPACIDADE RESIST. MECÂNICA +COMPACTO, + RESISTENCIA
FÍSICA POROSIDADE RESIST. MECÂNICA +POROSO, - RESISTENCIA
FÍSICA PERMEABILIDADE DURABILIDADE +PERMEAVEL, - DURAVEL
FÍSICA CAPILARIDADE DURABILIDADE E EXSUDAÇÃO +CAPILARIDADE, - DURABILIDADE
FÍSICA ADERÊNCIA DOS GRÃOS RESIST. MECÂNICA E DURABILIDADE
+ADERÊNCIA, + DURAVEL, +RESISTENCIA
FÍSICA CONSISTÊNCIA TRABALHABILIDADE +CONSISTENTE, +TRABALHAVEL
FÍSICA DENSIDADE RESIST. MECÂNICA +DENSO, +RESISTENCIA
FÍSICA GRANULOMETRIA RESIST. MECÂNICA E TRABALHABILIDADE
+GRAUDOS, +RESITÊNCIA
+MIÚDOS, +TRABALHABILIDADE
FÍSICA HOMOGENEIDADE RESIST. MECÂNICA, DURABILIDADE E TRABALHABILIDADE
+HOMOGÊNIO, + DESSAS PROPRIEDADES
FÍSICA EXSUDAÇÃO RESIST. MECÂNICA, DURABILIDADE E TRABALHABILIDADE
+EXSUDAÇÃO, - DESSAS PROPRIEDADES
FÍSICA SEGREGAÇÃO RESIST. MECÂNICA, DURABILIDADE E HOMOGENEIDADE
+SEGREGADO, - DESSAS PROPRIEDADES
QUÍMICA EXPANSIBILIDADE RESIST. MECÂNICA +SEGREGADO, - RESISTENCIA
QUÍMICA PEGA RESIST. MECÂNICA E APLICABILIDADE
+PEGA, + RESISTENCIA, + APLICABILIDADE
QUÍMICA RESISTÊNCIA QUÍMICA APLICABILIDADE +RESIST. +APLICÁVEL
MECÂNICA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO APLICABILIDADE +RESIST. +APLICÁVEL
MECÂNICA RESISTÊNCIA A TRAÇÃO APLICABILIDADE +RESIST. +APLICÁVEL
MECÂNICA ELASTICIDADE DEFORMAÇÃO +ELASTICIDADE, +DEFORMAÇÃO
MECÂNICA FLUÊNCIA DEFORMAÇÃO +FLUENCIA, +DEFORMAÇÃO
MECÂNICA DEFORMAÇÃO LENTA DEFORMAÇÃO +DEF. LENTA, +DEFORMAÇÃO
MECÂNICA DURABILIDADE APLICABILIDADE +DURÁVEL, +APLICÁVEL
MECÂNICA RESISTENCIA AO DESGASTE APLICABILIDADE +RESIST. +APLICÁVEL
MECÂNICA RETRAÇÃO RESIST. MECÂNICA +RETRAÇÃO, -RESITENCIA
MECÂNICA REFRATARIEDADE RESIST. AO FOGO +REFRATARIO, +RESISTENCIA
MECÂNICA TRABALHABILIDADE APLICABILIDADE +TRABALHÁVEL, +APLICÁVEL
MECÂNICA RESISTENCIA AO FOGO APLICABILIDADE +RESIST. +APLICÁVEL
MECÂNICA DUREZA RESIST. MECÂNICA +DUREZA, +RESISTENCIA
PROPRIEDADES IMPORTANTES
Consistência e Trabalhabilidade
- Trabalhabilidade é o grau de facilidade com que o concreto é colocado na forma, sem haver a segregação.
- Com a consistência adequada para cada tipo de situação, o concreto se torna trabalhável e de fácil adensamento.
Textura
- é a situação final em que o concreto se encontra
- é medido e qualificado através de observação
- tem influência no acabamento.
Massa Específica
- 2,4 t/m³
Durabilidade
- é o fator que a peça pode suportar estando em contato com alguma substância agressiva.
- Táticas que evitam problemas na obra: Baixo fator A/C, boa trabalhabilidade, perfeitas operações de adensamento e
cura.
Permeabilidade e Absorção
- O concreto é impossível de não ter vazios.
- Essas propriedades dizem questão dos vazios obtidos no concreto por processos naturais e que são prejudiciais no
concreto, principalmente: Causam retração, Variação de temperatura.
Deformações
- São caudadas por fatores de: hidratação do cimento, solicitação mecânica, variações térmicas
Deformações imediatas
- São as causadas no momento em que é aplicado o carregamento.
- Causam fissuras que devem ser evitadas ao máximo – limitadas na NBR 6118
Deformações lentas
- São deformações que aparecem na peça após o tempo de carregamento e de sua manutenção na estrutura.
- podem ser anelásticas (desaparecem após a retirada do carregamento) e fluência (quando permanecem).
CONTROLE TECNOLÓGICO
Controle de Concreto na Obra
- Importante fator de segurança do concreto na obra.
- É principalmente determinado no momento da concretagem, com a coleta de amostras dos corpos de prova cilíndricos.
- Os resultados irão comparar o fck da obra com o fck especificado.
Ensaios de Concreto Estrutura
- Utilizado quando:
Os ensaios de controle de concreto são insuficientes
A estrutura se encontra danificada
Há falha ou erro de projeto/execução
Necessita modificar a estrutura ou seu uso
- Podem ser:
Não Destrutivos: (Ultrassom, Esclerometria)
Semi Destrutivos: (Arrancamento, Penetração)
Destrutivos: Extração de corpo de prova da estrutura
Assim temos o quadro resumo dos ensaios:
Ensaio Propriedade medida
Propriedade Estimada
Norma
Dano à estrutura
Restrições Custo Velocidade dos
Resultados
Confiabi-
lidade
Ultrassom Velocidade do deslocamento de impulsos
Resistência, Modulo de deformação, Resistencia a flexão e Homogeneidade
BS-4408
Nenhum Necessita de 2 superfícies lisas
Baixo Rápida Moder.
Esclerometria Coef. Escl. Arbitrário
Resist. à abrasão, Resist. CP e Homogeneidade
BS-4408
Nenhum
Necessita de Superfície Lisa
Muito Baixo
Rápida Peq.
Extração de CP Resist. Do concreto na estrutura
Resist. CP, Adensamento
BS-1881
Furos no Concreto
Tamanho CP, Segurança das peças
Alto Baixa Boa
Penetração Resist. a penetr.
Resistencia do concreto
ASTM C803
Superf. Danif.
Espessura mínima, Distância mínima das bordas
Moder Rápida Moder.
Arrancamento Resist. do Concreto
Resistencia do concreto
ASTM C900
Cone Extraído
Dificuldades da extração
Moder Rápida Moder.
MADEIRA
CLASSIFICAÇÃO
Madeira de lei ou duras
- São madeiras provenientes de árvores de ótima qualidade, que não necessitam de melhoramentos.
Ex: Peroba, Canela, Maçaranduba e Eucalipto.
Madeira mole ou branca
- São madeiras de qualidade inferior que são utilizadas principalmente em materiais auxiliares da construção.
Ex: Pinho, Pau-Branco.
Defeitos Descrição Dano à Estrutura
Nó Formação de núcleos em pontos de estruturas das árvores
Menos Resistência, principalmente a tração
Furos de larvas Furos produzidos por insetos Menos Resistência e fissuras
Bolor Desintegração da madeira causada por fungos Menos Resistência e descoloração
Apodrecimento Desintegração avançada da madeira causada por agentes estranhos.
Menos resistência, descoloração e fraqueza
Fendas Aberturas nas pontas das toras causadas por choques ou secagem
Menos resistência
Abaulamento ou
Empenamento
É o encurvamento da seção transversal, na largura das peças.
Menos resistência e defeito visual
Arqueadura Empenamento no sentido longitudinal ou seja no comprimento
Menos resistência
PROPRIEDADES
Umidade
- É importante pois influencia em outras propriedades.
- O ensaio utiliza-se de um corpo de prova prismático de 20x20x30mm. Esse é colocado em estufa e secado por 3hrs.
- É considerada normal quando atinge até 15%.
Massa Específica
- Todas as madeiras tem massa específica de valor 1,5 g/cm³
Ensaios
Compressão de Fibras Paralelas
Módulo de Deformação a Compressão
Flexão Estática
Modulo de Deformação à Flexão
Flexão Dinâmica
Tração Normal às Fibras
Dureza
Cisalhamento
Resistência à Flambagem.
MATERIAIS CERÂMICOS
- Tem a argila como principal matéria-prima, juntamente com desengordurantes.
CLASSIFICAÇÃO
De origem da Caolinita:
- São mais puras – Porcelana, Refratária, Cerâmica Sanitária
De origem da Montmorilonita:
- São pouco utilizadas, pois são muito absorventes e necessitam ser misturadas a caolinita para corrigir a plasticidade.
De origem da Micáceas:
- Utilizada para fazer tijolos e telhas.
FABRICAÇÃO
1) Exploração da Jazida
Estudos feitos da qualidade, tipo e quantificação do material. Desse estudo se indica quais produtos poderão ser
produzidos.
2) Extração das Jazidas
Primeiramente, limpa o material de expurgo, inútil depois com equipamentos rudimentares até os mais
modernos, passamos a retirar o material.
3) Tratamento da Matéria Prima
O processo de tratamento compreende a depuração (eliminação de impurezas), divisão (Retirada de pequenos
fragmentos da argila), homogeneização (argila + desingordurante + água), umidificação (Obtenção adequada de
umidade)
4) Moldagem:
Processo que depende muito da plasticidade da mistura, causando a economia de água no processo.
O mais comum é a moldagem mecânica feita em pastas brandas, marombas e prensas.
5) Secagem
Tem o objetivo de secar o material após a moldagem retirando parte da água, equilibrando as tensões externas e
internas.
6) Queima
São utilizados fornos intermitentes ou contínuos. E a queima depende muito do tipo de material a ser produzido.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO
TINTAS
- São substâncias aplicadas nas superfícies com a finalidade de protegê-las da deterioração. São também peças
arquitetônicas de grande importância paisagística.
- Como exemplos de tintas temos:
Tinta a óleo
Tintas Emulsionáveis
Tintas para caiação
Tinta resistente ao calor
Tintas luminescentes
VERNIZES
- São substâncias de gomas ou resinas que são convertidas em uma película translúcida para aplicação em finas camadas.
- São de alta resistência a água, porem são quebradiças e não são indicadas para exteriores que levem sol ou pisos muito
utilizados.
ESMALTES
- É formado pela mistura de pigmentos com vernizes resultando em um produto altamente liso e fino.
- Utilizado em materiais com necessidade de proteção da água e que necessitem de boa aparência.
MATERIAIS PLÁSTICOS
- São substâncias orgânicas de grande massa molecular e que apesar de sólidas, tem como seus produtos finais com
capacidade de serem plásticos ou moldáveis pela simples aplicação de calor e/ou pressão.
- São classificados pelo seu processo de aquecimento como:
Termoplásticos: são os que sozinhos ou com um plastificante amolecem pelo aquecimento. Podem ser
remoldados quantas vezes for necessário. O retorno do líquido para o sólido é impossível.
Termofixos: passam pelos estados bem mais rápido, sendo aquecidos ou por pressão. Podem amolecer e
endurecer de acordo com a necessidade
Não moldáveis: são aqueles que mesmo em altas temperaturas e sob pressão não são moldáveis, pois sofrem
decomposição.
Tipos Classificação Aplicação
Poliéster ou Alquídicos
Termofixo
Fibras de vidro, Peças para automóveis, Peças para telefones móveis, tacos de golfe varas de pescar.
Poliamida Termoplástico Conhecido como Naylon. Utilizado em tecidos, pentes, escovas, copos, linhas de pesca, rede de tênis e vôlei.
Polivinílicos Termoplástico Sapatos, Tubos Flexíveis, Colchões de ar, Bolas, adesivos
Poliacrílicos Termoplástico Anúncios luminosos, Janelas de aviões, Caixas transparentes e dentaduras
Poliestireno Termoplástico e Termofixo
Brinquedos, Garrafas, Televisões, pentes, botões.
Poliestireno Expandido
Não moldável Chamado de Isopor. Utilizado como isolante, como forro e com proteção de equipamentos contra choques
Epóxi Termoplástico e Termofixo
Revestimentos superficiais e construção de pisos
Celulósicos Não moldável Lapiseiras, Pernas de óculos, lápis, farol de carros e motos
Fenólicos Termofixo Isoladores elétricos, Roldanas, polias e colas para móveis
Derivados de Ureia Termofixo Tampas, espelhos de interruptores, botões e armários para banheiros.
Derivados da Melanina
Termofixo Cafeteiras, Aparelhos de jantar e botões
Fluorcarbonetos Termoplásticos Vedações flexíveis, Válvulas e Bombas
Poliuretanos Termofixo Esponjar, estofados de carros e isolamento em paredes pré-fabricadas
Silicones Termofixo Adesivos, graxas, borracha, esmalte de revestimento e elastômeros
MATERIAIS BETUMINOSOS
- São compostos essencialmente de betume, uma mistura de hidrocarbonetos que podem ser líquidos, sólidos ou gaosos
de origem natural ou artificial por reações químicas.
ASFALTO
Definição
- São materiais constituídos principalmente por betumes e podem ser obtidos de jazidas naturais, rochas asfálticas ou pro
processos industriais de destilação do petróleo (PETROBRÁS).
- São suas características: Cor preta ou parda, Sólidos ou semissólidos em temperatura ambiente, cheiro de óleo
queimado, massa específica em torno de 1kg/dm³.
Propriedades
Massa específica de 1kg/dm³.
Viscosidade: É a capacidade de resistir à deformação pela ação de uma força oposta ao sentido em um fluido.
Ductilidade: É a capacidade do material de se alongar sem se romper. Importante nesses materiais pois há
dilatações excessivas por causa do calor.
Utilização
- pode ser utilizado de duas maneiras:
Estanqueidade, Tintas e Revestimentos de Proteção
Características: Dever ser bastante aderente, resistir ao contado com a água, resistir bem a abrasão, não atacar
quimicamente aglomerantes e agregados e poder formar uma camada impermeável
Uso em Rodovias
Características: Proporcionar boa ligação entre agregados, resistir bem a ações mecânicas e boa capacidade de
impermeabilização.
MATERIAIS METÁLICOS
- São os materiais que fazem parte do grupo metais da tabela periódica.
- São caracterizados pela alta resistência mecânica, ductilidade, dureza, brilho, opacidade, baixa resistência elétrica e alta
condutibilidade térmica. Seu uso está diretamente ligado a essas propriedades.
- Seus principais usos são: Estruturas com grandes vãos, condutores elétricos, materiais de acabamento e proteção.
PROPRIEDADES
Resistência a tração
Resistência a compressão
Resistência ao cisalhamento
Dureza: indica a dificuldade de se riscar ou marcar a superfície do material
Impacto
Fadiga: Submeter materiais a esforços variáveis.
Fluência: Aumento da deformação com o tempo, incapaz de retornar ao seu estado inicial após retirado o
carregamento.
Dobramento: Importante propriedade para metais do concreto. Capacidade do material de ser moldado. No caso
do aço no concreto, isso é importante pois esse tem que ser dobrado a frio.
OXIDAÇÃO E CORROSÃO
- São processos em que o material tende a retornar à natureza procurando uma condição mais estável.
- A oxidação É o fenômeno no qual o metal reage com o oxigênio do ar no qual está em contato direto.
- No processo, a oxidação se inicia na superfície externa formando uma camada de óxidos que tendem a impedir o
prosseguimento da reação. Porém essa reação pode não parar, e passar a deteriorar o metal.
- Pode ser benéfica quando forma a camada de proteção. Ex. Aço inoxidável. (Formando por aço, cromo e níquel) onde o
cromo se oxida e forma a camada de proteção do metal.
- Pode ser maléfica no caso do aço carbono comum, pois deteriora muito o metal fazendo-se necessário onerosos
tratamentos (tintas especiais) e dependendo do estágio, substituição da peça.
- Corrosão é o processo em que a substância do meio reage com o material e é removida com parte do composto químico
resultante. A corrosão é consequência do processo de oxidação.
CASO DE OXIDAÇÃO E CORROSÃO NO CONCRETO ARMADO
- No concreto armado a armadura é protegida dentro da estrutura e o meio se torna alcalino pela presença do cal do
aglomerante. Porém, com o tempo, o cal passa a reagir com o CO2 do ambiente podendo chegar a atingir a armadura e
essa passa a sofrer o processo de corrosão e diminuição de sua área útil. Para isso não acontecer, o concreto deve ser o
mais impermeável possível e ter um cobrimento seguro, evitando o contato com o meio. Se isso não acontecer, medidas
perigosas e onerosas de reparação deverão acontecer.
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
CONCEITO
- A indústria da construção civil vem sendo uma das principais atuantes na movimentação econômica do pais e por suas
características sociais de integração desde os empresários do ramo imobiliário aos operários.
- É um dos grandes vilões dos acidentes de trabalho figurando 8,5% da média atual dos acidentes de trabalho no país.
TÉCNICAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
- O trabalho deve ser realizado por profissional qualificado e supervisionado por profissional legalmente habilitado;
- O quadro de força principal, a distribuição, as tomadas e os comandos devem ter proteção contra intempéries;
- A fiação elétrica enterrada deve ser protegida por placas de concreto ou eletrodutos, ter sinalização de advertência e ser
mantida à distância mínima de 1,50m das escavações;
- O fusível, a chave e o disjuntor devem ser compatíveis com o circuito. Não substituir por dispositivo improvisado ou por
fusível de capacidade superior, sem a correspondente troca de fiação;
- Aterrar estruturas e carcaças de equipamentos elétricos.
ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA
- O canteiro organizado propicia:
Otimização dos trabalhos;
Redução das distâncias entre estocagem e emprego do material;
Redução dos fatores de risco de acidentes.
- Para o bom aproveitamento da área dos canteiros, é importante:
Manter materiais armazenados em locais pré-estabelecidos, demarcados e cobertos, quando necessário;
Desobstruir as vias de circulação, passagens e escadarias;
Coletar e remover regularmente entulhos e sobras de material, inclusive das plataformas;
Utilizar equipamentos mecânicos ou calhas fechadas, para a remoção de entulhos em diferentes níveis;
Utilizar capacete, luvas, máscara descartável e calçado de segurança para a remoção de entulhos, sobra de
materiais e limpeza do canteiro;
Evitar poeira excessiva e riscos de acidentes durante a remoção.
ALMOXARIFADO
- Deve ser instalado em local que facilite a recepção dos materiais e a distribuição pelo canteiro;
- Manter limpo, organizado e identificado, de modo a não prejudicar o trânsito de pessoas, a circulação de materiais e o
acesso aos equipamentos de combate ao incêndio;
- Manter os materiais com facilidade de acesso e manuseio;
- Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis e explosivos, devem ser identificados e separados por compatibilidade
química. Devem ser armazenados em local isolado e sinalizados.
ESCAVAÇÕES DE VALAS E POÇOS
- Identificar previamente a existência de galerias, canalizações e cabos elétricos; bem como os eventuais riscos com
emanações de gases;
- Inspecionar diariamente o escoramento do talude;
- Delimitar as áreas de escavações com fitas zebradas e cavaletes, proibindo o tráfego de veículos;
- Quando houver trânsito sobre a escavação, instalar passarelas de largura mínima de 0,60m, protegidas por guarda-
corpos;
- Depositar os materiais retirados da escavação em distância superior à metade da profundidade medida a partir da borda
do tubulão;
- Viabilizar ventilação mecânica, com ar filtrado, no local da escavação;
- Na interrupção do serviço, manter cobertos os tubulões, com material resistente;
- Tornar obrigatório o uso de cinturão de segurança, dupla trava de segurança no sarilho e cabo de fibra sintética para
içamento do trabalhador, em caso de emergência;
- Instalar escadas ou rampas para abandono rápido do local;
- Promover revezamento de atividades entre os poceiros a cada hora trabalhada;
- Elaborar procedimento para resgate, disponibilizar equipamentos e ministrar treinamento para todos os envolvidos,
com simulação de emergência.
CONCRETAGEM
- Verificar previamente, na operação do vibrador, a existência da dupla isolação, instalações elétricas adequadas à
potência do equipamento, cabos protegidos contra choques mecânicos e cortes;
- Inspecionar o escoramento e a resistência das formas, por profissional habilitado, antes de iniciar as atividades de
lançamento e vibração de concreto;
- Promover revezamentos frequentes de atividades entre os trabalhadores que transportam o mangote, com os demais
trabalhadores envolvidos na tarefa de concretagem;
- Inspecionar as conexões dos dutos transportadores previamente à utilização.
RECORTE DE PAREDES E REVESTIMENTO CERÂMICOS
- Realizar os recortes em local aberto, com o vento a favor do trabalhador;
- Priorizar cortes em via úmida para evitar a propagação da poeira;
- Utilizar o riscador para recortes de revestimento cerâmico e/ou equipamento para aspiração de poeira em locais
fechados;
- Realizar a operação de recorte das peças com serra mármore ou riscador, apoiada na bancada, visando minimizar a
adoção de posturas inadequadas e risco de acidentes.
PLATAFORMAS
- Instalar plataforma principal de proteção em todo o perímetro, a partir da primeira laje, em edificações com mais de
quatro pavimentos;
- Instalar plataformas intermediárias a cada três pavimentos, retirando somente após o fechamento da periferia dos
pavimentos;
- Instalar a tela entre as extremidades de duas plataformas de proteção consecutivas, retirando-a somente depois de
concluído o fechamento da periferia até a plataforma imediatamente superior;
- Retirar periodicamente o entulho das plataformas;
- Restringir o comprimento do talabarte do cinturão de segurança tipo pára-quedista ao ponto de ancoragem, para não
ultrapassar o limite da edificação (periferia);
- Instalar, conforme projeto, dispositivos destinados à ancoragem e sustentação dos andaimes dos cabos de segurança
para uso de proteção individual em edificações com altura superior a 12m, a partir do térreo.
ANDAIME TUBULAR
- Instalar andaimes em montantes apoiados em sapatas sobre solo resistente, com guarda-corpo (1,20m) e rodapé
(0,20m), com toda a superfície de trabalho isenta de saliências ou depressões, e com travamento que não permita seu
deslocamento ou desencaixe;
- Providenciar a fixação e sustentação dos andaimes somente por profissional legalmente habilitado;
Montar os andaimes com material antiderrapante, forração completa e nivelada e fixá-los de forma segura e resistente;
- Utilizar o andaime móvel somente em superfícies planas, com travas nos rodízios e somente deslocá-lo sem pessoas ou
materiais na plataforma;
- Utilizar o cinturão de segurança, tipo paraquedista, em altura superior a 2 metros, preso ao trava-queda com cabo de
fibra sintética independente.
POÇO DE ELEVADOR
- Manter as proteções nas aberturas dos poços dos elevadores, mesmo durante a execução das atividades nos vãos;
- Proibir atividades próximas aos halls dos elevadores que possam provocar a queda de materiais nas aberturas dos
poços dos elevadores;
- Instalar fechamento provisório em material resistente e seguramente fixado à estrutura nos vãos de acesso ao poço dos
elevadores.
- Orientações para remoção das ferragens do poço do elevador:
- Iniciar a remoção das ferragens dos pavimentos superiores para os inferiores;
- Fornecer e tornar obrigatório o uso do cinturão de segurança, fixado ao trava-queda, que deverá estar preso ao cabo de
fibra sintética, afixado ao teto do poço do elevador;
- Utilizar capacete de segurança, óculos de proteção ou protetor facial, respirador contra poeira, protetor auditivo e luvas
de raspa no uso da esmerilhadeira;
- Instalar nas entradas dos poços dos elevadores cartazes para informar a existência de trabalhadores realizando
atividades no local.
SERRA CIRCULAR
- Instalar coifa protetora com alavanca de regulagem, cutelo divisor, proteção no sistema de transmissão de força e no
dispositivo de acionamento;
- Disponibilizar caixa coletora de serragem e sistema de coleta de poeira de madeira;
- O trabalhador deve utilizar dispositivo empurrador para serrar peças de tamanho reduzido, de modo a afastar as mãos
do ponto de corte;
- Afixar na carpintaria a relação dos trabalhadores autorizados a operar a serra circular;
- O trabalhador deverá utilizar capacete, protetor facial, protetor auditivo, luvas de raspa, respirador descartável, avental
e calçado de segurança.
BATE-ESTACAS
- Manter o pilão no solo quando não estiver em operação;
- Usar cinturão de segurança, tipo paraquedista, preso ao trava queda em cabo independente, ao posicionar a estaca no
capacete do pilão;
- Isolar a área de operação, durante o posicionamento da estaca no capacete;
- Utilizar protetor auditivo, luvas de raspa, bota de borracha ou de couro, vestimenta e, na operação de soldagem dos
anéis, usar máscara de solda, avental, luva e mangote de raspa.
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE DE CARGAS
- No levantamento manual, agachar próximo à carga mantendo a coluna ereta, os pés afastados e a carga próxima ao
tronco para que a força seja realizada pelas pernas.
- Usar dois ou mais trabalhadores para transportar cargas com peso superior a 23kg.
TRANSPORTE DE CARGA COM CARRINHOS MANUAIS
- A rampa portátil permite acesso do carrinho à carroceria do caminhão, evitando o transporte manual de carga.
- Os carrinhos para transporte de materiais devem ter rodas adequadas ao piso e sistema de trava a ser utilizado em piso
desnivelado. Devem ser mantidos, preventivamente, com engraxe das roldanas e calibração dos pneus.
TRANSPORTE MECANIZADO DE MATERIAIS
- Permitir a operação somente por profissional qualificado;
- Manter a cabina do elevador em boas condições de conservação e com placa com indicação de carga máxima permitida;
- Instalar torres dimensionadas para as cargas previstas, afastadas de redes elétricas ou isoladas, conforme normas da
concessionária local;
- Instalar torre e guincho em uma única base de concreto, rígida e nivelada;
- Manter a distância de 4,00m (quatro metros) entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada;
- Providenciar aterramento elétrico da torre e guincho do elevador;
- Revestir as torres de elevadores com tela de arame galvanizado ou material similar;
- Proteger as partes móveis do sistema de transmissão;
- Providenciar sistema de comunicação, via rádio, em freqüência diferente das outras operações;
- Fornecer ao operador assento com encosto dorso lombar.
GRUA
- A grua deve ser montada, desmontada e mantida somente por profissional qualificado, operações que devem ser
supervisionadas por profissional legalmente habilitado. Deve ser operada somente por trabalhador treinado e em boas
condições de saúde;
- Deve ter estrutura aterrada, para-raios a 2,00m acima da parte mais elevada da torre e lâmpada piloto para sinalizar o
topo;
- Deve dispor de anemômetro com alarme sonoro. Quando a velocidade do vento for superior à 42Km/h, permitir a
operação assistida e quando superior a 72Km/h, proibir a operação;
- Proibir sua operação sob intempéries;
- Elaborar e implementar procedimento para resgate do operador, em caso de mal-estar;
- Disponibilizar ao operador: assento com encosto dorso lombar, garrafa térmica com líquidos resfriados para o consumo
e pausas para as necessidades fisiológicas;
- Providenciar sistema de comunicação via rádio, em freqüência exclusiva, entre operador e sinaleiro amarrador;
- Isolar áreas de carga e descarga no raio de ação da grua;
- Verificar diariamente o funcionamento do sistema de fim de curso;
- Seguir o plano de carga conforme determinação da NR-18, anexo III.
CUIDADOS COM A HIGIENE PESSOAL E DO CANTEIRO
- Lavar as mãos frequentemente, principalmente antes e depois de comer, antes e depois de usar o banheiro e após
manipular terra.
- Manter as unhas limpas e cortadas.
- Lavar bem frutas e verduras.
- Beber água filtrada e fervida.
- Não ingerir carne crua ou mal cozida.
- Proteger alimentos contra moscas e outros insetos.
- Ande sempre com os pés calçados.
- Evitar banhos em locais de águas paradas como rios, lagos, poços, minas e açudes. Nesses lugares, pode-se pegar a
Esquistossomose (barriga-d’água) que é grave, se não for tratada!
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Cabe à empresa:
- Adquirir os EPI adequados a cada tarefa, com Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego – MTE e fornecer gratuitamente aos trabalhadores;
- Orientar e treinar periodicamente os trabalhadores para o uso, guarda e conservação dos EPI;
- Substituir imediatamente quando estiverem desgastados, danificados ou extraviados.
Cabe ao trabalhador:
- Utilizar os EPI necessários de acordo com a tarefa a ser realizada;
- Zelar pela sua guarda, limpeza e conservação;
- Solicitar a substituição, quando necessário;
- Atentar que o EPI é de uso exclusivo.
PRINCIPAIS EPI DE OBRA
Capacete: Proteção do crânio contra impactos e choques elétricos. O conjunto é formado por capacete, carneira e jugular.
Óculos de Segurança: Proteção dos olhos contra partículas, faíscas, respingos de produtos químicos. Os óculos de lentes escuras protegem contra radiação solar. No mercado tem óculos de lentes transparentes e lentes escuras de diversos modelos.
Luva de Raspa: indicada para atividades de manipulação de materiais desgastantes ou perfurantes, como transporte de blocos de concreto.
Luva de Lã Pigmentada: utilizada para serviços não desgastantes aonde é necessário abrasão e tato. Serviços com materiais desgastantes é indicada a luva de raspa. Utilizadas principalmente por ferreiros
Luva de Kevlar: Luva de alta resistência a cortes. Indicada para atividades que exijam bom tato e abrasão. Utilizadas principalmente por carpinteiros.
Luva de Vaqueta: indicadas exclusivamente para atividades dos eletricistas e ajudantes de eletricistas. É uma luva bem mais cara que a luva de raspa.
Luva de Látex: indicadas para trabalhos com cimento, cimento branco, argamassa e outros produtos que sofrem reações químicas e que é necessário tato.
Creme Luvex: é um creme que cria uma camada impermeabilizadora nas mãos evitando o contato com produtos químicos, óleos, solventes, aditivos.
Perneira: tem a função de evitar picadas de animais peçonhentos em trabalhos dentro de matagais e, também, minimizar a ação de choques nas pernas ao manusear ferramentas, como enxadadas, picaretadas.
Bota de Segurança: Tem a função de proteger os pés do profissional de quedas materiais, perfurações (pregos, por exemplo), torções e picadas de animais peçonhentos.
Bota de PVC: Tem a função de proteger os pés do profissional em dias de chuvas e da água em serviços de lavagem.
Cinto de Segurança Tipo Paraquedista: Tem a função de proteger o profissional contra quedas quando este está fazendo trabalhos em altura. Para que isto aconteça o cinto de segurança deve estar preso à linha de vida ou cabo vida.
Talabarte: Tem a função de ligar o cinto de segurança do profissional ao cabo vida. Podem ser de simples talabarte ou duplo talabarte. Preferência para trabalho com talabarte duplo.
Trava-quedas: Tem a função de travar possíveis quedas do profissional ao durante o percurso das escadas de acesso a andaimes
Capa de Chuva: Tem a função de proteger o profissional das chuvas. As capas geralmente são em PVC ou plásticas.
Avental: Tem a função de evitar a projeção de partículas (concreto, argamassa, tintas, resto de solda, fagulhas de aço) no corpo do profissional.
Protetor Auricular: Tem a função de proteger e/ou abafar os ruídos de máquinas e equipamentos. Existem no mercado dois tipos de protetor auricular: protetor auricular de concha e protetor auricular de plug.
Máscara Respiratória: Tem a função de proteger contra gases, névoas, vapores e poeiras.