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O consultor da WCI, Volnei Borba, analisa as causas de as empresas entrarem em crise e garante que o momento é muito bom para quem está organizado. Borba ainda fala sobre parceria com o mercado chinês e a mudança na forma de pensar os negócios.

O mercado está excelente para quem sabe identificar boas oportunidades

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Agosto - 2011 - Ano IV - 21a EdiçãoCirculação: 5000 Exemplares

Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova (MTB 11043)

Versão online: www.revistamateriaprima.com.br

Fontes: Fiergs, Fecomércio, Federasul, Sebrae RS, Portal da Qualidade, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Mundo do Marketing, Gazeta Mercantil, InfoMoney e Administradores.

* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria Prima e são de inteira responsabilidade dos autores.

Contatos:Coordenação: - Roselaine Vinciprova - [email protected] Tadeu Battezini - [email protected]

Geral: 51 3041.2333 | [email protected]

Comercial: Tadeu Battezini - [email protected]

Colaboração: Camila Schäfer (MTB 15120) - [email protected] Jardim - [email protected] Junges - [email protected] Delazeri - [email protected]

Av. Flores da Cunha, 1050 / 604Centro - Cachoeirinha / RS51 3041.2333 Matéria Prima é uma publicação bimestral da TRCOM. Todos os direitos reservados.

EXPEDIENTE

A língua do mundo dos negócios ........................................................... 11

Você já ouviu falar em Marketing Miopia? ......................................... 16

Prêmio Qualidade RS premia mais de 150 empresas ......................... 17

Por que é tão difícil incluir Pessoas com Deficiência? .......................... 18

Lançada a Pedra Fundamental do Ginásio de Esportes do Sesi ........ 24

Empresas utilizam redes sociaispara avaliar perfil de candidatos .. 27

Os modernos tablets conquistam as empresas ..................................... 28

8 Segredos: venda e encante clientes ......................................... 29

Normas para uma publicidade sustentável ................................... 30

Os reflexos da evolução nas artes gráficas ......................................... 33

MATÉRIA DE CAPA

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O Grupo Perto/Digicon anunciou um investimento de R$ 38 milhões para a ampliação de sua fábrica de caixas de autoatendimento bancário (ATM) instala-da em Gravataí. Do total investido, R$ 26 milhões serão destinados para compra de equipamentos de altíssima precisão com foco na automação dos processos. Os outros R$ 12 milhões serão aplicados na ampliação da área construída de 33 para 41 mil metros quadrados.

Esse investimento complementa a estratégia da empresa de crescimento no setor bancário, responsável por 60% da receita bruta, além de atuar de forma mais agressiva no mercado de varejo, que hoje representa 10% do faturamento, e de serviços, que respondem pelos 30% restantes. Com a expansão, a capacidade

de produção de terminais de autoatendi-mento vai passar de 800 mil por mês para cerca de 1,6 milhão.

“Avaliamos diversos locais, principal-mente no Norte e Nordeste, mas opta-mos por manter o projeto no Rio Grande do Sul”, afirma o presidente da Perto, Thomas Elbling. O objetivo da empresa é gerar 180 novos empregos (90% de mão-de-obra local) nas áreas de manufa-tura, usinagem, fábrica de cofres, pintura, montagem, testes, engenharia e suporte. A previsão de início da obra é setembro de 2011 e deve estar concluída em oito meses. A estimativa é de que sejam ge-rados 60 empregos temporários diretos e indiretos neste período.

A ampliação da fábrica de ATM´s está sendo desenhada com layout prevendo um

fluxo contínuo e inteligente dos materiais e produtos ao longo dos diversos processos. A meta da Perto é crescer cerca de 20% em 2011 e encerrar o ano com faturamen-to de R$ 320 milhões. Na área bancária, a empresa aposta em diversas novidades como ATM com painel solar, desenvolvi-do para o mercado indiano e com grande potencial para ser implantado no Brasil.

A Perto é uma empresa com tecno-logia 100% brasileira, que atua há 22 anos no mercado de soluções de har-dware e software para os segmentos de automação bancária e comercial. Possui cerca de 1,5 mil colaboradores, filial em Alphaville (SP), escritórios em 16 ci-dades e rede de suporte e serviços em todo o Brasil. Seus produtos são expor-tados para 25 países.

Grupo Perto/Digicon anuncia ampliação da fábrica em Gravataí

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Envie sua sugestão ou mensagem para nós! [email protected]

Sou ambientalista e gestora ambiental do Projeto Amigos do Planeta, programa de-senvolvido pelo Sindi-lojas Gravataí e quero agradecer a veiculação do processo de reco-lhimento de lâmpadas, desenvolvido pelo pro-jeto, na última edição da Revista Matéria Pri-ma. Recebi muitas li-gações de empresas de Cachoeirinha, mais do que aqui de Gravataí, onde o projeto nasceu! Rose Mariah Sindilojas de Gravataí

MENSAGEMAnalisando desafios para transformá-los em oportunidades

Desde que nascem, as empresas enfrentam desafios: otimizar a produção, gerar lucro, obter resultados. Porém, o atual cenário tem parecido cada vez mais desafiador para empresários e em-preendedores. A globalização, o surgimento de novas tecnologias digitais e as novas formas de consumo e distribuição de produtos tem muda-do a visão de muitos negócios, que agora preci-sam se adaptar a esses novos paradigmas.

Nesta edição da revista Matéria Prima, o empreendedor poderá conferir diversos assuntos que fazem parte da atual pauta empresarial e que têm chamado a atenção de muitos administra-dores. Por exemplo, a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) no quadro de colaboradores, que, até pouco tempo, parecia um grande desa-fio, mas que hoje se mostra uma opção muito interessante para diversas empresas.

Outro exemplo é a globalização e a chegada

de produtos estrangeiros no mercado nacional, que também têm sido considerados obstáculos para muitas empresas locais. No entanto, o con-sultor Volnei Borba, em entrevista, explica que o mercado está excelente para aquelas empresas que estão organizadas, afirmando que a China, por exemplo, pode ser um possível parceiro co-mercial, desde que o empresário saiba o que quer desse País.

Além disso, temos a internet e as redes sociais mostrando que existem novas formas de relacio-namento com clientes, colaboradores e fornece-dores. Ou seja, os desafios estão aí, batendo na porta das empresas, por isso essa é a hora de o em-presário analisá-los, buscar parcerias e consulto-rias para que esses desafios não sejam mais vistos como obstáculos, mas sim como oportunidades.

Boa leitura e até outubro!

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“Zero infração, zero acidente”, esse foi o tema da palestra que ocorreu no início do mês de julho na Oniz Distri-buidora. Os agentes da Coordenadoria de Educação para o Trânsito da Secreta-ria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) de Cachoeirinha ensinaram e alertaram os funcionários sobre a impor-tância de manter um comportamento seguro no trânsito. A base da palestra partiu da ideia de que as tragédias nas es-tradas são consequência de infrações em locais onde não é visível a fiscalização, conforme dados dos últimos três anos do Detran.

Segundo a funcionária da empresa, Alessandra Alderette, que faz parte da Comissão Interna de Prevenção de Aci-dentes (CIPA), este é o terceiro ano que os funcionários da companhia pedem que a equipe da SMTT compareça duran-

te a Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho. “A comissão reconhece a importância do assunto e a qualidade dos trabalhos realizados pelos palestrantes’’, afirma.

Para o Secretário de Trânsito e Trans-portes, Renato Sparremberger, bom sen-so e respeito são essenciais para uma boa convivência no trânsito. “O trabalho da equipe de agentes da Educação para o Trânsito tem a missão de prevenir aci-dentes, conscientizando as pessoas de que a convivência no trânsito tem que se dar através do bom senso e do respeito’’, declara.

Para marcar palestras, os interessa-dos deverão entrar em contato com o Coordenador de Educação para o Trân-sito, João Paulo Bezerra, pelo número 3041.6215 ou pelo e-mail [email protected].

Segurança no trânsito é tema de palestra As inscrições para o Programa

Parceiras em Ação estão abertas até 12 de agosto. O programa es-timula a implementação de proje-tos de empreendedorismo e grupos produtivos comunitários criados e liderados por mulheres de regiões de baixa renda.

Desenvolvido pelo Santander em parceria com a ONG Alian-ça Empreendedora e destinado a entidades jurídicas - organizações e instituições sociais sem fins lu-crativos – o Programa Parceiras em Ação propicia capacitação de profissionais, com ensino sobre como gerar renda e sobre consu-mo responsável, além de construir uma parceria que ajuda no desen-volvimento de projetos empreende-dores. As cinco melhores iniciativas selecionadas receberão apoio téc-nico e investimento de até R$ 40 mil por 12 meses, com possibilidade de renovação por mais um ano.

Programa abre inscrições até dia 12

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De 23 a 25 de agos-to acontece na Fiergs a Expoagas e a Convenção Gaúcha de Supermerca-dos, que comemora seus 30 anos em 2011 consa-grada como uma grande e qualificada Feira de Ne-gócios. No ano passado, o evento contou com grande estrutura a fim de gerar mais negócios e fo-mentar grandes parcerias.

Além da feira de ne-gócios, o destaque da programação são as pa-lestras com Paulo Ra-bello de Castro (Pers-pectivas e entraves para a economia brasileira); Prof. Gretz (O cliente em primeiro lugar); Má-

rio Cortella (Da oportu-nidade ao êxito: mudar é complicado? Acomodar é perecer) e Augusto Cury (Mentes brilhantes, mentes treinadas). Além disso, a Família Lima também estará presente com sua palestra show. No espaço Agas Mulher, o tema será “Mulheres que tornam o mercado gaúcho super”. Já no espaço Agas Jovem, o destaque é a participação do publicitário Washing-ton Olivetto. As demais palestras e seminários tratarão ainda de temas como segurança no tra-balho, comunicação e inovação.

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esta

doAs exportações da indústria gaúcha

avançaram 26% em junho, em compara-ção com o mesmo mês do ano passado, atingindo US$ 1,48 bilhão. A balança comercial dos produtos industrializados gaúchos fechou o mês passado com saldo positivo de US$ 198 milhões. As impor-tações subiram 12,7% e somaram US$ 1,28 bilhão. Para a Federação das Indús-trias do Rio Grande do Sul (Fiergs), é um bom resultado para o setor no período, tendo em vista que a taxa de câmbio está muito valorizada e há elevado grau de in-

certeza nos mercados internacionais.O primeiro semestre do ano também

foi positivo para as exportações gaúchas, que registraram um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passa-do. As transações internacionais cresce-ram em 18 setores e caíram em sete. Os setores de veículos automotores, rebo-ques e carrocerias tiveram o maior avan-ço, com 57% de elevação, puxado pelos embarques de carrocerias de ônibus para o Chile e Peru. Por outro lado, o saldo não foi positivo para o refino de petróleo,

com retração de 23% nas vendas. A China continuou sendo o princi-

pal destino das exportações gaúchas no primeiro semestre, com 15,5% de parti-cipação na pauta do Estado, comprando principalmente grãos e óleos de soja. Em segundo lugar está a Argentina, com 9,8%, recebendo tratores, colheitadeiras, automóveis de passeio e polímeros.

Entre os Estados exportadores, o Rio Grande do Sul ocupou a quarta posição, com 7,8% de participação na pauta brasileira do semestre, depois de SP, MG e RJ.

Exportações gaúchas avançam no mês de junho

Expoagas contará com grandes nomes Em julho tomou posse o

novo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs), Heitor José Müller. A cerimônia de posse contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Müller afirmou que fará uma gestão voltada à conti-nuidade do diálogo entre os setores empresarial e público e entende que a livre iniciativa e o empreendedorismo são as melhores formas de desenvol-ver uma sociedade mais justa. O novo presidente enfatizou que os industriais gaúchos não desejam “benefícios”, apenas igualdade de condições para manter a competitividade e que sua gestão será praticamen-

te uma continuidade do traba-lho de seis anos do presidente Paulo Tigre, seu antecessor.

A vida industrial de Hei-tor José Müller começou pela avicultura, através do Grupo Frangosul, do qual foi um dos sócios-fundadores na década de 70. Integra o Conselho de Administração da Agrogen S.A. e fundou a Novagro Gran-ja Avícola S.A. É sócio-funda-dor da Deltapar Investimentos S.A. e diretor-presidente da Fundimisa − Fundição e Usi-nagem Ltda.

Integrante das Diretorias do Sistema Fiergs/Ciergs desde 1989, técnico em Contabilidade e bacharel em Direito, Heitor José Müller ocupou, no último mandato de Paulo Tigre, a vice-presidência da Fiergs.

Heitor Müller assume a Fiergs

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Cachoeirinha é um dos 18 muni-cípios do Estado selecionados para receber recursos para melhorias da mobilidade urbana do Programa de Infraestrutura do Ministério das Cida-des. O projeto, que vinha sendo dis-cutido com a comunidade há cerca de dois anos, prevê um investimento de R$ 46 milhões para remodelar toda a avenida central da cidade, bem como construção de viadutos, ciclo-vias e corredores de ônibus. O projeto é o segundo maior do Estado. O pre-feito Luiz Vicente da Cunha Pires sa-lientou que esta aprovação não muda o cronograma de outras obras que estão acontecendo na cidade como a repavimentação da Flores da Cunha e a construção de novas calçadas. “Com mais esses R$ 46 milhões poderemos investir na construção e melhoria das calçadas e em elevadas que vão contri-buir na travessia de pedestres e no fluxo de veículos. Sonhamos alto e estamos trabalhando para realizar este sonho”,

revela Vicente. A secretária da pasta de Captação de Recursos e Relações Inter-nacionais, Márcia Saraiva, lembra que existe toda uma tramitação ainda para que a verba seja liberada, com apresenta-ção de novos documentos e mais o pra-zo para licitação. A expectativa é que as obras iniciem em pelo menos dois anos.

Cachoeirinha é selecionada para receberR$ 46 milhões para obras na Flores da Cunha

Cachoeirinha obteve vitória no de-bate da RS-010, a Rodovia do Progresso, que será construída pelo Governo do Es-tado. O prefeito Vicente Pires pediu e a nova proposta da rodovia exclui o pedá-gio que estava previsto dentro do Distrito Industrial do município. Com isso, o polo industrial de Cachoeirinha será aliviado das tarifas para usar a nova rodovia, que se seguir o cronograma estipulado pela Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal), terá o trecho entre a Freeway e a RS-118 pronto em 2014.

Outra boa notícia é que além de uma alternativa às avenidas Frederico Rit-ter e Flores da Cunha, para acesso à Fre-eway, as empresas do Distrito ganharão uma nova rota até a BR-116, também sem custos, através de uma nova rodo-via que ligará Cachoeirinha às BRs 116, 386 (Tabaí-Canoas) e 448 (a Rodovia do Parque, que já está em obras), através da rua Antônio José do Nascimento. Assim, o Distrito fica com duas novas opções para seus principais pontos de escoa-mento.

Cidade consegue exclusão de pedágio na RS 010

Reprodução

A expectativa é que as obras iniciem em pelo menos dois anos

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Como você iniciou sua carreira?Comecei a trabalhar com 11 anos e aos

12 já estava com a carteira assinada, reali-zando escrita fiscal num escritório contábil. Desde cedo aprendi a gostar do trabalho e dos resultados gerados através dele. Iniciei como office boy, em seguida fui promovido a auxiliar de escritório. Uma das etapas de-cisivas na minha carreira, anos mais tarde, foi trabalhar no Grupo Accor. Comecei a ter uma visão global lidando e interagindo com executivos de várias partes do mundo com uma cultura organizacional voltada à excelência. Minha formação acadêmica per-mitiu o acesso a uma infinita variedade de desafios acadêmicos, pessoais e culturais, e com mestres que estão à altura do que exis-te de melhor em qualquer escola de negó-cios espalhadas pelo mundo. Peter Drucker afirmava que uma empresa não é mecânica nem biologia, ela é humana e social. E isso eu aprendi com meus mestres.

Como surgiu a opção de trabalhar como consultor?

Escolhi a consultoria como uma opção de carreira. Estudando e buscando o maior número de experiências possíveis na área empresarial. A grande maioria entra neste mercado já no final de carreira, mas eu co-mecei a olhar as oportunidades advindas com o momento econômico que o Brasil vem passando, tanto na área privada como pública. O desafio da WCI Consultoria, constituída em 1997, era disponibilizar o ferramental de gestão e inteligência para os negócios junto às pequenas e médias empre-sas. Pensamos em um conceito que deveria democratizar o acesso ao conhecimento e assim desenvolvemos um software próprio de gestão empresarial que, dentro de uma média/grande empresa, custa de R$ 80 mil a R$ 300 mil. Conseguimos implementar li-cenças com custos altamente competitivos e com alto valor agregado. Por exemplo, te-mos clientes que adotaram essa ferramenta e, com menos de R$ 600 mensais, têm uma gama de soluções e tecnologia altamente geradora de valor dentro de seus negócios. Inovamos na forma de ofertar soluções acessíveis ao pequeno e médio empresário,

que por vezes não tem caixa suficiente para investir em licenças de software.

Qual a essência de uma consultoria?Um trabalho de consultoria não está li-

mitado em somente alocar um profissional dentro da empresa e ditar regras e novos conceitos a serem implementados, mas sim, pensar a organização de forma holística, e permitir desse modo imprimir um ritmo de crescimento orgânico, seguro e rentável. As atividades de consultoria demandam uma rara combinação de habilidades que provêm dos mais diversos campos do conhecimen-to, tais como ciência, filosofia, psicologia, economia, administração, espiritualidade, arte, intuição, domínio das ciências exatas, dependendo da área. São esses elementos que compõem a essência básica de um bom consultor. Nosso desafio diário é selecionar bons projetos de atuação e para isso temos que ter empresas dispostas a se estruturarem dentro de um modelo contábil/administrati-vo mais eficiente e eficaz, permitindo desse modo a obtenção de recursos financeiros (BNDES, BRDE, Badesul, FINEPE, CEF

e Banco do Brasil). Hoje a grande maioria não consegue acessar recursos do FINEPE, por exemplo, que em alguns casos é plena-mente subsidiado, porque o empreendedor precisa estar muito bem organizado do pon-to de vista contábil-econômico-financeiro-administrativo, inclusive na apresentação do próprio projeto. A informalidade nos negócios é um fator que por vezes impede a empresa de acessar recursos financeiros e expandir de forma mais acelerada os seus negócios. O diferencial na obtenção de qual-quer recurso financeiro é a transparência.

É possível dizer que o mercado está mais favorável à consultoria?

O mercado de consultoria, seja na prosperidade ou na crise, está sempre em evidência. Hoje trabalhamos num determi-nado projeto, exercemos um impacto nele, só que na maioria dos casos o mérito desse resultado não é do consultor, mas credita-do sempre ao empresário. Peter Drucker cunhou em 1969, nos Estados Unidos, o termo trabalhadores do conhecimento, que vem a ser, também, o papel de um consultor den-tro de uma organização. Imagine o próprio empresário, com o atual nível de exigência e competitividade no mercado, centralizar e assumir isoladamente temas como atuação global, gestão contábil, tecnologia, comer-cial, finanças, proatividade e com resultados positivos na última linha? Humanamente impossível, as atribuições da consultoria não se resumem única e exclusivamente à gestão de crise, mas também em pensar inteligente-mente o futuro da empresa.

Os mercados hoje são globais, as empre-sas virtuais, a relação empresa/cliente/concorrentes mudou. Tudo isso é fruto de uma nova forma de pensar os negócios?

A capacidade colaborativa no meio empresarial, em algumas áreas, ainda é ex-tremamente restrita. Como criar um clima de “cooperatividade” entre empresas que no conceito tradicional se mostram con-correntes? Esse é um desafio central em nossos tempos. Mas é necessário e impe-rativo pensar em alianças estratégicas até entre concorrentes diretos ou indiretos do

O consultor da WCI Consultoria, Volnei Borba, analisa as causas de as empresas entrarem em crise e garante que o momento é muito bom para quem está organizado. Borba ainda fala sobre parceria com o mercado chinês e a mudança na forma de pensar os negócios

O mercado está excelente para quem sabe identificar boas oportunidades

Volnei é graduado em Administração de Empresas pela Ulbra Gravataí, formado em contabilidade e com curso de Extensão em Valuation – Avaliação de Empresas, Fusões & Aquisições pela equipe de professores da USP e com MBA pela Fundação Getúlio Vargas em Finanças, Controladoria e Auditoria

Frederico Mombach

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mesmo setor, não falo em oligopólio, mas como forma de ganhar mais escala e com-petitividade nessa arena, chamada mercado, quer por vezes, exige do pequeno e médio empresário o próprio sucesso do projeto, imagine um pequeno, médio empresário negociando isoladamente com uma grande rede varejista? Qual o possível resultado dis-so? Ou negociando compras unificadas com um grande fornecedor? O conceito de Re-des vem crescendo em algumas áreas, mas ainda tem muito por conquistar em outros segmentos. O próprio nível de exigência dos consumidores, que são diferentes de clientes, pois cliente é aquele no qual conseguimos fi-delizar, dado o impacto gerado por uma nova tribo de cidadãos multiconectados e com am-plo leque de mobilidade na aquisição de pro-dutos e serviços, torna-se um desafio junto às empresas. E, nesse quesito, abrem-se oportu-nidades para empresas de pequeno e médio porte, pois elas têm a capacidade de tomada de decisões mais rápidas e precisas em relação aos negócios e que impactam diretamente seus clientes e consumidores. A grande tem uma desvantagem, seu tempo de resposta é mais tardio, e aí o desafio é otimizar essa capa-cidade da pequena e média empresa, usando esse diferencial como um trunfo competitivo.

Quando as empresas te chamam, como você nota que existe um sinal de alerta?

No caso de crise, o empresário só pro-cura ajuda quando a dor chegou ao extremo. Um sinal de alerta é quando ele começa a atrasar pagamento de impostos, fornecedo-res, bancos, funcionários. Num momento de crise, temos que começar a olhar a capacidade de uma empresa em diminuir de tamanho. Aqueles que possuem efeito “sanfona”, ou seja, conseguem se organizar rapidamen-te para serem pequenos e sustentáveis, tem maiores condições de se sustentarem. Mas sem sombra de dúvidas, o melhor indicativo é sempre um trabalho preventivo e o papel do consultor é o de conselheiro. O próprio Rei Salomão, considerado o Rei mais sábio de sua época, sempre tinha próximos três consultores (conselheiros). O empresário, às vezes, carrega tudo com ele, parece meio su-per-homem. Quando a gente começa a olhar a empresa de fora para dentro, identificamos várias oportunidades de melhoria que podem impactar positivamente em seus resultados.

Hoje se fala muito em desindustrializa-ção. Você acredita nisto? E de que for-ma o empresário pode se beneficiar do mercado chinês?

Se olharmos o sistema de forma global,

não existe desindustrialização só no Brasil. “Possível” desindustrialização é diferente de desindustrialização. Estamos vivendo um período no Brasil que aquelas empresas que estavam mais organizadas, menos endi-vidadas, menos tomadas de recursos, estão aproveitando o momento para atualizarem seus parques industriais por exemplo. O acesso às linhas de financiamento é possível. Não vejo esse momento como crítico de de-sindustrialização. Evidente que as empresas que não estavam preparadas para esse mo-mento estão pagando um preço alto, porém, o empresário precisa olhar mais o mundo o mundo. A China sabe muito bem o que quer do Brasil, mas o Brasil não sabe o que quer da China. Devemos olhar a China como um “possível” parceiro comercial nesse mo-mento de “tensão” e “restrição”?

Em quais bases de apoio deve se alicer-çar um projeto de expansão empresarial, gestão de crise ou a manutenção da em-presa no mercado?

As competências centrais de uma em-presa devem sempre ser mantidas, porém, aspectos ligados à inteligência financeira, com o objetivo de provar e vender a ideia junto aos parceiros e investidores da viabilidade econômico-financeiro, é papel preponderan-te dessa sinergia entre o empresário e a WCI Consultoria. Quase na maioria dos casos, os empreendedores não conseguem saber tudo o que se passa no negócio e em sua contabi-lidade, finanças e formação de preços. Algu-mas poucas organizações investem energia e dinheiro num projeto “preventivo”, de con-sultoria focada na melhoria de processos e inteligência em negócio, mesmo aquelas que já tenham essa cultura interna de melhoria contínua. Muitas vezes a empresa tem a in-tenção de resolver, mas não tem a vontade de implementar as mudanças. Uma regra básica que as empresas estabelecem é a seguinte: “Nós queremos várias, profundas e radicais mudanças, desde que você respeite uma con-dição: de que nada seja mudado”. Temos por prática não entrar numa empresa na qual não acreditamos que as mudanças serão imple-mentadas. No caso de haver necessidade de uma virada, os donos não têm alternativa, eles estão com sérios problemas financeiros, os bancos não lhes dão mais crédito. Eles têm de aceitar as mudanças. Já aquelas empresas que ainda estão se sustentando, não admitem que alguém de fora possa fazer a diferença. Nunca ouvi um empresário que não dissesse: “Nos-so negócio é diferente, tem características to-talmente distintas das do mercado”. Isso até pode ser verdade, mas o grande objetivo é

um só: gerar lucro, isso é comum a todas as organizações. Se a empresa não está gerando lucro, seja no caixa, seja mais embaixo, alguma coisa está errada.

Por que vocês utilizam a fênix como referência durante a reorganização de uma empresa?

A fênix é referendada numa história do antigo testamento. Uma ave que vivia cerca de 400 anos, morria e ressurgia das cinzas. Num projeto de recuperação empresarial te-mos que olhar a fênix como uma metáfora. Temos que ter uma inspiração muito maior para sair de uma crise. A grande maioria se retrai. As empresas têm que ter a capacidade de reduzir de tamanho, mudar um pouco o padrão de vida para recuperar depois. Hoje a lei de recuperação judicial permite que a empresa até acesse recursos através de em-préstimos bancários, se demonstrar que o processo de recuperação é sério. Importante salientar que nesse estágio de recuperação, a participação e o empenho de todos os cola-boradores, funcionários, e inclusive os par-ceiros (fornecedores e bancos), é primordial. Vender a ideia da “virada de jogo” para os colaboradores internos é ponto central para o sucesso da empreitada. Desfazer-se de al-gumas coisas que por vezes são necessárias é a principal característica que diferencia um trabalho de sucesso. Em média, de cada qua-tro empresas em situações de “insolvência” total, pelo menos em uma o processo não é positivo. O mundo não acaba depois de uma crise, inclusive, os aprendizados gerados em momentos como esse podem ser alicerces para uma virada que construa musculatura suficiente até mesmo para uma vinda mais promissora.

Volnei Borba é Diretor na WCI Consultoria, com participação acionária em empresas do setor de co-mércio, serviços, indústria e tecnologia. É mandatário exclusivo, no Rio Grande do Sul, de um Fundo de Investimentos e Capital de Risco em negócios emer-gentes. Tem soluções focadas na pequena e média empresa, desde consultoria, assessoria contábil, fiscal, RH, tributária, ERP – Software de Gestão Em-presarial e Consultoria em China.

Equipe da WCI Consultoria

Frederico MombachFrederico Mombach

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Prof. Saul SastreDiretor de Transportes Rodoviários - DAER/[email protected]

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Há pouco tempo, uma rádio popular muito gaúcha ligava às 8h30min para as empresas a fim de saber quais executivos já estavam nos postos de trabalho. Por acaso, naquela manhã eu havia chegado cedo, mas somente o meu corpo es-tava no escritório, pois meu compu-tador e meu cérebro estavam respon-dendo e-mails de alunos, coisa que faço habitualmente no início de cada manhã. Pensei em ligar e dizer para este locutor que funcionário “bunda larga”, que chega cedo ao trabalho, cumpre religiosamente seu horário, mas que passa o dia enrolando, tem pouca valia para uma empresa. De-pois achei melhor deixar assim, afinal ele estava mesmo em busca de um motivo para debater.

Tenho alguma saudade do tempo que não existia celular e internet, e isso fazem menos de dez anos. Atu-almente, com o auxílio da tecnologia, é possível estar em vários lugares ao mesmo tempo. São as novas formas de trabalho que desafiam gestores tradicionais, que ainda pensam que a presença física significa alguma coisa no mundo corporativo.

Dependendo da função que se exerce, a presença no trabalho é um dos fatores que menos conta. Lógico que se falarmos de um cargo onde a presença é fator crítico de suces-so, estar na data e no horário certo é questão de sobrevivência do ne-gócio. Aí tudo bem, mas em outros casos, principalmente em funções de comando, estar presente é mero de-talhe.

Os gestores de hoje utilizam toda a mobilidade disponível e não raro, à noite, estão em casa cumprindo uma parte do expediente que não foi possível fazer durante o dia porque muitas vezes, durante o dia, estão atendendo outros interesses que não conseguiram fazer no dia anterior. Na verdade, para um gestor, o tempo que ele cumpre de expediente em uma or-ganização pouco importa, o que mais vale é o resultado que ele trás para a empresa no final do mês.

Unipresença

Fazer com que seus hóspedes soltem a gravata ao final de um dia intenso de negócios é o desafio do portal da InterCity hotéis. Ao reno-var seu canal de comunicação na web, a rede apresenta um guia multimídia completo dos seus 17 hotéis espalha-dos pelo Brasil e lança o blog Sol-tando a Gravata, espaço interativo com conteúdo personalizado e divertido do universo do hóspede corporativo.

O objetivo do portal e do blog é facilitar a vida dos hóspedes, sele-cionando o que cada destino tem de melhor (como roteiros, baladas, res-taurantes e eventos), disponibilizan-do esse conteúdo na web. Os destinos selecionados são aqueles em que a In-terCity opera. Além disso, o novo site tem espaço qualificado para comen-tários sobre os seus serviços. Para sa-ber mais, acesse www.intercityhoteis.com.br.

Portal InterCity convida para soltar a gravata

A Souza Cruz foi premiada, pelo segundo ano consecutivo, na 38ª edição do prêmio Melhores e Maio-res da Revista Exame, como a 1ª co-locada entre as Melhores Empresas do setor de Bens de Consumo.

Durante a análise, mais de 30 indicadores foram avaliados, tais como resultados financeiros, market share, produtividade e relaciona-mento com consumidores, entre ou-tros. Este prêmio e o seu evento são considerados um dos mais repre-sentativos no mundo empresarial.

A Souza Cruz também foi a 4ª colocada entre as Maiores do setor de Bens de Consumo; a 3ª entre as 400 Maiores do relevante setor do

Agronegócio e, nesta categoria, a Maior do segmento (fumo), além de 29ª colocada entre as 500 Maiores empresas do País.

Souza Cruz entre as melhores do setor de bens de consumo

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O prêmio é considerado um dos mais representativos no mundo empresarial

Reprodução

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Em uma pesquisa rea-lizada pela Global English Corporation, especializada no ensino do idioma via web, foi revelado que profissionais que não dominam a língua inglesa acabam sendo pre-judicados no mercado de trabalho.

A amostra total da pes-quisa foi de aproximadamen-te 25 mil funcionários, desde administrativos a executivos, de 300 corporações globais, em 125 países. Apesar de 91% dos entrevistados afirmarem que o inglês é importante para seu trabalho, apenas 9% declararam ter conhecimento suficiente para realizar suas funções.

Dos entrevistados, 89% afirmaram que terão mais

chances de subir na empresa se puderem se comunicar em inglês. Afinal, 76% dos funcio-nários de corporações globais usam o inglês diariamente em suas funções. Ainda segundo o estudo, se os profissionais passassem por treinamentos em inglês, as empresas iriam lucrar milhões com ganhos de produtividade.

Em Cachoeirinha, diversas empresas têm negócios no ex-terior, algumas são controla-das por companhias de outros países e muitas ainda desejam expandir suas fronteiras em busca de novas oportunidades de negócio. Todas, indepen-dentemente do status atual, vão necessitar de profissionais fluentes em inglês, a língua do mundo dos negócios.

No Yázigi, as soluções para os profissionais e as empresas que buscam o dife-rencial da língua estrangeira são tratadas individualmen-te. Os programas do curso são montados para suprir as

necessidades específicas do profissional ou negócio, além dos horários das aulas serem escolhidos pelo próprio aluno. Acesse o site www.yazigi.com e saiba mais sobre os cursos oferecidos.

A língua do mundo dos negócios

Dos entrevistados, 89% afirmaram que terão mais chances de subir na empresa se puderem se comunicar em inglês, uma vez que trabalham em empresas globais

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Claiton ManfroSecretário da Cultura de CachoeirinhaDiretor do Cisco [email protected]

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regi

ão UNIVERSO CULTURA

A Lei Rouanet – Lei Federal de Incentivo à Cul-tura estabelece que todas as empresas que operam com lucro real (não presumido) e que investirem em projetos culturais poderão usar ou abater parte do seu imposto de renda nestes investimentos.

Quais as vantagens que os empresários inteli-gentes têm em investir em cultura? Os investimen-tos serão revertidos em marketing para a própria empresa, ou seja: o nome da empresa será vei-culado nas peças publicitárias do projeto cultural e constará nos cartazes, folders e outros materiais de divulgação; Os empresários saberão onde seus recursos serão investidos; Investimento em cultura significa reduzir a violência; afastar os jovens da dependência química; ampliar o nível de conheci-mento e de qualidade de vida da população onde sua empresa está inserida e possibilitar aos colabo-radores acessar a produção e o consumo cultural.Alguns exemplos interessantes

Em Cachoeirinha são realizados eventos que envolvem um público imenso e que podem receber investimentos através da Lei Rouanet, como: Verão Cultural; Carnaval; Aniversário de Cachoeirinha; Ronda Crioula (considerado o 2º maior evento tra-dicionalista do Estado); Feira do Livro; Moto Tchê e Fustchê (encontro de Fuscas).

Além dos eventos, são desenvolvidas ações permanentes que também podem receber recursos da iniciativa privada através da Lei Rouanet:• Programa de Descentralização da Cultura: são atividades culturais realizadas em diversas regiões da cidade. Ressalta-se principalmente o projeto Sopa da Filosofia (encontros que acontecem nos bairros e vilas para debater filosofia);• Oficinas Populares e Permanentes;• FUCCA – Fundo da Cultura de Cachoeirinha: qualquer artista da cidade pode ter seu projeto fi-nanciado pela Secretaria da Cultura;• OCA – Orquestra de Cachoeirinha;• Coral Municipal: tem mais de 25 anos e é um dos mais reconhecidos da região metropolitana;• Biblioteca Pública Monteiro Lobato: tem um dos acervos mais interessantes e atualizados da região, disponível à comunidade;• Casa do Leite – Memorial e Espaço Cultural: re-cebe muitas exposições e atividades culturais du-rante o ano;• Parcão Municipal;• Casa da Cultura: espaço para demonstração da produção cultural de Cachoeirinha.

Viu como é fácil! Assim, de forma inteligente, os empresários estarão ao mesmo tempo fazendo suas empresas crescerem e melhorando a qualida-de de vida da comunidade onde estão inseridos.

Empresário inteligente investe em cultura

As obras da nova sede do Sin-dilojas Gravataí estão apenas nas fundações, mas o projeto já me-receu distinção em nível nacional. No mês de julho, em São Paulo, o Sindicato recebeu o Grande Prê-mio de Arquitetura Corporati-va, justamente pelo projeto de sua nova sede. Este é o maior prêmio do gênero na América Latina, en-tregue aos profissionais da arquite-tura e a seus clientes, depois de um processo de seleção dos melhores projetos. O Sindilojas foi vencedor como o Melhor Projeto Corporati-vo do Ano, na categoria Criativida-de e Inovação.

Nesta 8ª edição, o Sindilojas foi um dos 1.523 projetos inscritos e concorreu com o projeto da nova

sede, assinado pelos arquitetos Al-berto Torres e Audrey Bello, da Tor-res & Bello. Para se ter uma ideia da dimensão do prêmio, o projeto do Sindilojas e da Torres & Bello ga-nhou o mesmo destaque de projetos como o Estádio do Corinthians.

O presidente do Sindilojas, José Rosa, foi pessoalmente a São Pau-lo receber a premiação, juntamente com os arquitetos Alberto Torres e Audrey Bello.

Projeto da nova sede do Sindilojas Gravataí é premiado em São Paulo

Divulgação Sindilojas

Equipe do Sindilojas Gravataí com troféu do Projeto, PGQP e Sustentabilidade Ambiental

Projeto vencedor

Divulgação Sindilojas

Entre os dias 8 e 20 de agos-to acontece em Gravataí a Mostra Lar aGosto. O evento surgiu no ano passado a partir de um convite da Loja Todeschini, feito para um gru-po de parceiros comerciais da área da construção e decoração, para se reunirem e juntos apresentarem seus produtos.

A Mostra Lar aGosto 2010 foi um sucesso e em 2011 as lojas Di Casa, Jardins da Aldeia, Luzes da

Aldeia, Metzler Construtora, Peruzzo Tintas, Portobello Shop, Regis Mar-tins Forros e Divisórias, SOS Tornei-ras, Todeschini e Zenker Cortinas e Persianas estarão novamente reuni-das num grande showroom que será montado na Todeschini Gravataí.

Na 2ª edição da Mostra Lar aGosto, as empresas participan-tes apresentarão seus produtos em ambientes projetados por arquitetos locais.

2ª edição da Mostra Lar aGosto

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Sem crise

A Alemanha está vivendo um dos seus melhores momentos econômicos depois de 2008. Muito trabalho e muito dinheiro são as duas características que definem o momento do mercado alemão. Devido à rápida atuação do governo e injeção de di-nheiro no mercado, a crise alemã não che-gou a balançar nem economicamente, nem socialmente. Pelo contrário, apresenta um crescimento de 3,4%, o que surpreendeu os especialistas mais otimistas.

Naturalmente que esta conquista não é algo que se possa avaliar como consequ-ência de um momento, pois por sua dinâ-mica econômica, é algo que vem crescen-do e tomando forma desde a instalação do Euro no mercado. Os alemães, como geradores desta ideia, já saíram dois pas-sos à frente em relação a todos os demais países, inicialmente convidados, que hoje compõem a Comunidade Europeia. Isso se pode observar quando comparamos os 20% que a Alemanha exporta para a China, em relação aos 11% da França. O mercado de exportação e importação, que antes era um elo muito forte entre os países da Comunidade Europeia, vem sendo enfraquecido pelo déficit apresen-tado pelas nações do Sul da Europa, o que faz com que lentamente exista uma migração de exportação para o estrangei-ro. A Alemanha já percebeu isto há al-guns anos, quando abriu as portas para as negociações com a China, que é um País que cresce 8% ao ano. Não existe outra nação que esteja mais alto no pódio. O resultado disso são relações bilaterais

fortalecidas e em franco desenvolvimen-to. O que não significa que o Governo alemão não fará tudo que estiver ao seu alcance para salvar os países da comuni-dade que estejam em apuros, mesmo que isso venha a gerar algum comprometi-mento financeiro e até econômico.

Recentemente, os germânicos se de-ram conta da necessidade de parcerias na área de desenvolvimento de matérias no setor industrial de gás e óleo, encontrando na Rússia seu parceiro ideal. Mesmo após intensas negociações, muitos especialistas apontam que este acordo renderá frutos para a economia anglo-saxã. Muito se espe-cula sobre o progresso da Alemanha, mas

independente de opiniões especulativas, o que se observa é que o País tem uma se-riedade muito grande no que se refere às questões tributárias, tanto na sua cobrança quanto na sua utilização para bens e servi-ços. É indiscutível a preponderância deste País em desenvolvimento na área de pes-quisa e tecnologia. É um País que exporta conhecimento. Sendo assim, tornou-se um expoente que muitos tentam imitar. Esta característica já conquistada facilita muito a abertura de novas frentes, pois sua cre-dibilidade é respeitada por todos. Neste momento a crise não anda rondando estas terras e tudo indica que os ventos uivantes não passarão por aqui.

Rosani Erhart Schlabitz - jornalistaCorrespondente Revista Matéria PrimaMunique - Alemanha

europarl.europa.eu

Dos países que formam a União Europeia, a Alemanha é um dos que mais exporta para a China

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Primeiramente dedicada à produção de verniz poliure-tânico para pisos de madeira, a Nokxeller Microdispersions surgiu da ideia de três ami-gos, que decidiram ampliar o negócio para o ramo de es-pecialidades químicas de uma matéria-prima até então pouco explorada por sua complexida-de tecnológica: as dispersões aquosas de poliuretano.

Esse material, utilizado em sistemas de tintas espe-ciais, principalmente no ramo de acabamento de couro, substitui as tintas tradicionais à base de solventes para siste-mas aquosos não-poluentes, onde o “solvente” da tinta é a própria água. Esta matéria-

prima é a solução para tintas de alto desempenho com total adequação às novas políticas de meio ambiente.

Após a união com a Noko Química, maior empresa de produtos para acabamento de couro do Brasil, situada em Portão, a Nokxeller se esta-beleceu, em 2005, como uma empresa independente que atua no sistema B2B, ou seja, seus clientes são outras em-presas formuladoras de tintas para segmentos do mercado têxtil, metalmecânico, plásti-cos, madeira, tintas industriais, entre outros. Para saber mais sobre os serviços da Nokxel-ler, acesse o site: www.nokxel-ler.com.br.

Nokxeller aposta na inovaçãoA Indrofer iniciou suas

atividades em outubro de 2009 e em fevereiro deste ano foi incorporada à Cha-pasul Indústria e Comércio de Equipamentos Ltda, que tem 35 anos de experiência na prestação de serviços de corte e dobra de chapas. A alteração do quadro social e administrativo revigorou a estrutura operacional e am-pliou a capacidade de produ-ção das empresas.

Complementando os serviços de corte e dobra de chapas, a Indrofer atua na fabricação e reforma de caçambas para resíduos e

entulhos, caçambas Roll on, montagem industrial, caldei-raria e execução de projetos em geral, conforme a neces-sidade de cada cliente.

Entre os serviços e pro-dutos prestados, vale desta-car a fabricação e reforma de caixas metálicas para trans-porte e armazenagem de peças. Além de contar com uma linha padrão, é possível desenvolver projetos sob medida.

Conheça mais a Indro-fer acessando www.indrofer.com.br ou mande um e-mail para [email protected].

Indrofer revigora estrutura

Integrante do Grupo MBN, a BR QUIM atua há mais de três décadas na distri-buição de produtos químicos, ingredientes e aditivos alimen-tares. A empresa possui seis unidades, distribuídas em qua-tro Estados, e atende diversos segmentos do mercado, levan-do soluções com qualidade e agilidade a seus clientes. Atu-almente, a BR QUIM vive um momento de pleno crescimen-to, com a implementação de diversos projetos.

Um deles, que se encontra em andamento, é a ampliação da unidade de Cachoeirinha. Prevista para ser concluída até junho de 2012, a unidade pas-sará a ter uma estrutura de 15 mil metros quadrados de área coberta e uma bacia de 26 tanques ultramodernos, com

capacidade para armazenar 1,5 milhão de litros de cargas líqui-das. Laboratórios, armazéns e escritórios farão parte das no-vas instalações.

Junto com a MBN Trading Química, a BR QUIM realizará o projeto de um centro de dis-tribuição às margens da BR 101, em Barra Velha/SC, com previ-são de conclusão em dezembro de 2013. Por meio da execução dos seus projetos, a BR QUIM pretende se posicionar como uma das marcas mais lembra-das no mercado de distribuição de produtos químicos até 2018, data em que completará 40 anos.

BR QUIM amplia instalaçõesA Construtora Enge-

mold, atenta às evoluções do mercado da construção, adquiriu novos equipamen-tos para ampliar e moder-nizar sua capacidade de produção e investiu na im-plantação de novas tecnolo-gias, objetivando melhorar e lançar novos produtos.

Além disso, a empresa finalizou junto às principais gerências seu planejamen-to estratégico, que prevê o foco das ações até 2016. Conceituada como uma das líderes de mercado da região, a Engemold é espe-cializada em pré-moldados para grandes vãos livres para a indústria e comércio. Conforme o Diretor, Jones

Zaniratti de Oliveira, a em-presa lançará, até o final do ano, novos produtos basea-dos nas tendências mundiais da construção, buscando oferecer mais um diferencial para seus clientes.

Em 2012 a Engemold completa 20 anos e pla-neja a inauguração de uma moderna sede localizada no Distrito Industrial de Cachoeirinha, baseada em conceitos de sustentabilida-de, convivência e funciona-lidade.

Engemold amplia sua capacidade

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Aurea Regina Pedrozo da Silva – OAB/RS 78.366Elisete Feijó Advogados Associados

Resistindo fortemente em fomen-tar o projeto de sociedade inscrito no modelo de Estado Democrático de Direito, por conservadorismo e igno-rância, operadores do direito, cidadãos e cidadãs dos nossos dias impossibi-litam a eficácia normativa do texto constitucional. Ora, uma constituição que declara princípios e apresenta ob-jetivos está nitidamente a denunciar o projeto de sociedade escolhido, com-prometendo cada um de seus inte-grantes com sua realização.

Neste sentido, destaca-se a evi-dente necessidade de agregar meca-nismos de acesso ou outros meios que garantam a permanência e o exercício eficaz de cidadania dos indivíduos à margem da sociedade como um todo.

O exercício das liberdades pró-prias aos direitos individuais, civis e políticos garantidos constitucional-mente, por si só não são suficientes para integração à vida social daqueles que, historicamente, são privados de oportunidades gozadas e exercidas pelos indivíduos socialmente privile-giados.

Desse modo, observa-se que a discriminação, nos diversos nichos da vida em sociedade, está no dia-a-dia e o que acontece na prática é que não estamos dispensando a atenção ne-cessária para essa realidade - atos dis-criminatórios estão disfarçados numa rotina que supõe a possibilidade de acesso a todas as pessoas.

Nesta senda, buscando a efeti-vação do direito fundamental, que reserva o tratamento igual para todas as pessoas, é que com foco na elimi-nação das desigualdades se impõe o estabelecimento de diferenciações específicas como forma de dar efeti-vidade ao preceito constitucional e a igualdade para os desiguais.

Portanto, para atingirmos os ob-

jetivos expressamente estabelecidos na Constituição Federal, de constru-ção de uma sociedade mais justa e solidária, reduzindo as desigualdades sociais, precisamos ousar e enfrentar o desafio da criação e sustentação de novas formas legais de intervenção na realidade brasileira. A igualdade a que a lei refere não pode ser tratada como absoluta, ao contrário, porque justamente para que prevaleça a igual-dade precisamos prever o tratamento necessário e diferenciado que possa alcançar e equiparar os diferentes.

O paradoxo está no fato de que para promover a igualdade como ação afirmativa, mister à promoção da de-sigualdade. Portanto, o combate às diversas formas de discriminação não se opera de forma eficaz, por meio de normas meramente proibitivas. Mas, sim pela eliminação da discriminação e dos seus efeitos, requerendo, pois, o uso de medidas positivas aptas a (in-ter)romper a dinâmica do processo discriminatório, promovendo de ime-diato, através do seu efeito persuasivo e pedagógico, a correção das injustiças por ele provocado.

Contudo, nesta busca requer-se uma reflexão que conduz, inevitavel-mente, ao princípio fundador do Es-tado brasileiro: a dignidade humana. Este deve nortear a consolidação e prática de políticas, num viés de afir-mação, em que o foco seja os grupos de indivíduos que estão à margem dessa relação: Estado – população.

Em outras palavras, é válida e ne-cessária a discriminação, chamada po-sitiva, como forma de compensar de-sigualdade de oportunidades, em prol da igualdade, da garantia do respeito aos direitos humanos e do combate a todo tipo de discriminação, cláusulas pétreas contidas na Constituição Fe-deral.

Igualdade e capacidade na inclusão social

A idade média das empresas ativas no Brasil é de 10 anos, isso sem contar a grande quantidade de empreendimentos que fecham as portas com menos de cinco anos. Contrariando essas estatísti-cas, a Metalúrgica SanMartin está no mercado há 12 anos, apostando no ramo de usinagem pe-sada à leve e caldeiraria.

Instalada no Distrito Industrial de Cachoeiri-nha, a empresa tem estrutura familiar e foi funda-da por Vanir SanMartin, um grande conhecedor do ramo e do mercado. Com o tempo, a meta-lúrgica foi investindo em maquinário e tecnologia, adquirindo ainda outra empresa e mais espaço para sua sede. De acordo com o diretor Marce-lo SanMartin, investimentos pesados foram feitos nos últimos quatro anos, como a aquisição de uma Mandriladora CNC da marca Hyundai, a primei-ra a ser vendida no Brasil. Além disso, a estrutura física também foi ampliada e hoje a Metalúrgica SanMartin conta com 3,5 mil metros quadrados de área construída e mais de 8 mil metros quadrados de terra no Distrito Industrial.

Trabalhando para grandes empresas multina-cionais e nacionais, a metalúrgica tem como ob-jetivo a seriedade e parceria com seus clientes. A qualidade também está presente em seu modelo de gestão, que é certificado desde 2009 pela ISO 9001, visando atender as exigências de excelência técnica de seus clientes.

SanMartin aposta na experiência e em inovação tecnológicaMetalúrgica está há 12 anos no mercado e investe em infraestrutura e equipamentos

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ngMarketing Miopia foi de-

finido em um artigo de Theo-dore Levitt, na década de 60, como a visão curta de mui-tas empresas, em relação ao próprio negócio, que as impe-de de definir adequadamente suas possibilidades de mercado.

Quando uma empresa pos-sui uma visão limitada, não consegue definir um planeja-mento adequado ao mercado e não alcança retorno positivo. Há casos em que a economia está em crise e o mercado está saturado, mas quando os fato-res do ambiente externo são favoráveis e a empresa perma-nece em níveis estagnados, isso é um sinal de falha administra-tiva e curta visão no planeja-mento estratégico da empresa.

Basicamente, a organiza-ção necessita conhecer bem o seu ramo de atividade e de-senvolver uma relação posi-tiva entre cliente e produto. Toda empresa de sucesso de-senvolve produtos e serviços de alta qualidade e fideliza os seus clientes, pesquisando e analisando constantemente as necessidades e desejos de seu público-alvo.

As empresas que lançam novas linhas de produtos e serviços adequados às novas tendências de consumo, além de enxergarem as constantes mudanças de mercado, não correm o risco de serem mío-

pes. Dessa forma, as empresas mantém sua expansão, mesmo com a entrada de concorren-tes diretos no mercado. Além de estarem sempre atentas às novas tendências de consumo, torna-se necessária a preocu-pação com as inovações tecno-lógicas, mantendo a marca de qualidade sempre atualizada.

Muitas empresas pecam por acreditar que seu cresci-mento será incentivado natu-ralmente pelo aumento po-pulacional da região em que atuam, que nunca terá um concorrente à altura e a que-da do custo de produção será somente pelo processo de es-cala.

Segundo estudos sobre as atividades econômicas e co-merciais, o marketing é movi-do por variáveis controláveis e incontroláveis. A venda é o interesse do vendedor em passar o seu produto e obter o retorno financeiro, por outro lado, o marketing se preocupa em satisfazer as necessidades e desejos do cliente, se possí-vel prevê-las.

As empresas buscam mais mercado, mais clientes e parcerias e, sobretudo, ter a capacidade de manter essas conquistas. Entretanto, só al-cançam esses objetivos aque-les gestores que possuírem visão ampla inclusive de seu negócio.

Você já ouviu falar em Marketing Miopia?Divulgação

Muitas empresas pecam por acreditar que seu crescimento será incentivado naturalmente pelo aumento populacional da região em que atuam

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No início de julho, mais de 150 or-ganizações gaúchas foram vencedoras na 16ª edição do Prêmio Qualidade RS e 1º Prêmio Inovação, promovidos pelo Pro-grama Gaúcho da Qualidade e Produti-vidade (PGQP). O evento, junto com o Congresso Internacional da Gestão, reu-niu aproximadamente 9 mil pessoas du-rante dois dias. Também foram homena-geados os voluntários que participaram da avaliação das empresas, os juízes e relatores do Prêmio, os comitês regionais e setoriais que mais se destacaram junto ao Programa e os comunicadores e lide-ranças de veículos difusores da qualidade na mídia.

Este ano, três empresas foram agra-ciadas com o Troféu Diamante: AES Sul Distribuidora de Energia, Randon S/A Implementos e Participações e Suspensys Sistemas Automotivos. O Troféu Ouro foi conquistado pela Bebidas Fruki S/A. Receberam Troféu Prata 30 organiza-

ções, Troféu Bronze 47 empresas e Me-dalha de Bronze, 66. Entre as vencedo-ras, 128 são da área de serviços, duas são da administração pública, 11 da indústria e seis do comércio. Entre os destaques da região estão: Comercial de gás San Izidoro e SESC Vale do Gravataí (Tro-féu Bronze), Serviço Social da Indústria Cachoeirinha, Serviço Social da Indústria Gravataí e Sindicato do Comércio Vare-jista de Gravataí (Medalha).

O Prêmio Qualidade RS abrange a avaliação da gestão das organizações em oito critérios: Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados. Para concorrer ao Prêmio, as interessadas precisam ter adesão ao PGQP e é recomendado participar das três etapas do Sistema de Avaliação: trei-namento, autoavaliação e avaliação exter-na, além de elaborar o relatório da gestão e receber a visita de uma dupla de exami-

nadores e julgamento de uma comissão de juízes. Participaram da avaliação 997 examinadores e 32 juízes e relatores, num processo que durou cerca de um ano.

Nesta edição do Prêmio Qualidade RS foram 207 participantes de pequeno, médio e grande porte, dos diversos seg-mentos da economia gaúcha, nas catego-rias Medalha de Bronze e Troféus Bron-ze, Prata, Ouro e Diamante.

O Prêmio, criado em 1996 pelo PGQP, viabiliza às vencedoras um re-conhecimento e visibilidade nacional quanto a seu sistema de gestão alinhado aos princípios da qualidade, reconhe-cimento da força de trabalho e maior autoestima dos colaboradores, além do reconhecimento da comunidade, com in-formações sobre práticas bem sucedidas de gestão, preconizadas no modelo de Excelência da Gestão.

Renova é reconhecida no 1º Prêmio Inovação PGQP

A Renova Lavanderia Industrial foi uma das empresas reconhecidas pelo 1º Prêmio Inovação PGQP, na Dimensão Liderança. O reconhecimento é resultado não só da atuação dos líderes da empresa, mas de todos os clientes, fornecedores e colaboradores. Atualmente, as unidades Renova estão distribuídas nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco, atendendo mais de 4 mil clientes e higienizando aproximadamen-te 400 mil peças de uniformes por mês, além de mais de 2 milhões de peças/mês oriundas das locações de toalhas indus-triais, toalhas contínuas, EPIs, tapetes, MOPs, toalhas de banho e higienização de têxteis para aeronaves.

Prêmio Qualidade RS contempla mais de 150 empresas

Diretor da Renova Lavanderia, Joarez Venço, recebeu o Prêmio Inovação PGQP na Dimensão Liderança

Roque Lopes/Tribuna de Cachoeirinha

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Por que é tão difícil incluir“As empresas precisam entender que as pesso-

as com deficiência (PCD) são capazes de fazer o que quiserem, basta que exista um ambiente adaptado a elas”. Com essa fala, a consultora de inclusão e admi-nistradora da Desenvolver Inclusão de PCDs, Marcia Gonçalves, sintetiza como o mercado de trabalho ainda vê com preconceito as pessoas com deficiência. Em entrevista realizada para a revista Matéria Prima, a consultora, juntamente com as colegas Miriam Duarte (consultora), Carlena Weber (assistente social), Aneliz Silva (estudante de psicologia) e Sandra Cardoso (intér-prete LIBRAS), conta como as empresas podem incluir PCDs em seu quadro de colaboradores e os maiores desafios para colocar essas pes-soas no mercado. Mesmo com a Lei de Cotas (1991), que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a destinarem até 5% de suas vagas às pessoas com deficiência, ainda há muito a ser trabalhado na questão ati-tudinal. A própria Desenvolver é um exemplo de que incluir PCDs dá certo. A empresa emprega hoje uma cadeiran-te (a assistente social Carlena) e uma colaboradora com Síndrome de Grebe (a estudante de psicologia Aneliz).

Um dos maiores problemas é fazer com que as pes-soas sem deficiência entendam a realidade das PCDs. Mais de um bilhão de indivíduos têm algum tipo de de-ficiência no mundo, de acordo com relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde e Banco Mundial. O estudo mostra que milhões de pessoas têm a vida dificultada por falta de condições que incluem, além das barreiras físicas, a discriminação, a falta de cuida-dos na saúde e a inexistência de serviços de reabilitação adequados. Com isso, as pessoas com deficiência têm pior saúde, baixo nível educacional, menos oportunida-des e maiores taxas de pobreza do que as pessoas sem qualquer tipo de deficiência. Devido a esse histórico de exclusão, é difícil para as empresas aceitarem uma pessoa que, além de ter uma deficiência, vive essa reali-dade. “Os recrutadores estão preparados para escolher entre os melhores, os mais bonitos, os mais eficientes, os mais rápidos, e o cenário que a gente tem das PCDs no Brasil muitas vezes é o oposto, então o preconceito acaba se tornando maior ainda”, explica Marcia. Para amenizar essa situação, dar maiores chances às pessoas com deficiência e poder oferecer profissionais qualifi-cados às empresas, a Desenvolver, além de fazer o re-crutamento, também oferece cursos e treinamento para as PCDs, que depois são encaminhadas para o mercado de trabalho. Um acompanhamento junto à família da

pessoa com deficiência também é importante para co-nhecer a sua realidade. “Isso é fundamental para que os pais, muitas vezes super protetores, entendam que o mercado de trabalho pode ser bom para o desenvolvi-mento do seu filho”, conta a consultora Miriam Duarte.

De acordo com Marcia, a principal barreira para incluir pessoas com deficiência no mercado de traba-lho é a atitude das demais pessoas. Muitas pensam que os cegos devem trabalhar como telefonistas, os surdos no estoque e os deficientes físicos em call centers, por exemplo. Segundo a consultora, esse modelo é muito disseminado, mas acaba limitando ainda mais as PCDs. Para ela, as pessoas podem trabalhar no que quiserem,

desde que o ambiente seja adap-tado às suas limitações. Ela cita como exemplo um rapaz que é cego e que possui uma deficiên-cia auditiva de 85%. O desafio era colocá-lo em uma linha de produção. “Para isso, adaptamos a linha colocando uma bancada, uma cadeira e um gabarito para o encaixe das peças. Ele já está

há um ano nessa empresa e suas peças seguem para a exportação sem defeito algum. A empresa inclusive está pensando em fazer essa adaptação para os demais fun-cionários porque o processo está tão bem fechado que evita defeitos. Foi uma mudança simples e barata que no fim se tornou vantajosa para toda a empresa”, expli-ca Marcia. A consultora também cita o exemplo de um surdo que trabalha no setor de marketing de um site de música. No início parecia impossível a adaptação, mas graças a um mecanismo de acessibilidade criado na in-formática foi possível fazer com que ele trabalhasse no que realmente queria.

Mudar o estereótipo que se criou das pessoas com deficiência ainda é muito difícil no Brasil, mas com ações simples é possível alterar esse cenário. As ações inclusivas são exemplos disso. Através de palestras e vivências, os demais funcionários podem aprender a conviver com o colega deficiente e a empresa a acolher essa pessoa. Na Desenvolver, quem trabalha com essas ações é Carlena Weber, que há 11 anos é cadeirante. “Eu já fui uma pessoa ‘andante’ e sei como é difícil imaginar a vida de uma pessoa com deficiência. Por isso a gente trabalha com a vivência lúdica nas empresas, para que os funcionários se imaginem como PCDs. Simulamos que um é cego, outro é surdo, outro é cadeirante e eles precisam saber trabalhar em equipe. Os resultados são bem positivos e as pessoas começam a pensar diferente, aprendem que existem limites e possibilidades. Então nossa função é mostrar para as empresas que não se

Por Camila SchäferJornalista (MTB 15120)

Mais de um bilhão de indivíduos têm algum tipo de deficiência no mundo, de acordo com relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde e Banco Mundial.

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www.revistamateriaprima.com.br | Agosto de 2011 19reportagem especial

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA?trata apenas do cumprimento de uma lei, mas de uma mudança de atitude”, conta. Mesmo que o Brasil possua uma das me-lhores legislações do mundo para a pes-soa com deficiência, mudar a cultura e a atitude das pessoas ainda é um obstáculo porque a PCD é vista como alguém que não vive, não trabalha, nem estuda. “Gos-taria que não existisse a Lei de Cotas, mas como no Brasil ainda é difícil mudar essa visão das pessoas com deficiência, acho que é um mal necessário”, afirma Carlena.

Outra dificuldade relatada pelas fun-cionárias da Desenvolver é a exigência das empresas quanto ao perfil do candidato. Segundo elas, as companhias querem pes-soas com “deficiências leves”, o que, na teoria, não existe. “Tivemos, inclusive, de recusar algumas ofertas porque sabíamos que não conseguiríamos atingir o objetivo daquela empregadora. São muitas as exi-gências e às vezes nem é a deficiência o problema, mas a condição social, a apa-rência ou a etnia do candidato. Então o preconceito está em todas as esferas e não inclui apenas a deficiência”, afirma Mar-cia. A consultora explica que, ao contrário do que muitas vezes é divulgado na mídia, existem pessoas com deficiência suficien-tes para preencher as vagas disponíveis. O cadastro da Desenvolver, por exemplo, conta com 1080 pessoas, todas aptas para trabalhar. O problema é que as empresas fazem exigências que não estão de acordo com a realidade dos deficientes brasileiros. “As empresas anunciam vagas de empre-go interessantes para PCDs. Eu entro em contato com elas, mas elas não querem as pessoas com deficiência que eu tenho.

Elas querem pessoas sem a pontinha do dedo, por exemplo”, explica Marcia.

Nos cinco anos de atuação da De-senvolver já foram incluídas 553 pessoas no mercado de trabalho. A rotatividade no último ano foi de 15% e o índice de afastamento de apenas 2% (sendo que esse índice, na maioria das empresas, é de 10%). Os dados mostram que as pessoas com deficiência só mudam de empresa quando conseguem um emprego melhor, quando passam em um concurso público ou quando mudam de cidade e raramente porque adoeceram ou devido à sua defici-ência. A força de vontade dessas pessoas também encoraja e motiva os demais fun-cionários. “Temos exemplos de empresas em que o absenteísmo dos outros colabo-radores diminuiu porque eles se sentem motivados vendo os colegas deficientes se esforçarem”, conta Marcia. Mas assim como há exemplos positivos, a consultora afirma que também há aquelas pesso-as que se utilizam da Lei de Cotas para tirar vantagens. “Da mesma forma que pessoas sem deficiência são preguiçosas, faltam e não gostam de trabalhar, tam-bém há pessoas com deficiência com esse perfil e se usando da lei para obter vantagens. Mas é importante lembrar que caráter não tem a ver com ter ou não ter deficiência e sim com a personalidade da pessoa. Então é bem importante que as empresas estejam atentas para isso”, explica.

Os atestados e faltas por moti-vo de saúde também são temores do empresariado, mas é preciso lembrar que pessoas com deficiência adoecem

como qualquer outra pessoa e o acom-panhamento com seu médico é essencial para que o funcionário desempenhe bem suas atividades. Estudos mostram que, justamente por receberem um acompa-nhamento sistemático e preventivo, os deficientes adoecem menos. “Porém, se o empregador quiser apenas cumprir a Lei de Cotas, sem se preocupar em como aquela pessoa está sendo acompanhada, provavelmente terá problemas no futuro. Por exemplo, se uma pessoa com apenas um dos braços for alocada para trabalhar na montagem de peças, muito provavel-mente ela sobrecarregará o braço e ado-ecerá porque não teve acompanhamento médico e o ambiente não foi adaptado para sua limitação. Ou seja, o que adoece não é a deficiência, mas a falta de adapta-ção no ambiente de trabalho e nas fun-ções que a PCD desempenha. Gripe e cansaço qualquer pessoa sente. O vírus não escolhe se a pessoa tem deficiência ou não”, brinca Marcia. “Além disso, os

médicos do trabalho precisam enten-der que a pessoa com

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repo

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Agosto de 2011 | www.revistamateriaprima.com.br20

deficiência quer trabalhar como qualquer outra pessoa e não passar o resto da vida aposentada”, completa.

“Incluir a PCD também traz lucro à empresa” – Marcia Gonçalves

Todo empresário sonha em ter um negócio de sucesso e rentável. Para isso, muitos investem no aumento da produti-vidade para que o lucro, principal objeti-vo de uma empresa privada, seja atingido. Quando alguém recomenda uma pessoa com deficiência para esse empresário, logo ele pensa que sua produtividade e retor-no financeiro estarão comprometidos ou que se trata apenas de uma ação solidária, de responsabilidade social. No entanto, assim como qualquer pessoa, uma PCD pode trazer resultados e lucro à empresa. Márcia cita o exemplo de uma deficiente visual que participou do projeto Sentir com as Mãos, em que cegos são contra-tados como massoterapeutas. “O objetivo de uma rede de farmácias era aumentar as vendas, mas também havia o desejo de incluir pessoas com deficiência na empre-sa. Então se pensou, em conjunto com a empresa, que a cada R$ 30 em compras, o cliente ganharia uma massagem. O su-cesso foi tanto que hoje a massoterapeuta dessa loja está com a agenda lotada e já há compradores que viraram pacientes dela, ou seja, a loja fidelizou muitos clien-tes com essa ação e o investimento trouxe resultados”, conta.

Assim como há alguns anos as em-presas perceberam que os idosos eram um nicho de mercado, também as pessoas com deficiência podem trazer lucro para os micro e pequenos empresários. Elas vão para restaurantes, lojas e mercados, mas nesses locais ainda sofrem com a falta de acessibilidade arquitetônica. “Colocar uma rampa ou uma etiqueta em braile não é apenas responsabilidade social, volun-tariado, mas uma ação que poderá trazer muitos clientes e lucratividade para aquele negócio”, conta Marcia. Segundo a con-sultora, é preciso investir mais na inclusão dessas pessoas.

Deficiência intelectual e psicossocialAlém de deficientes físicos, a Desen-

volver trabalha também com a inclusão das pessoas com deficiência intelectual (redução da capacidade intelectual) e psi-cossocial (Autismo, Esquizofrenia, Sín-drome do Pânico). Muitos empregadores pensam que essas pessoas são ainda mais

difíceis de incluir, pelo seu tipo de defi-ciência. No entanto, Marcia explica que com o acompanhamento psicológico e psiquiátrico correto, elas podem trabalhar normalmente. Uma psicóloga da Desen-volver é quem faz o acompanhamento mensal ou semanal. “Conhecemos um ra-paz esquizofrênico que era muito fechado, não abraçava ninguém e inclusive tinha um amigo imaginário. Mesmo que alguns profissionais defendam que não deve-mos estimular a limitação, a gente fazia de conta que enxergava esse amigo para que esse rapaz se sentisse acolhido. Isso é uma característica comum nas pessoas esquizofrênicas que estão sem tratamen-to e acompanhamento médico (a família estava em total vulnerabilidade social). A partir do momento em que ele se sente acolhido, ele expressa o que está sentindo e aí muitos sentem coragem de procurar ajuda médica e perdem esses sintomas da doença. Tanto é que, quando esse rapaz foi fazer a aprendizagem, ele já não tinha mais o amigo imaginário”, conta Marcia. Miriam Duarte complementa dizendo que foi realizado um trabalho de acompa-nhamento e que hoje esse mesmo rapaz está trabalhando em uma grande empresa. “Certo dia, a mãe dele entrou em contato conosco para nos agradecer porque fazia 10 anos que ela não ganhava um abraço do filho. Isso foi muito gratificante para nós”, lembra Miriam.

LIBRASAs Línguas de Sinais (LS) são as lín-

guas naturais das comunidades surdas. Ao contrário do que muitos imaginam, elas não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para faci-litar a comunicação. São línguas com es-truturas gramaticais próprias. Atribui-se às LS o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

A LIBRAS (Língua Brasileira de Si-nais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. Cada país possui a sua própria LS, que sofre as influências da cultura na-cional. Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.

Para a intérprete de LIBRAS da De-senvolver e estudante de Letras – LIBRAS, Sandra Cardoso, todos os brasileiros de-veriam conhecer pelo menos o básico de

Equipe da Desenvolver

Camila Schäfer/MP

LIBRAS, já que esta é a segunda língua oficial do País. O trabalho de Sandra in-clui, além das interpretações, cursos nas empresas para que os funcionários con-sigam se comunicar com os colegas sur-dos. O curso tem duração de três a seis meses. “Comecei a ter contato com sur-dos com 14 anos, em uma congregação. Eu interpretava congressos, assembleias, reuniões. Apaixonei-me e trabalho com isso há 17 anos. Para mim, trabalhar com a comunidade surda é muito gratificante. São muitas experiências que a gente pre-sencia e aprende”, conta Sandra.

AcessibilidadeA acessibilidade arquitetôni-

ca e a segurança no trabalho são muito importantes para as pes-soas com deficiência. Por isso, a Desenvolver tem em seu quadro de colaboradores um técnico em segurança do trabalho que cuida dessa área. “As pessoas pensam que a PCD, ao fazer um trabalho repetitivo, não vai adquirir doen-ça porque ela já é deficiente. Por exemplo, uma empresa coloca um cego para trabalhar como te-lefonista e ninguém se preocupa com a audição ou ergonomia dele porque ele já é cego. Acham que não precisa, que não tem impor-tância”, explica Marcia. Segundo a consultora, há anos a empresa in-siste na questão da acessibilidade, pois acredita que ela é universal. Ou seja, uma rampa serve, além do cadeirante, para um idoso ou uma gestante.

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www.revistamateriaprima.com.br | Agosto de 2011 21reportagem especial

Marcia Gonçalves – administra-dora e consultora de inclusão“A gente não determina que cego tem que ser telefonista e cadeirante tem que ser call center. A pessoa pode ser o que ela quiser. A gente é que precisa ter o entendimento, conheci-mento e tecnologia para que ela pos-sa fazer o que quiser e a acessibilida-de serve pra isso.”

SoBRE A DESEnvoLvER:A Desenvolver é uma empresa pri-vada, de consultoria para inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A empresa desenvolve seu trabalho em três linhas:

1 - Elaboração de projetos: • projetos para o cumprimento da Lei de Cotas pelas empresas;• aprendizagem inclusiva para PCDs (qualificação durante um ano);• Sentir com as Mãos: projeto voltado às pessoas com baixa visão e ceguei-ra, que oferece emprego como mas-soterapeuta. Essas pessoas podem trabalhar no ambulatório das empre-sas com o objetivo de prevenir Le-sões por Esforço Repetitivo (L.E.R), Distúrbios Osteo-musculares Rela-cionados ao Trabalho (D.O.R.T) e lombalgia, por exemplo. Em algumas empresas, os funcionários já têm ho-rários fixos com o massoterapeuta a fim de prevenir essas lesões.

2 – Ações Inclusivas: voltadas às em-presas que não querem desenvolver projetos de inclusão, mas ações para sensibilizar os funcionários sobre a questão do convívio com a pessoa com deficiência, para que entendam quais são os tipos de deficiência, o que é a Lei de Cotas e outros as-suntos. São trabalhados 3 nichos de acessibilidade: atitudinal (sensi-bilização das pessoas), arquitetônica (adaptação do ambiente) e de comu-nicação (oficina de LIBRAS). 3 – Inclusão de Pessoas Com Defi-ciência: • recrutamento e seleção de PCDs;• treinamento para recrutadores;• treinamento de suporte à legislação;• qualificação de PCDs.

MITOS E VERDADESSurdo-mudo:

De acordo com a Desenvolver, a ex-pressão surdo-mudo é incorreta. Os sur-dos só não falam porque não escutam e normalmente se comunicam em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

A expressão correta é Pessoa Com De-ficiência (PCD):

As expressões “portador”, “necessida-

des especiais” e “excepcional” são nomen-claturas incorretas. Por que: 1 - A pessoa não “porta” a deficiência; 2 – as gestantes e obesos, por exemplo, também têm “ne-cessidades especiais” e, no entanto, não são deficientes; 3 – o termo “excepcional” era usado para pessoas com deficiência intelec-tual (baixo Q.I). No entanto, provou-se que o termo não poderia se referir exclusiva-mente aos que tinham deficiência mental, pois as pessoas com superdotação também são excepcionais por estarem na outra pon-

ta da curva da inteligência humana e muitas vezes é entendida como uma expressão pe-jorativa. Portanto, a pessoa possui ou não possui a deficiência e o termo correto é Pessoa Com Deficiência (PCD).

Deficiência auditiva é diferente de sur-do:

Pessoa com deficiência auditiva ouve e utiliza, em muitos casos, próteses auditivas, além de desenvolver a capacidade de arti-culação da fala.

Carlena Weber – assistente social, 32 anos – cadeirante há 11 anos“Com a deficiência minha vida mu-dou de uma hora pra outra. Eu pen-sava que toda a minha vida seria vol-tada para o tratamento, fisioterapia e cuidar do corpo. Mas com o trabalho comecei a descobrir aos poucos que tinha potencial. Eu deslanchei para namorar, pra voltar a beijar na boca e me ‘sentir gente’ depois que voltei a trabalhar. Se as pessoas ditas nor-mais já se sentem muito mal quando estão desempregadas, imagina quan-do isso acontece com deficientes. A gente se sente incapaz ao cubo. Mas quando tu descobres que pode trabalhar, aí já não quer parar mais. Sei que cada caso é um caso, mas como tetraplégica, eu entendo bem como o mercado de trabalho vê a pessoa com deficiência. A faculda-de também me fez entender melhor esse contexto da sociedade e perce-ber porque existe essa exclusão das PCDs. Meu trabalho é com foco nas empresas e é muito gratificante, ain-da mais porque eu gosto e vivo isso no dia-a-dia.”

Aneliz Silva – estudante de psico-logia, 22 anos – tem Síndrome de Grebe (encurtamento extremo dos membros e ausência de falanges médias e proximais)“Em algumas entrevistas de emprego que fiz, notei que as pessoas ficam im-pressionadas quando recebem alguém com deficiência. Inclusive fiz uma onde a entrevistadora não parava de me olhar. Percebi que aquela empresa não teria condições de receber alguém como eu. Essas situações às vezes in-comodam porque as pessoas ficam olhando pra gente, tocando, pergun-tando. Mas por sorte já estamos acos-tumadas e lidamos bem com isso.”

DEPOIMENTOS

Camila Schäfer/MP

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Estudantes de todo o Estado vão expor 68 trabalhos científicos elabo-rados com a temática “Meio Ambien-te”. Entre as escolas participantes está o Senac Gravataí, que apresen-tará os trabalhos “Atendimento ro-doviário de acidentes com produtos perigosos” e “Um centro de treina-mento de combate a incêndios sob a perspectiva da sustentabilidade”.

A Feira de Projetos Senac-RS é muito importante para empresários que buscam novas soluções, novas ideias e novos projetos, uma vez que o evento reúne a produção técnica de estudantes. A atividade tem entra-da gratuita e acontece no Centro de Eventos da Fenac, em Novo Ham-burgo.

Os três primeiros colocados dos cursos técnicos e dos cursos de for-mação inicial e continuada serão pre-miados. Além disso, dez trabalhos serão selecionados para participar da Feira Estadual de Ciência e Tec-nologia da Educação Profissional (FECITEP), que acontece em outu-bro. Escolas interessadas em visitar a Feira de Projetos Senac-RS podem se inscrever através do e-mail [email protected].

Feira de Projetos Senac reúne trabalhos de estudantesDurante os dias 11 e 12 de agosto será realizada a 2ª Feira de Projetos Senac-RS, com o objetivo de aprimorar e divulgar a produção científica e tecnológica desenvolvida por alunos da entidade

O Brasil subiu 21 posições no ranking de inovação com 125 países, elaborado pela Confederação da Indústria da Índia, em par-ceria com o Instituto de Administração Euro-peu Insead e com a World Intellectual Property Organization (Wipo), agência especializada das Nações Unidas. De 2010 para 2011, o País passou da 68ª posição para a 47ª.

O índice é calculado com base na análise de ambientes propícios para a inovação e de realizações na área. A primeira parte é ampa-rada em cinco pilares: instituições, capital hu-mano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação de mercados e sofisticação de negócios. Já a segunda avalia os projetos científicos e criati-vos desenvolvidos para alavancar a inovação.

De acordo com o ‘The Global Innovation Index’, o GII 2011, os dez países mais inova-dores do mundo são: Suíça, Suécia, Cingapu-ra, Hong Kong, Finlândia, Dinamarca, Esta-dos Unidos, Canadá, Holanda e Reino Unido.

Na América Latina e no Caribe, o Chile aparece em primeiro lugar (38º no ranking), seguido por Costa Rica (45º) e Brasil (47º).

BRaSIl OcUPa a 47ª POSIçãO NO RaNkINg glOBal DE INOvaçãO

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www.revistamateriaprima.com.br | Agosto de 2011 2323saúdeModernidade e acessibilidade

Perto de completar 45 anos, o Gru-po Carlos Chagas inaugurou, no cora-ção da cidade de Porto Alegre, sua mais nova e moderna unidade da Carlos Cha-gas Medicina do Trabalho. Localizada na Av. Alberto Bins, esta é uma das partes mais importantes do planejamento de expansão e constante aperfeiçoamento da empresa que, com este feito, objetiva um atendimento mais próximo de seus clientes e com acesso facilitado.

Todos os atendimentos de Exames Clínicos, Coleta de Material para Exa-mes Laboratoriais, Audiometria, Ele-trocardiograma, Eletroencefalograma, Raio X e Espirometria passam a ser realizados na nova unidade, dotada de modernas instalações e ágil atendimen-to, através de um novo sistema infor-matizado.

Com esta inauguração, a Unidade Day Hospital, da Av. Protásio Alves,

fará atendimentos principalmente da Assistência Médica da empresa, sua Co-Irmã Central Médica Carlos Cha-gas, e terá também atendimentos de in-vestigação, com médicos especialistas para a Medicina do Trabalho e o Cen-tro Administrativo da Carlos Chagas Medicina do Trabalho. Nas demais uni-dades (Cachoeirinha, Canoas e Zona Norte) os atendimentos permanecerão da mesma forma.

O ruído é sem dúvidas o agente nocivo mais presente no ambiente de trabalho. Funcionários que permane-cem expostos a índices elevados de ruído, durante suas atividades laborais, podem acabar apresentando Perda Auditiva Induzida por Ruído, também conhecida como PAIRO. Segundo a Norma Regulamentadora Nº15, da Portaria 3.214/18978, o limite de to-

lerância para uma exposição diária de 8 horas a ruídos contínuos ou intermi-tentes é de 85dB.

A Perda Auditiva ocupacional é irreversível, tem uma progressão len-ta e é muito difícil de ser detectada em seu estágio inicial, pois atinge frequên-cias diferentes da utilizada na comuni-cação oral.

Para minimizar este tipo de perda,

além do uso de Equipamentos de Pro-teção Auditiva, é necessário também que sejam estabelecidas algumas ações preventivas, por meio de Programas de Conservação Auditivas.

A PAIRO é responsável por apro-ximadamente 15% das Doenças Ocu-pacionais adquiridas em empresas onde os trabalhadores estão expostos a ruídos elevados.

PaIRO - Perda auditiva Induzida por Ruído Ocupacional

Fotos: divulgação

Equipamentos modernos Amplas instalações Recepção

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Até janeiro de 2012, o Sesi Cachoeirinha inaugura o Gi-násio de Esportes com capa-cidade para mil pessoas, num investimento de mais de R$ 5 milhões. O espaço terá 2800 metros quadrados, o que tri-plicará o número de crianças atendidas pelos programas Atleta do Futuro, Novos Ho-rizontes e Rede Empreender Mirim. O ginásio terá quadra de esportes, quatro vestiários para atletas, vestiário para os juízes e um camarim, além de área para espetáculos artísticos e espaço para bar, depósito ou

churrasqueira. Embaixo das arquibancadas haverá quatro sanitários para o público mas-culino e feminino, dois reserva-dos a Pessoas com Deficiência (PCD) e uma sala para guardar material esportivo. Ainda no acesso interno do ginásio está prevista a construção de quatro ambientes multiuso.

O lançamento da Pedra Fundamental, em junho, con-tou com a presença do então presidente da Fiergs, Paulo Tigre, do Prefeito Municipal de Cachoeirinha, Luis Vicente Pires, da presidente do Centro

das Indústrias, Neiva Bilhar e do Presidente do Conselho Consultivo do Sesi, Mauro Ca-liendo. Paulo Tigre salientou que a ação objetiva desenvol-ver a cidadania nos jovens e faz parte de uma sequência de tra-balho da Fiergs para contribuir

com o reforço educacional. O prefeito de Cachoeirinha lembrou que o município é o quarto em geração de impos-tos e que, no entanto, tinha um único ginásio, com capacidade para 300 pessoas, construído há mais de 20 anos.

lançada a Pedra Fundamental do ginásio de Esportes do SesiO espaço terá 2800 metros quadrados e vai permitir triplicar o número de crianças atendidas

Roselaine Vinciprova/MP

O prefeito de Cachoeirinha lembrou que o município é o quarto em geração de impostos e que, no entanto, tinha um único ginásio, construído há mais de 20 anos

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Um total de 41 empresá-rios gaúchos, representando cerca de 20 empresas de di-versos segmentos, membros do governo estadual e da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), visitou o Complexo Indus-trial Portuário de Suape, no início de julho.

A visita pode despertar mais investimentos para Per-nambuco e selar parcerias para troca de informações sobre o setor, ainda princi-piante, nos dois Estados: o de petróleo e gás. Após o passeio, a delegação gaú-cha participou de uma roda-da de negócios com empre-sários pernambucanos.

Uma das empresas gaú-chas que já investem em

Pernambuco é a lavanderia industrial Renova, com sede em Jaboatão desde janeiro e atendendo grandes em-presas como Petrobras e Gerdau. Ainda neste ano, segundo a Renova, a expec-tativa é de que a unidade cresça 50% acima das pri-meiras projeções, inclusive por causa da transferência das atividades de Maceió para a filial pernambucana.

Segundo a Fiergs, a in-tenção dos dois Estados não é a concorrência, mas uma relação de simbiose, pois há espaço para todo mundo neste ciclo e este é o momento de explorar poten-ciais, antes que os espaços sejam ocupados por estran-geiros.

Delegação de empresários gaúchos visita a Suape

A falta de qualificação é uma das principais ca-rências da maioria das em-presas na hora de recrutar candidatos. No entanto, algumas preferem inves-tir nos próprios colabo-radores como forma de qualificar a organização e as pessoas. É o caso da Mi-cromec, de Cachoeirinha, que está oferecendo cursos para seus funcionários, ob-jetivando seu crescimento pessoal e profissional.

Segundo a administra-dora da empresa, Naima Longoni Barbisan, além de cursos específicos do setor, são oferecidos também os cursos de informática e inovação, além de palestras (de prevenção de drogas e alcoolismo e de relaciona-mento interpessoal) e ses-sões de filme, que servem como forma de acolher o colaborador e de motivá-lo. A primeira turma do curso de informática é composta de 12 colaboradores e tem aula duas vezes por sema-na. De acordo com Naima, o objetivo da empresa é incluir as pessoas no mun-do digital para que possam buscar novas oportunida-des e, por isso, ela incen-

tiva todos a participarem. “Como o curso não é na sede da empresa, eu ofere-ço carona para aqueles que não têm como chegar no local do treinamento por-que não gostaria que desis-tissem”, conta.

Para a auxiliar de lim-peza, Analice Zarpelon, o curso surgiu no momen-to certo. “Eu sempre quis aprender a utilizar o com-putador, mas achava que era coisa de jovens e me sentia envergonhada por não ter conhecimento al-gum, além de nunca ter tempo para frequentar um curso. Como já estou com 51 anos, pensava que não precisava de qualificação, mas hoje, quando vejo que posso digitar as palavras no computador, como as ou-tras pessoas, me sinto mui-to realizada”, disse. Sobre a Micromec

Fundada em 1991, a empresa presta serviços nas áreas de usinagem e injeção de plásticos, além de possuir produtos pró-prios no setor automotivo. Tem diversas parceiras na região e desde o ano passa-do é certificada com a ISO 9001:2008.

Micromec investe na qualificação

Eudes Santana

Delegação de empresários conheceu o Complexo Industrial Portuário de Suape

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Estima-se que, no Brasil, a produção anual de computadores gire em torno de 15 milhões de unidades e mais de 200 milhões de celulares. Esse volume torna-se resíduo eletrônico devido à obsolescência e ao rápido avanço da tecno-logia. Os componentes desses equipamentos contêm metais pesados que são considerados altamente prejudiciais à saúde e ao meio am-biente. Para minimizar esses impactos, o Sistema Fecomércio-RS está lançando a Campanha de Recolhimento de Equipamentos de Informática e Telefonia Pós-consumo, que busca dar o destino adequado a esses materiais. O Coordenador do Conselho de Sustentabilidade da Fecomércio, Joarez Venço, lembra que todo o Rio Grande do Sul estará envolvido na campanha, que vai de 4 de agosto a 30 de setembro de 2011. Este descarte não terá custo nenhum para a comu-nidade, porém o resíduo descartado deverá ser somente o eletrônico de informática e de telefo-nia. Outras informações pelo site fecomercio-rs.org.br/campanhasustentabilidade/.

FEcOMéRcIO laNça caMPaNha DE REcOlhIMENTO DE EQUIPaMENTOS DE INFORMáTIca E TElEFONIa

A segunda edição do Selo de Compromisso Ambiental, promovida pela Câmara de Vereadores de Gra-vataí, premiou no mês de julho nove projetos de empresas e instituições do município engajadas na preservação do meio ambiente.

O primeiro momento da Sessão Solene destacou as seis organizações que receberam o Certificado de Par-ticipação. Na modalidade Empresa, a distinção foi entregue à Carlos Becker Metalúrgica. Na categoria Socieda-de Civil e Organizada, o certificado foi entregue à Onda Socioambiental. Na Categoria Estabelecimento Co-mercial e de Serviços, o certificado ficou com o Centro de Formação de Condutores Rumo Certo. Na moda-lidade Instituições de Ensino, o selo de participação foi conferido ao Colé-gio Fundação Bradesco Gravataí. Na modalidade Empresa, o Certificado de Participação foi para a Concessio-nária Brozauto. Na categoria Socieda-

de Civil e Organizada, quem também recebeu o certificado foi a Organiza-ção Internacional Nova Acrópole.

Em seguida foram premiadas, com um troféu e o Selo, as três orga-nizações que alcançaram todos os ob-jetivos para conquistar o Certificado de Compromisso Ambiental. A pri-meira foi a Escola Dora Dimer, com o projeto “Dora Ecologia”, na cate-goria Instituições de Ensino. Logo depois, foi a vez da ACOBAN - As-sociação Comunitária do Bairro Neó-polis, que, juntamente com o Centro Infanto-Juvenil Neópolis, apresentou o projeto “É preciso reciclar para não terminar” na categoria Sociedade Civil e Organizada. A terceira a rece-ber o selo foi a Óptica Vilente, que apresentou o projeto “Racionamento sustentável de água”, na categoria Co-mércio e Serviços. Ao final, a Câmara de Vereadores entregou mudas de tempero verde a todos os presen-tes.

Câmara de Gravataí entrega Selo de Compromisso Ambiental

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recursos humanos

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As redes sociais estão cada vez mais inseridas no cotidiano das pessoas e empresas. No universo empresarial, elas servem como meio de divulgação e reforço da marca, complementando as ações de marketing. Porém, muitas empresas estão fazendo outros usos das redes sociais. Um exemplo é a aná-lise de candidatos a vagas de emprego. No entanto, ainda resta a dúvida: o que os recrutadores devem avaliar nos per-fis?

Uma pesquisa realizada pela em-presa de RH Robert Half, com execu-tivos de diversos países, mostrou que apenas 17% não se deixa influenciar pelas redes sociais, enquanto que 39% disseram que fariam uma entrevis-ta antes de tomar uma decisão final. Entre os brasileiros, o site LinkedIn é um dos mais utilizados pelos executi-

vos. Na pesquisa, 43% afirmaram que fazem a verificação, nas redes sociais, das referências apresentadas nos cur-rículos apenas com candidatos que já foram entrevistados. O estudo mos-trou ainda que o Brasil é o País que dá mais importância às redes so-ciais dos seus profissionais. Para 44% dos brasileiros entrevistados, aspectos negativos nestes sites seriam motivos suficientes para desclassificar um can-didato no processo de seleção.

Grande parte das empresas (36%) que consultam as redes sociais dos candidatos analisa a experiência pro-fissional, 29% delas buscam as qua-lificações profissionais, que seriam adquiridas em trabalhos anteriores, e 13% conferem primeiro a formação do candidato. Especialistas recomen-dam que o empregador verifique a

coerência entre os perfis de candi-datos em diversas redes sociais. Por exemplo, uma pessoa pode parecer responsável e proativa no LinkedIn e ao mesmo tempo preconceituosa e irresponsável no Twitter. Por isso, a análise completa é importante. No caso dos recrutadores, os principais fatores que podem ser avaliados são: o relacionamento interpessoal dos candidatos, o grau de influência que tem na rede, as comunidades e em-presas que acompanha e o conheci-mento específico que ele expõe na rede.

Já para quem está procurando em-prego, a recomendação é que comece a citar os links das redes sociais no currículo, como forma de comple-mentar e facilitar o processo seletivo. Essa integração entre currículos e mídias sociais vai ajudar também os selecionadores, que poderão conhecer melhor o candidato. Seguir empresas e seus recrutadores, colaborar nos grupos de discussão da área de traba-lho e ter um blog onde possa expor os trabalhos já realizados são algumas das dicas para os candidatos.

Mesmo tendo números tão repre-sentativos no Brasil, o uso das redes sociais como fator determinante em um processo de seleção não é uma unanimidade. Por isso, muitos recru-tadores as utilizam apenas como com-plemento do processo tradicional.

Empresas utilizam as redes sociais para avaliar perfil de candidatos

No caso dos recrutadores, os principais fatores que podem ser avaliados são: o relacionamento interpessoal dos candidatos, o grau de influência que tem na rede, as comunidades e empresas que acompanha e o conhecimento específico que ele expõe na rede, como em fóruns e comunidades da área

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tecn

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Nas vitrines, na televisão e nas lojas virtuais: eles estão em toda parte e já vira-ram moda entre os brasileiros. Os tablets, que apareceram há aproximadamente duas décadas em setores como saúde e fi-nanças, estão invadindo também o mun-do dos negócios. De acordo com proje-ções do instituto de pesquisas Gartner, as vendas desses equipamentos em todo o mundo devem saltar de 18 milhões (regis-trado no ano passado) para 108 milhões em 2012. Outra pesquisa, realizada pela Frost & Sullivan, revelou também que o uso de tablets aumentou nas empre-sas brasileiras. Segundo o estudo, de 70 companhias de grande porte no País, 21% compraram o aparelho para equipar a força de venda e equipes que precisam acessar informações em qualquer lugar.

As entrevistadas justificaram que in-vestiram em tablets para dar mais mobi-lidade aos profissionais, principalmente os de vendas, que agora podem consul-tar e-mail em qualquer lugar e visualizar campanhas de marketing. Entre os usuá-

rios da nova ferramenta, nas companhias abordadas, 77% mostraram-se muito sa-tisfeitos com os tablets.Entretanto, quando as empresas de-vem adotar essa tecnologia?

Leves e simples, os tablets dão mais liberdade de movimento que notebooks, por exemplo. A grande mobilidade per-mite maior agilidade nos processos – e quem usa garante que há sólidos ganhos de produtividade.

A área de vendas, pioneira no uso da ferramenta, pode substituir os impres-sos por uma apresentação customizada para o cliente, transmitindo uma imagem de modernidade e tecnologia. O cliente pode interagir de forma prática com o equipamento e envolver-se com o con-teúdo apresentado em uma experiência agradável. Além disso, também é possível transferir os ramais de cada funcionário para o tablet e fechar negócios por meio de videoconferências, acessar o compu-tador da empresa à distância e usar re-cursos de geolocalização, entre outras

facilidades.As vantagens são inúmeras, mas,

antes de adotar o equipamento, as or-ganizações devem avaliar alguns fatores. A empresa deve estar preparada para promover a integração do tablet com os sistemas já existentes, fator fundamental para o total aproveitamento da ferramen-ta. Também é necessário levar em conta a segurança da informação e a proteção do acesso remoto, além de criar soluções para perda ou roubo do dispositivo. Re-comenda-se ainda reforçar a capacidade das redes wireless e traçar o perfil dos fun-cionários que terão acesso ao tablet.

O custo do equipamento é outro im-portante fator a ser considerado. Estudos revelaram que o alto preço dos tablets é a principal barreira para a adesão dessa tecnologia. Os modelos vendidos hoje no Brasil custam entre R$ 1.200 e R$ 1.500, mas, com os incentivos e a pers-pectiva da fabricação dos equipamentos no País, esse preço poderá ser reduzido em até 40%.

Os modernos tablets conquistam as empresas

Leves e simples, os tablets dão mais liberdade de movimento que notebooks, por exemplo. A grande mobilidade permite maior agilidade nos processos – e quem usa garante que há sólidos ganhos de produtividade

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Fazemos parte de um mundo onde estamos constantemente envolvidos em vendas de produtos, serviços ou ideias. Enfrentamos uma concorrência acirrada e clientes cada vez mais exigentes. Muitos profissionais possuem excelente formação e recursos para atuarem no mercado, mas em diversas situações encaram dificulda-des por falta de conhecimento, habilidades e atitudes. Talvez hoje você tenha o desejo de transformar sua atividade comercial, aumentar radicalmente seus resultados fi-nanceiros e fortalecer sua marca. Comece agora, praticando estes 8 segredos:

1. Posicionamento e diferencial com-petitivo: o mercado precisa entender o que você vende, para quem vende e qual seu diferencial. Muitas empresas, pensando em encantar clientes, atendem a todos “mais ou menos” e nunca são reconhecidas. É preciso conhecer a concorrência e suas propostas de solução. É preciso entender que solução é um conjunto que engloba o produto e/ou serviço, sua qualidade e também sua dispo-nibilidade, prazo de entrega, transporte, trei-namento, assistência técnica, preço e con-dições de pagamento. Lembre-se: clientes compram solução. Sua solução resolve o problema do seu cliente ou é simplesmente mais uma opção? Sua empresa está especia-lizada em resolver que tipo de problemas? Qual seu público alvo?

2. Gente, foco principal do processo: o cliente é e sempre será o foco nas vendas. Entenda de pessoas, escute e saiba mais sobre seus problemas. Quanto mais você conhecer seus prospects, mais compreenderá seus problemas. Clientes compram solução. Entenda dos problemas de seus clientes e

você será o melhor vendedor do mundo.3. Uso adequado das ferramentas de

comunicação: as pessoas possuem menos tempo e se comunicam de forma diferente no século XXI. Com a expansão dos celula-res de terceira geração (3G) no mercado bra-sileiro, houve crescimento nos usuários de internet de alta velocidade no país. O cres-cimento registrado nos últimos 12 meses foi de 49%, e chegou a 43,7 milhões de clientes ao fim do primeiro semestre de 2011. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), 8,5 milhões de novas conexões de banda larga foram ativadas entre janeiro e junho, o que significa um novo cliente a cada dois segundos. Estes dados mostram que existe um crescimento enorme de comunicação virtual através de sites, blogs, redes sociais, e-mails, etc... Seu cliente, assim como você, tem menos tempo e se comunica de várias formas com o mercado. Que tal conhecer tudo sobre marketing digital e atualizar sua forma de comunicação?

4. Valorize os momentos da verdade: toda vez que o cliente entra em contato com você ou com sua empresa, ele vive um mo-mento da verdade, ou seja, ele sai satisfeito ou não. Não desperdice estes momentos! Se o cliente liga e reclama, aplauda. Você ainda tem a chance de resolver o problema. Quando um cliente entra em contato com sua empresa é porque ele necessita resolver um problema e isto é uma grande oportuni-dade para encantar seu cliente e preparar a próxima venda.

5. Técnicas inovadoras para pros-pecção de mercado: você precisa criar oportunidades para expor seus produtos e

ser valorizado pelo cliente. Enquanto você aguarda o telefone tocar, seus concorren-tes estão prospectando.

6. A condução da negociação eficaz: muitos vendedores fazem uma abordagem excelente, mas, quando precisam conduzir uma negociação, se perdem por desco-nhecer o produto, sua aplicação e os pro-blemas do cliente. A nova realidade é ser consultor de vendas, “tirar pedido” é coisa do passado. Para propor uma solução para seu cliente, é preciso conhecer as aplicações que seus produtos proporcionam e como elas resolvem os problemas de seu cliente.

7. Fidelização e pós-venda andam juntos: é preciso fazer o pós-venda, veri-ficar se sua solução atendeu as necessida-des do cliente, valorizar seu atendimento e deixar iniciada a próxima venda. Atenção ao cliente gera fidelização.

8. Sua atitude determina os resul-tados: muitas vezes me perguntam o que eu considero mais importante para que um profissional se torne um vendedor de sucesso. O que diferencia o vendedor co-mum, do vendedor campeão? Quais são as características que cada um possui para ter resultados tão diferentes?

É preciso muita determinação, persis-tência, e principalmente ter uma atitude entusiástica. A busca constante de conheci-mento, educação, cordialidade, comprome-timento, empreendedorismo e transparência são fundamentais para vendedores de suces-so. O vendedor campeão possui atitude im-pecável e está sempre se perguntando como pode resolver os problemas de seus clientes.

Mude sua atitude e seus resultados se-rão surpreendentes!

Madeleine Schein Consultora Empresarial - Mestre em Administração e Negócios

8 Segredos: venda e encante clientes

A Formplast Laminados Ecológicos, junto com o setor move-leiro gaúcho, está na luta pela redução da alíquota do IPI que incide sobre os laminados produzidos a partir de PET reciclado. A reivindicação é de que o imposto seja reduzido de 15% para 5%. Além da Formplast, outros representantes do setor moveleiro gaúcho pediram, em julho, a intervenção do Executivo junto ao Governo Federal para as reivindicações da categoria, como a suspensão de ICMS na compra de insumos e matérias-primas de fornecedores gaúchos destinada à produção de bens para a exportação.

Formplast e setor moveleiro gaúcho pleiteiam a redução da alíquota do IPI

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No dia 7 de junho deste ano, o Con-selho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) divulgou normas para a publicidade que contenha apelos de sustentabilidade. Além da intenção de impedir a banalização do tema, deixa claro que a questão deve ser levada a sério, fato que torna evidente a impor-tância da comunicação para a divulgação de práticas sustentáveis.

As empresas se deram conta de que a sustentabilidade pode ser fonte para alcançar uma boa imagem. Porém, não basta elaborar projetos de sustentabili-dade, é preciso divulgá-los e, principal-mente, colocá-los em prática.

De acordo com o CONAR (2011), levando-se em conta o aumento da uti-lização de indicativos ambientais na pu-blicidade, serão atendidos os seguintes

princípios:1. Veracidade – as informações

ambientais devem ser verdadeiras e passíveis de verificação e comprova-ção;

2. Exatidão – as informações ambientais devem ser exatas e precisas, não cabendo informações genéricas e vagas;

3. Pertinência – as informações am-bientais veiculadas devem ter relação com os processos de produção e co-mercialização dos produtos e serviços anunciados;

4. Relevância – o benefício ambien-tal salientado deverá ser significativo em termos do impacto total do produto e do serviço sobre o meio ambiente, em todo seu ciclo de vida, ou seja, na sua produção, uso e descarte.

Vale lembrar que uma organização não se tornará sustentável somente por ter lançado um produto ou serviço sus-tentável. A sustentabilidade deve estar intrínseca na gestão estratégica, sendo aplicada na atividade da empresa de for-ma geral.

Não basta ter um belo site e uma linguagem visual voltada para a susten-tabilidade e o meio ambiente. É preciso levar o tema para dentro da empresa, colocar projetos e ações em prática e dar condições ao seu público-alvo de fiscali-zar aquilo que você anuncia.

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Normas para uma publicidade sustentávelÉrico Pedro Scherer Neto Publicitário | Reverse Gerenciamento de Resíduos Tecnológicos

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www.revistamateriaprima.com.br | Agosto de 2011 3131sustentabilidade

A Lei 12.305/2010, que institui a Po-lítica Nacional de Resíduos Sólidos, exige das empresas alterações operacionais e na conduta empresarial, como o com-partilhamento de responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos. A lei não se restringe a responsabilizar apenas os fa-bricantes. Há responsabilidade também dos importadores, distribuidores, comer-ciantes e até os consumidores e titulares dos serviços de limpeza urbana ou ma-nejo.

Outra questão importante trazida por esta legislação é a logística reversa, como no caso dos fabricantes de pilhas e pneus, onde é atribuído a estes o reco-lhimento ou o retorno dos resíduos ou partes inservíveis do produto, visando a destinação ambientalmente indicada.

A adequação das empresas ao geren-ciamento de seus resíduos sólidos garan-te a sustentabilidade do próprio negócio, evitando o desgaste da imagem institu-cional, multas, recuperação de áreas, res-trição à contratação por órgãos públicos e financiamentos. A política de resíduos dá acesso a benefícios e linhas de crédito para projetos que visem a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Às empresas ficam as regras claras, respondendo por seus resíduos na fa-bricação e comercialização de seus pro-dutos, mas também existem incentivos fiscais, financeiros e créditos para execu-tarem suas responsabilidades.

Um dos instrumentos da Política de Resíduos Sólidos é o Plano de Resíduos Sólidos, enquadrando-se neste o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que algumas empresas precisam elaborar, como estabelecimentos comerciais de prestação de serviços.

A Secretaria Municipal do Meio Am-biente de Cachoeirinha é responsável pelo licenciamento ambiental de ativida-des de impacto local. Já está incluída na licença ambiental (Licença de Operação) a apresentação por parte do licenciado do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, sendo-lhe fixado um prazo (em média 90 dias) para a entrega deste, com posterior análise e acompanhamento da implementação pelo órgão ambiental fis-calizador.

O Plano de Gerenciamento de Re-síduos Sólidos para a empresa gera eco-nomia de matérias-primas e energia, por exemplo, cacos de vidro são usados na fabricação de novos vidros, o que per-mite economia de energia. O reaprovei-tamento do plástico ajuda a poupar pe-tróleo e, portanto dinheiro.

A Política Nacional de Resíduos Sóli-dos para as empresas deve ser vista como uma forma de reduzir o desperdício e aumentar a eficiência de suas atividades, fortalecendo as empresas e setores em-presariais que assumirem suas responsa-bilidades com o futuro sustentável para as próximas gerações.

Karem Scheid CararaAdvogada OAB/RS 40.930 / Especialista em Direito Ambiental

Política Nacional de Resíduos Sólidos: benefícios para sua empresa e para o meio ambiente

Outra questão importante trazida por esta legislação é a logística reversa, como no caso dos fabricantes de pilhas e pneus, onde é atribuído a estes o recolhimento ou o retorno dos resíduos ou partes inservíveis do produto, visando a destinação ambientalmente indicada.

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Em julho foi sancionada a Lei 12.441, que cria a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Ei-reli). Ela permite que uma empresa seja constituída por uma única pessoa, sem necessidade de sócio. De acordo com a nova lei, “a empresa individual de res-ponsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totali-dade do capital social, devidamente in-tegralizado, que não será inferior a 100 vezes o maior salário mínimo vigente no país”. A legislação diz ainda que o patrimônio social da empresa respon-de pelas dívidas do negócio, ficando de fora os bens dos sócios. Embora tenha sido publicada no Diário Oficial em ju-

lho, as novas regras só entram em vi-gência no prazo de 180 dias.

A lei ainda possibilita que uma pes-soa que já é sócia em outro negócio se torne uma empresa individual, ao permitir a concentração das quotas de outra modalidade societária numa única pessoa. No entanto, o empresá-rio só pode ter um único empreendi-mento nesta categoria.

Para especialistas do Sebrae, a lei significa mais simplificação e estímulo ao empreendedorismo, uma vez que o empresário não precisa procurar um sócio e seu patrimônio não fica mais exposto aos riscos do negócio. Tam-bém estimula a transparência porque

os empresários sem sócios acabavam buscando “laranjas” para cumprir a determinação na hora de abrir uma empresa de responsabilidade limita-da. A legislação da Eireli também vai beneficiar as sociedades (porque elas serão feitas por quem realmente vai contribuir com o negócio) e as pesso-as que não desejam abrir um negócio em sociedade.

Mesmo que a modalidade empre-sário individual seja semelhante à Ei-reli, a primeira opção não permite a segregação do patrimônio do empre-sário de seu patrimônio pessoal. Essa é a principal vantagem da empresa in-dividual de responsabilidade limitada.

A partir de 2012 todos os emprega-dores, inclusive produtores rurais, se-rão obrigados a ter certificado digital. Isso significa que a partir dessa data os arquivos da SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informa-ções à Previdência Social) e da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS - GRRF serão transmitidas pelo apli-cativo Conectividade Social. Este novo ambiente eletrônico foi criado para empresas e escritórios de contabilidade que desejam cumprir com suas obriga-ções relacionadas ao FGTS.

Para utilizar o Conectividade Social, as empresas, escritórios de contabilida-de e empregadores rurais precisarão ter,

obrigatoriamente, o certificado digital. Caso o empregador queira outorgar uma procuração eletrônica para um contador, este também terá que possuir um certi-ficado digital válido para a transmissão dos arquivos. A Caixa recomenda que o empregador jamais entregue seu cer-tificado e sua respectiva senha para seu colaborador ou escritório contábil que utiliza o Conectividade Social.

Para adquirir o certificado digital, o interessado deverá procurar a Caixa Econômica Federal ou qualquer outra Autoridade Certificadora existente no Brasil. Hoje, o aplicativo Conectividade Social é utilizado mediante um certifi-cado próprio da Caixa. Esse certifica-

do e o aplicativo Conectividade Social são de uso obrigatório para recolher o FGTS e para o envio da Guia de In-formações do FGTS e à Previdência Social (GFIP). Ele também serve para receber comunicados genéricos da Cai-xa com relação ao FGTS.

Com a Certificação Digital ICP substituindo a certificação própria, a Caixa pretende dar mais segurança no envio das informações e também permitir novas funcionalidades. Os certificados atuais têm validade até 31 de dezembro e o novo certificado di-gital, para acesso ao Conectividade So-cial, será obrigatório a partir de janeiro de 2012.

Certificado digital será obrigatório para empregadores

Sancionada lei que cria a Eireli

A 13ª edição da Transpo-Sul foi con-siderada um sucesso pelos organizadores do evento. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transpor-te de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), José Carlos Silvano, todas as expectativas foram su-peradas e o Centro de Eventos da Fiergs já está se tornando pequeno pela propor-ção que o evento vem ganhando.

Silvano estima que entre os dias 13 e

15 de julho foram gerados cerca de R$ 100 milhões em negócios e que mais de 12 mil pessoas visitaram o evento. O va-lor negociado é o dobro do estimado pela entidade no início da feira. O presidente destacou que, além dos negócios fecha-dos na feira, o relacionamento entre for-necedores e empreendedores é um dos maiores ganhos que o evento oferece.

Ainda durante a programação do evento, uma audiência pública, com a

participação do senador Paulo Paim, discutiu o Estatuto do Motorista, legis-lação que pretende regular a atuação da categoria no mercado de trabalho. O se-nador destacou cinco pontos necessários para a construção do Estatuto: combate aos altos índices de acidentes, respeito ao trabalhador, ao empreendedor, responsa-bilidade do Estado e os direitos e deveres de todos que atuam no transporte terres-tre, buscando segurança jurídica.

Transpo-Sul gera cerca de R$ 100 milhões em negócios

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Ricardo SastreR3 [email protected]

A multiplicação das empresas no mercado e o aumento da concorrência possibilitaram ao consumidor exigir um atendimento diferenciado e uma quali-dade superior, pelo mesmo preço ou até mais baixo, provocando uma corrida de-senfreada em busca de uma gestão em-presarial profissional e com resultados positivos e reais.

Hoje, quando vamos desenvolver um produto, primeiro buscamos os preços praticados no mercado e depois tenta-mos adequar a nossa produção para que possamos ter a margem de lucro mais elevada possível. Na maioria das vezes, os valores praticados são inferiores aos custos para produzi-los.

A impressão off-set tem um custo inicial relativamente caro para produ-zir poucas peças de um impresso, pois temos que confeccionar as chapas de impressão e perdemos algum tempo fa-zendo acerto de máquina (setup). Essa deficiência produtiva abriu precedentes

para que outro processo de impressão ocupasse espaço: a impressão digital.

Grandes empresas multinacionais, com os seus vastos departamentos de desenvolvimento de novos produtos, estão atuando agressivamente na auto-mação industrial e pessoas extremamen-te qualificadas são muito bem remunera-das para encontrar novas possibilidades de atuação no mercado, ocupando os espaços nas deficiências de processos produtivos.

A informatização está tirando muitos produtos das gráficas comerciais e edito-riais. A circulação de papel está sendo re-duzida gradativamente não por conscien-tização ambiental (até porque 100% dos papéis produzidos no mundo são oriun-dos de madeira de reflorestamento), mas pelas informações serem trocadas por e-mail ou em sites de relacionamento, re-duzindo o consumo de papel timbrado, envelopes, cartões de visitas, catálogos e folders. Hoje podemos baixar da internet

cópias de livros e acompanhar revistas e jornais pela rede, na maioria das vezes, tendo informações antecipadas do que vai ser impresso no dia seguinte.

Hoje podemos contar com um apa-rato produtivo de última geração. Máqui-nas e softwares de produção gráfica estão à disposição para quem quiser adquirir esses equipamentos, mas há preços al-tíssimos e impossíveis para a realida-de de pequenas e médias empresas. Grandes empresas que adquiriram essas máquinas estão praticamente trabalhan-do para pagar esses investimentos e os seus clientes, além de exigirem agilidade, qualidade e preço baixo, aproveitam-se dessa situação de fragilidade para exigir o máximo, sabendo que existem vários concorrentes na mesma situação e dis-postos a aceitarem propostas absurdas de preços abaixo do custo, em troca de grande volume de impressos, ocasionan-do uma verdadeira bola de neve sem so-lução aparente.

Os reflexos da evolução nas artes gráficas

Há exatamente 10 anos, a região do Vale do Gravataí se surpreendia com a inauguração de um novo espa-ço de gastronomia, pautado pelo bom gosto e requinte, além de um delicio-so cardápio baseado no que existia de mais moderno em culinária. O Merca-to Restaurante focou seu cardápio na culinária mediterrânea e foi agregando novas opções com o passar do tempo.

A sintonia entre os clientes e as novas tendências do mercado foram alguns diferenciais que permitiram que a fa-mília crescesse com o passar do tem-po. Hoje, o Grupo Mercato conta com dois restaurantes e uma cafeteria, todos localizados na área central de Cacho-eirinha. Neste tempo de caminhada, o Mercato se mesclou com a cultura da cidade, sendo um ponto de encontro

para eventos sociais, culturais e políti-cos. O empresário Volmir Carboni vê com orgulho o Mercato fazer parte da vida de centenas de pessoas. “Duran-te todo este tempo nosso desafio foi mostrar que aqui as pessoas podem se sentir em casa”, revela. Carboni fez escolhas decisivas neste tempo sempre primando em oferecer o melhor para cada um dos seus clientes.

Família Mercato: no coração de Cachoeirinha

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Há dois anos Cachoeirinha conquistava o direito de emitir licenciamento ambiental através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMAm). O aniversário desta vitória foi comemorado em julho, em um café promovido pelo Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC).

A presidente do CIC, Neiva Bilhar, afirmou que esse foi um grande avanço em Cachoeirinha, pois além da demora de mais de dois anos para se obter o licen-ciamento, havia situações na qual o pedido não era aceito. O secretário de Meio Ambiente, David Cafru-ni, ressaltou o desenvolvimento urbano que o licencia-mento trouxe para Cachoeirinha, como a agilização da duplicação da Av. Frederico Ritter, a repavimentação da Av. Flores da Cunha, e também a recuperação do talude do Arroio Passinhos, junto à Cristovão Colombo. De acordo com o geólogo Clécio Chaves, da SMMAm, no primeiro ano de licenciamento ambiental, o municí-pio expediu 763 licenças, chegando a 931 documentos expedidos no segundo ano. O processo, segundo ele, que levava de dois a três anos junto à Fepam, foi redu-zido para uma média de 75 dias depois que passou a ser fornecido por Cachoeirinha.

A Fecomércio está incenti-vando seus associados do setor de logística a participarem do 14º Congresso de Logística e Semana Europeia de Logística, onde o Brasil é o país convi-dado. A ideia foi preparar uma missão para o evento, que terá como tema os “Novos Paradig-mas Logísticos”. O congresso e a Semana Europeia de Logís-tica acontecem no Centro de Congressos de Lisboa nos dias 12 e 13 de outubro. As visitas técnicas acontecem nos dias 10 e 11 de outubro.

Entre as vantagens para o empresário brasileiro estão a possibilidade de analisar a performance logística de Por-tugal e Brasil de forma global e segmentada, tendo como base de trabalho o relatório

de benchmarking do LPI (Logis-tics Performance Index) editado pelo Banco Mundial; analisar e debater de que forma a fun-ção logística pode incremen-tar e desenvolver as relações bilaterais; identificar de am-bos os lados quais as barreiras existentes na gestão da cadeia de abastecimento; estabele-cer, de uma forma estrutu-rada e organizada, contatos bilaterais, utilizando para tal, o serviço e o espaço dedicado Meeting Room.

A missão parte do Brasil no dia 8 de outubro e retorna no dia 15 do mesmo mês. Para maiores informações o e-mail é missõ[email protected] ou [email protected] e o telefone é 9666.0726.

Cachoeirinha completa dois anos de licenciamento ambiental

Gaúchos no 14º Congresso de Logística

A ExpoCachoeirinha acontece de 7 a 11 de setembro no Parcão Municipal com a presença de expositores de diver-sos setores e uma programação variada para todos os públicos. O principal ob-jetivo do evento é divulgar o que Cacho-eirinha tem de bom, tanto no setor de comércio, serviços e indústria. O Centro das Indústrias de Cachoeirinha vai estar com um estande coletivo com a partici-pação das empresas Tecnistamp, Vidro-box, Útil Química, Industintas, Metalúr-gica Mahler, Renova e Jimo.

PROGRAMAÇÃO:

07/09 - quarta-feira14h – Recepção Pernas de Pau (Sininho e Capitão Gancho) 14h30 - Pintura de Rosto e Escultura de Balão15h - Show de Magia 18h - Concurso Rainha da ExpoCachoei-rinha 2011

20h - Abertura Oficial 20h30 - Show Osvaldir e Carlos Magrão21h30 - Show Pirotécnico

08/09 - quinta-feira14h - Recepção Pernas de Pau (Sininho e Capitão Gancho) 14h30 - Pintura de Rosto e Escultura de Balão15h - Apresentação de teatro SMTT 15h45 - Maria do Riso 18h30 - 3º Encontro de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Cachoeirinha20h30 - Show Jonathan e Mateus

09/09 - sexta-feira14h - Recepção Pernas de Pau (Sininho e Capitão Gancho) 14h30 - Pintura de Rosto e Escultura de Balão15h - Apresentação de teatro SMTT15h45 - Maria do Riso 18h30 - Prêmio Marcas de Cachoeirinha20h30 - Show Cia 4

10/09 - sábado10h - Recepção Pernas de Pau (Sininho e Capitão Gancho) 10h30 - Pintura de Rosto e Escultura de Balão14h - Projeto Pescar (CIC)15h - Banda Reiká (MPB)16h - Salada de Contos com Gelatina 19h - Show Cleiton Amorim - Tributo a Raul 20h30 - Show Lokomotion

11/09 - domingo10h - Recepção Pernas de Pau (Sininho e Capitão Gancho) 10h30 - Pintura de Rosto e Escultura de Balão14h - Dr. Dráuzio Vareta15h - Salada de Contos com Gelatina 16h - Desfile Looks 201217h - Música em Movimento: Show Fa-mília Lima20h - Encerramento da ExpoCachoeiri-nha 201121h – Show Pirotécnico

ExpoCachoeirinha acontece de 7 a 11 de setembro

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