Transcript
Page 1: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

1. Proposta Geral. Buscaremos abordar os conteúdos em cujo currículo a História da Paraíba está incluída. Os textos de diversos autores apresentam características comuns: refletem sobre a historiografia paraibana; apontam no sentido da superação dos limites da história oficial, em outrora “marginalizados”, procuraremos AMPLIAR em sua multiplicidade relacionando passado e presente. Ex: O “Heroísmo” de João Pessoa e o Movimento (Revolução) de 1930.

2. Conteúdo Programático:2.1. Antecedentes da Conquista da Paraíba. 2.2. A Conquista e a Fundação da Paraíba. 2.3. Primeiros Capitães-mores. 2.4. As Ordens Religiosas da Capitania da Paraíba e seus

Mosteiros. 2.5. A População Indígena. 2.6. Invasão Holandesa. 2.7. Conquista do Interior da Paraíba. 2.8. Análise Política, Econômica e Social da Paraíba nos Séculos

XVII ao XX. 2.9. Revoluções que a Paraíba Participou.

3. Contexto Histórico Para o “Descobrimento” do Brasil.

3.1. No campo econômico: Ocorreu a Transição do Feudalismo para indícios de Capitalismo. Por conta do novo momento, em que as riquezas provinham das conquistas, a Europa envolveu-se em políticas mercantilistas. Com as Grandes Navegações, novas relações comerciais apareceram. Como o caminho para as rotas comerciais estava fechado pelos turcos, houve a necessidade de se procurar novas rotas.

3.2. Através destas, os navegantes europeus descobriram novos continentes e, consequentemente, especiarias e mão de obra. As colonizações trouxeram riquezas para os europeus, que, movidos pela ganância e pelo poder, as capitalizaram. No conjunto de importantes viagens e expedições marítimas do século XVI: As “Grandes Navegações”, nota-se clara preponderância dos países ibéricos.

4. Contexto Histórico Sobre A Fundação da Paraíba. De 1534 a 1585. D. João III, aceitando do amigo D. Diogo de Gouveia, essa sugestão de dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias, decidiu por em prática esse regime a partir do regresso de Martim Afonso de Sousa, seu amigo particular e conselheiro real, que se encontrava em missão fora do país e fora chamado por D. João para ser donatário, juntamente com seu irmão, Pero Lopes de Sousa, de dois lotes de terra, dentre os quinze lotes em que fora dividida a colônia americana do sul, sendo um lote de 100 léguas

destinado a Martim Afonso de Sousa e outro de 80 léguas destinado a Pero Lopes de Sousa.

5. O lote de 80 léguas, destinado a Pero Lopes de Sousa foi concedido em 1º de setembro de 1534 e o respectivo foral em seis (6) de outubro do mesmo ano, tendo sido logo aumentado, em janeiro de 1535, para 86 léguas, e recebido à denominação de Capitania de Itamaracá, estendendo-se desde a linha imaginária de Tordesilhas até a costa, tendo como limite norte a Baía da Traição, (na Paraíba) e Igarassu, (em Pernambuco). Pero Lopes de Sousa, não podendo assumir diretamente a capitania, pôs à sua frente o tenente João Gonçalves, que tomou algumas providências administrativas como a construção da vila Conceição, (posteriormente vila Maria) e construção de engenhos. Porém era difícil a colonização da capitania, em razão dos constantes ataques dos índios potiguaras incentivados por seus aliados franceses, semelhante ao que já faziam na capitania de Olinda de Duarte Coelho, pois os franceses motivavam os índios a se sentirem ameaçados de escravização pelos colonizadores, enquanto que para com os invasores franceses eles mantinham uma relação de amizade, pelas razões mercantilistas enganosas dos franceses para com eles.

5.1. Cinco anos após sua fundação, a capitania perde o seu administrador, o tenente João Gonçalves, morto em um naufrágio em 1539, na ilha de Madagascar, ficando a capitania acéfala e abandonada, além de não ter assim cumprido a cláusula da Lei das Sesmarias: jurídico português, presente na legislação desde 1375, que normatiza a distribuição de terras a particulares, sem ônus para a Coroa, com a finalidade de fazê-las produzir.

5.2. Em 1574, apesar da instabilidade e dos perigos reinantes naquela região, Diogo Dias, um cristão-novo, de muitas posses, compra a Dona Jerônima de Albuquerque Sousa dez mil braças de terras próximas a Goiana, aventurando-se a estabelecer ali o engenho “Tracunhaém”.

5.3. No mesmo ano da compra e instalação do engenho, os potiguaras armam uma grande revolta às margens do rio Paraíba, articulada pelos franceses, resultando na destruição do Engenho Tracunhaém, na morte de Diogo Dias e de um grande número de pessoas, ataque esse que ficou conhecido como tragédia de Tracunhaém ou chacina de Tracunhaém, porque toda a população colonizadora e os escravos da capitania foram dizimados e o engenho de Tracunhaém incendiado.

6. Expedições para a conquista6.1. Quando o governador-geral D. Luís de Brito recebeu a

ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba

6.2. Para isso o rei D. Sebastião O comandante PARA A Primeira Expedição (1574) foi o ouvidor-geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para Pernambuco.

1www.centralproconcursos.com.br

Page 2: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

6.3. II Expedição (1575): Quem comandou a segunda expedição foi o governador-geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro

6.4. governador-geral Lourenço Veiga, tenta conquistar a o Rio Paraíba, não obtendo êxito.

6.5. III Expedição (1579): Ainda sob forte domínio "de fato" dos franceses, foi concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda. Essa idéia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa .

6.6. IV Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e do franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate.

6.7. V Expedição (1584): Após a sua chegada à Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região. Nesse mesmo ano, da Bahia vieram reforços através de uma esquadra comandada por Diogo Flores de Valdés, e de Pernambuco tropas sob o comando de D. Filipe de Moura. Conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Filipe.

7. Primeiros capitães-mores7.1. De 1585 a 1588: João Tavares, administrador colonial

português, foi o primeiro governador da Capitania da Paraíba, de 1585 a 1588. Tendo sido sucedido por Frutuoso Barbosa. Foi fundado por João Tavares o primeiro engenho, o d'El - Rei, em Tibiri, e o forte de São Sebastião, construído por Martim Leitão para a proteção do engenho. Os jesuítas ficaram responsáveis pela catequização dos índios. Eles ainda fundaram um Centro de Catequese e em Passeio Geral edificaram a capela de São Gonçalo. O governo de João Tavares foi demasiadamente auxiliado por Duarte Gomes da Silveira, natural de Olinda. Silveira foi um senhor de engenho e uma grande figura da Capitania da Paraíba durante mais de 50 anos. Rico, ajudou financeiramente na ascensão da cidade. Em sua residência atualmente se encontra o Colégio Nossa Senhora das Neves.

7.2. Gestão de Frutuoso Barbosa Cordeiro - De 1588 a 1591. Frutuoso Barsosa Cordeiro, sucessor de João Tavares, rico comerciante e administrador colonial português, foi o segundo governador da Capitania da Paraíba. Dentre vários fatos importantes, também se atribui a Frutuoso Barbosa a responsabilidade da mudança do nome da capital da Capitania de Cidade de Nossa Senhora das Neves para Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em homenagem ao rei Filipe I, (enquanto rei de Portugal e Felipe II enquanto rei da Espanha).

7.3. Gestão de André de Albuquerque - De 1591 a 1592. André de Albuquerque, administrador colonial português, foi o terceiro governador da Capitania da Paraíba. Segundo relatos históricos, André de Albuquerque fez pouco à frente desse seu primeiro governo, em razão dos fortes ataques dos índios potiguaras, destruindo o Forte de Cabedelo, em represália aos constantes ataques efetuados ao seu reduto em Copaoba.

7.4. Gestão de Feliciano Coelho de Carvalho - (De 1592 a 1600 - Feliciano Coelho de Carvalho, administrador colonial português, foi o quarto governador da Capitania da Paraíba. Governou de 1592 a 1600, sucedendo André de Albuquerque. Em 1597, Feliciano Coelho amplia a capitania, conquistando o Rio Grande do Norte.

7.5. Gestão de Francisco de Sousa Pereira - (De 1600 a 1603 - Francisco de Sousa Pereira, administrador colonial português, foi o quinto governador da Capitania da Paraíba. Governou de 1600 a 1603, sucedendo Feliciano Coelho de Carvalho.

8. Resumo Básico Sobre As Ordens Religiosas: As ordens religiosas da capitania da Paraíba e seus mosteiros

8.1. Os jesuítas foram os primeiros missionários que chegaram à capitania da Paraíba, acompanhando todas as suas lutas de colonização. Ao mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram a construir um colégio na Felipéia. Porém, devido a desavenças com os fransciscanos, que não usavam métodos de educação tão rígidos como os jesuítas, a idéia foi interrompida. Aproveitando esses desentendimentos, o rei que andava descontente com os jesuítas pelo fato de estes não permitirem a escravização dos índios, culpou os jesuítas pela rivalidade com os fransciscanos e expulsou-os da capitania. Passado algum tempo, fundaram um Seminário junto à igreja de Nossa Senhora da Conceição. Atualmente essa área corresponde ao jardim Palácio do Governo.

8.2. Os Franciscanos - Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os padres franciscanos, com o objetivo de catequizar os índios. No governo de Feliciano Coelho, começaram alguns desentendimentos, pois os franciscanos, assim como os jesuítas, não “ESCRAVIZAVAM” os índios. Ocorreu que depois de certo desentendimentos entre os franciscanos, Feliciano e o governador-geral, Feliciano acabou se acomodando junto aos frades. A igreja e o convento dos franciscanos foram construídos onde atualmente se encontra a praça São Francisco.

8.3. Os Beneditinos. A igreja de São Bento se encontra atualmente na Rua Nove, onde ainda há um cata-vento em lâmina, construído em 1753. O superior geral dos beneditinos tinha interesse em fundar um convento na Capitania da Paraíba. O governador da capitania (Feliciano Coelho) recebeu o abade e conversou com o mesmo sobre a tal fundação. Resolveu doar um sítio, que seria a ordem do superior geral dos beneditinos.

8.4. Os Missionários Carmelitas Os carmelitas vieram à Paraíba a pedido do cardeal D. Henrique, em 1580. Mas devido a um incidente na chegada que colheu os missionários para diferentes direções, a vinda dos carmelitas demorou oito anos. Os carmelitas chegaram à Paraíba quando o Brasil estava sob domínio espanhol.

9. Populações indígenas – Povos Autóctones. Antes da chegada dos portugueses aqui na América e a consequente

2www.centralproconcursos.com.br

Page 3: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

ocupação do território brasileiro, a Paraíba já era habitada por grupos indígenas que ocuparam primeiramente o litoral; pertenciam a grande tribo Cariri e vieram provavelmente da região amazônica. Devido à sua agressividade, foram chamados de tapuias por outros nativos, o que significa inimigos. Por volta de 1500 chegaram novas famílias indígenas, pertencentes à Nação Tupi-Guarani: eram os Potiguaras, emigrados do litoral maranhense e que se situaram na parte norte do litoral paraibano, desde as proximidades da Baía da Traição até os contrafortes da Borborema, de onde moveram guerra aos Cariris; o resultado foi o deslocamento destes últimos, para as regiões sertanejas. Na época da conquista da Paraíba – segunda metade do século XVI – chegaram outros silvícolas, dessa vez pertencentes à tribo Tabajara, também de origem Tupi-Guarani, mas logo tornaram-se” inimigos tradicionais” dos Potiguaras, fixando-se na várzea do rio Paraíba.

9.1. Na segunda metade do século XVII, a maior parte da população ainda era constituída de índios.

O nível de civilização do índio paraibano era considerável. Muitos sabiam ler e conheciam ofícios como a carpintaria. Esses índios tratavam bem os jesuítas e os missionários que lhes davam atenção. A maioria dos índios estava de passagem do Período Paleolítico para o Neolítico. A língua falada por eles era o tupi-guarani, utilizado também pelos colonos na comunicação com os índios. O tupi-guarani mereceu até a criação de uma gramática elaborada pelo Padre José de Anchieta.9.2. Os Cariris: Os índios Cariris se encontravam em maior

número que os Tupis e ocupavam uma área que se estendia desde o planalto da Borborema até os limites do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Os Cariris eram índios que diziam ter vindo de um grande lago. Estudiosos acreditam que eles tenham vindo do amazonas ou da Lagoa Maracaibo, na Venezuela. A Nação Cariri dividia-se em várias tribos das quais citaremos apenas as que existiam em território paraibano e proximidades. Esses grupos na Paraíba eram os seguintes: Paiacus, Icós, Sucurus, Ariús, Panatis, Canindés, Pegas, Janduis, Bultrins e Carnoiós. Destes, os Tapuias Pegas ficaram conhecidos nas lutas contra os bandeirantes.

9.3. Os Tupis: Habitavam a zona mais próxima ao litoral e estavam divididos em Potiguaras e Tabajaras.

9.4. Tabajaras: Na época da fundação da Paraíba, os Tabajaras formavam um grupo de aproximadamente cinco mil pessoas. O seu nome indicava que viviam em tabas ou aldeias. Eram sedentários e de fácil convívio. A aliança que firmaram com os portugueses foi de grande proveito para os índios quando da conquista da Paraíba e fundação de João Pessoa. Todos os aldeamentos ao sul do Cabo Branco pertenciam a indígenas dessa tribo e deram origem a muitas cidades e vilas, como, Aratagui (Alhandra), Jacoca (Conde), Piragibe (João Pessoa), Tibiri (Santa Rita), Pindaúna (Gramame), Taquara, Acaú, Pitimbu. Os Tabajaras parecem ter deixado o território paraibano em 1599.

9.5. Potiguaras : Eram mais numerosos que os Tabajaras e ocupavam uma pequena região nos limites do Rio Grande do Norte com a Paraíba. Estavam localizados na parte norte do rio Paraíba, curso do rio Mamanguape e serra da Copaoba, foram rechaçados para o Rio Grande do Norte e

aldeiamentos na Bahia de Traição, onde ainda hoje se encontram seus remanescentes.

9.6. Observação: Esses índios locomoviam-se constantemente, deixando aldeias para trás e formando outra. Com esta constante locomoção os índios ocuparam áreas desabitadas. Da serra da Copaoba, para o Sul, excetuando-se as aldeias estabelecidas no litoral, ao que parece, em nenhum ponto se fixaram. Toda a região do Agreste Acatingado que se estende de Guarabira a Pedras de Fogo, passando por Alagoa Grande, Alagonha, Mulungu, Sapé, Gurinhém, desocupada, no dizer de Horácio de Almeida ou assim foi encontrada quando da conquista. Os Potiguaras eram uma das tribos mais populosas da nação Tupi, desempenharam importante papel na guerra holandesa com cujos povos se aliaram. Anos antes eles também foram aliados dos franceses, que mantinham feitorias no estuário do Paraíba e Baía da Traição (Acejutibiró) e de onde faziam incursões até a serra da Copaoba (Serra da Raiz) para a extração do pau-brasil.

10. Invasão Holandesa – Contexto Histórico. Com o desaparecimento de Dom Sebastião durante suas lutas contra os mouros no Norte da África, uma grave crise sucessória abalou a estabilidade política do governo português e, consequentemente, a administração colonial brasileira. Como Dom Sebastião não possuía herdeiros diretos, o cardeal Dom Henrique, tio-avô de Dom Sebastião, foi aclamado novo rei português.Em 1580, Dom Henrique morreu e, assim como seu predecessor, não deixou herdeiros diretos ao trono. Observando a instabilidade política de Portugal, o rei espanhol Filipe II, tio de Dom Sebastião, aproveitou da situação para unir as coroas dos dois países. Buscando ampliar os ganhos da empresa colonial espanhola, Filipe II chegou ao poder sem a resistência da burguesia mercantil portuguesa, que temia a perda de seus privilégios comerciais.

10.1. Desdobramentos da União Ibérica: (1580 - 1640). A ruptura prática da linha de Tordesilhas - O Brasil começou a sofrer investidas dos maiores adversários da Espanha: Inglaterra, França e Holanda e a aplicação das Ordenações Filipinas. Em 1621, o Brasil foi dividido em dois Estados: Estado do Maranhão, com capital em São Luís e depois Belém e Estado do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul), tendo como capital, a cidade de Salvador.

10.2. As invasões holandesas no Nordeste brasileiro, devido à guerra entre Espanha e Holanda e a Criação do Conselho das Índias (1604), para fortalecer as fiscalizações das colônias.

10.3. Observação: Com apenas 15 anos de fundada, a Paraíba era a terceira capitania do Brasil, superada apenas por Pernambuco e Bahia, posição que sustentou até a invasão holandesa. Em 1595, chegou a primeira comitiva do Santo Ofício.

10.4. “O Ataque Propriamente” Dito ou “A Construção do Brasil Holandês” - A primeira tentativa de invasão holandesa na Paraíba ocorreu em 1624. O frustrado ataque à Bahia fez com que a esquadra fugitiva aportasse à baía da Traição, onde também foi repelida. Em 1642, após Pernambuco já ter sido conquistada (ver nova investida foi realizada contra a Paraíba. Mil e quinhentos homens bem armados surgiram em Cabedelo, onde a fortaleza de Santa

3www.centralproconcursos.com.br

Page 4: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

Catarina, comandada por João de Matos Cardoso, resistiu aos invasores. Depois de vários encontros, os holandeses retornaram ao Recife.

10.5. A ação holandesa, no episódio da conquista, não se limitou ao litoral, pois, em novembro de 1634, Calabar fez incursões até Mamanguape, e destruiu embarcações de açúcar. Os holandeses garantiram a liberdade dos habitantes, inclusive religiosa, mantiveram-nos na posse de seus bens e eximiram-se de impor-lhes novos tributos. A Capitania da Paraíba na época da invasão holandesa: Na época da invasão holandesa, a população era dividida em dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou africana).

10.6. Política administrativa holandesa na Paraíba: Por CERCA de um DECÊNIO a Capitania da Paraíba teve como administradores alguns governadores holandeses:Servais Carpentier: Também governou o Rio Grande do Norte, e sua residência oficial foi no Convento São Francisco - Ippo Elyssens: Foi um administrador violento e desonesto. Apoderou-se dos melhores engenhos da capitania - Elias Herckmans: Governador holandês importante, que governou por cinco anos - Sebastian Von Hogoveen: Governaria no lugar de Elias H., mas morreu antes de assumir o cargo - Daniel Aberti: Substituto do anterior - Gisberk de With: Foi o melhor governador holandês, pois era honesto, trabalhador e humano - Paulo de Lince: Foi derrotado pelos "Libertadores da Insurreição", e retirou-se para Cabedelo. Mas a expulsão definitiva dos holandeses teve início em junho de 1645, em Pernambuco, através da eclosão de uma insurreição popular liderada pelo paraibano André Vidal de Negreiros, pelo senhor de engenho João Fernandes Vieira, pelo índio Felipe Camarão e pelo negro Henrique Dias. A chamada Insurreição Pernambucana, chegou ao fim em 1654, tendo libertado o Nordeste brasileiro do domínio holandês.

11. Conquista do Interior da Paraíba – Contexto Histórico: Os primeiros momentos da interiorização Durante o século XVI e início do século XVII, a ocupação do território paraibano, assim como em todo o Brasil, concentrou-se predominantemente no litoral.Depois da invasão holandesa foi que começou a intensificar-se a conquista para o interior, pelas Missões de catequese, entradas e bandeiras.

11.1. Conquista do Interior da Paraíba – Contexto Histórico: Os primeiros momentos da interiorização Durante o século XVI e início do século XVII, a ocupação do território paraibano, assim como em todo o Brasil, concentrou-se predominantemente no litoral.Depois da invasão holandesa foi que começou a intensificar-se a conquista para o interior, pelas Missões de catequese, entradas e bandeiras.

11.2. Causas Centrais Para A Interiorização Do Território Paraibano: As Missões de Catequese foram as primeiras formas de conquista do interior da Paraíba. Os missionários pregavam o cristianismo nas suas missões, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam colégios para os colonos. Em 1670 foi fundada por padre Martim de Nantes a Missão do Pilar. Esta missão deu origem à vila do Pilar – Através das Entradas e Bandeiras, ASSOMADAS ao Espírito Aventureiro com o CUNHO de obter SESMARIAS e o Desenvolvimento da Pecuária Extensiva, “surge” os

Desbravadores, entre eles, o Francisco Dias D’Ávila – “Fomentado” pela A Casa da Torre, com sede na Bahia e comumente tendo o “Rio dos Currais” como elemento prioritário para a empreitada em pauta. Pois quando Antônio de Oliveira Ledo, cuja sesmaria se localizava atrás da de Vidal de negreiros, no vale do Paraíba, chegou a missão indígena Cariri de boqueirão, na serra do Carnoió, no curso médio daquele rio, em 1670, o Sertão da Capitania já se encontrava parcialmente ocupado pela Casa da Torre. Nesse sentido, a presença desta nos sertões paraibanos dataria de 1663. Os senhores da Torre foram os pioneiros na parte ocidental da nossa Capitania. Mas não se fixaram nessa região. Arrendaram ou doaram suas terras nas ribeiras dos rios Piancó, Peixe e Piranhas de Cima.

11.3. A resistência indígena – a Guerra dos Bárbaros A presença de entradistas e bandeirantes, pelo sertão da Paraíba, dispunha de outra motivação, além de espalhar o gado pelos campos do criatório. Tratava-se de prear índios, reduzidos ao cativeiro para a vendagem no litoral. Entradistas e bandeirantes como Teodósio de Oliveira Ledo, Domingos Jorge Velho, Domingos Afonso Sertão e Bernardo Vieira de Melo encontravam-se, confessadamente, comprometidos com essa FINALIDADE, entre outras. Os povos alocados na região decidiram reagir. Essa reação, que gerou a chamada Guerra do Bárbaros, vigentes nos sertões nordestinos, de 1680 a 1730, recebeu igualmente a denominação de Confederação dos Cariris. De acordo com o historiador Irinêo Joffily a sequência corresponde: bandeira -curral-fazenda-arraial responsabilizou-se pela formação da sociedade sertaneja na Paraíba.

12. Análise Política/Social e Econômica Pautada Entre os Séculos XVII – XVIII e Meados do XIX. Na administração colonial do Brasil, foram configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574.Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação, esta capitania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessenta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1o de janeiro de 1756. Na administração colonial do Brasil, foram configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574. Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação, esta capitania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessenta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1o de janeiro de 1756. Houve prejuízo nesta fusão para a capitania paraibana, além de prejudicar o Real Serviço, em virtude das complicações de ordem General de Pernambuco, do governador da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Por isto, em 1797, o governador da capitania, Fernando Castilho dá um depoimento, descrevendo a situação da Capitania Real da Paraíba à Rainha de Portugal. Em 11 de janeiro de 1799, pela Carta Régia, a Capitania da Paraíba separou-se da de Pernambuco. O interior da capitania foi devastado por bandeirantes, que penetravam até o Piauí. Entretanto a conquista do Sertão foi realizada pela família Oliveira Ledo. Outro fato político foram as constantes invasões de franceses a mando da própria coroa francesa. A

4www.centralproconcursos.com.br

Page 5: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

invasão holandesa e a Guerra dos Mascates, em que a Paraíba esteve sempre presente com heroísmo de seus filhos, tiveram a sua consequência política, uma vez que estimulou o sentimento nacionalista dos paraibanos.

12.1. Análise Econômica Na época colonial, a Paraíba ofereceu no aspecto econômico um traço digno de registro. Entre os principais produtos e fontes de riqueza, destacavam-se o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o algodão e o comércio de negros. O pau-brasil, proveniente da Ásia, era conhecido como IBIRA-PITANGA pelos índios. O seu valor como matéria prima de tinturaria foi atestado na Europa e na Ásia. Daí a sua importância econômica. Pernambuco e Paraíba figuravam entre os pontos do Brasil onde a IBIRAPITANGA era mais encontrada. A cana-de-açúcar, que foi a principal riqueza da Paraíba com os seus engenhos, veio do Cabo Verde. Foi plantada inicialmente na Capitania de Ilhéus. A cana não se aclimatou na Europa.

12.2. Na idade média o açúcar era um produto raro de preço exorbitante. Figurava em testamento no meio das joias. Isto provou bem a importância do açúcar, de que resultou o desenvolvimento e progresso das colônias brasileiras. Na primeira década da fundação da Paraíba, já se encontravam dez engenhos montados. Desde 1532 que entrava na capitania este produto armazenado nos celeiros, nas feitorias de Iguarassú. Os franceses já traficavam com o algodão. Entretanto a economia do "ouro branco" só se desenvolveu no século XVIII. Aqui na capitania o algodão teve uma suma importância na balança da economia.

12.3. Na Paraíba o rebanho de gado vacum também teve importância econômica. Não foi ele apenas utilizado como fonte de subsistência entre nós. Entrou nos engenhos como impulsionador das moendas. Teve o gado a sua fase áurea durante a "idade do couro", quando tudo se fazia com o couro com fins comerciais; móveis, portas, baús, etc. Ex: Século XVIII – A “Civilização do Couro”.

12.4. O Tráfico de Escravos Com o início da colonização começaram a serem introduzidos no Brasil os escravos. A data é omissa, mas presume-se que tenham vindo primeiro com Martim Afonso de Souza para a Capitania da São Vicente. Na Paraíba, o empreendimento do comércio de negros iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559, da Regente Catarina permitindo aos engenhos comprar cada um doze (12) escravos. O escravo era mercadoria cara. Seu valor médio oscilava entre 20 e 30 libras esterlinas.

12.5. Análise Social. Em Particular A Fiadora e Guardiã da Cidade, leiam-se as Igrejas. Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo, desfrutando de tudo. Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a nobreza, uma vez que havia mulheres e moças analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos Havia também outras classes sociais, compostas por comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da nobreza. Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam uniformizados.

12.6. O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo. As principais igrejas que acompanharam a Paraíba no tempo colonial foram:

12.7. A matriz de Nossa Senhora das Neves12.8. Igreja da Misericórdia12.9. Igreja das Mercês12.10. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos12.11. Capela de Nossa Senhora da Mãe dos Homens12.12. Igreja do Bom Jesus dos Martírios

13. Breve Diálogo: Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574. Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação, esta capitania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessenta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1o de janeiro de 1756 - Na época colonial os principais produtos e fontes de riqueza, destacavam-se o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o algodão e o comércio de escravos. Análise Política: Na administração colonial do Brasil, foram configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Adendo de Contexto Sócio-Histórico: Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os “homens bons”, viviam com muito luxo, desfrutando de tudo - O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar/conduzir/direcionar o COTIDIANO. Ex: A População.

14. Revoluções que a Paraíba Participou. Guerra dos Mascates: A Guerra dos Mascates foi uma guerra civil, ocorrida em Pernambuco, no século XVIII, mais propriamente em Olinda, sede do governo pernambucano na época. Ocorreu que houve indignação contra a elevação de Recife à categoria de vila, a pedido da população de Recife, composta por comerciantes portugueses chamados Mascates que aspiravam por uma maior autonomia. João da Mata, um mascate, adquiriu o apoio do governador da Paraíba, João da Maia Gama, para desforrar-se dos senhores de engenho. Desta forma os mascates aprisionaram o governador pernambucano. Após este fato entrou um novo governador no poder (Félix José Machado de Mendonça), que a princípio foi imparcial, mas que em seguida ficou ao lado dos mascates, os quais saíram vencedores desse conflito. Revolução de 1817: Este movimento de caráter republicano e separatista surgiu na Província de Pernambuco e logo se espalhou pelas províncias de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Influenciados pela Revolução Francesa e polo exemplo de República norte-americano, os revoltosos queriam emancipar o Brasil. Quando a revolta estourou os revoltosos instalaram um governo provisório republicano. Porém o Governo Geral não perdeu tempo. Quatro meses depois os líderes da revolta foram condenados à morte e a revolução contida. Como líder da revolução pode citar Domingos José da Silva (comerciante) e os paraibanos militares Peregrino de Carvalho e Amaro Gomes. Revolução Praieira: Esta revolta durou apenas cinco

5www.centralproconcursos.com.br

Page 6: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

meses e ocorreu na província de Pernambuco entre 1848/49. Ela foi influenciada pelo espírito de 1848 que dominava a Europa. Esta revolta consiste não apenas em um movimento de protesto contra a política Imperial, mas num movimento social que pretendia estabelecer reformas. Dentre outras exigências feitas pelos revoltosos, podemos citar: a divisão dos latifúndios; a liberdade de imprensa; democracia; fim da importação de indústrias têxteis; fim do domínio português sobre o comércio de Recife; fim da oligarquia política, entre outros. Os revoltosos eram os liberais adversativos dos conservadores (grandes latifundiários e comerciantes portugueses), por exemplo. Confederação do Equador: Esta revolta surgiu com a atitude autoritária de D. Pedro I, o qual dissolveu a Assembléia Constituinte. Esta situação agravou-se quando D. Pedro I quis substituir Manoel Pais de Andrade, governador da província, ex-revolucionário, que gozava de grande popularidade entre os pernambucanos, por um apadrinhado seu (Francisco Reis Barreto). Desta forma, as câmaras municipais de Olinda e Recife se declararam contrárias ao governo de Barreto. Em dois (2) de julho de 1824, Pais de Andrade se empenhou na revolta, pedindo apoio às outras províncias nordestinas. Seu objetivo era reunir as províncias do Nordeste em uma república, denominada de Confederação do Equador. Foram mandados emissários às províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Revolta dos Quebra Quilos. Ocorrida em 1874, ficou assim conhecida pela modificação que provocou no sistema de pesos e medidas, fato este que provocou uma grande revolução na Paraíba. Esta revolta causou muitas prisões, inclusive a do padre de Campina Grande (Calisto Correia Nóbrega). Ronco da Abelha: A revolta do ronco da abelha se deu nos sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba, em 1851, com o intuito de fazer o controle sobre os trabalhadores, visto que, com a queda do tráfego negreiro, os homens livres foram trabalhar. O Movimento de 1930: Representou o acontecimento mais importante em toda a história da Paraíba. A liderança da Paraíba foi para frente a partir do memento em que João Pessoa recusou aceitar a candidatura de Júlio Prestes à presidência da república. Associada ao LEVANTE de Princesa, que contou com o apoio de VÁRIOS coronéis do açúcar e do algodão, entre outros fatores que contribuíram para o agravamento da situação. Logo após esse acontecimento, veio à morte do presidente da Paraíba, João Pessoa.

15. Exercícios.Tema: Antecedentes/Conquista, Fundação e “Interiorização” – Entre Outros.

01. No contexto do período colonial, é correto afirmar que, no processo de conquista e colonização da Paraíba: A) A aproximação entre índios e franceses por causa do pau-brasil dificultou a ação colonizadora dos portugueses.B) Os holandeses, por não terem interesses pela economia açucareira, destruíram os engenhos de cana.C) Os portugueses não tiveram dificuldades na ocupação da terra, pois souberam articular uma aliança de amizade com os índios da região. D) A exploração do pau-brasil, feita por ingleses e alemães, retardou em dois séculos a dominação portuguesa.E) A dominação de Portugal na região foi facilitada pelas boas relações entre jesuítas, portugueses e grupos indígenas.

Texto Para A Questão Posterior. Ali pernoitou sob as armas, e na manha seguinte pôs-se de marcha, indo dois dias depois passar o Mamanguape muito embaixo. Só ao quarto pode fazer a sua entrada na cidade, onde foi recebido como merecia. Os franceses tendo a noticia da sua derrota, e da destruição de grande parte do carregamento de seus navios, receosos de serem atacados por navios portugueses, se fizeram de vela da Baía da traição, deixando assim em paz os habitantes da Parahyba. In MACHADO, Maximiiano Lopes. História da Província da Paraíba. João Pessoa: UFPB, 1977. P. 96-7.

02. Esse texto se refere a que episódio da História da Paraíba?

A) A Fundação da Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba.B) A conquista do território pelos portugueses.C) A guerra dos Bárbaros.D) O domínio Holandês.E) O domínio francês.

03. A disputa entre índios e Portugueses na conquista do interior da Paraíba se deu de forma extremamente violenta. Sobre essa disputa, assinale a alternativa correta:

A) As tribos indígenas do interior conseguiram se organizar na “Confederação dos Cariris” dificultando, enormemente, os objetivos dos portugueses.B) Tendo a cidade de Campina Grande como cidadela, os Tapuias realizavam incursões pelo litoral caçando seus inimigos portugueses.C) Embora a luta fosse acirrada no interior da província não há registro nos documentos oficiais sobre a existência desses combates e o Rei de Portugal nunca tomou conhecimento dessa disputa.D) A principal resistência à conquista do sertão era encabeçada pelos índios potiguares e tabajaras.E) A principal resistência da conquista litorânea pelos portugueses foi devida a ação dos cariris. 04. Leia o trecho a seguir: o avanço em que ia o progresso da Capitania em 1601, ou um pouco mais tarde, leva a crer que o trabalho nativo era o motor desse progresso. (MEDEIROS, M. do Céu e SÁ, Ariane N. de M. O Trabalho na Paraíba: das origens à transição para o trabalho livre. João Pessoa: Universitária/UFPB, 1999, p.31). Baseado no exposto pode-se afirmar:I. As aldeias, para os capitães-mores da Capitania Real da Paraíba, tinham a finalidade de preparar braços para a lavoura e soldados para a guerra. II. A mão de obra indígena teve pouca participação na conquista e colonização da Paraíba, pois os nativos não se adaptaram às condições exigidas pelo colonizador.III. O escambo, relação de trabalho que deu certo no extrativismo do pau-brasil, foi posto em pratica na Paraíba, para integrar o índio ao processo produtivo.A ALTERNATIVA correta corresponde: A) Apenas II e IIIB) Apenas I e IIIC) Apenas IIID) I, II e IIIE) Apenas a I. Texto Referente à Próxima Questão.

6www.centralproconcursos.com.br

Page 7: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

A crise no Pacto Colonial, nas primeiras décadas do século XIX, manifestou-se com grande vigor na atual região Nordeste do Brasil, então denominada de Norte. Na Capitania da Paraíba, que, após 1815, passou a Província do Reino Unido do Brasil, além do descontentamento com a Metrópole.05. O processo de descolonização teve como característica adicional e muito peculiar:A) O descontentamento dos paraibanos com o fato da Paraíba ter sido desanexada da capitania de Pernambuco em 1799.B) A significativa participação popular de mulatos e escravos na luta contra a subordinação comercial da Paraíba a Pernambuco.C) A permanência da situação de subordinação comercial da Paraíba em relação a Pernambuco, mesmo após a desanexação política.D) A reivindicação formal do movimento de descolonização no sentido de reanexar, politicamente, a Paraíba a Pernambuco.E) A permanência inglesa nos arredores diante do crescimento da pecuária extensiva. 06. O Bandeirante Teodósio de Oliveira Ledo destaca-se na História oficial da conquista do sertão paraibano. Sobre essa controversa figura, analise as seguintes proposições:I. Embora tenha se destacado no combate aos índios, Teodósio de Oliveira Ledo nunca se preocupou com a posse de terras.II. Teodósio de Oliveira Ledo destacou-se, principalmente, pela fúria com que atacava e matava os índios que resistiam ao cativeiro, como fez com parte dos Ariús.III. Teodósio de Oliveira Ledo é tido como pioneiro da conquista do interior e o maior desbravador do Sertão da Paraíba, percorrendo e ocupando maior quantidade de terras que os outros bandeirantes.Assinale a alternativa correta:A) Todas as proposições estão corretas.B) Apenas I e II estão corretas.C) Apenas I está correta.D) Apenas II e III estão corretas.E) Todas as preposições estão incorretas07. A origem de Campina Grande remonta:A) A crise do regime ditatorial.B) Ao final do regime republicano.C) A política expansionista da Coroa Portuguesa, cujo objetivo era o de encontrar soluções para o problema interno no Reino, incentivando a ocupação de áreas do interior do Brasil.D) Ao momento de expansão das fronteiras.E) A fundação de Felipéia da Senhora das Neves. Texto/Debate. O historiador Luciano Mendonça de Lima, ao pesquisar  a escravidão na Paraiba enfatiza: Com exemplo em todo o Brasil, o antigo município de Campina  Grande teve na escravidão, particularmente africana, um de  seus fundamentos, pelo menos até a segunda metade do  século XIX. O ‘progresso’ da Rainha da Borborema (como a  cidade é conhecida), ainda hoje exaltado em prosa e verso  por suas elites, se fez em cima de ‘costas negras’, como  resultado de um intenso processo de exploração de muitas gerações de escravos e seus descendentes. LIMA, Luciano Mendonça de. Os negros do Norte. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano II. N. 16, jan. 2007, p. 84. 08. Com base no fragmento textual acima e nos conhecimentos  sobre a escravidão, considere as proposições abaixo:

I) Os escravos na Paraíba colonial  dedicavam-se, sobretudo aos algodoais, enquanto o trabalho com a cana-de-açúcar  era função dos trabalhadores livres. II) Os negros participaram ativamente do Quebra-Quilos,  preocupando as autoridades e quebrando pesos e  medidas. III) As identidades do escravo eram marcadas pela frequente  submissão aos senhores e pela inércia diante das ordens  dos capitães de mato. IV) O quilombo pode ser interpretado como um espaço de resistência dos escravos à exploração econômica e à  opressão social. Estão corretas as afirmativas:

A) II e IV.B) I e II. C) III e IV. D) I e IV. E) Todas.

Imagem Para A Questão Que Se Segue.

09. Com o objetivo de povoar a sua colônia na América, o rei de Portugal dividiu o Brasil em 15 lotes e doou a 12 donatários. A Paraíba, terra desconhecida, pertencia à capitania: A) de Pernambuco.B) do Rio Grande do Norte.C) de Itamaracá.D) do Ceará.E) do Piauí. Dois meses depois da lutaJoão Tavares conquistouPirajibe e sua triboE com ele reatouRelações de amizadeQue com muita vaidade,Martim Leitão festejouA benfazeja aliançaO inimigo atacavaE o desejo comumDia a dia se arraigavaVisando a um só idealO núcleo colonialQue então se iniciavaE o marco da conquistaSem dúvida estava ficandoPor soldados, jesuítas. Muito bem testemunhadoSob as bênçãos de JesusA fé ergueu uma cruz

7www.centralproconcursos.com.br

Page 8: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

Tudo estava iniciado. Luiz Nunes Alves, apud Eliete Gurjão. In: Estudando a História da Paraíba, 2001, p. 26.10. Considerando a conquista da Paraíba NÃO É CORRETO afirmar:A) Os conquistadores utilizaram a mão de obra dos índios que se renderam na lavoura, nos engenhos e na construção de obras para edificação da cidade de Nossa Senhora das Neves.B) O papel da Igreja com a participação de diversas ordens como a dos jesuítas, franciscanos, carmelitas e beneditinos foi de grande importância na conquista da Paraíba.C) A conquista definitiva da Paraíba foi possível quando os portugueses conseguiram a adesão dos Tabajaras.D) Com a dominação da Espanha sobre Portugal, a partir de 1580, alguns espanhóis juntaram-se aos portugueses na tentativa de conquista da Paraíba.E) Com a participação decisiva dos protestantes franceses (huguenotes) e sua respectiva aliança com os tabajaras. 11. Fiadora e guardiã da sociedade, a Igreja sempre dispôs de bastante prestígio. Acerca das ordens religiosas da capitania da Paraíba e de seus mosteiros podem ser destacados os seguintes elementos:I- Os jesuítas foram os primeiros missionários que chegaram à capitania da Paraíba e acompanharam toas lutas da colonização.II- Os franciscanos construíram o Convento Santo Antônio e atualmente compõe o conjunto franciscano, o qual se constituiu num núcleo de catequese para encaminhar os brasilíndios ao trabalho útil e orientado.III- Os beneditinos foram expulsos da capitania da Paraíba, porque se posicionaram contra a Santa Inquisição e não usavam métodos de educação tão rígidos como os jesuítas.IV- Os missionários carmelitas fundaram o mosteiro de São Bento onde iniciaram os trabalhos missionários.Dentre eles, estão CORRETOS:

A) Apenas a III e IV B) Apenas a II, III e IV. C) Apenas a I, II e III. D) Apenas I e IIE) Todas estão incorretas.

12. Sobre a dominação holandesa na Paraíba, analise as proposições a seguir:I- Tomada a capitania da Paraíba, os holandeses estabeleceram suas defesas militares na fortaleza de Santa Catarina que seria a praça forte com múltiplas funções: posto de vigilância; ponto de apoio para a defesa; arsenal de guerra; prisão militar; palco de torturas; execuções de traidores; caixa forte batava; refúgio flamengo; e sede do governo durante a ocupação.II- A capital da Paraíba, até então Filipéia, passou a denominar se Frederica. A administração holandesa foi implantada nesta cidade, de forma a garantir a dominação e o controle sobre a produção açucareira local.III- A Companhia das Índias, após o retorno de Maurício de Nassau a sua pátria, executou uma política agressiva: confiscou fazendas e engenhos, perseguiu os católicos e aumentou impostos.Está (ão) CORRETA(S):

A) Apenas a proposição IB) Todas as proposiçõesC) Apenas as proposições I e I.D) Apenas as proposições II e IIIE) Todas as preposições estão incorretas.

13. Quanto à parte central do território paraibano, a do Planalto da Borborema, começou a ser explorada na década de 1660(...) Em 1697 o “conquistador” Teodósio de Oliveira Ledo aldeia um grupo de índios ariús (ou ariás), habitantes da ribeira do rio Piranhas, numa grande campina, nos limites da região dos cariris. Fundou aí o núcleo que deu origem a Campina Grande. O processo de ocupação desta área – o Agreste – esteve relacionado a dois fatores que estão interligados. Regina Célia Gonçalves. In: A questão urbana na Paraíba, 1999, p.25. Estes fatores são:A) A produção de agave e de algodão.B) A expansão da pecuária e a busca de terras para a produção de agricultura de subsistência.C) A economia açucareira e a expansão da pecuária.D) A produção do abacaxi e a do algodão.E) A produção intensa do saladeiril. 14. O século XVIII foi marcado por profunda crise estrutural.Analise as proposições a seguir:I- A Inquisição que se intensificou no século XVIII, esta relacionada à expulsão dos jesuítas e foi um fator de atraso na Paraíba.II- Para favorecer a atuação da Companhia de Comércio dePernambuco e da Paraíba, a Coroa portuguesa estabeleceu a fusão das duas capitanias em 1756. Com isso, a Paraíba fica privada de autonomia.III- Na zona sertaneja, a concentração territorial acentuou as distâncias de classe, de modo que sua “vocação democrática” só se torna válida se comparada à zona açucareira, mais senhorial.IV- As atividades Algodoeira e cafeeira foram desenvolvidas no vale do rio Paraíba para alavancar o progresso da capitania.Está (ão) CORRETA(S):

A) Todas B) Apenas II e III C) Apenas I. D) Apenas a II.E) Todas estão incorretas.

15. Apesar da rigidez da estrutura econômico-social baseada no latifúndio e no trabalho escravo, as massas populares sempre procuraram assinalar intensa participação na História da Paraíba. Faça a associação das duas colunas.1. Revolução de 1817.2. Confederação do Equador.3. Revolução Praieira – 1848/49.4. Revolta de Quebra-Quilos5. Ronco da Abelha( ) Revolta que ficou assim conhecida pela modificação que provocou no sistema de pesos e medidas.( ) Revolta contra a atitude autoritária de D. Pedro I. O objetivo do seu líder era reunir as províncias do Nordeste em uma república( ) Foi o último movimento revolucionário do Império. Teve início com os choques entre liberais e conservadores de Olinda( ) A revolta deu-se nos sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará eParaíba com o intuito de fazer o controle sobre os trabalhadores, visto que, com o fim do tráfico negreiro, os homens livres tiveram que trabalhar.( ) Movimento de caráter republicano e separatista. Teve início em Pernambuco e logo se estendeu às províncias de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.

A) 4, 1, 3, 2, 58

www.centralproconcursos.com.br

Page 9: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

B) 4, 2, 3, 5, 1C) 2, 4, 1, 3, 5D) 5, 3, 1, 2, 4E) 3, 1, 5, 4, 2.

16. Alguns historiadores taxaram esse movimento de Revolução dos Padres, devido ao grande numero de religiosos que a integraram. Na Paraíba, as coisas tiveram essa mesma feição, explicável pelo preparo intelectual dos sacerdotes, aptos à assimilação das idéias liberais. Além da Paraíba, o movimento teve a adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará. MELLO, J. Otávio de A. História da Paraíba. A UNIÃO, João Pessoa, 2002, p. 102. O texto refere-se à:A) Revolução Pernambucana de 1817B) Guerra dos MascatesC) Coluna PrestesD) Confederação do EquadorTema: Para Complemento da História.

17. A participação ativa da Paraíba na rebelião de outubro como Integrante da Aliança Liberal conferiu às lideranças locais, que já integravam o aparelho administrativo, a permanência no poder, com exceção do então governador Álvaro de Carvalho que se manteve alheio às conspirações revolucionárias.

17.1.O texto refere-se:A) Ao ato de extrema bravura, de heroísmo, como se fora o grito de emancipação da Paraíba, dado pelo presidente Epitácio Pessoa, denominado dia do NEGO.B) Revolução de 1930 que teve como estopim o assassinato de João PessoaC) À Revolução Praieira, última rebelião do Império. D) À Revolta de Princesa liderada pelo coronel João Suassuna, chefe político da cidade, localizada no sertão da Paraíba.E) Ao movimento deflagrado pelo GENERALATO em 1964.

18. Comentário Adicional: Em sua história a capital da Paraíba, recebe várias intitulações diferentes, cada uma dessa é decorrente de acontecimentos históricos em que a capital estava inserida. Conheça a sua sequência de denominações.

18.1.Povoado de Nossa senhora das Neves Encontrava-se a formação da cidade com um contingente de pessoas relativamente pequeno. Cidade de Nossa Senhora das Neves A quantidade de pessoas que havia na cidade em seus primórdios havia aumentado.

18.2.Felipéia de Nossa senhora das Neves Decorrente da União Ibérica (1580 – 1640), onde a denominação Felipéia se deu em homenagem a FelipeII, no decorrer do governo do Capitão – Mor Frutuoso Barbosa.

18.3.Frederica de Nossa Senhora das Neves Decorrente do domínio holandês, onde a denominação Frederica se deu em homenagem ao príncipe Frederico da casa de Orange.

18.4.Paraíba em “HOMENAGEM” ao seu Rio e sua respectiva Contextualização Histórica.

18.5.João Pessoa É decorrente do assassinato do ex-presidente da Paraíba João Pessoa, tal assassinato influencia fortemente a revolução de 1930.

19. Exercícios Adicionais.

Texto Para As Questões Posteriores. Na Paraíba, a ação dos preadores havia motivado os desentendimentos com os tupinambás, lá chamados de potiguaras, comedores de camarão. A resistência das comunidades formadas por esses indígenas, aliada às peculiaridades da navegação naquelas costas, cujo regime de ventos e correntes dificultava a viagem de retorno e as comunicações com Pernambuco, fez com que a guerra pela conquista da Paraíba se prolongasse durante mais de 25 anos. A inimizade surgiu pela ação de mamelucos, mestiços que andavam resgatando peças cativas e amealhando outras mercadorias, roubando-as com violência e enganos. Em 1574, o rapto de uma cunhã do sertão serviu de pretexto para o início das hostilidades entre os colonos portugueses e os habitantes da Paraíba. Nessa ocasião, dois engenhos foram assaltados e queimados e um dos donos ali foi morto. Nos 25 anos seguintes, várias outras tentativas de colonização foram patrocinadas pelas autoridades portuguesas e pelos colonos mais ricos da capitania de Pernambuco. Todas foram repelidas pelos nativos com auxílio francês. Em 1580, um abastado colono pernambucano, Frutuoso Barbosa, ofereceu-se para conquistar esses territórios em troca de privilégios — terras e gentio. Ao chegar à boca da barra do Paraíba, ele encontrou sete (7) naus francesas, queimou cinco (5) e matou alguns marinheiros. Sob o ataque cerrado dos nativos e dos franceses, recuou para Pernambuco. Na segunda investida, Frutuoso limitou-se a queimar navios franceses. Em 1583, deixou Pernambuco nova expedição destinada a conquistar a Paraíba. Depois de queimar navios e espantar os potiguaras, fundaram uma fortaleza e um povoado nas imediações da barra do rio Paraíba. Na medida em que os portugueses se assenhoreavam do litoral da Paraíba, os franceses passaram a fortificar-se na baía da Traição. Em 1586, a guarnição de soldados portugueses e espanhóis bateu em retirada. Nova expedição vinda de Pernambuco, em 1586, conseguiu desalojar os franceses da baía da Traição, mas não conseguiu dobrar a resistência dos potiguaras. Os franceses rumaram para o Rio Grande. Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação - São Paulo: SENAC, 2008, p. 97-100 - Com adaptações.

01. Segundo o texto, além das dificuldades inerentes à navegação na área, os problemas vividos pelos portugueses e colonos de Pernambuco, nas tentativas de conquista da Paraíba, explicam-se, entre outros fatores, pela:

A) Reação dos índios locais aos luso-brasileiros que queriam aprisioná-los e escravizá-los.B) Recusa da Coroa portuguesa em auxiliá-los na difícil empreitada.C) Imensa distância marítima que teriam de vencer para alcançar a região.D) Impossibilidade de comunicação verbal com os indígenas locais.E) As missões religiosas e eminentemente pacíficas no que se refere à conquista do território paraibano. 02. Quanto ao processo de conquista do território paraibano, ainda no primeiro século da colonização portuguesa no Brasil, assinale a opção incorreta.A) A reação dos potiguaras mostrou-se vigorosa e, não raro, contou com ajuda de outros europeus.B) A conquista foi rápida, tal como se estendeu o processo de ocupação da área.

9www.centralproconcursos.com.br

Page 10: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

C) Ações dos luso-brasileiros, com roubos, engodos e preações motivaram a hostilidade dos potiguaras.D) Pernambuco constituiu-se em área nuclear da conquista do litoral nordestino, inclusive da Paraíba.E) Pernambuco constitui-se em área nuclear da conquista do sertão e da produção algodoeira.

03. Infere-se do texto que o processo de ocupação e conquista da Paraíba, como, de resto, de quase todo o Brasil, por parte dos luso-brasileiros, foi também marcado pelas disputas entre países europeus pela posse das terras e das riquezas americanas. Isso se confirma no texto, que enfatiza:

A) A presença holandesa no Nordeste, impulsionada pelo extrativismo vegetal.B) A insistência dos contrabandistas ingleses na exploração do pau-brasil.C) A aliança entre os franceses e os tupinambás que viviam naParaíba.D) O esforço dos calvinistas em evangelizar as populações nativas do Brasil.E) A ausência da Coroa devido à implantação das Capitanias Hereditárias.

04. Sobre o estudo da Historia da Paraíba, analise a proposições a seguir:

I. A vinculação paraibana a Itamaracá data de 1534, quando Portugal instituiu o sistema de Capitanias Hereditárias, destinado a assegurar a posse e a colonização do território brasileiro.II. Bastante ligada a Pernambuco e Itamaracá, a Historia da Paraíba principiou no vale do rio Tracuhaém, após o episodio conhecido como Tragédia de Tracunhaém.III. A conquista da Paraíba assinalou-se, economicamente, pela implantação da atividade canavieira e a consequente a instalação de engenhos de açúcar.IV. A Paraíba foi conquistada no período da União Ibérica com a participação dos espanhóis, entre eles o Francisco Castejon.Estão CORRETAS:A) I, II e IV B) III e IV C) I, II e IIID) II e IVE) II, III e IV

05. As hostilidades dos portugueses com os índios se agravaram muito após o rapto da filha de um cacique potiguar. Os apelos ao Rei de Portugal por uma solução se intensificaram. Qual foi o episódio que motivou a criação da Capitania Real da

Paraíba?A) A invasão à Ilha da Restinga pelos franceses e

holandesesB) A invasão da Baía da Traição pelos índios tabajarasC) A ocupação dos fortes São Felipe e São Tiago pelos

índios tapuiasD) O combate entre portugueses e espanhóis no rio São

Domingos, antigo nome do rio Paraíba.E) A Tragédia de Tracunhaém06. Durante mais de dez anos, foram realizadas cinco

tentativas de conquista da Paraíba. Assim, teve começo o povoamento da Paraíba. Acerca do tema, analise as proposições a seguir:

I. A conquista definitiva da Paraíba somente foi possível quando os portugueses conseguiram a adesão dos índios potiguaras em luta contra os tabajaras.II. Os índios que colaboraram com os colonizadores e os que a eles se renderam foram utilizados como mão de obra na lavoura, nos engenhos e na edificação da cidade de Nossa Senhora das Neves.III. A Igreja teve um papel importante na conquista. Os religiosos, através das chamadas missões, “domesticavam” os índios para a aceitação do domínio do homem branco, para a perda de seu território e de sua própria identidade.IV. A luta de mais de dez anos pela colonização da Paraíba teve o rio Pirauá como seu denominador comum.Estão CORRETAS:A) I, III e IVB) II e IVC) I, II e IV.D) II e III.E) Todas.

Dois meses depois da lutaJoão Tavares conquistouPiragibe e sua triboE com ele reatouRelações de amizadeQue com muita vaidadeMartim Leitão festejou. 07. O verso do poeta Luiz Nunes Alves retrata a/o: A) Adesão de Piragibe, chefe dos potiguaras, à luta pela conquista da Paraíba.B) Fim da luta entre tabajaras e potiguaras.C) União dos portugueses e franceses contra potiguaras e tabajaras.D) Acordo entre franceses e potiguaras contra os tabajaras.E) Conquista da Paraíba, por meio da aliança entre portugueses e tabajaras.Nasce então nossa cidade, hoje com cerca de 428 anos criada durante o Antigo Sistema Colonial sem jamais ter sido vila. SILVA, Pontes da e ARAÚJO, Fátima. (Org). Paraíba – 400 anos. João Pessoa: GRAFSET, 1985, p. 14. Com adaptações. 08. Sobre a fundação da Paraíba, analise as proposições, a seguir:

I. A cidade de Nossa Senhora das Neves foi fundada em 1585, às margens do rio Sanhauá.II. Em homenagem a Felipe II, rei da Espanha, Frutuoso Barbosa mudou o nome de Nossa Senhora das Neves para Felipéia de Nossa Senhora das Neves.III. A capital da Paraíba, durante o domínio holandês, passou a denominar-se Frederica.IV. Margarida foi outra denominação da capitania da Paraíba durante a administração holandesa.Está (ão) CORRETA(S), apenas: A) I e II.B) I e III.C) I, II e IV.D) II, III e IV.E) I, II e III.

09. O primeiro capitão-mor da capitania da Paraíba foi:A) Frutuoso BarbosaB) João TavaresC) Martim LeitãoD) Piragibe

10www.centralproconcursos.com.br

Page 11: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

E) Diogo Flores Texto para a questão que se segue.José Américo de Almeida, paraibano de Areia, ao escrever sua obra prima, A Bagaceira, apresenta-a como um pequeno/grande mundo em miniatura, fechado sobre si mesmo, que recebia o nome de engenho, local onde se desenvolveu todo o processo canavieiro que produzia para a exportação. Leonília, Maria de Amorim. In: Estudando a História da Paraíba, 2001. P. 45. 10. Na Paraíba colonial possuir uma “bagaceira” representava muito poder, pois:

A) Era o paraíso dos negros, purgatório dos mulatos e inferno dos brancos.

B) Era sinal de um ganho muito alto de dinheiro e comercialização do produto agro - manufaturado exclusivamente no interior da colônia.

C) Substituía a casa de engenho e tinha um baixo custo, porque não possuía em suas instalações a moenda, a fornalha e a casa de purgar.

D) No caso específico da Paraíba, a bagaceira não utilizava mão de obra escrava favorecendo a produção açucareira.

E) Era no engenho onde se plantava a cana-de-açúcar fabricava-se o açúcar, especiaria caríssima, utilizada como remédio, moeda viva, herança e até como dote de casamento.

11. O território paraibano, como toda a América, antes da chegada dos europeus, era habitado por povos diversos que foram denominados de índios. Analise as proposições, a seguir, e escreva V para as Verdadeiras e F para as Falsas.

( ) Na Paraíba existiam dois grupos indígenas: os Tupis e osTapuias - estes denominados genericamente de Cariris.( ) Ao grupo dos Tupis pertenciam os potiguaras e tabajarasque dividiam entre si o litoral da Paraíba( ) Os Cariris, organizados em aldeias, ocupavam toda a costa paraibana.( ) Os índios Cariris encontravam-se em maior número que osTupis e ocupavam uma área que se estendia do Planalto daBorborema ate os limites do Ceara, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco.Assinale a alternativa CORRETA.A) F, F, V, V. B) V, F, V, F. C) V, V, F, V.D) F, V, F, V.E) V, V, V, F.

12. Nos primeiros quinze anos da conquista da Paraíba até iniciar-se o século XVII, a obra dos governantes consistiu em:

A) Dotar a povoação de aparato militar, contra possíveis invasores e promover a catequese dos nativos.

B) Promover a criação de gado e a expansão da cultura algodoeira.

C) Proibir a escravização de índios e a entrada de escravos negros na Capitania.

D) Criar freguesias e vilas consolidando uma forte organização religiosa.

E) Consolidar a política dos governadores beneficiando o setor industrial.

13. Por volta de 1580, Portugal caiu no domínio da Espanha. A União Ibérica prejudicou a Holanda que foi

perdendo mercados devido ao bloqueio econômico baixado pela Espanha nos portos portugueses. Acerca da Invasão Holandesa, analise as proposições, a seguir:

I. Os flamengos prejudicados em seus interesses, resolveram“sacar o bacamarte” para recuperar sua maior fonte de renda, o açúcar brasileiro.II. Os holandeses atacaram a Baía da Traição e se aliaram aos índios cariris para invadir a fortaleza de Santa Catarina em Cabedelo.III. Durante o domínio holandês a fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo, foi rebatizada como Margarida ou Margareth.IV. A administração holandesa, na Paraíba, foi implantada, de forma a garantir a dominação e o controle sobre a produção algodoeira local.Estão CORRETAS:A) II e IVB) I e IIIC) II e IIID) I e IIE) Todas

14. O chamado “sentimento nativista” toma conta dos colonos. A vitória foi conseguida e os holandeses, após 24 anos de domínio, no Nordeste, foram expulsos. Faça a correlação entre as duas colunas.

1. João Fernandes Vieira2. Felipe Camarão3. Andre Vidal de Negreiros4. Henrique Dias( ) Chefiou os índios no movimento de expulsão dos holandeses( ) Ateou fogo nos canaviais do próprio pai, na Paraíba, e figurou entre os chefes que receberam a rendição holandesa na campina da Taborda.( ) Senhor de engenho que transformou-se em comandante de um exército de libertação( ) Participou da “Guerra do Açúcar”, liderando os pretos contra os holandesesAssinale a sequência CORRETA.A) 2, 4, 3, 1B) 2, 3, 1, 4C) 3, 1, 2, 4D) 4, 3, 2, 1E) 4, 1, 2, 3

15. Para os portugueses, à época da colonização, todo o território além de vinte léguas da Costa, era Sertão. Sobre a conquista do interior, analise as proposições, a seguir, e escreva V para as Verdadeiras e F para as Falsas.

( ) O interior da Paraíba foi povoado pelos índios Cariris.( ) A colonização do sertão paraibano teve como elemento básico os chamados sesmeiros, geralmente mamelucos destinados à criação de gado e plantio de algodão, nos vales dos rios Taperoá, Espinharas, Piancó, Piranhas e do Peixe.( ) A colonização da Paraíba teve início com a ocupação do território do interior, através da instalação de engenhos e do plantio da cana-de-açúcar.( ) Os índios do interior resistiram bravamente contra a invasão do homem branco e se empenharam, nas lutas armadas que ficaram conhecidas como “Confederação dos Cariris.”Assinale a alternativa CORRETA.

11www.centralproconcursos.com.br

Page 12: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

A) F, V, F, V.B) F, V, V, F.C) V, F, V, F. D) F, F, V, F. E) V, V, F, V.

16. A conquista do sertão da Paraíba situa-se na expansão da fronteira geográfica do Nordeste, nos séculos XVII e XVIII. Acerca do tema, analise as proposições, a seguir.

I. O interior da Paraíba foi conquistado por meio de entradas, missões de catequese e bandeiras, principalmente, após as invasões holandesas.II. Teodósio de Oliveira Ledo foi o grande responsável pela colonização do interior da Paraíba.III. O boi representou um significativo elemento de penetração, conquista e povoamento do interior.IV. A pecuária paraibana foi responsável pela criação de muitas vilas, freguesias e cidades, como Campina Grande que evoluiu de uma feira de gado.Estão CORRETAS:A) TodasB) II e IVC) I e IID) II, III e IVE) I e III

17. O quadro político do segundo reinado na Paraíba tem como destaque movimentos sociais conhecidos como Ronco da Abelha e Quebra - Quilos. Eliete Gurjão. In: Estudando a História da Paraíba. 2001. P.78. Apesar das especificidades é fator comum a estes movimentos:

A) Ocorreram exclusivamente na província da Paraíba.B) A adoção do sistema métrico decimal.C) Apesar de serem movimentos populares, não houve

repressão por parte do governo.D) O envolvimento de homens e mulheres, pobres e livres, em

áreas de baixa concentração de escravos.E) Movimentos de caráter elitista que lutavam contra o

aumento de impostos.18. Sobre os aspectos políticos, econômicos e sociais da

capitania da Paraíba nos séculos XVII e XVIII, analise as proposições a seguir:

I. Em razão do sistema de monopólio adotado pela Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba, a Paraíba perdeu sua autonomia, mediante anexação à vizinha capitania de Pernambuco, ficando esta incumbida de prover as despesas militares daquela capitania.II. Na época colonial entre os principais produtos e fontes de riqueza, da Paraíba, destacavam-se o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o algodão e o comércio de negros.III. A Igreja teve um papel importante na sociedade paraibana devido a sua maneira de catequizar o povo, transmitindo rudimentos de leitura, cálculo e escrita, além de noções de teologia e latim.IV. No século XVIII, o principal fator de desenvolvimento da capitania da Paraíba foi o café.Estão CORRETAS:A) I, II e IIIB) II, III e IVC) I, III e IVD) III e IV

E) Todas19. O acontecimento mais importante em toda a História da

Paraíba vinculou-se, de tal maneira, à ação político-administrativa do presidente João Pessoa que este terminou como ator histórico, cuja morte precipitou a deflagração da (o):

A) Revolta de Princesa que contou com o apoio do coronelato estadual do açúcar e do algodão.

B) Revolução de outubro de 1930 em que a Paraíba passou a ter prestígio no cenário político nacional.

C) Recusa do governo Epitácio Pessoa em aceitar o candidato da Aliança Liberal à presidência da República, Júlio Prestes.

D) Coluna Prestes que teve como principal líder Luis Carlos Prestes.

E) Rompimento definitivo da oligarquia epitacista.

20. Tópico de Número 20. Considerações Gerais: Assim, no mesmo ano de 1574, o jovem Rei D. Sebastião resolveu desmembrar a Capitania de Itamaracá, criando a Capitania Real da Paraíba a partir de Igarassu, no sentido norte, até a Baía da Traição. Ocorre que grande parte dessa área era habitada pelos índios potiguaras, povo de índole guerreira, e isso foi um complicador que atrasou em 11 anos a conquista do território. Após cinco (5) expedições, e com o apoio dos índios tabajaras, os portugueses conseguiram derrotar os potiguaras, expulsar os franceses e fundar a Cidade Real de Nossa Senhora das Neves no dia 05 de agosto de 1585. A Cidade de Nossa Senhora das Neves foi à terceira cidade fundada no Brasil do século XVI (1501-1600) após Salvador (1549) e Rio de Janeiro em 1565

21. Tópico de Número 21. Informativo Histriográfico. Governadores da PB após a revolução de 1930

1. Álvaro Pereira de Carvalho (ficou no poder até 4 de outubro de 1930).

2. José Américo de Almeida (04/10/1931-09/10/1930). 3. Antenor de França Navarro (10/11/1930-1931). 4. Gratuliano da Costa Brito (1932). 5. José Marquês da Silva Mariz (1934). 6. Argemiro de Figueiredo (1935). 7. Ruy Carneiro (1940-1945). 8. Samuel Duarte (1945). 9. Severino Montenegro (1945-1946). 10. Odon Bezerra Cavalcanti (1946). 11. José Gomes da Silva (1946-1947). 12. Oswaldo Trigueiro (1947-1950). 13. José Targino (1950-1951).14. José Américo de Almeida (1951-1953, 1954-1956).15. João Fernandes de Lima (1953-1954).

12www.centralproconcursos.com.br

Page 13: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

16. Flávio Ribeiro Coutinho (1956-1958).17. ]José Fernandes de Lima (1960-1961). 18. Pedro Moreno Godim (1958-1960 e depois 1961-1966).19. João Agripino Filho (1966-1971).20. Ernani Sátyro (1971-1975).21. Ivan Bichara Sobreira (1975-1979).22. Dorgival Terceiro Neto (1979).23. Tarcísio Burity (1979-1982).24. Clóvis Bezerra (1982-1983).25. Wilson Braga (1983-1986).26. Riveldo Bezerra Cavalcante (1986).27. Milton Cabral (1986-1987).28. Tarcísio Burity (1987-1991).29. Ronaldo Cunha Lima (1991-1994).30. Cícero Lucena (1994-1995).31. Antônio Mariz (1995...32. José Targino Maranhão Obs. Assumiu o Governo do

estado por motivo da Morte do titular, em 16/09/199533. José Targino Maranhão, Reeleito. 01/01/1999 -

01/01/2003.34. Cássio Cunha Lima: 01/01/2007 - 31/12/201035. 01/01/2011 - Ricardo Coutinho36. 2014. Uma Temática A Ser Definida Pelo Papel da

DEMOCRACIA. Ex: A EDUCAÇÃO É O CAMINHO.

22. Informativo Complementar. Símbolos Oficiais da Paraíba22.1. Bandeira A bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930, por meio da Lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do estado, que vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). A bandeira foi idealizada nas cores vermelha e preta, sendo que o vermelho representa a cor da Aliança Liberal e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a morte de João Pessoa, presidente do estado em 1929 e vice-presidente do Brasil em 1930, ao lado do presidente Getúlio Vargas.  A palavra "NEGO" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular (era ainda utilizado com acento agudo na letra "e", isto quando foi adotada a bandeira em 1930), remetendo à não aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do estado, Pedro Moreno Gondim, através do Decreto nº 3.919, como "Bandeira do NEGO". O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. 22.2. Brasão de Armas O Brasão da Paraíba foi oficializado pelo Presidente da Província da Paraíba, Castro Pinto (1912-1915).

Ele é usado como timbre nos papéis oficiais. Observando-se seu desenho, vê-se que é formado por três ângulos na parte superior e um na parte inferior. Contém estrelas, que respeitam a divisão administrativa do Estado. No alto, uma estrela maior, com cinco pontas e um círculo central, onde se vê um barrete frígio significando liberdade. No interior do escudo, há duas paisagens: um homem guiando o rebanho (sertão) e o sol nascente (litoral). Circundando-o, encontra-se uma ramagem de cana – de - açúcar à esquerda, e à direita, uma de algodão. As duas ramagens são presas por um laço, em cujas faixas está inscrita a data de fundação da Paraíba: 5 de agosto de 1585. 22.3. Hino Letra de: Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1856-1916)  Música de: Abdon Felinto Milanez (1858-1927)  Apresentado pela 1ª vez em 30/06/1905 Salve, berço do heroísmo,Paraíba, terra amada, Via-Láctea do civismo Sob o Céu do Amor traçada! No famoso diademaQue da Pátria a fronte aclaraPode haver mais ampla gema: Não há Pérola mais rara! Quando repelindo o assalto Do estrangeiro, combatias, Teu valor brilhou tão alto Que uma Estrela-parecias! Tens um passado de glória,Tens um presente sem jaça: Do Porvir canta a vitória E, ao teu gesto-a Luz se faça! Salve, ó berço do heroísmo,Paraíba, terra amada, Via-Láctea do civismo Sob o Céu do Amor traçada! 

23. Leitura Complementar Com Base No CENSO IBGE/2010 e “ILUSTRADO” www.brasilescola.com Localizado na região Nordeste do Brasil, o estado da Paraíba possui extensão territorial de 56.469,466 quilômetros quadrados, divididos em 223 municípios distribuídos pelas mesorregiões da Mata Paraibana, Agreste, Borborema e Sertão.Conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população paraibana totaliza 3.766.528 habitantes, sendo o quinto estado mais populoso do Nordeste brasileiro. Esse contingente populacional corresponde a 1,97% da população nacional. Localizada na faixa litorânea do estado, João Pessoa, capital da Paraíba, é a cidade mais populosa do estado – 723.515 habitantes. Outras cidades paraibanas que apresentam grande concentração populacional são: Campina Grande (385.213), Santa Rita (120.310), Patos (100.674), Bayeux (99.716), Sousa (65.803), Cajazeiras (58.446), Guarabira (55.326) e Cabedelo (57.944).

13www.centralproconcursos.com.br

Page 14: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

João Pessoa, cidade mais populosa da ParaíbaCom Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,718, a Paraíba ocupa o 24° lugar no ranking de IDH dos estados brasileiros, ou seja, detém o quarto menor índice do país. O analfabetismo atinge 21,6% da população, sendo a terceira pior média nacional, pois somente as taxas de Alagoas (24,6%) e Piauí (23,4%) são superiores. Outro problema social no estado se refere à taxa de mortalidade infantil: 35,2 óbitos a cada mil nascidos vivos. Dados da população da Paraíba:

1. População total (2010): 3.766.528 habitante2. Crescimento demográfico: 0,9% ao ano. 3. Densidade demográfica: 66,7 habitantes por quilômetro

quadrado. População urbana: 75,4%4. População rural: 24,6%5. Acesso a água tratada: 79,2%6. Acesso a rede de esgoto: 40,5%7. Analfabetismo: 21,6%8. Analfabetismo funcional: 33,4%9. Mortalidade infantil: 35,2 para cada mil nascidos vivos10. Homicídios dolosos (com intenção de matar): 22,6 por

100 mil habitantes11. PIB per capita: 6.866 reais12. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,718.24. Fontes de Consulta. 1. MELLO, José Octávio de Arruda. História da

Paraíba: Lutas e Resistência. 2. MIRANDA FREIRE, Carmem Coelho de. História da

Paraíba: Período colonial e reino; Ed. Gráfica Universal; João Pessoa.

3. ALMEIDA, Horácio de. História da Paraíba. Tomo I. 2a edição, João Pessoa, Editora Universitária da UFPB.

4. Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. HGP R. Barão do Abiaí, 64 – CEP. 58.013-080, Centro, João Pessoa-PB/Brasil.

5. Jornais e Livros Localizados na Biblioteca do Nosso estado.

6. Livro Didático ..... Eliete Gurjão e “OUTROS”, como o Professor Damião de Lima, que organizaram pela UEPB a obra Estudando a história da Paraíba.

Material Elaborado – Pesquisado Por Fábio Gama.Comentários Inseridos: Todos Nós. A História não deve ser esmiúçada com foco apenas no passado, porém, é nele que reside o interím do tempo presente.

25. Proposta Geral II. Contextualizar através de exercícios tópicos inerentes ao Concurso em pauta leia-se comentários adicionais.

25.1. Exemplo: Antecedentes/Conquista e Consequências 25.2. Exemplo (2): Análise Política, Econômica e Social da

Paraíba nos Séculos XVII ao XX. 26. Conteúdo Programático:

26.1. Antecedentes da Conquista da Paraíba. 26.2. A Conquista e a Fundação da Paraíba. 26.3. Primeiros Capitães-mores. 26.4. As Ordens Religiosas da Capitania da Paraíba e seus

Mosteiros. 26.5. A População Indígena.26.6. Invasão Holandesa. 26.7. Conquista do Interior da Paraíba. 26.8. Análise Política, Econômica e Social da Paraíba nos

Séculos XVII ao XX. 26.9. Revoluções que a Paraíba Participou.27. Breve Resumo Sobre A Paraíba. A ocupação e a

colonização da Paraíba começam no fim do século XVI. A Vila de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, é fundada em 1585.

27.1. Logo se inicia o cultivo da cana-de-açúcar. Os canaviais, que se espalham pela Zona da Mata e dependem de mão-de-obra de escravos africanos, atraem o interesse dos holandeses no século XVII. O interior é ocupado por fazendas de gado.

27.2. No século XVIII, a mineração de ouro e diamante no centro-sul acelera o declínio da economia canavieira. O fracasso da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, criada pelo Marquês de Pombal, em 1759, acentua essas dificuldades.

27.3. Depois de se envolver nas lutas de independência, na Revolta Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador, em 1824, a Paraíba atravessa uma etapa de relativa estabilidade política. Mas o empobrecimento de toda a região nordestina afeta a província.

27.4. Em 1874 estoura o Quebra-Quilos, insurreição popular contra a fome, a pobreza e o aumento dos impostos. A revolta recebe esse nome por protestar também contra a adoção do novo sistema de pesos e medidas implantado no país: o métrico decimal

28. Informativo Adicional. No início da ocupação da Paraíba, no final do século XVI, a principal atividade econômica era o cultivo da cana-de-açúcar, desenvolvida com a utilização de mão-de-obra escrava.

28.1. Nos séculos XVII e XVIII, o estado sobrevive da pecuária e do “ALARGAMENTO” dos ALGODOAIS, em PARTICULAR, quando a extração canavieira entra em declínio.

28.2. A partir do século XVII é inegável a contribuição das ordens religiosas através da construção de seus templos, onde se destaca uma arquitetura rica de detalhes nas pinturas dos forros, nos painéis de azulejos e nas cantarias, em que vai se delineando a introdução de uma obra plástica na vida desta cidade de pouco mais de mil habitantes.

29. Informativo Adicional II: Durante o período que vai de 1755 a 1799, a Capitania da Paraíba esteve anexada à capitania de Pernambuco, perdendo assim a sua autonomia.

14www.centralproconcursos.com.br

Page 15: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

29.1. Após a expulsão dos Holandeses, em 1654, das capitanias do norte, a Paraíba se encontrava arrasada economicamente devido à ocorrência de tal conflito, com parte dos engenhos, principal fonte de renda neste período, destruídos.

29.2. Vale lembrar que não APENAS a guerra, no seu significado bélico, em si, que ocasionou essa situação, muitos senhores de engenho destruíram seus estabelecimentos por se negarem a trabalhar para uma companhia de comércio.

30. Informe Adicional III: Fundada em 1585, João Pessoa já nasceu cidade. Sem nunca ter passado pela designação de vila, povoado ou aldeia, visto que foi fundada pela Cúpula da Fazenda Real, uma Capitania da Coroa, é considerada a terceira cidade mais antiga do Brasil.

30.1. João Pessoa: Criada durante o antigo Sistema Colonial para exercer funções administrativas e comerciais, tomando forma a partir de uma colina à margem direita do Sanhauá.

30.2. A cidade de João Pessoa teve vários nomes antes da atual denominação. Primeiro foi chamada de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao Santo do dia em que foi fundada.

30.3. Depois foi chamada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 29 de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D. Felipe II, quando Portugal passou ao domínio Espanhol.

30.4. Em seguida recebeu o nome de Frederikstadt (Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos holandeses, em homenagem a Sua Alteza, o Príncipe Orange, Frederico Henrique. Novamente mudou de nome, desta vez passando a chamar-se Parahyba, a 01 de fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português, recebendo a mesma denominação que teve a capitania, depois a província e por último o Estado.

30.5. Em 04 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome de João Pessoa, homenagem prestada ao Presidente do Estado assassinado em Recife por ter negado apoio ao Dr. Júlio Prestes, candidato oficial à Presidência da República, nas eleições de 1930.

31. Informativo Adicional IV: No século XIX, sofreu os reflexos da Revolução Pernambucana (1817), e da Confederação do Equador (1825).

31.1. No ano de 1930, a chamada Guerra de Princesa envolveu as oligarquias locais, registrando-se o assassinato do governador do Estado, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Recife, 26 de julho de 1930), indicado como vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, candidato (derrotada) à presidência da República.

31.2. O fato foi manipulado como um dos estopins da Revolução de 1930. Comovida com o evento, a capital paraibana passou a ser denominada de João Pessoa.

32. Exercícios Adicionais II.

01. Assim como na história do Brasil existe o dia do FICO, na História da Paraíba existe o dia do NEGO, instituído no dia 29 de julho de 1929 e, posteriormente, incluído na bandeira do Estado. Essa palavra, NEGO, assim como seu significado, está relacionada à que episódio da história do Estado?

A) A aceitação de José Américo de Almeida para Ministro de Viação e Obras do novo governo revolucionário.

B) A negação dos movimentos populares paraibanos a política oligárquica encabeçada por Epitácio Pessoa e Getúlio Vargas.

C) Rompimento de João Pessoa com a candidatura oficial ao Palácio do Catete e a aceitação para participar da chapa oposicionista da Aliança Liberal.

D) A tentativa frustrada de José Pereira, na disputa com o então presidente João Pessoa, para separar o sertão do litoral e criar o Território Livre de Princesa Isabel.

E) A condenação de João Dantas após assassinar João Pessoa. No julgamento lhe foi negado o direito de responder ao processo em liberdade.

02. Tema: O Poder Local e Sua Sublevação ao Poder Estadual.

Ora, eu me bato contra o governo da Paraíba há mais de sessenta dias. Como pois não classificar esta luta onde já houve até agora cerca de 250 baixas, incêndios, dinamitação de dezenas e dezenas de casas, assassinatos frios de crianças e mulheres indefesas, prisão de senhoras como reféns, campos de aviação em preparativos, aviões apreendidos, de uma guerra? É uma guerra; guerra civil não lhe faltando nenhum dos seus característicos. Depoimento de José Pereira, Jornal do Comércio. Recife, 09 de maio de 1930. Com Adaptações. Constitui um dos fatores determinantes que desencadearam este conflito:

A) A prosperidade econômica da Paraíba, que levou João Pessoa a adotar medidas fiscais de abertura comercial com os estados vizinhos, forçando os produtores de algodão do sertão a protestarem contra a deliberação.

B) O acordo político entre Zé Pereira e a Aliança Liberal, articulado pelo presidente Washington Luiz, que estimulou o comércio da Paraíba com os estados vizinhos.

C) A “Guerra Tributária” adotada por João Pessoa, que provocou o rompimento político do perrepista Zé Pereira, líder das oligarquias sertanejas.

D) O apoio de João Pessoa a João Suassuna em Catolé do Rocha, provocando desavenças entre Zé Pereira (perrepista) e Silveira Dantas (líder liberal em Teixeira).

E) A união das oligarquias algodoeiras do sertão, que se encontravam decadentes devido à crise de 29 e eram favoráveis às barreiras comerciais contra os estados de Pernambuco e Ceará.

Texto Para A Questão Posterior.

15www.centralproconcursos.com.br

Page 16: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

A presença da Igreja e/ou das Ordens Religiosas no processo colonizador português estava vinculada diretamente aos interesses mercantis metropolitanos, influenciando fortemente na vida cotidiana e na ação catequéticados índios.03. Neste contexto, analise as proposições a seguir:I. Com a implementação das reduções, os jesuítas iniciaram o processo de aculturação dos índios, que levou ao desmantelamento de seu universo de valores. Criou-se uma linguagem geral para favorecer a comunicação, quebrando-se as identidades indígenas.II. Isolados nas reduções, os índios tornaram-se alvos puramente mais fáceis para serem aproveitados pelos colonos como mão-de-obra escrava. Tribos inteiras foram capturadas.III. A Igreja atingia toda a sociedade colonial funcionando como instrumento de controle social. A obediência aos preceitos religiosos era conseguida através de medidas como a excomunhão e a exposição dos pecadores à reprovação pública.Está (ão) correta(s) a(s) alternativa(s):A) I e II.B) II, apenas.C) II e III, apenas.D) I e III. E) Todas.

Texto Para A Questão Que Se Segue. Não convém por agora que a prática de nossa religião seja abertamente introduzida entre os portugueses com a abolição dos seus ritos e cerimônias, pois nada há que mais os exacerbe. Peço a Deus Onipotente que abençoe e tome sob sua divina proteção o governo de V Senhoria. J. Maurício, Conde de Nassau. Recife de Pernambuco, 6 de maio de 1644 - Luís Koshiba. 04. Em relação à presença holandesa no Brasil e CONSEQUENTEMENTE na Paraíba, é correto afirmar:A) A grande dívida deixada pelo governo dos holandeses em Pernambuco foi com o setor urbano, devido à necessidade d investimento na economia canavieira. As cidades continuaram sem nenhuma obra de infraestrutura.B) Apesar da política de conciliação e de uma administração eficiente, a popularidade de Nassau era cada vez mais decadente o que contribuiu para o declínio do domínio holandês. C) A política de conciliação implementada por Maurício de Nassau, com os habitantes da região conquistada, consistia, entre outros benefícios, na garantia da propriedade, manutenção dos direitos e liberdade de culto, permissão do comércio com os Países Baixos, como por exemplo, a Holanda e redução da carga tributária.D) Um dos aspectos mais marcantes do governo de Nassau foi à proibição do tráfico negreiro por razões de ordem religiosa, em conciliação com o pensamento calvinista.

E) Desajustes econômicos, sociais, culturais e religiosos foram a marca de todo o governo de Maurício de Nassau, que resistiu ainda por sete longos anos em Pernambuco05. Tomam os sediciosos conta da feira, passam livremente a quebrar as medidas arrebatadas aos comerciantes, a despedaçar as cuias encontradas em mãos dos vendedores retalhistas, a recolher pesos de todos os tamanhos, atirados em seguida no Açude Velho. Damião de Lima. Estudando a História da Paraíba, p. 71.

A ignorância e o fanatismo são apontados por alguns historiadores como os principais fatores que provocaram a eclosão de Quebra- Quilos. Sobre este movimento podemos afirmar:A) Em decorrência de ter sido um movimento de expressão

restrita a algumas cidades do estado da Paraíba, inclusive Campina Grande, não foi reprimido pelo governo imperial.

B) Movimento que teve sua origem em Fagundes, em 31 de outubro de 1874, não ultrapassou os limites do estado da Paraíba.

C) Teve a participação exclusivamente da camada pobre da sociedade, mais especificamente a massa de camponeses.

D) Além do fanatismo e da ignorância, a centralização administrativa, a alta carga tributária e a adoção do sistema métrico decimal contribuíram para o surgimento de Quebra-Quilos.

E) O movimento foi reprimido pelo governo do estado da Paraíba com o total apoio dos proprietários rurais e de integrantes do clero.

Ao lado dos trabalhadores “livres”, como os meeiros, agregados e aqueles que recebiam por tarefa, foram (os escravos) os principais responsáveis pela produção da riqueza material e cultural do município (...). Os documentos confirmam que famílias tradicionais possuíam, para os padrões locais, expressivos contingentes de escravo. Luciano Mendonça de Lima. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. 06. Sobre o texto acima, que trata da história da

escravidão na cidade de Campina Grande, assinale a única alternativa INCORRETA.

A) Os escravos podiam participar do comércio nas feiras semanais comprando, vendendo e trocando vários tipos de mercadorias advindas de seu próprio trabalho autônomo, de suas roças e outras atividades.

B) Os escravos eram usados em várias atividades sócio econômicas de Campina Grande. Nos algodoais, nas fazendas e currais, no plantio e colheita, na produção de aguardente e rapadura. Até nas funções domésticas e ofícios artesanais percebia-se a presença escrava.

C) Campina Grande só surgiu como cidade em 1864, sendo essa a causa para que os escravos tivessem uma fraca participação na economia local. O papel de

16www.centralproconcursos.com.br

Page 17: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

destaque é atribuído aos trabalhadores livres, médios comerciantes e produtores de algodão.

D) No início do século XIX, Campina Grande se inseriu no tráfico de escravos. Os proprietários ganhavam muito dinheiro vendendo cativos para as províncias do sul, que prosperavam com a produção cafeeira.

E) Nas últimas décadas do século XIX a escravidão se deslegitima em Campina Grande. A prova disso são as ações civis onde escravos pleiteiam sua liberdade junto aos seus senhores

07. Tanto a base grupal da oligarquia como os seus fundamentos na produção agrária de exportação dependeram da existência de um Estado de patronagem. Linda Lewin. Política e parentela na Paraíba. Rio de Janeiro. Record. No texto, a autora expressa sua idéia sobre aspectos da sociedade paraibana durante a Primeira República (1889 a 1930). Identifique as afirmações na qual o conteúdo histórico tenha intrínsecas relações com o texto.

I. A expansão do setor exportador ocorreu em razão do volume crescente de algodão embarcado para o exterior e para portos domésticos.

II. A oligarquia agrária dependeu da economia exportadora não apenas para sua sobrevivência, mas também para seu controle sobre a vida política.

III. As políticas governamentais refletiam os interesses fundiários e comerciais dos mais importantes grupos de base familiar.

IV. A essência da oligarquia está no quase monopólio que a máquina partidária dominante exerceu sobre as instituições formais do Estado e no poder político que fluía desse monopólio.

A alternativa correta corresponde:A) I e II.B) III e IV.C) I, II e IVD) I, II, III e IVE) II, III e IV. 08. Em meados do século XIX, um movimento popular

conhecido por "Ronco da Abelha" propagou-se na Paraíba e em outras províncias do Nordeste. Esse movimento representou uma reação contra: A) O decreto do governador da Paraíba convocando os

homens pobres a se alistarem no exército regional.B) As leis dos governantes do Nordeste na qual os

desempregados poderiam ser transferidos para as regiões produtivas do Sul do país.

C) Determinação da Igreja Católica que obrigava os fiéis a se registrarem visando a cobrança do dízimo.

D) Uma legislação imperial que obrigava o povo a registrar em cartórios os nascimentos e os óbitos.

E) O decreto imperial que estabelecia o recrutamento forçado dos escravos para compor a Guarda Nacional.

09. Incentivando A Leitura. Nos municípios, sede do poder local, a autoridade do coronel se afirma na liderança efetiva por ele exercida como chefe político, na sua capacidade de “arrebanhar” e manter o eleitorado de “cabresto”. A atuação do “coronel” é permanente e abrange diversos serviços de assistência, executados como favores que acarretam a penhora do voto. A maior ou menor capacidade de fazer favores (dar emprego, ceder terras, proteção policial, -assistência médica, remédios, etc.) e aplicar atos de violência sempre que julgar necessário e ficar impune, determina o grau de prestígio do “coronel. Eliete de Queiroz Gurjão.

10. Contexto Inicial e Suas Mediações. Ex: “Em Nome do Lucro”. Texto I: O engenho de açúcar era uma verdadeira empresa capitalista, mas era ao mesmo tempo uma comunidade patriarcal que, para suas necessidades mais vitais, vivia em regime de economia fechada. MAURO, Frédéric. HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo, DIFEL, 1974. Texto II: A lavoura canavieira desempenhou papel fundamental na economia do Brasil colonial, exercendo forte influência nas condições de vida e na organização social. O ser senhor de engenho, diz o cronista, é título a que muitos aspiram porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. Antonil - CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL.

10.1. Considerando o período colonial brasileiro, incluindo a Paraíba, assinale a alternativa INCORRETA. A) O rápido desenvolvimento da indústria açucareira,

malgrado as enormes dificuldades decorrentes do meio físico, da hostilidade do silvícola e do custo dos transportes, indica claramente o esforço do governo português em se concentrar nesse setor.

B) O privilégio, outorgado ao donatário, de só ele fabricar moenda e engenho de água, denota ser a lavoura do açúcar a que se tinha especialmente em mira de introduzir.

C) Favores especiais foram concedidos subsequentemente àqueles que instalassem engenhos: isenções de tributos, garantia contra a penhora dos instrumentos de produção, honrarias e títulos, etc.

D) O aproveitamento do escravo indígena, em que aparentemente se baseavam todos os planos iniciais, resultou viável na escala requerida pelas empresas agrícolas de grande envergadura que eram os engenhos de açúcar.

17www.centralproconcursos.com.br

Page 18: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

E) Com a grande propriedade monocultural, instalou-se no Brasil e consequente no território paraibano o trabalho escravo.

11. Fontes de Consulta: www.uepb.com.br – Anotações Para A História da Paraíba: Reinaldo de Oliveira Sobrinho. Material Elaborado Por Fábio Gama. Comentários: Todos Nós. Aprender significa dimensionar o conhecimento.

33. Proposta Geral III. Procurar dimensionar o TÓPICO 34. 8 através do Contexto Histórico inerente a disciplina, como DEBATER o 34.9, leia-se textos e exercícios.

34. Conteúdo Programático:34.1. Antecedentes da Conquista da Paraíba. 34.2. A Conquista e a Fundação da Paraíba. 34.3. Primeiros Capitães-mores. 34.4. As Ordens Religiosas da Capitania da Paraíba e seus

Mosteiros. 34.5. A População Indígena. 34.6. Invasão Holandesa. 34.7. Conquista do Interior da Paraíba. 34.8. Análise Política, Econômica e Social da Paraíba nos

Séculos XVII ao XX. 34.9. Revoluções que a Paraíba Participou.35. Texto Adicional I. A Paraíba na Primeira Metade dos

Oitocentos. A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (1808). A vinda da Coroa Portuguesa produziu uma série de transformações a exemplo da abertura dos portos brasileiros às nações amigas que permitiu ao Brasil manter relações comerciais com a Inglaterra. Esta atitude, adotada pelo Príncipe D. João, é VISTO como algo muito positivo para o Brasil também tenha sido motivada pelas relações mantidas entre a Inglaterra e o Brasil.

35.1. No cenário paraibano, o início do século XIX foi marcado por crises que refletiram no comércio e na agricultura que já vinham se arrastando desde as últimas décadas do século XVIII – período em que a Paraíba encontrava-se anexada a Pernambuco (1755-1799): Era um estado de dependência econômica - administrativa que, praticamente, se manteve inalterado mesmo após a desanexação. A dependência da Paraíba em relação à Pernambuco só fez acentuar o seu estado de pobreza que se agravou mais ainda a partir da implantação, em 1759, da Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba que (...) detinha, com exclusividade, os direitos sobre os produtos que saíam da Paraíba, em um monopólio que só piorou a situação pela qual passava a capitania.

35.2. Outros fatores que contribuíram para o flagelamento da capitania: as secas ocorridas nos anos de 1791,1792 e 1793 que comprometeram negativamente a agricultura e acarretaram a falta de farinha – o alimento básico da população. Desta maneira, a Paraíba na primeira metade dos

oitocentos, encontrava-se numa decadência econômica tanto por fatores físicos como por medidas políticas e econômicas, a exemplo da criação da Companhia de Comércio que possuía um exclusivismo econômico que empobrecia os senhores de engenho, deixando-os até mesmo sem mão-de-obra escrava pois o fornecimento era insuficiente

36. Texto Adicional II. O “Ouro Branco” Chamado Algodão.

36.1. Contexto Histórico Referente Ao Tempo Posterior – Leia-se A Segunda Metade do Século XIX. Diferente da cana de açúcar que não é originária das Américas, o algodão era uma planta que podia se encontrada naturalmente na Ásia, África e na América Central e do Sul. Alguns indígenas na região Andina como os incas, conheciam o algodão e produziam roupas com este, outros povos também conheciam as propriedades do algodão, mas seu cultivo no Brasil só começou por volta do século XVII, mas a produção algodoeira só terá uma importância significativa ao longo do século XIX.

36.2. No caso da Paraíba, as plantações algodoeiras se desenvolveram propriamente por volta do século XVIII nas regiões do Agreste, Cariri ou Borborema e no Sertão. Diferente do que se costuma pensar a respeito do sertão o qual é tido como uma região inóspita e desértica, o sertão na realidade é uma região semiárida, com irregularidade nas chuvas, com rios perenes, vegetação escassa, rasteira, mas suficiente para abrigar uma vida nativa. Por incrível que possa parecer, tanto a pecuária nordestina como as lavouras algodoeiras se desenvolveram em regiões com estas características, e mesmo com estas debilidades e perigos devido as secas, o algodão paraibano por um tempo fora considerado um dos melhores do mundo.

36.3. A lavoura algodoeira se espalhou pelo interior da A capitania devido ao fato de que o litoral era campo quase que exclusivo para o plantio dos canaviais, logo à medida que o gado ia avançando pelos sertões atrás de pasto (a pecuária nordestina por muito tempo fora extensiva, ou seja, o gado era criado livre, e assim a necessidade de se procurar pastos para alimentá-lo). Então com o desbravamento dos sertões, e após isso o estabelecimento de missões jesuíticas, comunidades e vilas, o algodão e outras culturas passaram a se estabelecer por estas regiões.

36.4. Texto Adicional III. Na passagem do século XIX para o século XX, o principal benefício à economia paraibana se fez notar pelo transporte ferroviário, que conjugado ao comércio fixaria importante função: fortalecimento e desenvolvimento de algumas cidades paraibanas, entre os anos de 1870 e 1920. Na Paraíba, a notável associação da estrada de ferro com o algodão, que dela se valeu para alcançar o porto de Recife, o que tornou Campina grande um ponto estratégico consolidando a nova condição de empório revendedor de algodão. Partindo da capital, o primeiro trem

18www.centralproconcursos.com.br

Page 19: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

correu em 1881, chegou a pilar em 1883, Guarabira em 1884 e Cabedelo em 1889.

36.5. Na primeira metade do século XX, o trem apoiou a feira de gado para acarretar a urbanização, pontilhada entre 1900 e 1920, de bondes, jornais, luz elétrica, clubes e artístico coreto, com vários desses equipamentos importados do Recife. Em Alagoa Grande saraus e recitais de canto realizavam-se no teatro Santa Inês.

37. Adendo. Por seu turno consorciando café e ferrovia. A cidade de Bananeiras encheu - se de praças, sobrados, casarões. Patronato agrícola e obras de drenagem de seu riacho, além de revistas e jornais. Sua elite intelectual era uma das melhores do estado.

38. Texto Adicional IV. Guerra dos Mascates (1710 - 1711) Foi um conflito ocorrido em Pernambuco, resultado do choque entre a aristocracia rural de Olinda e os comerciantes ("Mascates") de Recife. A rivalidade entre "brasileiros" (de Olinda) e "portugueses" (de Recife), tinha como causas:

38.1. A decadência da lavoura açucareira devido à concorrência Antilhana, levando a aristocracia rural a se endividar-se com os comerciantes portugueses quem monopolizavam o comércio de Pernambuco.

38.2. Mesmo decadente Olinda – Vila e possuía Câmara Municipal e tinha autonomia em relação a Recife, que era sua comarca e subordinada administrativamente.

38.3. “Estopim”: A elevação de Recife a categoria de vila pelo rei de Portugal no final de 1709, por pressão dos "mascates" separando-a de Olinda precipitou os acontecimentos.

39. Texto Adicional V. A Última Rebelião do Brasil Colônia: A Revolução Pernambucana de 1817 – Também DENOMINADA da Revolução dos Padres. Vários fatores causaram a revolução:

39.1. Os Gastos da Corte no RJ - Rivalidade entre Brasileiros e Portugueses - A mudança da Corte para o Rio de Janeiro deixou Portugal arruinado, pois o país perdeu o monopólio sobre o comércio colonial e passou a ser dependente da Inglaterra. Por causa disso, muitos portugueses vieram para o Brasil para tentar uma vida melhor.

39.2. Contexto Histórico de Influência Para A Sublevação: A da Independência dos EUA - A Revolução Francesa A Independência das Colônias Espanholas

40. Texto Adicional VI. A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista e republicano, ou mais certamente autonomista, ocorrido em 1824 no Nordeste do Brasil.

40.1. Causas: Pernambuco passava por crise econômica e também tinha de resistir de impostos para o Império - D. Pedro I dissolve a Assembléia Constituinte e sozinho faz uma nova, que defendam as suas idéias (Constituição de 1824 = Ao Poder Moderador) - Política, cultura e até mesmo a própria constituição, favorecia a Corte Carioca, concentrada na capital imperial.

41. Texto Adicional VII. A Revolução Praieira ( 1848).]41.1. A INFLUÊNCIA DO JORNAL localizado na Rua da

Praia – Recife – Pernambuco, propiciou os protestos caráter dimensional nos “corredores” da Sociedade Nordestina.

41.2. Causas: Terras concentradas nas mãos de famílias oligárquicas poderosas - comércio dominado pelos portugueses. - Família oligárquica mais poderosa – Cavalcanti, dona de cerca de um terço das propriedades de Pernambuco - Partido da Praia - Participação do Partido da Praia, formado por políticos que não pertenciam ao domínio dos Cavalcanti. Suas idéias eram transmitidas por meio do jornal Diário Novo, que ficava na Rua da Praia. Por isso, os rebeldes ficaram conhecidos por "praieiros".

41.3. Influência – O movimento foi influenciado pelas idéias do socialismo utópico. Proposta – Manifesto ao mundo propondo: Desapropriação das terras. - Nacionalização do comércio - Voto livre e universal - Extinção do Poder Moderador - Extinção do Senado vitalício- Liberdade para a província.

42. Texto Adicional IX. O Ronco da Abelha. Essa revolta mostra a instabilidade e a desconfiança da população de baixa renda em relação ao regime imperial no Brasil. Esse receio esteve relacionado principalmente às poucas mudanças sociais após a independência, como a continuidade do trabalho escravo e a manutenção das estruturas tradicionais de poder que promoveram a continuidade da desigualdade social e da miséria do povo brasileiro.

42.1. Causas: As Leis do Cativeiro: O Decreto 797/Censo da população e o Decreto 798: Registro civil para nascimentos e óbitos (nesse momento os registros para esses tipos de caso eram feitos nas igrejas, portanto um direito da igreja católica dentro da associação do Estado – Igreja).

42.2. A população associa esses decretos como se fosse uma regulamentação das forças de trabalho, da população em geral para o caso de “escravização” dos homens e mulheres livres e pobres.

43. Texto Adicional X. A Revolta do Quebra – Quilos. (1874). Contexto Histórico. Para muitos historiadores o principal fator que teria levado ao desencadeamento de tal revolta, diz respeito a uma questão econômica, e isso tudo teria começado em 26 de junho de 1862, quando o então Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, o senhor José Lins Vieira de Cansanção de Sinimbu referendou a Lei de número 1.157 a qual oficializava a adoção do sistema métrico decimal francês.

43.1. Um panfleto intitulado “Manifesto da Sedição do Quebra-Quilos” apregoava: “É preciso um dilúvio de sangue para que desapareçam eternamente desta terra os ladrões”. Os cordéis ajudaram a convencer a população com suas rimas.

44. Texto Adicional XI. A Revolução ( O Movimento) de 1930. A dependência regional da Paraíba em relação aos Estados vizinhos refletia na arrecadação tributária do Estado, e essa era uma das primeiras preocupações de João Pessoa ao assumir a presidência da Paraíba. A sua indicação ao cargo, apresentada por seu tio e chefe da principal oligarquia paraibana, a “epitacista”, e dar-se devido a uma crise administrativa criada por seu antecessor, João Suassuna.

44.1. A administração João Pessoa (1928/1930) apresenta dois pontos chaves: regulamentação das relações sociais e políticas no Estado, em resumo: substituição das chefias municipais (agora eleitos e não mais indicados) - desarmamento dos coronéis e proibição de relação destes

19www.centralproconcursos.com.br

Page 20: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

com o cangaço, além da subordinação da policia e da justiça às ordens da presidência do Estado.

44.2. No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassinado por João Dantas na Confeitaria Glória, na cidade de Recife (PE). Por questões de ordem pessoal e “também” por “questões políticas”, sua morte foi o estopim para um movimento armado que mudou a estrutura política nacional, gerando o episódio que ficou conhecido como Revolução de 30.

45. Recapitulando As Aulas Anteriores e Suas Mediações. 01. A convivência entre a cana e o gado nunca foi pacífica,

com a primeira sempre empurrando a segunda para o interior, quando seus lucros ficavam maiores. Nesse movimento constante de transferência da atividade pecuária para o interior, o Agreste, localizado quase que inteiramente sobre o Planalto da Borborema, encontrava-se em posição estratégica, porque além de estar próximo à área açucareira, possuía clima e pastagens excelentes para o gado. Além disso, a partir do século XVII, com a expansão dessa atividade cada vez mais para o interior, inclusive no sertão semiárido, o agreste passou a se constituir área ideal e indispensável para a pousada. Regina Célia Gonçalves e outros, 1999, p. 26. Nesse contexto, podemos afirmar que:

A) Não havia interesse econômico dos homens pobres e livres em se manter no litoral, trabalhando em bases de igualdade com a mão – de – obra escrava.

B) Tal movimento é exclusivo do processo de colonização paraibano.

C) Esse processo favoreceu a formação de vários núcleos urbanos, originados dos pousos e das feiras de gado que foram, aos poucos, se estabelecendo ao longo do percurso.

D) Era determinação metropolitana que o gado fosse fator de colonização de outras regiões além do litoral.

E) As lavouras de autoconsumo mirraram nesse processo, tornando necessária a compra de gêneros de subsistência diretamente à metrópole.

02. A Capitania Real da Paraíba foi criada em 1574, mas só foi ocupada em 1585. Sobre a conquista da Paraíba é correto afirmar:

A) Não houve resistência dos nativos e a terra só não foi ocupada em 1574 porque o interesse dos portugueses era com a Capitania de Itamaracá.

B) A conquista da Paraíba só ocorreu com a adesão dos tabajaras, que lutaram contra os potiguaras. Houve um extermínio em massa e os índios que colaboraram com os colonizadores terminaram sendo utilizados como mão – de - obra na lavoura, nos engenhos e na construção de obras urbanas.

C) Apesar de os potiguaras terem lutado ao lado dos portugueses não foram beneficiados, devido aos tabajaras, que não sucumbiram nas batalhas e tornaram-se aliados dos conquistadores, ocupando os postos de confiança.

D) Os franceses pretendiam tomar as terras dos potiguaras e escravizá-los, o que favoreceu a aliança entre portugueses e potiguaras na luta que culminou com a conquista e ocupação da Paraíba.

E) Apesar da dominação da Espanha sobre Portugal, a partir de 1580, os espanhóis foram totalmente ausentes nas tentativas de conquista da Paraíba.

03. Contextualizando Tema/Assunto do Conteúdo Programático Acima (3.4 = As Ordens Religiosas). A presença da Igreja no processo colonizador português – incluindo – nas expedições e conquista do território paraibano, estava vinculada diretamente aos interesses mercantis metropolitanos, influenciando fortemente na vida cotidiana e na ação catequética dos índios.

Neste contexto, analise as proposições a seguir:I. Com a implementação das reduções, os jesuítas

iniciaram o processo de aculturação dos índios, que levou ao desmantelamento de seu universo de valores. Criou-se uma linguagem geral para favorecer a comunicação, quebrando-se as identidades indígenas.

II. Isolados nas reduções, os índios tornaram-se alvos mais fáceis para serem aproveitados pelos colonos como mão – de - obra escrava e posteriormente em escala simétrica como os escravos africanos no sistema fabril açucareiro.

III. A Igreja atingia toda a sociedade colonial funcionando como instrumento de controle social. A obediência aos preceitos religiosos era conseguida através de medidas como a excomunhão e a exposição dos pecadores à reprovação pública, exceto na fundação e segmentação da Capitania Real da Paraíba.

Está (ão) correta(s) a(s) alternativa(s):A) I e II, apenas.B) I, apenas.C) II e III, apenas.D) Todas.E) I e III, apenas.04. Defender, ocupar, expandir e explorar. Essas eram

as bases do processo que sustentava a efetiva expansão da colonização portuguesa no território brasileiro e GRADUALMENTE a área nuclear paraibana ainda no século XVII. Sobre isso, todas as assertivas (afirmativas) que se seguem são VERDADEIRAS, exceto:

A) Ao contrário do que costumeiramente se afirma pela historiografia, a luta direta contra os invasores (franceses e holandeses) pela defesa do território contribuiu sobremaneira para a consolidação e ampliação dos domínios coloniais portugueses.

B) Depois de intensas lutas contra os franceses e seus aliados (os índios potiguares), os pernambucanos (ancorados nos índios tabajaras e nos espanhóis) fundaram junto à foz do rio Paraíba, um forte e uma cidade, chamada de Nossa Senhora das Neves e posteriormente de Felipéia de Nossa Senhora das Neves.

C) Após a entrada em vigor da União Ibérica (que unia Portugal e Espanha) a parceria que visava a investimentos nas colônias do “novo mundo” entre a Holanda e Portugal acabou. Em represália, os holandeses passaram a saquear o litoral brasileiro, da visando grandiosamente às áreas açucareiras.

20www.centralproconcursos.com.br

Page 21: Março - História da PB - Completo

História da Paraíba FÁBIO GAMA

D) As “entradas” eram expedições pequenas em que uns poucos europeus e algumas dezenas de índios mestiços se aventuravam por territórios inóspitos. No caso da Paraíba a interiorização se insere no declínio da economia açucareira após a “expulsão” dos holandeses.

E) É questionável a contribuição que as pequenas expedições montadas pelos portugueses deram para a ampliação dos limites territoriais. Elas tinham um alto custo financeiro, ceifavam muitas vidas devido aos embates com nativos hostis e só serviam apenas para fazer aumentar a riqueza e a fama dos bandeirantes como frios assassinos.Texto Para A Questão Que Se Segue.

Portugal pretenso donoDo Brasil naqueles diasFez presente a seus vassalosDe extensas sesmariasQue se convencionouChamar de Capitânias.Duas logo prosperaram,Pernambuco e São Vicente,A de ItamaracáSó muito tardiamenteE é onde está plantadaA Paraíba ‘da gente’Só após 80 anosDe domínio portuguêsO Frutuoso BarbosaAqui chegando se fezFoi aí que o nosso EstadoComeço a ter voz e vez.Entre o mar impetuosoE o Sanhauá dolenteA Cidade foi surgindoPelas mãos do luso ingentePara depois transformar-seNo que é atualmente. Nova História da Paraíba – recontada em cordel. Manoel Monteiro. Campina Grande – Junho/2005 – 4ª ed.

05. Com base no texto e nos conhecimentos historiográficos sobre a Paraíba, assinale a única alternativa incorreta sobre o processo de ocupação e colonização.

A) Felipéia de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, surgiu do cultivo da cana-de-açúcar. Na Zona da Mata, os canaviais dependiam da mão – de - obra escrava e atraíram o interesse dos holandeses no século XVII.

B) Nas missões de catequese, os missionários pregavam o cristianismo, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam colégios. Foram eles que encontraram um planalto com uma campina verde e clima agradável, que tinha um aldeamento de índios cariris, e deram-lhe, então, o nome de Campina Grande.

C) A fundação da Paraíba ocorre com o Ouvidor Martim Leitão trazendo pedreiros, carpinteiros e engenheiros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves e indo até a Baía da Traição expulsar os franceses que relutavam em permanecer na Paraíba.

D) A colonização de Campina Grande teve início com a formação de um povoado e, em volta deste, de uma

feira por onde passavam camponeses. Já então se percebem as características de uma cidade que historicamente nasceu vocacionada para as atividades comerciais.

E) Não existia (no século XVI) preocupação alguma por parte dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois o grande progresso da capitania pernambucana já rendia à Coroa vultosas somas.

06. Povo autóctone ou nativo que vivia à margem esquerda do Paraíba até a serra da Ibiapaba, no Ceará. Aliados dos franceses na Baía da Traição depois, na guerra holandesa, auxiliaram os portugueses. Estamos nos REFERINDO aos: A) Caetés.B) Tabajaras. C) CaririsD) PotiguaraE) Xavantes.

46. Texto Adicional II. O Encontro de Dois Mundos. 46.1. Observação: A disputa entre índios e Portugueses na

conquista do interior da Paraíba se deu de forma extremamente violenta. Ex: A “Guerra dos Bárbaros”.

REVISTA DE HISTÓRIA. A colonização européia do Brasil foi marcada pelo choque entre culturas e pela luta dos recém - chegados contra vários costumes dos povos nativos. Entre esses costumes estavam as cauinagens, festas em que se consumiam bebidas feitas de mandioca, milho e frutas. João Azevedo Fernandes, Guerreiros em transe. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, número 4. 2005, p. 54. 46.2. Ex: Os Potiguaras e Tabajaras na Paraíba. 47. Fontes de Consulta: Compêndios Literários Publicados

Pela Universidade Federal da Paraíba - Universidade Estadual da Paraíba – Universidade Federal de Campina Grande – PB. Ex: História da Paraíba: Ensino Médio.

47.1. Adicionamentos com BASE em José Octávio de Arruda Mello e Eliete Gurjão.

47.2. Resumo/Introdução do Ronco da Abelha, extraído da pesquisa do Historiador e Professor Nilmar Galvão, como TAMBÉM www.bibliotecanacional.com.br

Material Elaborado Por Fábio Gama. Comentários: Todos Nós. Antes de aprendermos, é possível entendermos o Eu – O Nosso e o do Próximo.

21www.centralproconcursos.com.br


Top Related