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Page 1: Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgada

Os aquários de água salgada

Montagem perfeitaManutenção natural

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Page 2: Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgada

O mar: Um incrível mundo de vida ......... 3

Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar? .................................................. 4

Pré-condições para um biótopo natural .......................................................... 7

A montagem do aquário:O substrato .................................................. 8

Bio-filtragem ............................................... 9

Equipamento técnico ................................ 11

Água salgada ............................................... 12

A decoração ................................................. 13

O novo meio ambiente precisa de tempo ........................................................... 14

A introdução e a aclimatação dos animais marinhos ........................................ 15

Todos os animais comem de maneira diferente ...................................................... 16

Petiscos saudáveis e especialidades ...... 17

Manutenção regular:Como controlar a qualidade da água ..... 18

A interacção do pH, do CO2 e da dureza de carbonatos ............................... 22

Do amónio aos nitratos:O ciclo do azoto .......................................... 24

O teor de cálcio .......................................... 26

Estrôncio e oligo-elementos ................... 27

O que fazer se houver um animal doente? ........................................................ 28

Tudo aquilo que sempre quis saber sobre a água salgada ................................. 31

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Índice

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Cerca de dois terços da superfície da Terra estão cobertos deágua, a maioria dos quais são os oceanos. A maioria dos peixesvive perto dos recifes de coral ou dos atóis. Esta enormevariedade de espécies que vivem em águas pouco profundas,são as mais indicadas para manter em aquário pois habitamregiões tropicais de temperaturas moderadas ou quentes enecessitam de pouco espaço.

Um aquário de recife só por si é um pequeno ecossistemainfluenciado por muitos factores. Durante os últimos anos,aumentou a taxa de sucesso na manutenção de corais duros,corais-couro e corais moles por longos períodos de tempocom muitos casos de reprodução dos mesmos. A reproduçãobem sucedida dos peixes marinhos também deixou de serinatingível.Deve ponderar sobre certos aspectos de modo a que todosos animais no aquário se desenvolvam da melhor maneira.Este manual indica-lhe, de forma sucinta, os passos maisimportantes para um belo aquário de água salgada. No entan-to não pretende de forma alguma substituir a leitura de livrostécnicos que dão explicações específicas sobre cada espécie.

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O mar: Um incrível mundo de vida

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Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar?

Animais marinhos para um começo mais fácil

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Se queremos manter os corais, camarões eoutros invertebrados no mesmo aquário, avariedade de peixes fica mais reduzida. Mui-tos peixes são predadores de peixes maispequenos, de camarões e pólipos de corais.Algumas espécies pacíficas também podemoriginar problemas: os cavalos marinhos, p. ex. devem ser alimentados muitas vezes,

do que pode resultar a poluição da água.Ainda por cima comem muito devagar e osoutros animais consomem o que era paraeles. Além disso, necessitam de águas cal-mas e não devem ser mantidos em aquáriospara invertebrados. Os Anthias são peixesmuito bonitos mas também muito exigen-tes.

Donzelas (Chromis, Dascyllus, Chrysiptera) Cabozes (Cryptocentrus, Valencienna)

Peixe-cardinal (Sphaeramia, anteriormentedesignados Apogon)

Peixes-palhaço (Amphiprion)

Labros (Macropharyngodon) Peixes-cirurgião (Acanthurus, Zebrasoma)

Os peixes a seguir indicados são exemplos de espécies que podem ser mantidas com

invertebrados:

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Corais

Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar?

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Alguns corais albergam algas nos seus teci-dos, algas essas denominadas zooxantelas.Esses corais não necessitam de ser alimenta-dos pois recebem todos os nutrientes quenecessitam a partir das zooxantelas.

Outras espécies de corais, no entanto, não sealimentam das zooxantelas e por isso têmque ser alimentados. Ao alimentar essescorais (p.ex. corais moles Capnella sp., plu-

mas-do-mar Cavernularia sp., espécies dogénero Tubastrea) a água é fortemente po-luída. Recomendamos que não mantenhaestas espécies, pelo menos nos tempos ini-ciais.

Os invertebrados listados abaixo são animaisbastante resistentes, desde que a qualidadeda água seja mantida em condições aceitá-veis:

Corais-couro (Sarcophyton, Lobophyton,Sinularia)

Anémonas-cogumelo (Discosoma)

Anémonas (p.ex. anémonas que albergam ospeixes-palhaço)

Anémonas coloniais (Protopalythoa, Zoan-thus)

e para os mais experientes, alguns coraisduros (Acropora, Porites, entre outros)

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Quais os animais marinhos a escolher ou a evitar?

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CamarõesMuitos camarões são fáceis de manter;comem restos de comida. Os chamadoscamarões-limpadores (p.ex. Hippolysmatagrabhami) removem ectoparasitas dos pei-xes.

Ouriços-do-marAlguns ouriços-do-mar alimentam-se exclu-sivamente de algas e são por isso extrema-mente úteis no controlo do crescimentodestas.

Pepinos-do-marOs pepinos-do-mar são também bons consumidores de restos de alimento e aoenterrarem-se na areia movimentam-na,mantendo-a solta. Antes de comprar umpepino-do-mar aconselhe-se junto do seufornecedor especializado. Algumas espécies,ao serem feridas e até por vezes sem razãoaparente, libertam substâncias muito tóxicaspara os peixes.

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Pré-condições para um biótopo natural

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Se optar por tubos fluorescentes,deve combinar vários tipos, demodo a obter óptimas condiçõesde luz. Recomendamos o SERAdeep sea special para a zona dafrente do aquário. A sua luz azulactínica marinha, com um es-pectro situado entre os 380 – 450 nm, garante condições deluz idênticas às do recife. Ocrescimento e a cor dos inver-tebrados são fortemente esti-mulados pelo espectro de luzazul. Recomendamos o SERAblue sky Royal para fornecerao aquário luz do dia tropical.

Para além da luz HQI, deve acrescentar sempreum tubo azul, p.ex. o SERA deep sea special,em aquários com muitos invertebrados, queprecisam de muita luz, ou em aquários commais de 50 cm de altura de água. Isto permi-tirá ver os corais com as suas mais belascores.

Móvel e localizaçãoO aquário deverá ser colocado sobre materialmacio (SERA thermo-safe) para prevenirestaladelas dos vidros. O aquário não devereceber luz do sol directa. Isso originará apropagação descontrolada de algas indesejá-veis.

Tamanho do aquárioUma das regras básicas para manter umaquário é: Quanto maior é o aquário, maior éa facilidade de o manter.

Devido ao maior volume, os parâmetros daágua são mais constantes em aquários grandes do que nos pequenos. Assim, amanutenção de um aquário grande é menostrabalhosa. Mas conseguimos criar boascondições biológicas num aquário de 100 li-tros. Claro que os erros trarão consequên-cias graves.

Quase todos os peixes marinhos precisam deum território onde os intrusos são afastados.Por isso recomendamos um aquário com ummínimo de 200 litros para manter algumasespécies em conjunto.

Se formos instalar um sistema de filtragembiológica sob o aquário é importante verifi-carmos se o orifício de descarga de água doaquário tem as dimensões mínimas necessá-rias para escoar o caudal debitado pelabomba.

A iluminação idealOs tubos fluorescentes, lâmpadas de iodetosmetálicos (HQI) ou as suas sucessoras HCI ouCDM, ou uma combinação das duas, são asque se utilizam nos aquários de água salga-da.

A altura de água não deve ultrapassar os 50 cm quando utilizamos luz fluorescente. Ouso dos SERA Combi-Reflectores aumenta aintensidade luminosa quase 100 %.

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A montagem do aquário: O substrato

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A principal função da areia é fornecer um espaço de fixaçãoadicional para as bactérias que levam a cabo a filtração bioló-gica. Nas camadas mais superficiais vão fixar-se as mais ávidasde oxigénio (aeróbias), enquanto as que não necessitam deoxigénio (anaeróbias) vão colonizar as camadas inferiores.

A areia de coral grosseira é a melhor para os aquários mari-nhos. É bonita e ajuda a estabilizar o pH do aquário devido aoseu elevado teor em calcário.

Algumas espécies de peixes (p.ex. labros e cabozes) precisamde uma área arenosa onde se possam enterrar durante anoite. Deve criar uma área deste tipo com areia de coral ou dequartzo, fina, para estes animais. Informe-se junto do seu for-necedor especializado acerca da altura de areia necessáriapara cada espécie.

O resto do aquário poderá ser coberto com uma camada,cerca de 3 cm, de areia de coral grossa. Aconselhamos o usode rochas para dividir as diferentes áreas de areia de modo aevitar que estas se misturem.

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A montagem do aquário: Bio-filtragem

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1. Pré-filtragem(purificação mecânica da água)

A SERA lã filtrante e a SERA biofibras recolhem as partículasde maiores dimensões (como comida não consumida, peda-ços de algas mortas). Tenha o cuidado de limpar estes materi-ais regularmente de modo a evitar poluição desnecessária. Aomesmo tempo garante uma boa circulação de água no filtro.É também a única forma de manter activo, por largos perío-dos de tempo, o material filtrante principal onde as bactériasdepuradoras podem transformar o amónio e os nitritos semgrandes perturbações. A limpeza frequente do material bio-lógico é demasiado nociva para as colónias de bactérias. Poroutro lado estes úteis colaboradores reproduzem-se maislentamente na água salgada do que na água doce. Por issorecomendamos a adição regular do SERA ammovec.

2. Filtragem principal(purificação biológica da água)

As úteis bactérias do SERA ammovec limpam biologicamentea água salgada eliminando os poluentes. No entanto as bac-térias precisam de um “lar” para isso. SERA biopur e SERAsiporax proporcionam as melhores condições de fixação. 1 litro de SERA siporax tem a mesma capacidade depurativaque 34 litros de material cerâmico.Coloque uma camada de SERA biofibras entre o SERA biopure o SERA siporax para recolha de possíveis partículas de lixo.

A água salgada é filtrada por etapas com os SERA biofiltrosinternos B 200 e B 400

SERA lã filtrante

SERA super carbonSERA biopur

p.ex. SERA siporax®

SERA biofibras

SERA biofibras

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A montagem do aquário: Bio-filtragem

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Biodegradação dos poluentesna filtragem principal

Milhões de úteis bactérias depura-doras do SERA ammovec fixam-

se no SERA siporax e limpam aágua do aquário. Entre outras coi-

sas, elas processam restos de algas,restos de comida e dejectos de peixes

em amónio.

SERA siporax proporciona as condições devida naturais às variadas estirpes de microor-ganismos aquáticos.A elevada percentagem deporos abertos, em estru-tura de túnel, do SERAsiporax permite que asbactérias úteis sejam for-necidas com nutrientes eágua fresca. Ao mesmotempo, SERA siporax ga-rante uma remoção rápi-da e constante dos restos orgânicos.

As bactérias depuradoras do SERA ammo-vec processam restos de algas, restos decomida e dejectos dos peixes em amónio,entre outras coisas.

Quase de imediato, o amónio e a amóniasão transformados em nitritos pelas bacté-rias filtrantes.

As bactérias transformam os nitritos emnitratos. Os nitratos são especialmente pre-judiciais para os invertebrados; simultanea-mente, promovem o crescimento de algasindesejáveis. Um filtro de fluxo lento comsera siporax, ajudá-lo-á a resolver o proble-ma porque biodegradará os nitratos.

Os espumadores reduzem a poluição da águaprovocada por proteínas e outras substân-cias orgânicas. Estas peças de equipamentodevem ser limpas frequentemente para evi-tar que o material retirado possa reentrar naágua do aquário.

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A montagem do aquário: Equipamento técnico

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FiltroO SERA biofiltro interno B foi concebido de

acordo com os requisi-tos para uma filtragemde qualidade.É de fácil acesso pelazona superior, permi-tindo a limpeza ousubstituição do pré-fil-tro sem afectar o ma-terial biológico. Com a funcionalidade dosseus três comparti-mentos (veja, porfavor, a pág. 9), este fil-

tro permite a utilização de vários materiaisfiltrantes e a rápida substituição individualdos mesmos (p.ex. o carvão activado) semter que o desmontar completamente. O aspi-rador de superfície do SERA biofiltro internoB retira de forma eficaz a indesejável pelícu-la residual da superfície.O desempenho dos filtros interiores comcartucho de esponja é melhorado de formaconsiderável com a utilização do SERA sipo-rax em substituição da esponja. O período deactividade destes filtros pode ser aumentadose utilizadas as SERA biofibras como materialpré-filtrante.

Os SERA filtros interio-res L 60, L 150 e L 300são uma óptima opçãopara aquários de qua-rentena, de criação oude comida viva. Paraalém da filtragem aágua fica mais rica emoxigénio. A esponjatem poros pequenosevitando que os ani-mais mais pequenos(p.ex. os pepinos-do-mar) fiquem presosdentro do filtro.

Aquecedores com termóstatoOs SERA aquecedores com termóstato paraaquário devem ser instalados no comparti-mento de água livre do SERA biofiltro inter-no B, pois que alguns invertebrados como asanémonas ou os caracóis, que passeiam peloaquário, poderiam ficar feridos se em con-tacto directo com aqueles.

BombasAs cabeças motorizadas são o coração de umaquário de água salgada. Proporcionam aosanimais correntes de água naturais. Devemser instaladas de forma a não se criarem“zonas mortas”, onde se podem acumularrestos de comida e matérias orgânicas. Paraconseguir isto instalam-se várias SERA bom-bas submersíveis de modo a que a água cir-cule à frente e atrás da rocha viva. Com aajuda de temporizadores pode recriar, facil-mente, situações de mudanças de correntes(como da maré baixa para a alta). Em vez deSERA bombas submersíveis, também podeutilizar os SERA filtros interiores F, cujo tubopara a entrada da água está protegido comuma esponja. Assim evitará que os animaispequenos sejam sugados.

50 Watt18,5 cm

25 Watt18,5 cm

150 Watt30 cm

100 Watt22 cm

75 Watt22 cm

300 Watt35 cm

250 Watt35 cm

200 Watt30 cm

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A montagem do aquário: Água salgada

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Como a utilização da água do mar não temnada de prático, a água salgada para o aquá-rio deve ser preparada com água de osmoseinversa e sal marinho. Os organismos mari-nhos nos aquários necessitam de condiçõesestáveis sem grandes variações. O SERA salmarinho é muito homogéneo e de rápidadissolução originando uma água salgadacristalina. Graças ao efeito tampão naturaldeste sal, o valor do pH fica dentro dos valo-res correctos. O SERA sal marinho tem o teornatural de pH e de kH, sem nitratos, silicatosou fosfatos. A água salgada obtida com oSERA sal marinho apresenta os níveis correc-

tos de cálcio e demagnésio.

Sal marinho: A base maisimportante

Preparação da água doaquário

Encha o aquário com água deosmose e adicione-lhe a quan-tidade de sal correspondente.O SERA sal marinho não deixaresíduos depois de dissolvido.Quando desaparecerem os últi-mos grãos de sal, acondicione aágua com SERA aqumarin.Utilize bombas de água, colo-cadas no fundo do aquário,para manter a agitação da águadurante 24 horas. Use um aque-cedor com termóstato paraatingir a temperatura pretendi-da.

Para o fazer pode seguir um de dois proces-sos diferentes, ou até combinar os dois:

1 Colocar o densímetro flutuante SERAdensímetro no aquário. Mediante uma

leitura simples na sua escala inte-grada, ele irá indicar-lhe a densida-de da água. Em aquários com inver-tebrados a densidade da água deveestar compreendida entre 1,022 e1,024 g/cm3, para uma temperaturade 25 ºC. Se a temperatura da águafor diferente de 25 ºC, a leitura dadensidade deve ser corrigida utili-zando para o efeito tabelas apro-priadas.

2 A concentração em sais da água salobraou da água do mar, assim como o grau

da poluição total da água doce podem serdeterminados através da condutividade. OSERA medidor de condutividade pode medireste parâmetro em µS/cm (água doce) oumS/cm (água salgada) aumentando assim asua versatilidade. É ideal para possuidoresde muitos aquá-rios, criadores ecomércio especi-alizado. Mais apli-cações são, porexemplo, o con-trolo da qualida-de de água deosmose inversa e para verificar se algum ele-mento decorativo ou o carvão activadoestam a libertar sais para a água.

Concentração salina muito alta: acrescentarágua pura (de osmose inversa)

Concentração salina muito baixa: adicionar salpouco a pouco

Para uma salinidade correcta

16 °C 1,025 g/cm3 1,026 g/cm3 1,0265 g/cm3

20 °C 1,0235 g/cm3 1,025 g/cm3 1,0255 g/cm3

25 °C 1,022 g/cm3 1,023 g/cm3 1,024 g/cm3

28 °C 1,0215 g/cm3 1,0225 g/cm3 1,023 g/cm3

30 °C 1,020 g/cm3 1,0215 g/cm3 1,0225 g/cm3

densi-dade a

salinidade33 ‰

salinidade 34,5 ‰

salinidade 36 ‰

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A montagem do aquário: A decoração

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Não há limites senão os da imaginação, quando pretendemoscriar uma paisagem subaquática. Devemos no entanto ter apreocupação de que a construção resultante seja estável.Para aumentar a estabilidade pode utilizar abraçadeiras deplástico, das que são utilizadas para a montagem da instala-ção eléctrica. Uma outra forma de reforçar toda a decoraçãoé colar alguns dos elementos com silicone.

Deverá ser colocado um painel de acrílico por baixo daspedras da decoração, para proteger o vidro do fundo.

De preferência, um aquário de água salgada deve ser decora-do com “rocha viva”. A razão porque lhe chamamos “rochaviva” será óbvia ao fim de alguns dias.

Para além da rocha viva, podemos utilizar a Dolomita, a rochae os tufos calcários, o granito e a rocha vulcânica.

Os peixes, caranguejos e outros animais marinhos necessitamde esconderijos. É muito fácil construir abrigos, cavernas eplataformas com as pedras do recife.

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O novo meio ambiente precisa de tempo

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O desenvolvimento das bactérias úteisDevem desenvolver-se várias estirpes de bac-térias que decompõem os poluentes logodepois de instalar o pequeno mundo aquáti-

co. Estas evitam a formação deelevados níveis do perigosoamónio e dos nitritos na água(veja, por favor, a pág. 10). Estasbactérias multiplicam-se muitolentamente em água salgada.Por isso recomendamos o usode SERA ammovec durantetodo o período de arranque. Oaquário só tem a ganhar com oSERA ammovec.

Durante esta fase é importante ir controlan-do frequentemente os níveis de amónio e denitritos. Assim que o SERA teste de amó-nio/amónia, e o SERA teste de nitritos,comecem a indicar níveis inferiores aos tóxi-cos poderá começar a introduzir invertebra-dos e peixes, passo a passo.

E eis que a vida começaMuitos animais pequenos e até muitasespécies bonitas de algas entraram noaquário com a “rocha viva”. Durante esteperíodo de tempo elas começarão even-tualmente a crescer tornando-se entãovisíveis. No entanto, é também possível quemuitos animais existentes nas rochas (p.ex.esponjas) tenham morrido.

Se um invertebrado não sobreviver deveser imediatamente removido para assim serevitada uma poluição forte da água. Emqualquer caso, devem ser introduzidas cul-turas de bactérias depuradoras.

A iluminaçãoDurante esta fase deve manter as lâmpadasde aquário desligadas de modo a evitar ocrescimento de algas.

Ao fim de uma semana sem luz, a intensida-de luminosa deve começar a ser aumentada,de dia para dia. A “rocha viva” começa agoraa revelar-se. Em cada dia que passa, são visí-veis novos organismos. Anémonas, algasornamentais, crustáceos e outros organis-mos irão rapidamente povoar o seu recifeem miniatura.

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A introdução e a aclimatação dos animais marinhos

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Alguns animais marinhos não devem nuncaabandonar a água durante o transporte, poisa exposição ao ar por alguns segundos podeser suficiente para lhes provocar a morte.Entre os organismos sensíveis ao ar encon-tram-se os ouriços-do-mar, pepinos-do-mar,estrelas-do-mar e peixes-balão.

Ao comprar estes animais assegure-se queeles são colocados debaixo de água no sacode transporte. Pergunte ao seu fornecedorcomo deve proceder para os colocar dentrodo seu aquário.

Uma vez em casa, os sacos de transporte comos novos “hóspedes” (peixes e/ou invertebra-dos) devem ser abertos e colocados lado alado dentro de um balde. Durante a meiahora seguinte – ou durante um período detempo mais longo, se os animais forem sen-síveis (pergunte ao seu fornecedor especiali-zado) – deixe gotejar água do aquário paradentro dos sacos. Para o efeito pode utilizarum tubo de ar com uma torneira.

Ao fazer isto, estará não só a adaptar osanimais à “nova” temperatura da água mastambém aos novos parâmetros da água (teorem sal, pH, etc.).

O balde deve ser mantido num local escurodurante estes procedimentos; deve tambémdesligar as lâmpadas do aquário. Os animaisficam menos sujeitos ao “stress” e por issoestão mais calmos.

Após os novos habitantes esta-rem aclimatados às novas condi-ções devem ser transferidos cui-dadosamente. Para o efeito useum recipiente de vidro de tama-nho adequado.

SERA aqumarin acelera o pro-cesso de cura das mucosas dosanimais lesionadas durante otransporte.

Por favor compre sempre quepossível animais criados em cativeiro. E certi-fique-se de que só comprará realmenteanimais que são compatíveis com o seuaquário!

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Todos os animais comem de maneira diferente

Dietas baseSe comparados com os peixes de água doce,os peixes marinhos precisam de muito maisiodo e outros minerais. Os alimentos SERA,com mais de cinquenta ingredientes diferen-tes, garantem uma dieta perfeitamente equi-librada aos habitantes do aquário. Isto me-lhora a resistência às doenças e evita defici-ências. Todos os alimentos SERA apresentamtaxas particularmente baixas de fosfatos.

SERA marinvit plus para as algasornamentais, corais duros eoutros invertebrados. Este com-plexo nutricional contém estrôn-cio e oligo-elementos em dosesbiologicamente correctas.

SERA coraliquid, alimento ener-gético líquido, à base de plânc-ton, especialmente desenvolvi-do para animais filtradores.

SERA GVG-mix marin é umalimento em flocos, comguloseimas à mistura, óptimopara peixes marinhos. Esteversátil alimento contém iodoe outros minerais das algasmarinhas, do “krill”, do plânc-

ton e outros ingredientes importantes comoas larvas vermelhas, as dáfnias e os camarões(Artemia) das salinas.

SERA granumarin é o ali-mento ideal para peixes quese alimentam entre os ramosdos corais, a meio da colunade água ou perto do fundo.As partículas deste alimentoafundam-se lentamente, rapi-damente absorvem água e tor-

nam-se macias, sem no entanto perderem asua consistência sólida. Com isto a poluiçãoda água é evitada.

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Petiscos saudáveis e especialidades

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SERA flora contém prote-ínas vegetais, minerais efibras necessárias na ali-mentação de peixes herbí-voros.

As pastilhas de SERA O-niptêm na sua composição 50 %de animais liofilizados e 50 %de alimento em flocos de altaqualidade. É um alimento per-feito para todos os animais. As

pastilhas de SERA O-nip podem ser fixadasfacilmente ao vidro do aquário, atraindomesmo os animais mais tímidos.

SERA Spirulina Tabs pode serfixo no vidro. Alimento vegetalcompleto de alta qualidade, empastilhas, com 20 % de Spirulina.O SERA Spirulina Tabs é indis-

pensável na dieta de peixes herbívoroscomo os cirurgiões ou os blénios.

SERA Plankton Tabs tem na suacomposição uma quantidadeespecialmente elevada deplâncton liofilizado. Basta deixarcair as pastilhas dentro do aquá-

rio. Os invertebrados devem ser alimentadosindividualmente, com a ajuda de um par depinças ou um tubo de plástico.

SERA FD Artemia Shrimps,elaborado à base de tenroscamarões das salinas. Umalambarice saborosa paratodos os peixes marinhos.

SERA microgran para peixespequenos ou com a bocapequena. A composição equili-brada aliada a um complexo

multivitamínico fazem do SERA microgranuma alimentação perfeita e nutritiva paraestes peixes.

Para criar larvas de camarõesou alevins de peixes pode utili-zar SERA micron. Invertebradose peixes que necessitam de um

alimento finamente moído podem tambémser alimentados com SERA micron.

SERA FD Krill é uma espécie decamarão pequeno, rico emcarotina, que vive no oceano ese alimenta de plâncton. SERAFD Krill é muito rico em

proteínas e é perfeitamente adequado parafortalecer os peixes e aumentar a taxa dedesova.

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Manutenção regular: Como controlar a qualidade da água

Parâmetros: Quan-do se controlam?

pH

semanalmente

KHDureza de Carbonatos

semanalmente

CaCálcio

semanalmente

Condutividade

semanalmente

Densidade

semanalmente

NH4/NH3Amónio/Amónia

semanalmente

NO2Nitritos

semanalmente

Parâmetros ideais Valor muito alto – baixar ⇓Valor muito baixo – subir ⇑

⇓ • mudança parcial de água, com águaum pouco mais ácida

• adicione CO2

⇑ • SERA KH/pH-plus

⇓ • mudança parcial de água

⇑ • SERA KH/pH-plus

⇓ • mudança parcial de água

⇑ • adicione SERA calcium plus

⇓ • mudança parcial de água com água decondutividade mais baixa

⇑ • adicione SERA sal marinho pouco apouco até atingir o valor correcto

⇓ • mudança parcial de água

⇑ • adicione SERA sal marinho pouco apouco até atingir o valor correcto

⇓ • mudança parcial de água (verifique ovalor do pH)

• evite zonas de água parada criandocorrentes de água (utilize bombas deágua)

• adicione SERA ammovec

• verifique/lave o filtro

• reduza a quantidade dos peixes

• distribua menos alimento

⇓ • adicione SERA ammovec

• verifique o filtro

• distribua menos alimento

• certifique-se da falta de algum peixeou outro animal

• mudança parcial de água

• elimine a causa

⇓ • mudança parcial de água

• repita a mudança parcial de água 12 – 24 horas mais tarde

8,0 – 8,5

8 – 12°dkH

400 – 450 mg/l

50 – 54 mS/cm

1,022 – 1,024 g/cm3 a 25 °C

ideal: 0,0 mg/l

perigoso a partir de 0,02 mg/l

dependendo do valor do pH

ideal: 0,0 mg/l

0,3 – 0,9 mg/l NO2 (equivale a níveis deazoto nítrito [NO2-N] de 0,1 – 0,3 mg/l):água poluída

a partir de 0,9 mg/l NO2 (equivale a umnível de NO2-N de 0,3 mg/l): perigosopara os peixes

a partir de 3,3 mg/l NO2 (equivale a umnível de NO2-N de 1 mg/l): demasiadoperigoso para os peixes

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Manutenção regular: Como controlar a qualidade da água

Parâmetros: Quan-do se controlam?

NO3Nitratos

semanalmente

MgMagnésio

semanalmente

PO4Fosfatos

semanalmente

CuCobre

água doce

os peixes não sesentem bem

O2Oxigénio

de 2 em 2 semanas

ClCloro

mudança de água

aquário novo

Parâmetros ideais

ideal: máximo de 20,0 mg/la partir dos 20,0 mg/l

acima dos 100 mg/l

aprox. 1.300 mg/l

máx: 0,1 mg/lideal: abaixo dos 0,05 mg/l

ideal: 0,0 mg/l (mesmo a mais baixa dasconcentrações é nociva para os inver-tebrados ou até fatal)

acima de 1,0 mg/l: fatal para todo otipo de seres vivos em aquários deágua salgada

acima dos 6 mg/l: oxigénio suficiente

abaixo dos 0,02 mg/l

Valor muito alto – baixar ⇓Valor muito baixo – subir ⇑

⇓ • instale um filtro de fluxo lento comSERA siporax

• use 1 litro de SERA siporax, no biofiltro,por cada 100 litros de água. Para conse-guir isso active o filtro com SERAammovec

• efectue frequentemente mudançasparciais de água com água sem nitratos

• reduza a quantidade de peixes, se con-seguir

• distribua menos alimento

• instale um espumador de proteínas

• mudança parcial de água

⇓ • mudança parcial de água

⇑ • adicione SERA magnesium plus

⇓ • mudança parcial de água

• introduza macroalgas

• distribua menos alimento

• reduza a quantidade de peixes

⇓ • adicione SERA aqumarin

• grande mudança de água com águasem cobre, acondicione a água da tor-neira com uma dose dupla de SERAaqumarin

⇑ • areje a água

• detecte a causa e elimine-a

⇓ • SERA aqumarin neutraliza os efeitos docloro

• adicione SERA ammovec

• areje bem a água

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Manutenção regular

Para além de controlar os parâmetros daágua e fazer a limpeza ao filtro, há uma sérieadicional de medidas de manutenção quedevem ser cumpridas com regularidade.

Remoção das algas indesejáveisSe tiver no seu aquário macroalgas Caulerpacontrole atentamente o seu crescimento. Ocrescimento muito rápido desta alga podechegar a “abafar” os invertebrados. Ao podaresta alga tenha cuidado para não tirar muitode cada vez.

As “folhas” das algas são denominadas“talos”. São compostas por uma célula únicaque libertará os seus líquidos internos, ricosem nitratos, se for removida sem cuidado. Amelhor forma de as remover é a seguinte:

O rizoma (cordão a partir do qual os taloscrescem) tem pontos mais frágeis. É nestes

que deve ser feito o seccionamento. A parteda alga que não queremos manter deve serimediatamente removida do aquário. Tenhacuidado para não danificar a alga, já que seassim não for o líquido intracelular irá sairpara a água de uma forma incontrolável.

Mensalmente substitua 5 a 10 % da água doaquário. Aproveite a mudança de água parafazer uma limpeza no areão. Para levar a caboesta operação use um SERA limpador deareão.

Remoção de restos orgânicosSe notar que se acumula lixo entre as mu-danças de água (p.ex. algas mortas), aspire-oimediatamente com o SERA aspirador deareão. O lixo não removido irá produzir umaforte poluição da água.

MudanÁa de água

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Manutenção regular

Água de osmose inversapara limpeza e compensaçãoEm áreas em que a água da torneira contémaltos níveis de nitratos e/ou fosfatos reco-mendamos vivamente a aquisição de umaunidade de desionização ou de osmoseinversa. Ao purificar a água desta forma,cerca de 95 % dos poluentes dissolvidos sãoremovidos da água.A água de osmose inversa é muito melhor doque a água da torneira para as mudanças deágua ou para compensar a água evaporada. Aágua da torneira deve ser acondicionadacom SERA aqumarin de acordo com asinstruções.Aquários abertos iluminados com pendentesde iodetos metálicos podem, por evapora-ção, perder vários litros de água por dia. Estaágua deve ser compensada regularmente, sepossível diariamente, com água de osmoseinversa de modo a evitar subidas de salinida-de.

Controlar a iluminaçãoOs SERA tubos fluorescentes devem sersubstituídos depois de um ano. Os iodetosmetálicos (HQI) têm uma média de “vida”máxima de 2 anos. O olho humano nãodetecta esta deterioração na emissãoluminosa. Um medidor de luz fotográfico é ométodo mais fácil de controlar esteproblema. Nota: os testes de luz devem serfeitos sempre a partir do mesmo local esempre com o mesmo ângulo de captação.

Quando estiver defériasEm curtos períodos de férias(até um máximo de 10 dias)não é necessário alimentaros animais. Devido à presen-ça da rocha viva, o aquárioestá bem fornecido demicrofauna, que funcionacomo reserva de alimento.

Para períodos de férias pro-longados aconselhamos aelaboração de um plano detrabalho para o seu substi-tuto. Deve incluir adição deoligo-elementos (SERA ma-rinvit plus) para os inverte-brados e compensação daágua evaporada com águade osmose inversa para evitar variações fortes dadensidade. Deixe a quanti-dade exacta de pastilhas alimentares (SERA O-nip,SERA viformo, SERA SpirulinaTabs, SERA Plankton Tabs). Seutilizar alimentos granula-dos ou em flocos, estesdevem estar guardados emfrascos de plástico (p.ex. caixas de filmes fotográficos)bem fechados e com a data.Outros tipos de alimentosdevem ser guardados fecha-dos.

câmara fotográficacom medidor de lumi-nosidade (fotómetro)

ajuste adistância eo ânguloadequados

as condições (dis-tância, ângulo, etc.) devem ser exacta-mente as mesmas em cada mediçâo

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O oceano é o ecossistema mais estável noplaneta. Os habitantes dos oceanos adapta-ram-se por isso à constância dos parâmetrosfísicos e químicos do seu habitat, durantemilhões de anos. Uma vez que estes parâme-tros pouco variam na natureza a maior partedos seres marinhos tem menor capacidadede adaptação que os de água doce. Por causadisto, é fundamental a estabilidade do aquá-rio.

O valor de pH descreve a reacção da água: seesta é ácida (pH menor que 7), neutra (pHigual a 7) ou alcalina (pH maior que 7). O valorde pH da água salgada natural é ligeiramentealcalino (entre pH 8 e 8,5).

No aquário, o valor de pH é mais baixo demanhã, aumentando até à tarde. Isto deve-seao facto de que durante o dia muito do dióxi-do de carbono (CO2) é consumido pelas algas.Como resultado, há menos ácido carbónicona água e por isso o pH sobe durante o dia.

A dureza de carbonatos (kH) da água servecomo um tampão. É ela que ao neutralizarácidos vai garantir, dentro de determinadoslimites, uma maior estabilidade do pH. Porforma a assegurar um efeito tampão sufi-cientemente forte para um aquário de águasalgada a dureza de carbonatos não deve serinferior a 8ºdkH.

A dureza de carbonatospode ser controlada deuma forma rápida eexacta com o SERA kH-Test.

Se necessário podefazer subir este parâ-metro utilizando SERAKH/pH-plus.

O valor de pH da águade um aquário devetambém ser verificadoregularmente. O SERApH-Test possibilita umamedição fácil do valorde pH.

Consegue-se uma leitura ainda mais correctado valor do pH com o SERA medidor de pH. Senecessitar de fazer subir o valor de pH poderecorrer a SERA KH/pH-plus.

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A interacção do

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pH, do CO2 e da dureza de carbonatos

Se o seu aquário estiver bem plantado commacroalgas (p.ex. Caulerpa, Halimeda, etc.) ovalor de pH pode mesmo subir até 8,5 oumesmo mais, devido ao alto consumo deCO2.

A utilização de dióxido de carbono é a formamais fácil e natural de baixar e estabilizar opH. O dióxido de carbono é doseado de acor-do com as necessidades do aquário peloSERA sistema de fertilização CO2 e o seramicsistema de controle CO2.

O seramic sistema de controle CO2 é regula-do para o valor de pH desejado e a partir daío aparelho controla o pH pela injecção auto-mática de CO2. O dióxido de carbono é dis-solvido na água no eficiente reactor de CO2,sem perdas. Quando o valor de pH pretendi-do for alcançado, o fornecimento de CO2 éautomaticamente cortado. Desta forma, oseramic sistema de controle CO2 controla eregula o pH da água com elevada fiabilidade.

As necessidades em CO2 de um aquário deágua salgada são consideráveis e não devemser subestimadas. Mesmo se não for feita aadição regular de CO2 ao aquário, recomen-damos que o tenha sempre à mão. Destaforma poderá actuar rapidamente sempre

que o valor de pH e os níveis deamónio se tornarem altos de-mais (veja as secções “O ciclodo azoto” e “Como controlar aqualidade da água”).

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Do amónio aos nitratos:

Vejamos com atenção o ciclo do azoto:

A libertação de produtos orgânicos decor-rentes do metabolismo dos animais resultaem poluição azotada da água. Entre estescompostos estão excreções dos peixes, res-tos de alimentos não consumidos, algas emdecomposição e animais mortos.O azoto aparece no aquário sob diversas for-mas. Entre os produtos de metabolismo con-tendo azoto temos a proteína em excesso, oamónio/amónia, nitritos e nitratos.

Os produtos de metabolismo atrás mencio-nados contêm proteínas, a partir das quais,por um processo biológico, se formam amó-nio/amónia. A razão entre o relativamentepouco tóxico amónio e a tóxica amónia édeterminada pelo valor de pH. Quanto maisalto este for mais amónia existe na água.Uma vez que o valor de pH em água salgadaestá sempre acima de 7, os níveis de amóniodevem ser controlados com muito cuidado.

A concentração total deamónio e amónia é veri-ficada com o SERA testede amónio/amónia. Atabela incluída no testepermite ver facilmenteo teor de amónia livrepor comparação do va-lor obtido com o do pH.Se este teor for super-ior a 0,2 mg/l, deve serfeita de imediato umamudança parcial deágua. Deve também ser adicionado o SERAammovec.

O passo seguinte do ciclo do azoto consistena conversão biológica do amónio/amóniaem nitritos, pelas bactérias do género Nitro-somonas. Para levar a cabo o processo, essasbactérias necessitam de oxigénio. Por estarazão, este processo é aeróbio (com oxigé-nio). Os nitritos são altamente tóxicos, parapeixes e invertebrados.

Níveis elevados de amónio, nitritos ou nitra-tos resultam quase sempre de erros doaquariófilo ou de uma manutenção inade-quada do aquário. Uma outra razão pode sera não existência de espaço suficiente para ainstalação de uma quantidade adequada debactérias úteis.

O teor em nitritos daágua do aquário podeser controlado com oSERA teste de nitritos.Se o valor exceder 0,3 mg/l é necessárioefectuar uma mudançade água.

As bactérias úteis do SERA ammovecprocessam restos de plantas, restosde alimentos e dejectos dos peixes,

desde o amónio, passando pelosnitritos, até aos atóxicos nitratos

Macroalgas, como p.ex.Caulerpa reduzem a

concentração denitratos

Água sem nitratos

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O ciclo do azoto

Os teores em amónio e emnitritos podem ser reduzidoscom a aplicação de SERAammovec. SERA ammovec éum produto biológico quecontém bactérias que degra-dam o amónio e os nitritos. Olíquido é simplesmente adicio-nado à água do aquário (parasaber as dosagens é conve-niente ler e seguir as instru-ções que acompanham o pro-duto).

A degradação biológica dos nitritos, levada acabo por bactérias do género Nitrobacter,leva à formação de nitratos. Também paraeste passo é imprescindível a presença deoxigénio. Por isto é fácil de perceber que asbactérias dos géneros Nitrosomonas e Nitro-bacter vivem em todas as zonas do aquárioricas em oxigénio. Entre estas zonas contam-se as camadas superiores da areia do fundo, ofiltro e a superfície exterior da rocha viva.

Ter uma água bem oxi-genada é extremamen-te importante e não sópara os peixes e inver-tebrados!

Os nitratos são conside-ravelmente menos tóxi-cos que a amónia e osnitritos. Mesmo assimpodem prejudicar al-guns corais mais delica-dos mesmo em concen-trações de 20 mg/l. Paraalém disso, promove o crescimento de algasfilamentosas e viscosas, altamente indesejá-veis.

Os níveis de nitratos na água do aquáriopodem ser medidos com o SERA teste denitratos.

A degradação dos nitratos só é possível deefectuar em zonas em que o oxigénio éescasso. Aí, as bactérias obtêm o oxigénio apartir dos nitratos. Este processo é denomi-nado anaeróbio (sem ar) ou anóxico (semoxigénio). Como resultado final obtém-seazoto na forma gasosa, o qual se escapa paraa atmosfera. A biodegradação dos nitratosconsegue-se com um filtro de fluxo lento,com SERA siporax.

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O teor de cálcio

As algas calcárias, os peixes e os invertebra-dos extraem cálcio da água para construir oseu esqueleto. A água do mar natural temuma concentração de cálcio entre 400 e 450 mg/l.

A água salgada preparada com SERA salmarinho tem cálcio na concentração correc-ta, mas com o tempo o teor de cálcio começaa baixar, devido ao consumo deste mineralpelos seres vivos existentes no aquário.

O teor de cálcio na águapode ser determinadode uma forma rápida esegura através do usodo SERA teste de cálcio.Se os valores foreminferiores a 400 mg/lpoderá fazer a sua cor-recção através da adi-ção de SERA calciumplus.

Ao contrário da água de cal,SERA calcium plus não afectao valor de pH nem a concen-tração de oligo-elementosna água.

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Estrôncio e oligo-elementos

A concentração de magnésiona água do mar é de cerca de1.300 mg/l. A reposição do mag-nésio consumido, até aos ní-veis pretendidos, consegue-secom o SERA magnesium plus,muito fácil de utilizar.

Utilize o SERA teste demagnésio para contro-lar os níveis correctosde magnésio.

A água salgada obtida com o SERA sal mari-nho contém todos os oligo-elementosimportantes. Apesar de alguns deles apre-sentarem baixas concentrações (p.ex. man-ganês 0,2 µg/l, ouro 0,004 µg/l), eles sãoessenciais para os peixes e os invertebrados.Com o passar do tempo eles são consumi-dos. Os espumadores de proteínas tambémos retiram da água.

Os corais duros e outros invertebradosnecessitam de estrôncio, para além do cál-cio, para conseguirem construir o seu esque-leto calcário. O estrôncio não é consideradoum oligo-elemento pois a suaconcentração na água (8 mg/l)é relativamente elevada.

A adição regular de SERAmarinvit plus assegura que oestrôncio esteja na concentra-ção adequada, indispensávelpara o bem-estar de coraisduros e outros invertebrados.SERA marinvit plus tem tam-bém todos os oligo-elementosnas quantidades e proporçõescorrectas, factor essencial paraa manutenção e reprodução dealgas ornamentais e invertebrados.

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O que fazer se houver um animal doente?

InvertebradosCom a manutenção adequada é raro osinvertebrados ficarem doentes. Mesmoassim, deve ter sempre em conta certosaspectos:

• Se a temperatura da água exceder os 30 ºC,a formação do esqueleto dos corais duros éperturbada. Para além disso, as algas simbió-ticas que vivem nos tecidos do coral (zoo-xantelas) morrem e consequentemente ocoral morre.

• Os crustáceos mudam de casca regular-mente. A água deve ter 400 – 450 mg/l decálcio para que possam construir uma novacarapaça. A dureza de carbonatos deveestar entre 8 – 10ºdkH.

• Se um invertebrado ficar adoentado, ape-sar da melhor manutenção possível, deveser examinado procurando verificar a exis-tência de parasitas externos. Esses parasi-tas podem ser muito pequenos e possivel-mente só saem à noite.

Planárias são vermes chatos, brancos ou ver-melhos, com cerca de 5 mm de tamanho.Podem afectar anémonas, corais, etc., com omuco que excretam. Estes vermes podemser aspirados com um tubo flexível. Porvezes é útil colocar uma potente lanterna

por cima do aquário à noite. Muitas planáriasjuntam-se sob a luz sendo então fáceis deremover. Inspeccione bem os invertebradosantes de os comprar! Pontos ovais peque-nos, vermelho-acastanhados, são geralmen-te planárias.

Vermes-de-fogo (poliquetas) são na realida-de necrófagos, mas mesmo assim eventual-mente mordiscarão em actinodiscos e coraisduros. Ao comer cortam bocados de tecido.É possível atraí-los com pedaços de peixe eentão é fácil apanhá-los e removê-los. Umavez que os poliquetas são especialmenteactivos durante a noite, este procedimentodeve ser levado a cabo às escuras. Tenha cui-dado: não toque nos vermes-de-fogo. Assuas cerdas afiadas vão-se cravar na sua pele,provocando-lhe uma forte inflamação!Os poliquetas mais pequenos escondem-sena areia durante o dia e podem ser removi-dos se aspirarmos uma grande quantidadeda areia (entre 30 a 50 %) e a lavarmos comágua doce. Geralmente isto é suficiente pararemover os poliquetas de vez em quando.

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Muitos caracóis mordiscam as anémonas, oscorais, etc. Num aquário de recife todos oscaracóis devem ser retirados com a ajuda deuma pinça para plantas. Algumas espéciesalimentam-se exclusivamente de invertebra-dos macios.

Algumas espécies de camarões rapaces,como por exemplo os camarões marmorea-dos (espécies diferentes de camarões dogénero Saron) podem literalmente retalharanémonas. Estes animais, activos durante anoite, podem ser aspirados com um tubo fle-xível ou removidos com uma pinça.

Doenças parasitárias provocadas por micror-ganismos (bactérias, parasitas unicelulares,etc.) na maior parte dos casos só ocorremdepois da ocorrência de danos provocadospor substâncias químicas (p.ex. ozono, peróxi-do de hidrogénio, fosfatos) e são praticamen-te inexistentes em aquários bem cuidados.Tratar os parasitas atrás mencionados comtratamentos não dá muitas vezes bons resul-tados, pois o tratamento não consegue dis-tinguir entre invertebrados ou seres unicelu-lares “bons” e “maus”.

PeixesAs doenças que afectam ospeixes podem ser eficazmentetratadas com a linha de trata-mentos SERA. O perigo do apa-recimento de uma doença émuito reduzido com umamanutenção adequada e porum fornecimento regular devitaminas, com SERA fishtamine SERA activant. Recomenda-mos a adição de SERA fishta-min ao alimento, antes de odar aos seus peixes; espere umminuto para que as gotas pos-sam ser absorvidas.Se mesmo assim as doençasaparecerem, os tratamentosSERA poderão ajudá-lo de umaforma segura e eficaz.

As doenças mais correntes dospeixes marinhos, bem como a

forma de as tratar, estão des-critas abaixo.

A infecção com Oodinium ocel-latum (a doença do veludo)trata-se de forma eficaz com oSERA oodinopur. Leia as instru-ções atentamente. SERA oodi-nopur contém cobre e, porisso, não deve ser usado emaquários com invertebrados.

O que fazer se houver um animal doente?

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O ciliado Cryptocarion irritansparece-se muito com o Ich-thyophthirius, (ponto branco),parasita de água doce e daí oseu nome de “Íctio de água sal-gada”. Os sintomas são pontosbrancos que podem ir até 1 mm de diâmetro e movimen-tos bruscos dos peixes que setentam coçar. O Cryptocariontrata-se de forma eficaz com oSERA costapur de acordo com

as instruções. O SERA costapur é nocivo paraalguns invertebrados (corais duros, caracóis,camarões) e por razões de segurança deveráser utilizado apenas em aquários de quaren-tena.

As doenças bacterianas origi-nam vários sintomas. Entre osmais importantes estão omuco cutâneo e o apodreci-mento das barbatanas. As doen-ças bacterianas são combati-das eficazmente com o SERAbaktopur e o SERA baktopurdirect. Utilizar respeitando asinstruções.

Como muitos invertebradosnão toleram estes produ-tos, o tratamento deve serefectuado num aquário dequarentena.

Os peixes enfraquecem con-sideravelmente com asdoenças. Após um trata-mento, é fundamental arealização de uma cura vita-mínica com SERA fishtamine/ou SERA activant, porforma a fortalecer os peixes.Recomendamos a adição deSERA fishtamin ao alimento,antes de o dar aos seus pei-xes; espere um minuto paraque as gotas possam serabsorvidas.

O uso de tratamentos podetambém afectar as bactériasfiltrantes. Assim, após cada tratamento adi-cione SERA ammovec à água do aquário, res-peitando as indicaçõesque acompanham oproduto.

Depois da cura, oSERA super carboneliminará quaisquerresíduos de trata-mentos na água.

Os labros e os cama-rões limpadores aju-dam os peixes no seucombate permanentecontra os parasitas. Da mesma forma, al-gumas espécies de invertebrados filtradores(p.ex. gorgónias) têm efeitos positivos naprevenção de doenças dos peixes.

Entre as mais importantes medidas preventi-vas do aparecimento de doenças podemossalientar a manutenção de uma qualidade deágua boa e estável, assim como uma boanutrição, uma alimentação variada e um ade-quado reforço vitamínico.

O que fazer se houver um animal doente?

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Tudo aquilo que sempre quis saber sobre a água salgada

O que é a “kalkwasser”?Uma solução saturada de hidróxido de cálcioé aquilo a que chamamos “kalkwasser”, emportuguês, água de cal. Esta concentradasolução alcalina sobe o teor de cálcio da águamas não a dureza de carbonatos. O uso deágua de cal é a forma mais simples de repôros níveis de cálcio. É no entanto um métodoperigoso pelo risco de subidas exageradasdo valor do pH. O SERA calcium plus não afec-ta o pH sendo por isso de utilização maissegura. A água de cal torna-se desnecessária.

Para que serve um espuma-dor de proteínas?Um espumador diminui a poluição de umaquário. As proteínas fixam-se às bolhas dear produzidas pelo espumador e formamuma espuma consistente. Esta espuma éempurrada para cima, dentro do espumador,permitindo a remoção destas substâncias daágua do aquário.

O que faz um reactor de cálcio?Muitos corais, bivalves e algas coralinas ver-melhas, precisam de cálcio dissolvido para oseu crescimento. Usando ácido carbónico, osmateriais calcários são dissolvidos criandocomponentes com cálcio solúvel dentro doreactor de cálcio. Como este processo só seconcretiza com valores de pH de 6,5 a 7,0,uma parte do ácido carbónico é utilizadapara baixar o pH. O restante é usado para dis-solver o calcário. O controle do pH para estassituações é conseguido com o seramic siste-ma de controle CO2.

O que é a “rocha viva”?A rocha viva são pedaços de rochas dos reci-fes que são importados, portadores de orga-nismos fitogénicos, vegetais e animais.Devem ser transportados húmidos e aqueci-dos. Nas lojas da especialidade são mantidoscomo corais. Eles trarão imensos e úteisorganismos para o seu aquário, que criarãono mesmo condições naturais.


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