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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

Belém - Pará 2007

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Governo do Estado do Pará

Secretaria de Estado de Administração Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado

Hangar Centro de Convenções – Belém - Pará

“A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO É RESPONSABILIDADE DE TODOS”.

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Ana Júlia Carepa GOVERNADORA DO ESTADO

Odair Santos Corrêa

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO

Orlando Bordallo Júnior SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

Silvio Ronaldo Machado Ferreira de Souza

SECRETARIO-ADJUNTO

João Moraes Junior DIRETOR DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO DO ESTADO

Marinéia Pinheiro Ribeiro

COORDENADORA DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO

EQUIPE DE ELABORAÇÃO Paulo Jorge da Paz Pereira João da Mata Pereira Muniz

Luiz Horácio Bentes de Oliveira Odir da Silva Moreira

SUPORTE TÉCNICO – DDG/SEAD

Claudemir Mário Couto Lima Alberto Monteiro de Souza Neto

NORMALIZAÇÃO

Salomão dos Santos Melo

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Pará. Secretaria de Estado de Administração. Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado.

Manual de procedimentos patrimônio imobiliário do Estado do Pará. – Belém: SEAD, 2007.

116 p.

1. Administração do Patrimônio do Estado. I . Título.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 7 1 LEGISLAÇÃO FEDERAL....................................................................................... ... 8 1.1 CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL................................9

1.2 LEI N° 8.666/93, DE 21 DE JUNHO DE 1993.................................................. ....... 10

1.3 LEI N° 6.015/73, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973............................................ ..... 13

2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL........................................................................................ 32

2.1 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ......................................................... ..... 33

2.2 LEI N° 5.629/90, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1990.......................................... ....... 35

2.3 LEI N° 6.094/97, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1997........................................... ..... 41

2.4 LEI N° 6.614/04, DE 05 DE JANEIRO DE 2004...................................................... 42

2.5 DECRETO N° 0018/03, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2003................................ ..... 43

2.6 DECRETO N° 2.708/06, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006..................................... 44

3 ROTINAS E FLUXOS................................................................................................. 49

3.1 IMÓVEL EM DISPONIBILIDADE............................................................................. 50

3.2 ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA........................................................... ..... 52

3.3 ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR DOAÇÃO........................................................ ..... 56

3.4 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS.................................................................................. .... 59

3.5 AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS.................................................................................... ... 61

3.6 AÇÃO DE USUCAPIÃO........................................................................................... 65

3.7 SEGURO DE IMÓVEIS...................................................................................... ..... 67

3.8 CESSÃO DE USO DE IMÓVEL........................................................................... ... 71

3.9 RENOVAÇÃO DA CESSÃO DE IMÓVEL................................................................75

3.10 PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL.................................................................... .. 77

3.11 RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL.................................... .... 80

3.12 LOCAÇÃO DE IMÓVEL......................................................................................... 82

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3.13 RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO.................................................... 85

3.14 ENTREGA DO IMÓVEL – LOCAÇÃO.............................................................. ..... 87

3.15 CONSTRUÇÃO................................................................................................. .... 89

3.16 AFETAÇÃO DE IMÓVEL................................................................................ ....... .91

4 MODELOS DE TERMOS E CONTRATOS........................................................ ........ .93

4.1 MODELO DE CONTRATO DE CESSÃO DE USO................................................. .94

4.2 MODELO DO TERMO DE ENTREGA.................................................................... .96

4.3 EXTRATO DE TERMO DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL.......................... .97

4.4 TERMO DE AFETAÇÃO DE BENS IMÓVEIS ........................................................ .98

4.5 EXTRATO DE TERMO DE AFETAÇÃO DE BEM IMÓVEL.................................... .99

4.6 MODELO DO TERMO DE PERMISSÃO DE USO ................................................. 100

4.7 MODELO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL......................................... 102

4.6 MODELO DE TERMO ADITIVO AO CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL ..... 105

4.7 DECLARAÇÃO DE IMÓVEL A SER LOCADO ....................................................... 102

GLOSSÁRIO ................................................................................................................ 103

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APRESENTAÇÃO

Um dos fatores de grande relevância para a operação e produção de qualquer organização é o seu patrimônio. Entretanto, a realidade que se constata na grande maioria das organizações públicas e privadas brasileiras é a inexistência do controle físico adequado de seus bens, e como conseqüência, a falta de informações sobre eles.

Em decorrência disso, o GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, através da

SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO, elaborou e está implementando um conjunto de ações voltadas a suprir a lacuna existente nessa área, destacando-se aqui, as que se referem ao controle e a gestão efetiva do acervo patrimonial imobiliário do Estado.

Nesse sentido, a DIRETORIA DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO DO ESTADO –

DGP/SEAD produziu o presente Manual de Procedimentos, que visa disciplinar e padronizar as rotinas de trabalho, bem como estabelecer mecanismos de monitoramento e avaliação do acervo imobiliário, de forma que os órgãos da Administração Pública Estadual possam realizar a efetiva gestão e o controle desses ativos, permitindo a redução de custos com a manutenção do patrimônio e a maximização do uso dos imóveis estaduais.

Vale ressaltar que, para a produção deste documento, foi realizado o levantamento

e a racionalização de todos os processos de trabalho referentes à incorporação, utilização de imóveis próprios e locados, seguridade e baixa por alienação de próprios estaduais, facilitando aos gestores imobiliários, portanto, o acompanhamento dos processos que se relacionem com qualquer imóvel de interesse da Administração.

É importante observar, que as normas e procedimentos administrativos introduzidos por este Manual aplicam-se obrigatoriamente a todos os órgãos da administração direta e facultativamente aos órgãos e entidades da administração indireta estadual, devendo estes, entretanto, informar a DGP/SEAD sempre que ocorrer modificações de ordem cadastral em seus respectivos acervos.

Para melhor compreensão dos usuários, o presente Manual foi estruturado

conforme se especifica a seguir:

• LEGISLAÇÃO – Neste segmento encontram-se catalogadas a legislação federal e estadual específica.

• ROTINAS E FLUXOS – Aqui estão descritos os processos de trabalho e os

seus respectivos fluxogramas.

• MODELOS DE TERMOS E CONTRATOS – Nesta parte são apresentados os modelos dos documentos a serem utilizados para a formalização de ocorrências patrimoniais, tais como, a cessão de uso de imóveis estaduais a terceiros. Portanto, com a disponibilização do Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário aos órgãos e entidades estaduais, a SEAD espera contribuir de forma decisiva para a modernização da gestão patrimonial do Estado e consequentemente para a redução dos gastos com a manutenção, assim como, com a locação de imóveis, priorizando para tanto a melhor utilização dos próprios estaduais.

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Capítulo III

Dos Estados Federados

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Capítulo VII

Da Administração Pública Seção I

Disposições Gerais Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

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Presidência da República

LEI N° 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 * (Somente disposições específicas)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I Das Disposições Gerais

SEÇÃO I Dos Princípios

Art. 1º Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

SEÇÃO VI Das Alienações

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f e h; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007) c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007) g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação

11ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) §1º Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. § 2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) II - a pessoa física que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura e moradia sobre área rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 2º da Lei no 5.173, de 27 de outubro de 1966, superior à legalmente passível de legitimação de posse referida na alínea g do inciso I do caput deste artigo, atendidos os limites de área definidos por ato normativo do Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (Regulamento) § 2º-A. As hipóteses da alínea g do inciso I do caput e do inciso II do § 2º deste artigo ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente anterior a 1º de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) II - fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; e (Nova redação dada pela MP nº 422, de 2008) III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

12§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação. Parágrafo único. Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b desta lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: I - avaliação dos bens alienáveis; II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.

Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I Das Disposições Gerais

CAPÍTULO I Das Atribuições

Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei.

1° Esses registros são:

I - o registro civil de pessoas naturais;

II - o registro civil de pessoas jurídicas;

III - o registro de títulos e documentos;

IV - o registro de imóveis;

V - o registro de propriedade literária, científica e artística.

2º O registro mercantil continua a ser regido pelos dispositivos da legislação comercial.

Art. 2º Os registros indicados nos números I a IV do § 1° do artigo anterior ficam a cargo dos serventuários nomeados de acordo com a legislação em vigor e serão feitos:

TÍTULO V

Do Registro de Imóveis CAPÍTULO I

Das Atribuições

Art. 168. No Registro de imóveis serão feitas:

I - a inscrição:

14 a) dos instrumentos públicos de instituição de bem de família;

b) das hipotecas legais, judiciais e convencionais;

c) dos contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula de vigência no caso de alienação da coisa locada;

d) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em funcionamento, com ou sem os respectivos pertences;

e) das penhoras, arrestos e seqüestros de imóveis;

f) dos títulos das servidões em geral, para sua constituição;

g) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habilitação, quando não resultarem do direito de família;

h) das rendas constituídas ou vinculadas a imóveis, por disposição de última vontade;

i) da promessa de compra e venda de imóvel não loteado, sem cláusula de arrependimento, cujo preço deva pagar-se a prazo, de uma só vez ou em prestações (artigo 22 do Decreto-Lei n. 58, de 10 de dezembro de 1937, com a redação alterada pela Lei n. 649, de 11 de março de 1949);

j) da enfiteuse;

l) da anticrese;

m) dos instrumentos públicos das convenções antenupciais;

n) das cédulas de crédito rural (Decreto-Lei n. 167, de 14 de fevereiro de 1967);

o) das cédulas de crédito industrial (Decreto-Lei n. 413, de 9 de janeiro de 1969);

p) dos contratos de penhor rural (Lei n. 492, de 30 de agosto de 1937);

q) dos empréstimos por obrigações ao portador ou debêntures, inclusive as conversíveis em ações (Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965, artigo 44);

r) dos memoriais de incorporação e das instituições e convenções de condomínio a que alude a Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964;

s) dos memoriais de loteamento de terrenos urbanos e rurais, para a venda de lotes, a prazo, em prestações (Decreto-Lei n. 58/37, Lei n. 4.591/64 e Decreto-Lei n. 271, de 28 de fevereiro de 1967);

t) das citações de ações reais ou pessoais, reipersecutórias, relativas à imóveis;

u) das promessas de cessão (artigo 69, da Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964);

II - a transcrição:

a) das sentenças de desquite e de nulidade ou anulação de casamento, quando nas respectivas partilhas existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro;

b) dos julgados e atos jurídicos inter vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem;

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c) das sentenças que nos inventários e partilhas, adjudicarem bens de raiz em pagamento das dívidas da herança;

d) dos atos de entrega de legados de imóveis, formal de partilha e das sentenças de adjudicação em inventário quando não houver partilha;

e) da arrematação e da adjudicação em hasta pública;

f) do dote;

g) das sentenças declaratórias de usucapião, para servirem de títulos aquisitivos;

h) da compra e venda pura e condicional;

i) da permuta;

j) da dação em pagamento;

l) da transferência de quota a sociedade, quando for constituída por imóvel;

m) da doação entre vivos;

n) das sentenças que, em processos de desapropriação, fixarem o valor da indenização.

III - a averbação:

a) das convenções antenupciais, especialmente em relação aos imóveis existentes, ou posteriormente adquiridos, pela cláusula do regime legal;

b) por cancelamento da extinção dos direitos reais;

c) dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados, em conformidade com as disposições de Decreto-Lei n. 58, de 10 de dezembro de 1937;

d) da mudança de nome dos logradouros e da numeração dos prédios, da edificação, da reconstrução, da demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis;

e) da alteração do nome por casamento ou por desquite ou, ainda, de outras circunstâncias que, por qualquer modo, afetem o registro ou as pessoas nele interessadas;

f) dos contratos de promessa de compra e venda, cessão desta, ou de promessa de cessão, a que alude a Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964, bem como dos contratos de compra e venda relativos ao desmembramento das unidades autônomas respectivas;

g) da individuação das unidades autônomas condominiais de que trata a Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e o artigo 13 do Decreto n. 55.815, de 8 de março de 1965;

h) das cédulas hipotecárias a que alude o Decreto-Lei n. 70, de 21 de novembro de 1966;

i) da caução, da cessão parcial e da cessão fiduciária dos direitos aquisitivos relativos a imóveis (Decreto-Lei n. 70, de 21 de novembro de 1966);

j) das sentenças de separação de dote;

16 l) do julgamento sobre o restabelecimento da sociedade conjugal;

m) das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem como da instituição de fideicomisso;

n) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto os atos ou títulos registrados.

§1º No registro de imóveis serão feitas, em geral, a "transcrição", a "inscrição" e a "averbação" dos títulos ou atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintivos de direitos reais sobre imóveis, reconhecidos em lei inter vivos e causa mortis, quer para sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para sua disponibilidade.

§2° Para efeito de lançamento nos livros respectivos, "consideram-se englobadas, na designação genérica de registro", tanto a "inscrição" quanto a "transcrição".

Art 169. Todos os atos enumerados no artigo 168, são obrigatórios, e as "inscrições" e "transcrições" nele mencionadas efetuar-se-ão no cartório da situação do imóvel.

Parágrafo único. Em se tratando de imóveis situados em comarcas ou circunscrições territoriais limítrofes o registro deverá ser feito em todas elas; o desmembramento territorial posterior não exige, porém, repetição, no novo cartório do registro já feito.

Art. 170. Os atos relativos a vias férreas serão registrados no cartório correspondente à estação inicial da respectiva linha.

CAPÍTULO II Da Escrituração

Art. 171. Haverá, no registro de imóveis, os seguintes livros, todos com trezentas (300) folhas cada uma:

I - Livro n. 1 - Protocolo;

II - Livro n. 2 - Registro Geral;

III - Livro n. 3 - Auxiliar;

IV - Livro n. 4 - Registros Diversos;

V - Livro n. 5 - Indicador Real;

VI - Livro n. 6 - Indicador Pessoal;

VII - Livro n. 7 - Registro de Incorporações;

VIII - Livro n. 8 - Registro de Loteamentos.

Art. 172. O livro n. 1 - Protocolo - servirá para apontamento de todos os títulos apresentados diariamente para "matrícula, registro ou averbação". Esse livro determinará a quantidade e qualidade dos títulos, bem como a data de sua apresentação, o nome de apresentante e o número de ordem, que seguirá, indefinidamente, sem interrupção, nos livros da mesma espécie.

Parágrafo único. A cada título apresentado corresponderá um só número de ordem, seja qual for a quantidade de atos que formalizar, os quais serão resumidamente mencionados na coluna das anotações.

17 Art. 173. O livro n. 2 - Registro Geral - será destinado à matrícula dos "imóveis e ao registro ou averbação" dos atos relacionados no artigo 168 e não atribuídos especificamente a outros livros e sua escrituração obedecerá às seguintes normas:

a) cada imóvel terá "matrícula própria", que será aberta por ocasião do primeiro registro a ser feito na vigência da presente Lei;

b) no alto da face de cada folha será lançada a "matrícula" do imóvel, com os requisitos constantes do artigo 227 e no espaço restante e no verso serão lançados, por ordem cronológica e em forma narrativa, os registros e averbações dos atos pertinentes ao imóvel matriculado;

c) preenchida um folha, será feito o transporte para a primeira folha em branco do mesmo livro ou do livro da mesma série que estiver em uso, onde continuarão os lançamentos, com remissões recíprocas;

d) as matrículas serão numeradas seguidamente, em numeração infinita, sem interrupção ao fim de cada livro;

e) os registros e averbações a serem lançados na folha da matrícula serão numerados seguidamente, antecipando-se a essa numeração, separadas por um traço, as letras R para os registros "AV" para as averbações seguidas do número da matrícula (ex. R-1-1, R-2-1, R-3-1 ou AV-1-1, AV-2-1, AV-3-1).

§ lº Os oficiais, mediante autorização do respectivo Juiz, poderão respeitada a precedência da prenotação, desdobrar o livro n. 2 em tantos outros quantos se tornarem necessários para atender ao movimento do cartório, até o limite dez (10), classificando-os de acordo com o algarismo final da matrícula.

§ 2º Observado o disposto no artigo 3°, § 2º, poderá o Registro Geral ser realizado pelo sistema de fichas.

Art. 174. Na escrituração do livro n. 3 - Auxiliar - haverá espaços formados por linhas verticais para neles se escreverem o número de ordem do registro, a referência ao número de ordem e às páginas dos demais livros, além da margem para as averbações.

1° No livro auxiliar do cartório do domicílio conjugal, serão registradas, por extrato, as convenções antenupciais, devendo mencionar os nomes dos cônjuges, data, cartório, livro e folhas onde foi lavrada a escritura e as cláusulas da convenção, sem prejuízo da averbação dos imóveis existentes que forem sendo adquiridos, sujeitos a regime diverso do comum.

2º Serão integralmente registrados no livro auxiliar os contratos-padrão a que se refere o artigo 61 da Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964.

Art. 175. No livro n. 4 - Registros Diversos - serão registrados:

a) a emissão de debêntures, sem prejuízo do registro eventual e definitivo no livro n. 2, da hipoteca, da anticrese e do penhor que abonarem, especialmente, tais emissões, firmando-se pela ordem do registro a prioridade entre as séries de obrigações emitidas pela mesma sociedade;

b) as cédulas de crédito rural de que trata o Decreto-Lei n. 167, de 14 de fevereiro de 1967;

c) as cédulas de crédito industrial de que trata o Decreto-Lei n. 413, de 9 de janeiro de 1969;

d) os atos que da competência do registro de imóveis por disposição legal, não se refiram diretamente a um determinado imóvel matriculado.

18 1º Para atender ao movimento do cartório, os oficiais poderão desdobrar o livro n. 4, mediante autorização judicial, em livros para o registro do penhor rural, das cédulas de crédito rural, das cédulas de crédito industrial, da emissão de debêntures e dos demais atos a ele atribuídos.

2º As hipotecas cedulares a que se referem os Decretos-Leis ns. 167/69, e 413/69, serão registradas na matrícula do imóvel respectivo.

Art. 176. O livro n. 5 - Indicador Real - será o repositório de todos imóveis que figurarem nos livros do registro.

1º As folhas desse livro repartir-se-ão entre as zonas cadastrais que se compreendam no território da circunscrição imobiliária subordinada ao respectivo ofício, de acordo com o zoneamento cadastral estabelecido pela repartição competente.

2º Cada indicação terá por espaço, pelo menos, um quinto da página do livro e cada espaço quatro colunas formadas por linhas perpendiculares, correspondentes aos requisitos seguintes:

1º) número de ordem;

2º) identificação do imóvel;

3º) referência aos números de ordem de outros livros;

4º) anotações.

3° Para auxiliar a consulta, os oficiais que não se utilizarem do Indicador Real pelo sistema de fichas, farão um índice pelos logradouros e numeração predial quando se tratar de imóveis urbanos e pelos nomes e situações, quando rurais.

4º As repartições municipais são obrigadas a comunicar ao oficial do registro nos dez (10) dias seguintes à sua efetivação, todas as alterações ocorridas no sistema urbano, inclusive as concernentes a nomes de logradouros.

Art. 177. O livro n. 6 - Indicador Pessoal - será distribuído alfabeticamente e nele se escreverão, por extenso, os nomes de todas as pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos livros de registro.

1º As indicações no Indicador Pessoal serão distribuídas em quatro colunas perpendiculares, satisfazendo aos seguintes requisitos:

1º) número de ordem;

2º) pessoas;

3º) referência aos números de ordem de outros livros;

4º) anotações.

2° O Indicador Pessoal poderá obedecer a sistema de fichas, a critério e sob exclusiva responsabilidade do oficial.

Art. 178. Se a mesma pessoa ou o mesmo imóvel já estiverem no Indicador Pessoal ou no Real, somente se fará referência na respectiva coluna ou ficha, ao número de ordem do livro em que se lavrar o novo registro.

19 Art. 179. Se, no mesmo ato, figurar mais de uma pessoa, ativa ou passivamente, o nome de cada uma será lançado, distintamente, no Indicador Pessoal.

Art. 180. Adotados os livros Indicador Real e o Pessoal, sob a forma encadernada, as indicações neles lançadas terão seu número de ordem especial, correspondendo o número de ordem dos imóveis à zona cadastral onde estão situados e o número de ordem das pessoas à respectiva letra do alfabeto.

Art. 181. Esgotadas as folhas destinadas a uma zona cadastral no Indicador Real, se adotado o livro encadernado, a escrituração continuará no livro seguinte, averbando-se o transporte no livro antecedente, ou mesmo, em folhas aproveitáveis, feitas as referências recíprocas. Da mesma forma proceder-se-á com relação ao Indicador Pessoal.

Art. 182. No caso do artigo anterior, caberá, na distribuição das folhas do livro seguinte maior número delas à zona cadastral ou à letra do alfabeto cujas folhas estiverem esgotadas antes de distribuídas às outras zonas ou letras.

Art. 183. O livro n. 7 - Registro de Incorporação - destina-se ao registro dos memoriais de incorporação dos atos institutivos e das convenções de condomínio, previstos na Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e será escriturado de acordo com o modelo previsto no anexo desta Lei.

1º As averbações relativas aos registros feitos no livro n. 7 serão lançadas em seguida ao registro, por ordem cronológica e em forma narrativa, numeradas seguidamente, antecipando-se a essa numeração, separado por traço, o número do registro (ex. 1-1, 1-2, 1-3).

2º Esgotado numa folha o espaço para as averbações, prosseguirão as mesmas na primeira folha em branco do mesmo livro ou do livro da mesma série que estiver em uso, feitas as referências recíprocas.

Art. 184. O livro n. 8 - Registro de Loteamentos - na forma da lei respectiva, destinado ao registro da propriedade loteada, para venda de lotes a prazo, em prestações sucessivas e periódicas, obedecerá ao modelo previsto no anexo desta Lei e será escriturado nos mesmos moldes do livro n. 7.

CAPÍTULO III Do Processo do Registro

Art. 185. Todos os títulos tomarão, no protocolo, a data da sua apresentação e o número de ordem que, em razão dela, lhes competir, sendo neles lançados o nome do apresentante e a identidade do título, reproduzindo-se, neste, a data e o número de ordem.

Parágrafo único. A prenotação será feita respeitando-se a ordem rigorosa da apresentação do título e obedecerá a numeração infinita.

Art. 186. A escrituração do protocolo incumbirá tanto ao oficial titular como ao auxiliar expressamente designado por aquele e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não esteja afastado ou impedido.

Art. 187. O número de ordem determinará a prioridade do título e, esta, a preferência dos direitos reais, ainda que apresentados pela mesma pessoa mais de um título simultaneamente.

Art. 188. Havendo permuta, e pertencendo os imóveis permutados à circunscrição do mesmo, serão feitos os registros nas matrículas respectivas, com indicações recíprocas e números de ordem seguidos no protocolo.

Art. 189. Tomada a data da apresentação e o número de ordem do protocolo, proceder-se-á ao registro, salvo nos casos previstos nos artigos seguintes.

20 Art. 190. Apresentado título de segunda hipoteca, com referência expressa à existência de outra anterior, o oficial, depois de prenotá-lo, aguardará durante trinta (30) dias, que os interessados na primeira promovam a inscrição. Esgotado esse prazo, que correrá da data da apresentação, sem que seja apresentado o título anterior, o segundo será inscrito e obterá preferência sobre aquele.

Art. 191. Não serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se constituam direitos reais contraditórios sobre o mesmo imóvel.

Art. 192. Prevalecerão, para efeito de prioridade de registro, quando apresentados no mesmo dia, os títulos prenotados no protocolo sob número de ordem mais baixo, protelando-se o registro dos apresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo menos, um expediente diário.

Parágrafo único. Excetuam-se da norma deste artigo as escrituras públicas lavradas na mesma data que, apresentadas no mesmo dia, determinem taxativamente a hora da sua lavratura, prevalecendo, para efeito de prioridade, a que foi lavrada em primeiro lugar.

Art. 193. O registro será feito pela simples exibição do título, sem dependência de extratos.

Art. 194. Se o título for de natureza particular, deverá ser apresentado, ao menos, em duplicata, ficando um dos exemplares arquivado no cartório, sendo o outro ou os demais devolvidos ao interessado, após o registro.

Parágrafo único. Em caso de permuta serão, pelo menos, três os exemplares, sendo feitos os registros relativos a todos os imóveis permutados, ainda que só um dos interessados promova o registro.

Art. 195. Se existir uma só via do título e este for de natureza particular, a parte apresentará, também, certidão do Registro de Títulos e Documentos ou fotocópia devidamente autenticada, que ficará arquivada em cartório.

Art. 196. Todo o registro será feito por extrato, salvo se a parte pedir que se faça por extenso, no livro auxiliar, sem prejuízo daquele e com anotações recíprocas.

Art. 197. Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial exigirá a prévia matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza, para manter a continuidade do registro.

1º A matrícula será feita à vista dos elementos constantes do título apresentado e do registro anterior que constar do próprio cartório.

2° Quando o título anterior estiver registrado em outro cartório, o novo título será apresentado juntamente com certidão atualizada comprobatória do registro anterior e da inexistência de ônus.

Art. 198. Tomada a nota da apresentação, e conferido o número de ordem, o oficial verificará a legalidade e a validade do título, procedendo ao registro, se o mesmo estiver em conformidade com a lei, no prazo máximo de dez (10) dias úteis, salvo no caso previsto no parágrafo único do artigo 7º do Decreto-Lei n. 549, de 24 de abril de 1969, em que o prazo será de três (3) dias úteis.

1º O oficial fará essa verificação no prazo improrrogável de cinco (5) dias úteis, e poderá exigir que o apresentante ponha o documento em conformidade com a lei, concedendo-lhe, para isso, prazo razoável.

2º O oficial indicará por escrito a exigência cuja satisfação seja necessária ao registro. Não se conformando o apresentante com a exigência do oficial ou não podendo satisfazê-la, será o título a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao juízo competente para dirimi-la.

21 3º Em se tratando de propriedade territorial, desapropriada nos termos do Decreto-Lei n. 549, de 24 de abril de 1969, a verificação a que alude o § 1º será feita em quarenta e oito (48) horas.

4º Em se tratando de inscrição de incorporação e de loteamento, a verificação dos memoriais e documentos necessários ao registro será feita em quinze (15) dias úteis.

Art. 199. Prenotado o título, e lançada nele a dúvida, rubricará o oficial todas as suas folhas, remetendo-o ao juízo competente.

Art. 200. No protocolo anotará o oficial, à margem da prenotação, a ocorrência da dúvida.

Art. 201. Estando devidamente fundamentada a dúvida, o Juiz mandará ouvir o apresentante em dez (10) dias, para impugná-la, com os documentos que entender, ouvindo-se após, o Ministério Público, no prazo de cinco (5) dias.

1º Se o interessado, nesse prazo, não impugnar a dúvida, o Juiz mandará arquivá-la. Essa decisão é irrecorrível e dela dar-se-á ciência ao oficial, que cancelará a prenotação, devolvendo os documentos ao interessado.

2º O arquivamento da dúvida não impedirá que ela seja suscitada novamente, no caso de reapresentação do título para registro.

Art. 202. Impugnada a dúvida, o Juiz proferirá a sentença no prazo de cinco (5) dias, com os elementos constantes dos autos.

Parágrafo único. Da sentença poderão interpor recurso de apelação, com ambos os efeitos o interessado, o Ministério Público e o terceiro prejudicado.

Art. 203. O documento que for objeto de dúvida, decidida esta, será restituído ao interessado, independentemente de traslado.

Art. 204. Julgada improcedente a dúvida, o interessado apresentará de novo os seus documentos, com o respectivo mandado, e o oficial, procederá, desde logo, ao registro, declarando, na coluna de anotações do protocolo, que a dúvida foi julgada improcedente, arquivando-se o mandado ou a cópia da sentença. Se julgada procedente, expedir-se-á mandado ao oficial que cancelará a prenotação.

Art. 205. A denegação do registro não impedirá o uso do processo contencioso competente.

Art. 206. Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação, se, decorridos trinta (30) dias do seu lançamento no protocolo, o título não tiver sido registrado, salvo nos casos de processo de dúvida ou de inscrição de instituição de bem de família e de inscrição de memorial de loteamento; casos estes em que o perecimento da prenotação ocorrerá após 30 (trinta) dias da data da publicação do último edital.

Art 207. Se o documento, uma vez prenotado, não puder ser registrado, ou o apresentante desistir do seu registro, a importância relativa às despesas previstas no artigo 15 será restituída, deduzida a quantia correspondente as buscas e à prenotação.

Art. 208. No processo de dúvida, somente serão devidas custas, a serem pagas pelo interessado, quando a dúvida for julgada procedente.

Art. 209. O registro começado dentro das horas fixadas não será interrompido, salvo motivo de força maior declarado, prorrogando-se o expediente até ser concluído.

22 Art. 210. Durante a prorrogação, nenhuma nova apresentação será admitida, lavrando-se termo de encerramento no protocolo.

Art. 211. Todos os atos serão assinados pelo oficial, seu substituto legal ou escrevente, expressamente designado pelo oficial e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não esteja afastado ou impedido.

Art. 212. Na via do título restituída ao apresentante, com todas as folhas rubricadas, serão declarados, de forma resumida, os atos praticados em decorrência de sua apresentação, nela se consignando, obrigatoriamente, os lançamentos feitos nos Indicadores Real e Pessoal.

Art. 213. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o prejudicado reclamar sua retificação, por meio de processo próprio.

Art 214. A requerimento do interessado, poderá ser retificado o erro constante do registro, desde que tal retificação não acarrete prejuízo a terceiro.

1° A retificação será feita mediante despacho judicial, salvo no caso de erro evidente, o qual o oficial, desde logo, corrigirá, com a devida cautela.

2º Se da retificação resultar alteração da descrição das divisas ou da área do imóvel, serão citados, para se manifestarem sobre o requerimento, em dez (10) dias, todos os confrontantes e o alienante ou seus sucessores.

3º O Ministério Público será ouvido no pedido de retificação.

4º Se o pedido de retificação for impugnado fundamentadamente, o Juiz remeterá o interessado para as vias ordinárias.

5º Da sentença do Juiz, deferindo ou não o requerimento, cabe o recurso de apelação com ambos os efeitos.

Art. 215. As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no, independentemente de ação direta.

Art. 216. São nulos os registros feitos após sentença de abertura de falência, ou do termo legal nele fixado, salvo se a apresentação tiver sido feita anteriormente.

Art. 217. O registro poderá também ser retificado ou anulado por sentença em processo contencioso, ou por efeito do julgado em ação de anulação ou de declaração de nulidade de ato jurídico, ou de julgado sobre fraude à execução.

CAPÍTULO IV Das Pessoas

Art. 218. O registro pode ser promovido por qualquer interessado.

Parágrafo único. Nos atos a título gratuito o registro pode também ser promovido pelo transferente, acompanhado da prova de aceitação do beneficiado.

Art. 219. O registro do penhor rural independe do consentimento do credor hipotecário.

Art. 220. As despesas com o registro incumbem ao interessado que o requerer, salvo convenção em contrário.

Art. 221. São considerados, para fins de escrituração, credores e devedores, respectivamente:

23 I - nas servidões, o dono do prédio dominante e o dono do prédio serviente;

II - no uso, o usuário e o proprietário;

III - na habitação, o habitante e o proprietário;

IV - na anticrese, o mutuante e o mutuário;

V - no usufruto, o usufrutário e o nu-proprietário;

VI - na enfiteuse, o senhorio e o enfiteuta;

VII - na constituição de renda, o beneficiário e o rendeiro censuário;

VIII - na locação, o locatário e o locador;

IX - nas promessas de compra e venda, o promitente-comprador e o promitente-vendedor:

X - nas penhoras e ações, o autor e o réu;

XI - nas promessas de cessão de direitos, o promitente-cessionário e o promitente-cedente.

CAPÍTULO V Dos Títulos

Art 222. São admitidos a registro unicamente:

a) escrituras públicas, inclusive as lavradas em consulados brasileiros;

b) escritos particulares autorizado em lei, assinados pelas partes e testemunhas, com as firmas reconhecidas, dispensado o reconhecimento quando se tratar de atos praticados por entidades vinculadas ao Sistema Financeiro de Habitação;

c) atos autênticos de países estrangeiros, com força de instrumento público, legalizados e traduzidos competentemente no idioma nacional e registrados no cartório de registro de títulos e documentos;

d) cartas de sentença, mandados, formais de partilha e certidões extraídos de autos de processo.

Art. 223. Em todas as escrituras e atos relativos a imóveis, bem como nas declarações de bens prestadas nos inventários e nos autos de partilha, o tabelião ou escrivão deve fazer referência à matrícula ou ao registro anterior, seu número e cartório.

§ 1º Ficam sujeitas à mesma obrigação as partes que, por instrumento particular, celebrarem os atos relativos a imóveis.

§ 2º Nas escrituras lavradas em decorrência de autorização judicial serão mencionados, por certidão em breve relatório, com todas as minúcias que permitam identificá-los, os respectivos alvarás.

24CAPÍTULO VI

Da Matrícula

Art. 224. Todo imóvel objeto de título apresentado em cartório para registro, deve estar matriculado no livro n. 2 de Registro Geral, obedecidas as normas estabelecidas no artigo 173.

Art. 225. A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser lançado na vigência da presente Lei, mediante os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior no mesmo mencionado, preenchidos os requisitos do artigo 227.

§ 1º Se o registro anterior foi efetuado em outro cartório, a matrícula será aberta com os elementos que constarem do título apresentado e de certidão atualizada do mencionado registro e da inexistência de ônus, caso em que a certidão ficará arquivada em cartório.

§ 2° Na matrícula aberta será lançado, na mesma ocasião, o primeiro registro, com os elementos que constarem do título apresentado.

3º Pela matrícula só se cobrarão custas nos casos previstos nos artigos 226 e 231.

Art. 226. Se o imóvel não estiver matriculado no Registro de Imóveis e lançado em nome do outorgante, far-se-á a matrícula pelo primeiro título que, na seqüência cronológica dos títulos de domínio, estiver registrado, qualquer que seja a sua natureza. Na matrícula assim formalizada, serão lançados a registro todos os títulos posteriores, até o registro do título apresentado.

Parágrafo único. Se o imóvel estiver matriculado, mas da matrícula não constar lançamento em nome do outorgante, far-se-á na matrícula o registro pelo primeiro título que, na seqüência cronológica dos títulos de domínio, estiver registrado e registro de todos os títulos posteriores, até o lançamento do título apresentado.

Art. 227. São requisitos da matrícula:

1º) o número de ordem;

2°) a data;

3º) a identificação do imóvel, feita mediante indicação de suas características e confrontações, localização e denominação, se rural ou logradouro e número, se urbano;

4º) nome, domicílio, nacionalidade, profissão e estado civil do proprietário, bem como o seu número do Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de Identidade ou, à falta deles, a sua filiação;

5º) número do registro anterior.

Art. 228. Para efeito do disposto no artigo anterior, os tabeliães, escrivães e Juízes farão com que, nas escrituras e, nos autos judiciais, as partes indiquem, com precisão, as confrontações e a localização dos imóveis, mencionando os nomes dos confrontantes e, ainda, quando se tratar só de terreno, se este fica do lado par ou do lado ímpar do logradouro, em que quadra e a que distância métrica da edificação ou de esquina mais próxima, exigindo dos interessados, certidão do registro imobiliário.

1º As mesmas minúcias com relação à caracterização do imóvel devem constar dos instrumentos particulares apresentados em cartório para registro.

2º Consideram-se irregulares para efeito de matrícula, os títulos nos quais a caracterização do imóvel não coincida com a que consta do registro anterior.

25 Art. 229. Tratando-se de usucapião, os requisitos da matrícula devem constar do mandado judicial.

Art. 230. Além dos casos de cancelamento previstos nesta Lei, será a matrícula encerrada na hipótese prevista no artigo seguinte ou quando, em virtude da alienações parciais, for o imóvel transferido inteiramente a outros proprietários.

Art. 231. Quando dois ou mais imóveis contíguos, pertencentes ao mesmo proprietário, constarem em matrículas autônomas, o proprietário pode requerer a fusão delas em uma só, de novo número, encerrando-se as primitivas.

Art. 232. No registro de transferência parcial do imóvel, em virtude de desmembramento ou de loteamento, haverá nova matrícula para a parte desmembrada, permanecendo o remanescente na matrícula original, onde também se averbará a ocorrência.

Art. 233. No caso do imóvel matriculado passar à subordinação de outro cartório, as anotações e averbações continuarão a ser feitas na matrícula já existente, até que outra se abra no cartório da nova circunscrição, quando do primeiro registro, nos termos do artigo 226.

lº Para a abertura da nova matrícula será apresentada certidão atualizada da matrícula anterior e dos registros e averbações dela constantes, a fim de serem reproduzidos no novo lançamento.

2º Feita a nova matrícula, o oficial dará ciência imediata do fato ao cartório da matrícula anterior, o qual fará o devido encerramento.

CAPÍTULO VII Do Registro

Art. 234. Os registros atribuídos ao livro n. 2 de Registro Geral serão lançados nas matrículas dos imóveis, feitas de acordo com o disposto no Capítulo VI.

Art. 235. Estarão sujeitos a registro no livro n. 2 todos os títulos ou atos relacionados no artigo 168, inciso I e não atribuídos especificamente a outros livros.

Parágrafo único. Em qualquer caso, não poderá ser feito o registro, sem que o imóvel tenha sido matriculado, ou, quando matriculado, o título anterior, seja qual for a sua natureza, não esteja registrado na respectiva matrícula, mantendo-se, assim, a continuidade do registro.

Art. 236. O registro do título de domínio direto aproveita ao titular do domínio útil, e vice-versa, e será feito no livro n. 2.

Art. 237. São requisitos do registro no livro n. 2:

1º) o nome, estado civil profissão, nacionalidade e domicílio do transmitente ou do devedor, bem como seu número do Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de identidade ou, à falta deles, a sua filiação;

2º) o nome, estado civil, profissão, nacionalidade e domicílio do adquirinte ou do credor, bem como seu número de Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de identidade ou, à falta deles, a sua filiação;

3º) o título da transmissão ou do ônus;

4º) a forma do título, sua procedência e caracterização;

5º) o valor do contrato, da coisa ou da dívida, prazo desta, condições e mais especificações, inclusive os juros que houver.

26 Parágrafo único. Serão considerados irregulares para efeito de registro, na matrícula do imóvel no livro n. 2, os títulos nos quais a caracterização do imóvel não coincida com a descrita na respectiva matrícula.

Art 238. A inscrição da anticrese no livro n. 2 declarará, também, o prazo, a época do pagamento e a forma de administração.

Art. 239. O contrato de locação, com cláusula expressa de vigência, no caso de alienação do imóvel, registrado no livro n. 2, consignará, além dos requisitos enumerados no artigo 237, o valor do contrato, a renda, o prazo, o tempo e o lugar do pagamento e a pena convencional.

Art. 240. As inscrições das hipotecas e anticreses que abonarem, especialmente, empréstimos sob debêntures feitos nos cartórios da situação dos imóveis, nos termos da legislação em vigor, serão provisórios, para ratificação dentro de seis (6) meses a requerimento da sociedade ou de qualquer credor e deverão conter, além dos requisitos enumerados no artigo 242, mais os seguintes:

1º) valor do crédito e do imóvel, ou sua estimativa por acordo entre as partes;

2º) juros, penas e demais condições necessárias.

Art. 241. A inscrição da hipoteca convencional valerá pelo prazo de trinta (30) anos, findo o qual só será mantido o número anterior se reconstituída por novo título e novo registro.

Parágrafo único. Quando o imóvel pertencer a terceiro que o tenha hipotecado em garantia de dívida alheia, serão, também, registrados o seu nome, estado civil, nacionalidade, profissão e domicílio.

Art. 242. A inscrição das emissões de debêntures, a ser feito no livro n. 4, sem prejuízo do disposto no artigo 240, será feito com os seguintes requisitos:

1º) número de ordem;

2º) data;

3º) nome, objeto e sede da sociedade;

4º) data da publicação de seu estatuto no órgão oficial, bem como das alterações que tiver sofrido;

5º) data da publicação oficial da ata da assembléia geral que resolveu a emissão e lhe fixou as condições, precisando-se os jornais em que essa publicação foi feita;

6º) importe dos empréstimos anteriormente emitidos pela sociedade;

7º) o número e valor nominal das obrigações cuja emissão se pretende, com o juro correspondente a cada uma, assim como a época e as condições da amortização, ou do resgate, e do pagamento dos juros;

8º) em se tratando de debêntures conversíveis em ações, serão consignados, além dos requisitos acima, os prazos para o exercício do direito à conversão e as bases dela, relativamente ao número de ações a serem emitidas por debêntures, ou entre o valor do principal destas e das ações em que forem convertidas (Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965, artigo 44).

Art. 243. As escrituras antenupciais serão registradas no livro n. 3 do cartório do domicílio conjugal, nos termos do artigo 174, § 1º, sem prejuízo de sua averbação obrigatória no lugar da situação dos imóveis de propriedade do casal, ou dos que forem sendo adquiridos e sujeitos a

27regime de bens diverso do comum, com a declaração das respectivas cláusulas, para ciência de terceiros.

Parágrafo único. Sempre que possível, será feita essa averbação nos casos de casamento, em que o regime de bens for determinado por lei, incumbindo ao Ministério Público zelar pela fiscalização e observância dessa providência.

Art. 244. As inscrições das penhoras, arrestos, e seqüestros de imóveis serão feitos à vista da certidão do escrivão, da qual constem, além dos requisitos a que se referem os artigos 227 e 240, os nomes e a categoria do Juiz, do depositário, das partes e a natureza do processo.

Parágrafo único. A certidão será lavrada pelo escrivão, com a declaração do fim especial a que se destina, após a entrega do mandado devidamente cumprido em cartório.

Art. 245. A inscrição da penhora faz prova quanto à fraude de qualquer transação posterior.

CAPÍTULO VIII Da Averbação e do Cancelamento

Art. 246. As averbações no livro n. 2 serão escrituradas de acordo com as normas estabelecidas no artigo 173. Nos demais casos as averbações serão lançadas na coluna a tal fim destinada.

Art. 247. As averbações abrangerão, além dos casos expressamente indicados no inciso III do artigo 168, as sub-rogações e outras ocorrências que por qualquer modo alterem a matrícula ou os registros, em relação aos imóveis e às pessoas que neles figurarem, inclusive a prorrogação do prazo da hipoteca.

Art. 248. A averbação da circunstância a que se refere o inciso III, alínea e do artigo 168, será feita a requerimento do interessado, com a firma reconhecida, instruído com documento comprobatório fornecido pela autoridade competente. A alteração do nome só poderá ser averbada quando devidamente comprovada por certidão do registro civil.

Art. 249. O cancelamento efetuar-se-á mediante averbação datada e assinada pelo oficial ou seus substitutos legais e declarará a razão do cancelamento e o título em virtude do qual foi ele feito.

Art. 250. O cancelamento poderá ser total ou parcial e referir-se a qualquer dos atos do registro, sendo promovido pelos interessados, mediante sentença definitiva ou documento hábil, ou, ainda, a requerimento unânime das partes que convierem no ato registrado, se capazes e conhecidas do oficial.

Art. 251. O cancelamento da servidão, quando o prédio dominante estiver hipotecado, só poderá ser feito com aquiescência do credor, expressamente manifestada.

Art. 252. O dono do prédio serviente terá, nos termos da lei, direito a cancelar a servidão.

Art. 253. O foreiro poderá, nos termos da lei, averbar a renúncia de seu direito, sem dependência do consentimento do senhorio direto.

Art. 254. O cancelamento da hipoteca só pode ser feito:

a) à vista de quitação outorgada pelo credor em instrumento público;

b) mediante autorização escrita do credor, com firma reconhecida;

28 c) em razão de processo administrativo, ou contencioso, em que o credor tenha sido intimado (Código de Processo Civil, artigo 698);

d) na conformidade do disposto no artigo 24 do Decreto-Lei n. 70, de 21 de novembro de 1966 (Cédulas Hipotecárias).

Parágrafo único. Excetuadas as hipóteses aqui previstas, a hipoteca continuará gravando o imóvel, ainda quando registrada em nome do adquirente.

Art. 255. O registro, enquanto não cancelado, produz todos os seus efeitos legais, ainda que, por outra maneira, se prove que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido.

Parágrafo único. Aos terceiros prejudicados é lícito, em juízo, fazer prova da extinção dos ônus reais e promover o cancelamento do seu registro.

Art 256. O cancelamento não pode ser feito em virtude de sentença ainda sujeita a recurso.

Art. 257. Se, cancelado o registro, subsistirem o título e os direitos dele decorrentes, poderá o credor promover novo registro, o qual só produzirá efeitos a partir da nova data.

Art. 258. Na matrícula da propriedade que for loteada será averbado o registro feito no livro n. 8, assim que efetuado, com a indicação do número de quadras e lotes e com a descrição da área remanescente.

Art. 259. A inscrição da incorporação no livro n. 7 ou o do loteamento no livro n. 8, só será cancelado:

a) em cumprimento de sentença;

b) a requerimento do incorporador ou do loteante, enquanto nenhuma unidade ou lote for objeto de transação devidamente averbada, ou mediante o consentimento de todos os compromissários ou cessionários, expresso em documento por eles assinado, ou por procuradores com poderes especiais;

c) por mandado judicial.

Art. 260. As averbações relativas à incorporação ou loteamento serão canceladas:

a) a requerimento das partes contratantes;

b) pela rescisão do contrato;

c) pela abertura de matrícula da unidade autônoma ou do lote;

d) por mandado judicial.

CAPÍTULO IX Do Bem de Família

Art. 261. A instituição do bem de família far-se-á por escritura pública, declarando o instituidor que determinado prédio se destina a domicílio de sua família e ficará isento de execução por dívida.

Art. 262. Para a inscrição do bem de família, o instituidor apresentará ao oficial do registro a escritura pública de instituição, para que mande publicá-la na imprensa local e, à falta, na da Capital do Estado ou do Território.

29 Art. 263. Se não ocorrer razão para dúvida, o oficial fará a publicação, em forma de edital, do qual constará:

I - o resumo da escritura, nome, naturalidade e profissão do instituidor, data do instrumento e nome do tabelião que o fez, situação e característicos do prédio;

II - o aviso de que, se alguém se julgar prejudicado, deverá, dentro em trinta (30) dias, contados da data da publicação, reclamar contra a instituição, por escrito e perante o oficial.

Art. 264. Findo o prazo do n. II do artigo anterior, sem que tenha havido reclamação, o oficial transcreverá a escritura, integralmente, no livro n. 3 e fará a inscrição na competente matrícula, arquivando um exemplar do jornal em que a publicação houver sido feita e restituindo o instrumento ao apresentante, com a nota da inscrição.

Art. 265. Se for apresentada reclamação, dela fornecerá o oficial, ao instituidor, cópia autêntica e lhe restituirá a escritura, com a declaração de haver sido suspenso o registro, cancelando a prenotação.

1° O instituidor poderá requerer ao Juiz que ordene o registro, sem embargo da reclamação.

2º Se o Juiz determinar que proceda ao registro, ressalvará ao reclamante o direito de recorrer à ação competente para anular a instituição ou de fazer execução sobre o prédio instituído, na hipótese de tratar-se de dívida anterior e cuja solução se tornou inexeqüível em virtude do ato da instituição.

3° O despacho do Juiz será irrecorrível e, se deferir o pedido será transcrito integralmente, juntamente com o instrumento.

Art. 266. Quando o bem de família for instituído juntamente com a transmissão da propriedade (Decreto-Lei n. 3.200, de 19 de abril de 1941, artigo 8°, § 5º), a inscrição far-se-á imediatamente após o registro da transmissão ou, se for o caso, com a matrícula.

CAPÍTULO X Da Remição do Imóvel Hipotecado

Art. 267. Para remir o imóvel hipotecado, o adquirente requererá, no prazo legal, a citação dos credores hipotecários propondo, para a remição, no mínimo, o preço por que adquiriu o imóvel.

Art. 268. Se o credor, citado, não se opuser à remição, ou não comparecer, lavrar-se-á termo de pagamento e quitação e o Juiz ordenará, por sentença, o cancelamento de hipoteca.

Parágrafo único. No caso de revelia, consignar-se-á o preço à custa do credor.

Art. 269. Se o credor, citado, comparecer e impugnar o preço oferecido, o Juiz mandará promover a licitação entre os credores hipotecários, os fiadores e o próprio adquirente, autorizando a venda judicial a quem oferecer maior preço.

§ 1° Na licitação, será preferido, em igualdade de condições, o lanço do adquirente.

§ 2° Na falta de arrematante, o valor será o proposto pelo adquirente.

Art. 270. Arrematado o imóvel e depositado, dentro de quarenta e oito (48) horas, o respectivo preço, o Juiz mandará cancelar a hipoteca, sub-rogando-se no produto da venda os direitos do credor hipotecário.

30 Art. 271. Se o credor de segunda hipoteca, embora não vencida a dívida, requerer a remição, juntará o título e certidão da inscrição da anterior e depositará a importância devida ao primeiro credor, pedindo a citação deste para levantar o depósito e a do devedor para dentro do prazo de cinco (5), dias remir a hipoteca, sob pena de ficar o requerente sub-rogado nos direitos creditórios, sem prejuízo dos que lhe couberem em virtude da segunda hipoteca.

Art. 272. Se o devedor não comparecer ou não remir a hipoteca, os autos serão conclusos ao Juiz para julgar por sentença a remição pedida pelo segundo credor.

Art. 273. Se o devedor comparecer e quiser efetuar a remição, notificar-se-á o credor para receber o preço, ficando sem efeito o depósito realizado pelo autor.

Art. 274. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, a remição, que abrangerá a importância das custas e despesas realizadas, não se efetuará antes da primeira praça, nem depois de assinado o auto de arrematação.

Art. 275. Na remição de hipoteca legal em que haja interesse de incapaz intervirá o Ministério Público.

Art. 276. Das sentenças que julgarem o pedido de remição caberá o recurso de apelação com ambos os efeitos.

Art. 277. Não é necessária a remição quando o credor assinar, com o vendedor, escritura de venda do imóvel gravado.

CAPÍTULO XI Do Registro Torrens

Art. 278. Requerida a inscrição de imóvel rural no Registro Torrens, o oficial protocolará e autuará o requerimento e documentos que o instruirem e verificará se o pedido se acha em termos de ser despachado.

Art. 279. O requerimento será instruído com:

I - os documentos comprobatórios do domínio do requerente;

II - a prova de quaisquer atos que modifiquem ou limitem a sua propriedade;

III - o memorial de que constem os encargos do imóvel os nomes dos ocupantes, confrontantes, quaisquer interessados, e a indicação das respectivas residências;

IV - a planta do imóvel, cuja escala poderá variar entre os limites: 1:500 m (1/500) e 1:5.000 m (1/5.000).

1º O levantamento da planta obedecerá às seguintes regras:

I - empregar-se-ão goniômetros ou outros instrumentos de maior precisão;

II - a planta será orientada segundo o mediano do lugar, determinada a declinação magnética;

III - fixação dos pontos de referência necessários a verificações ulteriores e de marcos especiais, ligados a pontos certos e estáveis nas sedes das propriedades, de maneira que a planta possa incorporar-se à carta geral cadastral.

31 2º Às plantas serão anexadas o memorial e as cadernetas das operações de campo, autenticadas pelo agrimensor.

Art. 280. O imóvel sujeito a hipoteca ou ônus real não será admitido a registro sem consentimento expresso do credor hipotecário ou da pessoa em favor de quem se tenha instituído o ônus.

Art. 281. Se o oficial considerar irregular o pedido ou a documentação, poderá conceder o prazo de trinta (30) dias para que o interessado os regularize. Se o requerente não estiver de acordo com a exigência do oficial, este suscitará dúvida.

Art. 282. Se o oficial considerar em termos o pedido, remetê-lo-á a juízo para ser despachado.

Art. 283. O Juiz, distribuído o pedido a um dos cartórios judiciais se entender que os documentos justificam a propriedade do requerente, mandará expedir edital que será afixado no lugar de costume e publicado uma vez no órgão oficial do Estado e três (3) vezes na imprensa local, se houver, marcando prazo não menor de dois (2) meses, nem maior de quatro (4) meses para que se ofereça oposição.

Art. 284. O Juiz ordenará, de ofício ou a requerimento da parte, que, à custa do peticionário, se notifiquem do requerimento as pessoas nele indicadas.

Art. 285. Em qualquer hipótese, será ouvido o órgão do Ministério Público, que poderá impugnar o registro por falta de prova completa do domínio ou preterição de outra formalidade legal.

Art. 286. Feita a publicação do edital, a pessoa que se julgar com direito sobre o imóvel, no todo ou em parte, poderá contestar o pedido no prazo de quinze (15) dias.

1º A contestação mencionará o nome e a residência do réu, fará a descrição exata do imóvel e indicará os direitos reclamados e os títulos em que se fundarem.

2º Se não houver contestação, e se o Ministério Público não impugnar o pedido, o Juiz ordenará que se inscreva o imóvel, que ficará, assim, submetido aos efeitos do Registro Torrens.

Art. 287. Se houver contestação ou impugnação, o procedimento será ordinário, cancelando-se, mediante mandado, a prenotação.

Art 288. Da sentença que deferir, ou não, o pedido, cabe o recurso de apelação, com ambos os efeitos.

Art. 289. Transitada em julgado a sentença que deferir o pedido, o oficial inscreverá, na matrícula, o julgado que determinou a submissão do imóvel aos efeitos do Registro Torrens, arquivando em cartório a documentação autuada.

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

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ESTADO DO PARÁ

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ

TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 13 - Incluem-se entre os bens do Estado do Pará: I - os que, atualmente, lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma de lei, as decorrentes de obras da União; III - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; IV - as ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à União; V - as terras devolutas não compreendidas entre as da União; VI - os lagos e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio e os rios que têm nascente e foz em seu território, bem como os terrenos marginais, manguezais e as praias respectivas. § 1º- A alienação gratuita ou onerosa de bens imóveis do Estado dependerá de autorização prévia da Assembléia Legislativa . § 2º. O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo o Estado levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar decisões com vista ao seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente marajoara.

TÍTULO V

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO SEÇÃO I

DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Art. 86. O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa, gozando de autonomia administrativa e financeira.

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SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Art. 91. Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador, não exigida esta para o especificado no art. 92, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, especialmente sobre: XII - bens do domínio do Estado e normas gerais sobre alienação, concessão, cessão, permuta, arrendamento e aquisição dos mesmos; Art. 92. É da competência exclusiva da Assembléia Legislativa: XIII - aprovar, previamente, salvo os casos previstos nesta Constituição, a alienação ou concessão de terras públicas e dos bens imóveis do Estado;

SUBSEÇÃO IV DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES

Art. 114. Através de decreto legislativo, a Assembléia Legislativa se manifesta sobre as matérias de sua competência exclusiva, e, através de resolução, regula matéria de seu interesse interno, político ou administrativo. Parágrafo único. Os decretos legislativos e as resoluções serão promulgados pela Mesa Diretora.

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DIÁRIO OFICIAL Edição N° 26.877 de 31/12/1990. GABINETE DO GOVERNADOR LEI N° 5.629, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1990 ________________________________________________________________ Dispõe sobre a Preservação e Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico, Natural e Cultural do Estado do Pará. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I - DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, NATURAL E CULTURAL DO ESTADO DO PARÁ. Art. 1° - São considerados patrimônio cultural do Estado do Pará os bens de natureza material ou imaterial, quer tomados individualmente ou em conjunto, que sejam relacionados à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos que formam a sociedade paraense, dentre os quais se incluem: I - As formas de expressão; II - Os modos de criar, fazer e viver; III - As criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - As cidades, os edifícios, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, arquitetônicos, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico, natural, científico e inerentes a relevantes narrativas de nossa história cultural; VI - A cultura indígena tomada isoladamente e em conjunto. Art. 2° - Estas disposições se aplicam as coisas pertencentes às pessoas naturais, bem como às pessoas jurídicas de direito público e privado. Art. 3° - Para efeito de identificação nesta Lei, o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria de Estado de Cultura terá correspondência também na sigla DPHAC, assim como os Agentes Municipais de Preservação e Proteção do Patrimônio Cultural serão identificados pela sigla AMPPPC. Art. 4° - O DPHAC da Secretaria de Cultura do Estado - SECULT e os AMPPPC possuirão 04 (quatro) Livros de Tombo ou de Registro de Bens Culturais, nos quais serão inscritos os bens a que se refere o disposto no Art. 1°. desta Lei, a saber: 1 - Livro de Tombo de Bens Naturais - incluindo-se paisagens, espaços ecológicos, recursos hídricos, monumentos e sítios ou reservas naturais, parques e reservas federais, estaduais e municipais; 2 - Livro de Tombo de Bens Arqueológicos e Antropólogos; 3 - Livro de Tombo de Bens Imóveis, de valor histórico, arquitetônico, urbanístico, rural, paisagístico, como: obras, cidades, edifícios, conjuntos e sítios urbanos ou rurais; 4 - Livro de Tombo de Bens Móveis de valor histórico, artístico, folclórico, iconográfico, toponímico, etnográfico, incluindo-se acervos de bibliotecas, arquivos, museus, coleções, objetos e documentos de propriedade pública e privada. Parágrafo Único - Serão inscritos nos respectivos Livro de Tombo os bens tombados em qualquer nível de governo e situados no território do Estado do Pará. Art. 5° - Não serão passíveis de tombamento os bens procedentes do exterior para integrarem exposições, certames ou eventos.

36 CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA Art. 6°. - O poder público promoverá, garantirá e incentivará a preservação, restauração, conservação, proteção, tombamento, fiscalização ou execução de obras ou serviços e a valorização do patrimônio cultural paraense, preferencialmente com a participação da comunidade. § 1° - A nível estadual, compete a Secretaria de Estado da Cultura, através do DPHAC, o disposto nesta Lei. § 2° - Compete também aos municípios o tombamento dos culturais, cabendo-lhe a definição da política e ações de preservação, proteção, valorização, restauração, tombamento, inventário e demais ações inerentes ao patrimônio histórico e cultural. CAPÍTULO III - DOS INCENTIVOS À PRESERVAÇÃO Art. 7°. - O Estado e os municípios estabelecerão mecanismos de compensação aos proprietários de imóveis tombados por seu valor histórico, artístico, paisagístico, arquitetônico, urbanístico, arqueológico e natural, através de incentivos fiscais, isenções tributárias e transferência do direito de construir. § 1° - A transferência do direito de construir somente será autorizada após análise e compatibilização pelos agentes ou órgãos de proteção do patrimônio cultural e de planejamento urbano, sendo vedada a transferência para área de interesse para preservação e obrigatório o assentamento no Registro de Imóveis competente. § 2° - No prazo de 30 (trinta) dias, o proprietário fará o competente registro e em igual tempo encaminhará cópia do mesmo ao DPHAC ou AMPPPC. § 3° - Quando da transferência do direito de construir, ficará o proprietário do imóvel tombado comprometido em realizar obra ou serviço, de forma a manter o prédio em bom estado de conservação e uso. § 4° - O descumprimento das condições impostas à transferência do direito de construir importará em sua nulidade, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. § 5° - Quando do tombamento de bens culturais imóveis, o agente ou órgão de proteção poderá definir os incentivos à preservação. No caso dos bens já tombados, poderá também definir os mesmos. Art. 8° - O Estado do Pará, através de seu banco oficial, estabelecerá linha de crédito especial a proprietário de imóvel tombado como incentivo na preservação e/ou restauração do mesmo. Art. 9° - Os agentes e órgãos de preservação e proteção do patrimônio cultural do Estado, poderão prestar assessoria técnica e acompanhamento na preservação e/ou restauração de bens culturais imóveis e móveis. § 1° - Promoverá política de formação de pessoal especializado na área de preservação e restauração de bens culturais. § 2° - Estabelecerão, quando for o caso, Convênio de intercâmbio e cooperação a qualquer nível de Governo objetivando à consecução de seus objetivos. Art. 10 - O poder público promoverá ou incentivará mecanismos de divulgação, conscientização e valorização do patrimônio paraense. Art. 11 - O processo de tombamento será iniciado a pedido de qualquer pessoa ou grupo de pessoas, incluindo-se associações, instituições e quaisquer outras organizações interessadas na preservação e proteção da memória cultural paraense ou por iniciativa do DPHAC e AMPPPC. § 1° - O pedido deverá ser feito por carta ou ofício ao Secretário de Estado da Cultura, constando dados relativos ao bem cultural, como localização e justificativa, podendo, quando for o caso, ser anexado qualquer documento, foto, desenho, referências como fatos, valores inerentes e outros, do que se pretenda tombar.

37§ 2° - A partir da data de recebimento da solicitação de tombamento o bem terá garantido sua preservação e proteção, até decisão final. Art. 12 - Efetiva-se o tombamento com a homologação pelo Secretário da Cultura, após parecer emitido pelo DPHAC. § 1° - O tombamento será automaticamente publicado no Diário Oficial do Estado e inscrito no respectivo Livro de Tombo, após o cumprimento do disposto nos artigos 16 e 18. § 2° - A nível municipal a homologação caberá ao titular da AMPPPC. Art. 13 - O DPHAC providenciará automaticamente e obrigatoriamente, quando do tombamento de bem imóvel, o assentamento do mesmo no Registro de Imóveis, e, no caso de bem móvel, o assentamento será realizado no Registro de Títulos e Documentos. Art. 14 - O tombamento será notificado por escrito ao proprietário do bem cultural, objeto deste instituto jurídico. Parágrafo Único - No caso de recusa em dar ciência à notificação ou quando não se localizar o proprietário, a notificação será publicada imediatamente no Diário Oficial do Estado ou do Município, quando for o caso. Art. 15 - O tombamento de coisa pertencente a pessoa natural ou pessoa jurídica, de direito público ou privado, se fará voluntária ou compulsoriamente. Art. 16 - Proceder-se-á ao tombamento voluntário sempre que o proprietário pedir e a coisa se revestir de requisitos necessários para construir parte integrante do patrimônio histórico, artístico natural e cultural do Estado, a juízo do DPHAC ou AMPPPC, Art. 17 - Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a anuir ao tombamento. Art. 18 - o tombamento compulsório se fará com o seguinte procedimento: I - O DPHAC ou AMPPPC notificará o proprietário para anuir ao tombamento dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do recebimento da notificação ou publicação no Diário Oficial do Estado e este querendo a impugnação do mesmo apresentará por escrito ao Secretário de Estado da Cultura ou ao titular do AMPPPC, dentro do mesmo prazo, as razões para tal. II - Se o pedido de impugnação do tombamento for feito dentro do prazo determinado, o Secretário de Cultura encaminhará o mesmo ao DPHAC, que conjuntamente com a Assessoria Jurídica da Secretaria de Estado da Cultura proferirão parecer a respeito, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data do seu recebimento, ao qual não caberá recurso. III - No caso de não haver pedido de impugnação à notificação de tombamento dentro do prazo estipulado, estará o bem cultural tombado e prosseguirão os procedimentos constantes desta Lei. IV - O disposto no inciso II, a nível municipal, caberá ao titular do AMPPPC. CAPÍTULO V - EFEITOS DO TOMBAMENTO Art. 19 - O bem cultural tombado ou de interesse à preservação, não poderá ser destruído, demolido ou mutilado. Ressalvado o caso em que apresente risco à segurança pública, devidamente comprovado por laudos técnicos dos agentes de preservação do Patrimônio Cultural, a nível federal, estadual e municipal. Art. 20 - O bem tombado só poderá ser reparado, pintado, restaurado ou sofrer qualquer forma de intervenção, com prévia autorização documentada do DPHAC ou AMPPPC, aos quais caberão prestar orientação e acompanhamento à obra ou serviço. Art. 21 - Anualmente, o DPHAC ou AMPPPC, fará vistoria dos bens por ele tombados, indicando e acompanhando os serviços ou obras que deverão ser executados. Art. 22 - As pessoas que causarem danos e ameaças ao patrimônio cultural no Estado do Pará, serão punidas, na forma desta Lei e das demais existentes. Art. 23 - Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessoas naturais ou jurídicas de direito privado, o Estado ou município terá direito de preferência.

38Parágrafo Único - O proprietário deverá comunicar por escrito ao Secretário de Estado da Cultura ou titular do AMPPPC. Art. 24 - Na transferência de propriedade dos bens móveis e imóveis, deverão vendedor e comprador, no prazo de 30 (trinta) dias, comunicar ao DPHAC ou AMPPPC, e fazer constar a transferência no respectivo Cartório de Registro, ainda que se trata de transmissão judicial ou causa mortis. Art. 25 - No caso de deslocamento de bens culturais móveis tombados, deverá o proprietário obter prévia autorização do DPHAC ou AMPPPC, comprovando condições de segurança, conservação, guarda e seguro desses bens. Art. 26 - A coisa tombada não poderá sair do Estado, se não por tempo determinado, sem transferência de domínio, para fim de intercâmbio cultural, a juízo do DPHAC ou AMPPPC. Art. 27 - Diante da tentativa de exportação para fora do Estado, de bens culturais tombados ou protegidos por Lei, com exceção do caso previsto pelo artigo anterior, serão estes seqüestrados pelo DPHAC ou AMPPPC. Art. 28 - No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o respectivo proprietário deverá dar conhecimento do fato, no prazo determinado de 24 (vinte quatro) horas. Art. 29 - Na vizinhança dos imóveis tombados nenhuma construção, obra ou serviço poderá ser executado, nenhum cartaz ou anúncio poderá ser fixado, sem prévia e expressa autorização por escrito do DPHAC ou AMPPPC, aos quais compete verificar se a obra, cartaz ou anúncio pretendidos interferem na estabilidade, ambiência e visibilidade dos referidos imóveis. Art. 30 - Os bens culturais imóveis tombados terão área de entorno, ambiência ou vizinhança, para proteção da unidade arquitetônica e paisagística, cabendo ao DPHAC ou AMPPPC a definição dessas áreas, inclusive ampliá-las. Parágrafo Único - Não havendo delimitação pelo órgão ou agentes de preservação do Patrimônio Cultural será considerada área de entorno, ambiência ou vizinhança, a abrangida pelo raio de no mínimo 100m (cem metros), a partir do eixo de cada faixada externa. Art. 31 - O proprietário da coisa tombada conservará as suas custas, o seu bem exceto quando não possuir comprovadamente recursos para proceder a serviços e obras de conservação e/ou restauração que a mesma requeira, quando levará ao conhecimento por escrito do DPHAC ou AMPPPC a necessidade das mencionadas obras, sob pena de multa correspondente ao dobro do valor em que for avaliado o dano sofrido pela mesma. Parágrafo Único - Recebida a comunicação e comprovada a necessidade de serviços ou obras, o Órgão ou Agente de preservação do patrimônio cultural apoiará técnica e financeiramente, segundo suas possibilidades. Art. 32 - O DPHAC ou AMPPPC poderão delimitar áreas para efeito de estudos para tombamento. § 1° - Quando a delimitação for estadual, será comunicada à Prefeitura do lugar onde se der a ação, que corresponde a um tombamento provisória. Preferencialmente os estudos e definição serão em conjunto com o município. § 2° - No caso de qualquer dano à edificação, logradouros e sítios de valor cultural, em área de estudo para tombamento, o responsável pagará multa no valor do dano causado e terá a obra embargada e arcará com a reconstituição dos danos causados. Art. 33 - Os bens culturais imóveis tombados, terão retirados de suas elevações, quaisquer elementos que interfiram na visibilidade de sua arquitetura. Parágrafo Único - Caberá ao Órgão ou Agente de preservação do patrimônio cultural que realizou o tombamento o estudo de letreiros, pinturas e cores ou outros elementos arquitetônicos ou complementares de maneira a resgatar ou valorizar a modinatura. CAPÍTULO VI - DAS PENALIDADES

39Art. 34 - O descumprimento dos dispositivos desta Lei, em se tratando de bem imóvel tombado, sujeitará o proprietário ou infrator à aplicação das seguintes sanções, conforme a natureza da infração. I - Destruição ou Mutilação do Bem Tombado: Multa no valor correspondente a no mínimo 30% (trinta por cento) e no máximo 100% (cem por cento) do respectivo valor venal. II - Reparação, Pintura, Restauração ou Alteração, Por Qualquer Forma, Sem Prévia, Autorização: Multa no valor correspondente a no mínimo 10% (dez por cento) e no máximo 100% (cem por cento) do valor venal. III - Não Observância de Normas Estabelecidas Para os Bens Da Área de Entorno: Multa no valor correspondente a no mínimo 20% (vinte por cento) e no máximo 50% (cinqüenta por cento) do valor venal. IV - Não Observância do Disposto nos Artigos 23 e 24 e Parágrafos 1°, 2° e 3° do Artigo 7°: Multa no valor correspondente e no mínimo 10% (dez por cento) e no máximo 50% (cinqüenta por cento) do valor venal. V - O percentual das multas a serem cobrados eqüivalerá, no mínimo, ao valor do dano causado. Art. 35 - No caso de bem móvel, o descumprimento das obrigações desta Lei sujeitará o proprietário à aplicação das seguintes sanções: I - Destruição, Mutilação e/ou Extravio: Multa no valor equivalente a no mínimo 0l (uma) e no máximo 10 (dez) vezes o respectivo valor venal. II - Restauração sem Prévia Autorização e Acompanhamento pelo DPHAC e AMPPPC: Multa no valor equivalente e no mínimo 50% (cinqüenta por cento) e no máximo 100% (cem por cento) do respectivo valor venal. III - Deslocamento do Bem sem Autorização: A) Multa de valor equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor da coisa tombada; B) Serão de responsabilidade do infrator os custos os decorrentes do resgate previsto nos artigos 26 e 27. Art. 36 - A avaliação do valor venal e o estabelecimento do percentual das multas serão estabelecidas pelo DPHAC ou AMPPPC. Art. 37 - Sem prejuízo das sanções estabelecidas nos artigos anteriores, o proprietário também ficará obrigado a reconstruir ou restaurar o bem tombado, as suas custas, de conformidade com as diretrizes traçadas pelo SDPHAC ou AMPPPC. Art. 38 - Será cominada multa ao infrator, independente de notificação, de 01% (um por cento) do valor venal, por dia até início da reconstrução ou restauração do bem cultural imóvel ou móvel. Art. 39 - O infrator também ficará sujeito às demais sanções das legislações existentes. Art. 40 - O DPHAC e AMPPPC realizarão e suspenderão embargos, quanto às infrações desta Lei. CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 41 - Os Órgãos de preservação do patrimônio histórico, artístico, natural, turístico e cultural do Estado do Pará, acionarão a Polícia Militar do Estado ou Guarda Municipal, quando houver, na proteção do patrimônio cultural paraense e no cumprimento da Legislação de preservação municipal, estadual e federal. Art. 42 - Os Órgãos ou Agentes de preservação do patrimônio cultural do Estado recorrerão ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado, em caso referente à preservação e proteção do patrimônio cultural paraense. Art. 43 - Os recursos advindos de multas previstas nesta Lei, reverter-se-ão automática e integralmente em projetos, serviços ou obras de preservação de bens móveis ou imóveis tombados e serão geridas pelos órgãos ou agentes de preservação do patrimônio cultural, em conta específica.

40Parágrafo Único - Quando houver incidência de tombamento estadual e municipal sobre a coisa tombada, prevalecerá o tombamento mais antigo. Art. 44 - Todos os bens culturais móveis e imóveis, tombados pelo Estado ou município, anteriormente à presente Lei, ficam mantidas e passam a ser regidos por esta. Art. 45 - O Estado buscará compatibilizar com os diferentes níveis de Governo as ações e políticas de preservação do patrimônio cultural, de forma a evitar superposições e também buscando conjugar esforços com as mesmas. Art. 46 - Os municípios obrigatoriamente considerarão nas legislações de política urbana e cultural, a preservação de sítios históricos e naturais, como edifícios, conjuntos, logradouros e demais espaços com interesse a preservação e valorização da memória cultural paraense. Art. 47 - Os Órgãos ou Agentes de preservação poderão usar os mecanismos de captação de recursos para consecução dos seus objetivos. Art. 48 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, 20 de dezembro de 1990.

HÉLIO MOTA GUEIROS Governador do Estado ARTHUR CLÁUDIO MELLO Secretário de Estado de Justiça JOSÉ NOGUEIRA DE SOUZA SOBRINHO Secretário de Estado de Administração, em exercício JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO Secretário de Estado da Cultura

41 DIÁRIO OFICIAL Edição N° 28.617 de 19/12/1997. GABINETE DO GOVERNADOR LEI N° 6.094, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1997 ________________________________________________________________ Dispõe sobre os emolumentos devidos pelos atos praticados no exercício dos serviços notariais e de registro. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1° - Os serviços notariais e de registro, definidos na Lei Federal 8.935, de 18 de novembro de 1994, terão direito à percepção de emolumentos integrais, na área do Estado do Pará, de conformidade com o disposto nesta Lei, da qual fazem parte integrantes as Tabelas em anexo. Art. 2° - Os emolumentos serão pagos diretamente aos responsáveis pelos serviços mediante a entrega de competente recibo, contendo a discriminação de todos os atos praticados e os valores a eles atribuídos, com expressa referência aos itens e subitens da respectiva Tabela. Parágrafo único - Sem prejuízo da responsabilidade disciplinar e outras penas, os responsáveis pelos serviços de notas e de registro que, dolosamente, receberem emolumentos ou despesas excessivos, devolverão ao interessado o excesso ou o indevido em dobro, com juros de lei e outros acréscimos legais. Art. 3° - Compete ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através de Provimento, estabelecer as normas que disciplinem a fiscalização do exato cumprimento desta Lei e a previsão das sanções cabíveis nas hipóteses de sua violação. Art. 4° - V E T A D O Art. 5° - É obrigatória a fixação das Tabelas anexas a esta Lei, em local visível, e com destaque, nos prédios onde funcionarem os serviços notariais e de registro. Art. 6° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7° - Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO, 17 de dezembro de 1997. ALMIR GABRIEL Governador do Estado * Conforme especifica o art. 1° desta Lei, esta possui Tabelas anexas que se encontram publicadas no DOE N° 28.617, de 19/12/1997.

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DIÁRIO OFICIAL Edição N° 28.617 de 19/12/1997. GABINETE DO GOVERNADOR LEI N° 6.614, DE 05 DE JANEIRO DE 2004 ________________________________________________________________

Dispõe sobre a cessão e permissão de uso de bens imóveis do Estado.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os bens imóveis do Estado não utilizados no serviço público poderão, qualquer que seja a sua natureza, ter sua utilização cedida ou permitida, nos termos desta Lei. Parágrafo único. A cessão se fará quando interessar ao Estado concretizar, com a permissão da utilização de imóvel seu, auxílio ou colaboração que entender prestar. Art. 2º A critério do Poder Executivo, poderão ser cedidos, gratuitamente ou em condições especiais, imóveis do Estado: I - aos Municípios e às entidades sem fins lucrativos de caráter educacional, cultural ou de assistência social; II - às pessoas físicas ou jurídicas, em se tratando de interesse público ou social ou de aproveitamento econômico de interesse regional que mereça tal favor. § 1º A cessão será autorizada por ato do Governador do Estado e se formalizará mediante termo ou contrato, do qual constarão expressamente as condições estabelecidas, entre as quais a finalidade de sua realização e o prazo para seu cumprimento, e tornar-se-á nula, independentemente de ato especial, se ao imóvel, no todo ou em parte, vier a ser dada aplicação diversa da prevista no ato autorizativo e conseqüente termo ou contrato. § 2º A cessão, quando destinada à execução de empreendimento de fim lucrativo, será onerosa e, sempre que houver condições de competitividade, deverão ser observados os procedimentos licitatórios previstos em lei. Art. 3º A utilização, a título precário, de áreas de domínio do Estado para a realização de eventos de curta duração, de natureza recreativa, esportiva, cultural, religiosa ou educacional, poderá ser autorizada, na forma do regulamento, sob o regime de permissão de uso, por ato do Governador do Estado, publicado no Diário Oficial do Estado. Parágrafo único. Em áreas específicas devidamente identificadas, a competência para autorizar a permissão de uso poderá ser repassada aos Municípios, devendo, para tal fim, as áreas envolvidas lhes serem cedidas sob o regime de cessão de uso, na forma do art. 2º. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. Palácio do Governo, 5 JANEIRO DE 2004. SIMÃO JATENE Governador do Estado

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DIÁRIO OFICIAL Edição N° 29.885 de 14.02.2003. GABINETE DO GOVERNADOR DECRETO N° 0018 DE 13 DE FEVEREIRO DE 2003 ________________________________________________________________ Transfere o gerenciamento das atividades relacionadas ao acervo imobiliário do Estado da Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas para a Secretaria Executiva de Estado de Administração. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo do art. 135, inciso V, da Constituição do Estado, e tendo em vista as atribuições legais da Secretaria Executiva de Estado de Administração, instituída pela Lei nº 4.582, de 24 de setembro de 1975, que conferiu ao Órgão, dentre outras funções básicas, a execução e o controle das atividades relacionadas com o patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado, D E C R E T A: Art. 1º Fica transferida da Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas para a Secretaria Executiva de Estado de Administração a responsabilidade pela gestão do patrimônio imobiliário do Estado do Pará. Art. 2º Fica a Secretaria Executiva de Estado de Administração autorizada a adotar as providências necessárias à efetivação da transferência. Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO, 13 de fevereiro de 2003. SIMÃO JATENE Governador do Estado.

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DIÁRIO OFICIAL Edição N° 30.833 de 29.12.2006. GABINETE DO GOVERNADOR DECRETO N° 2.708 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 ________________________________________________________________

Institui o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo art. 135, Incisos III e VII, alínea “a”, da Constituição Estadual, e tendo em vista a necessidade de estabelecer diretrizes que permitam à Administração Pública Estadual, gerenciar de forma efetiva o seu acervo patrimonial imobiliário; DECRETA: Art. 1° - Fica instituído o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará, conforme Anexo Único deste Decreto. Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO, 28 de dezembro de 2006. SIMÃO JATENE Governador do Estado TERESA LUSIA MÁRTIRES COELHO CATIVO ROSA Secretária Especial de Estado de Gestão

ANEXO ÚNICO

SISTEMA DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO ESTADO

TÍTULO I DO SISTEMA, SEUS OBJETIVOS E ABRANGÊNCIA

Art. 1º O Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado dispõe de estrutura funcional própria, cuja finalidade prioritária é o atendimento das demandas governamentais, no que se refere ao aproveitamento dos imóveis pertencentes à Administração Pública Estadual direta, autárquica e fundacional ou por esta utilizada.

CAPÍTULO I

DOS OBJETIVOS Art. 2º É objetivo fundamental do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado executar a política pública estabelecida para a área, contribuindo para a produção das informações necessárias ao atendimento das demandas governamentais e implementando mecanismos facilitadores da permanente atualização, difusão e circulação da informação respectiva no âmbito da Administração Pública Estadual. Art. 3º São objetivos específicos do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará: I - proporcionar condições para o estabelecimento de diretrizes, princípios, normas e critérios para aquisição, destinação, utilização, cessão, alienação, locações patrimoniais e recebimento de imóveis de terceiros, com formulação de uma política para o setor; II - subsidiar o processo de tomada de decisão, por meio do conhecimento da situação do

45patrimônio imobiliário do Estado e de suas entidades descentralizadas, e auxiliar na elaboração de políticas públicas e na racionalização da administração patrimonial; III - coordenar a atuação dos órgãos e entidades estaduais com atribuições relativas ao patrimônio imobiliário; IV - realizar estudos, pesquisas e análises de interesse para a área patrimonial; V - capacitar recursos humanos no setor patrimonial imobiliário e especialmente na área gerencial; VI - promover a integração com unidades de patrimônio imobiliário dos Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público Estadual e Tribunais de Contas; VII - estabelecer fluxos, eficientes e permanentes, de informações sobre a situação patrimonial da administração direta e indireta do Estado; VIII - promover a rentabilização patrimonial, por meio de melhoria nos processos de cobrança das receitas de natureza patrimonial, seja por intermédio da detecção das situações de mora no cumprimento das obrigações contratuais, seja pela atualização dos montantes das rendas e foros ou pela detecção de fontes geradoras de receitas não-exploradas e, ainda, pela alienação dos bens desnecessários aos serviços de interesse público; IX - reduzir os gastos ou otimizar o dispêndio de recursos com a instalação de serviços; X - melhorar a efetividade da gestão patrimonial e agilizar a tomada de decisões, satisfazendo, em tempo útil, as solicitações de particulares relativas à alienação de terrenos, à concessão de uso ou aproveitamento e a concessões de exploração; XI - dotar o serviço central do patrimônio do Estado dos dados e instrumentos necessários ao controle e à defesa jurídica do patrimônio imobiliário; XII - incrementar a difusão dos dados e das informações pelos serviços e organismos interessados; e XIII - melhorar a tomada de decisões estratégicas sobre compras, trocas, construções e arrendamentos para instalação de serviços públicos e o estabelecimento de prioridades.

CAPÍTULO II

DA ABRANGÊNCIA Art. 4º O Sistema abrangerá os seguintes tipos de imóveis dos órgãos e entidades estaduais: I - próprios; II - em processo de aquisição; III - cedidos por terceiros; IV - locados; e V - simplesmente ocupados.

TÍTULO II DA ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO PATRIMONIAL

Art. 5º O Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado é composto pelos seguintes órgãos: I - Órgão Gestor; II - Órgãos de Assessoria; e III - Órgãos Setoriais.

CAPÍTULO I DO ÓRGÃO GESTOR

Art. 6º O Órgão Gestor do Sistema é a Secretaria Executiva de Estado de Administração a quem cabe a normatização e a coordenação do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado. Art. 7º Cabe à Secretaria Executiva de Estado de Administração como Órgão Gestor do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado: I - recomendar ao Governador do Estado a adoção de procedimentos referentes à

46permuta, à cessão, à permissão de uso, à doação ou a qualquer outra forma de alienação, gratuita ou onerosa, de imóveis de titularidade da administração direta ou por esta utilizada a qualquer título; II - formular a política patrimonial imobiliária do Estado do Pará, que abrange a aquisição, a manutenção, a transferência entre órgãos e entidades do governo, as cessões, as permissões, as concessões, as autorizações de uso e as alienações em geral, onerosas ou gratuitas, excluídas as doações recebidas sem encargos e as desapropriações, que têm regulamentação própria; III - estabelecer princípios, diretrizes e normas para a gestão do patrimônio imobiliário, buscando racionalizar a utilização dos espaços, a preservação das construções e dos terrenos, bem como obstar as invasões e ocupações irregulares; IV - definir regras para a utilização de imóveis, pela Administração Pública Estadual direta e pelas autarquias e fundações estaduais, cuja titularidade seja de terceiros, implementando especial fiscalização e controle quanto à necessidade e custo da utilização pelo Estado do Pará; V - orientar e acompanhar a execução da política de patrimônio imobiliário, determinando as correções que se fizerem necessárias e, quando for o caso, a apuração, por instrumentos próprios, de eventuais irregularidades; VI - solicitar aos órgãos e às entidades competentes a realização de estudos, pesquisas, avaliações, vistorias e análises relativas ao mercado e ao patrimônio imobiliário do Estado do Pará, podendo, inclusive, utilizar os serviços de entidades privadas, observada a legislação pertinente; VII - aprovar as avaliações e as condições de venda dos imóveis; VIII - aprovar os termos dos contratos que serão assinados com terceiros, integrantes do Governo ou da iniciativa privada, visando à realização de serviços e procedimentos relacionados com o patrimônio imobiliário do Estado; IX - autorizar a contratação de empresa pública estadual, ou leiloeiro oficial nos casos admitidos em lei, para proceder à alienação onerosa de imóveis do Estado do Pará, observadas as normas legais; X - propiciar condições para a coordenação, a integração e o aperfeiçoamento dos demais órgãos responsáveis pelo Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará, de modo a torná-lo confiável, eficiente e ágil, funcionando conforme à mais atualizada tecnologia; XI - acompanhar e colaborar com a execução e o aperfeiçoamento do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará, bem como estimular a criação de mecanismos que permitam tornar sempre transparentes e seguros o controle e a organização das informações sobre o patrimônio imobiliário do Estado; XII - promover a integração da política patrimonial imobiliária do Estado com as demais políticas globais e setoriais do Governo; XIII - buscar o intercâmbio de todos os órgãos responsáveis pelo Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado com as semelhantes áreas das universidades estaduais e federais, dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, a fim de se obter a reciprocidade de experiências, mútua colaboração e sinergia em defesa dos imóveis públicos; XIV - decidir sobre a utilização de imóveis próprios do Estado; e XV - orientar os processos de alienação de bens imóveis.

CAPÍTULO II DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORIA

Art. 8º São Órgãos de Assessoria ao Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado: I - a Procuradoria Geral do Estado - PGE; II - a Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas - SEOP; III - a Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF; e

47IV - a Escola de Governo do Estado - EGPA.

Seção Única Das Competências dos Órgãos de Assessoria

Art. 9º Os Órgãos de Assessoria, sem prejuízo das competências que lhes são conferidas por legislação própria, têm, em relação ao Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado, as atribuições especificadas nas subseções deste capítulo.

Subseção I Da Procuradoria Geral do Estado - PGE

Art. 10. Cabe à Procuradoria Geral do Estado: I - defender o patrimônio imobiliário do Estado do Pará, em juízo ou fora dele, sempre que se fazer necessário o seu auxílio como órgão consultor ou representante judicial; II - solicitar informações ao Órgão Gestor sempre que houver ação de usucapião envolvendo área supostamente de propriedade do Estado; III - dar conhecimento ao Órgão Gestor de todos os processos de desapropriação tão logo sejam iniciados, fornecendo a localização do imóvel, a área, o número do decreto de utilidade pública e a respectiva finalidade; IV - nas ações de desapropriação, informar imediatamente o Órgão Gestor sempre que houver imissão provisória ou definitiva na posse de imóvel; V - providenciar a regularização documental e praticar os atos legais relativos ao registro dos imóveis desapropriados, encaminhando em seguida, ao Órgão Gestor, o translado da Escritura e o Registro de Imóveis, bem como cópia da sentença judicial, se for o caso; VI - fornecer relação dos imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento, adjudicação ou arrematação em ações de execução fiscal, juntamente com cópia das respectivas sentenças judiciais e termos de adjudicação e arrematação; e VII - exercer atividades correlatas.

Subseção II Da Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas - SEOP

Art. 11. Cabe à Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas: I - prestar a colaboração solicitada pelo Órgão Gestor relacionada com seus objetivos regimentais, observadas as normas legais a que está sujeita a Secretaria; II - realizar vistorias e avaliações de quaisquer bens imóveis, sempre que solicitado; III - informar o Órgão Gestor de quaisquer obras realizadas em imóveis do Estado; e IV - fornecer ao Órgão Gestor, ao final da obra, toda a documentação correspondente, tais como planta de situação e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico, dentre outros.

Subseção III Da Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF

Art. 12. À Secretaria Executiva de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, por intermédio da Diretoria de Gestão Contábil e Fiscal, cabe a execução dos atos relacionados com os registros contábeis dos imóveis de propriedade do Estado, observados os princípios e normas legais pertinentes.

Subseção IV Da Escola de Governo do Estado – EGPA

Art. 13. Cabe à Escola de Governo do Estado promover a capacitação do pessoal que tenha atuação na área.

CAPÍTULO III DOS ÓRGÃOS SETORIAIS

Art. 14. São Órgãos Setoriais do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado todas os demais órgãos da administração direta a que estejam afetados os bens imóveis do Estado ou que tenham interesse na aquisição, desapropriação, locação, cessão ou doação de bens imóveis, bem como as entidades da administração indireta proprietárias de bens imóveis ou que, de alguma forma, utilizem os imóveis de propriedade do Estado.

48Art. 15. Cabe aos Órgãos Setoriais: I - comunicar ao Órgão Gestor, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a desocupação, bem como a necessidade de avaliação e o interesse na aquisição, cessão, locação, ou doação de imóveis, de acordo com as normas específicas; II - informar o Órgão Gestor de quaisquer obras realizadas em imóveis que lhe estejam afetados, envolvendo novas construções e ampliações da estrutura física; III - fornecer ao Órgão Gestor toda a documentação da obra, tais como planta de situação e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico; IV - instruir a comunicação ou solicitação com todos os documentos necessários à efetivação do processo em questão, conforme instrução do Órgão Gestor; V - auxiliar na atualização dos cadastros imobiliários geridos pelo Órgão Gestor, informando-o quanto à destinação dos imóveis afetados, assim como em relação aos contratos que versem sobre imóveis e cessões de uso dos mesmos; VI - sempre que necessário, solicitar ao Órgão Gestor quaisquer informações acerca dos procedimentos cabíveis quanto às questões imobiliárias, buscando ampliar a integração e o fluxo de informações entre os órgãos do Sistema para melhor aplicação e desenvolvimento da política imobiliária; VII - providenciar as regularizações documentais imobiliárias e praticar os atos legais relativos ao registro imobiliário dos imóveis adquiridos ou desapropriados no seu interesse, encaminhando, em seguida, o translado da Escritura e o Registro de Imóveis ao Órgão Gestor; e VIII - exercer outras atividades correlatas.

TÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 16. As atribuições das unidades e grupos de execução de projetos e as competências das autoridades, de que trata o presente Modelo de Gestão, poderão ser detalhadas por intermédio de resolução do Secretário Executivo de Estado de Administração. Art. 17. Os expedientes encaminhados à apreciação do Governador serão recebidos, examinados e preparados pelos órgãos competentes da Secretaria Executiva de Estado de Administração. Art. 18. Os órgãos da administração direta destinatários de imóveis pertencentes, cedidos ou locados ao Estado são responsáveis pelos mesmos, cabendo-lhes guardá-los e conservá-los, observando as regras de ocupação baixadas pela Secretaria Executiva de Estado de Administração. Art. 19. Ocorrendo turbação ou esbulho na posse dos imóveis pertencentes ou ocupados pelo Estado, os órgãos destinatários deverão valer-se do desforço imediato permitido no art. 1.210, § 1º, do Código Civil, comunicando imediatamente o fato à unidade competente da Procuradoria-Geral do Estado e ao Órgão Gestor. Art. 20. No caso de desativação do serviço público instalado em qualquer imóvel do Estado, mesmo após a comunicação do fato à Secretaria Executiva de Estado de Administração, o órgão destinatário permanece responsável pela guarda do imóvel, até que se efetive a transferência de sua administração. Art. 21. Os órgãos assessores do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado ficam autorizados a solicitar, por intermédio da Secretaria Executiva de Estado de Administração, aos demais órgãos ou entidades da administração direta e indireta, informações ou documentos relativos a imóveis determinados, justificando a finalidade do pedido. Art. 22. A Secretaria Executiva de Estado de Administração expedirá os atos necessários à implantação e operacionalização do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado.

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ROTINAS E FLUXOS

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ESTADO DO PARÁ

Secretaria de Estado de Administração Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário

PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA IMÓVEL EM DISPONIBILIDADE

OBJETIVO: Administrar os imóveis próprios do Estado do Pará, que se encontrem desocupados. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • Órgãos estaduais aos quais os imóveis estejam afetados; • A SEAD, através da Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado - DGP. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃOS INTERESSADOS

1. Comunicar a Secretaria de Estado de Administração – SEAD/Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado – DGP, através de ofício e do Sistema de Controle de Bens Imóveis, a disponibilidade do imóvel, logo após a sua desocupação, informando as condições de conservação e de uso em que se encontra o imóvel.

SEAD/PROTOCOLO 1. Receber o Ofício, formalizar o processo e encaminhar à DGP.

SEAD/DGP

1. Providenciar a vistoria do imóvel e a emissão do respectivo Laudo. Após a vistoria estudar a melhor alternativa sobre a destinação do Imóvel. 2. Verificar se existem outros órgãos estaduais necessitando de imóvel, ou ainda, se existe a possibilidade de substituir por um imóvel locado.

2.1 No caso positivo – Informar ao órgão interessado a disponibilidade, através de ofício, para que seja iniciado o processo de CESSÃO ou AFETAÇÃO, nos termos da norma específica.

2.2 No caso de não haver interesse na ocupação do imóvel, avaliar a viabilidade da cessão do bem a terceiros ou a sua alienação nos termos da legislação em vigor.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: IMÓVEL EM DISPONIBILIDADE RESPONSÁVEL:

Fluxo do Processo de Imóvel em Disponibilidade

SEA

D/D

GP

SE

AD/

Pro

toco

loÓ

rgão

s E

stad

uais

Comunicar a Secretaria de Estado de Administração – SEAD/Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado –DGP, através de ofício e do Sistema de Controle de Bens Imóveis, a disponibilidade do imóvel, logo após a sua desocupação.

Inicio

Receber o ofício e formalizar processo

Providenciar a vistoria do imóvel e emitir laudo.

SExistem órgãos necessitando de imóvel?

Fim

Informar ao órgão interessado a disponibilidade, através de ofício, para que seja iniciado o processo de CESSÃO ou AFETAÇÂO.

Avaliar a viabilidade de CESSÃO do bem a terceiros, ou a alienação.

N

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ESTADO DO PARÁ

Secretaria de Estado de Administração Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário

PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA OBJETIVO: Uniformizar procedimentos para a venda de imóveis de propriedade do Estado, no âmbito da Administração Pública Estadual Direta. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD, através da DGP; • Órgãos da Administração Direta Estadual; • Casa Civil; • Assembléia Legislativa. • SEOP DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

SEAD/DGP

1. Analisar a situação do imóvel colocado em disponibilidade e não sendo possível a afetação ou cessão do próprio, recomendar a alienação do bem. 2. Verificar se o imóvel está devidamente documentado, caso não esteja, providenciar junto ao cartório de notas e registro de imóvel a regularização do mesmo. 3. Instruir o processo com os documentos de propriedade e em articulação com o Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio, elaborar mensagem à Assembléia Legislativa contendo a justificativa sobre a necessidade da alienação do imóvel, em seguida encaminhar o processo ao Gabinete do Secretário para análise e posterior encaminhamento à Casa Civil. 4. Providenciar a publicação do resultado da licitação no Diário Oficial do Estado - DOE. 5. Proceder a baixa do imóvel no Sistema de Controle de Bens Imóveis, após a publicação do resultado da licitação no DOE. 6. Emitir o Termo de Entrega de Bem Imóvel e colher as assinaturas do licitante vencedor e do titular da SEAD. 7. Efetuar a entrega da documentação do imóvel (escritura e registro), para fins de transferência da propriedade patrimonial, juntamente com uma via do Termo emitido, após o pagamento do valor apresentado pelo licitante vencedor. 8. Arquivar temporariamente o processo na

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Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à Gerência de Documentação e Informação – GDI/DAF para arquivamento.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO

1. Encaminhar a mensagem com a justificativa da viabilidade da alienação à Casa Civil para apreciação do Governador (a). 2. Receber da Casa Civil, a documentação contendo a autorização legislativa para a alienação do imóvel. 3. Encaminhar o processo à Diretoria de Administração e Finanças – DAF, para indicação dos servidores que integrarão a Comissão Especial de Licitação - CEL. 4. Receber o processo da DAF, com a indicação dos nomes dos servidores para a composição da CEL. 5. Designar, através de portaria, os membros da CEL e encaminhar o processo ao seu presidente. 6. Homologar o resultado da licitação e encaminhar o processo à DGP para as providências necessárias.

CASA CIVIL

1. Encaminhar a mensagem com a justificativa da viabilidade da alienação à Assembléia Legislativa, para autorização, após a apreciação e a coleta da assinatura do Governador (a) nos documentos. 2. Receber o Decreto Legislativo e encaminhar à SEAD / GAB. SEC.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

1. Apreciar a solicitação do Executivo, autorizar a alienação dos imóveis mediante Decreto Legislativo e encaminhar à Casa Civil.

SEAD/DAF

1. Indicar 03 (três) nomes de servidores efetivos, para comporem a CEL. 2. Elaborar a Portaria e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 3. Arquivar o processo na GDI/DAF.

SEAD/COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO - CEL

1. Providenciar junto a Secretaria de Estado de Obras Públicas – SEOP a avaliação do imóvel, adotando os procedimentos tecnicamente reconhecidos pelos órgãos competentes. 2. Elaborar, após a avaliação do imóvel, minuta do edital de licitação, de acordo com as normas legais vigentes, e encaminhar ao Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio para análise e parecer. 3. Receber o processo com parecer do Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio e providenciar a publicação do resumo do Edital no Diário Oficial do Estado e em

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jornais de grande circulação, constando no mesmo, data, local e hora da realização do ato licitatório. 4. Selecionar o licitante vencedor, elaborar relatório conclusivo sobre o resultado da licitação e encaminhar ao Gabinete do Secretário para homologação.

SEOP

1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o Laudo de Avaliação; 2. Encaminhar à SEAD/CEL o Laudo de Avaliação.

SEAD/NÚCLEO JURÍDICO DE LOGÍSTICA E PATRIMÔNIO

1. Emitir parecer e encaminhar o processo à CEL.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA RESPONSÁVEL:

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ESTADO DO PARÁ

Secretaria de Estado de Administração Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário

PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR DOAÇÃO

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos para a alienação por doação de imóveis pertencentes à Administração Pública Estadual Direta. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • SEAD, através da DGP; • Casa Civil; • Assembléia Legislativa; DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃOS ou ENTIDADES PÚBLICAS INTERESSADAS

1. Encaminhar expediente à Casa Civil, solicitando ao Governador do Estado a doação do imóvel selecionado.

CASA CIVIL

1. Encaminhar processo à SEAD via protocolo, solicitando informações acerca da propriedade e situação de disponibilidade do imóvel. 2. Elaborar exposição de motivos, e encaminhar à Assembléia Legislativa, quando o imóvel pertencer ao Estado ou esteja disponível e seja de interesse público a doação. 3. Receber o Decreto Legislativo e encaminhar juntamente com o processo, à SEAD via protocolo, comunicando acerca da autorização legislativa para a doação do imóvel.

SEAD / PROTOCOLO

1. Encaminhar ao Gabinete do Secretário o processo oriundo da Casa Civil, contendo a solicitação de informações sobre a propriedade e situação do imóvel. 2. Encaminhar o processo com as informações solicitadas, à Casa Civil. 3. Receber e encaminhar ao Gabinete do Secretário o processo com a autorização legislativa. 4. Encaminhar ofício ao órgão donatário com prazo para envio da documentação de transferência da propriedade do imóvel doado.

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5. Encaminhar ao Gabinete do Secretário a prova do registro de doação do imóvel.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO

1. Encaminhar o processo à DGP para análise e providências. 2. Encaminhar o processo à Casa Civil via protocolo, com as informações solicitadas. 3. Receber da Casa Civil o processo com a autorização legislativa e encaminhar à DGP para providências. 4. Encaminhar ofício ao órgão donatário estabelecendo o prazo de 90 dias, a partir da data da publicação do Decreto Legislativo no Diário Oficial do Estado, para o envio da cópia autenticada da escritura pública de doação à SEAD. 5. Encaminhar à DGP a documentação de transferência de propriedade do imóvel.

SEAD/DGP

1. Verificar a situação quanto à propriedade (situação documental) e a disponibilidade do imóvel e devolver o processo ao Gabinete do Secretário. 2. Elaborar minuta de oficio informando o órgão donatário que deverá proceder junto aos cartórios a lavratura da escritura pública de doação e o respectivo registro do imóvel alienado e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 3. Receber a documentação e anexar ao processo; 4. Atualizar o cadastro imobiliário 4. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

1. Apreciar e autorizar mediante Decreto Legislativo, o Governo do Estado a proceder à doação do imóvel solicitado. 2. Providenciar a publicação do Ato.

ÓRGÃO DONATÁRIO

1. Providenciar junto aos cartórios competentes a prova do registro de doação do imóvel e encaminhar à SEAD via protocolo.

SEAD/DAF/GDI 1. Arquivar o processo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR DOAÇÃO RESPONSÁVEL:

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ESTADO DO PARÁ

Secretaria de Estado de Administração Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário

PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

OBJETIVO: Definir, com precisão, o valor de mercado do imóvel por ocasião da aquisição, venda e locação por parte do Estado. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • Os órgãos da Administração Pública Estadual; • A SEAD/DGP; • A SEOP DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃOS INTERESSADOS

1. Encaminhar Ofício solicitando a avaliação do imóvel à SEAD/DGP e anexar cópias dos seguintes documentos: Escritura e/ou Registro de Imóvel, e Planta Baixa do imóvel.

SEAD / PROTOCOLO

1. Receber o ofício, formalizar o processo e encaminhar à DGP. 2. Receber processo da SEOP com o laudo de avaliação.

SEAD / DGP

1. Instruir o processo, solicitando à Secretaria de Estado de Obras Pública – SEOP, a avaliação do imóvel em conformidade com as normas legais vigentes. 2. Receber o laudo de avaliação e encaminhar ao órgão solicitante via protocolo. 3. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

SEOP

1. Realizar a avaliação do imóvel, emitir o laudo de avaliação de acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnica – ABNT e encaminhar à SEAD/DGP via protocolo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RESPONSÁVEL:

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ESTADO DO PARÁ

Secretaria de Estado de Administração Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário

PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos padronizados para aquisição de bem imóvel pelo Governo do Estado. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD através da DGP; • Órgãos estaduais da Administração Direta Estadual; • A Casa Civil. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ESTADUAL

INTERESSADOS

1. Encaminhar a SEAD/DGP, ofício solicitando a aquisição de imóvel, anexando ao expediente, cópia autenticada dos documentos a seguir especificados:

• Escritura e registro do imóvel; • Certidões negativas de débitos fiscais,

federal, estadual e municipal; • Declaração pública de que o bem não está

à penhora (área trabalhista e cível); • Planta baixa do bem; e • Proposta de venda.

2. Providenciar a escritura e o registro do imóvel junto aos cartórios competentes. 3. Efetivar o pagamento do valor ajustado ao proprietário ou seu representante legal. 4. Encaminhar à SEAD/DGP cópia do traslado da escritura e do registro do imóvel adquirido pelo Estado.

SEAD/PROTOCOLO

1. Receber o Ofício, formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 2. Encaminhar o processo com o laudo de avaliação à DGP 3. Encaminhar o ofício juntamente com o processo para a Casa Civil. 4. Receber e encaminhar ao Gabinete do Secretário o processo com a avaliação do Governador. Encaminhar à PGE ofício para fins de desapropriação, quando não houver negociação.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO

1. Instruir o processo e encaminhar à DGP para providências. 2. Assinar ofício solicitando autorização do Governador para aquisição do imóvel e encaminhar, juntamente com o processo, à Casa

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Civil. 3. Receber o processo da Casa Civil, com a autorização solicitada, e remeter à DGP para as providências necessárias.

SEAD/DGP

1. Instruir o processo solicitando à SEOP, a avaliação do imóvel. 2. Receber o Laudo de Avaliação da SEOP e elaborar minuta de ofício solicitando autorização do Governador para aquisição do imóvel requisitado. 3. Encaminhar a minuta, juntamente com o processo, ao Gabinete do Secretário para assinatura do titular da SEAD e posterior envio à Casa Civil. 4. Receber o processo do Gabinete do Secretário com a autorização do Governador para a aquisição do imóvel. 5. Promover em conjunto com o Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio, a negociação junto ao proprietário do imóvel, de modo a definir as condições para a aquisição do imóvel. - Há entendimento das partes?

Não há sucesso nas negociações 5.1. Elaborar minuta do ofício à PGE para

fins de desapropriação, anexar ao processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário para assinatura do titular da SEAD e posterior envio à PGE

Há sucesso nas negociações 6. Elaborar a minuta do contrato de compra e venda e encaminhar ao órgão interessado para providenciar a lavratura da escritura e o seu respectivo registro em cartório. 7. Receber do órgão interessado a cópia do traslado da escritura e do registro do imóvel adquirido pelo Estado. 8. Providenciar a incorporação do imóvel ao patrimônio estadual, através do cadastramento do bem no Sistema de Controle de Bens Imóveis. 9. Arquivar a cópia da escritura e do registro do imóvel em pasta própria na Unidade. 10. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

SEOP

1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o respectivo laudo. 2. Encaminhar o processo com o Laudo de Avaliação à SEAD/DGP.

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CASA CIVIL

1. Encaminhar, após análise do setor competente, o processo ao Governador para autorização da compra do imóvel. 2. Devolver o processo à SEAD, depois de obtida a autorização para a aquisição do imóvel.

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO – PGE

1. Providenciar as medidas legais necessárias à desapropriação do imóvel.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA AÇÃO DE USUCAPIÃO

OBJETIVO: Informar a PGE, se o imóvel pertence ao Estado ou se há interesse na expropriação do mesmo, objeto da ação de usucapião movida por terceiros. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • SEAD/DGP • PGE

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO - PGE

1. Encaminhar Ofício via protocolo à SEAD solicitando informações sobre o imóvel e o eventual interesse do Estado em sua expropriação.

SEAD / PROTOCOLO 1. Receber o Ofício, formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 2. Receber o processo e encaminhar à PGE.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO

1. Instruir o processo e encaminhar para a DGP. 2. Analisar e assinar ofício em resposta à PGE e encaminhar ao protocolo para posterior envio a PGE.

SEAD / DGP

1. Pesquisar no Sistema de Controle de Bens Imóveis, se o imóvel pertence ao Estado.

1.1 Se pertencer – Anexar aos autos, cópias dos documentos comprobatórios existentes, elaborar minuta de ofício à PGE e encaminhar ao Gabinete do Secretário para assinatura.

1.2 Se não pertencer – Elaborar e anexar ao processo minuta de ofício em resposta a PGE, com a manifestação quanto ao interesse no imóvel para fins de desapropriação 2. Receber do GAB/SEC o ofício assinado pelo titular da SEAD e encaminhar, juntamente com o processo, à PGE.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: AÇÃO DE USUCAPIÃO RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA SEGURO DE IMÓVEIS

OBJETIVO: Proteger o acervo imobiliário do Estado contra eventuais sinistros, que venham causar prejuízos e/ou danos ao Patrimônio Público. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD através da DGP; • Órgãos da Administração Pública Estadual. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

SEAD/DGP

1. Elaborar ofício aos órgãos da Administração Pública Estadual solicitando que seja informada a relação dos imóveis a serem segurados, com informações sobre o mobiliário existente em suas instalações, tais como, máquinas, equipamentos, etc., encaminhar via protocolo e aguardar resposta. 2. Ao receber resposta dos órgãos – Instruir o processo e encaminhar juntamente com a exposição de motivos ao Gabinete do Secretário solicitando a constituição de uma Comissão Especial de Licitação – CEL, para proceder a contração de uma empresa especializada na execução dos serviços. 3. Providenciar a publicação do resultado da licitação no Diário Oficial do Estado. 4. Elaborar ofício informando os órgãos estaduais, aos quais os imóveis se encontram afetados, do resultado da licitação. 5. Receber as cópias das apólices e arquivar em pasta própria na Unidade. 6. Arquivar temporariamente o processo na unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO

1. Encaminhar o processo à Diretoria de Administração e Finanças – DAF, para indicação dos servidores que comporão a CEL. 2. Receber o processo da DAF, com a

indicação dos servidores. 3. Designar, através de portaria, os

membros da CEL e encaminhar o processo ao presidente da mesma.

68

4. Homologar o resultado da licitação e encaminhar o processo à DGP para as providências.

SEAD/DAF

1. Indicar três (03) nomes de servidor efetivo, elaborar a portaria e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 2. Arquivar o processo na Gerência de Documentação e Informação – GDI/DAF.

SEAD/COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO – CEL

1. Elaborar Edital de Licitação e seus respectivos anexos, com discriminação dos serviços que pretende contratar e encaminhar o processo ao Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio para análise e parecer. 2. Receber o processo com parecer do Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio e providenciar a publicação do resumo do Edital, no Diário Oficial do Estado e em jornais de grande circulação, constando nos mesmos data, local e hora da realização do ato licitatório. 2. Selecionar o licitante vencedor, elaborar relatório conclusivo sobre o resultado da licitação e encaminhar ao Gabinete do Secretário para homologação.

SEAD/NÚCLEO JURÍDICO DE LOGÍSTICA E PATRIMÔNIO

1. Emitir parecer e encaminhar o processo à CEL.

ÓRGÃOS ESTADUAIS

1. Convocar as empresas vencedoras para assinatura dos respectivos contratos. 2. Efetuar o pagamento da fatura apresentada pela empresas vencedoras e aguardar a emissão das apólices. Ao receber as apólices, encaminhar 01 (uma) cópia à SEAD/DGP. 3. Nos casos de sinistro - Acionar a seguradora contratada e comunicar à SEAD/DGP, através de Ofício, quanto as providencias a ser tomadas. 4. Receber o cheque correspondente a indenização dos danos, depositar na conta única do Estado e comunicar o fato à SEAD/DGP através de ofício.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: SEGURO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA CESSÃO DE USO DE IMÓVEL

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a cessão de uso de bens imóveis para a Administração Pública Estadual. CONCEITOS: Cessão de uso: Transferência de posse gratuita ou em condições especiais com troca de responsabilidade entre órgãos, entidades públicas estaduais ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos demais poderes da esfera pública, ou ainda em casos especiais, entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, segundo sua destinação específica, sempre com a determinação de prazo e atribuição de encargos quando cabíveis. Cessionário: Órgão, entidade pública ou entidade da sociedade civil sem fins lucrativos a quem se faz a cessão, aquele que recebe o bem. Cedente: Órgão ou entidade pública que faz a cessão, aquele que cede o bem. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD, através da DGP; • Órgãos da Administração Indireta Estadual; • O Órgão ou entidade solicitante. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGAOS/ENTIDADES

1. Encaminhar Ofício à SEAD solicitando a cessão do imóvel de seu interesse, se a propriedade pertencer ao Estado ou ao órgão da administração indireta estadual, quando este detiver a titularidade do bem.

SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO

INDIRETA

1. Formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do titular do órgão da administração indireta.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Instruir o processo e encaminhar à SEAD/DGP ou unidade competente dos órgãos da administração indireta, para análise e providências.

SEAD/DGP ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Verificar no Sistema de Controle de Bens Imóveis se o imóvel solicitado é próprio e se encontra disponível. - O imóvel encontra-se disponível?

1.1 Não havendo disponibilidade – Informar ao órgão ou entidade solicitante da impossibilidade da cessão.

1.2 Havendo disponibilidade - Consultar o órgão ao qual o bem está afetado sobre a possibilidade da cessão.

72

- Há possibilidade de cessão? 1.3 Não havendo a possibilidade –

Informar ao órgão ou entidade solicitante da impossibilidade da cessão.

1.4 Havendo a possibilidade – Providenciar a elaboração do Termo de Cessão de Uso e do Termo de Entrega de Bem Imóvel, conforme modelos constantes deste Manual, colher assinatura dos representantes dos órgãos cedente e cessionário e proceder a entrega do imóvel. 2. Providenciar a publicação do resumo do Termo de Cessão de Uso no Diário Oficial do Estado e aguardar a publicação. 3. Após a publicação – Anexar 01 (uma) cópia do resumo do Termo de Cessão de Uso em pasta própria. 4. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI /DAF para arquivamento.

SEAD/DAF/GDI ou UNIDADE DE ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Arquivar o processo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: CESSÃO DE USO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA RENOVAÇÃO DA CESSÃO DE IMÓVEL

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a renovação de cessão de uso de bens imóveis para a Administração Pública Estadual. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD, através da DGP; • Órgãos da Administração Indireta Estadual; • O Órgão ou entidade solicitante. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGAOS /ENTIDADES CESSIONÁRIA

1. Solicitar à SEAD / DGP ou órgãos da administração indireta estadual a renovação da cessão do imóvel antes do término da vigência do Termo de Cessão de Uso.

SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO DOS ÓRGÃOS DA

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do titular do órgão da administração indireta.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO

INDIRETA

1. Instruir o processo e encaminhar à SEAD/DGP ou unidade competente dos órgãos da administração indireta, para análise e providências.

SEAD / DGP ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Elaborar o Termo Aditivo de Cessão e colher as assinaturas dos titulares dos órgãos cedente e cessionário. 2. Providenciar a publicação do resumo do Termo Aditivo de Cessão no Diário Oficial do Estado e aguardar a publicação. 3. Após a publicação – Anexar 01 (uma) cópia do resumo do Termo Aditivo de Cessão em pasta própria. 4. Atualizar os registros no Sistema de Controle de Bens Imóveis 5. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

SEAD / DAF/GDI ou UNIDADE DE ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Arquivar o processo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: RENOVAÇÃO DA CESSÃO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a permissão de uso de bens imóveis da Administração Pública Estadual. CONCEITOS: Permissão de uso: É o ato administrativo pelo qual a Administração consente que determinada pessoa física ou jurídica utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo aos interesses público e privado. Permissionário: Pessoa física ou jurídica a quem a Administração consente o uso de imóvel público. Permitente: Órgão ou entidade pública que permite a utilização do bem. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD, através da DGP; • Órgãos da Administração Indireta Estadual • Entidade solicitante. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ENTIDADE INTERESSADA

1. Encaminhar ofício à SEAD via protocolo, solicitando permissão de uso do imóvel de seu interesse, se a propriedade pertencer ao Estado, ou ao órgão da administração indireta estadual, quando este detivera titularidade do bem.

SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO

INDIRETA

1. Formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do titular do órgão da administração indireta.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Instruir o processo e encaminhar à SEAD/DGP ou unidade competente dos órgãos da administração indireta, para análise e providências.

SEAD / DGP ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Verificar no Sistema de Controle de Bens Imóveis se o imóvel solicitado é próprio e se encontra disponível. - O imóvel encontra-se disponível?

1.1 Não havendo disponibilidade – Informar a entidade solicitante da impossibilidade da permissão de uso do imóvel.

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1.2 Havendo disponibilidade – Consultar o órgão ao qual o bem está afetado sobre a possibilidade da liberação.

- Há possibilidade de liberação? 1.3 Não havendo a possibilidade –

Informar ao órgão ou entidade solicitante da impossibilidade da permissão.

1.4 Havendo a possibilidade – Providenciar a elaboração do Contrato de Permissão de Uso e do Termo de Entrega de Bem Imóvel, conforme modelos constantes deste Manual, colher assinatura dos titulares dos órgãos permitente e da entidade permissionária e proceder a entrega do imóvel objeto da permissão de uso à entidade solicitante. 2. Providenciar a publicação do resumo do Contrato de Permissão de Uso no Diário Oficial do Estado e aguardar a sua publicação. 3. Após a publicação – Anexar uma (01) cópia em pasta própria 4. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

SEAD / DAF/GDI ou UNIDADE DE ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Arquivar o processo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a renovação de permissão de uso de bens imóveis da Administração Pública Estadual. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • A SEAD, através da DGP; • Órgãos da Administração Indireta Estadual • Entidade solicitante. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ENTIDADE PERMISSIONÁRIA

1. Solicitar formalmente à SEAD ou a órgão da administração indireta estadual, se este for o proprietário do imóvel, a renovação do Contrato de Permissão de Uso.

SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO

INDIRETA

1. Formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do titular do órgão da administração indireta..

SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Instruir o processo e encaminhar à SEAD/DGP ou unidade competente dos órgãos da administração indireta, para análise e providências.

SEAD / DGP ou ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Elaborar o Termo Aditivo ao Contrato de Permissão de Uso e colher as assinaturas dos titulares do órgão permitente e da entidade permissionária. 2. Providenciar a publicação do resumo no Diário Oficial do Estado. Aguardar a publicação. 3. Após a publicação – Anexar uma (01) cópia do resumo do Termo Aditivo em pasta própria. 4. Atualizar os registros no Sistema de Controle de Bens Imóveis 5. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI/DAF para arquivamento.

SEAD / DAF/GDI ou UNIDADE DE ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

1. Arquivar o processo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA LOCAÇÃO DE IMÓVEL

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos para a locação de imóveis de terceiros e controle dos contratos formalizados por Órgãos da Administração Direta Estadual. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento: • Órgãos da Administração Direta Estadual; • A SEAD, através da DGP. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃO INTERESSADO

1. Escolher o tipo de imóvel, a localização e dimensões desejadas e consultar no Sistema de Controle de Bens Imóveis, a existência de algum imóvel do Estado disponível no local escolhido. - Existe imóvel disponível?

1.1 Sim – Encaminhar Ofício à SEAD/DGP via protocolo, para as providências específicas destinadas à afetação.

1.2 Não – Fazer pesquisa no mercado para localizar o imóvel desejado.

- localizado o Imóvel? 1.3 Sim – Encaminhar Ofício à

SEAD/DGP via protocolo, solicitando a avaliação do imóvel com os seguintes documentos em anexos:

• Proposta (s) de locação elaborada (s) pelo proprietário (s);

• Cópias de documentos pessoais do (s) proprietário (s): RG e CPF;

• Copias da (s) Escritura (s) e Registros no Cartório de Imóveis;

• Plantas baixa (s) do (s) imóvel (eis); • Declaração sobre disponibilidade de

imóveis para locação. 1.4 Não – Verificar junto a Casa Civil, a

possibilidade e viabilidade da aquisição ou desapropriação de outro imóvel de interesse. 2. Efetuar as negociações e formalizar o contrato de locação com base no modelo constante deste Manual.

83

3. Providenciar a publicação do resumo do contrato de locação no Diário Oficial do Estado. Aguardar publicação. 4. Encaminhar à SEAD / DGP, o processo com uma (01) via do contrato de locação e a cópia da publicação no Diário Oficial do Estado, do resumo do documento contratual.

CASA CIVIL Receber o ofício e tomar as devidas providências.

SEAD/PROTOCOLO

1. Formalizar o processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 2. Encaminhar o processo ao órgão solicitante. 3. Encaminhar à SEAD / DGP o processo e as copias do contrato de locação e da publicação no Diário Oficial do Estado do respectivo resumo.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO 1. Instruir o processo e encaminhar à DGP para providências.

SEAD / DGP

1. Instruir o processo solicitando a realização de avaliação do imóvel e encaminhar juntamente com o processo à SEOP. 2. Receber o processo contendo a avaliação requisitada e encaminhar ao órgão solicitante, com a manifestação sobre a melhor proposta. 3. Providenciar o registro da locação no Sistema de Controle de Bens Imóveis e arquivar as cópias dos documentos em pasta própria na Unidade.

SEOP 1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o respectivo Laudo. 2. Encaminhar à SEAD/DGP via protocolo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: LOCAÇÃO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos para a renovação de contrato de locação de imóveis de terceiros formalizados por órgãos da administração direta estadual. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento: • Órgãos da Administração Direta Estadual; • A SEAD, através da DGP. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃO INTERESSADO

1. Adotar os procedimentos descritos na cláusula contratual que define as condições previstas para renovação, antes do vencimento do prazo contratual. 2. Providenciar o Termo Aditivo de Renovação do Contrato e a coleta das respectivas assinaturas dos titulares dos órgãos e do proprietário do imóvel. 3. Entregar uma via ao proprietário e encaminha outra à SEAD/DGP via protocolo, para controle.

SEAD/PROTOCOLO 1. Receber a via do Termo Aditivo de Renovação de Contrato de Locação.

SEAD/DGP

1. Efetuar o registro da renovação do contrato no Sistema de Controle Imobiliário e arquivar o Termo Aditivo em pasta própria na unidade.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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ESTADO DO PARÁ

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA ENTREGA DO IMÓVEL – LOCAÇÃO

OBJETIVO: Estabelecer procedimentos para a entrega do imóvel ao proprietário pela Administração Estadual. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento: • Órgãos da Administração Direta Estadual; • A SEAD, através da DGP. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃO INTERESSADO 1. Efetivar a entrega do imóvel ao proprietário e comunica o fato à SEAD/DGP.

SEAD/DGP 1. Efetuar o registro de baixa da locação no Sistema de Controle Imobiliário e arquivar a pasta relativa ao imóvel na Unidade.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: ENTREGA DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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ESTADO DO PARÁ

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA CONSTRUÇÃO

OBJETIVO: Manter o Sistema de Controle de Bens Imóveis atualizado, com todas as informações sobre as obras (construções ou ampliações) realizadas em imóveis pertencentes ao Patrimônio Estadual. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • SEOP ou órgãos públicos estaduais ocupantes dos imóveis. • A SEAD, através da DGP DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE OBRAS PÚBLICAS ou ÓRGÃO ESTADUAL

RESPONSÁVEL PELA OBRA

1. Encaminhar à SEAD/DGP via protocolo, a documentação técnica (planta de situação e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico), após a conclusão da obra, informando a quem está afetado o imóvel

SEAD/PROTOCOLO

1. Encaminhar a documentação técnica à SEAD / DGP. 2. Receber do órgão de afetação e encaminhar à SEAD / DGP, a cópia autenticada da documentação cartorária.

SEAD/DGP

2. Solicitar ao órgão de afetação do imóvel a alteração ou lavratura da Escritura Pública, e o registro junto ao Cartório de Imóveis. 3. Proceder a inclusão ou alteração das informações relativas ao imóvel no Sistema de Controle de Bens Imóveis 3. Arquivar a documentação em pasta própria na Unidade.

ÓRGÃO DE AFETAÇÃO 1. Providenciar a documentação cartorária e encaminhar cópia autenticada à SEAD/DGP via protocolo.

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL RESPONSÁVEL:

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ESTADO DO PARÁ

Secretaria de Estado de Administração Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário

PARTE II ROTINAS E FLUXOS

ROTINA AFETAÇÃO DE IMÓVEL

OBJETIVO: Atribuir a um bem público destinação específica. RESPONSABILIDADE: São responsáveis pelo cumprimento desta rotina: • SEAD, através da DGP; • Órgãos da administração direta estadual DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:

ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS

ÓRGÃOS INTERESSADOS

1. Encaminhar ofício à SEAD via protocolo, informando suas necessidades acerca de espaço físico para funcionamento de suas unidades.

SEAD / PROTOCOLO

1. Formalizar processo e encaminhar ao Gabinete do Secretário. 2. Encaminhar a via do Termo de afetação para o órgão interessado.

SEAD/GAB. SECRETÁRIO 1. Receber o processo e encaminhar à Diretoria de Gestão de Patrimônio - DGP para analise e Providências.

SEAD/DGP

1. Verificar no Sistema de Controle de Imóveis, a disponibilidade de bens existentes que atendam as necessidades do órgão. - Há Disponibilidade de bens?

1.1. Não há disponibilidade – Elabora ofício informando da indisponibilidade do imóvel, colher assinatura da Diretora e encaminhar ao órgão interessado.

1.2. Há disponibilidade - Providenciar a elaboração do Termo de Afetação, em duas vias, colher as assinaturas do Secretário de Estado de Administração, do titular do órgão interessado e providenciar a publicação do resumo do Termo de Afetação no DOE. 2. Encaminhar a 1ª via do Termo de Afetação para o órgão interessado via protocolo, e arquivar a 2ª via em pasta própria na unidade. 3. Atualizar o cadastro imobiliário 4. Arquivar temporariamente o processo na Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os autos à GDI / DAF para o arquivamento.

SEAD/DAF/GDI 1. Arquivar o processo

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SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO

2 PÁG. N.º

FLUXO DA ROTINA: AFETAÇÃODE IMÓVEIS RESPONSÁVEL:

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MODELOS DE TERMOS E CONTRATOS

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

MODELO DE CONTRATO DE CESSÃO DE USO

CONTRATO DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL QUE ENTRE SI CELEBRAM O ESTADO DO PARÁ, E A ...........................................

O ESTADO DO PARÁ, representado neste ato pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, ..............................................., CPF/MF n°........................, RG n°...................., doravante denominado CEDENTE e a (nome do órgão/entidade cessionária), neste ato representado pelo seu titular, Sr. ............................................., CPF/MF nº .........................., RG n°...................., doravante denominado CESSIONÁRIO, celebram o presente Contrato de Cessão de Uso, nos termos previstos na Lei Estadual n°6.614, de 05.01.2004 e de acordo com as cláusulas e condições seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO O presente Contrato tem por objeto a cessão de uso, a título gratuito, pelo Cedente, do imóvel de propriedade do Estado, situado na .............................. no município de ......................., e cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº, ....................... CLÁUSULA SEGUNDA - DA FINALIDADE A Cessão de Uso ajustada por este instrumento tem por finalidade a utilização, pelo Cessionário, do bem referido na Cláusula anterior, exclusivamente para instalação de ........................................................., não podendo dar-lhe destinação diversa da prevista nesta Cláusula, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a terceiros. CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DO CESSIONÁRIO As benfeitorias e melhoramentos feitos no imóvel a ele se incorporarão, passando a pertencer ao Cedente, sem que este fique obrigado a indenizar o Cessionário e, sem que assista, a este, qualquer direito à retenção ou indenização quando da sua restituição ao Cedente. Assumir, a partir da assinatura deste Contrato, todos os ÔNUS decorrentes da utilização do imóvel, tais como luz, força, água, seguro, IPTU e demais tributos inerentes ao exercício das atividades do Cessionário.

95 CLÁUSULA QUARTA - DA RESTITUIÇÃO O Cessionário restituirá o bem em condições normais de uso, quando exigido por motivo de interesse público, por violação das Cláusulas deste instrumento ou findo o prazo contratual. CLÁUSULA QUINTA - FORMA DE RECEBIMENTO O recebimento do imóvel, pelo Cessionário, será efetuado através de TERMO DE ENTREGA E RECEBIMENTO que em anexo integra este instrumento, assim como deverá ser firmado um Termo próprio, quando da devolução do imóvel.

CLÁUSULA SEXTA - DO PRAZO Este Contrato vigorará pelo prazo de ..... (.....) anos, podendo ser renovado por ajuste expresso das partes, firmado com antecedência mínima de 30 dias da data do seu vencimento. CLÁUSULA SÉTIMA - DO FORO Fica eleito o foro de ................. como único competente para todas as ações e efeitos judiciais decorrentes deste Contrato. E por terem assim ajustado, firmam as partes este Contrato que será registrado no Cadastro de Bens Imóveis do Estado, estando assinados pelas testemunhas adiante nomeadas, dele extraindo-se 02 (duas) cópias de igual teor e validade.

Belém, de de

Governador do Estado

Titular do órgão/entidade cessionária

TESTEMUNHAS: ______________________________ ______________________________ CPF/MF n° CPF/MF n° RG n° RG n°

* Este modelo deverá ser utilizado pelos órgãos da administração indireta estadual com as devidas adaptações.

96

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

MODELO DO TERMO DE ENTREGA

TERMO DE ENTREGA E RECEBIMENTO DE BEM IMÓVEL

O Estado do Pará, representado neste ato pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, ........................................, faz a entrega do imóvel localizado à .................., bairro .............., na cidade de ................., objeto do CONTRATO DE CESSÃO DE USO, a (nome do órgão/entidade cessionária), que neste ato dá como recebido, pelo Sr. (representante do órgão/entidade cessionária).

Belém, de de

Governador do Estado

Titular do órgão/entidade Cessionária

* Este modelo deverá ser utilizado pelos órgãos da administração indireta estadual com as devidas adaptações.

97

EXTRATO DE TERMO DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL

CEDENTE: ESTADO DO PARÁ CESSIONÁRIO: OBJETO: Cessão de uso pelo Cedente, a título gratuito, do imóvel de propriedade do Estado do Pará, localizado na ......................., nº ........, Município de ........................ , e cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº ............ FINALIDADE: Utilização, pelo Cessionário, do imóvel exclusivamente para a instalação e funcionamento de .........................., não podendo dar-lhe destinação diversa, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a terceiros. RESTITUIÇÃO: O Cessionário restituirá o bem em condições normais de uso, quando exigido por motivo de interesse público, por violação das Cláusulas previstas no Termo Administrativo de Cessão de Uso do Imóvel ou findo o prazo contratual. PRAZO: (registrar tempo estabelecido para a cessão), podendo ser renovado por igual período mediante ajuste expresso das partes, firmado com antecedência mínima de 30 dias da data do seu vencimento. DATA DA ASSINATURA: ........................................................................................................................................................

* Modelo adotado para publicação no Diário Oficial do Estado.

98

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ TERMO DE AFETAÇÃO DE BENS IMÓVEIS N°

SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO NOME DO TITULAR: ÓRGÃO AFETADO: NOME DO TITULAR:

Pelo presente instrumento, a Secretaria de Estado de Administração, Órgão Gestor do Sistema de Patrimônio Imobiliário do Estado, neste ato representada por seu titular acima identificado, formaliza a afetação e a transferência de administração do imóvel, localizado à ................................................, pertencente ao Estado do Pará, para ( nome do órgão/entidade afetado ), representado neste ato por seu titular acima identificado, cabendo a partir da data da assinatura deste documento, a responsabilidade decorrente do uso e posse do referido bem imóvel, conforme os termos do processo n° ........................... E, por estarem as partes assim ajustadas, firmam o presente Termo, em 02(duas) vias de igual teor e forma. Belém, de de ___________________________________________ Assinatura do Titular da SEAD ___________________________________________ Assinatura do Titular do Órgão Afetado 1ª via – Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado - DGP 2ª via – Unidade de Patrimônio do Órgão Afetado

99

EXTRATO DE TERMO DE AFETAÇÃO DE BEM IMÓVEL

ÓRGÃO AFETADOR: SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

ÓRGÃO AFETADO:

OBJETO: Formalizar a afetação e a transferência da administração do imóvel pertencente ao Estado do Pará, localizado na ............................n° ........, Município de ........................, para (nome do órgão), que passa a ter a responsabilidade decorrente do uso e posse do referido imóvel, conforme os termos do processo nº ......................... ASSINATURA: NOME DO TITULAR da Secretaria de Estado de Administração. NOME DO TITULAR do órgão afetado.

DATA DA ASSINATURA: 16/11/2007

.......................................................................................................................................................

* Modelo adotado para publicação no Diário Oficial do Estado.

100

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

MODELO DO TERMO DE PERMISSÃO DE USO

TERMO DE PERMISSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL QUE ENTRE SI CELEBRAM O ESTADO DO PARÁ E ...........................................................

O ESTADO DO PARÁ, representado neste ato pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, ..............................................., CPF/MF n°........................, RG n°...................., doravante denominado PERMITENTE e a (nome do órgão/entidade cessionária), neste ato representado pelo seu titular, Sr. ............................................., CPF/MF nº .........................., RG n°...................., doravante denominado PERMISSIONÁRIO, celebram o presente Termo de Permissão de Uso, nos termos previstos na Lei Estadual n°6.614, de 05.01.2004 e de acordo com as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO O presente Termo tem por objeto a permissão de uso, a título gratuito, do imóvel de propriedade do PERMITENTE, situado na ................................, município de ...................., e cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº ............... CLÁUSULA SEGUNDA - DA FINALIDADE A Permissão de Uso ajustada por este instrumento tem por finalidade a utilização, pelo PERMISSIONÁRIO, do bem referido na Cláusula anterior, exclusivamente para instalação e funcionamento de ....................................................., não podendo dar-lhe destinação diversa da prevista nesta Cláusula, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a terceiros. CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DO PERMISSIONÁRIO Assumir, a partir da assinatura deste Termo, todos os ÔNUS decorrentes da utilização do imóvel, tais como luz, força, água, seguro, IPTU e demais tributos inerentes ao exercício das atividades do PERMISSIONÁRIO. As benfeitorias e melhoramentos feitos no imóvel a ele se incorporarão, passando a pertencer ao PERMITENTE, sem que este fique obrigado a indenizar o PERMISSIONÁRIO e, sem que assista, a este, qualquer direito à retenção ou indenização quando da sua restituição ao PERMITENTE. CLÁUSULA QUARTA - DA RESTITUIÇÃO O PERMISSIONÁRIO restituirá o bem em condições normais de uso, quando exigido por motivo de interesse público ou por violação das Cláusulas deste instrumento.

101 CLÁUSULA QUINTA - FORMA DE RECEBIMENTO O recebimento do imóvel, pelo PERMISSIONÁRIO, será efetuado através do TERMO DE ENTREGA E RECEBIMENTO que em anexo integra este instrumento, assim como deverá ser firmado um Termo próprio, quando da devolução do imóvel. CLÁUSULA SEXTA - DO FORO Fica eleito o foro de ..................... como único competente para todas as ações e efeitos judiciais decorrentes deste Termo. E por terem assim ajustado, firmam as partes este Termo que será registrado no Cadastro de Bens Imóveis do Estado, estando assinados pelas testemunhas adiante nomeadas, dele extraindo-se 02 (duas) cópias de igual teor e validade.

Belém, de de

Governador do Estado

Entidade permissionária

TESTEMUNHAS: ______________________________ CPF n° ______________________________ CPF n°

102

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

DECLARAÇÃO DE IMÓVEL A SER LOCADO

Declaro que o(s) imóvel(is) sito(s) na(s) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ objeto de interesse de locação para a instalação do(a) ____________________________ foi(ram) o(s) único(s) encontrado(s) no mercado em condições satisfatórias as finalidades propostas.

Belém, ______de ____________ de ______

__________________________________________

Dirigente do Órgão

103

GLOSSÁRIO

CONCEITUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL

1. Administração Patrimonial – Conjunto de ações que compreende utilização, controle e conservação do

bem, segundo a destinação natural ou legal de cada um e, em sentido amplo, incluí a alienação dos bens revelados inúteis ou inconvenientes ao serviço público, bem como a aquisição de novos bens.

2. Agente Responsável – todo e qualquer servidor que, no exercício de cargo, função ou emprego público,

responde pela administração, guarda e controle de dinheiro, valores materiais e bens móveis e imóveis pertencentes ao Estado ou a ele confiados.

3. Alienação – toda transferência de propriedade de um bem patrimonial a terceiros, onerosa ou gratuita,

mediante a forma de venda, permuta, doação ou outras previstas no Direito, obedecidas às exigências legais pertinentes.

4. Aquisição – ato ou fato em virtude do qual o Estado assume a propriedade ou domínio de um bem para

realização de seus fins, observadas as normas e condições estabelecidas em lei.

5. Avaliação – atribuição de valor a um bem para fins de aquisição, locação, contabilização e alienação, observadas as normas legais e critérios técnicos específicos.

6. Baixa – lançamento mediante o qual um bem é excluído do estoque ou do cadastro patrimonial e,

contabilmente, diminui ou anula o “saldo” de uma conta, em decorrência de consumo, transferência, extravio, destruição, inutilização, absolescência, desuso ou alienação.

7. Bens Públicos – são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos,

direitos a ações que compõem o patrimônio do Estado.

8. Bens Desativados – todos aqueles que, obsoletos ou inservíveis para a necessidade do órgão ou entidade da administração pública, estão sujeitos a alienação ou reaproveitamento.

9. Bens Imóveis – são terrenos, edifícios, construções e as benfeitorias a eles incorporadas de modo permanente, cuja remoção é impraticável ou provoca destruição, fratura, modificação ou dano em sua estrutura básica.

10. Bens Móveis – são elementos do patrimônio, suscetíveis de remoção sem alterar sua integridade física ou

funcional, bem como aqueles que constituem acervos em museus, pinacotecas, bibliotecas e assemelhados.

11. Benfeitorias – acréscimo ou adaptação efetuada em um bem, no sentido de aperfeiçoá-lo ou mantê-lo em condições para melhor atender as necessidades e finalidades do Estado, sendo as despesas incorporadas ao valor originário do mesmo bem.

12. Cadastramento- ação de registro, onde se arrolam os bens móveis e imóveis, especificando suas

características físicas, financeiras e de localização, de modo a permitir a identificação e avaliação de cada um deles.

15. Cessão de Uso - transferência de posse gratuita ou em condições especiais, com troca de responsabilidade entre Órgãos ou entidades públicas estaduais ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos demais poderes do Estado, ou a outras pessoas jurídicas de direito público, segundo a sua destinação específica, sempre com determinação de prazo, e atribuição de encargos quando cabíveis.

16. Compra - aquisição de um bem patrimonial, mediante preço previamente ajustado, procedida de acordo com a legislação vigente.

104 17. Concessão de Uso - transferência de posse remunerada ou gratuita, onde é facultado ao particular a utilização de um bem pertencente a um órgão ou entidade da Administração Pública Estadual, por tempo determinado, segundo a sua destinação específica, com atribuição de encargos quando cabíveis, sempre precedida de concorrência para o contrato, nas formas previstas em lei. 18. Dação em Pagamento - é a entrega de um bem para solver dívida anterior. 19. Depreciação - registro contábil da perda progressiva de valor de um bem imobilizado em decorrência do seu uso, levando-se em consideração, além de exigências legais, valor, o tempo de duração do bem e a taxa de depreciação. 20. Doação - ato exclusivamente para fins de interesse social, formalizando mediante contrato e avaliação prévia. Poderá ser efetuado pelos órgãos integrantes da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações, após a verificação da oportunidade, conveniência sócio-econômica e aprovação pela autoridade competente. Este ato ocorre por liberdade e a título gratuito, transferindo o bem de seu patrimônio para outrem que o aceita, com ou sem encargos. No caso de doação para Instituições Filantrópicas, estas devem ser reconhecidas como de utilidade pública do Poder Legislativo. 21. Incorporação - registro procedido no cadastro e na contabilidade pelo qual é efetuada a inclusão ou entrada de um bem no patrimônio do Estado, em decorrência de aquisição, nas suas diversas modalidades. 22. Inutilização - destruição total ou parcial de um bem que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconvenientes de qualquer natureza para Administração Pública Estadual. 23. Inventário - arrolamento periódico dos bens patrimoniais do Estado, exigido por lei e tendo como objetivo o controle quantitativo e qualitativo dos mesmos, inclusive o confronto entre as existências físicas e as consignadas sob a responsabilidade dos órgãos da administração, bem como entre os valores avaliados e os escriturados na contabilidade. 24. Material - designação genérica dos bens destinados a consumo ou aplicação, equipamentos e instalações, materiais permanentes, inclusive quando aplicados em obras públicas ou entregues à Administração Pública através de convênios com outras Entidades Públicas (art. 167 da Lei 2322/66). 25. Material Antieconômico - todo material com manutenção onerosa, rendimento precário ou que seja economicamente invariável a sua recuperação. 27. Material Irrecuperável - todo material que não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina, devido à perda de suas características. 28. Material Obsoleto - todo o bem em desuso considerado antiquado para o fim a que se destina, podendo ser doado, transferido ou permutado com outro órgão ou recolhido à SEAD. 29. Material Ocioso - todo material que embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado, podendo ser cedido, transferido, doado a outro órgão ou recolhido à SEAD. 30. Material Recuperável - todo material passível de ser recuperado se orça no máximo a cinqüenta por cento (50%) do seu valor de mercado, podendo ser cedido, doado ou transferido para um órgão que dele necessite. 31. Movimentação - mudança decorrente de transferência, alteração, reavaliação e/ou alienação do bem patrimonial. 32. Patrimônio Público - conjunto de bens de toda natureza e espécie, que tenham interesse para a administração e para comunidade administrada.


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