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MANUAL DOS PRAZOS PROCESSUAIS:

A CONTAGEM DOS PRAZOS NO NOVO CPC

1. MUDANÇAS GERAIS APLICÁVEIS A TODOS OS PRAZOS PROCESSUAIS:

Mudança no modo de contagem dos prazos: A partir do novo CPC, os prazos

processuais somente serão contados em dias úteis, e não mais de forma corrida, como

era antigamente. Esta regra aplica-se somente aos prazos processuais, que é todo

aquele que decorre de um fato processual (prazo para cumprir uma decisão, prazo para

peticionar, contestar, recorrer, impugnar laudo, impugnar arrematação, etc.).

Ex.: O prazo é contado a partir de segunda-feira até sexta-feira, e no final de semana

para a contagem, a qual irá retornar novamente na próxima segunda-feira. Ainda, caso

haja um feriado no meio do prazo, a contagem igualmente deve ser suspensa, para que

retorne no próximo dia útil.

Observação: Esta regra só se aplica aos prazos em dia. Não se aplica aos prazos em mês

e ano.

Previsão: Artigo 219: “Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz,

computar-se-ão somente os dias úteis”. Parágrafo Único: “O disposto neste artigo

aplica-se somente aos prazos processuais”.

A partir do novo CPC, passa a ser regulamentada a questão da suspensão dos prazos

no período compreendido entre 20 de dezembro a 20 de janeiro. Durante este período,

não correrão prazos, não serão realizadas audiências, e tampouco sessões de

julgamento. Não são férias do Poder Judiciário, a parte pode peticionar, pode ser

proferida sentença e etc., no entanto, os prazos só começam a correr depois do dia 20

de janeiro.

Previsão: Artigo 220: “Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos

entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive”. Parágrafo Segundo: “Durante a

suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento”.

Outra novidade do novo CPC é a inclusão de outro fundamento para a suspensão dos

prazos processuais: Os prazos processuais ficarão suspensos durante a execução de

programas instituídos pelo Poder Judiciário para conciliação das partes. O que suspende

são os prazos e não o processo em si.

Previsão: Artigo 221, Parágrafo Único: “Suspendem-se os prazos durante a execução de

programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo

aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos”.

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O novo CPC acaba com as discussões jurisprudenciais acerca dos atos praticados

prematuramente, ou seja, praticados antes do início do prazo. A partir de agora, se o

ato é praticado antes do início do prazo ele é tempestivo, logo não há mais que se falar

em ratificação do recurso, ou em recurso prematuro.

Portanto, cai por terra a Súmula 418, do STJ, que menciona que “É inadmissível o recurso

especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem

posterior ratificação”.

Previsão: Artigo 218, Parágrafo Quarto: “Será considerado tempestivo o ato praticado

antes do termo inicial do prazo”.

Art. 1.024, § 5º “Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a

conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da

publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado

independentemente de ratificação”.

Prazos quando há litisconsortes com advogados distintos: No novo CPC, continua

existindo a dobra do prazo para os litisconsortes com advogados distintos. No entanto,

a mudança é que agora há previsão expressa de que os advogados não podem ser do

mesmo escritório de advocacia. Esta questão era bastante controvertida na

jurisprudência.

Observação 1: A regra da dobra dos prazos só se aplica para autos físicos; se o processo

for eletrônico, não haverá prazo em dobro.

Observação 2: A dobra dos prazos deixa de existir se um dos réus for revel.

Previsão: Artigo 229: “Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de

escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas

manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento”.

Parágrafo Primeiro: “Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois)

réus, é oferecida defesa por apenas um deles”. Parágrafo Segundo: “Não se aplica o

disposto no caput aos processos em autos eletrônicos”.

O CPC de 73 estabelecia que, em sendo omissos a lei e o juiz, a parte somente era

obrigada a comparecer em juízo, se a intimação fosse antecedida de 24hrs. A partir do

novo CPC este prazo é majorado para 48hrs. O prazo é razoável, até para a parte

procurar advogado se for o caso.

Previsão: Artigo 218, Parágrafo Segundo: “Quando a lei ou o juiz não determinar prazo,

as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e

oito) horas”.

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Carga rápida: a carga rápida para tirar cópias do processo foi regulamentada de forma

mais minuciosa pelo novo CPC. Agora o prazo da carga rápida é de até 6hs e não 1hs

como antigamente.

Previsão: Artigo 107, Parágrafo Terceiro: “Na hipótese do § 2o, é lícito ao procurador

retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas,

independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. ”

O novo CPC deixa claro que o Juiz pode dilatar prazos, na hipótese de entender que

o prazo legal não seria suficiente para a prática do ato, no caso concreto. No entanto, o

Código também deixa claro que é vedado ao Juiz reduzir os prazos.

Previsão: Artigo 139: “O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,

incumbindo-lhe: Inciso VI: “VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de

produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a

conferir maior efetividade à tutela do direito”. Parágrafo Único: “A dilação de prazos

prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular”.

O Código traz uma grande mudança, que é a possibilidade de as partes fixarem um

“calendário processual” para os prazos processuais, que nada mais é do que um

agendamento do processo. Assim, pode ficar estabelecida, por exemplo, qual será a data

da oitiva da testemunha, qual será a data da produção da prova pericial, qual será a data

da publicação da sentença, e etc. Este calendário processual é celebrado pelas partes e

pelo juiz, ou seja, é um calendário negociado, e não imposto pelo juiz. Ainda, ele pode

ser estabelecido em qualquer momento (na instrução, na execução, etc.), e pode

envolver todos os atos do processo. A vantagem é que, uma vez estabelecido o

calendário processual, ele dispensará a intimação das partes.

Previsão: Artigo 191: “De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para

a prática dos atos processuais, quando for o caso”. Parágrafo Primeiro: “O calendário

vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos

excepcionais, devidamente justificados”. Parágrafo Segundo: “Dispensa-se a intimação

das partes para a prática do ato processual ou a realização de audiência cujas datas

tiverem sido designadas no calendário”.

Prazos especiais dos entes públicos e do Ministério Público: O novo CPC simplificou

esta questão. A partir de agora, o prazo é dobrado para qualquer manifestação dos

entes públicos ou do Ministério Público. Antigamente, para cada manifestação tinha

uma regra, sendo que para determinadas manifestações o prazo era quádruplo, e para

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outras manifestações era em dobro. Este prazo dos entes públicos é em dias, portanto,

aplica-se a regra da contagem apenas em dias úteis.

Ainda, cumpre referir que o prazo somente será em dobro, salvo se a lei previr um prazo

específico diferente. Exemplo: O ECA estabelece que o prazo para o Ministério Público

recorrer é 10 dias, então neste caso não se aplica o prazo em dobro. O CPC estabelece

que o Ministério Público tem 30 dias para parecer quando atua como fiscal da ordem

pública, logo neste caso igualmente não se aplica o prazo em dobro.

Previsão: Artigo 183: “A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas

respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para

todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação

pessoal”. Parágrafo Segundo: “Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando

a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. ”.

O novo CPC também estendeu expressamente esta regra do prazo dobrado para os

núcleos de prática jurídica das faculdades de direito reconhecidas, e para as entidades

que prestam assistência jurídica.

Previsão: Artigo 186, Parágrafo Terceiro: “O disposto no caput aplica-se aos escritórios

de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades

que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a

Defensoria Pública.”

Fusos horários e processo eletrônico: Quando o processo é eletrônico, o advogado

tem até às 24hs do último dia do prazo para praticar o ato processual. Se o fuso horário

da cidade onde o advogado se encontra não é o mesmo fuso horário do Tribunal no qual

ele vai protocolizar a peça, deve ser considerado o horário do Tribunal perante o qual

vai praticar o ato, e não o horário do local onde está o advogado.

Previsão: Artigo 213, Parágrafo Único: “O horário vigente no juízo perante o qual o ato

deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo”.

No novo CPC, deixa-se claro que a renúncia aos prazos deve ser expressa, não se

admitindo renúncia tácita aos prazos. Esta questão não era clara no antigo CPC, embora

já fosse a posição da doutrina.

Previsão: Artigo 225: “A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente

em seu favor, desde que o faça de maneira expressa”.

Quando a parte for recorrer e tiver feriado local, cabe ao recorrente comprovar a

existência do feriado local, sob pena de intempestividade do recurso. Esta regra está na

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parte de recursos, mas vale para todo prazo, se a pessoa vai contestar, também deve

observar.

Previsão: Artigo 1.003, Parágrafo Sexto: “O recorrente comprovará a ocorrência de

feriado local no ato de interposição do recurso”.

Quando o ato vai ser praticado pela parte, e não pelo advogado, o termo inicial do

prazo é a data em que a parte for comunicada acerca da determinação judicial.

Previsão: Artigo 231, Parágrafo Terceiro: “Quando o ato tiver de ser praticado

diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a

intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento

da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação”.

(Exemplo: pagar a sentença é prazo para parte e não para advogado).

No CPC de 73, havia uma previsão de que, nas comarcas onde for difícil o transporte,

o juiz poderia prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. No

novo CPC este período foi majorado para 02 (dois) meses.

Previsão: Artigo 222: “Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o

transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses”.

2. PRAZO DA CONTESTAÇÃO:

O prazo da contestação continua sendo de 15 (quinze) dias.

Previsão: Artigo 335, caput: “O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo

de 15 (quinze) dias, (...)”.

Conforme dito acima, se o réu for o Ministério Público, ente público, réu representado

judicialmente por defensor público, ou litisconsorte com advogado diferente do outro

litisconsorte e de escritório distinto, o prazo é de 30 (trinta) dias.

O termo inicial da contestação vai depender de cada caso, sendo que existem algumas

hipóteses:

A) O réu é citado para comparecer na audiência de conciliação inicial e, tanto ele quanto

o autor, têm interesse na composição. Ambas as partes comparecem na audiência e, no

entanto, não é possível a composição. Neste caso, o termo inicial do prazo da

contestação será o dia da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão

de conciliação

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B) O réu é citado para comparecer na audiência de conciliação inicial e, no entanto,

alguma das partes não comparece na audiência (por desinteresse ou por impossibilidade

de comparecimento). Neste caso, o termo inicial do prazo da contestação também será

o dia da audiência de conciliação ou mediação. Atentar neste caso para a possibilidade

de aplicação de multa por ato atentatório à dignidade da justiça (art. 334, §8º);

Previsão: Inciso I, do artigo 335: “da audiência de conciliação ou mediação, ou da última

sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não

houver autocomposição”.

C) O autor apresenta a petição inicial e informa que não tem interesse na composição e

na realização de audiência de conciliação. O réu é citado para comparecer na audiência

e, no entanto, apresenta petição informando que também não tem interesse na

realização da audiência de conciliação. Neste caso, o termo inicial do prazo da

contestação será o dia do protocolo do pedido do réu de cancelamento da audiência de

conciliação ou de mediação;

Observação1: A audiência somente será cancela se ambas as partes concordarem. Se o

autor informar na petição inicial que tem interesse na composição, não adianta o réu

apresentar petição pedindo o cancelamento, pois a audiência ocorrerá de qualquer

forma.

Observação 2: Este pedido de cancelamento da audiência realizado pelo réu, deve ser

apresentado até 10 (dez) dias antes da audiência (art. 334, §5º).

Previsão: Inciso II, do artigo 335: “do protocolo do pedido de cancelamento da audiência

de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art.

334, §4º, inciso I”.

D) Se a audiência inicial de conciliação não for marcada, nos casos, por exemplo, em que

não se admite autocomposição, o termo inicial do prazo da contestação será a data

prevista no artigo 231, de acordo com o modo que foi feita a citação.

Previsão: Inciso III, do artigo 335: “prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi

feita a citação, nos demais casos”.

Artigo 231: Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação

for pelo correio; II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação

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ou a intimação for por oficial de justiça; III - a data de ocorrência da citação ou da

intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria; IV - o dia

útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for

por edital; V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao

término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for

eletrônica; VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo

esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a

citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;

VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou

eletrônico; VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos

autos, em carga, do cartório ou da secretaria.

Se há litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado

por todos os litisconsortes, caso contrário, haverá a audiência de conciliação. Neste

caso, o termo inicial do prazo da contestação será, para cada um dos réus, a data de

apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.

Previsão: §1º, artigo 335: “No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do

art. 334, §6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de

apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência”.

Se não for designada a audiência inicial de conciliação, por tratar-se de direito que

não se admite a autocomposição e, havendo litisconsórcio passivo, o autor desistir da

ação em relação a réu não citado, o prazo para contestação correrá da data de intimação

da decisão que homologar a desistência.

Previsão: §2º, artigo 335: “Quando ocorrer a hipótese do art. 334, §4º, inciso II, havendo

litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu não citado, o prazo para

resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência”.

3. PRAZOS DOS RECURSOS:

No novo CPC, há uma unificação dos prazos recursais, de modo que o prazo de todos os

recursos passa a ser de 15 (quinze) dias, contados da publicação da decisão, com

exceção dos embargos de declaração, que permanece sendo de 05 (cinco) dias.

Atentar para o fato de que se contam somente os dias úteis (art. 219).

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Previsão dos Embargos de Declaração: Artigo 1.023: “Os embargos serão opostos, no

prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade,

contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo”.

Previsão de prazo dos demais recursos: Artigo 1.003: “O prazo para interposição de

recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia

Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão”.

§1º: “Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando

nesta for proferida a decisão. ”

§2º: “Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso

pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação. ”

§4º: “Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será

considerada como data de interposição a data da postagem”.

§5º: “Executados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para

responder-lhes é de 15 (quinze) dias”.

§6º “O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato da interposição do

recurso”.

BIBLIOGRAFIA: DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 17ª ed. v. 1. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. Novo código de processo civil anotado / OAB – Porto Alegre: OAB RS, 2015.


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