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Manejo Integrado de

Pragas

CATI / Campinas-SP

11/11/2011Miguel Francisco de Souza Filho

Pesquisador Científico

Instituto Biológico - APTA

Caixa Postal 70

CEP 13012-970 / Campinas - SP

e-mail: [email protected]

Apresentação

Introdução

Agroecossistema

Ecologia da interação entre as categorias de pragas

Considerações sobre o MIP

Atividades do MIP

Fenologia da Goiabeira

Pragas-chave

Outras pragas

Considerações sobre os produtos fitossanitários

registrados para a cultura da goiaba

Introdução

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

• Sistema racional de controle de pragas na agricultura

• Utilização mínima de agroquímicos

amenizar problemas de contaminação do ambiente

diminuir taxas de resíduos nos alimentos

Melhor Qualidade de Vida

• Produtor

• Consumidor

Introdução

A goiabeira apresenta inúmeras espécies de pragas

• O Brasil possui extensão continental

• Clima tropical e biodiversidade exuberante

• Problemas fitossanitários distintos de uma região

para outra

Agroecossistema

Clima

Doenças

Inimigos NaturaisSolo

ÁguaNutrientes

Plantas Daninhas Pragas

Ecologia da interação entre as categorias de pragas

Plantas daninhas

Patógenos

(fungos, bactérias e vírus)

Vertebrados

(homem, animais domésticos e outros)

NematóidesArtrópodos

(insetos e ácaros)

Considerações sobre o MIP

• Existe equilíbrio na Natureza

• A agricultura rompe este equilíbrio

• A aplicação de produtos químicos agrava ainda

mais este desequilíbrio

• Todas as pragas tem inimigos naturais

• Todas as plantas toleram um certo nível de ataque

de pragas e doenças

Atividades do MIP

• Avaliação do agroecossistema

Reconhecer as principais pragas da cultura (pragas-chave)

Reconhecer os inimigos naturais (controle biológico natural)

Avaliação populacional das pragas e de seus inimigos naturais

Estudos dos fatores climáticos

Conhecimento dos estádios fenológicos da planta

Avaliação das táticas mais adequadas de controle

Atividades do MIP

Den

sid

ad

e p

op

ula

cio

nal

da p

rag

a

Tempo

Nível de equilíbrio

Nível de ação

Nível de dano econômico

Medidas de controle

Medidas de controle

Tomada de decisão

Atividades do MIP

• Escolha da tática de controle

1. Métodos legislativos ou regulatórios

2. Métodos mecânicos

3. Métodos culturais

4. Método de resistência de plantas

5. Métodos de controle por comportamento

6. Métodos de controle físico

7. Métodos de controle biológico

8. Métodos de controle autocida ou genéticos

9. Método químico

Fenologia da Goiabeira

A planta é regulada pela poda de frutificação

* Poda Total- Adequado p/ aplicação do MIP

- Uniformidade fenológica

* p/ definir os períodos críticos da cultura

Pragas-chave

Besouro-amarelo (Costalimaita ferruginea)

Gorgulho (Conotrachelus psidii)

Percevejos

Monalonion annulipes

Leptoglossus gonagra

Leptoglossus stigma

Leptoglossus zonatus

Leptoglossus fasciatus

Holhymenia clavigera

Psilídeo (Triozoida limbata)

Moscas-das-frutas (Anastrepha spp., Ceratitis capitata, Lonchaeidae)

Pragas –chave da Cultura da Goiaba a quais deve se

orientar o monitoramento e o controle:

Pragas-chave

Besouro-amarelo

Costalimaita ferruginea (Coleoptera, Chrysomelidae)

Sintomas e danos:

Folhas rendilhadas

Ataca também brotações e a superfície dos frutos

Como conseqüência reduz a área foliar, diminuindo a capacidade fotossintética,

refletindo na diminuição da produtividade

Pragas-chave

Besouro-amarelo

Costalimaita ferruginea (Coleoptera, Chrysomelidae)

Ataque ocorrendo no final da tarde e período noturno

Pragas-chave

Gorgulho-da-goiaba

Conotrachelus psidii (Coleoptera, Curculionidae)

Adultos

Pragas-chave

Gorgulho-da-goiaba

Conotrachelus psidii (Coleoptera, Curculionidae)

Pragas-chave

Gorgulho-da-goiaba

Conotrachelus psidii (Coleoptera, Curculionidae)

Aspectos biológicos:

PUPA

15 dias no solo

ADULTO **

Imóvel no solo por ± 25 dias

± 180 dias de vida

(após a saída do solo)

OVO

3-4 dias de incubação

1 ovo/oríficio e mais de 1/fruto

LARVA

40 dias no fruto

4 estádios (± 10 dias)

+ 165 dias no solo

(Profundidade de penetração de 6-9 cm)

PUPA

15 dias no solo

ADULTO **

Imóvel no solo por ± 25 dias

± 180 dias de vida

(após a saída do solo)

OVO

3-4 dias de incubação

1 ovo/oríficio e mais de 1/fruto

LARVA

40 dias no fruto

4 estádios (± 10 dias)

+ 165 dias no solo

(Profundidade de penetração de 6-9 cm)

Pragas-chave

Gorgulho-da-goiaba

Conotrachelus psidii (Coleoptera, Curculionidae)

Métodos de controle:

o Eliminação dos frutos pequenos atacados por ocasião do raleio;

o Coletar e destruir os frutos desenvolvidos e/ou maduros com sintomas;

o Ensacamento dos frutos

o Controle biológico aplicado: uso de nematóides entomatogênicos

Pragas-chave

Percevejos

1. Monalonium annulipes (Percevejo-da-verrugose)

Adultos

Fruto e folhas com sintomas

Pragas-chave

Percevejos

2. Leptoglossus stigma (Hemiptera: Coreidae)

3. Leptoglossus zonatus (Hemiptera: Coreidae)

4. Leptoglossus gonagra (Hemiptera: Coreidae)

Adulto (Leptoglossus zonatus) Ninfa (inseto jovem)

Pragas-chave

Percevejos

2. Leptoglossus stigma (Hemiptera: Coreidae)

3. Leptoglossus zonatus (Hemiptera: Coreidae)

4. Leptoglossus gonagra (Hemiptera: Coreidae)

Adultos em cópula

(Leptoglossus gonagra) Ovos depositados em fileira

Pragas-chave

Percevejos

Sintomas de ataque

(Leptoglossus stigma)

Pragas-chave

Percevejos

Métodos de controle

• Neorileya (Família Eurytomidae)

– ± 1,5 mm;

– Ovos de Leptoglossus: 80 % parasitados.

• Vespinhas:

• Gryon (Família Scelionidae )

– ± 1 mm;

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae) (antes Psyllidae)

Adultos na folhaNinfa

Adulto

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Sintomas

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Manejo cultural:

• Manter o solo constantemente vegetado, manejando as plantas

invasoras por meio de roçadas

Antes Depois

Pragas-chave

• A adubação nitrogenada deve ser feita com cuidado para evitar a

brotação excessiva

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Ramo de pomar orgânico

Ramos de pomar

convencional

Pragas-chave

Não utilizar inseticidas piretróides

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Causa desequilíbrio

Elimina a fauna de inimigos naturais

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Controle biológico natural

• Entomopatógenos

Psilídeos mortos por fungo

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Controle biológico natural

• Parasitóides

Psyllaephagus (Hymenoptera: Encyrtidae)

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozidae)

Controle biológico natural

• Predadores

Vespas

Bicho-lixeiro ou crisopídeosDolicopodídeo

Pragas-chave

Psilídeo

1. Triozoida limbata (Hemiptera: Triozoidae)

Controle biológico natural

• Predadores

Sirfídeos

Joaninhas

Pragas-chave

Moscas-das-frutas

1. Anastrepha spp. (Diptera: Tephritidae)

2. Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae)

3. Neosilba spp. (Diptera: Lonchaeidae)

* Praga mais importante na Cultura da Goiaba do ponto de vista

quarentenário, quando a produção se destina à exportação.

Pragas-chave

Moscas-das-frutas

Ciclo biológico da

mosca-das-frutas

VEGETAÇÃO

(Adulto)

FRUTO

(Ovo e Larva)

SOLO

(Pupa)

Pragas-chave

Moscas-das-frutas

Sintomas

Mosca-das-frutas

Gorgulho

Pragas-chave

Moscas-das-frutas

Armadilhas McPhailArmadilhas Jackson

Monitoramento

Pragas-chave

Moscas-das-frutas

Métodos de controle

Ensacamento dos frutos a partir de 2 cm de diâmetro

Pragas-chave

Moscas-das-frutas

Métodos de controle

Controle químico em cobertura total

Tripes (Thysanoptera: Liothrips sp., Pseudophilothrips sp.)

Percevejo predador de tripes

(Hemiptera: Antocoridae)

Pragas-chave

Pragas-chave

Tripes (Thysanoptera: Liothrips sp., Pseudophilothrips sp.)

Outras pragas

Vespinhas (Eurytoma sp. - Hymenoptera: Eurytomidae)

Considerações sobre os produtos

fitossanitários registrados p/ cultura da goiaba

Igrediente

Ativo

Produto

comercial

Dosagem

(p.c./100 L água) Aplicação Carência Indicação

Enxofre Thiovit Sandoz Cobertura - P. latus (ácaro-branco)

Fentiona Lebaycid EC 100 ml Cobertura 21 dias

A. fraterculus (mosca-das-frutas)

C. capitata (mosca-das-frutas)

M. lanata (lagarta-de-fogo)

S. rubrocinctus (tripes)

Imidacloprido Provado 200 SC 25 ml Cobertura 7 dias T. limbata (psilídeo)

Triclorfom Dipterex 500 300 ml Cobertura 7 diasA. fraterculus (mosca-das-frutas)

M. amilia (lagarta-desfolhadora)

TrimedlureBio Trimedilure

Bioceratitis- - - C. capitata (mosca-das-frutas)

Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (2009); MAPA (2009)

Inseticidas e acaricidas registrados no Brasil para a cultura da goiaba

Considerações sobre os produtos

fitossanitários registrados p/ cultura da goiaba

Igrediente Ativo

Artrópodes

Ácaros

predadores

em geral

AranhasBicho-lixeiro

(Chrysopidae)

Joaninhas

em geral

Parasitóides

em geral

Vespas

predadoras

(Vespidae)

Acaricida

Enxofre I-M-N L - L I-L-N -

Fungicidas

Mancozebe I-N - I I - -

Oxicloreto de cobre I-L - - - - -

Óxido cuproso I - - - - -

Tebuconazol L - - - - -

Inseticidas

Fentiona N - L-N N M -

Imidacloprido - - I-N - - -

Triclorfom L-M - L M-N N N

Seletividade de produtos fitossanitários aos inimigos

naturais (artrópodes) que ocorrem na cultura da goiaba

I = Inócuo; L = Levemente nocivo; M = Moderadamente nocivo; N = Nocivo

Fonte: Adaptado de Galvan et al. (2002) e Yamamoto e Bassanezi (2003)

Considerações sobre os produtos

fitossanitários registrados p/ cultura da goiaba

Igrediente ativoFungos entomopatogênicos

Beauveria bassiana Metarhizium anisopliae Verticillium lecanii

Acaricida

Enxofre T MT T

Fungicidas

Mancozebe AT AT AT

Oxicloreto de cobre MT - AT C AT

Tebuconazol AT AT AT

Inseticidas

Fentiona AT AT AT

Imidacloprido MT C C

Triclorfom T T AT

Toxicidade de produtos fitossanitários utilizados na cultura da goiaba a três

espécies de fungos entomopatogênicos, em condições de laboratório

AT = Altamente tóxico, T = Tóxico, MT = Moderadamente tóxico, C = Compatível

Fonte: Adaptado de Gassen (2006)

Fim

Muito obrigado!


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