Download - Manejo Florestal Sustentável - 21-01-15
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Manejo Florestal
um benefcio econmico, social e ambientalum benefcio econmico, social e ambientalum benefcio econmico, social e ambiental
Sustentvelno Portal da Amaznia
Gheorges Wilians RottaLaurent MicolNorival Batista dos Santos
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icha tcnicaF
EdioInstituto Centro de VidaAv. Jos Estevam Torquato Neto, 999 - Cuiab/MTCep: 78.055-731 Tel.: (66) 3521 8555www.icv.org.brWww.estacaovida.org.br - www.estacaovida.org.br
ApoioPromanejo/Ibama
AutoresGheorges Willians Rotta - Engenheiro florestalLaurent Micol - Coordenador Adjunto do ICV e mestrando em GeografiaNorival Batista - Economista e mestrando em Gesto Econmica e Meio Ambiente
Apoio de redao e revisoAndr Alves e Gisele Neuls
Esta publicao resultado do projeto Mobilizao da Sociedade Local para a Difuso do Manejo Florestal Sustentvel no Extremo Norte de Mato Grosso, desenvolvido pelo Instituto Centro de Vida com apoio do Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentvel da Amaznia (Promanejo/Ibama).
Fotografia e ilustraesAs fotografias utilizadas nesta publicao foram cedidas pelo Instituto Floresta Tropical (IFT), e as ilustraes pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaznia (Imazon)
Projeto Grfico e Editorao EletrnicaElenor Cecon - EGM Editora
Fotolito e ImpressoGrfica Unio
AgradecimentosFernado Zafonato (SINDIFLORA), Chistian J. Nardin Bezzera (Eng. Florestal), Rubens Marques Rondom Neto (Unemat), Diana S. Nunes da Silva (Eng. Florestal), Tatiane Reis (INPA).
Ngila Nerval Chaves CRB 12/363 (CIP)
808.81
Rotta, Gheorges WiliansManejo sustentvel no portal da amaznia: um benefcio
econmico, social e ambiental / Gheorges Wilians Rotta, Laurent Micol e Norival Batista dos Santos, ilustraes cedica por IFT e IMAZON. -- Alta Floresta-MT : ICV, 2006.
24 p.: Il. 23 cm -- (Cartilha)ISSN:
1. Laurent Micol. II. Norival Batista dos Santos. III. Ttulo.
CDD 634.9520. Ed.
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O que o manejo florestal 6
Contexto geral das atividades de base florestal 7
O manejo florestal sustentvel: uma estratgia de gesto das florestais tropicais 7
Uma opo privilegiada para conciliar desenvolvimento e conservao na Amaznia 8
Uma necessidade para manter a atividade florestal no territrio Portal da Amaznia 9
Novo marco legal na gesto florestal 11
Descentralizao da gesto florestal 11
Reviso do Cdigo Ambiental Estadual 12
Lei de Gesto de Florestas Pblicas 12
Como implementar o manejo florestal sustentvel 13
Planejar o manejo 13
Mapeamento e inventrio florestal da rea 14
Corte de cips 14
Planejamento da infra-estrutura e abertura de estradas e ptios de estocagem 15
Corte das rvores e arraste das toras 16
Ps-explorao: monitoramento, proteo e tratamentos silviculturais 17
Enriquecimento em clareiras 18
Certificao 19
Reflorestamento 19
Custos e benefcios do manejo florestal sustentvel 21
Custos e benefcios para o proprietrio de floresta 21
Comparao com a explorao convencional 22
Adequao evoluo do mercado 23
Desafios para efetivar a difuso do manejo florestal sustentvel 23
Glossrio 24
Referncias Bibliogrficas 24
umrioS
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
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O que Manejo Florestal
que o
manejo florestalOO manejo florestal sustentvel um modo de
produo florestal que visa conservar a floresta,
atravs da utilizao racional de seus recursos, de
forma a gerar benefcios econmicos contnuos com
mnimos impactos ecolgicos e promover o
desenvolvimento de uma regio.
O manejo permite atender demandas de
diferentes setores:
Para os proprietrios rurais, o manejo
florestal uma forma de obter retorno econmico
das reas de reserva legal. Permite gerar um fluxo
financeiro seguro e mantm o patrimnio florestal
intacto ao longo do tempo.
Para as indstrias madeireiras, o manejo
assegura o suprimento estvel de matria-prima de
origem legal, uma condio essencial para viabilizar
as suas atividades em mdio e longo prazo;
Para a sociedade em geral, o manejo
uma forma de conciliar o desenvolvimento econmico
com a conservao ambiental, contribuindo para a
qualidade de vida de todos.
Esta cartilha traz informaes sobre manejo
florestal sustentvel e o seu potencial no territrio
Portal da Amaznia, no extremo norte de Mato
Grosso. Para isso, aborda o contexto geral e a
importncia das atividades de base florestal, as
evolues recentes na legislao federal e estadual
que abrem novas oportunidades para o desen-
volvimento da atividade, as formas de se imple-
mentar o manejo, e os benefcios que pode gerar.
Por fim, ao longo desta publicao, algumas
palavras e conceitos chaves para o debate sobre
manejo florestal sustentvel esto marcadas em
verde-escuro, e para cada uma delas, h uma
explicao no Glossrio.
Boa leitura!
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O manejo florestal sustentvel hoje considerado a principal alternativa econmica para assegurar a
conservao das florestas tropicais: permite viabilizar o desenvolvimento sustentvel em reas de florestas
nativas, seja em nvel global, na escala da Amaznia Brasileira ou na regio Territrio Portal da Amaznia.
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Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
ontexto geral das
atividades de base florestalC
A explorao de florestas tropicais na sua
forma convencional tende a esgotar os estoques de
madeira, causando grandes impactos ecolgicos e
econmicos. O baixo nvel de
aos produtos faz com que esses impactos geralmente
no sejam compensados com um significativo
retorno econmico para a sociedade: a maior parte
dos benefcios econmicos fica nos pases
consumidores, enquanto os pases produtores
(geralmente, pases em desenvolvimento) esto
destruindo suas florestas.
Essa situao gerou uma preocupao em
nvel internacional a partir da dcada de 1970, que
levou a uma srie de acordos sobre madeiras
tropicais (1983, 1994 e 2006). Esses acordos,
administrados pela Organizao Internacional das
Madeiras Tropicais (ITTO), prevem mecanismos de
cooperao internacional para pesquisa sobre
produtos florestais, transferncia de tecnologia,
desenvolvimento da indstria de base florestal nos
agregao de valor
pases produtores, melhorias na gesto florestal,
capacitao e transparncia de informaes.
Viabilizar o manejo sustentvel das florestas
tropicais um objetivo central do ITTO, tendo apoio
da comunidade internacional, ONG's ambientais e
governos dos pases produtores, como o Brasil. Esses
pases esto implementado polticas florestais que
buscam favorecer o manejo. Com isso, reas de
florestas destinadas produo madeireira e
proteo da tm aumentado
rapidamente, alcanando cerca de 800 milhes de
hectares em 2005.
Uma poro cres-
cente delas est
sendo manejada de
forma sustentvel
porm ainda repre-
sentando apenas
4,5% do total.
biodiversidade
O manejo florestal sustentvel: uma estratgia de gesto das florestais tropicais
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A Amaznia Brasi le ira representa
aproximadamente 40% da cobertura florestal
tropical do planeta. As florestas da Amaznia
cumprem funes ecolgicas, socioculturais e
econmicas de importncia incalculvel: sustentam a
economia de regies inteiras, abrigam
e tambm tm um papel central no
equilbrio do clima do planeta.
Mesmo assim, no tm sido cuidadas de
forma adequada. Cerca de 15% da floresta
Amaznica j foram desmatados, e outros 32% esto
sob algum tipo de presso humana, incluindo zonas
de influncia urbana, assentamentos de reforma
agrria, reas alocadas para e
reserva garimpeira, bem como reas de incidncia de
focos de calor (queimadas) em florestas. Isto
significa que quase metade do potencial florestal da
sociedades
tradicionais
prospeco mineral
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Contexto geral das atividades de base florestal
Uma opo privilegiada para conciliar desenvolvimento e conservao na Amaznia
Amaznia j est depredado.
Esta situao alarmou o mundo e levou ao
surgimento de muitas iniciativas em busca da
conservao da floresta e do desenvolvimento
sustentvel da regio entre as quais o manejo
florestal sustentvel, nas suas diferentes
modalidades (comunitrio, empresarial, concesso
de florestas pblicas, etc.), considerado a
alternativa mais promissora.
Atualmente, o volume de madeira autorizado
para manejo representa aproximadamente 14% do
total explorado nos 82 plos madeireiros da
Amaznia, estimado em 24,5 milhes de m de
madeira em tora (em 2004).
O setor possui grande relevncia econmica
e social, pois as cerca de 3 mil madeireiras em
atividade na Amaznia geram aproximadamente 380
mil empregos, dos quais 33% so
diretos. O mercado interno absorve
cerca de dois teros da madeira
processada, com destaque para o
Estado de So Paulo, enquanto as
exportaes representam um tero.
Existem na Amaznia 21 projetos de
manejo madeireiro em florestas
naturais certificados com o selo FSC,
abrangendo uma rea de 1,28 milho
de hectares (dados de julho/2006).
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O territrio Portal da Amaznia, formado por
16 municpios do extremo norte de Mato Grosso,
possui atualmente 30% de sua rea desmatada.
Cerca de um tero desse desmatamento ocorreu
entre os anos de 2000 e 2005.
O desmatamento acelerado, essencialmente
para formao de pastagens, conjuntamente com a
extrao madeireira no manejada, tem provocado
uma diminuio rpida do estoque de madeira. Isso
coloca em risco a manuteno das atividades de base
florestal, que consomem cerca de 2 milhes de m de
madeira em toras por ano e so um dos pilares da
economia local, com 236 empresas gerando 26 mil
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Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
Uma necessidade para manter a atividade florestal no territrio Portal da Amaznia
empregos diretos e indiretos e uma renda bruta da
ordem de R$ 300 milhes por ano (em 2004). Alguns
dos plos madeireiros do territrio como Alta
Floresta, Paranata e Guarant do Norte j tiveram
queda expressiva em sua produo nos ltimos anos.
Em funo disso, necessrio um esforo de
toda a sociedade para viabilizar a vocao florestal da
regio, reservar reas especficas para o manejo
florestal e implementar o uso sustentvel dos
recursos florestais.
Alm de implementar novas reas de manejo
florestal sustentvel, as estratgias para o
desenvolvimento das atividades de base florestal e a
1 - Alta Floresta2 - Apiacs3 - Carlinda4 - Colder
5 - Guarant do Norte6 - Marcelndia7 - Matup8 - Nova Bandeirantes
9 - Nova Cana do Norte10 - Nova Guarita11 - Nova Monte Verde12 - Nova Santa Helena
13 - Novo Mundo14 - Paranata15 - Peixoto de Azevedo16 - Terra Nova do Norte
Municpios
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conservao ambiental da regio tambm devem
incluir aes para aumentar a agregao de valor aos
produtos (investimentos na tecnologia e capacidade
de beneficiamento, produo de mveis), fomentar o
reflorestamento e buscar a certificao ambiental
das atividades.
As leis e normas aplicveis atividade flores-
tal e as responsabilidades pela gesto florestal no
pas tiveram mudanas importantes no perodo de
2005 e 2006. Destacam-se, em Mato Grosso, a
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Contexto geral das atividades de base florestal
transferncia de responsabilidades do IBAMA (Insti-
tuto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renovveis) para a SEMA (Secretaria Estadual do
Meio Ambiente) e a reviso do Cdigo Ambiental
Estadual, assim como a aprovao da Lei de Gesto
de Florestas Pblicas em nvel federal. Com isso,
espera-se maior agilidade e eficcia na aprovao e
no monitoramento dos planos de manejo florestal
sustentvel e um novo momento para o desen-
volvimento dessa atividade dentro da legalidade.
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Com a assinatura do Termo de Cooperao
Tcnica para Gesto Florestal Compartilhada entre o
Ministrio do Meio Ambiente, o IBAMA e a SEMA-MT
em setembro de 2005, Mato Grosso passou a ser
responsvel integralmente pelo licenciamento das
atividades agrcolas, pecuria, manejo florestal e
atividade madeireira. Tambm passaram para a
SEMA o controle do transporte de produtos florestais
e a reposio florestal.
A partir de janeiro de 2006 entrou em vigor a
lei de Poltica Florestal do Estado de Mato Grosso, que
regulamenta a gesto florestal de modo a incentivar
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ovo marco legal
na gesto florestalN
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
o manejo e restringir o desmatamento. Pela nova lei:
o proprietrio que pretender desmatar
parte de sua rea, de acordo com os percentuais
permitidos pela legislao, deve primeiro fazer um
plano de explorao dando destinao comercial
madeira existente na rea. Se no fizer isso, dever
pagar a reposio florestal relativa matria-prima
no aproveitada;
h novos incentivos ao manejo florestal,
como a facilitao da regularizao fundiria para
aqueles que se comprometerem a manejar a rea
evitando o desmatamento;
foi criado o MT-Floresta, um fundo cons-
titudo com os recursos da reposio florestal para
fomentar o reflorestamento, o manejo florestal e a
recuperao de reas degradadas;
Foi criado tambm o Programa de Trans-
parncia Florestal, que possui um Comit
envolvendo o setor empresarial e entidades
ambientalistas para acompanhar a execuo da
nova poltica florestal. Atravs desse programa, j
esto disponveis ao pblico, no site da SEMA, as
informaes sobre desmatamentos e manejos
licenciados.
Descentralizao da gesto florestal
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O Cdigo Ambiental do Estado de Mato
Grosso foi alterado pela Lei Complementar n 232,
tambm em vigor desde janeiro de 2006. A grande
inovao nessa lei o Programa de Regularizao
Ambiental, o Pr-Regularizao, que visa incentivar a
regularizao de propriedades rurais corrigindo o
existente, incluindo mecanis-
mos de compensao de reserva legal em caso de
desmatamento acima do percentual permitido. A
regularizao das reservas legais um dos fatores-
chave para viabilizar o manejo florestal e a adeso ao
passivo ambiental
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Novo marco legal na gesto florestal
Reviso do Cdigo Ambiental Estadual
Pr-Regularizao pode aumentar a disponibilidade
de reas aptas para implantao de planos de
manejo.
Alm disso, o sistema de gesto e controle da
explorao florestal est sendo atualizado. Foi
ampliada a capacidade de fiscalizao e de
responsabilizao pelas infraes ambientais, com a
implantao da Sub-Procuradoria Geral de Defesa do
Meio Ambiente na SEMA e a reestruturao da Dele-
gacia especializada em crimes contra o meio ambien-
te, com envolvimento da Policia Militar Ambiental.
Lei de Gesto de Florestas Pblicas
A lei de Gesto de Florestas Pblicas, de
maro de 2006, visa tornar compatvel o
desenvolvimento socioeconmico com a manuten-
o da floresta em p na Amaznia, onde as reas
pblicas equivalem a 75% da regio. O princpio de
que as florestas pblicas devem permanecer
florestas e devem permanecer pblicas. A nova lei
prev trs opes de gesto para florestas pblicas:
1) criar e manter
de uso sustentvel (como as florestas nacionais);
2) destinar para o uso familiar ou comunitrio;
3) realizar contratos de concesso para
explorao privada de at 40 anos, baseados em
processo de .
Essas concesses florestais no implicam em
transferncia de domnio ou posse das reas, apenas
unidades de conservao
licitao pblica
autorizam o manejo para explorao de produtos e
. A responsabilidade pela
gesto das concesses ser do Servio Florestal
Brasileiro, em fase de implantao.
Nos 10 primeiros anos de aplicao da lei,
estima-se que haver 13 milhes de hectares de
concesses e 25 milhes de hectares de florestas
destinadas ao uso comunitrio e familiar. A lei
tambm pode viabilizar o manejo em reas pblicas,
que cobrem inclusive algumas reas no Portal da
Amaznia, especialmente nas margens da BR-163.
Adicionalmente, a regulamentao do manejo
florestal (ainda em discusso) tornar mais claras e
simples as regras para se executar o manejo florestal,
e adequar os critrios de manejo s lies
aprendidas e avanos tcnicos dos ltimos anos.
servios da floresta
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O manejo florestal no realizado apenas para atender a demanda de produo de madeira, mas
deve garantir o desenvolvimento social e no comprometer a cobertura florestal, o solo, os mananciais, a
fauna e outros agentes que garantem os servios da floresta. Isso necessita de um planejamento cuidadoso e
de uma boa capacidade de gesto. A seguir so apresentadas as etapas para se conquistar um bom manejo.
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
omo implementar o
manejo florestal sustentvelC
Planejar o manejo
Um plano de manejo no deve apenas
atender a legislao florestal, mas definir claramente
para que usos ser manejada a floresta. O objetivo
principal deve ser produzir matria-prima para
abastecer continuamente a indstria madeireira. Por
exemplo, se uma empresa produz madeira serrada
para diversas finalidades, seu manejo deve ser
voltado a tratar a floresta para regenerar e fazer
crescer espcies que atendam essa demanda. J
uma empresa que produz lminas faqueadas e
desenroladas deve manejar sua floresta para
produzir madeira de densidade mdia e leve.
Antes de iniciar o projeto, deve-se calcular
qual a rea de floresta que se precisa manejar, que
deve ter tamanho compatvel com o consumo de
matria-prima da indstria consumidora. Se a
floresta apresentar 30 m3 por hectare de volume
disponvel em toras das espcies comerciais, assim
classificadas conforme o objetivo definido na etapa
do plano de manejo, e se sua indstria consome 12
mil m3 de toras por ano, ento precisa manejar 400
hectares por ano para abastecer a indstria.
Considerando um tempo de 30 anos para
poder voltar ao primeiro talho, ento ser
necessrio manejar um total de 12 mil hectares.
Porm, se aumentar a produtividade da floresta,
utilizando tcnicas adequadas de manejo e
, possvel reduzir o
perodo de ciclo de corte, ou seja, o tempo que o
talho necessita esperar para voltar a ser manejado.
tratamentos silviculturais
Os textos e ilustraes dessa seo foram elaborados a partir de cartilhas de manejo florestal existentes, em especial o Manual Floresta Para Sempre do Imazon e o banco de imagens do Instituto Floresta Tropical.
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O mapeamento uma transposio das
informaes coletadas no campo que permite
visualizar a rea a ser manejada. O objetivo do
mapeamento facilitar a orientao e o trabalho das
equipes durante as atividades de planejamento,
explorao e ps-explorao. A rea total a ser
manejada dividida em talhes.
O inventrio florestal a base do planeja-
mento da produo do manejo. realizado para o
talho a ser explorado num determinado ano. Con-
siste na localizao, identificao e avaliao das
rvores de valor comercial, rvores matrizes ou
porta-sementes (importantes para a regenerao da
floresta) e rvores com potencial para cortes futuros.
Os dados so anotados em uma ficha de campo e
usados na elaborao do mapa do censo. Posterior-
mente, as informaes tambm sero usadas para o
planejamento da infra-estrutura da explorao.
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Como implementar o manejo florestal sustentvel
Mapeamento e inventrio florestal da rea
No h um modelo nico para a ficha do
inventrio, que contm basicamente informaes
como nmero da rvore, coordenadas x e y (para
localizao da rvore), nome das espcies
identificadas, dimetro altura do peito (DAP),
altura, qualidade do tronco, qualidade da copa,
direo de queda (avaliao) e observaes, tal como
a presena de cips.
Os cips so plantas trepadeiras que se
desenvolvem sobre os troncos e copas de outras
rvores. Quando a rvore a ser extrada est interli-
gada a outras rvores vizinhas atravs de cips, o
corte dessa rvore provoca danos (quebra da copa
ou galhos) ou at mesmo a queda das rvores
vizinhas. A presena de cips interligando as copas
das rvores dificulta o direcionamento de queda da
rvore a ser extrada. Assim, a possibilidade dessa
Corte de cipsBanco de Dados - IFT
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rvore cair em qualquer direo arrastando consigo
as outras aumenta as situaes de risco de acidentes
para a equipe.
necessrio cortar os cips entrelaados s
rvores que sero extradas aproximadamente a 1
metro do solo. Para isso, utiliza-se uma foice,
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
Banco de Dados - IFT
cortando todos os pontos de ligao dos cips com o
solo (corta-se somente os cips com dimetro maior
que 2 cm). O corte de cips deve ser feito no mnimo
um ano antes da explorao, para garantir que os
cips mais resistentes apodream e se desprendam
das rvores.
Vias de acesso, armazenamento e
escoamento da produo florestal so
consideradas infra-estruturas na explorao
florestal sustentvel e devem ser construdas
para serem permanentes, ou seja, para serem
utilizadas em vrias etapas de explorao. O
planejamento e a construo das infra-
estruturas tm por objetivo reduzir os custos
operacionais, proporcionar maior segurana
no trfego de veculos, melhorar a
produtividade e eficincia de mquinas no
arraste e diminuir danos floresta.
As estradas secundrias e ptios de
es tocagem devem ser const ru dos
preferencialmente um ano antes da
explorao, para que haja uma boa
sedimentao do terreno. As estradas do
acesso rea a ser explorada, enquanto os
ptios de estocagem servem para armazenar
as toras. O trator de esteira inicia a abertura
das estradas de acordo com o mapa de
explorao e a demarcao na floresta.
A estrada deve ter uma largura em
torno de 3 a 4 metros, o suficiente para o trfego de
caminhes e mquinas, e um formato ligeiramente
convexo (mais alta na parte central) para facilitar o
escoamento de gua durante a estao chuvosa.
A abertura das estradas d agilidade e
segurana ao processo: atravs da demarcao
prvia, o trator evita manobras inteis, que muitas
vezes causam danos floresta e aumentam suas
horas de uso.
Assim como as estradas, os ptios devem ser
construdos no perodo do vero, podendo ser no
mesmo ano da explorao ou no ano de construo
4. Planejamento da infra-estrutura e abertura de estradas e ptios de estocagem
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das estradas secundrias. Para a demarcao dos
ptios h algumas condies bsicas: preferir locais
de vegetao rala ou clareiras, evitar reas que
tenham tocos de rvores, optar por locais que
ofeream boa drenagem e sejam relativamente
planos. A demarcao do ptio pode ser feita atravs
de fitas amarradas em balizas, para facilitar a
orientao do tratorista nas manobras.
As tcnicas de corte de rvores aplicadas na
explorao de impacto reduzido buscam evitar erros,
tais como o corte acima da altura ideal e o destopo
abaixo do ponto recomendado. Esses erros causam
desperdcios excessivos de madeira, danos
desnecessrios floresta e uma maior incidncia de
acidentes de trabalho.
Para um corte correto das rvores
indispensvel a aplicao de tcnicas de derrubada
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Como implementar o manejo florestal sustentvel
Corte das rvores e arraste das toras
direcionada por pessoas treinadas e capacitadas e
com todo cuidado quanto segurana do trabalhador.
O direcionamento da queda tambm visa
proteger a regenerao de rvores de valor comercial
e facilita o arraste das toras.
O arraste o deslocamento das toras aps
terem sido derrubadas no interior da floresta at o
ptio de estocagem. Para um arraste de toras mais
eficiente e gil, preciso tambm planejamento e boa
sinalizao das trilhas onde se localizam as rvores
derrubadas, de forma a facilitar a movimentao do
trator, diminuir os custos operacionais e aumentar a
segurana da operao.
Na abertura do ptio de estocagem
importante cortar os tocos das rvores e cips que
ficam ao solo, pois podem danificar os pneus das
mquinas. Tambm necessrio realizar a limpeza da
rea regularmente. O empilhamento das toras deve
ser realizado de forma planejada, ou seja, espcies Banco de Dados - IFT
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que sairo primeiro para o carregamento devem ficar
em situao prtica para seu carregamento.
No ptio de estocagem as atividades
envolvem a prpria execuo do arraste, a cubagem
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
das toras, traamento, manipulao, empilhamento
e carregamento nos caminhes de transporte . Essas
atividades asseguram maior controle do volume e da
qualidade das toras.
A etapa de ps-explorao consiste no plano
de manuteno das reas de manejo florestal, em
que se realiza o acompanhamento e avaliao do
comportamento da floresta aps ser manejada. O
objetivo dessa atividade identificar a necessidade
da aplicao de tratamentos silviculturais,
acompanhar o crescimento da floresta e definir o
momento ideal para uma nova explorao. Avaliam-
se tambm os desperdcios de madeira na floresta
devido ao traamento incorreto e eventual abandono
de toras.
A proteo florestal consiste essencialmente
no controle de incndios. O fogo em uma floresta
explorada provoca geralmente a morte de 45% das
rvores remanescentes e pode destruir as mudas de
espcies comerciais plantadas ou que se regeneram
naturalmente, deste modo afetando a capacidade
produtiva da floresta para futuras colheitas. A
proteo tambm deve evitar invases e controlar
caa, pesca e qualquer atividade extrativista que no
tenha autorizao legal.
Os tratamentos silviculturais buscam favore-
cer rvores remanescentes e principalmente os
indivduos de maior interesse econmico na floresta.
As tcnicas utilizadas para este tratamento so:
Eliminar rvores indesejveis (sem valor
comercial, qualidade inferior de copa e fuste) ou que
foram severamente danificadas durante a explorao
Ps-explorao: monitoramento, proteo e tratamentos silviculturais
rvore sem valor comercial rvore com valor comercial
-
e no apresentam condies para serem
comercializadas no prximo ciclo.
Retirar rvores de espcies sem valor
comercial que estejam dificultando o desenvol-
vimento das espcies economicamente desejveis.
A eliminao de indivduos indesejveis pode
ser atravs da derrubada no caso de rvores
pequenas, com isso ocorrer estimulo ao cres-
cimento das mudas e arvoretas de valor comercial
nas clareiras. No caso das rvores mdias e grandes
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Como implementar o manejo florestal sustentvel
pode-se usar o anelamento, ou seja, a retirada de
uma faixa da casca do tronco da rvore. Essa tcnica
reduz danos que poderiam ser causados com a sua
derrubada.
Com a aplicao adequada das tcnicas de
manejo florestal sustentvel, futuramente ser
realizado um novo ciclo de corte nos mesmos talhes.
Nesse momento, muitos gastos sero reduzidos,
como a construo das estradas e a delimitao das
reas de inventrio, etc.
Enriquecimento em clareiras
O enriquecimento com espcies de valor
comercial recomendado para as clareiras que so
abertas aps a explorao de impacto reduzido. A
queda das rvores abre espaos na floresta que per-
mitem a entrada de luz e favorecem o crescimento
das mudas. O plantio pode ser feito de atravs de
sementes diretamente no local definitivo (semeadura
direta) ou o plantio de mudas oriundas de viveiro ou
coletadas na floresta, mantendo a diversidade com
espcies que atingiro o porte explorvel na mesma
poca do prximo ciclo de corte.
Deve-se plantar em torno de quatro mudas
ou sementes da rvore adulta extrada, de prefern-
cia no incio da estao chuvosa e na parte central da
clareira. recomendado no se aproximar muito da
borda, deixando um espao de cerca de cinco metros
dela, pois na parte central h maior ocorrncia de luz.
A escolha de deve ser restrita
devido possibilidade de invadirem o local.
espcies exticas
Banco de Dados - IFT
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Acompanhando a implantao do bom
manejo, seja de florestas naturais ou de
reflorestamento, a certificao florestal visa atestar a
origem sustentvel dos produtos. O selo de
certificao entregue empresa ou comunidade
serve de garantia para o comprador de que o produto
vem de uma rea manejada de forma
ambientalmente adequada, socialmente justa e
economicamente vivel. uma forma de valorizar e
obter compensao econmica para o investimento
feito na implantao do bom manejo.
Os principais passos para chegar
certificao so (com base no processo do FSC):
1. Consulta de pr-avaliao do manejo
(realizada por uma das certificadoras credenciadas),
para verificar como se encontra a operao florestal
em relao aos padres de certificao;
2. Avaliao completa da rea pela
certificadora, com objetivo de certificar a unidade de
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
Certificao
FSC: Forest Stewardship Council. O selo FSC atualmente a certificao florestal sustentvel mais difundida e reconhecida no Brasil e no mundo.
manejo, incluindo uma avaliao de campo;
3. Certificao da na
unidade de processamento ou beneficiamento, para
garantir o rastreamento do produto desde o campo
at sua comercializao;
4. Elaborao de relatrios pelos auditores,
com as pr-condies (pontos que precisam ser
resolvidos antes do empreendimento receber a
certificao) e condies (pontos que podem ser
resolvidos com o tempo), e ainda recomendaes
referentes a alguns pontos da operao florestal que
podem ser melhorados;
5. Liberao da certificao e difuso de um
resumo pblico sobre o processo de certificao da
operao florestal;
6. Visita anual da certificadora responsvel e
renovao a cada 5 anos, quando realizado um
novo processo de avaliao completo.
cadeia de custdia
Reflorestamento
Em complemento ao bom manejo das
florestas naturais, as plantaes de rvores podem
proporcionar grandes benefcios sociais e
econmicos e contribuir para satisfazer as
necessidades globais por produtos florestais,
reduzindo as presses sobre florestas naturais e
promovendo a sua restaurao e conservao.
Considerando as caractersticas de solo, clima e
-
relevo do Territrio Portal da Amaznia, assim como a
quantidade de reas disponveis (especialmente
reas de pastagens degradadas), o reflorestamento
pode vir a ter um papel importante no
desenvolvimento sustentvel da regio.
As plantaes florestais devem ser
implementadas de forma planejada, levando em
conta a implantao de mosaicos de talhes de
diferentes idades, intercalados, quando possvel,
pela vegetao natural, de modo a favorecer a
conexo de fragmentos, formando corredores para a
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Como implementar o manejo florestal sustentvel
fauna silvestre. Deve haver tambm planejamento da
paisagem mais ampla, considerando as dimenses e
conectividade dos fragmentos de vegetao nativa,
bem como a proteo das reas de preservao
permanente e reserva legal.
Para definio das espcies para plantio em
larga escala, deve-se primeiro buscar, na literatura
cientfica ou experimentos locais, a comprovao de
que a espcie adaptada ao local e que no
apresenta impactos ecolgicos negativos.
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O manejo florestal sustentvel necessita de um investimento inicial, porm os benefcios econmicos
superam esses custos tanto para o proprietrio da floresta como para a empresa madeireira.
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
ustos e benefcios do
manejo florestal sustentvelC
Com a implantao do manejo florestal
sustentvel, o proprietrio rural que possui uma
reserva de floresta, seja grande ou pequena, torna-
se um produtor florestal. Sua reserva legal passa a
gerar um lucro que pode se sustentar ao longo do
tempo.
Segundo estudos que avaliaram os lucros da
explorao florestal sustentvel e compararam com
outras formas de uso da terra, o manejo florestal traz
ao proprietrio um retorno financeiro lquido por
hectare da ordem de R$ 50/ hectare/ ano. Para fins
de comparao, a renda lquida da pecuria est
estimada em R$ 100/ hectare/ ano. um retorno
significativo para valorizar a reserva legal ou outras
reas passveis de explorao florestal.
Se incluir o valor dos servios ambientais
gerados pela manuteno da floresta (estimados em
cerca de R$ 160/ hectare/ ano, incluindo o
por desmatamento evitado) o
retorno do manejo florestal passa a ser mais de duas
vezes maior do que o retorno da pecuria.
Existem perspectivas concretas de
implantao de mecanismos de remunerao efetiva
dos proprietrios de reservas florestais pelos servios
ambientais prestados, especialmente no que diz
respeito ao seqestro de carbono. Alm disso, com a
rpida diminuio das reas disponveis para
produo florestal, a tendncia deve ser de aumento
do valor da matria-prima. Portanto a manuteno
da floresta e implantao do manejo florestal
sustentvel pode ser um excelente negcio para o
proprietrio rural.
seqes-
tro de carbono
Custos e benefcios para o proprietrio de floresta
Banco de Dados - ICV
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Custos e os benefcios do manejo florestal sustentvel
A comparao entre o manejo florestal
sustentvel e a explorao convencional demonstra
que o custo inicial do planejamento maior na
explorao manejada, porm o retorno tambm
maior, principalmente em funo da reduo dos
desperdcios de madeira.
Na explorao manejada, o custo de
planejamento (estimado em torno de 5 R$/ m de
madeira) 2 a 3 vezes maior que na explorao no
manejada. Em compensao, o desperdcio de
madeira muito alto na explorao convencional, por
conta dos erros na derrubada (altura do corte,
rachaduras do tronco, desponte da torra) e
Comparao com a explorao convencional
principalmente pelo grande volume de toras que no
so encontradas pela equipe de arraste e acabam
ficando na floresta cerca de 20% do volume
derrubado. Alm disso, as operaes de arraste tm
produtividade maior na explorao manejada.
No total, a explorao manejada apresenta
custos totais por m menores que a explorao
convencional e uma renda lquida entre 20 e 35%
maior. Alm disso, a explorao manejada permite
preservar um maior potencial para futuras colheitas,
o que contribui para aumentar mais ainda o
diferencial de lucratividade com a explorao no
manejada.
Em todos os mercados inseridos na
globalizao, observa-se uma forte tendncia em
demandar cada vez mais transparncia de
informao e responsabilidade social e ambiental por
parte dos produtores. As primeiras indstrias a
implementarem programas ambientais e de
responsabilidade social foram aquelas com maiores
impactos no meio ambiente, como a minerao,
siderurgia, qumica, energia, papel e celulose, entre
outras. Atualmente, o agronegcio, em particular as
indstrias da soja e da pecuria, tambm est
construindo e implementando critrios e
.
Somado a isso, a exigncia de profissiona-
selos de
conformidade ambiental
lismo e de qualidade imposta pela concorrncia est
cada vez maior. Para atender essa evoluo, as em-
presas tm buscado adotar procedimentos de gesto
modernos com grandes investimentos em instrumen-
tos de planejamento e sistemas de informao.
Adequao evoluo do mercado
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Isso tambm est acontecendo com o setor
florestal. A quantidade de empreendimentos com
certificao FSC tem crescido rapidamente, apesar
de ainda representar menos de 5% do total da
produo. O Grupo de Compradores de Produtos
Florestais Certificados conta com 60 empresas no
Brasil e uma demanda cronicamente superior
oferta de produto. Alm disso, a criao de grandes
reas de florestas pblicas de produo (at o
momento, principalmente no Estado do Par) e o
fortalecimento da capacidade de controle dos rgos
ambientais vm transformando o manejo na nica
Manejo Florestal Sustentvel no Portal da Amaznia
opo para perenizar um empreendimento florestal.
Essa situao no momentnea e reflete
uma evoluo irreversvel em escala global. Como
toda inovao, os primeiros a se adequarem correm
riscos maiores e podem encontrar algumas
dificuldades, porm aqueles que no procurarem a
adequao certamente no estaro no mercado em
poucos anos. A adoo de boas prticas de manejo e
de procedimentos modernos de planejamento e
gesto, que hoje ainda so um diferencial e uma
vantagem competitiva, tendem a se tornar rapida-
mente o padro mnimo para participar do mercado.
Entre os principais desafios para
efetivamente difundir o manejo florestal sustentvel
j foram identificados:
1. A disseminao de informao correta a
respeito dos custos e benefcios do manejo para os
atores do setor florestal;
2. A adequao da capacidade de gesto
administrativa e operacional das atividades de
extrao florestal;
3. A adeso dos proprietrios rurais ao
manejo, a partir da adequao ambiental das
propriedades e do reconhecimento dos benefcios
econmicos da produo florestal;
4. A melhoria dos procedimentos
administrativos de aprovao e monitoramento dos
planos de manejo por parte dos rgos ambientais;
5. O incremento do fomento s atividades de
base florestal.
Desafios para efetivar a difuso do manejo florestal sustentvel
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Agregar valor: tornar um produto mais valioso para o cliente atravs de beneficiamento ou de algum tipo de diferenciao. Laminar, oferecer um corte especial para um cliente especfico, so exemplos de agregao de valor em relao madeira em toras.
Biodiversidade/diversidade biolgica: refere-se enorme variedade de espcies vidas existentes no planeta, muitas ainda desconhecidas pela cincia.
Cadeia de custdia: o caminho tomado pela matria-prima, materiais processados e produtos desde a floresta, at o consumidor, incluindo todos os estgios sucessivos de processamento, transformao, manufatura e distribuio.
Espcie extica: planta ou animal que no nativo, no natural de um determinado bioma. A araucria, por exemplo, nativa da Mata Atlntica e extica na Amaznia.
Licitao: processo de contratao de uma empresa por parte de um rgo pblico. feita atravs de editais com as especificaes do que vai ser contratado e o critrio de escolha a comparao de oramentos.
Passivo ambiental: danos ambientais causado pela atividade produtiva.
Prospeco mineral: sondagem para descobrir o valor econmico de um jazigo ou de uma regio mineira.
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de julho de 2006
Selo de conformidade ambiental: selo conferido por uma empresa especializada em certificao que garante que uma atividade est de acordo com as leis ambientais e necessidades de proteo, conservao e recuperao do meio ambiente.
Seqestro de carbono: captura e fixao do gs carbnico (CO) pelas plantas. O gs carbnico em excesso na atmosfera considerado um dos principais responsveis por desequilbrios no clima e fonte de preocupao de cientistas do mundo todo.
Servios da floresta: servios que a natureza presta ao promover, manter ou recuperar a qualidade das guas e dos solos; manter o equilbrio do clima; oferecer diversidade de plantas e animais que podem ser teis em nossas atividades produtivas, alimentos e remdios, etc.
Sociedades tradicionais: sociedades que se caracterizam por traos culturais, tnicos ou econmicos peculiares, como povos indgenas, ribeirinhos, quilombolas, etc.
Tratamento silvicultural: medidas adotadas em florestas manejadas que visam uma melhoria das condies de crescimento de determinadas espcies de rvores.
Unidade de conservao: rea destinada pelo poder pblico federal, estadual ou municipal para a proteo integral ou uso sustentvel de recursos naturais.
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