Download - MANEJO DO MILHO TIGUERA RR
S E M E A N D O O F U T U R O
Com o foco no controle de plantas
daninhas e lagartas, as culturas
geneticamente modificadas têm ganhado
espaço na preferência do produtor rural,
pela redução nos custos de produção,
comodidade e boas respostas em
produtividade. No entanto, quando o
assunto é o milho RR, uma preocupação
cerca as discussões técnicas com relação
ao controle do milho RR voluntário ou
tiguera que poderá infestar a lavoura de
Um dos grandes benefícios que as
tecnologias Roundup Ready® trazem
para as culturas é o manejo eficiente das
plantas daninhas, reduzindo o risco de
perda de potencial produtivo em razão
da matocompetição e apresentando
seletividade à aplicação em pós-
emergência do herbicida glifosato, sem
provocar estrago à cultura.
Na lavoura de soja convencional (sem a
tecnologia Roundup Ready®) o controle
do milho tiguera e das plantas daninhas
soja subsequente.
Devemos lembrar que o manejo
integrado de plantas daninhas na
cultura da soja compreende não só
o controle de espécies normalmente
identificadas como daninhas, mas
também o controle de plantas
voluntárias de culturas anteriores,
conhecidas como tigueras, que
eventualmente podem ocorrer durante
o ciclo da cultura.
As plantas voluntárias de milho sempre fizeram parte dos sistemas de produção em que a cultura é utilizada
de folhas estreitas sempre foi realizado
utilizando herbicida de ação graminicida
(inibidores da ACCase).
O produtor estava acostumado e era uma
operação relativamente simples.
Porém, com a rápida adoção da soja
Roundup Ready®, o produtor passou
a utilizar somente o glifosato em pós-
emergência da cultura para controle das
plantas daninhas e consequentemente do
milho tiguera.
É IMPORTANTE
ALGUNS ALVOS DOS GRAMINICIDAS
Nosso portfólio de milho está sendo
desenvolvido em cima da plataforma RR e
a perspectiva é que a área plantada dessa
cultura tolerante ao glifosato aumente
rapidamente nos próximos anos. Sendo
assim, no sistema de sucessão soja/
Para o correto posicionamento dos graminicidas é importante entendermos melhor
suas características. A seguir estão relacionados os principais pontos importantes:
S E M E A N D O O F U T U R O
Alguns pontos importantes:
• O graminicida utilizado para controlar o milho tiguera é um grande aliado do glifosato para controle de plantas daninhas de folhas estreitas.
• Sendo dois mecanismos de ação diferentes atuando no controle de folhas estreitas estaremos retardando o aparecimento de plantas daninhas resistentes ao glifosato como mostra o exemplo ao lado.
Linha azul: Herbicida A utilizado de forma isolada.Linha verde claro: Herbicida A utilizado em sequência ao herbicida B.Linha verde escura: Herbicida B utilizado em sequência ao herbicida A.Linha vermelha: Herbicida A e B utilizados associados.
Capim-amargoso Capim-pé-de-galinha Capim-massambaráCapim-colchão
milho, a presença da tiguera de milho
RR nas lavouras de soja RR será cada vez
mais comum e o posicionamento correto
focado no sistema produtivo como
um todo determinará o sucesso dessa
tecnologia.
Predição da seleção da resistência de plantas daninhas aos herbicidas “A” e “B” quando aplicado em diferentes situações.Fonte: Powles et al., (1997).
GRÁFICO 1
S E M E A N D O O F U T U R O
CARACTERÍSTICAS DOS GRAMINICIDAS
SINTOMAS DOS GRAMINICIDAS EM MILHO
• Controle de gramíneas perenes
e anuais em pós-emergência.
• Seletivos às culturas dicotiledôneas
como a soja e algodão.
• Herbicidas Sistêmicos.
• Algumas dicas para o correto |
funcionamento dos graminicidas:
- Chuvas ocorridas entre 1 a 2 horas |
após a aplicação não afetam a eficácia;
- As plantas daninhas devem apresentar
alto vigor vegetativo;
- Evitar períodos de estiagem, horas
de muito calor e UR <60%.
- Baixa atividade no solo ou nula,
no entanto, deve-se respeitar:
Intervalo entre aplicação dos
graminicidas e o plantio de trigo
ou milho de 7 dias para os herbicidas
Morte dos pontos de crescimento.
dims (clethodim) e 15 dias para
os fops (haloxyfop).
• Antagonismo com latifolicidas:
- Intervalo de 7 dias entre aplicações
dos graminicidas com imazetapyr (ALS)
e de 3 dias com os protoxs.
• Precisam de adjuvantes:
- Utilizar 0,5% v/v de óleo mineral
(Consultar bula);
- Utilizar o óleo recomendado
pelo fabricante.
• Sintomas:
- Descoloração e arroxeamento,
parada de crescimento, necrosamento
na base das folhas e murcha da planta.
• Velocidade de Controle:
- Morte em 1 a 3 semanas após
a aplicação.
MORTE DOS PONTOS DE CRESCIMENTO
PRINCIPAIS MOMENTOS DE MANEJODAS PLANTAS TIGUERAS DE MILHO:
S E M E A N D O O F U T U R O
Quais herbicidas podemos escolher
para fazer o manejo das plantas
voluntárias de Milho RR?
LEMBRETE: A aplicação dos graminicidas
para manejo do milho tiguera RR ocorrerá
simultaneamente ao manejo das plantas
daninhas e a aplicação do glifosato.
Neste caso as duas estratégias podem ser
combinadas e a dose do glifosato deverá
ser definida em função do alvo biológico
de mais difícil controle.
EFICÁCIA E MOMENTO DE APLICAÇÃO
MANEJO DO MILHO VOLUNTÁRIO EM DIFERENTES ESTÁDIOS E SUA EFICÁCIA:
Select (0,35L/ha)/ óleo min./ Roundup Ready (1,5L/ha)APLICAÇÃO EM V4/V5 – MOMENTO ADEQUADO DE MANEJO
Situação que não devemos deixar acontecerSelect (0,35L/ha) / óleo mineral / RR (1,5L/ha)APLICAÇÃO EM V7/V8
S E M E A N D O O F U T U R O
• Comunicar, no momento da venda
do produto, a necessidade de fazer
o manejo das plantas voluntárias;
• Fazer constantemente o monitoramento
da área para indicar o momento
apropriado do manejo das plantas
voluntárias de milho;
• Respeitar as normas de coexistência;
• Fortalecer as recomendações de
implementação, condução e colheita
da cultura do milho para evitar
problemas com plantas voluntárias;
• Fazer o manejo das plantas
voluntárias considerando os
programas de manejo, utilizando
CONTROLE DE PLANTAS VOLUNTÁRIASDE MILHO RR NA CULTURA DA SOJA
PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA MANEJO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS DE MILHO RR:
S E M E A N D O O F U T U R O
diferentes herbicidas, aplicados no
momento, dose e adjuvantes corretos;
• Os herbicidas do grupo dos
graminicidas são a principal
ferramenta de manejo das plantas
voluntárias;
• Realizar o controle das plantas
voluntárias até o V3/V4 para obter
controles consistentes;
• Evitar a matocompetição com
a cultura subsequente;
• Fazer o manejo de plantas
voluntárias em função do sistema
de produção (Sistema Roudup
Ready plus).
Mesmo diante de todas as questões
em debate, as vantagens de se cultivar
o milho tolerante ao glifosato são
muito maiores do que as restrições
(excelente controle de plantas daninhas,
flexibilidade com a adubação nitrogenada,
possibilidade de aplicação sequencial
para controle de escapes ou ervas
de difícil controle, menor fitotoxicidade
ao milho e maior produtividade).
O que vai fazer diferença nesse contexto
é o preparo do agricultor, do agrônomo,
do técnico, entre outros. Quando
mais planejada a sua atividade estiver,
melhores serão os resultados. E isso vale
não só para o cultivo de milho RR, mas
para todas as atividades que o produtor
conduz no seu dia a dia. O homem
do campo ganha ao usar a tecnologia
de forma adequada.
FALE COM:Autor: Bruno Pereira
POWLES, S.B.; PRESTON, C.; BRYAN, I.B.; JUTSUM,
A.R. Herbicide resistance:
Impact and management. Advances in Agronomy,
v.58, p.57-93, 1997.
Referências:
Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações sobre o assunto, procure o TD mais próximo.
S E M E A N D O O F U T U R O
O USO DA TECNOLOGIA
Revisores: Antonio Ferreira e Ramiro Ovejero
Editoração: Alicia Muñoz