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004 | out 2015 | R$20,00

design as escolhas de maguy etlin gastRonoMia dom pérignon viageM índia caRRo tesla

Luz, câmera, açãoDescubra o estiloladylike de Marcelle Bittar, o carro mais seguro da Volvo, o lado selvagem da Austrália e confira as dicas polêmicas do médico Mohamad Barakat

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Moda e desgin

Luciano RibeiRo

Ao lançar Made, no início do ano, nossa intenção era mostrar um conceito de lifestyle diferente. Distinto, pelo menos, do que a maioria das revistas nacionais costuma fazer. A ideia era juntar arquitetura e design com moda, sem se esquecer, claro, de viagens exclusi-vas, lançamentos de carros, relógios, gadgets etc. Dar o mesmo espaço para assuntos que, na nossa opinião, são cada vez mais complementares. Se Marcelle Bittar estampa a capa desta edição, com fotos de Gustavo Zylbersztajn e edição de moda de Flavia Pommianosky e Davi Ramos, mostramos também novos e consolida-dos arquitetos que estão ajudando a mudar a cara das cidades brasileiras. É o caso do novo auditório da Fa-culdade de Belas Artes, em São Paulo. Projetado pelo Suíte Arquitetos, ele mostra como uma universidade pode ter espaços nada convencionais. Neste número, viajamos para a Austrália, e mostramos para vocês um roteiro pouco comum. Confira!

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c o l a b o r a d o r e s

Alain BrugierFotógraFo

Nascido no Sul da França, Alain morou em Paris, onde se envolveu com cinema e fotografia. Mais tarde veio para o Brasil e aqui ainda vive desde então. As imagens clicadas por ele ilustram revistas internacionais, como Place of Spirit e Grazia. Neste número, fotografou uma casa paulistana que abriga belas obras de arte e de design.

Claudia JordãoJornalista

Gustavo ZylbersztajnFotógraFo

Lufe GomesFotógraFo

Bruno AgostiniJornalista e FotógraFo

Stephanie Marie Elieditora de imagem

Formada em jornalismo na PUC-SP, Claudia já trabalhou como repórter nas redações de IstoÉ e Veja São Paulo, entre outros veículos. Apaixo-nada por temas como gastronomia, moda e comportamento, ela atua como freelancer em variadas publica-ções. Nesta edição da revista Made, assina as matérias de arquitetura.

Nascido na capital paulista, Gustavo formou-se em engenha-ria civil, mas decidiu se dedicar profissionalmente à fotografia em 2000. Hoje coleciona prêmios que recebeu nas Bienais Internacionais de Roma e Florença. Para esta Made clicou o ensaio da top model Marcelle Bittar.

Lufe Gomes vive fotografando resi-dências de pessoas criativas ao redor do mundo. Batizada de LifebyLufe (lifebylufe.com.br), esta iniciativa já foi publicada em revistas internacio-nais como White Wall Mag, dos EUA, RUM, da Suécia, e ELLE, da Indoné-sia. Nesta Made ele clicou a morada da curadora Daniela Duvivier.

Bruno viaja o mundo em busca de boas histórias. O carioca já passou por empresas renomadas, como Jornal do Brasil, O Globo e Editora Abril, além de ter sido inspetor de restaurantes do Guia Quatro Rodas. Nesta edição escreveu sobre o Golden Oak, um complexo residencial na Disney.

Ela trabalhou por cinco anos como editora de imagem das revistas Wish e Wish Casa, depois de ter passado pelo escritório R&D, de Mario Testino, em Londres. Em junho, Stephanie criou o instagram @carbonouomo, todo dedicado à moda e ao lifestyle masculinos. Nesta edição, ela faz uma seleção dos melhores looks atuais.

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Made to Live é uma publicação de Ferrari Edições.CNPJ 16.515.002/0001-53

Made to Live não se responsabiliza pelos conceitos emitidos

nos artigos assinados. As pessoas que não constam no

expediente da revista não têm autorização para falar em

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para produção de editorial caso não tenham em seu poder

uma carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada

por um integrante que conste no expediente.

c o N c e P Ç Ã o e d i t o r i a L Editora Carbono

P u b L i s h e r sLili Carneiro [email protected] Ribeiro [email protected]

P r o J e t o G r Á F i c oZé Renato Maia zrmaia.com.br

d i r e t o r d e r e da Ç Ã oLuciano Ribeiro [email protected]

P r o d u Ç Ã o e X e c u t i vaBianca Nunes [email protected]

e d i t o r d e a r t e c o N v i da d oAlex Vargas Cassalho

d e s i G N e rMona Sung [email protected]

e s ta G i Á r i a sIsabela Giugno [email protected]ís Franklin [email protected]

r e v i s à oPaulo Vinicio de Brito

c o L a b o r a d o r e sAlain BrugierBob WolfensonClaudia JordãoDavi RamosEveraldo GuimarãesFlavia PommianoskyGustavo ZylbersztajnHenrique FruetHermés GalvãoLufe GomesLuiz Fernando GarciaMaguy EtlinMarcio YshikawaRebeca MartinezRicardo BasettiTom CardosoVictor Collor de Mello

e d i t o r a F e r r a r i

d i r e t o r e X e c u t i v oRodrigo Ferrari [email protected]

G e r e N t e s d e c o N ta sAdriana Rodrigues [email protected] Madalosso [email protected] Pujol [email protected]

c o o r d e N a d o r a c o m e r c i a LMiriam Elias [email protected]

m a r K e t i N G

G e r e N t e d e m a r K e t i N GGéssica Romanini [email protected]

m a i L i N GMariana Cardoso [email protected]

G e r e N t e F i N a N c e i r a e a d m i N i s t r at i vaThuany Tirapani [email protected]

s u P e r v i s o r d e d i s t r i b u i Ç Ã o e c i r c u L a Ç Ã oCarlos Melo [email protected]

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Fa c e b o o KFacebook/revistamade

i N s ta G r a m@revistamade

c a Pafotografia | Gustavo Zylbersztajnedição de moda | Flavia Pommianosky e Davi Ramosmarcelle bittar | veste blusa, cinto e saia Gucci; bracelete Marisa Clermann

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E N T R E V I S TA036 |Ele tem a curaUm bate-papo com o libanês Mohamad Barakat, endocrinologista especializado em medicina preventiva e que aposta em tratamentos pouco convencionais

080 | V I A G E MPé na estradaO fotógrafo Victor Collor de Mello fala sobre a sua mais recente visita à Índia e revela por que o país asiático é parada obrigatória para os viajantes de plantão

062 | L A N Ç A M E N T OTraço finoCriado pelo designer australiano Marc Newson, o modelo M é o exemplar mais moderno da Montblanc

066 | G A S T R O N O M I AO indomávelMade conversou em primeira mão com Richard Geoffroy, chef de cave da Dom Pérignon

070 | M O DAMen styleA equipe que comanda o Instagram @carbonouommo selecionou os looks masculinos mais estilosos da estação

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132 | P R O J E T OVerde, para que te queroDecorada com obras de Vik Muniz, Margarita Farré e Carlos Cruz-Diez, essa residência paulistana tem ambientes integrados e muitas plantas

100 | C E S TA B Á S I C APróxima parada: BahamasMica Rocha dá dicas do que fazer em Nassau, capital das Bahamas e um dos destinos preferidos da blogueira

106 | V I T R I N E D E S I G NCriatividade sem limitesMaguy Etlin, colunista de Made, fez uma seleção repleta de itens de design funcionais e inovadores

114 | E N S A I O Cinema NovoUma sessão de fotos com a modelo Marcelle Bittar, clicada pelo fotógrafo Gustavo Zylbersztajn

098 | V I A G E MMuito além do MickeySinônimo de luxo e bom gosto, o condomínio residencial Golden Oak é a nova hospedagem do Walt Disney World

096 | P E R F I L O príncipe da BorgonhaConheça Philippe Pacalet, o respeitado produtor de vinhos biodinâmicos da França

084 | M O T O RA Apple dos motoresInovadores e sustentáveis, os carros elétricos lançados pela montadora americana Tesla são o futuro do automobilismo

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088 | V I T R I N E F E M I N I N A

078 | R E L Ó G I O

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092 | V I T R I N E M A S C U L I N A

108 | S E L E Ç Ã O D E S I G N

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128 | S E L E Ç Ã O F E M I N I N A

150 | M O T O RLivre para voarLançamento da Volvo, o XC90 é a mistura perfeita de design escandinavo, velocidade e conforto máximo

156 | P R O J E T OGaleria particularDescubra a morada da curadora Daniela Duvivier, povoada por belas peças de arte contemporânea brasileira

138 | G O L F EO sonho de qualquer golfistaOrlando vai muito além dos shoppings e parques temáticos. Com mais de 100 campos de golfe, a cidade é o destino ideal dos amantes do esporte

144 | V I A G E MO mundo de OzClima agradável, belas paisagens naturais, mil opções de lazer e boa gastronomia fazem da Austrália o lugar ideal para passar as férias

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e n t r e v i s ta | M o h a M a d B a r a k at

Com métodos pouco ortodoxos e estilo assertivo, o polêmico endocrinologista Mohamad Barakat trata os seus clientes como “usuários” e promete a felicidade para todos

por | Tom Cardoso

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Ele parece ter saído diretamente do set de filmagem desses filmes épicos, no estilo Lawrence da Arábia. Com quase dois metros de altura, 110 quilos de músculos, pele bronzeada e nariz aquilino, o libanês Mohamad Barakat, 55 anos, é o médico da moda de um tema que desperta cada vez mais interesse: a medicina preventiva. Sua clínica, localizada no Jardim América, bairro nobre de São Paulo, leva o nome de Instituto de Medicina Integrada, Lon-gevidade e Performance Humana, pompa que não combina com o estilo assertivo do proprietário. O endocrinologista (ex-obeso, ex-dentista) trata os pacientes como “usuários”, como se fossem depen-dentes químicos e promete livrá-los do vício usando métodos pouco ortodoxos. Polêmico, afirmar ter “revertido” o diabetes em pelo menos quatro mil pacientes e costuma receitar doses de hormônio sempre que necessário. “O que causa câncer é tris-teza”, diz. Made conversou com o médico.

Como se deu a transformação do pacato dentista no médico workaholic, especializado em saúde e bem-estar?Eu sou um ex-gordo. Com 14 anos, pesava 110 quilos. Sou nascido numa família de imigrantes libaneses de origem pobre, que, quando começou a ganhar algum dinheiro, na minha adolescência, começou a me dar tudo o que eu tinha vontade de comer, mas não dinheiro para comprar: doces, sorvetes, massas, hambúrgueres. A fartura deixou todo o mundo da família doente. Minha mãe e minhas tias maternas tiveram que fazer cirurgia bariátrica e meu pai e os irmãos dele se tornaram diabéticos. Eu tinha, por-tanto, todas as chances do mundo para me tornar um gordo diabético infartado.

E como mudou o destino?Meu pai queria que eu fosse um grande médico. Não precisei trabalhar cedo. Só estudava. Virei um nerd. Fui fazer odontologia, abri um consultório dentário, até que a paixão por nutrição, pela medicina mudou minha vida. Passei a praticar exercícios todos os dias, a cuidar da alimentação. Como queria me aprofundar no tema, deixei de ser dentista para fazer os mais variados cursos de medicina que você possa imaginar. Especializei-me em nutrição, em endocrinologia, fui estudar alimentos orgânicos nos EUA... Esta formação, aliás, acabou sendo o meu grande diferencial como profissional.

Doutor saúde—Barakat em seu consultório, onde trabalha até as duas da madrugada. Ele gosta de passar as manhãs em casa, curtindo a família e meditando

Por quê?Porque os médicos se tornaram cada vez mais espe-cializados. Você vai ao consultório cheio de problemas e o médico só têm solução para uma pequena parte deles. “Olha, eu posso cuidar da sua mão direita. Quanto à da esquerda, vou indicar um amigo meu...” Já o clínico geral entende um pouco de tudo, mas não o suficiente para tratar determinada doença. Que solução eu dei para isso? Simples: fui estudar a fundo várias especialidades e continuo estudando. Sou um médico que entende profundamente de todas as espe-cialidades que estão ligadas a bem-estar.

Li que o senhor se considera um “terapeuta da saúde”...Sim. Quando o paciente entra no meu consultório, eu o bombardeio com pelo menos 100 perguntas. Como anda o seu sono? Está se sentindo disposto? Como está a sua libido? Como é o relacionamento com seu parceiro? Como está no trabalho? O que você come? Tem praticado exercício? Quais? Está amando? Vai ao banheiro regularmente? Qual é a cor de suas fezes? E o formato delas? Faço isso porque sei que o estilo de vida das pessoas tem muito mais impor-tância, por exemplo, do que qualquer fator genético. Ninguém, com raríssimas exceções, está condenado a sofrer de determinada doença. E mesmo que sofra, que chegue ao meu consultório com alguma enfermi-dade, tenho todas as condições de curá-la.

Pode dar algum exemplo?Quatro mil pacientes meus deixaram de ser diabéticos.

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Este número não é exagerado?Não. Quase todas as doenças estão associadas às angustias do mundo moderno. Nós vivemos pilhados. Esse ambiente de ansiedade gera o cortisol, o hormônio do estresse que faz adoecer o mais forte dos homens. Faz quebrar a unha, cair o cabelo, diminuir a musculatura. A pessoa se torna fraca, adoece. Quando começa a remar em direção contrá-ria, alimentando-se melhor, fazendo exercícios e medita-ção, a chance de reverter o quadro é muito grande.

Qual a sua opinião sobre o uso de hormônios nos tratamentos?O hormônio é a ferramenta mais incrível e poderosa que existe. As pessoas têm pavor dessa palavra, mais por falta de informação do que qualquer outra coisa. A diferença entre veneno e poção é a dose. E o problema são as doses cavalares. É possível receitar hormônios, manipulados em doses pequenas, que vão trazer enor-mes ganhos a determinados pacientes. Hormônio não causa câncer. O que causa câncer é tristeza.

O senhor é um entusiasta da meditação e costuma listar em seu blog os infinitos benefícios de sua prática diária. Por que a meditação é tratada com certo des-dém pelos médicos mais ortodoxos?Porque existe, há mais de um século, um lobby da indústria farmacêutica que recomenda o uso de

“O hormônio do estresse faz adoecer o mais forte dos homens. Faz quebrar a unha, cair o cabelo, diminuir a musculatura”

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Polêmica—O médico receita hormônios. “É possível receitá-lo em doses certas”

psicotrópicos para controlar as emoções. Está emo-tivo? Está deprimido? Eufórico demais? Tome um comprimido. E as pessoas embarcam nesse discurso, com a eterna desculpa da falta de tempo, sem saber que é possível resolver problemas simples com alguns minutos meditando.

O senhor falou da falta de tempo. O seu consultório vive lotado, com mais de 30 atendimentos diários, que podem se estender até a madrugada. Como dar exem-plo aos pacientes?Se eu fosse meu paciente seria considerado o melhor, o mais disciplinado. Eu atendo até as duas da manhã justamente por começar o trabalho apenas à tarde. As manhãs, todos os dias, sem exceção, eu reservo para mim. Faço exercícios, meditação, curto a família. Tenho quase 60 anos e fôlego de menino. Dou o exem-plo. Deixei de ser usuário há muito tempo.

Usuário? O senhor foi dependente químico?Não no sentido clássico (risos). Eu trato de usuário todo paciente meu que come batata frita ou bebe refrige-rante. Para mim, eles são dependentes de droga tanto quanto um viciado em cocaína. Diria mais: o pai que coloca coca-cola na mamadeira de uma criança de 3 anos, como é até relativamente comum, é tão criminoso quanto um pai que cheira cocaína com o filho.

O senhor tem uma filha de 8 anos. Como pai, permite algumas transgressões alimentares ou jamais?Os meus pais me deram muito amor. Mas esse amor vinha em forma de açúcar e glúten. Era a maneira que eles tinham para compensar a minha infância dura, quando eu não tinha dinheiro nem para tomar um sorvete. Minha filha nunca passou por isso. Ela foi educada para não comer bobagens. Pode, porém, uma vez ou outra, “colocar o pé na jaca”. Eu mesmo coloco. Mas, até nisso, tenho as minhas regras.

Quais?Eu sou apaixonado por hambúrguer. Amo. Uma vez por mês me permito comer um belo e farto sanduíche. Mas nunca como batata frita, nem bebo refrigerante. Dou sempre uma administrada. Esta é outra dica que eu costumo dar aos meus pacientes: Quer dar sua “jacada”, dê. Mas tenha o mínimo de ética (risos).

e n t r e v i s ta | M O h a M a d B a r a k at

“O pai que coloca coca-cola na mamadeira de uma criança de 3 anos é tão criminoso quanto o pai que cheira cocaína com o filho”

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Que o Centro Universitário Belas Artes, um dos mais renomados de São Paulo, tem uma queda por artes, design e arquitetura não é novidade para ninguém. A boa nova do grupo fundado em 1925, que conta com três unidades na Vila Mariana, onde dispu-tam uma vaga os interessados em cursos como Rádio e TV, Urbanismo, Fotografia e Música, é o auditório da Unidade 3. Total-mente reformulado em homenagem aos 90 anos da faculdade, ganhou nova roupagem a partir das pranchetas do escritório Suite Arquitetos, formado por Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon.

Conhecido pelo programa semanal que apresenta na Rádio Eldorado, com novida-des do universo da arquitetura, e também por seus projetos que aliam a versatilidade da vida contemporânea a soluções criati-vas, eficientes e sofisticadas, o trio assinou o design de interiores do novo auditório Belas Artes. O ponto de partida para a criação do espaço era ser um projeto low cost, com elementos industriais, traços atuais e muito design, caraterísticas fortes da Faculdade Belas Artes.

Futuramente o prédio será reformado.Portanto, a estrutura manteve-se intacta. “Com isso a infraestrutura e as instalações locais existentes foram aproveitadas. Dei-xamos as calhas aparentes e reforçamos o caráter industrial fazendo um grande grid aéreo, por onde correm os equipamentos do auditório, transformando-o em um es-paço multifuncional adaptável para pa-lestras, oficinas e desfiles”, conta Daniela.

Belos traçosO escritório paulistano Suite Arquitetos assina o projeto do novo auditório da Faculdade Belas Artes e leva o melhor do design para dentro da sala de aula

por | Lili Carneiro fotografias | Ricardo Bassetti

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O projeto deveria ser low cost, ter elementos industriais e comprometimento com o design atual

Mix—Acima, sofá de módulos, da ,Ovo, cria um jogo inusitado com as mesinhas desenhadas pela Suite Design

NA págiNA ANteriOr

Electric Sky—Os fios das luminárias enrolados na calha são a cereja do bolo do projeto com pegada industrial

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Complementando o aspecto da funciona-lidade, todas as áreas ao redor do auditório podem relacionar-se a ele. Salas de aula, lounges e camarins estão conectados por meio de painéis no estilo camarão, que po-dem ser abertos por completo. “A flexibili-dade dos espaços e a possibilidade de se criarem diversas funções são traços fortes do nosso escritório”, revela Filipe. Por ali, muitos móveis de design assinado, itens contemporâneos e uma explosão de co-res. Peças by Herman Miller, ,Ovo e Suite Design – marca do Suite Arquitetos – com-põem o local. No palco, um divertido jogo de mobiliário clássico com releitura atual: todos os itens completamente revestidos ou pintados de vermelho para remeter ao logo da faculdade. O hall de entrada ins-titucional ganhou uma grande chapa de aço corten com o logo projetado em fitas de led multicoloridas. “O mosaico ao redor é todo em tons de cinza, seguindo a refe-rência do carpete da entrada do auditório”, explica Carolina. Uma paginação ousada, pensada em detalhes, que foge do óbvio e fará com que nenhum aluno falte outra vez a uma palestra da faculdade.

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suitearquitetos.com.brbelasartes.br

Red Fever—À esquerda, os suites: carolina, Filipe e Daniela. abaixo, as poltronas vermelhas do palco do auditório

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Sit & Learn—O design pode ser visto em todos os cantinhos do novo Auditório Belas Artes, na unidade 3 da faculdade paulistana

“A flexibilidade dos espaços e a possibilidade de se criarem diversas funções são traços fortes do nosso escritório” diz Felipe

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Após quase duas décadas, o Gero Caffé se despede do Shopping Iguatemi, em São Pau-lo. O restaurante italiano, do Grupo Fasano, fechou as portas em agosto. A brecha deixa-da com a saída do empreendimento, porém, não fica vazia e quem ocupa o espaço é o Piselli Sud. O desejo de expandir o restauran-te Piselli em São Paulo motivou o empresário Juscelino Pereira a investir R$2 milhões na criação da filial. Elaborado pelo chef Moreno Colosimo, o menu da nova unidade difere do cardápio da matriz ao apostar nos peixes e nos frutos do mar regados com azeite. O projeto ficou a cargo do escritório francês Carbondale – que desenvolveu um ambiente que valoriza a atmosfera ao ar livre. Toda a estrutura é aberta, elemento que permite a in-cidência de luz solar e ventilação natural. – IG

A coleção Verão 2016 já chegou às lojas de Sergio K. Para a estação, a marca do empresário recebeu novas peças de grifes internacionais, como as divertidas camisetas estampadas da ELEVENPARIS e da Junk Food Clothing, e as roupas de banho da Sundek. Os modelos estão expostos em vitrines personalizadas no Shopping JK Iguatemi. Além das roupas, a brand de Sergio Kamalakian começa a vender agora uma seleção de produtos destinados ao homem moderno: acessórios, bebidas, objetos decorativos e produtos de grooming. – IG

Ao Sul

Homem moderno

piselli.com.br

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A dolce&Gabbana inaugurou uma butique no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Trata-se da segunda maior loja da grife italiana na América Latina – perde em tamanho apenas para a filial do JK Iguatemi, também na capital paulista.O interior do espaço traduz perfeitamente o estilo clássico e elegante da maison. Cada ala é decorada com paredes revestidas de tecido adamascado na cor vermelha e pisos de pedra basaltina.Enfeitada com madeira canaletto, a seção masculina abriga rou-pas, acessórios e a linha Sartoria, que oferece peças de alfaiata-ria feitas sob medida. Já a ala feminina inclui uma sala reservada exclusivamente às mulheres, a Vanity Room, que guarda itens como vestidos, joias e bolsas de festa. – Isabela Giugno

Recém-chegada

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Julio Okubo herdou da mãe, Rosa Haruno Okubo, o talento para o ramo da joalheria e do comércio. Conhecida como Rainha das Pérolas, a imigrante japonesa chegou ao Brasil em 1925 e, nove anos depois, abriu um espaço especializado na venda de joias. Decidido a seguir os passos da genitora, o de-signer inaugurou uma loja homônima em São Paulo na década de 60.Três gerações após o surgimento da loja, Julio Okubo Filho começou a se dedicar à expansão da marca. Hoje, a grife, que coleciona três unidades na capital paulista e duas em Campinas, comemora 50 anos.Para celebrar, a Julio Okubo acaba de lançar uma cole-ção especial que estará disponível em todas as lojas da marca. Impecáveis, as joias exclusivas foram fabricadas manualmente e algumas demoraram até seis meses para ficar prontas. Na linha, ganham destaque as peças com pérolas, como o anel e o brinco feitos de ouro branco e decorados com diamantes.A comemoração não parou por aí e todas as lojas da grife foram repaginadas para apresentar uma decoração minimalista e moderna. Os toques orientais, que remetem às raízes nipônicas da fa-mília Okubo, ficaram a cargo de Ikebanas, arranjos de flores típicos do Japão que foram espalhados por cada espaço. – IG

Bodas de ouro

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A Bobinex acaba de lançar uma marca e, agora, papéis de parede com estam-pas divertidas e irreverentes vão invadir sua morada. Batizada de Branco, a linha conta com 170 modelos de re-vestimentos, cujas padronagens foram elaboradas por 11 designers e artistas plásticos brasileiros.Capazes de emprestar uma dose de charme extra a qualquer ambiente, os papéis da Branco têm tudo para se tornarem objetos de desejo na hora de decorar o lar. Caso queira deixar seu cantinho com uma cara mais descolada, por exemplo, vale enfeitar as paredes com o Amazônia Fantástica, desenvolvi-do por Marcelo Rosenbaum. E se a ideia for criar um espaço mais romântico, o Maracatu, de Joana Lira, e o Bolinhas, da Ana Strumpf, são a pedida certa! – IG

Rodrigo Kurhi passou cinco anos projetando peças exclusivamente de acrílico. Em 2009, o paulistano decidiu inovar e começou a utilizar também o compensado de madeira para confeccionar suas obras. Familiarizado com este material, ele lança, agora, a luminária GÔ, formada a partir de chapas revestidas de imbuia e fórmica, que foram encaixadas artesanalmente, resultando em um ângulo de 90 graus. Simples, geométrico e bem acabado – três características que são a marca registrada no trabalho do designer –, o objeto evoca a forma de uma seta e dispensa curvas ou ondulações em sua estrutura. – IG

Do papel à parede

Geometricamente simples

brancopapeldeparede.com.br Reduto de restaurantes badalados, praças, lojinhas descoladas, bares e galerias de arte, Pinheiros foi eleito para abrigar a segunda unidade do restaurante Manish. A casa, especializada na culinária libanesa contem-porânea, foi inaugurada no Itaim em 2011 e agora aterrissa no número 326 da Rua Ferreira de AraújoLocalizado em um sobrado, o novo Manish foi concebido por Fabio Bruschi, arquiteto que projetou os restaurantes Le Jazz e Ton Ton, ambos paulistanos. Na unidade, os pisos e paredes feitos de tecnocimento e o coloridíssimo painel assinado pelo artista Marcus Dan remetem ao décor da matriz. A grande diferença entre os dois restaurantes, contudo, é que a filial recém-inaugurada segue uma linha mais despretensiosa, justamente para ornar com a atmosfera despojada e jovem do bairro. Por isso, a decoração ganhou elementos irreverentes como a parede de tijolinhos e tubulações aparentes, as mesas de madeira rústica e a fachada estampada com o nome do restau-rante grafitado.No menu da casa, que é assinado pelo chef e empresário Renato Lopes, foram adiciona-dos novos pratos, como as tiras de filé--mignon com pães torrados; o grão-de-bico com salpicado de amêndoas e pistaches, e os anéis de cebola fritos na manteiga e com pimenta síria. Além de acrescentar novida-des ao cardápio, o restaurateur manteve os clássicos do Manish: o lombo de cordeiro, a kafta e o couscous marroquino. – IG

Das arábias

manishrestaurante.com.br

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De volta aos anos 1950

Must haveA Bombardier Business Aircraft ficou sob os holo-fotes na 12ª edição da Labace, feira que reúne as maiores empresas de aviação executiva da América Latina. Durante o evento, a fabricante canadense apresentou seus três jatos de maior sucesso: o Learjet 74, o Challenger 350 e o Global 6000. Na feira, que acontece anualmente no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o modelo Challenger 350 tinha interior decorado com cristais Baccarat. Com capacidade para comportar até nove passageiros, o jato consegue voar, sem escalas, de São Paulo até o Panamá. Quem veio ao Brasil para apresentar a novidade em primeira mão foi Stéphane Leroy, vice--presidente da Bombardier na América Latina. – IG

Hora de decolar

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Os Panerai Books já são objetos icônicos da marca florentina por sempre atrelar história a design. A grande novidade da edição de 2015 são os textos de colaboradores de peso, como o jornalista expert em relojoaria Giampiero Negret-ti e o diretor do Museu Galileo, Paolo Galluzzi. Recheado de ricas imagens do ilustrador Victor Togliani, o livro da Officine Panerai foi dividido em cinco capítulos e está disponível em italiano, inglês, japonês e chinês. Para coroar, o acaba-mento, o papel e a capa dura são impecáveis. Pa-nerai Book é uma publicação da editora italiana Marsilio e já possui exemplares para circulação internacional. – Laís Franklin

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O vintage, que invadiu o setor moveleiro nos últimos dois anos, também aparece na Gorenje. A principal fa-bricante europeia de eletrodomésticos aposta no char-me retrô e no design arrojado do refrigerador Baby Blue, que combina a nostalgia da década de 50 com a tecno-logia avançada. O isolamento térmico garante consumo menor de energia e boa vedação das portas. Feitas de vidro temperado, as prateleiras suportam até 20 quilos e impedem possíveis vazamentos para outras partes do mimo. Prática, cool e com design convexo arredondado, a geladeira faz parte da linha retrô Funky. – LF

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Formado por bolsas clássicas como a Birkin, da Hermès, a Alexa, da Mulberry, e a 2.55, da Chanel, o distinto clube das it bags acaba de ganhar uma nova inte-grante. Minimalista e memorável, a peça assinada pela Prada foi lançada no desfile da coleção Outono/Inverno 2015 e é a nova promessa da grife italiana.À primeira vista, a Prada Inside Bag (como foi batizada) pode até parecer uma peça comum, mas basta abrirmos o zíper que percorre o topo dessa caixinha retangular para encontrarmos uma bolsinha de couro acoplada no interior do produto.Fabricada pelos habilidosos artesãos da marca, a Prada Inside Bag está disponí-vel em três tamanhos: pequeno, médio e grande. Além das variações de porte, a peça pode vir nos tons rosa, turquesa, marrom ou outras cores, e em tipos de couros diferentes, como o de crocodilo e o de avestruz. Vale combinar a bolsa inter-na com a externa, ou fazer um contraste entre as duas. É você quem decide! – IG

Prada ao quadrado

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A efervescência cultural da Benedito Calixto, em São Paulo, acaba de ganhar ainda mais fôlego com a inauguração do Guest Urban Fruttare, um hotel butique fruto da parceria entre os sócios Demian Figueiredo e Fabio Queiroz.No antigo sobrado de três andares, que foi res-taurado para ganhar uma configuração moderna, minimalista e que traduz o espírito da capital pau-lista, há 14 suítes. Desenvolvido por Isabel Nassif e Renata Pedrosa, do Substudio, escritório responsá-vel pelo Bar Mandíbula e pela Galeria Baró, ambos em São Paulo, o décor aposta na cartela de tons neutros e discretos, como cinza e bege. Pensando em projetar um hotel que traduzisse a identidade de São Paulo, o duo pintou o piso nas cores preta e branca em homenagem às emblemáticas calçadas da cidade. Na área externa, há um jardim frontal e, na entrada, uma charmosa pracinha inspirada nas vilas típicas do bairro Pinheiros.Mesmo os residentes da cidade podem aproveitar para visitar o espaço e comparecer nos eventos do hotel, que possui uma galeria e uma praça des-tinadas a sediar festas e exposições. – IG

Novo no pedaço

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A joalheria Frattina está caminhando a pas-sos largos com os planos de expansão da marca em São Paulo. Após a inauguração de uma flagship na Rua oscar Freire, a grife estreia agora uma butique no Shopping Iguatemi. o projeto da nova loja foi desen-volvido pelo arquiteto Roberto Migotto, que investiu na mescla de elementos modernos e tradicionais para decorar o ambiente. o profissional combinou móveis de nogueira americana com mármore bronze Armani. A cor escolhida para enfeitar o amplo espaço, que contará com uma sala vIP destinada a oferecer atendimento personalizado aos clientes, foi o dourado envelhecido. – IG

A todo vapor

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Em 2012, três anos antes de o Michelin lançar a sua primeira edição brasileira do guia rouge listando restaurantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, o chef alemão Joachim Koerper era o único a ostentar uma estrela no País. Sócio e cozinheiro do Eleven, em Lisboa, e casado com uma brasileira, ele chegou ao Rio para renovar o Enotria, na Barra, e depois a Enoteca Uno, no Centro, quando apresentou aos cariocas a sua cozinha de base clássica, inspiração mediterrânea e rigor germânico na ela-boração das receitas e na apresentação dos pratos. Agora ele traz para a cidade uma filial do Eleven, que, por ironia do destino, ocupa o imóvel do extinto Oro, de Felipe Bronze, uma das 17 casas pre-miadas pela publicação francesa.“Seguirei aqui a mesma filosofia do Eleven, mas não vou reproduzir o menu, o que é impossível, por causa da diferença de ingredientes que encontra-mos em Portugal e no Brasil. Mas, sim, há pratos de lá vou servir aqui”, diz o chef, que passa seis semanas no Brasil e outras seis em Portugal, onde atua ainda como consultor em outros dois restaurantes: dos hotéis Herdade da Malhadinha Nova (uma moderna viníco-la do Alentejo) e Belmond Palace Reid’s (na Ilha da Madeira).

 A casa carioca traz três menus de-gustação, com sete, nove ou 11 etapas, além de amuse-bouches e mignardises. Pratos com bacalhau estão entre as

O chef Joachim Koerper

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especialidades do chef. Em cartaz, no menu inaugural, há uma versão que entrelaça Brasil e Portugal: um lombo alto, confitado lentamente a baixa tem-peratura no sous-vide, a vácuo, sevido com o miúdo e delicado feijãozinho de Santarém (do Pará), com emulsão es-pumosa de laranja, croûtons e brotinhos de verduras. O leitãozinho assado, com a pele crocante, textura reforçada por uns três ou quatro torresminhos, é servido com chutney de tomate e maracujá, entregando acidez ao prato, além de batatinhas pont neuf. Outro destaque é o tataki de atum com  manga. Para a so-bremesa, mais uma pitada verde-e-ama-rela, o brownie de chocolate caramelado com sorvete de cumaru. “De Portugal, estou trazendo o ravióli de cavaquinha com molho de crustáceos e o cordeiro com nori. Dois clássicos. Gosto de tra-balhar buscando equilibrar textura, tem-peratura e acidez, com matéria-prima fresca. Esse é o pilar de nossa cozinha. Agora que encontramos o ponto ideal, na Zona Sul, estamos animados. Viemos para estar entre os melhores restauran-tes do País”,  conta Koerper.

Para comandar salão e cozinha, o chef trouxe vários funcionários por-tugueses. A começar pelo sommelier Jorge Nunes, que o acompanha desde a chegada ao País, o chef Paulo Leite, seu homem de confiança junto às panelas, e a maîtresse Amanda Freitas, estes dois recém-chegados ao Brasil.Entre os destaques da carta de vinhos com uma centena e rótulos estão alguns exclusivos, com assinatura do chef, incluindo produções portuguesas, como o Red by Joachim Koerper (100% cabernet sauvignon), e alemãs, como o Riesling Spätlese 2012, além de azeite e flor de sal (que podem ser comprados pelos clientes). Para levar para casa um pouquinho do Eleven. – Bruno Agostini

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É comum você ouvir a ideia de que um spa numa grande cidade é um oásis, um refúgio, um espaço para se esquecer da vida, do trânsito, do caos e relaxar. De cer-ta forma, todos têm esta pretensão. Mas poucos conseguem chegar ao nirvana tão bem quanto o Aigai, no Alto de Pinheiros. Primeiro porque é, simplesmente, bonito demais. O arquiteto Mario Figueroa acer-tou a mão já na fachada, com seu jardim vertical. O interior lembra os melhores spas de hotel do mundo, todo branco, com espelhos d’água, pátios com luz natural e pérgolas de muxarabi. Depois, ali não se esquece do principal, o tratamento. Já na chegada você é recebido numa sala silenciosa e a recepcionista lhe chama pelo nome. Entre os nove tipos de tratamento, opte pela abhyanga, método indiano que combina óleo vegetal aquecido com mo-vimentos fluidos que reequilibram corpo e mente. Uma vantagem do Aigai é que o cliente pode ficar ali o tempo que quiser, antes ou depois da massagem.

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Quatro anos se passaram desde a desativação da Praça Mauá, no rio de Janeiro. na ocasião, o local havia sido fechado temporariamente para que se desse início às obras do Porto Maravilha, programa idealizado pela Pre-feitura carioca com a intenção de revitalizar a região portuária da cidade.Antes da reforma, a paisagem da Zona Portuária era completamente ofuscada pelo Elevado Perimetral. Agora, a via foi demolida e a área da Praça Mauá está seis vezes maior. com o fim da revitalização, a esplana-da começa na altura da Avenida rio Branco e chega até a beira da Baía de guanabara, contemplando um espaço de 25 mil metros quadrados.no piso, pedras portuguesas foram substituídas por granito e a iluminação de mercúrio deu lugar a uma opção mais moderna, o lED.Espera-se que, paralelamente à Praça revitalizada, surjam eventos cultu-rais dos mais variados, já que o entorno oferece um circuito de arte de peso, como o Museu de Arte do rio (MAr), o Museu do Amanhã, que será inaugurado ainda neste ano, e os quatro armazéns que sediam a feira Art rio anualmente. – IG

A praça é nossa

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Traço finoA Montblanc convidou o australiano Marc Newson para criar um novo modelo de caneta, o M. Foi a primeira vez, em mais de 100 anos, que um designer fora do grupo trabalhou com a marca alemã. Made foi até Milão conferir o lançamento

Em maio passado, um grupo de jornalistas de todo o mundo aterrissou em Milão para ver algo raro. Pela primeira vez em sua história, a Montblanc convidou um “estrangeiro” para desenhar suas desejadas cane-tas. E a tarefa coube ao australiano Marc Newson.

Durante o jantar de apresentação, algumas per-guntas rodavam as mentes dos periodistas: Por que mexer em time que está ganhando? O que uma marca centenária pode fazer para, com o passar dos anos, continuar sendo atual e relevante? E como surpreen-der um público que praticamente já viu tudo?

Fundada nos anos 1900 por engenheiros alemães, conhecida por suas canetas, mas que há alguns anos abriu o leque criando carteiras, malas, relógios e outros artigos de couro, a Montblanc respondeu as dúvidas ao mostrar o modelo M, mais leve, mais fino e mais moderno que os tradicionais exemplares da grife. Embora siga as linhas originais, percebe-se um salto em direção ao futuro. “Adoro a marca. E procuro extrair um balanço entre a simplicidade e a funcionalidade do produto, além da sensação que ele pode passar ao cliente. É importante o toque das

por | Luciano Ribeiro, de Milão

Look at me—acima, expert em caneta durante o lançamento do modelo m, em milão. a festa contou com jornalistas do mundo inteiro

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Estilo—Nesta página, criador e criatura: Marc Newson e seus diferentes tipos do modelo M

“Adoro a marca. E procuro extrair um balanço entre a simplicidade e a funcionalidade do produto”, diz Marc Newson

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O modelo M é mais leve, mais fino e mais moderno que os tradicionais exemplares da marca alemã

mãos na hora de escrever. Tudo isso levei em conta quando comecei a desenhar a M”, explicou Newson, para cerca de 600 convidados que jantavam no 24º andar do Diamond Tower, prédio envidraçado com vista de 360º de Milão.

A escolha do australiano foi uma aposta pessoal do presidente da Montblanc, Jérôme Lambert. Eles já haviam trabalhado juntos anteriormente. “Newson é o mais influente designer de sua geração. Além de muito talentoso, ele consegue entender os valores da marca e passá-los como niguém. Sempre foi um prazer trabalhar com ele”, disse Lambert.

Ao todo, a coleção tem três modelos: esferográfica, rollerball e screenwriter (capaz de escrever em telas de smartphones). E, o melhor, a coleção acaba de chegar por aqui.

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Mister M—Em sentido horário, cenas da mesma festa: o ilustrador francês Nicolas Ouchenir, o designer Marc Newson com o presidente da Montlbanc, Jérôme Lambert, e o ambiente onde a caneta foi lançada

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O indomávelChef de cave de Dom Pérignon aboliu as clássicas flûtes em suas degustações, acha que a atmosfera em volta da bebida é “supercareta” e, recentemente, convidou Ferran Adrià para reavaliar o conceito de champanhe. Confira a entrevista que Richard Geoffroy concedeu a Made, em Dubai

por | Alexandra Forbes, de Dubai

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O chef catalão Ferran Adrià – o Pelé da cozinha e ex-pro-prietário do mítico e extinto restaurante El Bulli – acha que vai conseguir virar de pernas para o ar o conceito que temos de champanhe. Como? Ninguém sabe ainda. A Dom Pérignon lhe deu um prazo de três anos – a contar de janeiro passado – para “recodificar a criatividade”.

O arriscado investimento em um chef indomável e sonhador para quebrar as regras de seu próprio ne-gócio foi ideia do não menos idiossincrático Richard Geoffroy, chef de cave da Dom Pérignon e uma das figuras mais importantes do mundo do vinho.

Carismático, Geoffroy fala e respira champanhe o tempo todo. Ora filósofo, ora humorista, é um baita showman. Comanda a atenção de todos ao entrar em um salão. E vai muito além de rodar o mundo alarde-ando as qualidades dos vinhos que faz.  Se permanece desde 1990 no cargo é porque procura quebrar regras e estar um passo à frente dos concorrentes.

Em 1999, por exemplo, aboliu as flûtes, que diz serem estreitas demais, e deu ordem para que, em todas as degustações, seus champanhes fossem servidos em taças normais, com bojo. “De três anos para cá tenho visto várias outras maisons fazendo igual, mas somos os pionei-ros”, afirma. “É muito mais importante extrair o melhor do vinho do que usar um copo bonito”, rebate.

O Dom Pérignon, que pertence ao conglomerado de luxo LVMH, está entre os raros champanhes que conseguem manter um altíssimo nível de qualidade sendo produzido em quantidades relativamente

Tête-à-tête—Na página anterior, o encontro entre Geoffroy e o chef Ferran Adrià. Nesta página, o evento This is Not a Dinner, em Tóquio, onde ambos comemoraram a parceria

“É muito mais importante extrair o melhor do vinho do que usar um copo bonito”

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Bocadito—Pratos criados por adrià harmonizados com dom Pérignon: de cima para baixo, yuzu cru com caviar e pétalas de flores com iogurte F

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“Grandeza vem com desafios e restrições. Nunca vem quando há conforto. Conforto faz coisas seguras, nunca grandes”

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grandes. Por seu prestígio, foi escolhido como a bebida oficial da primeira classe da companhia aérea Emirates. No Brasil, os fãs são ferrenhos.

Geoffroy esteve há pouco em Dubai, onde lançou com a safra 2005 de Dom Pérignon. Apresentou tam-bém o rosé 2003 – hoje sua safra favorita. Após longa degustação, concedeu a Made a seguinte entrevista:

Em 2005, depois de calor extremo e seca, choveu muito em setembro, logo antes da colheita – condições ruins para as uvas. Você, mesmo assim, conseguiu salvar quantidade suficiente para fazer uma grande safra. Agora até fala que os dilúvios tiveram influência positiva! Parece que você gosta de obstáculos.Acredito que grandeza surge quando há desafios e restrições. Grandeza nunca vem quando há conforto. Conforto faz as coisas seguras,  mas nunca grandes. Você precisa estar sofrendo pressão para entregar algo do mais alto nível.

Essa colaboração com Ferran Adrià vai dar em quê?Frequentei o El Bulli por 21 anos. Ferran é meu ami-go. Não sei como ele vai desconstruir o champanhe. Talvez quebre a atmosfera em que se bebe o vinho, que acho supercareta e antiquada. Toalhas brancas, talheres de prata... Dá para tornar essa experiência muito mais sensorial. Quero deslocar os parâmetros. “Decodificar a criatividade” soa presunçoso, mas queremos entender melhor a filosofia por trás do ato da criação. Atravessar uma barreira e nos reinventar. Temos três anos para chegar lá.

É curioso um enólogo que quase não bebe...Bebo superpouco. Não preciso de grandes quantida-des para sentir um vinho, ou para ter prazer com ele. Fartura, para mim, não equivale a prazer. Quais são seus vinhos favoritos?Gosto de Borgonhas. Mas meu favorito – depois de champanhe, claro! – é o Château d’Yquem (o famoso vi-nho doce de Bordeaux), porque há algo de definitivo nele.

O que você sabe sobre o Brasil?Sei que os amantes de vinho têm grande sofisticação e sensibilidade. Já encontrei vários ao redor do mundo.

Invenção—Acima, laboratório de Dom Pérignon: ali, o chef espanhol vai recodificar o conceito de champanhe

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Dois clássicos, como o terno azul-marinho e o trench coat, ganham novos ares quando usados como sobreposição. O cardigã por baixo do terno e a gravata azul de bolinhas, com a cartela de cores terrosas, remetem aos anos 1970 – tendência forte nas semanas de moda. Outro detalhe que deixa o visual mais cool é o sapato estilo loafer sem meia.

O terno xadrez voltou com tudo. Tanto no costume completo, como na foto, quanto no desconstruído, usando só o paletó ou a calça. A modelagem mais slim deixa o look atuali-zado. E atenção no caimento, como o com-primento das mangas, dos ombros e da calça: detalhes assim fazem toda a diferença.

Men style

por | Stephanie Marie Eli

clássicos modernos

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Confira os looks masculinos mais cool da temporada pelos olhos da turma do @carbonouomo

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As listras são atemporais e peças-chave em todo armário. Aqui, a combinação com a calça cáqui, outro item clássico, fica mais cool com a escolha inusitada do mocassim amarelo.

listras, sempre!

O look esportivo ganha um ar mais refinado com o casaco de lã cinza – aliás, é peça-chave, na qual vale apostar, já que dá para ser usado em look social ou casual.

esporte fino

O tradicional terno azul-marinho fica muito estiloso com pequenos toques que fazem toda a diferença, como arregaçar as man-gas e fechar a camisa até o último botão.

sutileza

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Poucos e bons

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por | Laís Franklin

01 IWC SChaffhauSen

O modelo é inspirado em O Pequeno Príncipe, do autor Antoine de Saint-Exupéry. Sete estrelas douradas simbolizam sua visita a outros planetas e brilham indicando os dias da semana.iwc.com/brazil

Relógio Pilot Cronógrafo Duplo Le Petit Prince03 ChrIStIan LouboutIn

Perfeito para uma composição mais casual, o tênis de couro com fivelas tem um quê de streetwear e elegância.us.christianlouboutin.com

Discretough Flat Calf Black

04 tod’S

O espírito made in Italy invade a marca. O luxo contemporâneo fica evidente neste sapato de couro preto e solado de borracha.tods.com

Outono/Inverno 2015/1602 GuCCI

Com a chegada do estilista Alessandro Michele, a coleção traz peças com cortes justos e simétricos. Aposte no tom sobre tom para fazer bonito em qualquer evento.gucci.com

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06 Bottega Veneta

O cachecol de lã entrelaçada é opção certa para quebrar a formalidade do visual.bottegaveneta.com

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07 SalVatore Ferragamo

Marcada por loucurinhas, glamour e sensualidade, a década de 70 aparece revisitada nesta nova coleção da marca italiana.ferragamo.com

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05 Brunello CuCinelli

O estilo casual-chic tão conhecido da marca é elevado à última potência numa coleção marcada por justaposições de materiais e um mix das cores bege, azul e cinza.brunellocucinelli.com

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09 louiS Vuitton

Lançamento da marca francesa, esta bota rouba a atenção em qualquer composição.br.louisvuitton.com

Clash Ankle Boot

10 guerreiro

Pulseira é um acessório que ganhou de vez os braços masculinos. De couro e prata, este exemplo da Guerreiro faz juz ao lifestyle da marca, trazendo ares da vanguarda.guerreiro.com

Guerreiro Homem

08 emporio armani

Armani é mestre em criar peças que são curinga no closet. Este casaco preto, com fecho na frente, é muito estiloso. Cai bem com qualquer produção.armani.com

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R e l ó g i o | Va c h e R o n c o n s ta n t i n

Hora certaMade conversou com Giovanni Carestia, novo diretor da Vacheron Constantin para América Latina e Caribe. O italiano, apaixonado pelo Brasil, conta os segredos da marca mais tradicional da relojoaria suíça

Qual o segredo da Vacheron Constantin ainda ser desejada depois de 260 anos de sua fundação?É curioso saber que, quando a marca começou, não havia nem telefone. História é o que dá a nossa imagem, o nosso prestígio. Acredito que somos um exemplo de como construir um futuro melhor. É um luxo ter tantos anos de vida.

Mas isso implica muitos desafios pela frente...São mais de dois séculos e meio de expertise. E che-gamos ao Brasil ainda no século 19. Este ano abrimos a butique em São Paulo porque acreditamos que a cidade é a capital da América Latina. Não oferecemos um produto, mas uma experiência. Em nossa loja, damos detalhes das diferentes coleções, tiramos dúvi-das sobre todo e qualquer mecanismo, mostramos como limpar o relógio, falamos de tendências e expli-camos detalhes técnicos. Lançamos, recentemente, um relógio de bolso com 57 complicações, mostrador duplo, que demorou oito anos para ficar pronto.

Como você descreve os clientes brasileiros?Vejo que são muito educados, conhecem os produtos de luxo, gostam de alta qualidade, de complexidade, são pessoas que valorizam a tradição. São clientes que já desenvolveram a paixão pelo mundo do relógio. Ninguém começa a beber vinho degustando Petrus. É preciso entender de relógio para saber por que Vacheron é tão especial.

Hoje há muitas marcas quase disputando os mes-mos clientes. Como chamar a atenção?Sei que todas são ótimas, mas ninguém pode dizer que faz relógios há tanto tempo. A Vacheron ainda vai estar em voga daqui a mais de 260 anos.

Estilo—giovanni carestia, diretor da Vacheron, e o relógio mais complicado do mundo

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Uma câmera fotográfica e um cinturão com lentes. Foram estes os instrumentos que me acompanharam, em dezembro de 2014, durante a minha mais recente jornada pela Índia, terra de belezas e paisagens incomparáveis. Ao lado de minha mãe, Thereza, par-ceira insubstituível nas andanças que faço pelo globo, fui atrás de imagens estonteantes e cenários inóspitos. Como nós dois temos espíritos de aventura – e muito! –, resolvemos fugir do óbvio e conhecer regiões menos exploradas pelos turistas.

Nosso primeiro destino foi a cidade de Calcutá. Saí-mos de São Paulo rumo ao Qatar, no Oriente Médio, onde fizemos uma rápida conexão. Logo em seguida voamos para Bangalore, no Sul da Índia, e então che-gamos ao destino final. Total: por volta de 24 horas em trânsito. O cansaço, porém, valeu a pena!

Um aglomerado de pessoas, táxis amarelos, charmo-sos tuk-tuks e barraquinhas de comida abarrotam as ruelas dessa cidade que foi capital da Índia britânica no

Pé na estradaO fotógrafo Victor Collor de Mello visitou os rincões mais escondidos da Índia e conta para Made suas aventuras por regiões pouco exploradas por turistas ocidentais

texto e fotos |Victor Collor de Mello

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Mix de cores—Na página anterior, mulher com sári multicolorido e piercing secular. Nesta página, indianos de Nagaland, a mãe de Victor, Thereza Collor, e detalhe de um táxi em Calcutá

A minoria étnica de Nagaland proporcionou os melhores retratos da viagem

período colonial. O trânsito caótico é quase inevitável e, se a ideia é fugir do estresse paulistano, Calcutá não é o destino ideal. Como toda região metropolitana, a cidade sofre com poluição e pobreza, mas possui rela-tiva beleza. O mercado de flores às margens do Rio Hoogly, que banha a cidade, rendeu imagens maravi-lhosas e fez com que a visita valesse muito!

Outra parada foi a cidade de Kohima. Pequenino e montanhoso, o estado de Nagaland abriga essa metrópole que está no extremo Leste da Índia, quase na divisa com o Butão. Lá, habita um povo de olhos puxados e fisionomia parecida com a dos habitantes de Burma e do Tibet. Sempre trajando braceletes tra-balhados de marfim e chifres de javali como adornos de cabeça, essa minoria étnica protagonizou minhas melhores fotografias no local.

Sem o aroma de incenso ou pessoas vestindo sáris, é uma região muito diferente das cidades mais populo-sas, cosmopolitas e tradicionais da Índia. Recomendo alguns dias em Kohima para quem curte destinos inusitados! Vale lembrar que para chegar à cidade é preciso pegar um voo até Nagaland e depois percorrer seis horas de carro.

Mas nossa trip não acabou por aí. De longe, o melhor destino da viagem foi Gujarat, estado no Oeste indiano, logo na fronteira com o Paquistão. Como foi berço do emblemático Mahatma Gandhi, figura muito venerada no país, a atmosfera que permeia o

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local é de muita espiritualidade. A venda e o consumo de álcool são proibidos e grande parte da população aderiu ao vegetarianismo.

Decidimos conhecer o estado como se fôssemos habitantes locais e embarcamos em uma road trip incrível, que durou 15 dias. Conhecemos Ahmedabad, Vadodara e Rajkot, as cidades que povoam um dos mais belos estados da Índia. Acredito que essa seja uma maneira maravilhosa de se conhecer um país, já que de carro você passa a entender a velocidade das coisas, observa a agricultura, os campos e as ferrovias.

Para hospedagem, ficamos em palácios de maharajas, como são chamados os reis indianos. Luxo? Nem um pouco, uma vez que as instalações eram muito simples e tradicionais. Nada turístico, sem tecnologias do mundo atual e com infraestrutura precária, o local exigiu de nós um grande espírito aventureiro. Esses detalhes, porém, foram compensados pela beleza ímpar das mulheres que vestem os sáris branquíssimos e os homens da tribo

Rabari. Com seus turbantes coloridos, seus brincos de ouro e seus bigodes pitorescos, eles foram tema da minha mais recente exposição, batizada de Gujarat.

Minha última parada da road trip foi Udaipur. Situada no estado desértico do Rajastão, a cidade é um destino mais turístico e pop, repleto de lagos e construções suntu-osas. Os destaques vão para o Palácio da Cidade, que está às margens do Rio Pichola, e para o hotel Lake Palace. Antiga casa de veraneio do maharana – cargo mais alto na hierarquia real indiana –, o hotel da rede Taj oferece comida e suítes esplêndidas!

Udaipur lembra muito Veneza, mas com aquela magia indiana que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

Victor e sua mãe, Thereza, embarcaram numa road trip que durou 15 dias

Strike a pose—nesta página, victor, Thereza e membros da tribo da cidade de Kohima, em nagaland

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por | Marcio Yshikawa

a apple dos motoresTesla Motors prova viabilidade dos carros elétricos, inspira as principais montadoras do mundo e investe US$10 bilhões em uma fábrica de baterias. A montadora americana tem veículos que fazem de 0 a 100km/h em menos de três segundos – sem barulho nem fumaça

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Os automóveis elétricos ainda são para poucos, mas é inegável que eles começam a fazer parte da realidade urbana das metrópoles mundiais. Esses carros são peças de complexo jogo de xadrez, no qual a indústria automobilística acabou envolvi-da: os combustíveis fósseis são finitos e, ao mes-mo tempo, aumentam cada vez mais as pressões governamentais e da sociedade civil pela redução nas emissões de poluentes. Assim, a busca por tecnologias limpas para as próximas gerações de se tornou mandatória. Em meio a tudo isso brilha a Tesla Motors.

Baseada no Vale do Silício, ela foi fundada em 2003 por um grupo de engenheiros que traçou a meta de desenvolver um automóvel elétrico viá-vel. No ano seguinte, entrou em cena o sul-afri-cano Elon Musk, que decidiu abraçar a causa e investiu parte de sua fortuna (acumulada quando vendeu a PayPal, empresa de pagamentos on-line). Musk é o atual CEO da Tesla e também o arquiteto de produto dos carros desenvolvidos pela empresa. Considerado excêntrico por uns e visionário por outros, ele representa para a Tesla o mesmo que Steve Jobs era para a Apple.

Power—modelo de carro que está influenciando toda a indústria automobilística

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Uma pequena start-up da Califórnia saiu na frente de montadoras como a General Motors ao criar baterias mais leves e duráveis

O primeiro carro da marca, o Roadster, che-gou às ruas em 2008. O Model S, um sedã es-portivo de luxo, está no mercado desde 2012 e ratificou o sucesso da Tesla, que se consolidou como um player a ser levado a sério. E já há dois outros carros na base de lançamento para os próximos dois anos: o Model X, um utilitário esportivo, e o Model 3, que será menor e mais acessível, com variantes de sedã e crossover.

Mas, mesmo antes disso, a Tesla já serviu como catalizador de transformações na indús-tria automobilística. Robert Lutz, vice-presi-dente da General Motors em 2007, revelou que a Tesla foi inspiração para o desenvolvimento do Chevrolet Volt, um sedã híbrido. “Os gênios da nossa companhia diziam que a tecnologia de íons de lítio (tipo de bateria que viabilizou o pro-jeto do carro elétrico) estava dez anos distante. E o pessoal da Toyota concordava conosco”, dis-se o executivo, em entrevista à Newsweek. “En-tão a pequena start-up da Califórnia fez tudo acontecer. E a gente se perguntou: e nós, não conseguimos? Isso ajudou a quebrar um círculo vicioso dentro da indústria automobilística”.

Além de provar a viabilidade tecnológica e co-mercial, a Tesla mostrou que carro elétrico pode ser bonito e atingir o status de objeto de desejo. “Quem gosta de automóveis rápidos vai adorar os Tesla. Nosso carro deixa um Porsche para trás e faz isso com o dobro da eficiência energé-tica de um Prius”, disse Musk, no lançamento

Inovação—O Model S, da Tesla: o sedã está no mercado desde 2012 e consolidou o sucesso da montadora americana

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do Model S. O sedã acelera de 0 a 100km/h em 2,8 segundos, tempo digno de um superesportivo. Seu design é  moderno, com acabamento premium, e o interior esbanja elegância e modernidade, com tela central sensível ao toque e nenhum botão.

A filosofia da Tesla vai mais longe que as quatro rodas. Em sua missão, a empresa se propõe a acelerar a transição do mundo para um sistema de transporte sustentável e é em seus mais recentes projetos que isso se faz entender. Um deles é a Gigafactory, em-preendimento que está sendo construído no estado americano de Nevada, em parceria com a Panasonic, destinada à produção de baterias de íons de lítio. Com investimento estimado em dez bilhões de dólares, ela deve estar em pleno funcionamento em 2020, forne-cendo as baterias necessárias para as 500 mil unida-des anuais que a Tesla pretende vender nesse ano.

Outra recente – e surpreendente – cartada da Tesla foi a abertura das patentes dos seus sistemas. “Infe-lizmente, os programas de carros elétricos, na maior parte das companhias, não chegam a 1% das unidades oferecidas no mercado”, disse Musk em um post no blog oficial da empresa. Segundo ele, a Tesla não con-corre com carros elétricos de outras marcas, mas sim com todos os carros movidos à gasolina.

Ainda há muitas barreiras para que o carro elétrico se transforme em um objeto de massa – a autonomia é limitada, já que são poucos os pontos de recarga. Mas Musk aposta alto em seu produto. “Nos próximos 20 anos, ou até em dez, teremos uma virada em prol do carro elétrico, já que o petróleo vai ficar cada vez mais caro”, finaliza o empresário visionário.

Na tomada—A empresa californiana investiu US$10 bilhões em fábrica para fornecer 500 mil baterias anualmente

A montadora americana se propõe a acelerar a transição do mundo para um sistema de transporte sustentável

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por | Laís Franklin

OS PREDILETOS Confira nossa seleção com os lançamentos indispensáveis para renovar o closet nesta estação

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Pronta para a noitesandália Salvatore Ferragamo ferragamo.com;

brincos Ara Vartanian aravartanian.com.br; bolsa Coach brazil.coach.com.br; top cashmere Brunello Cucinelli

brunellocucinelli.com; bolsa Chanel chanel.com; brinco Andrea Conti @andreacontioficial

All redchaveiro Fendi fendi.com; bolsa Burberry br.burberry.com;

broche Prada prada.com; vestido Emporio Armani armani.com; clutch DVF dvf.com; sapatos Tod’s tods.com

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Tudo cleanbolsa Gucci gucci.com; relógio Panerai

panerai.com; sapatos Louie louie.com.br; botas Bottega Veneta bottegaveneta.com; bolsa Louis Vuitton br.louisvuitton.com;

bicicleta Velosophy velosophy.com.br

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Mix criativocasaco Ports para Farfetch farfetch.com; sapatos Prada

prada.com; relógio Jaeger-LeCoultre jaeger-lecoultre.com; sapato Dolce&Gabbana dolcegabbana.com;

bolsas Coach brazil.coach.com

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O príncipe da BOrgOnhaEntusiasta da vinificação natural, Philippe Pacalet produz alguns dos melhores tintos e brancos da França. Em conversa com Made, ele conta por que sua região natal faz vinhos tão excepcionais

por | Luciano Ribeiro

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A gastronomia vive uma fase de simplicidade. Esqueça longos menus degustação, explicações exaustivas sobre ingredientes, serviços afetados, pratos caros. O que todos parecem querer, atualmente, é comida fresca, de prefe-rência orgânica, sem excessos. Tudo isso me veio à mente quando conversava com o produtor francês Philippe Pacalet. Tudo porque seus vinhos naturais, extraídos de parreiras cultivadas sem pesticidas, parecem perfeitos demais para os dias de hoje. “Nasci na Borgonha e me ensinaram desde criança a respeitar a matéria-prima. Sempre quis fazer algo real, fruto da terra mesmo, e que tocasse as pessoas.”

Pacalet falava sobre seu trabalho em um jantar com alguns empresários, além de jornalistas especializados em gastronomia, no restaurante Picchi, em São Paulo. O lugar leva a assinatura do chef Pier Paolo Picchi, que já teve altos e baixos, mas hoje faz uma cozinha italiana consistente, com ótimas massas recheadas. Alguns dos bons exemplares dos tintos de Pacalet foram abertos, para satisfação da mesa.

Apesar de não possuir terras próprias – um hectare na região pode chegar a custar 20 milhões de euros  –, este francês é um dos mais respeitados produtores locais. Sobrinho de Marcel Lapierre, um dos grandes entusias-tas da vinificação natural, Pacalet convive de perto, desde sempre, com a pinot noir, uva quase indomável, mas que, por algum motivo, quando plantada na Borgonha e fer-mentada em barris de carvalho naquele pedaço francês, transforma-se no melhor tinto do mundo. “A região é especial, os vinhos mudam muito de pequenos lotes para outros. É um lugar abençoado por Deus. Tenho quatro filhos, criei todos de maneira igual, mas eles são muito diferentes. O mesmo acontece com o vinho ali.”

Geralmente no Novo Mundo, países como Chile, Argentina, EUA e Austrália, o microclima é muito pare-cido, independentemente do ano. Um malbec 2000 de Mendoza será bem similar com o de 2001. Na Borgonha, no entanto, uma garrafa tem preços muito diferentes, de-pendendo das condições da colheita. Pacalet, no entanto, garante que nas últimas duas décadas não houve nenhu-ma safra ruim. “Gosto muito até das de 2002 e 2008, que foram criticadas. São vinhos que estão ótimos hoje.”

No Brasil, o produtor tem seus tintos e brancos distri-buídos pela World Wine. Há uma gama grande que pode ser encontrada em wine shops ou em restaurantes como os do Grupo Fasano. Os melhores deles estão, claro, na adega do próprio produtor, onde convivem nacionalida-des distintas. Além de Borgonhas, tem tintos do Rhône, Barolos e Barbarescos, do Piemonte, na Itália, e portu-gueses da região de Colares. Perguntei a Pacalet se ele pudesse beber apenas um vinho seu, diariamente, qual seria. Ele respondeu com segurança: “O Gevrey Cham-bertin. Posso passar a vida inteira só com ele”.

Colheita—De pinot noir da Borgonha, Pacalet faz alguns dos melhores, e mais caros, vinhos do mundo

“Nasci na Borgonha e me ensinaram desde criança a respeitar a matéria-prima”

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Com uma área equivalente ao dobro do tamanho da ilha de Manhattan, o complexo Walt Disney World, em Orlando, na Flórida, é mesmo um mundo. Não só pela vastidão, mas também por conta do estilo de vida de seus frequentadores, diversificado e cada vez mais segmentado, onde o mercado de luxo tem importância crescente. Serviços e eventos exclu-sivos, que são criados sob medida, podem estar incluídos na brincadeira do visitante, com programas pensados para os que exigem discrição, boa comida e agilidade.

O lançamento do condomínio Golden Oak, um projeto que inclui uma unidade do hotel Four Seasons com 443 quartos, bares, cafés e restau-rantes, parque aquático e spa, além de um campo de golfe de 18 bura-cos desenvolvido por Tom Fazio, é parte dessa estratégia comercial do grupo. Pela primeira vez é possível morar dentro desse mundo de fanta-sia idealizado por Walt Disney, que está constantemente se renovando e ampliando, acompanhando tendências de consumo. Os residentes ainda desfrutam de um centro de lazer, com piscinas, academia e um restau-rante de acesso exclusivo para seus convidados.

Lançado no ano passado, o projeto, que ao final terá cerca de 400 resi-dências, chega agora à sua segunda etapa, com o início das vendas, em agosto, das Four Seasons Private Residences Orlando, uma nova leva de casas, estas com assinatura da rede canadense de hotéis de luxo, e acesso às facilidades do resort. “Este Walt Disney World é uma usina de sonhos. Agora a gente está conseguindo realizar mais um desejo de nossos visitan-tes. Eles podem morar aqui dentro e, de certa maneira, fazer parte disso”, diz Barry Jacobson, um veterano da companhia.

Além de representar uma grande fatia da ocupação do primeiro hotel da rede Four Seasons de Orlando, o Brasil é um dos principais alvos do empreendimento: somos 10% dos compradores, o maior número entre os estrangeiros. Os imóveis, que custam entre US$1,8 milhão e US$8 milhões, são modelados ao gosto do freguês, incluindo todo o acaba-mento, a decoração e o mobiliário.

Boa mesa—acima, o restaurante markham’s, dentro de golden Oak. O lugar já é o melhor restaurante do complexo disney World

Muito além do MickeyGolden Oak é o primeiro condomínio residencial dentro do complexo Disney World. Conta com casas de luxo, o melhor restaurante da região e agora com unidades assinadas pelo Four Seasons

pOr | Bruno Agostini, de Orlando

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A área de lazer do condomínio conta com piscina, academia e ciclovia, com um restau-rante que é um dos melhores do complexo, exclusividade dos residentes e seus convida-dos. Tanto assim que foram deslocados para lá dois dos melhores profissionais da área de alimentos e bebidas do Walt Disney World: o chef Christian Rumpler, há 18 anos na empresa, e a sommelière e barwoman Melissa Schreiber, com 15 anos de casa. Da cozinha do restaurante Markham’s e do vizinho Tyler Lounge, com seus salões elegantes, marcados pelas poltronas de couro e pela decoração com muita madeira, saem pratos bonitos e muito bem executados, desde uma seleção de charcuterie impecável até massas frescas feitas ali e carnes que alcançam as mais altas notas de suculência e ponto de cozimento.

Golden Oak foi desenvolvido pelo departa-mento Walt Disney Imageneering (a divisão de engenheiros criativos da Disney), respon-sável pela criação de todos os parques, resorts e navios, que trabalham com construtoras da Flórida, ajustando cada projeto ao cliente. As cozinhas no estilo americano, abertas para varandas com piscinas e churrasqueiras, ade-gas vistosas e mesas de jantar para grandes

De tudo um pouco—Nesta página, opções do que fazer em Golden Oak: sala de spinning, espaço para relaxar e até campo de golfe

Golden Oak é para clientes que buscam serviços exclusivos, como guias VIPs

encontros, estão entre os destaques dos pro-jetos, que apostaram muito nas áreas de con-vivência. O mobiliário é selecionado entre os principais designers dos EUA e a decoração pode ser personalizada, seja com absoluta discrição, seja incorporando elementos da Disney, como as orelhas do Mickey espalha-das pela escada ou os quartos temáticos, cele-brando personagens como Cinderela e outros ícones desse universo.

Golden Oak chegou justamente para atrair para Walt Disney World um grupo de consumidores que busca justamente os serviços mais exclusivos do complexo. Isso inclui a contratação dos guias do VIP Tours Services, que conhecem todas as atrações e histórias, e que levam os visitantes pelos bastidores, enfrentando filas bem menores, e com acesso facilitado a restaurantes e às melhores áreas de shows.

Até a primavera de 2017 estão programa-das novidades. Downtown Disney vira Dis-ney Springs e passa por inteira renovação, incluindo vários novos restaurantes e lojas, como a ótima The Boathouse, um lugar cer-teiro para comer peixes e frutos do mar, com bar de ostras, king crab e toda sorte de maris-cos e crustáceos, já em funcionamento. Uma nova área vai ser aberta em Animal Kingdom. Soarin’, uma das principais atrações, em Epcot, está sendo duplicada. O novo espaço de Animal Kingdom será dedicado a Avatar. E Star Wars será a grande atração da renova-ção do Hollywood Studios. Uma área imensa dedicada à série de filmes. É a aposta princi-pal do grupo para os próximos anos, junto com o parque da China.

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A colorida e histórica Nassau, capital das Bahamas, já foi palco de três filmes de James Bond e conquistou Mica Rocha. “Gosto do clima caribenho, da água azul-turquesa, de passear com os golfinhos ou de simplesmen-te descansar à beira-mar”, diz ela. Se você possui espírito aventureiro, o mergulho com snorkel é imperdível. Mica indica dois hotéis. Com mais de 600 suítes, o resort Atlantis Pa-radise Island é uma opção mais clássica para você se hospedar. Já para os apaixonados o One&Only Ocean Club – local do casamen-to da apresentadora – garante a melhor es-tada a dois. Quando bater aquela fome, vale passar no Dune, restaurante dentro do hotel, com menu assinado pelo chef Jean-Georges Vongerichten. “A melhor época para ir até Nassau é em meados de agosto. A energia de lá é incrível”, completa.

Próxima parada: BahamasA apresentadora Mica Rocha aponta seus melhores roteiros de Nassau e ainda dá dicas do que não pode faltar na sua bagagem

por | Laís Franklin

Atlantis Paradise IslandDo parque aquático ao cassino, aproveite as facilidades do resort mais completo e procurado de Nassau. atlantisbahamas.com/pt

Livro Ainda Estou AquiDe Marcelo Rubens Paiva, a bio-grafia de Eunice Paiva, sua mãe, é minha dica de leitura da vez.livrariacultura.com.br

Blush da NARSItem indispensável no néces-saire, a Nars possui tonalida-des incríveis do produto.sephora.com.br/nars

Óculos DiorPara curtir um dia de sol, nada melhor do que estar acompa-nhada de óculos hypes.ebitatquam.com.br

One&Only Ocean ClubUm dos 107 luxuosos quartos do moderno e aconchegante resort. oceanclub.oneandonlyresorts.com

Restaurante DuneAssinada por Jean-Georges, a cozinha franco-asiática oferece uma experiência gastronômica inesquecível. oceanclub.oneandonlyresorts.com/cuisine/dune.aspx

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c e s ta b á s i c a | F e R N a N D O D e N O R O N H a

Conhecido reduto de surfistas, Fernando de Noronha guarda paisagens tropicais deslum-brantes. Porém, o que mais encanta Fábio Bar-telt não são as ondas tubulares ou as águas cris-talinas, mas as possibilidades de passeios que Noronha pode oferecer. “O mais legal é alugar um bugue e descobrir as praias locais, sem mui-to roteiro”, diz o fotógrafo. Eleita a mais bonita do mundo pelo site de viagens Tripadvisor, uma tarde na praia Baía do Sancho é parada obriga-tória. Outro hotspot é o festival gastronômico da pousada Zé Maria, que acontece às quartas e aos sábados, sempre no jantar. “O ideal é reservar uma mesa logo quando estiver programando a viagem, porque fica sempre lotado”, aconselha Fábio. Para hospedagem, a dica do fotógrafo é a pousada Teju-Açu. Para aguentar as altas tem-peraturas, esteja equipado com boné e óculos de sol. Depois é só aproveitar o visual.

HotspotsAs belíssimas praias Cacimba do Padre e Baía de Sancho. “Para surfistas, a melhor época é entre janeiro e março. A Cacimba é o melhor pico de Noronha”, comenta Fábio. Abaixo, a suculenta paella de frutos do mar servida no restaurante da pousada Zé Maria. pousadazemaria.com.br/gastronomia.php

Noronha enquadradaDo festival gastronômico à pousada perfeita, Fábio Bartelt revela para Made o melhor do arquipélago pernambucano

pOR | Laís Franklin

Pousada Teju-Açu“Local perfeito para des-cansar e ter contato direto com a natureza, sem abrir mão do ótimo serviço”. Abaixo, o modelo icônico da Ray-Ban: um dos queridinhos do fotógrafo! pousadateju.com.brray-ban.com/brazil

Boné da AdidasO melhor amigo nos dias en-solarados. É um item precioso para se levar na bagagem.adidas.com.br

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Contagem regressivaPresidente da Omega, o suíço Stephen Urquhart, fala sobre a parceria da marca com os Jogos Olímpicos Rio 2016 e descreve seus modelos mais emblemáticos

O que faz um relógio ser considerado incrível?É essencial que a peça alie beleza e inovação tecno-lógica. Este detalhe tem feito, ao longo da história, os relógios da Omega serem considerados muito especiais. Além disso, o produto precisa transmitir a história e a tradição da marca.

Qual a importância de um belo relógio na composi-ção de um look elegante?Este acessório tem o poder de traduzir a personali-dade e o estilo de cada um. Se você usar uma peça de alta qualidade no pulso, pode ter certeza de que as pessoas ao redor irão notar. Um bom relógio está no mesmo patamar de uma joia preciosa.

Qual o modelo mais emblemático da Omega?Todos os nossos relógios são igualmente especiais. O Speedmaster, por exemplo, é possivelmente o cronó-grafo mais famoso do mundo. Já o Seamaster é consi-derado um divisor de águas, pois foi o primeiro relógio de mergulho a ser vendido no mercado. Além disso, ele se tornou uma peça icônica após ter sido usado pelo personagem James Bond nos filmes da saga.

Como começou a parceria entre a Omega e os Jogos Olímpicos?A colaboração começou há muitos anos, em 1932, quando a grife foi convidada para se tornar a crono-metrista oficial dos Jogos Olímpicos. Foi a primeira vez na história que uma marca de relógios desem-penhou essa tarefa e, desde então, nós estivemos presentes em 26 jogos de inverno e verão.

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por | Isabela Giugno

A marca pretende lançar alguma edição especial para celebrar os Jogos Olímpicos Rio 2016?Normalmente nossas edições limitadas são focadas no DNA da marca e não em um país específico. Con-tudo, para o evento de 2016, lançamos dois relógios que celebram a ocasião: o Speedmaster Mark II e o Bullhead Rio, que tem um design vibrante e capta perfeitamente o espírito do Brasil.

Sabemos que a Omega é representada por perso-nalidades como George Clooney e Nicole Kidman. Como presidente da marca, o que você acha que todos os embaixadores da grife têm em comum?Nós não recrutamos um embaixador só porque ele é famoso. Nossos representantes devem ser, acima de tudo, humildes, atraentes, bem-sucedidos e estilosos, já que todos esses atributos refletem com precisão o espí-rito da nossa marca. Além disso, é importante que eles mantenham ótimo relacionamento com a OMEGA.

Hora certa— Stephen: “Um bom relógio está no mesmo patamar de uma joia preciosa”

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Criatividade sem limitesDe mesas dobráveis a carregadores portáteis, veja a seguir a seleção de Maguy Etlin com os itens mais engenhosos desta temporada

Maguy Etlin Sempre por dentro das novidades e tendências mundo afora, a francesa é referência em estilo no Brasil, onde vive há 20 anos

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Jardim portátil

Um pequeno recipiente branco pode ser um minijardim para ervas e plantas. Vem com tesourinha para aparar as folhagens.royalvkb.com

02 La Cool Vie Bohème

Daniel Gantes criou uma mesa dobrável de madeira que suporta todos os aparatos necessários para um jantar a dois.gantes.es

03 Little Sun Charge

Mais um produto inovador criado pela dupla Olafur Eliasson e Frederik Ottesen, o aparelho portátil usa a energia solar para carregar celulares de todos os modelos.kickstarter.com

04 Porta fita-adesiva

Desenvolvido pelo MSDS Studio, o produto é feito de metal dourado e pode ser usado até como objeto decorativo.msds-studio.ca

05 Folia Lumina

A luminária da Ontwerpduo lembra uma planta dentro de um vaso. Fixadas em um bastão, peças coloridas em formato de folhas refletem a luz de LED.ontwerpduo.nl

06 Sombrero Juicer Lemon

O espremedor de plástico funciona em garrafas de água, refrigerante, suco e cerveja e vem nas cores amarela e verde. Deixa qualquer drink muito mais refrescante.umbra.com

07 Clutch Besouro

A bolsa, de cedro, sucupira e macaúba, é fabricada com técnica de [email protected]

08 Desktructure

A coleção assinada por Hector Serrano traz peças de porcelana, em formatos divertidos, que servem para guardar lápis, clipes e outros materiais. hectorserrano.com

09 Colar de três canos

A designer de joias Flavia Madeira criou a corrente de prata folheada a ródio negro, decorada com ligas metálicas em três cores diferentes. Um charme!flaviamadeira.com.br

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Feito sob medida01

Home Foc

Feito inteiro de madeira freijó, o móvel para home theater é assinado pela designer Julliana llussá. decamerondesign.com.br

por | Laís Franklin

03 Ginga

da designer rahyja Afrange, a poltrona é estruturada com madeira cumaru e fita náutica.macmoveis.com.br

02 Cadeira Tirol

Com acabamento de Ts, a peça foi criada com madeira tauari e ainda traz três opções de tingimento.carbonodesign.com.br

04 Centro Box

o móvel aparece em madeira laca chocolate. destaque para o revisteiro de couro natural marrom. emporiovermeil.com.br

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05 Tambaqui

Neoprene e madeira compõem o moderno sofá da Oppa, assinado por Marcelo Rosenbaum e pelo Fetiche. oppa.com.br

06 Shimeji

Apresentado na Design Weekend, o conjunto de três mesas de centro possui base e tampos de latão. estarmoveis.com.br

07 Stool STONES

De madeira e poliuretano colorido, o quarteto de bancos da Érea emana muita brasilidade. Confira! erea.com.br

08 Tamborete Oval

Feito de resina e com revestimento inteirinho de couro, o tamborete é uma novidade do Empório Beraldin. emporioberaldin.com.br

09 Nitens

O capim dourado inspirou toda a coleção. Este abajur, do Atelier Bam, possui interruptor trançado de latão. bertolucci.com.br

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Back in BahiaCercado pelo azul do oceano e pela rica vegetação da Mata Atlântica, o Txai Resort Itacaré é sinônimo de conforto, luxo e tranquilidade. Perfeito para quem quer relaxar e aproveitar as espetaculares paisagens naturais do Nordeste brasileiro

Uma antiga fazenda de coco e cacau abriga, há 14 anos, os charmosos bangalôs e apartamen-tos do Txai Resort, refúgio tropical pé na areia e próximo de cachoeiras, rios e manguezais. Situado na Área de Proteção Ambiental de Itacaré, no Sul da Bahia, com a chancela do seleto grupo Relais & Châteux, o hotel buti-que se estende por um espaço de 92 hectares repleto de coqueirais.

Construído a partir de um projeto arquitetô-nico que valoriza a simplicidade e o conforto, o resort é feito com matérias-primas nativas, como piaçava, tala de dendê e bambu, tudo no melhor estilo rústico-chic. E como está assen-tado em um local envolto pelo denso verde da Mata Atlântica, o hotel foi desenvolvido para provocar baixo impacto. Por isso o Txai ocupa menos de 3% da Área de Proteção Ambiental.

Além dos 38 bangalôs e apartamentos que estão erguidos sobre uma estrutura de pala-fita, o resort é formado por seis piscinas, qua-tro bares, um fitness center, sala de TV, salão de jogos, quadra de tênis e heliponto.

Batizado a partir de um termo da língua indígena kaxinawa que significa compa-nheiro, o Txai ainda contempla três restau-rantes: o Praia, o Orixás e o Cacau, que ofere-cem pratos com peixes, legumes, hortaliças e frutas, todos fresquíssimos. Mas o ponto alto do local é, sem dúvida, o Spa Samash, espaço criado para oferecer terapias e tratamentos pensados de acordo com as necessidades dos hóspedes. No menu, há desde massagens,

como a Ayurvédica, a Thai e a Lomi-Lomi, até banhos aromáticos e terapias destinados a proporcionar uma experiência de relaxa-mento intensa aos clientes.

Internacionalmente premiado por três anos consecutivos como Most Excellent Beach Hotel e, mais recentemente, Best Water Side Hotel pela Condé Nast Traveller, o resort está se preparando para a expansão. Em 2016, ganhará sua segunda unidade: o Txai Terra-vista Trancoso. Situado no litoral Sul da Bahia, o empreendimento oferecerá, além do serviço hoteleiro, a possibilidade de o cliente adquirir uma unidade de um dos bangalôs, apartamen-tos ou casas do resort.

Encantos da Bahia— em sentido horário, o txai Resort itacaré rodeado pelo verde da mata atlântica; a piscina do hotel, envolta pelos coqueirais; os pratos locais são feitos com ingredientes frescos, como peixes e vegetais; o interior do SPa Samash

Rodovia Ilhéus – Itacaré, Bahia BA 001 – km 48 Tel. 11 3040 5010 / 73 2101 [email protected] F

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Cinema novo

fotos |Gustavo Zylbersztajn (S.D MGMT) Edição dE moda |Flavia Pommianosky e Davi Ramosprodução ExEcutiva | Bianca Nunes

Vestido Louis Vuitton; brincos Ana Tinelli; na mão direita, anel Júlio Okubo; na mão esquerda, anel Marisa ClermannNa página anterior: vestido Herchcovitch;Alexandre; sapatos Miu Miu; anel Priscila do Vale

A clássica alfaiataria estilo Tomboy, somada a joias poderosas, dá o tom deste ensaio de moda rico em cores e mix de materiais

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Suspensório brechó B. Luxo; calça Christian Dior; brincos e colar Dryzun;

na mão esquerda, pulseira Sara Joias, no dedo mínimo, anel Monte Carlo, nos dedos anelar e médio, anéis Dryzun; na mão direita, anel e pulseira Júlio Okubo

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Blusa, saia, cinto e sapatos Gucci; bracelete Marisa Clermann; bolsa Miu MiuSuspensório brechó B. Luxo; calça Christian Dior; brincos e colar Dryzun;

na mão esquerda, pulseira Sara Joias, no dedo mínimo, anel Monte Carlo, nos dedos anelar e médio, anéis Dryzun; na mão direita, anel e pulseira Júlio Okubo

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Vestido Christian Dior; bolsa Miu Miu;

sapatos Dolce&Gabbana; anel Carol Kauffmann

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Paletó Pedro Lourenço; brincos Jack Vartanian; bracelete Marisa Clermann; na mão esquerda, anel Ana Tinelli; na mão direita, anel Júlio OkuboNa página anterior, casaco Chanel; camisa e saia, Reinaldo Lourenço; sapatos Dolce&Gabbana; bolsa Christian Dior; brincos Laura Marchi

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Blusa gola rulê Carolina Herrera; brincos Jack Vartanian; gargantilha Sara Joias; na mão esquerda, pulseira e anel oval Sara Joias; anel Júlio Okubo; na mão direita, anel Carla Amorim

Na página ao lado, vestido Bottega Veneta; sapatos Dolce&Gabbana; brincos Priscila do Vale; anel Silvia Furmanovich

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Paletó e calça Lanvin; bracelete Silvia Furmanovich; anel e brincos Jack VartanianNa página anterior, vestido, bolsa e sapatos Prada; anéis Carol Kaufmann

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camisa e calça Ralph Lauren; brincos Júlio Okubo; na mão esquerda, pulseira e anéis Júlio Okubo; na mão direita, anéis Carla Amorim

na página ao lado, camisa e sapatos Miu Miu; saia Lolitta; brincos Carol KauffmannPoltrona del rey, criado de jacarandá e fórmica, cinzeiro baccarat Loja Teo; tapete azimute de juta natural By Kamy

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Primeira Classe

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por | Laís Franklin

01 DOLCE&GABBANA

Perfeita para turbinar o look básico, a bolsa vem toda trabalhada à mão com aplicações de paetês, ferragem dourada e detalhes de piton.dolcegabbana.com

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02 BOTTEGA VENETA

Ainda está em tempo de usar aquele look fashion com ares de inverno. Para não errar, a opção são estas botas de couro maleável da Bottega.bottegaveneta.com

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04 MIU MIU

O formato de óculos arredondado dos anos 1960 aparece revisitado pela marca. Animal prints deixam o modelo ainda mais moderno.miumiu.com

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05 CHANEL

Parte da coleção ready to wear, a it bag é de couro azul, mas o destaque vai para os miniazulejos coloridos.chanel.com

Boy Bag

03 IWC

Elegante e funcional, o relógio aparece em pulseira de aço e é resistente à água até 30 metros de profundidade. Para completar, cada ponto que indica os minutos é de feito de diamante.iwc.com

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07 FENDI

Inspirada em Sophie Taeuber-Arp, uma das principais referências do dadaísmo, a coleção embarca no mood abstrato e conceitual. No clique, casaco de lã de bezerro.fendi.com

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08 LOUIS VUITTON

Parte da coleção permanente da maison francesa, a bolsa de couro desenhada por Sofia Coppola já é um ícone da Louis Vuitton. Versátil e atemporal, é o último grito em sofisticação.br.louisvuitton.com

SC Bag BB

06 TIFFANY

Assinada, pela primeira vez, por Francesca Amfitheatrof, a peça faz parte da coleção anual da marca e tem ouro 18 quilates. tiffany.com.br

Tiffany Masterpiece

10 VAN CLEEF & ARPELS

O tom azul da turmalina paraíba é um verdadeiro fascínio para as mulheres, ainda mais quando vem trabalhado em ouro branco e platina. Para coroar, o centro do anel é de esmeralda.vancleefarpels.com

Adria

11 ChRISTIAN LOUBOUTIN

O estilo glam rock invadiu a coleção da marca francesa. Cheio de spikes, o modelo de couro tem salto de 10 centímetros e é a escolha certa para badalar a noite toda sem perder a classe.christianlouboutin.com

Electrapump

09 RALPh LAUREN

Lançamento de destaque da coleção de outono, a bolsa de couro é perfeita para compor um look confortável e cool.ralphlauren.com

Ricky Drawstring

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verde, para que te quero

por | Claudia Jordão fotografias | Alain Brugier

Residência de casal com três filhas, em São Paulo, é marcada por pé-direito de quase sete metros, living totalmente integrado à varanda e jardim interno que simula uma floresta tropical, além de ótima seleção de obras de arte

Ampla, integrada com a natureza e, acima de tudo, altamente solar. Ao atravessar o hall de entrada da casa no bairro Cidade Jardim, em São Paulo, a sensação é de bem-estar e aconchego. O primeiro contato é com o jardim interno, praticamente o microcosmo de uma floresta tropical, onde espécies como o ciclanto, também conhecido como mapuá, originário da Amazônia, reinam absolu-tas. Com um impressionante pé direito de 6,80m, o living é inte-grado à varanda, à piscina e ao jardim externo – permitindo que o verde e a luz de fora preencham a casa. Contribuindo ainda mais para a luminosidade natural dos ambientes, há, acima da “pequena floresta”, uma discreta claraboia.

Projetada por Aline Cremonini Constantino e Angela Lopes, a residência, de 2 mil metros quadrados de área, foi erguida num ter-reno de 4290 metros quadrados. Para alcançar a metragem foram necessários cinco terrenos vizinhos e duas demolições – além de um projeto de compensação ambiental. No jardim de fora, há espé-cies como pau-brasil, além de jabuticabeiras e palmeiras. O paisa-gismo tem a assinatura de Maria João. No piso térreo, estão hall de entrada, sala de jantar, living – com espaços para lareira e piano de cauda –, e home theater, e ainda biblioteca, lavabo, sala para

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Arte—Acima, no hall de entrada, jardim interno e quadro Staten Island Ferry, de Vik Muniz; abaixo, escultura O Muro, de Margarita Farré, e as escolhas das arquitetas para a sala de jantar: mesa Splay, da Micasa, lustres Anwar, da Puntoluce, e quadro de José Bechara

NA PágiNA ANterior

+ Arte—o quadro Physicromia, de Carlos Cruz-Diez, integra a seleção de obras de arte que compõem o décor

Para chegar ao tamanho desejado pelos proprietários foi necessário comprar cinco terrenos vizinhos

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almoço, cozinha e área de serviço. No piso supe-rior, além das cinco suítes, há uma sala íntima com TV e uma minicopa. A garagem, a casa de máquinas e os quartos dos empregados ficam no subsolo. A residência foi projetada para ser con-fortável tanto para os moradores quanto para as visitas. Seus pontos altos são as áreas sociais e de lazer. No imóvel vivem um casal e três filhas, de 11, 14 e 16 anos, que adoram receber. Além de aca-demia e brinquedoteca, a casa possui piscina – de hotel, diga-se –, quadra de tênis, campo de fute-bol e espaço gourmet com churrasqueira.

Também assinado por Aline e Angela, o décor privilegia os tons de bege e cinza – num discreto jogo de esquenta-esfria. O piso de mármore, na versão brilhante, dentro de casa, e com acaba-

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O primeiro contato é com o jardim interno, quase um microcosmo de uma floresta tropical

Na págiNa aNterior

Exposição—o quadro Havaí, de Beatriz Milhazes, está exposto no living, cuja decoração aposta nos tons de cinza e bege – presente especialmente no piso de mármore. amplo, o ambiente é composto ainda de sala com lareira, e abriga um piano de cauda

Integração—o living, decorado com jogo de sofás evergreen, da italiana Flexform, é totalmente integrado à varanda e à piscina. Destaque para o verde e para a sala de lareira com parede revestida de mármore bruto

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Harmonia—No alto, a mesa de jantar de tronco maciço, da l’oleil, é o ponto alto do espaço gourmet com churrasqueira. para complementar, poltronas Mini papilio, de fibra sintética, da B&B italia. acima, quadro Cachoeiras, de Vanderlei lopes, em primeiro plano

mento levigado, do lado externo, complementa o mobiliário, composto de peças , como os sofás Evergreen, na cor acinzentada, da Flexform (Casual Móveis). A mobília nacional também tem papel de destaque, caso da mesa de jantar Splay, de laca brilhante, cinza, da Micasa. Os tons amadeirados estão presentes tanto nos forros do hall e da varanda e no pergolado, tudo de madeira cumaru, quanto na pintura de padrão madeira do caixilho de alumínio, que divide o living da varanda. Móveis e objetos de design e obras de arte imprimem personalidade nos ambientes. É o caso da icônica cadeira Holly All, de Philippe Starck, e de uma charmosa poltrona by Patricia Urquiola – ambas instaladas na varanda. Qua-dros de brasileiros ,como Beatriz Milhazes, Vik Muniz, José Bechara e Vanderlei Lopes, além da obra Physicromia, do venezuelano Carlos Cruz-Diez, e da escultura O Muro, da espanhola Margarita Farré, também seguem a proposta. Ou seja, uma residência capaz de impressionar pelas escolhas.

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Tudo azul—Do jardim externo, observam-se a piscina e a fachada da casa, com seu impressionante pé-direito de 6,80 metros. Na varanda, poltrona/vaso Holly All, de Philippe Starck, e mobiliário de fibra sintética cinza, da B&B Italia. Ao lado, quadro Díptico, de Márcia de Moraes, no hall do segundo pavimento, e detalhe da vista do living para a piscina

Estilo—Debiti nihiciendero delit omniatur reperat eumqui tectem. Piene volorehene vidus solor autatenderum hillorrovit latur repuditi bea ipic tem. Icia derspel lectemporio et harum rehendes qui ius

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O sOnhO de qualquer gOlfista

por | Henrique Fruet

Orlando se firma como um dos principais destinos de golfe do mundo e atrai cada vez mais esportistas brasileiros em busca de boas tacadas

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Boas compras, segurança, parques temáticos, excelente clima – são estas coisas que vêm à cabeça da maioria das pessoas quando ouvem falar de Orlando, na Flórida. Para os golfis-tas, tudo isso fica em segundo plano, já que a cidade significa, antes de tudo, um paraíso para as tacadas, que podem ser dadas o ano inteiro em dezenas de campos. Locais para jogar partidas memoráveis não faltam.

Num raio de 70km do centro da cidade, há mais de 100 campos de golfe. Muitos levam a assinatura de feras do design do golfe mun-dial ou de esportistas famosos. Não é à toa que ídolos como Tiger Woods, Arnold Palmer, Graeme McDowell, Bubba Watson e Suzann Pettersen escolheram a cidade como base, assim como diversos empresários brasilei-ros. “Orlando oferece atrações para a família inteira: parques temáticos, compras, exce-lentes restaurantes e, o que é melhor: golfe de ótima qualidade. Sem contar a segurança e a facilidade de acesso, com voos diretos”, diz o empresário paulista Álvaro Almeida, que costuma ficar em sua casa – num con-domínio de golfe, claro – todos os meses de dezembro, janeiro e julho.

Quem não tem uma casa para chamar de sua tem inúmeras opções de hospedagens – prefe-rencialmente em resorts que possuem seus pró-prios campos, como é o caso do Hyatt Regency Grand Cypress, que fica a menos de dois quilô-metros do Walt Disney World Resort.

No total, o empreendimento possui 54 buracos. Para começar, há dois campos dese-nhados por Jack Nicklaus, considerado o maior golfista de todos os tempos. Um deles tem 27 buracos, divididos em três trajetos de nove buracos cada: o North, o South e o East Course. A combinação entre eles cria três campos de 18 buracos diferentes. Não deixe de se arriscar no 5 do East Course, cujo green é uma ilha – se a tacada não tiver força sufi-ciente, a bola vai para a água na certa.

Em Orlando, não faltam locais para jogar partidas memoráveis. A cidade também respira golfe o ano inteiro

Tacada certa—O New Course (dupla anterior) e o South Course (na página ao lado) são alguns dos campos que fazem de Orlando um paraíso para golfistas como Bubba Watson (à esquerda)

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Se quiser um estilo completamente dife-rente de campo, não precisa ir muito longe. No mesmo complexo está o New Course, homenagem que Nicklaus fez ao Old Course, de St. Andrews, na Escócia, considerado o berço do esporte. Se você se distrair, vai achar que está mesmo na Europa, já que o arquiteto optou por um estilo links, que são campos mais abertos, sem muitas árvores. Até as pon-tes de pedras imitam características encon-tradas em St. Andrews. As raias são bem generosas, mas as bancas de areia, bastante profundas, são armadilhas mortais para um bom escore. Evite-as a qualquer custo.

Para completar, o resort ainda possui, pró-ximo às piscinas, um campo executivo de nove buracos – é um trajeto menor, apropriado para se treinar o jogo curto. Detalhe: também dese-nhado por Nicklaus, um dos mais aclamados atletas e designers do esporte.

Arquitetos aclamados, aliás, não faltam em Orlando. O Tranquilo Golf Club, campo do Four Seasons, por exemplo, foi criado pelo

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Atenção—Evite as bancas de areia do New Course (no alto), que faz homenagem a campos da Escócia. Acima, pGA show, maior feira de golfe do mundo

americano Tom Fazio, um dos mais requisi-tados designers de golfe do mundo. O espaço foi originalmente criado em 1992, mas total-mente reformado e reinaugurado no final do ano passado, quando ganhou o novo nome. Um dos cartões-postais do campo é o buraco 18, um par 3 de 217 jardas (197 metros) de distância, com uma banca de areia e um lago defendendo o green – algo para tirar a tran-quilidade de qualquer golfista.

Orlando respira golfe, principalmente em janeiro, mês em que a cidade sedia, todo ano, o PGA Show, maior feira do esporte no mundo, no Orange County Convention Cen-ter. É lá que novos tacos, bolas, roupas e tra-quitanas ligadas ao esporte são lançados, em uma área de 92 mil metros quadrados e mais de 15 quilômetros de corredores, com mais de mil expositores. Não é raro você cruzar com ídolos do esporte durante o evento.

Quem quiser pode jogar golfe até mesmo à noite ou em dias de forte chuva em Orlando. É só ir ao Dewey’s Indoor Golf, um restau-rante que possuiu dez simuladores eletrôni-cos que permitem o jogo em diversos cam-pos do mundo – você bate a bola em direção a uma tela gigante, que analisa a força da tacada e reproduz eletronicamente a trajetó-ria do tiro. É uma excelente maneira de trei-nar para as tacadas que certamente dará no dia seguinte num dos campos de Orlando.

Alguns dos melhores esportistas do mundo projetaram campos incríveis na cidade

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O que acontece no dia a dia do l i festyle no Brasi l e no mundo, ao seu alcance, onde você est iver .

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Cosmopolita, easygoing e civilizada, a Austrália imprime tolerância aos olhos de quem a vê de fora e desperta em seus visitantes a mesma sensação que talvez tenham seus habitantes, de que tudo é possível

MUNDO DE OZ

por | Hermés Galvão, da Austrália

Design—Skyline de sydney com a sensacional opera House, símbolo da cidade e um dos projetos de arquitetura mais fabulosos do planeta, by Jørn utzon; à direita, o trem indian pacific corta o outback australiano numa viagem que cruza o sul do país de ponta a ponta. De sydney a perth, são quatro dias e três noites

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Lifestyle—No alto, vista de Melbourne, eleita a cidade com melhor qualidade de vida do mundo; acima, Bondi Beach; e, ao lado, o Iceberg Club, também em Bondi, ponto de encontro da velha guarda surfista de Sydney

Ingleses costumam ser precisos ao dar títulos e nomes a tudo que entendem como invenção. Batiza-ram de Oz a terra mais austral e a Leste de seu reino, mágica pela história nativa de sua verdade aborígene, exótica pela natureza agressiva e misteriosa pela dis-tância que pode atrair ou fazer desistir. Austrália, a última fronteira do Ocidente, um quase continente que tinha tudo para permanecer perdido a caminho do nada, boiando entre o Índico e o Pacífico, trouxe para perto a melhor ideia de um novíssimo mundo. Longe das velhas manias de seus conquistadores e cada vez mais afinada com as suas raízes, ergueu em tempo recorde uma nação que, mesmo ainda em construção de identidade, já é digna de algum plágio.

Afora as réplicas de um pouco de tudo o que há de mais asséptico no eixo anglo-saxão (a sensação de “onde foi que estivemos na mesma época outro dia e era meio assim?” é latente). Em cada esquina do perímetro urbano, há uma mistura bem-sucedida de San Diego com San Francisco e duas pitadas de Belfast. E existe uma marca genuinamente austra-liana a ser registrada além das botas Ugg, que defor-mam os pés, dos cangurus e coalas, da Vegemite, uma pasta de levedura de cerveja que vai no pão deles de cada dia, e, claro, do rugby – que eles cha-mam de footy, numa prova de intimidade ímpar com o esporte tão popular lá quanto o futebol cá.

Alcançaram uma qualidade de vida inigualável, química perfeita de capitalismo selvagem com ócio criativo num equilíbrio de horas futurista: traba-lha-se o suficiente para que o tempo de lazer não seja o da sobra. Da mais erma de suas cidades cravadas do semiárido do Outback às duas de suas metrópoles glo-bais, Sydney e Melbourne, a rotina em ritmo aussie é a melhor tradução do termo IDH. O skyline é ocidental, mas o andar da carruagem é oriental, no sentido filo-sófico da coisa – o que nos faz lembrar o tempo todo que este lado de cá do mundo é asiático e ponto final.

O povo local, descendentes de ingleses e irlandeses em sua maioria e com sotaque quase texano, parece camuflar-se de sua lonjura e seu passado pouco remoto: não que negue a verdade de viver no fim do mundo (que nem de longe é um fim de mundo. Repare bem na diferença que uma preposição dá a uma posi-ção) e tampouco sua história tão jovem quanto o vinho

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A Austrália alcançou uma qualidade de vida inigualável, química perfeita de capitalismo selvagem com ócio criativo

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À mesa—A caminho do Índico, o trem Indian Pacific faz sua parada em Cook, a cidade fantasma perdida no Outback. Em um dos vagões, aula sobre cozinha nativa com o chef aborígene Mark Olive. E, sobre a mesa, temperos e frutos da terra para harmonizar com carnes de crocodilo, canguru, peixe-rei e emu

cracia para tirá-lo quase desencoraja. É papel, foto, prints, comprovantes disso e daquilo, perguntas do tipo se você já teve tuberculose ou se envolveu recen-temente em alguma guerra separatista.

Mix de gincana e teste de paciência, o application form é metafísica de Word, um passo a passo tão buro-crático quanto questionável. Mas, enfim, uma vez carimbado o passaporte, temos uma Austrália inteira a desbravar, tendo Sydney como porta de entrada. Eleita uma das cinco melhores cidades do mundo para se viver (Melbourne é a primeira, mas há controvérsias seriíssimas), chega a ser clichê chamá-la de oásis. Mas é. De tranquilidade, prosperidade, ordem e progresso. Há verde por todos os lados, nos parques e nos sucos, nas saladas e nos jardins que definem a paisagem e o cardápio do povo mais fitness e simpático de que se tem

branco que produzem em terra, mas por um segundo dá a impressão de que, tudo bem, melhor estar longe da confusão que se formou dali para cima e para os lados – Austrália, para quem chega e para quem fica, tem feito um bom papel de último refúgio seguro da Terra.

Não há guerra, terremoto, vulcão, tsunami ou onda de imigração; existe, sim, um controle rígido de entradas e saídas facilitado pelo fato de estar geogra-ficamente ilhada no mapa. Cosmopolita, easygoing e civilizadíssimo, o país imprime tolerância aos olhos de quem o vê de fora e, não à toa, desperta em seus visitantes a mesma sensação que talvez tenham os habitantes, de que tudo é possível – uma vez “auto-rizado” a entrar lá. Afinal não é todo o mundo que pode, assim, chegar chegando. Alguns cidadãos, como nós, brasileiros, precisam de visto. E a buro-Fo

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Em Sydney, as praias de Bondi e Bronte, a salvo dos tubarões que, de vez em quando, dão suas incertas pelas águas, quase deixam Ipanema no chinelo (alta-mente recomendável um curso relâmpago de surfe na Manly School); não longe dali, o bairro hipster Surry Hills é uma viagem no tempo da Inglaterra vitoriana com suas casinhas de madeira, onde hoje funcionam bares, restaurantes e lojinhas vintage com perfume de Williamsburg e Islington. Sempre será cedo, talvez precipitado demais, definir a Austrália em curto prazo e a grosso modo; para ser exato, talvez seja preciso que seu povo, nativo e forasteiro, entenda ao certo, de fato e não de foto, que conjunções extramundanas desenha-ram os astros, o tempo e o vento para fazer o país tão mágico quanto o mundo de Oz.

notícia. Nota: eles fazem body contact, dão tapinhas e abraços e dois beijinhos – parecem cariocas, mas ao dizerem passa lá em casa, nem ouse desaparecer.

Parece miragem, mas é a pura verdade subtropi-cal o vaivém de corredores, ciclistas, surfistas, pra-ticantes de ioga, tai chi chuan, velejadores, jogado-res e... motoristas (condutores de ônibus param no acostamento, descem e fazem um laboral rápido, esticando as pernas e alongando os braços); nas pistas e nas praias, a geração saúde domina a cena e parece espantar qualquer forma de boemia – a pro-pósito, álcool e cigarro são proibitivos nos preços e nas praças. Melhor assim. Et que se acorde cedo para pegar no tranco ou por osmose o estilo de vida que empolga e por um triz não deslumbra.

Bio—Perth, porta de entrada dos asiáticos que dominam a cena na maior cidade da Costa Oeste australiana; ao lado, loja de queijos orgânicos de Barossa Valley, um dos hotspots bio do país

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Pot-pourri—Ao lado, produção de vinho do Porto da Seppeltsfield e garrafa comemorativa de Para, uma das marcas registradas da casa; abaixo, formações calcárias da Bondi – Bronte Walk, a trilha que une as praias mais concorridas de Sydney; no pé da página, chef em ação no Firewood, restaurante no bairro hipster Surry Hills, em Sydney, onde carnes e frutos do mar são harmonizados com diferentes tipos de lenha; e degustação de queijos orgânicos da Barossa Cheese Co.

Eles fazem body contact, dão tapinhas, abraços e dois beijinhos – parecem cariocas

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por | Rebeca Martinez FotoS | Bob Wolfenson

livre para voarCom a intenção de fazer os carros mais seguros do mundo – sem perder o design escandinavo –, a Volvo lança o XC90. Made viajou até o litoral catarinense para contar a você como é a experiência de dirigir este ótimo lançamento

Há carros – e as Ferraris estão aí – feitos para você acelerar. Outros, como Land Rover, são criados para proporcionar conforto em terrenos difíceis. Há ainda aqueles esteticamente impecáveis, como os Aston Martin. Alguns nascem para ser cool – caso dos mínis e do Fiat 500. Já a Volvo preza, acima de tudo, sua segurança – e a do meio ambiente também.

No início de setembro, a Revista Made enfrentou as curvas da Serra do Rio do Rastro, no litoral cata-rinense, para trazer até você todas as novidades que englobam o mais recente e importante lançamento dessa montadora sueca, o XC90 (segunda geração). O grupo, formado por pouco mais de dez pessoas, entre eles os fotógrafos Bob Wolfenson e Victor Collor de Mello, passou três dias explorando todas as possibilidades do veículo. O que me chamou a aten-ção, além do belo design escandinavo, foi a sensa-ção ao acelerar. Tanto fazia se eu estava a 140 km/h em uma curva na serra ou a 60km/h em linha reta. A estabilidade é impressionante. “Até 2020 que-remos alcançar a meta de que não tenha nenhuma morte dentro de um Volvo. Estamos perto”, diz Luis Rezende, presidente da montadora.

Safe—Acima e ao lado, o Volvo XC90 em ação, na Serra do rio do rastro, em Santa Catarina. o carro é seguro tanto nas curvas quanto nas retas

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A sensação de segurança é a mesma ao acelerar a 140km/h nas curvas da serra ou nas retas da estrada

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Os 320 cavalos de potência do XC90 não signifi-cam um consumo exacerbado, uma vez que o motor de quatro cilindros não é um buraco sem fundo. O turbo não deixa nada a desejar, e é páreo para qualquer seis cilindros. No lado externo, mudan-ças leves deixam o carro com uma aparência mais robusta e imponente. A principal delas é o martelo de Thor, primeiro farol full led da indústria, que vem como novo marco da montadora.

Na versão Inscription, a câmera 360 graus do Park Assist dá parâmetros para você nunca mais acertar qualquer mureta. Essa versão também apresenta o que há de melhor em sonorização, com 19 caixas de som da inglesa Bowers and Wilkins – a quali-dade acústica é impressionante. Outro diferencial é o aquecimento dos bancos e, o melhor, em um país tropical, a refrigeração dos assentos dianteiros. Tudo controlado por uma tela de nove polegadas, e apenas oito botões, com navegação totalmente intuitiva.

Família—Nesta página, o desenho interno com seis lugares e a frente do XC90

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A opção Momentum apresenta aquecimento nos bancos dianteiros e a mesma motorização. Em ambas o porta-malas pode ser aberto com a chave no bolso e sensor nos pés. Na versão mais completa, um mecanismo extra permite o rebai-xamento do porta-malas para facilitar o carre-gamento. A máquina, com 5m de comprimento e 2,65m de largura, dá liberdade de escolha sobre a maneira de condução, que permite ir do modo dinâmico a um terreno off-road, inclusive podendo criar uma que se adeque a sua maneira.

O ponto alto é a criação de novos desejos. Quem nunca quis dirigir um veículo que não sai da estrada? O XC90 tem a tecnologia Lane Keeping, um sensor que lê as faixas e mantém o carro na direção correta, mesmo que o motorista cochile ou se distraia. “Com o XC90, a Volvo dá os primeiros passos para a introdução de sistemas semiautônomos de condução. Uma nova função que permite seguir o carro à frente no trânsito proporciona uma experiência radicalmente sim-ples e segura”, explica Lex Kerssemarkes, vice--presidente sênior de produto da Volvo. Outra tecnologia, a Head Up, alerta o condutor sobre a proximidade de outros veículos, de pessoas e, claro, de ciclistas, sem que precise baixar os olhos para o painel. Ela ainda pode acionar o freio assim que perceber, risco de colisão frontal. A pergunta que fica: como vivemos sem isso até agora?

Estilo—Nesta página, detalhes do interior do XC90: bancos de couro com temperatura ajustável, centro de madeira, caixas de som Bowers & Wilkins, sistema drive mode, painel de navegação e chave inteligente

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Gadget mania 02 Apple

Eles usam o chip A9, o mais avançado já utilizado em um smartphone, e ainda trazem o novo sistema 3D Touch, tela de retina e estrutura de alumínio aeroespacial. Não há previsão de chegada ao Brasil. apple.com

Apple iPhone 6s & iPhone 6s Plus

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Destaque da nova linha de TV 4K Ultra HD, ela projeta com nitidez, em toda a parede, não só as cores, mas também formas e movimentos das imagens da tela. Ainda sem previsão de chegada ao Brasil. philips.com

Philips Ambilux

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Com ela você filma em 4K e conta com recursos como estabilização steadyshot, corpo resistente a água, mesmo fora da caixa, e microfone estéreo com redução de ruído de vento. sony.com.br

Sony Action Cam FDR–X1000V

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Notebook leve e potente, com tela sensível ao toque, ele pode ser transformado em tablet com um simples movimento. O sistema de rotação em 360° permite dois outros modos: apresentação e tenda. dell.com.br

Dell Inspiron 13 7000

por | Marcio Ishikawa

No mundo da tecnologia pessoal, os smartphones são as grandes estrelas. Mas há várias novidades que nós selecionamos para você

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06 LG

Ele traz tela full circle OLED de 1,3’ e é o primeiro smartwatch da marca a usar corpo integral de aço inoxidável e permite troca de pulseira. Oferece novas tecnologias de integração com o smartphone.lge.com.br

LG Watch Urbane

07 MotoroLa

Com acabamentos variados, que incluem couro saffiano ou madeira, ele traz som estéreo de alta fidelidade, câmera de 21MP e o carregador TurboPower, o mais rápido do mercado. motorola.com.br

Motorola Moto X Style

09 PoLyera

O primeiro smartwatch que usa uma tela dobrável tem a grande vantagem de se adaptar aos diferentes diâmetros de pulsos, oferecendo mais conforto. Seu lançamento comercial está previsto para 2016. polyera.com

Polyera Wove Band

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Com tela de 5,7’, ele traz design inovador e recursos aprimorados. O corpo de metal está mais fino e o usuário pode acessar seus aplicativos favoritos deslizando o dedo na borda da tela. samsung.com.br

Samsung Galaxy S6 edge+08 Canon

Com este, você pode imprimir fotos instantaneamente – ideal para festas ou viagens. Com dimensões compactas, ele ainda oferece 43 opções de tamanhos de impressão. canon.com.br

Canon Selphy CP1000

10 Dxo

Uma câmera que é acoplada ao seu iPhone, usando sua tela para visualização e interface. Com sensor CMOS de 1” e objetiva de 32mm, oferece qualidade bem superior à do smartphone e grava vídeos. dxo.com

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por | Claudia Jordão fotografias | Lufe Gomes

GALERIA PARTICULARConsultora de arte e filha de galerista, Daniela Sève Duvivier abriga em seu apartamento paulistano obras de artistas consagrados, como Abraham Palatnik, Amílcar de Castro, Cildo Meireles e Leda Catunda. Mesclada a novos talentos, sua coleção ajuda a contar a história da arte contemporânea no Brasil

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Arte mania—À esquerda, slides de Luiz Zerbini decoram a parede da sala de jantar do apartamento de 277 metros quadrados em que Daniela vive com a família. Nesta página, a mais recente aquisição da consultora, o quadro Torrada, também de Zerbini, divide espaço com poltronas Lia, de Sergio Rodrigues, e peça de Nelson Felix (blocos de mármore unidos por aliança) sobre a mesa de centro

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No ano 2000, a carioca Daniela Sève Duvivier se casou e, ao ser questionada pelo pai, Luiz Sève, fundador da Galeria de Arte Ipanema, no Rio de Janeiro, o que gostaria de ganhar de presente, ela já tinha a resposta na ponta da língua. Pediu um quadro, de 1986, de Luiz Aquila, que fazia parte do acervo da família e que coloria as suas lembranças. “A tela ficava no quarto dos meus pais em Angra”, lembra ela. “Sempre adorei as cores, que me traziam uma sensação muito boa.”

O quadro de Aquila é a obra número 1 da coleção de arte de Daniela. Atualmente, ela possui cerca de 60 peças que ajudam a contar a história da arte contemporânea no Brasil, por meio de trabalhos de artistas consagrados como, Abraham Palatnik, Amílcar de Castro, Cildo Meireles e Leda Catunda, e de novos talentos. Tal qual uma galeria de arte, boa parte dessas preciosidades está exposta no apartamento de 277 metros quadrados em que ela vive com o marido e os filhos (dois meni-nos, de 9 e 11 anos), no bairro Itaim, a poucos metros do Parque do Povo, em São Paulo. As demais ficam na casa de Daniela, em Ibiúna, nos arredores da capital paulista.

Formada no curso de Administração de Empresas, Daniela, 37 anos, chegou a trabalhar com moda antes de ser fisgada de vez pelo mer-cado das artes. Ela, que cresceu em meio aos corredores da Galeria de Arte Ipanema, come-çou a ser procurada por amigos que desejavam investir. “Eles iam em casa e elogiavam o que eu

tinha. Até que começaram a pedir a minha opi-nião sobre o que comprar”, conta ela. Por conta disso, e quase naturalmente, Daniela fundou a empresa Masterarte, que presta consultoria a quem deseja adquirir obras. Ao ser contratada, Daniela traça o perfil do cliente antes de suge-rir peças, garimpadas nas principais galerias brasileiras e em feiras no País e no exterior. Há cerca de sete anos, a consultora também organiza cursos sobre temáticas artísticas, na Casa do Saber, em São Paulo.

Na residência de Daniela, a arte contempo-rânea, especialmente a brasileira, reina abso-luta. E a sua grande paixão, a arte cinética, tem lugar de destaque. Numa mesma parede da sala de estar, há o quadro Torrada, de Luiz Zerbini, uma antiga paixão e mais recente aquisição, uma tela de Abraham Palatnik e outra de Carlos Cruz-Diez. O venezuelano, inclusive, é repre-sentado no Rio pela galeria do pai de Daniela. No mesmo ambiente também há peças de nomes consagrados, como Cildo Meireles (com dois exemplares da Zero Dollar) e Mira Schendel (com obra da série Letra 7, de 1972, e desenho em papel de arroz, de 1964, intitu-lado Terra). José Damasceno, Iran do Espírito Santo, Odires Mlászho, Nelson Felix, Sandra Cinto e Estela Sokol também são representa-dos por meio de seus trabalhos.

Na sala de jantar, os destaques ficam para os quadros The Narrowest Circle, de Valeska Soa-res, uma select de capas de livros antigos sobre tela de linho, e A Festa no Deserto, de Osge-meos. Uma obra com três camadas de slides, de Zerbini, e a peça Mosca com Círculos, de Leda Catunda, também compõem o espaço. Uma obra dos anos 1960, de Ivone Saldanha, um bambu pintado a partir da técnica de têmpera, é a única peça moderna em exposição na galeria particular de Daniela. Na sala de TV, fazendo

Coleção—No alto, base de mármore com copo e canudo, de Felipe Cohen, escultura do cinético venezuelano Jesus Soto e quadro A Festa no Deserto, de Osgemeos. À direita, tela de Sandra Cinto e mesa recheada de ícones da arte contemporânea brasileira: borracha, de José Damasceno, conta-gotas e tubo de filme, de Iran do Espírito Santo, e dois exemplares da Zero Dollar, de Cildo Meireles

“Sou especializada em arte contemporânea brasileira e completamente apaixonada pela arte cinética – prova disso está nas minhas paredes”

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Aquisições preciosas—Em destaque, Daniela Duvivier. No alto, escultura de madeira, pintada de branco, do português radicado no Brasil Ascânio MMM e quadro do venezuelano Carlos Cruz-Diez (à direita). Ao lado, painel feito a partir de dominós, de José Patrício

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“Como consultora, meu trabalho é orientar as pessoas que querem investir em arte a partir do seu perfil e do que gostam”

C a s a | D a n i e l a s è v e D u v i v i e r

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companhia para a tela de Aquila, há esculturas do português naturalizado brasileiro Ascânio MMM e de Amílcar de Castro. Um quadro de Vik Muniz e outro de José Patrício, feito a par-tir de peças de dominó, também integram o ambiente. A consultora também é entusiasta de novos talentos. No hall de entrada da casa, por exemplo, há a obra Jogo dos Sete Erros, de Sara Ramo, transmitindo frescor à residência.

Assinada pela carioca Clarisse Reade, a decoração do apartamento seguiu o briefing dado por Daniela: cores claras, que não riva-lizassem com a estética e o colorido das obras de arte. O resultado foi a escolha de uma car-tela neutra, focada no branco e em materiais naturais, como madeira e fibras. Os destaques ficam para as icônicas poltronas de Sergio Rodrigues - Lia e Mole -, que imprimem per-sonalidade nos ambientes sem roubar a cena.

Da mesma forma que cresceu em meio às artes, Daniela cria os dois filhos, que já demonstram paixão pelo assunto. Certa vez, ela substituiu o quadro de Vik Muniz por outro, mas sofreu retaliação. Os meninos exi-giram que a obra voltasse à parede. Ou seja, o lar da consultora é, sem dúvida, uma casa para se visitar. Mas, acima de tudo, é uma casa para aprender sobre o belo.

Icônicos—Na página anterior, escultura de Estela Sokol (branca, no chão), tela de Abraham Palatnik (ao fundo, à direita). Na parede da sala de jantar, capas de livros antigos sobre tela de linho intitulada The Narrowest Circle, de Valeska Soares. Ao lado, obra de Vik Muniz e poltrona Mole de Sergio Rodrigues. Abaixo, destaque para o Livro Cego, de Odires Mlászho. À direita, panorâmica das salas de TV e jantar, totalmente integradas

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p e n s ata | n e g ó c i o s

Existe um estudo clássico para comparar as preferên-cias dos consumidores entre Coca-Cola e Pepsi-Cola. O experimento tinha dois momentos: de olhos venda-dos, a maioria das pessoas preferia o sabor da Pepsi. Mas, quando viam a marca, isto se invertia e a maioria então preferia a Coca. Imagens em ressonância mag-nética mostravam que a visão da Coca-Cola acionava o circuito do prazer no cérebro. A bebida produzia uma emoção em seus consumidores.

Empresas de vanguarda não vendem um produto. Elas provocam uma experiência emocional. Uma expe-riência de marca é constituída pela percepção. Segundo a Gestalt, uma escola clássica da psicologia, vemos as coisas a partir de relações. A primeira sensação já é de uma forma global e unificada. Não vemos partes iso-ladas, mas relações entre os elementos. Nosso cérebro necessita buscar ordem e integração: uma boa forma. Ou fechar uma Gestalt.

Uma experiência de marca é sempre uma experiên-cia de percepção. Uma marca é um nome, um termo, um símbolo, um desenho – ou uma combinação desses elementos –, que deve diferenciá-la da concorrência. Toque as páginas desta revista. Você terá uma sensação de qualidade superior, consistência, segurança. Que é reforçada pela impressão, pelos anunciantes, pelo design. Made se diferencia, mesmo que o leitor não saiba explicar o porquê. Esse conjunto de elementos separados provoca uma experiência de consumo.Desta forma, o apelo comercial dos produtos deixou de ser centrado em sua funcionalidade e passou a receber diferenciação por meio de características intangíveis, como valores, sentimentos, ideias ou afetos. Tal subjetividade proporciona a verdadeira distinção entre as marcas e seus produtos, consti-tuindo elementos fundamentais para a orientação do consumidor. Analise a relação dos clientes com os produtos da Apple. A marca atingiu o nível de proxi-

luiz fernando garcia

Criar consumidores apaixonados é, atualmente, o grande desafio de toda empresa

A marca que marca

midade de um culto. Ela não tem mais consumido-res, mas sim seguidores apaixonados.

Vale lembrar um termo da psicologia comporta-mental: imprinting. O valor da primeira experiência de compra – positiva ou negativa – irá determinar a sensação da segunda aquisição. Assim, não se preocupe apenas com a força dos atributos de um produto, mas principalmente em como este artigo atinge a percepção de seu cliente. Muitos vão se lembrar do perfume da loja de sua marca favorita. Em particular, porque o olfato é o único sentido diretamente ligado ao centro das emoções.

Já pensou em como você registra a sua marca no coração e na mente de seu cliente?

luiz fernando garcia é CEO da Cogni-MGR, palestrante e terapeuta especializado em metodologias de mudanças comportamentais para proprietários, presidentes e executivos de negócios. É ainda autor de cinco livros sobre o tema. Entre eles, Empresários no Divã, lançado em 2012.

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