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  • LUS XIV O REI SOL

    Lus XV (1710 - 1774), rei francs (1715-1774) nascido em Versalhes, filho de Louis, duque de Bourgogne e Marie-Adelaide of Savoy, bisneto de Lus XIV, cujoreinado caracterizou-se pela luta das faces cortess e pelos fracassos da polticaexterna, que afetaram o prestgio da coroa e contriburam para preparar a revoluode 1789. Herdou o trono direto do bisav por causa das morte prematuras do av edo pai, e assumiu o governo quando atingiu a maioridade (1723), recebendo poderdas mos de Filipe II, duque de Orlans. Casou-se com Maria Leszczynska, filha deEstanislau I, rei destronado da Polnia, o que levou a Frana a combater a ustria ea Rssia na guerra de sucesso polonesa (1733-1738). Durante a desastrosaguerra dos sete anos (1756-1763) contra a Gr-Bretanha e a Prssia, aliou-se ustria. Com a derrota perdeu a maior parte de suas colnias americanas easiticas, e a Frana perdeu toda a influncia francesa no leste europeu depois daprimeira partilha da Polnia (1772), e o rei caiu no descrdito de seus sditos,principiando os primeiros movementos em direo a deflagra da famosarevoluo francesa de 1789. Durante quase todo seu reinado, manteve amantesque exerceram grande influncia no governo, como a marquesa de Vintimille e aclebre marquesa de Pompadour. Historicamente seu governo tambm ficoumarcado pelo grande desenvolvimento na arte decorativa, o famoso estilo Luis XV.

    A monarquia absoluta na Frana atingiu o seu ponto culminante nos reinados dostrs ltimos reis Bourbons, antes da Revoluo. O primeiro desses monarcas foiLus XIV, que encarnou, mais do que qualquer outro soberano de sua poca, o idealdo absolutismo. Orgulhoso, extravagante e autoritrio, Lus nutria as idias maisexaltadas possveis acerca da sua posio de rei. No s acreditava ter recebido deDeus o encargo de reinar, mas, para ele, a sorte do Estado estava ligada suaprpria pessoa. A famosa frase que lhe atribuda ltat cest moi talvez noseja textualmente exata, mas exprime com toda a clareza a concepo que ele faziada sua autoridade.Escolheu o Sol como seu emblema oficial para simbolizar a crena de que a naorecebia dele o sustento e a glria, como os planetas os recebem do verdadeiro Sol. Talvez se possa dizer em favor de Lus XIV que nenhum homem trabalhou mais doque ele no ofcio de rei.Fiscalizava pessoalmente todos os setores do governo e considerava seus ministroscomo meros funcionrios, cujo nico dever era obedecer s suas ordens. Tudoindica, no entanto, que o pas lucraria muito mais se Lus tivesse sido menossolcito.O Rei-Sol, por si mesmo, pouco contribuiu para melhorar o governo da Frana. Mas,qualquer bem que possa ter feito, foi completamente eclipsado pelas suas guerrasloucas e pela sua poltica racionaria em matria de religio. Em 1685 revogou oEdito de Nantes, que concedera a liberdade de conscincia aos huguenotes. Comoresultado disso, grande nmero de seus sditos, mais inteligentes e prsperos,abandonou o pas.O reinado de Lus XIV de mais de meio sculo representou um perodo de apogeupara a Frana. O pas conheceu um enorme poderio militar, prosperidade cientficae desenvolvimento artstico.Em 1648 teve incio a Fronda, uma srie de conflitos liderados pelo Parlamento epela nobreza contra o primeiro-ministro Jules Mazarin. Os problemas iniciaram aindana menoridade de Lus XIV, contribuindo para o amadurecimento e fortalecimentodo seu carter. Dominado o conflito, Mazarin tomou uma srie de medidas com afinalidade de organizar a mquina administrativa, tranformando-a em uma dasprincipais armas da monarquia. Por ocasio da morte de Mazarin, Lus XIV decidiugovernar sozinho e elegeu como assessor financeiro Jean-Baptiste Colbert. A

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  • economia do pas foi reestruturada para atender s exigncias mercantilistas, sendoento criadas a marinha mercante, fbricas, estradas e portos. Foram desenvolvidosdois novos e eficazes instrumentos de poder: um corpo de diplomatas profissionaise um exrcito permanente.Em relao poltica externa, seu firme objetivo foi glorificar a Frana e impedirqualquer ressurgimento do poder dos Habsburgo. Em quatro guerras, demonstrou atoda a Europa sua habilidade como chefe militar. Seu ltimo empreendimento foi aGuerra da Sucesso espanhola (1701-1713).Ao mesmo tempo em que seus exrcitos combatiam os protestantes holandeses,Lus XIV negou a liberdade religiosa aos huguenotes e reforou o controle sobre oclero catlico. Em 1685, decidido a conseguir a converso dos huguenotes, revogouo Edito de Nantes, dando um passo na direo da rebelio dos camisards.Comparvel busca de glria na guerra foi seu mecenato no campo das artes.Entre outros feitos, Lus XIV incentivou e protegeu dois expoentes da literaturafrancesa: Racine e Molire. O grande palcio de Versalhes constituiu o smboloideal para sua luxuosa corte. Lus XIV no conseguiu pr um fim nas tenses entreuma elite governante e uma sociedade estamental, baseada em privilgioshereditrios. Entretanto, converteu a Frana no modelo burocrtico da Europaabsolutista do sculo XVIII. At o incio da Revoluo, em 1789, a forma de governo francs permaneceuessencialmente tal como a deixara Lus XIV. Seus sucessores Lus XV e Lus XVItambm afirmavam governar por direito divino. Vatel retrata esplendor e misria da corte de Luis XIV

    Vatel conta a histria do organizador de uma maratona de banquetes opulentospara o prncipe de Cond, durante o sculo 17, na Frana. O vaidoso e arruinadoprncipe pede a seu devotado intendente Vatel que organize trs dias e trs noitesde celebrao estonteante para Lus XIV, na esperana que o rei o conceda ocomando de uma operao militar contra os holandeses.

    Toda a corte de Versalhes comparece ao palcio de Chantilly, e assim tem inciouma maratona de intrigas e devassido. "As pessoas no filme sabem que socruis. Mas Vatel feito de compaixo e do desejo de tornar os outros felizes",segundo o diretor Roland Joff (A Misso).

    Intrigas polticas, suntuosos palcios de poca e o retrato de um chefe comoverdadeiro artista e homem de honra fazem de Vatel um verdadiro estudo sobre operfil de um personagem extraordinrio atravs de uma pintura da aristocracia nostempos do Rei Sol.

    Vatel existiu realmente, era intendente do prncipe de Cond e o que hojechamaramos um "chef". Seu suicdio evocado pela escritora e cortes Madamede Sevign numa carta. Joff optou por fazer dele um verdadeiro artista que busca aharmonia e a beleza.

    O filme nos narra os trs dias de trabalhos febris para satisfazer o rei e sua corte, asintrigas e baixezas dos grandes do reino, mas tambm a vida dos serventes, queaqueles depreciam, o amor entre Vatel e Anne de Montausier. E finalmente osuicdio, aps comprovar que no tinha chegado o peixe fresco previsto para ojantar.

    Grard Depardieu encarna Vatel, rodeado de Tim Roth (o marqus de Lauzun),Uma Thurman (Anne de Montausier), Julian Sands (Luis XIV), Julian Glover (oprncipe de Cond). O diretor Roland Joff reconheceu que a deciso de rodar ofilme em ingls foi tomada por motivos financeiros e destacou que no quiz fazeruma reconstituio histrica fiel.

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