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Ano II — Nº 62 02 a 08 de Novembro de 2013

Prezados/as Amigos/as do IPDM, em suas mãos está nosso

informativo nº 62. Trilhando o caminho da Paz e da Esperança,

alegramo-nos todas as semanas ao concluirmos a produção de

mais um número do IPDM. E envoltos por essa alegria,

agradecemos a todos os leigos e leigas, religiosos e religiosas, e

padres e membros de outras confissões religiosas por toda

manifestação de apoio e incentivo que nos enviam.

Refletindo sobre o Evangelho deste Domingo, José Antonio

Pagola mostra-nos que as “Bem-aventuranças nos mostram o

espírito que deve inspirar a ação da Igreja, enquanto peregrina

para o Pai. Nós temos que ouvi-las em uma atitude de conversão

pessoal e comunitária. Só dessa forma temos que caminhar para

o futuro.” Leia mais na página 2.

Ainda na página 2, Ildo Bohn Gass reflete sobre as bem-

aventuranças como caminho de santidade: “Todas as pessoas

são chamadas à santidade, a fim de serem bem-aventuradas.

Sede santos, porque eu, Javé vosso Deus, sou santo (Lv 19,2)”.

As Palavras de Francisco apostas na página 3, mostram-nos

que todos nós somos plausíveis de fraquezas e temores, mas que

podemos superar tudo com amor e fé. “O amor de Deus queima

inclusive os pecados. Se os homens estão unidos, a fé se fortalece.

Todos, inclusive o Papa Francisco, viveram ou vivem

desorientações e dúvidas no caminho da fé” afirmou o Pontífice

durante a audiência geral desta quarta-feira na Praça São Pedro.

Leia o texto completo.

Em nossa página Noticiando, trazemos a matéria sobre o

lançamento no próximo dia 06, em Roma, da Revista Vita

contendo uma pesquisa sobre as expressões usadas com maior

frequência pelo Papa Francisco, desde a sua eleição até o dia 10

de outubro passado. Leia n página 4.

Na mesma página vocês encontrarão notícia sobre o processo

de Beatificação de Dom Oscar Romero, Arcebispo de El Salvador

assassinado em 1980.

Falando sobre o mundo em que vivemos, Leonardo Boff o

chama de “Ecocida” e nos apresenta a situação dramática que

estamos vivendo alertando-nos: “Para sair desta situação

dramática, somos chamados, de uma maneira muito real, a nos

reinventar como espécie. Para isso precisamos de sabedoria que

nos leve a uma profunda libertação/transformação pessoal,

passando de senhores sobre as coisas a irmãos e irmãs com as

coisas”. Leia o artigo completo na página 5.

Paulo Suess nos brinda com magnifico artigo sobre o “Estado

Neoliberal e o Estado do Bem-Viver” no qual demonstra

claramente: “Na construção do "bem viver”, dois eixos são

sumamente importantes: - o "bem viver” para todos, quer dizer, o

combate contra uma sociedade de classes e privilégios, e - o "bem

viver” para sempre, que é o "bem viver” com memória histórica, o

bem viver não apenas dos sobreviventes e vencedores, mas o bem

viver que dá voz e ouvido aos vencidos”. Leia o artigo de Suess

na página 06.

As páginas 7 a 9 trazem a os eventos apoiados pelo IPDM para

os próximos meses: “Escola de Cidadania da Zona Leste – Pedro

Yamaguchi Ferreira com suas aulas-palestras semanais” Hoje,

dia 01 de novembro, a aual será ministrada pelo Senador

Eduardo Suplicy com início marcado para as 19h30. A entrada

é franca;

Outro evento tradicional e de grande importância para a

formação de jovens e adultos, é o “Curso de Verão de 2014

organizado pelo CEESEP que acontecerá em Janeiro na PUC-

SP. O tema para este encontro será: JUVENTUDES EM FOCO:

por políticas públicas inclusivas na educação, trabalho e

cultura. As inscrições já estão abertas. Maiores informações

estão dispostas nas páginas 7 a 9.

Por fim, na página 10, dispomos para vocês endereços

eletrônicos recomendados para pesquisas sobre os mais

diferentes assuntos.

Desejamos a todos ótima leitura.

Equipe de Produção

Leituras propostas pela Igreja para este Domingo

1ª: Ap 7,2-4.9-14, / Sl: 23(24) / 2ª: 1Jo 3, 1-3 / Ev: Mt 5, 1-12

“Apenas uma Igreja evangélica tem autoridade e credibilidade para mostrar o rosto de Jesus aos homens e mulheres de hoje.”

Ao formular as bem-aventuranças, Mateus, ao contrário de Lucas, está preocupado em desenhar os traços que

caracterizam aos seguidores de Jesus. Daí a importância que têm para nós, nestes tempos em que a Igreja tem que

encontrar o seu estilo cristão de estar no meio de uma sociedade secularizada.

Não é possível propor a Boa Nova de Jesus de uma forma qualquer. O Evangelho só se espalha a partir de atitudes

evangélicas. As bem-aventuranças nos mostram o espírito que deve inspirar a ação da Igreja, enquanto peregrina

para o Pai. Nós temos que ouvi-las em uma atitude de conversão pessoal e comunitária. Só dessa forma temos que caminhar para o

futuro.

Bendita a Igreja "pobre de espírito" e de coração simples, que atua sem prepotência nem arrogância, sem riquezas nem esplendor,

sustentada pela humilde autoridade de Jesus. Dela é o reino de Deus.

Bendita a Igreja que "chora" com aqueles que choram e sofre ao ser privada de privilégios e poder, pois poderá compartilhar melhor o

destino dos vencidos e também o destino de Jesus. Um dia ela será consolada por Deus.

Bendita a Igreja que renuncia a se impor pela força, a coerção ou a submissão, sempre a praticar a mansidão do seu Mestre e Senhor.

Um dia ela herdará a terra prometida.

Bendita a Igreja que tem "fome e sede de justiça" dentro de si e no mundo todo, pois procurará a sua própria conversão e trabalhará

por uma vida mais justa e digna para todos, a começar pelos últimos. Seu anseio será farto por Deus.

Bendita a Igreja compassiva que renuncia ao rigorismo e prefere a misericórdia antes que os sacrifícios, pois acolherá aos pecadores

e não lhes esconderá a Boa Nova de Jesus. Ela alcançará de Deus misericórdia.

Bendita a Igreja de "coração limpo" e conduta transparente, que não encobre os seus pecados nem promove o secreto ou a

ambiguidade, pois caminhará na verdade de Jesus. Um dia Ela verá Deus.

Bendita a Igreja que "trabalha pela paz" e luta contra as guerras, que une os corações e semeia a concórdia, pois vai contagiar a paz

de Jesus que o mundo não pode dar. Ela será filha de Deus.

Bendita a Igreja que sofre hostilidade e perseguição por causa da justiça, e não evita o martírio, pois saberá chorar com as vítimas e

conhecerá a cruz de Jesus. Dela é o reino de Deus.

A sociedade de hoje precisa conhecer comunidades cristãs marcadas por este espírito das bem-aventuranças. Apenas uma Igreja

evangélica tem autoridade e credibilidade para mostrar o rosto de Jesus aos homens e mulheres de hoje.

Todas as pessoas são chamadas à santidade, a fim de serem bem-aventuradas. Sede santos, porque eu, Javé vosso Deus, sou

santo (Levítico 19,2). A comunidade de Mateus faria uma releitura desse chamado da seguinte forma: Sede perfeitos, como o

Pai celeste é perfeito (Mateus 5,48). Coerente com sua experiência com o Deus da misericórdia, a comunidade de Lucas formula

assim o mesmo chamado: Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lucas 6,36).

Dia 02 de novembro é um dia especial em que milhões de pessoas refletem sobre todas as pessoas bem-aventuradas e que já se encontram na glória

do Pai. Conforme a comunidade de Mateus, Jesus nos propõe oito bem-aventuranças como caminho de santidade e que já começa nesta vida.

Quando Mateus apresenta Jesus fazendo cinco grandes discursos (Mateus 5-7; 10; 13,1-52; 18; 24-25), sua intenção é apresentá-lo como o novo Moisés,

a quem eram atribuídos os cinco livros da Lei, o Pentateuco. A Lei era considerada a expressão da vontade de Deus. No tempo de Jesus, muitos fariseus

estavam preocupados em viver a Lei ao pé da letra. Jesus, porém, vive e anuncia essa vontade de Deus indo além da letra da Lei. Diz que é o espírito da

Lei que interessa e que ele consiste na vivência do amor a Deus e ao próximo como a si mesmo

(Mateus 22,34-40). Diz ainda que este espírito da Lei deve ser a orientação fundamental para o nosso

agir (cf. Mateus 12,1-8; 23). Mateus chama essa vontade de Deus de justiça do Reino. Se Moisés era o

antigo mestre da Lei, Jesus é o novo mestre da justiça a nos ensinar o caminho de Deus, o caminho

da santidade.

O primeiro grande ensinamento do mestre da justiça, o Sermão da Montanha (Mateus 5-7), é um

conjunto de orientações para a boa convivência na comunidade. Tal como Moisés escrevera as

palavras da Lei estando sobre um monte, Jesus dá as novas orientações também numa montanha

(Êxodo 34,28; Mateus 5,1).

As bem-aventuranças (Mateus 5,1-12) são a porta de entrada ao Sermão da Montanha Mateus (5-

7). São um programa de vida para trazer felicidade plena a quem adere à Boa-Nova de Jesus.

A justiça do Reino dos Céus (= de Deus), isto é, a vontade de Deus, é o carro-chefe das bem-

aventuranças. O Reino é o projeto na primeira e na oitava bem-aventurança. E, no centro, estão a

busca da justiça e a busca da misericórdia (ter o coração voltado para quem está na miséria). Uma vez realizada a justiça de Deus, os empobrecidos

deixarão de ser oprimidos, pois haverá partilha e solidariedade. Por isso, Jesus os declara felizes.

A primeira bem-aventurança é a mais importante. As demais são explicitações desta. Os pobres são aqueles que choram, são os mansos ou humildes

(no Salmo 37,11, texto-base para esta bem-aventurança, são chamados de pobres-anawim), os que têm fome, os misericordiosos, os puros de coração, os

que promovem a paz e as pessoas perseguidas por causa da justiça. E as dádivas para os empobrecidos são: o Reino de Deus, o conforto, a terra partilhada,

a fartura, a misericórdia, a contemplação de Deus e a filiação divina (agir à imagem e semelhança de Deus ou ter as mesmas atitudes de Deus). Mas ser

pobre não é suficiente. Está claro que os empobrecidos são os preferidos de Deus, justamente por que ele não pode ver nenhum de seus filhos e nenhuma

de suas filhas passando por necessidades. Ainda mais, quando a pobreza é fruto da injustiça humana.

Padre José Antonio Pagola

Ildo Bohn Gass

Em: www.amaivos.uol.com.br-31/10/2013

É interessante notar que esta mesma bem-aventurança, no Evangelho segundo Lucas, reza assim: "Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de

Deus!" (Lucas 6,20).

Quando a comunidade de Mateus acrescentou "no espírito" à primeira bem-aventurança de Jesus (Mateus 5,3), também estava preocupada com o fato

de que há pobres com o espírito de rico incorporado em seu coração e sua mente, buscando, na riqueza e no poder, o sentido mais profundo para a vida.

Por isso, quis deixar bem claro para seus destinatários que não basta ser pobre, mas que é preciso ser "pobre no espírito", isto é, viver de acordo com o

espírito do próprio Deus; ser pobre também por opção pelo projeto da justiça e de misericórdia; viver na total confiança e dependência de Deus; confiar

na partilha, na vida simples e na fraternidade.

Aliás, são justamente as pessoas que buscam a felicidade no consumismo e no individualismo que perseguem aos que lutam pela justiça do Reino,

pela paz e pela partilha. Foi assim que, no passado, os poderosos perseguiram os profetas (Mateus 5,10-12).

E hoje, Jesus renova o convite para nós: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo"

(Mateus 6,33). E o caminho da justiça do Reino, o caminho da santidade está na prática do espírito da Lei proposto nas orientações fundamentais para a

vida contida, isto é, nas bem-aventuranças.

Papa Francisco recordou que “o Catecismo da Igreja Católica nos lembra que

com esta expressão” indicam-se duas realidades: “a comunhão com as coisas

santas e a comunhão entre as pessoas santas” (n. 948).

O Papa deteve-se sobre o “segundo significado: trata-se de uma das mais

consolidadas verdades da nossa fé, porque nos recorda que não estamos

sozinhos, mas que existe uma comunhão de vida entre todos os que pertencem

à Igreja. Uma comunhão que nasce da fé”. De fato, “o termo ‘santos’ refere-se

aos que creem no Senhor Jesus e se incorporaram a Ele na Igreja mediante o

Batismo. Por isso, os primeiros cristãos eram chamados de ‘santos’ (cf. At

9,13.32.41; Rm 8,27; 1 Cor 6,1)”.

“O Evangelho de João – continuou – demonstra que, antes da sua Paixão,

Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos com estas palavras: ‘Que

todos sejam um: assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me

enviaste’ (17,21). A Igreja – explicou Francisco –, em sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, familiaridade com Deus,

comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se alarga em uma comunidade fraterna”. É por isso que “esta relação

entre Jesus e o Pai é a ‘matriz’ do vínculo entre nós cristãos: se estamos intimamente incluídos na ‘matriz’, nesta fornalha ardente de

amor que é a Trindade, então podemos nos converter em um só coração e uma só alma, porque o amor de Deus queima os nossos

egoísmos, os nossos prejuízos, as nossas divisões interiores e exteriores. O amor de Deus queima inclusive os nossos pecados”.

O Papa destacou que “se existe esta firmeza na fonte do Amor, que é Deus, então se verifica também o movimento recíproco: dos

irmãos a Deus; a experiência da comunhão fraterna me conduz à comunhão com Deus”. “Estar unidos entre nós – disse – nos conduz a

estar unidos com Deus, a este vínculo com Deus que é nosso Pai. Nossa fé necessita do apoio dos outros, especialmente nos momentos

difíceis. E se nós permanecemos unidos, a fé se fortalece. Que bonito é apoiarmo-nos uns aos outros na maravilhosa aventura da fé!”.

O Pontífice indicou que existe uma tendência de “fechar-se no privado” que influenciou inclusive “o âmbito religioso. Por esta razão, em

muitas ocasiões, custa-nos pedir a ajuda espiritual daqueles que compartilham conosco a experiência cristã”.

“Quem de nós (todos, todos!), quem de nós não experimentou

inseguranças, desorientações e inclusive dúvidas no caminho da fé? Todos!

Todos experimentamos isto, inclusive eu – revelou. Todos. Faz parte do

caminho da fé, faz parte da nossa vida. Tudo isto não nos deve surpreender,

porque somos seres humanos, marcados pela fragilidade e pelos limites.

Todos somos frágeis, todos temos limites, não se espantem. Todos os temos!”

“No entanto – acrescentou Francisco –, nestes tempos difíceis é necessário

confiar na ajuda de Deus, mediante a oração filial e, ao mesmo tempo, é

importante encontrar a coragem e a humildade para nos abrir aos outros para

pedir ajuda, para pedir uma mão. ‘Dá-me a tua mão, tenho este problema’”.

O Papa se perguntou: “‘Quantas vezes fizemos isto?’ E depois conseguimos

superar o problema e encontrar a Deus novamente. Nesta comunhão

(comunhão que quer dizer ‘comum união’, todos unidos, comum união), nesta

comunhão somos uma grande família, todos nós, onde todos os elementos se

ajudam e se apoiam entre si”.

O Bispo de Roma culminou sua audiência geral, reiterando sua

preocupação e proximidade com o sofrimento da querida nação iraquiana. O Papa Francisco convidou para rezar para que cesse a trágica

e constante violência, se impulsione a reconciliação e se afiance a paz: “Ao final da audiência saudarei uma delegação de superintendentes

iraquianos, acompanhada pelo cardeal Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Convido-os a rezar pela

querida nação do Iraque, lamentavelmente atingida, diariamente, pelos trágicos episódios de violência, para que encontre o caminho da

reconciliação, da paz, da unidade e da estabilidade”.

Em: www.ihu.unisinos.br/2013/10/31

Em: www.cebi.org.br-31/10/2013

Pronunciamento do Papa durante Audiência na Praça de São Pedro em 30/10/2013

“As palavras do Papa Francisco – escreve o diretor Giuseppe Frangi – têm esta

característica: ganham corpo com o personagem. Dizem muito, quase tudo dele. Esculpem

sua figura aos olhos do mundo, não apenas dos crentes. Inclusive as estatísticas o

confirmam: reunidos os discursos pronunciados pelo Papa até o dia 10 de outubro, os

separamos em diferentes tipologias (audiências, Ângelus, pregações, discursos das

viagens...) e começamos a contar as palavras. Cada vez surgia uma confirmação coerente.

O Papa é aquele que diz. Alguns resultados sintéticos podem dar uma ideia. Além de

“Jesus”, o termo mais recorrente é ‘tudo/todos’”.

Das 106.000 palavras pronunciadas pelo Papa até o dia 10 de outubro (sem considerar

os textos que foram apenas escritos e não pronunciados, como a Encíclica a quatro mãos

sobre a fé), há 963 recorrências. Ou seja, uma a cada 110 palavras. “Tudo/todos”, mais

que uma visão sobre as coisas, é um pressuposto das outras palavras, é a chave com que

Bergoglio derruba muros e escancara portas. Também nas homilias matutinas na Capela

Santa Marta, a frequência das palavras “tudo/todos” confirma-se com 316 repetições.

Outro aspecto que surge deste estudo está relacionado com a frequência das perguntas,

que se convertem em “significantes repletos de significados”. Francisco procede com interrogações. “Penetra com perguntas – escreve a revista

Vita – feitas a si mesmo e àqueles que o escutam... As interrogações são 614, sem contar as homilias de Santa Marta”.

“Caminhar” e “andar” são outras das palavras mais frequentes nos discursos do Papa argentino (respectivamente 217 e 252), em particular

nos discursos das audiências, quando o Papa dá sua catequese. Trata-se de “verbos – observa o diretor da Vita – que se convertem em chave

de leitura para os textos bíblicos. O cristianismo do Papa Francisco é essencialmente um caminhar, um andar. É, como dissemos, um movimento”.

Imediatamente depois encontramos os verbos que são consequência lógica dos dois anteriores: “sair” e “seguir”. O “andar” do Papa Francisco,

observou Frangi, não é um “percurso interior, mas um ‘andar’ concreto, em particular para essas zonas da vida que ficaram marginalizadas, as

‘periferias da existência’, os ‘quebrantados’ são outras palavras que aparecem com uma tenacidade que alude à carne dos que sofrem”.

E também aparecem muito os verbos “ver”, “olhar”, “escutar” e “ouvir”. O estudo da revista Vita, que inclui tabelas estatísticas com os dados

sobre as palavras mais frequentes do Papa, analisa também os termos “não”, quer dizer, aquelas que o Papa dedica às atitudes em relação à

quais quer precaver; “fofocas”, “queixas” têm uma presença significativa, com 42 e 37 aparições, respectivamente.

Entre as novidades mais significativas que surgem deste estudo da Vita está a tendência do Papa de criar neologismos ou imagens novas.

Quando se dirigiu aos ginecologistas católicos, em 20 de setembro, o Papa não inventou propriamente um neologismo, mas resgatou uma

extraordinária definição que já não se usa em italiano: “Tempos atrás, as mulheres que ajudavam no parto eram chamadas de ‘comadres’; é

como uma mãe com a outra, com a verdadeira mãe, não? Vocês também são ‘comadres’ e compadres’”. Para não falar do verbo “argentino”

“primerear”, que usa para definir o fato de que Deus vem primeiro, antecipa qualquer ação humana. “O neologismo – conclui Frangi – é sintoma

de duas coisas. Primeira, que para ele a criatividade é um elemento fundamental na ação missionária e pastoral. Segundo, que ao somar-se

Deus à realidade segue modalidades que às vezes não podem ser expressas com palavras adequadas. É uma sacudida que, ao sacudir a vida,

acaba forçosamente sacudindo também a língua”.

A beatificação de dom Romero “segue em bom andamento”, segundo informou o

presidente do Parlamento Centro-Americano, Leonel Búcaro, que ontem teve um

encontro com o papa Francisco. As palavras, segundo o dignitário, correspondem ao

próprio Pontífice, cuja uma das suas primeiras decisões, após ser eleito Bispo de Roma,

foi a de reativar o processo do arcebispo salvadorenho.

O “mártir da América”, Óscar Arnulfo Romero, poderá ser santo em breve.

Assassinado no dia 24 de março de 1980, são milhões os fiéis em todo o mundo que

rezam pela santidade do homem que se opôs à violência em El Salvador, e que pagou

com sua vida sua opção pelo Evangelho dos pobres. Nove anos depois, Ellacuría e seus

companheiros teriam o mesmo destino.

Em 1994, a causa para sua canonização foi aberta por seu sucessor Arturo Rivera y

Damas. A partir deste processo, dom Romero recebeu o título de Servo de Deus.

Em:www.ihu.unisinos.org.br/2013/10/31

No dia 27 de setembro, centenas de cientistas reunidos em Estocolmo para avaliar o

nível de aquecimento global do planeta, o conhecido Painel Intergovernamental das

Mudanças Climáticas (IPCC), nos transmitiram dados preocupantes: "Concentrações de

dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4) e de óxido nitroso (N2O), principais

responsáveis pelo aquecimento global, agora excedem substancialmente as maiores

concentrações registradas em núcleos de gelo durante os últimos 800 mil anos”.

A atividade humana influiu nesse aquecimento com uma certeza de 95%. Entre 1951 e 2010 a temperatura subiu entre 0,5ºC

e 1,3ºC e em alguns lugares já chegou a 2ºC. As previsões para o Brasil não são boas: poderemos ter, a partir de 2050, um

permanente verão durante todo o ano. Tal temperatura poderá produzir efeitos devastadores para muitos ecossistemas e para

crianças e idosos. Os cientistas do IPCC fazem um apelo ardente para que se iniciem no mundo todo imediatamente ações, em

termos de produção e de consumo, que possam deter este processo e minorar seus efeitos maléficos. Como disse um dos

coordenadores do relatório final, o suíço Thomas Stocker: "A questão mais importante não é onde estamos hoje, mas onde

estaremos em 10, 15 ou 30 anos. E isso depende do que fizermos hoje”.

Pelo visto muito pouco ou quase nada se está fazendo de forma articulada e global. Os interesses econômicos de acumulação

ilimitada à custa do esgotamento dos bens e serviços naturais prevalecem sobre as preocupações pelo futuro da vida e pela

integridade da Terra.

A percepção básica que se tem ao ler o resumo de 31 páginas é que vivemos num tipo de mundo que sistematicamente destrói

a capacidade de nosso planeta de sustentar a vida. Nossa forma de relacionamento para com a natureza e a Terra como um todo

é ecocida e geocida. A seguir por este rumo vamos seguramente ao encontro de uma tragédia ecológico-social.

O propósito de incontáveis grupos,

movimentos e ativistas se concentra na

identificação de novas maneiras de viver de

sorte que garantamos a vida em sua vasta

diversidade e que vivamos em harmonia

com a Terra, com a comunidade de vida e

com o cosmos.

Num trabalho que nos custou mais de dez

anos de intensa pesquisa, um pedagogo

canadense e experto em moderna

cosmologia, Mark Hathaway, e eu, tentamos

ensaiar uma reflexão atenta que incluísse a

contribuição do Oriente e do Ocidente a fim

de delinearmos uma direção viável para

todos. O livro se chama: "O Tao da

libertação: explorando a ecologia da

transformação” (Vozes 2012). Fritjof Capra

fez-lhe um belo prefácio e a comunidade

científica norte-americana o acolheu a

edição inglesa benevolamente, pois o

Instituto Náutilos nos conferiu, em 2010, a

medalha de ouro em Ciência e Cosmologia.

Nossa pesquisa parte da seguinte

constatação: há uma patologia aguda

inerente ao sistema que atualmente domina e explora o mundo: a pobreza, a desigualdade social, o esgotamento da Terra e o

forte desequilíbrio do sistema-vida; as mesmas forças e ideologias que exploram e excluem os pobres estão também devastando

toda a comunidade de vida e minando as bases ecológicas que sustentam o Planeta Terra.

Para sair desta situação dramática, somos chamados, de uma maneira muito real, a nos reinventar como espécie. Para isso

precisamos de sabedoria que nos leve a uma profunda libertação/transformação pessoal, passando de senhores sobre as coisas a

irmãos e irmãs com as coisas. Essa reinvenção implica também uma transformação/libertação coletiva através de um outro design

ecológico. Este nos convence a respeitar e viver segundo os ritmos da natureza. Devemos saber o que extrair dela para a nossa

subsistência coletiva e como aprender dela pois ela se estrutura sistemicamente em redes de Inter-retro-relações que garantem a

cooperação e a solidariedade de todos com todos e conferem sustentabilidade à vida em todas as suas formas, especialmente à

vida humana. Sem esta cooperação/solidariedade de nós com a natureza e entre todos os humanos, não encontremos uma saída

eficaz.

Sem uma revolução espiritual (não necessariamente religiosa) que envolva uma outra mente (nova visão) e um novo coração

(nova sensibilidade) em vão procuramos soluções meramente científicas e técnicas. Estas são indispensáveis; mas, incorporadas

dentro de um outro quadro de princípios e valores que estão na base de um novo paradigma civilizatório.

Tudo isso está dentro das virtualidades do processo cosmogênico e também dentro das possibilidades humanas. Importa crer

em tais realidades. Sem fé e esperança humanas, não construiremos uma Arca salvadora para todos.

O p i n i ã o

Leonardo Boff

O p i n i ã o Em:www.adital.com.br/2013/10/31

Na construção do "bem viver”, dois eixos são sumamente importantes: - o "bem viver” para todos,

quer dizer, o combate contra uma sociedade de classes e privilégios, e - o "bem viver” para sempre,

que é o "bem viver” com memória histórica, o bem viver não apenas dos sobreviventes e vencedores,

mas o bem viver que dá voz e ouvido aos vencidos.

Portanto, o bem viver tem uma dimensão que perpassa o tempo, uma dimensão trans-histórica, e uma dimensão contemporânea e simultânea, que enfoca o aqui e agora do indivíduo e da sociedade. O

bem viver não é construído em Spa nem em estúdio de wellnes, mas num laboratório no qual se entrelaçam memória histórica, ação política e gratuidade.

Não reduzimos a felicidade ao bem-estar material nem separamos o bem estar material do bem-estar espiritual.

Praticamente todas as lutas sociais representam tentativas de equilibrar felicidade individual e moral social, ou, como se diz no mundo andino, são buscas de harmonia, de harmonia sociocultural entre o individuo e o coletivo, e harmonia entre os seres humanos e a natureza da

qual são parte integrante.

Essa busca de harmonia se transformou em lutas políticas. A harmonia não é dada. Ela é uma conquista que exige vigilância permanente.

Hoje, o capitalismo, essa nova colonização pelo capital, pela ideologia do desenvolvimento, pelo consumo e pela competição, procuramos

curar as patologias do desequilíbrio que se manifesta pela acumulação, pelo crescimento desenfreado e pela aceleração. Procuramos novos conceitos de propriedade e desenvolvimento para construir novas realidades.

No meio de lutas pela redistribuição dos bens (terra, água, ar) e pelo reconhecimento do outro procuramos desvincular o bem-estar do crescimento predatório (agrotóxicos, expansão sobre a propriedade dos outros, consumo autodestrutivo). Percebemos que o capitalismo não tem patologias. Ele é a patologia.

1. Desafios ao "bem viver” hoje

O sistema capitalista é incapaz de produzir o bem viver de todos os cidadãos. Consumismo e fome são expressões desse desequilíbrio na distribuição dos bens da terra. Crescimento, expansão e aceleração se tornaram palavras mágicas, apoiadas por tecnologias cada vez mais

sofisticadas a serviço da substituição de trabalhadores. No atual projeto, na aceleração da produção e na acumulação do capital, não se trata apenas de uma manipulação de objetos mortos. Capital e produção representam relações sociais mediadas por exploração, alienação e coisificação. A relação utilitarista "custo-benefício” não é uma mera relação comercial com sua lógica própria. Nela está embutida uma relação

social.

Quem produz mais barato é aquele que se submete a condições de um trabalho penoso. Consequência desta nova configuração do trabalho

são os mal empregados, os desempregados, os migrantes em busca de melhores condições de sobrevivência.

O que está em questão é coesão e solidariedade social interna das sociedades. Essa solidariedade é atropelada pela concorrência do mercado globalizado que vive da exclusão e não da integração dos cidadãos. Redistribuição, integração social pelo trabalho e participação do lucro se

tornaram direitos humanos. O poder judiciário está despreparado para garantir esses direitos.

A exploração irracional atinge não só operários, indígenas ou migrantes, mas também a nossa irmã natureza. A devastação de florestas e

da biodiversidade, "coloca em perigo a vida de milhões de pessoas”, em especial a vida dos "camponeses e indígenas, que são expulsos para as terras improdutivas e para as grandes cidades para viverem amontoados nos cinturões de miséria” (DAp 473).

O que está em questão é o "atual modelo econômico, que privilegia o desmedido afã pela riqueza, acima da vida das pessoas e dos povos”

(DAp 473).

O "bem viver” está ameaçado por uma crise cultural profunda que se manifesta como crise de sentido, como fundamentalismo político-

religioso e como consumismo. A dissolução do sentido da história humana numa mera história natural e a afirmação da verdade única como negação do reconhecimento do outro e do pensamento diferente representam um potencial permanente de guerra e violência, inclusive no interior das religiões.

Depois de guerras para a implantação da democracia, hoje essa democracia liberal está numa profunda crise estrutural pela confusão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) e pela ética. A democracia liberal não permite a participação satisfatória do povo, sobretudo dos

pobres, dos excluídos e dos povos indígenas, especialmente quando são minoria.

A justiça em nossos países tornou-se uma justiça formal, morosa e caríssima, que

atua, muitas vezes, longe dos lugares onde acontecem as injustiças, e não serve aos

povos indígenas e pobres, que desconhecem os trâmites legais e não conseguem pagar advogados competentes para garantir seus

direitos básicos. O aparato policial não traz segurança à população e as condições

inumanas das nossas cadeias fazem delas verdadeiras escolas do crime.

Acreditamos que outro mundo e outro Estado são possíveis, porque o atual tripé crescimento econômico, segurança social e

democracia política não oferecem perspectivas do bem viver universal. Não

entramos no jogo de alternativas perversas: democracia com fome e miséria, ou bem-estar material sem participação, sem liberdade política e sem horizonte de sentido, ou prosperidade econômica do país com ditadura e fome.

A construção do Estado do bem viver é uma construção cultural (não natural). Construir o bem viver, é contracultural. Essa construção significa:

- descolonizar as instituições políticas,

- desmercantilizar os saberes, a fé, a escola, saúde,

- desprivatizar o que deve ser de domínio público,

- frear a patologia da aceleração: somos o freio de emergência.

Paulo Suess

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2. Construção do "bem viver” como crítica, ascese e solidariedade

Enquanto nossos países estão competindo com os países com economias fortes, nas discussões constitucionais da Bolívia e do Equador irrompeu uma proposta que procura superar as políticas subordinadas aos projetos de hegemonia competitiva. Essa proposta, de origem

kechwa, se articula em torno de um novo paradigma do "bem viver”, em kechwa, "sumak kawsay”.

O "sumak kawsay” é uma utopia política não muito distante da utopia do Reino. Ambos são precedidos ou representam um pachakuti, uma reviravolta social. O pachakuti restabelece o equilíbrio perdido e abre o caminho para "viver em plenitude”.

Como cristãos podemos compreender o bem viver como vida em plenitude e como sabedoria do reino, sem privilégios, sem prestígio. O bem viver no horizonte da solidariedade não é para nós, é para os outros: "A outros Ele ajudou, para si mesmo não sabe fazer nada”. Lutamos

como servos para que ninguém precise ser servo.

O nosso bem viver é resultado do bem viver do outro, e não como compensação transcendental, mas no aqui e agora. Os respingos da felicidade do outro podem iluminar nossa vida, como as dores do outro nos mantém no caminho e na luta.

O contexto político-cultural de hoje dificulta assumir publicamente o conflito social como motor para a construção do bem viver. Quem fala em luta de classe parece não ter compreendido as mudanças de época. Mas um novo modelo de sociedade e desenvolvimento não vai emergir

gratuitamente. Por causa dos pobres somos obrigados de nos fazer presentes nessas lutas, evangelicamente responsáveis e socialmente relevantes.

Através de pequenas compensações e através de uma legalidade formal, o capital conseguiu impor um contentamento superficial. Lideranças

dos movimentos sociais foram cooptados por cestas básicas de comida e medidas de mitigação que representam o prato enfeitado daquele que é levado à forca.

A "ação afirmativa” substituiu a "ação crítica”. Num contexto de alienação generalizada e de silêncios comprados, temos a tarefa de "desafinar o coro dos contentes” (Torquato Neto) e desgovernar a nau dos adaptados que se contentam com o pouco que o gozo regressivo à fase oral e anal oferece de maneira destrutiva via consumo e acumulação. O bem viver para todos e sempre significa puxar o freio de

emergência do projeto acelerado e desgovernado em curso e propor outro projeto civilizatório.

A vida dos cristãos é atravessada pela cruz que assumimos por causa do bem viver dos outros e pela gratuidade. Anunciamos o Reino de

Deus como libertação da servidão. A radicalidade da encarnação (e inculturação) tem o nome de solidariedade (cf. Gaudium et spes, 32).

Solidariedade, hoje, significa despojamento e ascese. Ascese para nós é libertação do supérfluo, para que todos possam ter o necessário para o bem viver. A ascese é o protesto contra nossa humilhação como consumidores. O bom é o inimigo do melhor e do mais. Precisamos

aprender a viver melhor com menos.

No horizonte evangélico de uma igualdade radical não existe lugar para a apropriação privada da vida boa, nem da fé, da esperança e do

amor. A fé nos foi dada por causa dos desacreditados. A esperança nos foi dada por causa dos desesperados. O amor nos foi dado por causa dos desprezados. Tudo que recebemos pertence aos necessitados.

Vida boa para todos e para sempre! A dimensão da cruz é a dimensão da ruptura. Ela nos coloca no meio dos grandes conflitos. Nosso

equilíbrio está na articulação entre luta e contemplação. O bem viver, no horizonte de todos e para sempre, existe somente no horizonte da ressurreição, que é justiça definitiva para todos e insurreição contra o absurdo histórico!

Aula Palestras programadas para Novembro de 2013

Dia 01 de Novembro – 19h30

Tema:

Reforma Política

Assessor: Senador Eduardo Suplicy

As aulas acontecem todas as Sextas-Feiras às 19h30 no Salão da Igreja São Francisco de Assis

Rua Miguel Rachid, 997 – Ermelino Matarazzo – Zona Leste – São Paulo – SP

Para maiores informações fale com Luís: [email protected] ou Deise: [email protected]

Local:

Rua da Padroeira nº 83 - Jardim Nordeste - São Paulo - SP

Maiores informações podem ser obtidas com:

Eduardo: [email protected] - Lucas: [email protected] Vinicius: [email protected]

Dia 02 de Novembro - Sábado das 14h00 às 18h00

Tema do Encontro

Assessora do Encontro:

Elaine: PJ região Santana, fez parte da equipe de coordenação da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de São Paulo, referencial do GT

Mística e Construção da PJ do Regional SUL 1 e especialista em Juventude

O CURSO DE VERÃO é um programa de

FORMAÇÃOPOPULAR no campo sócio-político-cultural, a partir

da realidade e seus desafios, à luz da Bíblia, Teologia, Pastoral

e do empenho transformador da sociedade. É um ESPAÇO

ECUMÊNICO E INTER-RELIGIOSO de convivência, partilha de

vida, troca de experiências, celebração e compromisso. Acolhe

participantes, em especial JOVENS, empenhados na busca da

compreensão e respeito entre homens e mulheres de toda a

família humana, no esforço para transformar as pessoas e a

sociedade na linha da justiça, solidariedade e salvaguarda do

meio ambiente.

JUVENTUDES EM FOCO:

por políticas públicas inclusivas na educação, trabalho e cultura

é o tema do Curso de Verão de 2014. Juventudes, no plural, enfatiza a diversidade do fenômeno

juvenil do ponto de vista das classes sociais, do contraste entre o urbano e o rural, entre a

periferia e as áreas urbanizadas nas cidades. Gênero, cor, raça, etnia, inclusão ou exclusão

digital, qualidade do ensino, acesso a equipamentos culturais e de lazer e ao mercado de trabalho

compõem o leque das múltiplas desigualdades que afetam os jovens. O curso oferece um espaço

de diálogo, aprofundamento e compromisso em torno a temas que mais preocupam a juventude:

da violência ao extermínio de jovens negros; da disseminação das drogas ao desemprego juvenil;

da baixa qualidade do ensino à desagregação familiar; da perda de sentido à crise ecológica. O

curso refletira sobre os caminhos para se remover os obstáculos para o protagonismo juvenil na

sociedade, nas igrejas e no estabelecimento de políticas públicas transformadoras.

Para Maiores informações acesse o site:

www.ceseep.org.br

Com a Teóloga, Socióloga e Escritora

Tema do encontro:

Dia 23 de Novembro de 2013 - Sábado - 8h30 da Manhã

Santuário Nossa Senhora da Paz Av. Maria Luiza Americano, 1550—Cidade Líder—São Paulo—SP

Maiores informações podem ser obtidas com:

Eduardo: [email protected] - Lucas: [email protected] - Vinicius: [email protected]

COORDENAÇÃO

Os membros da Coordenação do IPDM realizarão suas reuniões bimestrais sempre nas 3ªs Terças-Feiras dos

meses impares. A próxima será realizada no dia

19 de Novembro de 2013

As reuniões são realizadas sempre às 20h00 na Paróquia São Francisco de Assis da

Vila Guilhermina

Praça Porto Ferreira, 48 - Próximo ao Metro Guilhermina - Esperança

R E U N I Õ E S

PADRES - RELIGIOSOS - RELIGIOSAS

AGENTES DE PASTORAL

As reuniões entre os padres, religiosos, religiosas e Agentes de Pastoral serão realizadas sempre na última

Sexta-Feira dos meses pares. A próxima será realizada excepcionalmente, na quarta-feira, dia

27 de Novembro de 2013

As reuniões serão realizadas sempre às 9h30 no CIFA

Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Itaquera - Rua Flores do Piauí, 182 - Centro de Itaquera

Os endereços eletrônicos abaixo indicados contêm riquíssimo material para estudos e pesquisas. Por certo, poderão

contribuir muito para o aprendizado de todos nos mais diversos seguimentos.

www.adital.org.br - Esta página oferece artigos/opiniões sobre movimentos sociais, política, igrejas e religiões, mulheres, direitos

humanos dentre outros. O site oferece ainda uma edição diária especial voltada aos jovens.Ao se cadastrar você passa a receber as

duas versões diárias.

www.amaivos.com.br - Um dos maiores portais com temas relacionados à cultura, religião e sociedade da internet na América Latina,

em conteúdos, audiência e serviços on-line.

www.cebi.org.br - Centro de estudos bíblicos, ecumênico voltado para a área de formação abrangendo diversos seguimentos tais como:

estudo bíblico, gênero, espiritualidade, cidadania, ecologia, intercâmbio e educação popular.

www.cnbb.org.br - Página oficial da CNBB disponibiliza notícias da Igreja no Brasil, além de documentos da Igreja e da própria

Conferência.

www.ihu.unisinos.br - Mantido pelo Instituto Humanitas Unisinos o site aborda cinco grandes eixos orientadores de sua reflexão e

ação, os quais constituem-se em referenciais inter e retrorrelacionados, capazes de facilitar a elaboração de atividades

transdisciplinares: Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável, Mulheres: sujeito sociocultural, e Teologia Pública.

www.jblibanio.com.br - Página oficial do Padre João Batista Libânio com todo material produzido por ele.

www.mundomissao.com.br - Mantida pelo PIME aborda, sobretudo, questões relacionadas às missões em todo o mundo.

www.religiondigital.com - Site espanhol abordando questões da Igreja em todo o mundo, além de tratar de questões sobre educação,

religiosidade e formação humana.

www.cartamaior.com.br - Site com conteúdo amplo sobre arte e cultura, economia, política, internacional, movimentos sociais,

educação e direitos humanos dentre outros.

www.nossasaopaulo.org.br - Página oficial da Rede Nossa São Paulo. Aborda questões de grande importância nas esferas político-

administrativas dos municípios com destaque à cidade de São Paulo.

www.pastoralfp.com - Página oficial da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo. Pagina atualíssima, mantém informações

diárias sobre as movimentações políticas-sociais em São Paulo e no Brasil.

www.vidapastoralfp.com - Disponibilizado ao público pela Paulus editora o site da revista Vida Pastoral torna acessível um vasto

acervo de artigos da revista classificados por áreas temáticas. Excelente fonte de pesquisa.

www.paulus.com.br – A Paulus disponibiliza a Bíblia Sagrada edição Pastoral online/pdf.

www.consciencia.net— Acervo Paulo Freire completo disponível neste endereço.

www.news.va/pt - Pronunciamentos do Papa Francisco diretamente do Vaticano.

“De Esperança,

em Esperança,

na Esperança

Sempre”


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