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  • LATIM BSICO

    Miguel Barbosa do Rosrio

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    Informaes de contato: Prof. Dr. Miguel Barbosa do Rosrio

    [email protected]

    http://www.latim-basico.pro.br/

    1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 Miguel Barbosa do Rosrio. proibida a reproduo deste material (do livro Latim Bsico e do contedo deste site) em qualquer mdia sem a autorizao expressa do autor.

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    NDICE Apresentao 5

    Breves comentrios sobre o latim 11

    Primeira Lio: O nome e o verbo latino; a primeira e segunda declinaes; primeira e segunda conjugaes no presente do indicativo; adjetivos de primeira classe. Presente do indicativo do verbo irregular esse e de seu composto posse 13

    Segunda Lio: O imperativo presente ativo, o futuro imperfeito do indicativo da primeira e segunda conjugaes; a terceira declinao; os adjetivos de segunda classe 21

    Terceira Lio: A terceira e quarta conjugaes: o infinitivo presente ativo; o presente do indicativo ativo; o futuro imperfeito do indicativo ativo; o imperativo presente ativo; a quinta declinao; os pronomes pessoais. O verbo irregular uelle. 35

    Quarta Lio: O pretrito perfeito do indicativo latino; o pronome relativo; o particpio em latim; o supino. 45

    Quinta Lio: O imperfeito do indicativo ativo das quatro conjugaes; os pronomes demonstrativos; a voz passiva dos tempos do modo indicativo do infectum. 55

    Sexta Lio: O gerndio; o gerundivo; o gerundivo em lugar do gerndio; os verbos depoentes; os verbos semi-depoentes. 61

    Stima Lio: O ablativo absoluto; outros empregos do ablativo. 67

    Oitava Lio: O acusativo com o infinitivo. 73

    Nona Lio: O comparativo de superioridade; o superlativo. 79

    Dcima Lio: A interrogao indireta; a expresso da condio; a formao do subjuntivo. 83

    Dcima Primeira Lio: O subjuntivo na orao independente. 87

    Dcima Segunda Lio: Oraes subordinadas adverbiais. 89

    Dcima Terceira Lio: Oraes subordinadas substantivas com e sem conectivo. 91

    Dcima Quarta Lio: Estilo indireto. 93

    Apndice: Sintaxe dos Casos; paradigmas do sistema verbal e do sistema nominal; pronncia. 95

    Bibliografia 115

    Apndice A: Metaplasmos 117

    Apndice B: Histria da Lngua Portuguesa 126

    Apndice C: A Etimologia, um estudo que encanta 127

    Apndice D: Latim Forense 141

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    Apresentao

    A lngua em que um Horcio, um Verglio, um Catulo, um Ccero escreveram nunca deixar de despertar o interesse, a curiosidade e a paixo daqueles que desejam passar pela experincia esttica de os ler no original.

    No somente sob o aspecto literrio, no entanto, o latim desperta interesse, mas tambm sob o aspecto lingstico, como muito bem ressalta R. Lakoff in Abstract Syntax and Latin complementation:

    The Latin language has been studied probably for a longer uninterrupted period of time, and by more people, than has any other language. Because of its dominance of the intellectual and religious life of Europe over a long period even after it had ceased to be spoken, its grammar has aroused more curiosity than that of any other language. (p.1)1

    .............................................................................................................................................................................................

    A large and continuing supply of data is vital both for synchronic study of a language at one point in time as, for example, a study of Ciceronian Latin and for diachronic work attempting to account for the changes observed in a language over a period of time such as a study of the differences between Ciceronian Latin and modern Spanish. (p.2)2

    .............................................................................................................................................................................................

    For these reasons, a study of Latin syntax can yeld valuable information in a number of areas that we could not hope to touch in a study of a modern language, or, for that matter, of any other ancient language. (p.2)3

    de meu entendimento que o material contido nas lies ora apresentadas fornece ao professor de latim um roteiro seguro, capaz de o ajudar a transmitir a seus alunos as noes bsicas da lngua latina. A partir da sintaxe chega-se morfologia. De fato, o desvendamento das estruturas morfolgicas mostra que a palavra latina traz em si a indicao de sua funo sinttica. Na frase, por exemplo, fmna uirum uidet a mulher v o homem, femna traz em si a indicao de que o sujeito da frase. Essa indicao morfossinttica permite que a frase se escreva de outras formas, sem que seu sentido seja alterado: uirum femna uidet, uirum uidet fmna, fmna uidet uirum, uidet uirum fmna, uidet fmna uirum. J o portugus e as demais lnguas romnicas perderam essa indicao morfossinttica, razo por que a ordem das palavras passou a ser significativa, havendo, portanto, mudana de sentido, se se disser, por exemplo, o homem v a mulher. Essa simples comparao do latim com o portugus mostra quo diferente a manifestao sinttica de uma e outra lngua. Seu aprendizado, por isso mesmo, se torna fascinante e permite quele que a estuda o distanciamento necessrio para melhor examinar a prpria lngua nativa.

    Alm do mais, todos aqueles que desejam apoderar-se do sentido primeiro das palavras no podem deixar de buscar no latim o verivrbio, como a personagem do conto de Guimares Rosa, Damzio, que fica intrigado com o termo famigerado e viaja longes terras para procurar descobrir o sentido dessa palavra. Vale mesmo a pena transcrever trechos do famoso conto do notvel escritor:

    Eu vim preguntar a vosmec uma opinio sua explicada

    .............................................................................................................................................................................................

    Vosmec agora me faa a boa obra de querer me ensinar o que mesmo que : fasmisgerado faz-me-gerado falmisgeraldo familhas-gerado? .............................................................................................................................................................................................

    Famigerado? Sim senhor

    .............................................................................................................................................................................................

    S tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroo: o verivrbio.

    Famigerado inxio, clebre, notrio, notvel

    1 A lngua latina tem sido, provavelmente, estudada por um ininterrupto perodo de tempo mais longo e por um maior nmero de pessoas, que qualquer outra lngua. Por causa de seu prestgio na vida intelectual e religiosa da Europa durante um longo perodo, mesmo depois que ela deixou de ser falada, sua gramtica tem despertado mais curiosidade do que a de qualquer outra lngua. 2 Um grande e ininterrupto fornecimento de dados vital tanto para um estudo sincrnico de uma lngua em um certo ponto no tempo por exemplo, um estudo do latim ciceroniano como para um trabalho diacrnico, que busque enumerar as mudanas observadas numa lngua atravs de um perodo de tempo como o estudo das diferenas entre o latim ciceroniano e o espanhol atual. 3 Por essas razes, um estudo da sintaxe latina pode render valiosas informaes em um nmero de reas que no logramos alcanar em um estudo de uma lngua moderna ou de qualquer outra lngua antiga, sobre esse assunto.

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    Vosmec mal no veja em minha grossaria no no entender. Mais me diga: desaforado? caovel? de arrenegar? Farsncia? Nome de ofensa?

    .............................................................................................................................................................................................

    Famigerado? Bem. : importante, que merece louvor, respeito

    .............................................................................................................................................................................................

    Ah, bem! soltou, exultante.

    .............................................................................................................................................................................................

    ................................................................................................... Agradeceu, quis me apertar a mo. Outra vez, aceitaria de entrar em minha casa. Oh, pois. Esporou, foi-se, o alazo, no pensava no que o trouxera, tese para alto rir, e mais, o famoso assunto4.

    G. Rosa se serve do termo famigerado, que d ttulo ao conto, para construir uma rara pea de humor, graa, erudio. Ele joga com o duplo sentido da palavra, um ligado sua origem etimolgica, do latim fama + gerado, e o outro, etimologia popular, faminto, sentido que ele esconde de Damzio.

    Etimologia uma palavra de origem grega (etumo verdadeiro + logia tratado) que Ccero traduziu para o latim por ueriloquium e que significa maneira de falar verdadeiro, i.e., sentido verdadeiro de uma palavra, o verivrbio de G.Rosa. E essa busca, s consegue faz-la quem conhece, pelo menos, o latim. Essa espcie de arqueologia lingstica permanece fascinante para o esprito humano.

    Feitas essas consideraes iniciais, julgo importante tecer alguns comentrios sobre a estrutura do livro e sua organizao.

    Busquei, nesta edio, fornecer ao professor de latim uma seleo de frases de autores significativos do perodo clssico. Se, por vezes, o autor no se enquadra nesse perodo, a frase selecionada, no entanto, pertence estrutura clssica, que a modalidade examinada no livro.

    Algumas recomendaes para melhor aproveitar-se o material contido no livro: cumpre, inicialmente, ler em voz alta cada frase, a fim de que o aluno passe a ter o domnio da pronncia do latim clssico (81 a.C. a 17 d.C.). Essa questo da pronncia vem discutida no Apndice do livro. Aps a leitura de cada frase, examina-se o seu contedo, seu significado, e, se possvel, fala-se sobre o autor da frase. A seguir, examina-se a estrutura morfossinttica da frase traduzida para o portugus e, s ento, passa-se ao exame da frase latina, dando-lhe as informaes gramaticais necessrias para o seu entendimento. Note-se que no corpo de cada lio essas informaes esto apresentadas, sem, no entanto, dispensarem complementaes, a critrio do professor. Ao final de algumas lies esto inseridos textos de autores latinos com sua respectiva traduo. Eles devem ser lidos e comentados.

    Com a publicao deste trabalho, quero oferecer aos alunos a oportunidade de terem acesso a uma lngua que deixou de ser falada h sculos, mas que permanece viva atravs de sua vasta literatura e ainda encanta a todos aqueles que a ela tm acesso. Examine-se, a propsito, o que nos diz o filsofo Nietzsche:

    At hoje no senti com nenhum poeta aquele mesmo xtase artstico que desde a primeira leitura me proporcionou a ode horaciana. O que aqui se alcanou algo que, em certos idiomas, nem sequer se pode desejar. Esse mosaico de palavras, onde cada uma delas, como sonoridade, como posio, como conceito, derrama a sua fora direita e esquerda e sobre o conjunto, esse minimum em extenso e em nmero de sinais, esse maximum, conseguido desse modo, em energia dos signos tudo isso bem romano e, se se me quiser crer, notvel por excelncia.5

    Estou plenamente convencido de que quem tem o domnio da gramtica do portugus padro ter pouca dificuldade em aprender o latim, e quem se aventurar a aprender essa lngua to sonora e to bela dispor, tenho certeza, de um instrumental rico e precioso, que o acompanhar por toda sua vida.

    4 ROSA, J.Guimares. Primeiras Estrias. Rio de Janeiro:Nova Fronteira.37a. impresso. 1988. p.13-17. 5 Nietzsche, F. Crepsculo dos Deuses, apud Francisco Achcar. Lrica e Lugar-comum. So Paulo: Edusp. 1994.

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    Dados sobre o autor Professor Titular de Latim na Escola de Letras da UniverCidade, a partir de 1997. Professor de Latim no Curso de Letras da Universidade Estcio de S. Professor concursado de Lngua e Literatura Latina da Faculdade de Letras da UFRJ, de 1968 a 1996, quando, ento, se aposentou como Professor Adjunto. Professor Titular de Lngua e Literatura Latina e de Lngua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras Notre Dame, de 1974 a 1981. Professor de Lngua Latina da Universidade Veiga de Almeida, de 1984 a 1988. Freqentou, de 1968 a 1970, os cursos de lingstica oferecidos no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, com vista obteno do ttulo de Mestre. Defendeu, aos dez de janeiro de 1989, sua Tese de Doutoramento A Gramtica Latina de Francisco Snchez de las Brozas, tendo obtido de todos os membros da Banca Examinadora o conceito A, com a recomendao de publicao de sua tese. Orientador: Professor Doutor Olmar Guterres da Silveira. Trabalhou como etimlogo, de 1992 a 1994, no Dicionrio Aurlio. Trabalhou como lexicgrafo no Instituto Antnio Houaiss, nos meses de setembro e outubro de 1997, na seo de etimologia. Fez parte da equipe que, no ano de 1999, reelaborou o Dicionrio da Academia Brasileira de Letras, tendo feito 8.700 verbetes. Coordenao Geral: Professor Doutor Antnio Jos Chediak.

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    Agradecimentos

    A meus colegas do Departamento de Letras Clssicas da Faculdade de Letras da UFRJ, pela agradvel e fecunda convivncia de tantos anos.

    A meus alunos, pelo constante ensinamento que me do, a cada contacto.

    Rosa Maria, pela dedicao e apoio constantes.

    Vanessa, por sua ajuda constante em editar meus textos.

    Ao Fabricio, incansvel em sua ajuda para a feitura do livro.

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    Breves comentrios sobre o Latim

    O Latim, lngua indo-europia, pertence ao grupo itlico osco, umbro, latim. Falado primeiramente pela populao de Roma e do Lcio, prevaleceu sobre os outros idiomas da Itlia (osco, umbro, grego, etrusto), difundiu-se graas s conquistas e ao desenvolvimento do Imprio Romano, e tornou-se uma das duas principais lnguas do mundo antigo.

    Comeou a adquirir forma literria apenas pelo incio do sculo III a.c. Costuma-se dividir a histria do latim em perodos:

    1. Perodo arcaico (entre o sculo III e o incio do sculo I a.C.), com Cato e, sobretudo, com os dois grandes escritores cmicos, Plauto e Terncio. 2. Perodo clssico (entre o incio do sculo I a.C. e o incio do Imprio), com Ccero, Csar, Salstio,

    Horcio, Verglio e outros. 3. Perodo ps-clssico ( a partir de nossa era) com Tito Lvio, Sneca, Quinto Crcio, Plnio, o Velho,

    Quintiliano, Plnio, o Moo, Suetnio e outros. 4. Perodo cristo (a partir do sculo III de nossa era, aproximadamente), com Tertuliano, Santo

    Agostinho, So Jernimo e outros. Cumpre ressalvar que ao lado da lngua escrita ou literria existia uma lngua falada, que nos

    conhecida sobretudo pelos textos no literrios e pelas inscries. Essa lngua se transformava mais rapidamente que a outra. Foi ela que deu origem s lnguas romnicas portugus, espanhol, catalo, provenal, francs, italiano, romeno. Alfabeto

    Na poca clssica, o alfabeto latino compreende 21 letras, das quais apenas uma no usual o K (k). So elas: A (a), B (b), C (c), D (d), E (e), F (f), G (g), H (h), I (I), L (l), M (m), N (n), O (o), P (p), Q (q) R (r), S (s), T (t), V (u), X (x). Ditongos Os ditongos so indicados pelas letras: Ae (ae), Oe (oe), Au (Au) Fonemas Fonemas voclicos Fonemas consonnticos p t k b d g f s h m n l r

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    O acento No h nenhum sinal para marcar o acento em latim. Regras: 1. Nas palavras de uma slaba ele recai sobre ela:[t] t; 2. Nas de duas slabas, ele recai sobre a primeira:[pter] pter; 3. Nas de trs ou mais slabas o acento recai sobre a penltima, se esta for longa; se for breve, o acento

    recua uma slaba: [inunit] inunit encontrou; [inunit] nuenit encontra.

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    Primeira Lio

    O nome e o verbo latinos; os casos; a primeira e segunda declinaes; primeira e segunda conjugaes no presente do indicativo; adjetivos de primeira classe. Presente do indicativo do verbo irregular esse e de seu composto posse.

    F1 Fm ulat. (Verglio) O boato voa. [fm, ae (f) boato; ul, s, re (1) voar] F2 Fortn est caec. (Ccero) O destino cego. [fortna, ae (f) destino; sm, s, sse (irr.) ser; caecus, a, um cego] F3 Immdc r creat insniam. (Sneca) A ira desmedida gera a loucura. [ra, ae (f) ira; immdcus, a, um desmedido; cre, s, re (1) gerar; insnia, ae (f) loucura] F4 Debmus ram uitre. (Sneca) Devemos evitar a ira. [debe, s, re dever (2); ra, ae (f) ira; uit, s, re (1) evitar] F5 Maecnas, amcus August, m in numr amicrum habet. (Horcio) Mecenas, amigo de Augusto, me tem no rol de seus amigos.

    [Maecnas, tis (m) Mecenas; amcus, i (m) amigo; Augustus, i (m) Augusto; m (pron. pess. ac.) me; in (prep. + abl. ) em; numrus, i (m) rol, nmero; habe, s, re (2) ter]

    F6 Mdum tenre debmus. (Sneca) Devemos guardar moderao. [mdus, i (m) moderao; tene, s, re (2) guardar; debe, s, re (2) dever] F7 Multam pecniam deportat. (Ccero) Ele leva muito dinheiro. [multus, a, um muito; pecnia, ae (f) dinheiro; deport, s, re (1) levar] F8 Errre est humnum. (Sneca) Errar humano. [err, s, re (1) errar; sm, s, sse (irr.) ser; humnus, a, um humano] F9 Puellam meam magis quam ocls mes am. (Terncio) Amo minha menina mais do que meus olhos.

    [puella, ae (f) menina; meus, a, um meu; magis quam mais (do) que; oclus, i (m) olho; am, s, re (1) amar]

    F10 Infintus est numrus stultrum. (Eclesiastes) O nmero dos insensatos infinito. [infintus, a, um infinito; sm, s, sse ser; numrus, i (m) nmero; stultus, a, um insensato] Verglio (P. Vergilius Maro: 7019 a.C.) Ccero (M. Tullius Cicero: 10643 a.C.) Sneca (L. Annaeus Seneca: 4 a.C.65 d.C.) Horcio (Q. Horatius Flaccus: 658 a.C.) Terncio (P. Terentius Afer: 185?159 a.C.)

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    Informaes gramaticais

    A. As formas verbais ulat (F1), creat (F3), habet (F5), deportat (F7), est (F2, F8, F10) esto na terceira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa, cuja marca o t. J a desinncia mus de debmus (F4, F6) e de am (F9), indicam que os verbos esto na primeira

    pessoa, plural e singular, respectivamente. As outras desinncias so: s, para a segunda pessoa do singular; tis, para a segunda do plural; nt,

    para a terceira do plural. Essas terminaes aparecem nas quatro conjugaes dos verbos regulares e irregulares. O verbo sse e seus compostos, no entanto, tm como marca da primeira pessoa do singular a

    desinncia m: sum [eu sou] Nesta lio estuda-se o presente do indicativo da primeira e da segunda conjugaes, e o do verbo

    sse [ser] e seu composto psse [poder]. Para se reconhecer a conjugao de um verbo, examinase a vogal que precede o sufixo do infinitivo

    presente, re. A vogal que indica ser o verbo de primeira conjugao [amre amar]; de segunda, [monre

    aconselhar]; de terceira, [legre ler], [capre pegar]; de quarta, [audre ouvir]. Amre e monre foram escolhidos como paradigmas dos verbos regulares da primeira e segunda

    conjugaes. Presente do Indicativo:

    eg am mon t ams mons (ille) amt mont ns ammus monmus us amtis montis (illi) amnt monnt

    Conjugao do verbo irregular esse e seu composto psse no presente do indicativo:

    sum pssum es ptes est ptest sumus pssmus estis ptestis sunt pssunt

    B. Assim como o verbo latino tem vrias terminaes com que desempenha seu papel particular numa

    dada frase, tambm o nome latino tem vrias terminaes, de acordo com a funo sinttica que desempenha na frase: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial, e assim por diante.

    As vrias formas de um nome so chamadas de casos. Em latim, seis so os casos: Nominativo: caso do sujeito e do predicativo do sujeito; Genitivo: caso do adjunto adnominal e do complemento nominal; Dativo: caso do objeto indireto; Acusativo: caso do objeto direto e do predicativo do objeto direto; Ablativo: caso dos adjuntos adverbiais; Vocativo: caso da interpelao.

    Os termos fma (F1), fortna (F2), immdca ra (F3), Maecnas (F5), numrus (F10), esto no nominativo: desempenham a funo sinttica de sujeito.

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    Caec (F2), humnum (F8) e infintus (F10) tambm esto no nominativo: desempenham a funo sinttica de predicativo do sujeito.

    O gnero do adjetivo est estreitamente relacionado com o do sujeito da frase: caec est no feminino porque o sujeito fortna feminino; infintus est no masculino em concordncia com numrus, tambm masculino; humnum est no neutro, j que o sujeito um verbo no infinitivo, o que faz que o predicativo

    do sujeito fique no neutro. Os termos insaniam (F3), ram (F4), mdum (F6), multam pecniam (F7), puellam meam (F9),

    ocls mes (F9) esto no acusativo: sua funo sinttica a de objeto direto. In numr (F5) est no ablativo e o termo que o completa, amicrum, no genitivo, bem como

    August, que complementa amcus; stultrum (F10) tambm est no genitivo, em estreita relao com numrus.

    O adjetivo acompanha o substantivo em gnero, nmero e caso, como em (F3) immdca ira, (F7) multam pecniam, (F9) puellam meam, oculs mes.

    Feitas essas observaes, apresentar-se-o paradigmas da primeira e segunda declinaes: terr terra : paradigma da primeira declinao; domnus senhor: paradigma da segunda declinao dos nomes no-neutros;

    donum presente: paradigma da segunda declinao dos nomes neutros:

    singular plural singular plural singular plural nom terr terrae domnus domn donum don gen terrae terrrum domn domnrum don donrum dat terrae terrs domn domns don dons ac terram terrs domnum domns donum don abl terr terrs domn domns don dons voc terr terrae domn domn donum don

    Para efeitos puramente didticos misturar-se-o as desinncias casuais com a vogal temtica dos nomes, como a seguir se pode visualizar:

    primeira declinao segunda declinao dos no-neutros

    segunda declinao dos neutros

    singular plural singular plural singular plural nom ae us um gen ae rum rum rum dat ae s s s ac am s um s um abl s s s voc ae um

    C. Adjetivos de primeira classe. O grupo de adjetivos que se serve das terminaes dos substantivos de primeira e segunda declinaes so chamados adjetivos de primeira classe. Sua forma masculina us, a feminina, a, e a neutra, um. Stults, , m / caecs, , m / immdics, , m / infints, , m so, pois, adjetivos de primeira classe.

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    Paradigma dos adjetivos de primeira classe: magns, , m grande:

    masculino feminino neutro singular plural singular plural singular plural

    nom. magns magn magn magnae magnm magn gen. magn magnrum magnae magnrum magn magnrum dat. magn magns magnae magns magn magns ac. magnm magns magnm magns magnm magn abl. magn magns magn magns magn magns voc. magn magn magn magnae magnm magn

    Comentrios morfo-fonolgicos:

    Para a obteno do tema de um nome em latim, retira-se a terminao do genitivo plural, visto ser este o nico caso que deixa entrever com clareza a que tema determinado nome pertence, sobretudo quando se examina a terceira declinao.

    Os substantivos acima pertencem, pois, ao tema em a [terra-rum] e em o [domino-rum dono-rum].

    Os de tema em a so chamados de primeira declinao e os de tema em o, de segunda declinao. As declinaes so cinco.

    Regras fonolgicas costumam atuar no tema de alguns nomes, fazendo alteraes significativas, sobretudo no nominativo, como o caso de magister, proveniente de *magistros. Mas no h problema para a identificao da declinao de uma palavra, uma vez que o dicionrio informa seu nominativo e genitivo singular.

    Assim: terr , ae pertence primeira declinao, pois seu genitivo termina em ae; domnus, , magister, magistr, donum, pertencem segunda, pois seu genitivo termina em

    i. So aparentemente irregulares os nominativos magister, ager, puer, uir, j que o tema de cada um

    *magistro, *agro, *puero, *uiro, o que se pode verificar no genitivo plural: magistro-rum, agro-rum, puero-rum, uiro-rum.

    As regras que alteram *agros para ager [campo] so as mesmas das de magister [mestre]: *magistros magistrs (sncope do o) magistrr (assimilao do s ao r) magistr (simplificao das consoantes geminadas ) magister ( epntese da vogal e).

    *agros agrs agrr agr ager As mudanas de *puero-s a puer [jovem] e de *uiro-s a uir [homem] so as que se seguem: *puero-s puers puerr puer: sncope, assimilao, simplificao. *uiro-s uirs uirr uir: sncope, assimilao, simplificao.

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    Leitura 5

    Viumus, ma Lesbia, atque ammus, Vivamos, minha Lsbia, e amemos, rumrsque senum seuerirum e as graves vozes velhas omns unus aestimmus assis. todas Sls occidre et redre pssunt: valham para ns menos que um vintm. 5 nbis cum semel occdit bruis lx, Os sis podem morrer e renascer: nox est perpeta una dormienda. quando se apaga nosso fogo breve Da mi basia mille, deinde centum, dormimos uma noite infinita. dein mille altra, dein secunda centum, D-me pois mil beijos, e mais cem, deinde usque altra mille, deinde centum. e mil, e cem, e mil, e mil e cem. 10 Dein, cum milia multa fecermus, Quando somarmos muitas vezes mil conturbbmus illa, ne scimus, misturaremos tudo at perder a conta: aut ne quis malus inudre possit, que a inveja no ponha o olho de agouro cum tantum sciat esse basirum. no assombro de uma tal soma de beijos. (Catulo) (Trad. de Haroldo de Campos)

    O latim e algumas lnguas romnicas dele derivadas:

    Latim Italiano Espanhol Portugus Francs amicum / amicus amico amigo amigo ami librum / liber libro libro livro livre tempus tempo tiempo tempo temps manum / manus mano mano mo main *buccam / bucca bocca boca boca bouche caballum/caballus cavallo caballo cavalo cheval filium / filius figlio hijo filho fils ille il el ele il quattuor quattro cuatro quatro quatre bonum / bonus buono bueno bom bon bene bene bien bem bien facere fare hacer fazer faire dicere dire decir dizer dire legere leggere leer ler lire

    A palavra para boca, no Latim Clssico, os, oris; para cavalo, equus, i: bucca e caballus

    pertencem ao chamado Latim Vulgar, variedade do latim que d origem s lnguas neolatinas ou romnicas.

    Responder, em latim, s perguntas: a. Quae rs? (nom. sg.) Que coisa? Resposta: Nominativo singular. b. Quae rs? (nom. pl.) Que coisas? Resposta: Nominativo plural. c. Quam rem? (ac. sg.) Que coisa? Resposta: Acusativo singular. d. Qus rs? (ac. pl.) Que coisas? Resposta: Acusativo plural. e. Quis? (nom. sg. ) Quem? Resposta: Nominativo singular. f. Quem? (ac. sg. ) (A) quem? Resposta: Acusativo singular. g. Qu? (nom. pl. /plural de quis.) Resposta: Nominativo plural. h. Qus? (ac. pl./ plural de quem ) Resposta: Acusativo plural. i. Cuius? (gen. sg.) De quem? Resposta: Genitivo singular. j. Qurum? (gen. pl. / pl. de cuius) Resposta: Genitivo plural. F1 Fm ulat. [o boato voa]

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    a. Quae rs ulat?..

    F2 Fortn est caec. [o destino cego]

    a. Quae rs est caeca?

    F3 Immdca ir creat insniam. [a ira desmedida gera a loucura] a. Quam rem immdica ir

    creat? b. Quae rs creat

    insaniam?. c. Est uir irtus

    insanus?. d. Est femn irt

    insn? e. Quis est

    insnus?

    F4 Debmus ram uitre. [devemos evitar a ira] Quam rem debmus uitre?.. F5 Maecnas, amcus August, m in numr amicrum habet. [Mecenas, amigo de Augusto, me tem no rol de seus amigos] a. Quis est amcus

    August?... b. Cuius est amcus Maecnas?..

    c. Qurum in numr Maecnas habet Horatium?

    d.Quem Maecenas in numr amicrum habet?.

    F6 Mdum tenre debmus. [devemos guardar moderao] a. Quam rem tenre

    debmus?. b. Debs mdum tenre? Ego modum tenere c. Debtis mdum tenre? Nos modum tenere. d. Debent uiri mdum tenre? Viri modum tenere. e. Debent femnae mdum tenre? Feminae modum tenere f. Debent puellae mdum tenre? Puellae modum tenere..

    F7 Multam pecniam deportat. [ele leva muito dinheiro] (completar as perguntas e dar-lhes as respectivas respostas)

    a. Quam rem puer deportat?.

    b. Quam rem puella deportat?..

    c. Quam rem pueri ? Pueri

    d. Quam rem tu .? Ego

    e. Quam rem nos.? Vos

    f. Quam rem uos .? Nos ..

    F8 Errre est humnum. [errar humano] Quotiens errat uir?..

    Quis saepe errat? [quotiens? quantas vezes?; saepe freqentemente].

  • 20

    F9 Puellam meam magis quam ocls mes am. [amo minha menina mais do que meus olhos] Quis puellam amat? Ego puellam meam

    . Tu puellam tuam

    . Nos puellam

    nostram Vos puellam

    uestram. Illi puellam suam

    F10 Infintus est numrus stultrum. [o nmero dos insensatos infinito]

    a. Qurum numrus est infintus? b. Amat uir stultus

    sapientiam? c. Quam rem non amat uir

    stultus? [sapientia ae sabedoria]

    Exerccio: Dizer o caso, o nmero e a funo sinttica dos termos das oraes, em latim. 1. Terr rotund est. [A terra redonda.] [terra.-ae (f) terra; rotundus, a, um redondo; sum, es, esse ser]

    terra funo: caso: rotunda funo : caso:

    2. Amcus meus bonus est. [Meu amigo bom.] [amicus, i (m) amigo; meus, a, um meu; bonus, a, um bom; sum, es, esse ser]

    amcus meus funo: caso: bonus funo: caso:

    3. Poeta pecniam non habet. [O poeta no tem dinheiro.] [poeta, ae (m) poeta; pecnia, ae (f) dinheiro; non no; habeo, es, ere (2) ter]

    poeta funo: caso: pecniam funo: caso:

    4. Numrus amicrum merum magnus est. [O nmero de meus amigos grande.] [numrus, i (m) nmero; amcus, i (m) amigo; meus, a, um meu; magnus, a, um grande; sum, es, esse ser]

    numrus funo: caso: amicrum merum funo: caso: magnus funo: caso:

    5. Vir stultus non amat sapientiam. [O homem insensato no ama a sabedoria.] [uir, uiri (m) homem; stultus, a, um insensato; non no; am, s, re (1) amar; sapientia, ae (f) sabedoria]

    uir stultus funo: caso: sapientiam funo: caso:

    6. Ira femnae potest esse magna. [A ira da mulher pode ser grande.] [ra, ae (f) ira; femna, ae (f) mulher; possum, potes, posse poder; sum, es, esse ser; magnus, a, um grande] ra funo: caso: femnae funo: caso: magna funo: caso:

    7. Augustus, dux Romae, Horatium amcum suum habet. [Augusto, governante de Roma, considera Horcio seu amigo.] [Augustus, i (m) Augusto; dux, ducis (m) governante; Roma, ae (f) Roma; Horatius, i (m) Horcio; amcus, i (m) amigo; suus, a, um seu; habe, s, re (2) considerar]

    Augustus funo: caso: Horatium funo: caso: amcum suum funo: caso:

  • 21

    8. Pecnia puellae parua est. [O dinheiro da jovem pouco.] [pecunia, ae (f) dinheiro; puella, ae (f) jovem; paruus, a, um pouco; sum, es, esse ser]

    pecnia funo: caso: puellae funo: caso: parua funo: caso:

    9. Bona fmna poetis pecniam dat. [A boa mulher d dinheiro aos poetas.] [bonus, a, um bom; femna, ae (f) mulher; poeta, ae (m) poeta; pecnia, ae (f) dinheiro; d, s, re (1) dar]

    bona femna funo: caso: poetis funo: caso: pecniam funo: caso:

    10. Brasilia patria nostra est. [O Brasil nossa ptria.] [Brasilia, ae (f) Brasil; patria, ae (f) ptria; noster, nostra, nostrum nosso; sum, es, esse ser]

    Brasilia funo: caso: patria nostra funo: caso:

    11. Habitmus pulchram terram, ubi natra splendda est, semper fecunda. [Habitamos uma bela terra, onde a natureza esplndida, sempre fecunda.] [habt, s, re (1) habitar; pulcher, pulchra, pulchrum belo; terra, ae (f) terra; ubi onde; natra, ae (f) natureza; splenddus, a, um esplndido; sum, es, esse ser; semper sempre; fecundus, a, um fecundo]

    pulchram terram funo: caso: natra funo: caso: splendda funo: caso: fecunda funo: caso:

    12. Brasiliae agriclae terram amant. [Os agricultores do Brasil amam a terra.] [Brasilia, ae (f) Brasil; agricla, ae (m) agricultor; terra, ae (f) terra; am, s, re (1) amar]

    Brasiliae funo: caso: agriclae funo: caso: terram funo: caso:

    13. Est in Brasili magnus numrus uirrum sine terrs. [H no Brasil um grande nmero de homens sem terras.] [sum, es, esse existir, haver; in (prep. + abl.) em; magnus, a, um grande; numrus, i (m) nmero; uir, uiri (m) homem; sine (prep. + abl.) sem; terra, ae (f) terra]

    in Brasili funo: caso: magnus numrus funo: caso: uirrum funo : caso: sine terrs funo: caso:

    14. Multi laudant patriam nostram, quia natra et ora sunt pulchrae. [Muitos louvam nossa ptria, porque a natureza e a praia so belas.] [multus, a, um muito; laudo, as, are (1) louvar; patria, ae (f) ptria; noster, nostra, nostrum nosso; quia porque; et e; ora, ae (f) praia; sum, es, esse ser; pulcher, pulchra, pulchrum belo]

    multi funo: caso: patriam nostram funo: caso: natra et ora funo: caso: pulchrae funo: caso:

    Traduzir: 1. Debs monre m. [debe, s, re (2) dever; mone, s, re (2) aconselhar; m (ac.) me] 2. Debtis serure m. [debe, s, re (2) dever; seru, s, re (1) guardar; m (ac.) me] 3. Nihil uide. Quid uids? [nihil nada; uide, s, re (2) ver; quid? qu?] 4. Vitam sine pecni non amtis. [uta, ae (f) vida; sine (prep. + abl.) sem; pecnia, ae (f) dinheiro; non no;

    am, s, re (1) amar] 5. Iram puellrum laudre non debs. [ra, ae (f) ira; puella, ae (f) jovem; laud, s, re (1) louvar; non no;

    debe, s, re (2) dever] 6. Quid est uita sine philosoph? [quid? qu? ; sum, es, esse ser; uita, ae (f) vida; sine (prep. + abl.) sem; philosopha,

    ae (f) filosofia] 7. Multi pueri puells amant. [multus, a, um muito; puer, pueri (m) jovem; puella, ae (f) jovem; am, s, re (1)

    amar]

  • 22

    8. Fili me nihil datis. [filius, i (m) filho; meus, a, um meu; nihil nada; d, s, re (1) dar] 9. Amcum filii mei uids. [amcus, i (m) amigo; filius, i (m) filho; meus, a, um meu; uide, s, re (2) ver] 10. Vita paucis uiris famam dat. [uta, ae (f) vida; paucus, a, um pouco; uir, uiri (m) homem; fama, ae (f) fama ,

    d, s, re dar] 11. M in numro amicrum turum habs. [m (ac.) me; in (prep. + abl.) em; amcus, i (m) amigo; tuus, a, um

    teu; habe, s, re (2) considerar; numrus, i (m) rol] 12. Viri magni paucs amcs saepe habent. [uir, uiri (m) homem; magnus, a, um grande; paucus, a, um pouco;

    amcus, i (m) amigo; saepe freqentemente; habe, s, re (2) ter] 13. Sapientiam magnrum uirrum non semper uidmus. [sapientia, ae (f) sabedoria; magnus, a, um grande; uir,

    uiri (m) homem; non no; semper sempre; uide, s, re (2) ver] 14. In magn pericl smus. [in (prep. + abl. ) em; magnus, a, um grande; periclum, i (n) perigo; sum, es, esse

    estar] 15. Vta non est sine mults pericls. [uta, ae (f) vida; non no; sum, es, esse existir, haver; sine (prep. + abl.)

    sem; multus, a, um muito; periclum, i (n) perigo] 16. Stultus uir pericla belli laudat. [stultus, a, um insensato; uir, uiri (m) homem; periculum, i (n) perigo; bellum,

    i (n) guerra; laud, s, re (1) louvar] 17. Vri amci sunt pauci. [urus, a, um verdadeiro; amcus, i (m) amigo; sum, es, esse ser; paucus, a, um pouco] 18. Pecuniam habtis? Non habmus. [pecnia, ae (f) dinheiro; habe, s, re (2) ter; non no] 19. Pecuniam habs? Non habe. [pecnia, ae (f) dinheiro; habe, s, re (2) ter] 20. Patria poetae est insla. [patria, ae (f) ptria; poeta, ae (m) poeta; sum, es, esse ser; insla, ae (f) ilha]

  • 23

    Segunda Lio

    O imperativo presente ativo, o futuro imperfeito do indicativo da primeira e segunda conjugaes; a terceira declinao; os adjetivos de segunda classe.

    F11 Secrt amcs admn; laud palam. (Publlio Siro) Adverte os amigos em particular; louva-os em pblico.

    [secrt (adv.) secretamente, em particular; amcus, i (m) amigo; admone, s, re (2) advertir; laud, s, re (1) louvar; palam (adv.) em pblico]

    F12 Sanam frmam uitae tent. (Sneca) Tende uma forma sadia de vida. [sanus, a, um sadio; frma, ae (f) forma; uita, ae (f) vida; tene, s, re (2) ter] F13 Remedium rae est mra. (Sneca) O remdio da ira a demora. [remediumi (n) remdio; ra, ae (f) ira; sum, es, esse (irr.) ser; mra, ae (f) demora] F14 Da mi mult basi. (Catulo) D-me muitos beijos. [d, s, re (1) dar; mi (dat. do pron. pess.) a mim; multus, a, um muito; basium, i (n) beijo] F15 Praeclr sunt rar. (Ccero) As coisas notveis so raras. [praeclrus, a, um notvel; sum, es, esse ser; rarus, a, um raro] F16 Semper glri et fm tu manbunt. (Verglio) A tua glria e fama sempre permanecero.

    [semper (adv.) sempre; glria, ae (f) glria; et (conj.) e; fma, ae (f) fama; tuus, a, um teu; mane, s, re (2) permanecer]

    F17 Si quand satis pecuniae habb, tum m philosophiae dab. (Sneca) Se um dia eu tiver bastante dinheiro, ento me dedicarei filosofia.

    [si (conj.) se; satis (adv.) bastante; pecnia, ae (f) dinheiro; habe, s, re (2) ter; tum ento; m (ac. do pron. pess.) me; philosopha, ae (f) filosofia; d, s, re (1) dedicar]

    F18 Propter adulescentiam, filii mei, mal uitae non uidtis. (Terncio) Por causa de vossa juventude, meus filhos, no vedes os males da vida.

    [propter (prep. + ac.) por causa de; adulescentia, ae (f) juventude; filius, i (m) filho; meus, a, um meu;mlum, i (n) mal; uita, ae (f) vida; non (adv.) no; uide, s, re (2) ver]

    F19 Vbi lgs ualent, ibi ppls potest ualre. (Publlio Siro) Onde as leis so fortes, ali o povo pode ser forte.

    [ubi onde; lex (lecs), legis (f) lei; uale, s, re (2) ser forte; ibi ali; pplus, i (m) povo; possum, potes, posse poder]

    F20 Mal sunt in nostr numr et d exiti bnrum uirrum cogtant. Bons adiuute; conserute

    pplm Romnum. (Ccero) Os maus esto em nosso meio e planejam sobre a destruio dos homens de bem. Ajudai os bons;

    preservai o povo romano. [mlus, a, um mau; sum, es, esse estar; in (prep. + abl.) em; noster, nostra, nostrum nosso; numrus, i (m) meio; et e; de (prep. + abl. ) sobre; exitium, i (n) destruio; bonus, a, um bom; uir, uiri (m) homem; cogt, s, re (1) planejar; adiu, s, re (1) ajudar; conseru, s, re (1) preservar; pplus, i (m) povo; Romnus, a, um romano]

    Publlio Siro Publilius Syrus (1o sc. a.C.) Catulo C. Valerius Catullus ( c. 84c.54 a.C.) Informaes gramaticais

  • 24

    A. Imperativo presente:

    Zero () a marca da segunda pessoa do singular, te, a da segunda pessoa do plural:

    am ama / amte amai uid v / uidte vede

    Futuro imperfeito do indicativo ativo na voz ativa da primeira e segunda conjugaes:

    amb ambimus uidb uidbimus ambis ambitis uidbis uidbitis ambit ambunt uidbit uidbunt

    O sufixo modotemporal b para a primeira pessoa do singular, bu para a terceira pessoal do plural e bi para as demais pessoas. [b/ bi/bu]

    O verbo sse tem formao prpria para o futuro:

    r rimus ris ritis rit runt

    O radical es mudou par er, devido regra do rotacismo, i.e., o s, em posio intervoclica muda para r : *eso ero, *esis eris etc. B. Nomes da terceira declinao.

    A terminao do genitivo singular is. Admite essa declinao trs gneros: masculino, feminino e neutro. uma declinao onde ocorrem mudanas significativas no tema do nominativo.

    Conforme se anunciou na primeira lio, para a obteno do tema de um nome em latim, basta isolar a terminao do genitivo plural. Assim que se obtm o tema *terra a partir de terra-rum, *domno a partir de domino-rum.

    A desinncia do genitivo plural da terceira declinao um, tanto para os temas terminados em consoante, os consonnticos, quanto para os que terminam em i, os sonnticos.

    Paradigma dos temas consonnticos no-neutros : consul, is [cnsul]; dos temas sonnticos no-neutros: ciuis, is [cidado]; dos temas consonnticos neutros: sids, ris [astro];

    dos temas sonnticos neutros: mar, is [mar]. consonntico no-neutro sonntico no-neutro

    singular plural singular plural nom consl consls cius cius gen consls conslm cius ciuim dat consl conslbus ciu ciubus ac conslm consls cium cius (s) abl consl conslbus ciu ciubus voc consl consls cius cius

  • 25

    consonntico neutro sonntico neutro singular plural singular plural nom sids sidr mar mari gen sidrs sidrm mars marim dat sidr sidrbus mar maribus ac sids sidr mar mari abl sidr sidrbus mar maribus voc sids sidr mar mari

    terminaes:

    masculino & feminino neutro singular plural singular plural

    nom s/ s gen s m s m dat bus bus ac m s (s) abl () bus () bus voc s/ s

    C. Adjetivos de segunda classe.

    Os adjetivos que se servem das desinncias casuais da terceira declinao so chamados de segunda classe. Dividem-se em triformes, biformes e uniformes.

    So triformes os que, no nominativo singular, tm uma forma para o masculino acer , outra para o feminino acrs e outra para o neutro acr [acer (m), acris (f), acre (n) agudo];

    biformes, os que tm uma forma para o masculino e feminino forts e outra para o neutro fort [fortis (m&f), forte (n) corajoso];

    uniformes, os que tm apenas uma forma para o masculino, o feminino e o neutro prudns [prudens (m, f, n) prudente, sbio].

    masculino feminino neutro singular plural singular plural singular plural

    nom acer acrs acrs acrs acr acri gen acrs acrim acrs acrim acrs acrim dat acr acrbus acr acrbus acr acrbus ac acrm acrs (s) acrm acrs (s) acr acri abl acr acrbus acr acrbus acr acrbus voc acer acrs acrs acrs acr acri

    masculino & feminino neutro singular plural singular plural

    nom forts forts fort forti gen forts fortm forts fortim dat fort fortbus fort fortbus ac fortm forts (s) fort forti abl fort fortbus fort fortbus voc forts forts fort forti

    masculino & feminino neutro singular plural singular plural

    nom prudns prudnts prudns prudnti gen prudnts prudntum prudnts prudntim dat prudnt prudntbus prudnt prudntbus ac prudntm prudnts (s) prudns prudnti abl prudnt () prudntbus prudnt () prudntbus voc prudns prudnts prudns prudnti

  • 26

    Comentrios morfo-fonolgicos: H, no latim clssico, uma estreita correspondncia entre letra e fonema, i.e., a cada letra corresponde um fonema. A letra x, no entanto, tem sempre o valor dos fonemas k e s. Na palavra dux, ducis [chefe], por exemplo, o x encobre a realidade do radical *duk e a da terminao do nominativo singular s, ou seja, /duks/.

    Na terceira declinao, nos nomes masculinos e femininos, a marca do nominativo singular

    s ou sua ausncia, notada zero (). Quando o s se liga ao tema de uma palavra, pode haver acomodaes fonticas.

    Examinese, por exemplo, uma palavra como lex, legis /leks, legis/, cujo tema /leg/. Acrescentandose a desinncia s, o nominativo seria *legs. Ocorre, porm, que, por ser uma consoante surda, o s ensurdece o g, que uma consoante sonora, fazendo que ele mude para k sua homorgnica surda: /*legs/ /leks/ lex. uma assimilao parcial, quanto sonoridade. Pode, no entanto, essa assimilao ser total, quando o tema termina em t, como o caso de dos, dotis: *dots doss dos, onde houve a assimilao do t ao s e, posteriormente, uma simplificao das consoantes geminadas em posio final de palavra em outra posio no h essa simplificao, como se pode ver em possum, de *potsum.

    Quando o tema termina em uma consoante sonora, primeiro se aplica a regra do ensurdecimento, havendo, pois, um ordenamento na aplicao das regras, que, para efeitos de melhor visualizao, se formaliza a seguir:

    a. c. son. c. su. / c su que se l: uma consoante sonora muda para consoante surda, antes de consoante surda. b. t s / s o t muda para s, antes de s. O d, pois, de *lapid, que uma consoante sonora, primeiro muda para t, conforme a regra (a)

    acima mencionada, e s depois que ocorre a assimilao do t pelo s: *lapids *lapits (assimilao parcial, quanto sonoridade) *lapiss (assimilao total

    do t ao s) lapis (simplificao das geminadas, em final de palavra). Nas palavras sonnticas sincopadas, primeiro ocorre a queda da vogal para, depois, poder

    aplicarse a regra de assimilao:

    em *fontis, por exemplo, dse, primeiramente, a sncope do i e s depois a assimilo do t ao s : *fontis *fonts (sncope do i) *fonss (assimilo do t ao s) fons (simplificao das geminadas).

  • 27

    Leitura 8 Miser Catulle, desns ineptre, et quod uids perisse perdtum ducs. Fulsre quondam canddi tibi sls, cum uentitbs qu puella ducbat amta nbis quantum ambbtur nulla. Ibi illa multa tam iocsa fibant, quae tu uolbas nec puella nolbat. Fulsre ur canddi tibi sls. Nunc iam illa non uolt; tu quoque,inptens nli, nec quae fugit sectre, nec miser uiue, sed obstinta mente perfer, obdra. Vale, puella, iam Catullus obdrat, nec te requret nec rogbit inutam; at tu dolbis, cum rogabris nulla. Scelesta, uae t; quae tibi manet uta! Quis nunc te adbit? Cui uidbris bella? Quem nunc ambis? Cuius esse dicris? Quem basibis? Cui labella mordbis? At tu, Catulle, destintus obdra. (Catulo)

    Infeliz Catulo, deixa de loucura, e o que pereceu considera perdido. Outrora brilharamte dourados sis quando ias aonde levava a menina amada por ns como ningum ser; l muitos deleites havia que bem querias tu e ela no queria mal. certo, brilharamte dourados sis Agora ela no quer; tu, louco, no queiras nem busques quem foge nem vivas aflito, porm duramente suporta, resiste. Vai, menina, adeus, Catulo j resiste, no vai te implorar nem fora exigirte mas quando ningum te quiser vais sofrer. Ai de ti, maldita, que vida te resta? Pois quem vai te ver? Pra quem te enfeitarias? E quem vais amar? De quem dirs que s? Quem hs de beijar? Que lbios vais morder? Mas tu, Catulo, resoluto, resiste. (Trad. de Joo Angelo Oliva Neto)

    Novas formas de interrogar: 1. Qumd? (abl.sg.) Como? Resp.: Adj. Adverbial 2. Cui (dat. sg.) A quem? Resp.: Dativo singular. 3. Quibus? (dat. pl. ) Plural de cui. Resp.: Dativo plural. 4. Cuius rei? ( gen. sg.) De que coisa? Resp.: Genitivo singular. 5. Qurum rrum?) (gen.pl.) De que coisas? Resp.: Genitivo plural. 6. Qu in loc? ( abl. sg.) Em que lugar? Vbi? Onde? Resp.: Adj. Adverbial Responder, em latim, s perguntas: F11. Secrt amcs admn; laud palam. [adverte os amigos em particular; louva-os em pblico] a. Quomd amcs debs admonre? Ego amicos admonere

    b. Qus scrt debs admonre?

    c. Qus palam debtis admonre? Nos palam non debemus

    . d. Amcs possum palam admonre? Tu

    F12. Sanam frmam uitae tent. [guardai uma forma sadia de vida] a. Quam rem tenre debs? Ego

    . b. Est bonum sanam frmam uitae tenre?

    c. Cuius rei sanam frmam tenre debmus? Vos

    d. Debe sanam frmam uitae tenre? Tu

    .

  • 28

    e. Habet uir sanus sanam uitam?

    F13. Remedium rae est mra. [o remdio da ira a demora] a. Cuius rei remedium est

    mora?. b. Est remedium irae

    mora? F14. Da mi multa basia. [d-me muitos beijos] a. Qus rs t mi das? Ego tibi

    b. Qus rs us nbis datis? Ns ubis

    c. Qus rs puella Catull dat? Puella

    . d. Cui tu multa basia das? .ego

    . e. Quibus us multa basia datis? .nos

    f. Cui puella multa basia dat?. puella

    F15. Praeclra sunt rara. [as coisas notveis so raras] a. Quae rs sunt rarae?

    .. b. Sunt rarae praeclrae

    res? F16. Semper glria et fma tua manbunt. [a tua glria e fama sempre permanecero] a. Quotiens glria et fama tua

    manbunt?. b. Quae rs semper

    manbunt? c. Manbit semper fama tua? Fama mea

    . d. Manbit semper gloria uestra? Gloria nostra

    e. Qus rs tu semper habbis? Ego

    f. Est glria rs

    bona?

    F17. Si quando satis pecniae habb, tum me philosophae dab. [se um dia eu tiver bastante dinheiro, ento me dedicarei filosofia] a. Habet nunc philosphus multam

    pecniam?. b. Cui rei m dab si pecniam habb? t

    . c. Est philosopha rs

    bona?.. d. Est pecnia rs

    bona?.. F18. Propter adulescentiam, filii mei, mala uitae non uidtis. [por causa da vossa juventude, meus filhos, no vedes os males da vida]

  • 29

    a. Qus rs adulescents non uident?..

    b. Vids tu mala uitae? Ego .

    c. Vident pueri mala uitae? Pueri .

    d. Cuius rei mala non uident adulescentes?..

    e. Est uita rs bona?

    F19. Vbi legs ualent, ibi pplus ptest ualre.[onde as leis so fortes, ali o povo pode pode ser forte] a. Est pplus ualdus ubi legs sunt

    ualdae? b. Valet pplus ubi legs non

    ualent?. c. Tu potes ualre? Ego

    .. d. Sunt leges rs

    bonae?

    e. Debmus nos semper esse ualdi? Vs .

    f. Quis potest ualre?

    g. Quae rs semper debent esse?

    F20. Mali sunt in nostr numr et d exiti bonrum uirrum cogtant. Bons adiuute; conserute pplum Romnum. [os maus esto em nosso meio e planejam [sobre] a destruio dos homens de bem. Ajudai os bons; preservai o povo romano] a. Qui d exiti bonrum uirrum

    cogtant? b. Qurum de exiti mali

    cogtant?... c. Qus debmus adiuure? Vs

    . d. Quem conserure debmus? us

    . e. Tu adiuus amcum tuum? Ego

    . f. Vs adiuutis amcos uestros? Ns

    . Novas frases: 1. Hom locum rnat, non homnem locus. [o homem enfeita o lugar, no o lugar o homem] a. Quem locus non

    rnat?. b. Quis locum

    ornat?

    c. Quam rem homo ornat?

    2. Sub omn lapd scorpi dormit. [sob toda pedra dorme um escorpio]

  • 30

    a. Quo in loco scorpi dormit?

    b. Vbi scorpi dormit?.

    3. Nobiltat stultum uestis honest uirum. [a roupa elegante enobrece o homem tolo] a. Quem uestis honesta

    nobiltat?. b. Quae res stultum uirum

    nobiltat?.. . 4. Habet suum uennum bland orti. [tem seu veneno a fala macia] a. Quae res habet

    uennum? b. Quam rem blanda orati

    habet?.. c. Quo in loc est uennum? In

    .. d. Mns san in corpre san. [uma mente sadia num corpo sadio] a. Quae rs in corpore san

    est? b. Quo in loc est mns

    sana?. c. Habet corpus sanum mentem

    sanam?. d. Quam rem habet corpus

    sanum?. e. Est mns sana rs

    bona? 5. Mors lup agns uit. [a morte do lobo vida para os cordeiros] a. Cuius mors est uita

    agns?.. b. Quibus mors lupi est

    uita?.. c. Est mors lupi rs

    bona?. d. Est mors agni res

    bona?. 6. Prudns cum cur uiuit, stultus sine cur. [o prudente vive com cuidado, o insensato sem cuidado] a. Quis sine cur

    uiuit?

    b. Quis cum cur uiuit?

    c. Quomdo uiuit prudns?..

    d. Quomdo uiuit stultus?.

    e. Viuit stultus cum cur?..

    f. Viuit prudns sine cur?

  • 31

    Trabalho Na F11 secrt amcs admn [adverte os amigos em particular], a forma verbal admn est no modo , na . pessoa, do . Seu plural :

    A marca da segunda pessoa do singular do modo imperativo zero () e a da segunda pessoa do plural te.

    Observe que a formao do imperativo em portugus tem caractersticas semelhantes s do latim. Em portugus, exceo do verbo ser, o imperativo se forma a partir da segunda pessoa do singular e do plural, respectivamente, com a supresso da letra s. Examinese, por exemplo o verbo ver: a segunda pessoa do singular do presente do indicativo (tu) vs e a da segunda pessoa do plural vedes; com a supresso do s, obtmse as formas v (tu) e vede (vs).

    Numa frase como man nobiscum, Domne [fica conosco, Senhor], a forma man est no modo ., na pessoa, do

    O plural do verbo manre [ficar, permanecer] : . Permanecei aqui, dizse, portanto, em latim hic.

    Na F12 sanam frmam uitae tent [tende uma forma sadia de vida], tenete est no modo , na pessoa do .

    Tenre um verbo da conjugao.

    J laudre [louvar], cogitre [pensar], adiuure [ajudar], conserure [conservar], dre [dar] so verbos da conjugao.

    O imperativo singular e plural desses verbos :

    ... / . [louva / louvai]

    / [pensa / pensai]

    ... / [ajuda / ajudai]

    ./ [conserva / conservai]

    . / .. [d / dai]

    Na F16 semper glria et fma tua manbunt [a tua glria e fama sempre permanecero], a forma verbal manebunt est no futuro imperfeito do indicativo, . pessoa do

    O tema desse verbo ., bu o e nt a

    Nas outras pessoas, sua conjugao : ego .tu ille ..nos .uos .

    Eu te ajudarei dizse em latim ego te adiuubo tu me ajudars: tu me ele te ajudar: ille te ns te ajudaremos: nos te .. vs nos ajudareis: uos nos eles me ajudaro: illi me Eu te darei muitos beijos se diz em latim ego tibi multa basia tu me dars muitos beijos tu mihi multa basia ..

    A frase de Juvenal mens sana in corpore sano [uma mente sadia num corpo sadio] contm dois substantivos de terceira declinao mns e corpus. Mens est no caso . Corpre est no caso

    O adjetivo sana, feminino de sanus, indica que o gnero de mns feminino, j que entre o substantivo e o adjetivo tem de haver concordncia de gnero, nmero e caso.

    O acusativo singular de mns sana :..

  • 32

    O substantivo corpus neutro de terceira declinao. Seu nominativo corpus sanum.

    As terminaes dos substantivos de terceira declinao dos nomes noneutros (masculinos e femininos) so:

    s/ no nominativo, is no genitivo, no dativo, em no acusativo, e no ablativo; a desinncia do vocativo a mesma da do nominativo.

    O plural dos nomes de terceira declinao tem as seguintes desinncias:

    s, nom. pl.; m, gen. pl.; bus, dat. pl.; s, ac. pl.;bus, abl. pl.; o vocativo tem a mesma terminao do nominativo.

    Essas desinncias se acrescentam ao tema do nome, que nem sempre o do nominativo. Para declinar, por exemplo, uma palavra como hom, h necessidade de se saber seu tema. O dicionrio d essa informao. No vocabulrio, que aparece no corpo e no final de cada lio, essa informao tambm fornecida, i.e., de cada substantivo dse a informao de seu nominativo e genitivo; o genitivo de hom homnis. Para se dar seqncia sua declinao, basta acrescentar ao tema homin as terminaes casuais.

    O dativo de hom ser, pois, , o acusativo , o ablativo O nominativo plural ser , o gen. pl. , o dat. pl. , o ac. pl. ., o abl. pl. .

    regi, nis (f), i.e., regi, nom., reginis, gen.., se declina nos outros casos:

    dat.sg. , ac. sg. , abl. sg. .nom. pl. , gen. pl. , dat. pl. ., ac. pl. , abl. pl.

    ciuits, ciuittis [cidade, estado] declinase

    no dat.sg , ac. sg. , abl.sg. , nom.pl. , gen..pl., dat.pl. , ac. pl. , abl. pl.

    A terceira declinao tem, como j se viu, substantivos neutros, que tm as mesmas desinncias no nominativo, acusativo e vocativo, no singular e no plural. Nos outros casos genitivo, dativo e ablativo, tanto no singular quanto no plural , as terminaes so as mesmas dos substantivos noneutros. Se, pois, corpus o nominativo, tambm ser assim escrito no acusativo e no vocativo. Termina em a o plural dos neutros desses trs casos. A declinao de tempus, tempris (n) [tempo] nos casos abaixo ser, pois, . (dat.sg.); (ac.sg.); (abl.sg.). No plural: (nom.); (gen.); (dat.); (abl.).

    Indique o caso e o nmero das terminaes da terceira declinao:

    s; bus; ; m; m; ; ; s

    Decline no singular e plural os seguintes sintagmas: magnum tempus [magnus, a, um = grande/ tempus, ris (n) = tempo]; magna uirts [magnus, a, um (cf.)/ uirtus, uirttis (f) = coragem, virtude]; magnus rex [magnus, a, um (cf.) / rex, regis (m)]; magnus amor [magnus, a, um (cf.) / amor, amris (m) = amor]

    sg. pl. sg. pl. nom. magnum tempus magna uirtus gen. dat. ac. abl. voc.

  • 33

    sg. pl. sg. pl. nom. magnus rex magnus amor gen. dat. ac. abl. voc. Diga o caso, o gnero e o nmero em que esto os sintagmas abaixo: [labor, ris (m) trabalho, sofrimento; multus, a, um muito] labre multolabri multo.labris multi .labres multi [pax, pacis (f) paz; perpetuus, a, um perptuo] pacis perpetuae .pace perpetua . paci perpetuae . [ciuitas, atis (f) cidade; paruus, a, um pequeno]

  • 34

    ciuittum parurum.. ciuittem paruam .ciuittes paruas...ciuittes paruae .ciuitte parua .. [tempus, ris (n) tempo; malus, a, um mau] tempra mala tempus malum . tempri malo temprum malrum . tempris mali . [ms, mris (m) costume; tuus, a, um teu ] mri tuo . mre tuo . mris tui . mres tui . mres tuos . mrum turum . Traduzir as frases; dizer o caso em que esto as palavras sublinhadas: 1. Meum tempus tio est paruum.

    [meus, a, um meu; tempus, ris (n) tempo; tium, i (n) descanso; sum, es, esse ser ; paruus, a, um pequeno] 2. Virts tua est magna.

    [uirts, uirttis (f) coragem, virtude; tuus, a, um teu; sum, es, esse ser; magnus, a, um grande] 3. Virttes homnum multrum sunt magnae.

    [uirts, tis (f) virtude, coragem; hom, homnis (m) homem; multus, a, um muito; sum, es, esse ser; magnus, a, um grande] 4. Homns mults in ciuitte magn uidre possmus.

    [hom, nis homem; multus, a, um muito; ciuits, tis (f) cidade; magnus, a, um grande; uide, s, re ver; pssum, ptes, psse poder]

    5. Magnum amrem pecuniae in multis hominbus uidmus.

    [magnus, a, um grande; amor, ris (m) amor; pecunia, ae (f) dinheiro; in (prep. + abl.) em; multus, a, um muito; hom, nis (m) homem; uide, s, re ver]

    6. Ciuits nostra pacem hominbus multis dabit.

    [ciuits, tis (f) cidade; noster, nostra, nostrum nosso; pax, pacis (f) paz; hom, nis (m) homem; multus, a, um muito; d, ds, dre (dar)]

    7. Pax potest esse perpetua.

    [pax, pacis (f) paz; possum, potes, posse poder; perpetuus, a, um perptuo] 8. Sine bon pace ciuitts temprum nostrrum non ualbunt.

    [sine (prep. + abl.) sem; bonus, a, um bom; pax, pacis (f) paz; ciuits, tis (f) cidade; tempus, ris (n) tempo; noster, nostra, nostrum nosso; non no; uale, s, re ser forte]

    9. Post multa bella tempra sunt mala.

    [post (prep. + ac.) depois de; multus, a, um muito; bellum, i (n) guerra; tempus, ris (n) (cf. supra); malus, a, um mau.] 10. Sine magn labre hom nihil habbit. [sine (prep. + abl.) sem; magnus, a, um grande; labor, ris (m) esforo; hom, nis (m) homem; nihil nada; habe, s, re ter] 11. Amor patriae in ciuitte nostr ualet.

    [amor, ris (m) amor; patria, ae (f) ptria; in (prep. + abl.) em; ciuits, tis (f) cidade; noster, nostra, nostrum nosso; uale, s, re (2) ser forte].

    Traduzir: 1. Astr regunt homns, sed regit astr Dus. (Annimo).

  • 35

    [astrum, i (n) astro; reg, is, re (3) reger; hom, nis (m) homem; sed mas; Deus, dei Deus]

    2. Hom locum rnat, non homnem locus. (Prov. Medieval) [hom, nis (m) homem; locus, i (m) lugar; rn, s, re (1) enfeitar; non no]

    3. Sub omn lapd scorpi dormit. (Annimo) [sub (prep. + abl.) sob; omnis, e todo; lapis, dis (m) pedra; scorpi, nis (m) escorpio; dormi, s, re (4) dormir]

    4. Religi des colit, superstiti uilat. (Annimo) [religi, nis (f) religio; deus, dei (m) deus; col, is, re (3) venerar; superstiti, nis (f) superstio; uiol, s, re (1) ultrajar]

    5. Nobiltat stultum uestis honest uirum. (Prov. Medieval) [nobilt, s, re (1) enobrecer; stultus, a, um tolo; uestis, is (f) roupa; honestus, a, um elegante; uir, uiri (m) homem]

    6. Habet suum uennum bland orti. (Publlio Siro) [habe, s, re (2) ter; uennum, i (n) veneno; blandus, a, um macio; orati, nis (f) fala]

    7. Non semper aurem faclem habet felicts. (Publlio Siro) [non nem; semper sempre; auris, is (f) ouvido; faclis, e atento, fcil; habe, s, re (2) ter; felicts, tis (f) prosperidade; felicidade]

    8. Mns san in corpr san. (Juvenal)

    [mns, mntis (f) mente; sanus, a, um sadio; in (prep. + abl.) em; corpus, ris (n) corpo]

    9. Nem sine uiti est. (Plnio, o Velho) [nem ningum; sine (prep. + abl.) sem; uitium, i (n) defeito; sum, es, esse ser]

    10. Necessts non habet lgem. (So Bernardo)

    [necessits, tis (f) necessidade; non no; habe, s, re (2) ter ; lex, legis (f) lei] 11. Mors lup agns uita. (Annimo)

    [mors, mortis (f) morte; lupus, i (m) lobo; agnus, i (m) cordeiro; uita, ae (f) vida]

    12. Vit breuis est. (Salstio) [uita, ae (f) vida; breuis, e breve; sum, es, esse ser]

    13. Omnis ars natrae imitti est. (Sneca) [omnis, e todo; ars, artis (f) arte; natra, ae (f) natureza; imitati, nis (f) imitao; sum, es, esse ser]

    14. Lupus lupum cognscit. (Annimo)

    [lupus, i (m) lobo; cognsc, is, re (3) conhecer] 15. Prudns cum cur uiuit, stultus sine cur. (Prov. Medieval)

    [prudns, ntis prudente; cum (prep. + abl. ) com; cura, ae (f) cuidado; uiu, is, re (3) viver; stultus, a, um insensato; sine (prep. + abl. ) sem]

    16. Verts numquam perit. (Sneca)

    [uerits, tis (f) verdade; numquam (adv.) nunca; pere, s, re (4) perecer]

    Desinncias casuais dos substantivos e dos adjetivos 1. Desinncias dos substantivos masculinos e femininos da primeira declinao, bem como dos adjetivos

    femininos: sg. pl. Observe: a nom.sg. is dat.pl. nom. ae voc. sg. abl. pl. gen. ae rum dat. ae s ae: dat.sg.; gen.sg.; nom.pl.; voc. pl. ac. am s abl. s voc. ae

  • 36

    2. Desinncias dos substantivos masculinos e femininos da segunda declinao, bem como dos adjetivos masculinos:

    sg. pl. Observe: dat.sg. s dat.pl. nom. s abl. sg. abl. pl. gen. rum dat. s gen. sg. ac. m s nom. pl. abl. s voc. pl. voc. 3. Desinncias dos substantivos neutros da segunda declinao, bem como dos adjetivos neutros: sg. pl. nom. m Observe m nom. sg. s dat. pl. gen. rum ac. sg. abl. pl. dat. s voc. sg. ac. m abl. s dat. sg. nom. pl. voc. m abl. sg. ac. pl. voc. pl. 4. Desinncias dos substantivos masculinos e femininos da terceira declinao, bem como dos adjetivos

    masculinos e femininos: sg. pl. Observe: s/ nom. sg. bus dat. pl. voc. sg. abl. pl. nom. s/ s gen. s m s nom. pl. dat. bus ac. pl. ac. m s abl. / bus voc. s/ s 5. Desinncias dos substantivos neutros da terceira declinao, bem como dos adjetivos neutros: sg. pl. nom. a Observe: nom. sg. bus dat. pl. gen. s m ac. sg. abl. pl. dat. bus voc. sg. ac. a abl. / bus nom. pl. voc. a ac. pl. voc. pl. 6. Desinncias dos substantivos masculinos e femininos da quarta declinao: sg. pl. nom. s s Observe: us nom. sg. bus dat. pl. gen. s um voc. sg. abl. pl. dat. u bus ac. m s s gen. sg. abl. bus nom. pl. voc. s s ac. pl. voc. pl.

  • 37

    7. Desinncias dos substantivos neutros da quarta declinao: sg. pl. nom. u Observe: nom. sg. bus dat. pl. gen. s um ac. sg. abl. pl. dat. u bus voc. sg. ac. a abl. sg. abl. bus voc. u u nom. pl. ac. pl. voc. pl. 8 Desinncias dos substantivos masculinos e femininos da quinta declinao: sg. pl. Observe s nom. sg. bus dat. pl. voc. sg. abl. pl. nom. s s nom. pl. gen. e rum ac. pl. dat. e bus voc. pl. ac. s s abl. bus voc. s s

  • 38

  • 39

    Terceira Lio

    A terceira e quarta conjugaes: o infinitivo presente ativo; o presente do indicativo ativo; o futuro imperfeito do indicativo ativo; o imperativo presente ativo; a quinta declinao; pronomes pessoais. O verbo irregular uelle

    F21 Dulc est despre in loc. (Horcio) agradvel perder o juzo no momento certo. [dulcis, e agradvel; desp, is, re (3) perder o juzo; lcus, i (m) momento certo] F22 Homns, dum docnt, discnt. (Sneca) Os homens, enquanto ensinam, aprendem. [hom, nis homem; dum (conj.) enquanto; doc, s, re (2) ensinar; disc, is, re (3) aprender] F23 Obsequim amcs, uerts dium prit. (Terncio) O favor gera amigos, a verdade, dio. [obsequium, i (n) favor; amcs, amigo; uerts-tis verdade; dium, (n) dio; pari, is, re (3) gerar] F24 Carp dim. (Horcio) Aproveita o momento. [carp, is, re (3) colher; aproveitar; dis, ei dia] F25 Nunc uin pellte curs. (Horcio) Afastai, agora, com o vinho, vossas preocupaes. [nunc (adv.) agora; uinum, i (n) vinho; pello, is, re (3) afastar; cura, ae (f) preocupao] F26 Carpnt tu pom nepts. (Verglio) Os descendentes colhero os teus frutos. [pomum, i (n) fruto; tuus, a, um teu; nepos, otis descendente] F27 Difficl est longm subt depnre amrem. (Catulo) difcil abandonar de repente um longo amor. [difficlis, e difcil; longus, a, um longo; subt de repente; depn, is, re (3) abandonar; amor, is amor.] F28 Si us pacm, par bellum. (Provrbio) Se queres a paz, prepara a guerra. [si (conj.) se; ul, us, ulle querer; pax, pacis (f) paz; par, s, re (1) preparar; bellum-i (n) guerra] F29 Numquam periclm sine pericl uincmus. (Publlio Siro) Nunca venceremos o perigo sem perigo. [numquam (adv.) nunca; periclum, (n) perigo; sine (prep. + abl.) sem; uinc, s, re (3) vencer] F30 Officium meum facim. (Terncio) Cumprirei o meu dever. [officium, i (n) dever; meus, a, um meu; fci, s, re (3) fazer; cumprir.] Informaes gramaticais: A. O sufixo formador do infinitivo presente da terceira e quarta conjugaes o mesmo do da primeira e

    segunda, r, na verdade s, como se pode ver em ss (ss): que houve a mudana do s intervoclico para r, fenmeno conhecido como rotacismo em latim, como j se verificou na Segunda Lio. Essa regra pode ser formalizada como se segue:

    s r / VV

    que se l: o s muda para r no contexto intervoclico. lgre (=ler), cpre (=pegar) e audre (=ouvir) serviro de paradigmas dessas duas conjugaes:

  • 40

    presente do indicativo leg legmus cap capmus aud audmus legs legtis caps captis auds audtis legt legnt capit capiunt audit audiunt

    eu leio eu pego eu ouo

    futuro imperfeito legm legmus capim capimus audim audimus legs legtis capis capitis audis auditis legt legnt capit capint audit audient

    eu lerei pegarei ouvirei Para a primeira pessoa do singular o sufixo do futuro imperfeito do indicativo e para as demais pessoas, . [ - / -]

    imperativo presente

    leg l

    cap pega

    aud ouve

    legte lede

    capte pegai

    audte ouvi

    Verbo uelle:

    presente do indicativo uol uolmus us uultis

    uult (uolt) uolunt eu quero

    futuro imperfeito uolm uolmus uols uoltis uolt uolnt

    quererei

    O presente do indicativo irregular, mas o futuro imperfeito se apresenta sem nenhuma irregularidade. Quinta declinao: rs, rei [coisa]

    singular plural nom rs rs gen re rrum dat re rbus ac rem rs abl r rbus voc rs rs

    Pronomes pessoais:

  • 41

    primeira pessoa segunda pessoa singular plural singular plural

    nom g ns t us gen mei nostri/nostrum tui uestri/uestrum dat mihi/mi nbis tibi ubis ac m ns t us abl m nbis t ubis uoc t us

    No h pronome pessoal de terceira pessoa como tal; usam-se, para tanto, os demonstrativos. H, no entanto, o reflexivo de terceira pessoa:

    singular/plural

    nom gen sui dat sibi ac s abl s voc

    Os pronomes pessoais de primeira e segunda pessoa do singular, respectivamente eg e t, com pequenas modificaes mantiveram-se em portugus eu e tu. Eles mantm uma ntida oposio formal com o acusativo m e t, o mesmo no ocorrendo com a primeira e segunda pessoa do plural nos e uos, que tambm assim se escrevem no acusativo, a saber, ns e us.

    Para se dizer em latim comigo, contigo, consigo, conosco, convosco, coloca-se a preposio cum [cum

    (prep. + abl.) com] depois dos pronomes, no caso ablativo, ou seja, m + cum mcum, t + cum tcum, s + cum scum, nbis + cum nbiscum, ubis + cum ubiscum.

    O portugus arcaico mantinha o valor dessa preposio, na verdade posposio, nas formas dos pronomes mego/migo, tego/tigo, sego/sigo, nosco, vosco. Sob o ponto de vista histrico, portanto, as formas do portugus moderno co-mi-go, con-ti-go, con-si-go, co-nos-co, con-vos-co, so redundantes, contendo duas preposies. Notas sintticas: 1. Nostrum e uestrum so usados como genitivos partitivos: Multi nostrum/uestrum Muitos de ns/de vs 2. Nostri e uestri so usados como genitivos objetivos:

    dium nostri/uestri est magnum O dio para conosco/convosco grande. 3. O predicativo do sujeito fica no gnero neutro quando o sujeito da orao um verbo no infinitivo

    (cf. F8, F21, F27): F8 Errre est humnum errar humano F21 Dulc st despre in loc agradvel perder o juzo na hora certa F27 Difficl st longum subt depnre amrem. difcil abandonar de sbito um longo amor 4. Ablativo de meio: Indica o meio com que a ao feita, e ele se aplica, o mais das vezes, a objetos ou coisas:

    F25 Nunc uin pellte curs Afastai, agora, com o vinho, vossas preocupaes. Informaes etimolgicas: Os pronomes pessoais em latim e em algumas lnguas romnicas:

  • 42

    Latim Italiano Espanhol Portugus Francs ego io yo eu je tu tu tu tu tu mihi/mi mi mim tibi ti ti me me me me me/moi te te te te te/toi nos(nom.) noi nosotros ns nous uos(nom.) voi vosotros vs vous nos(ac.) nos nos nous uos(ac.) os vos vous

    Texto 51 Ille mi par esse de uidtur, ille, si fas est, superre dius, qui sedns aduersus identdem te spectat et audit dulce ridentem, misro quod omnis erpit sensus mihi; nam simul te, Lesbia, aspxi, nihil est super mi ucis in re, lingua sed torpet, tenuis sub artus flamma demnat, sontu suopte tintnant aurs, gemna teguntur lumna nocte. tium, Catulle, tibi molestum est; tio exultas nimiumque gestis. tium et regs prius et betas perddit urbs. (Catulo)

    Ele parece-me ser par de um deus, ele, se fs dizer, supera os deuses, esse que todo atento o tempo todo contempla e ouve-te doce rir, o que pobre de mim todo sentido rouba-me, pois uma vez que ti vi, Lsbia, nada em mim sobrou de voz na boca mas torpece-me a lngua e leve os membros uma chama percorre e de seu som os ouvidos tintinam, gmea noite cega-me os olhos. O cio, Catulo, te faz tanto mal. No cio tu exultas, tu vibras demais. O cio j reis e j ricas cidades antes perdeu. (Trad. de Joo ngelo Oliva Neto)

    Safo (c. 600 a.C): Semelhante aos deuses me parece o homem que diante de ti se senta e, to doce, a tua voz escuta, ou amoroso riso que tanto agita meu corao de sbito, pois basta ver-te para que no atine com o que digo, ou a lngua se me torne inerte. Um subtil fogo me arrepia a pele, deixam de ver meus olhos, zunem-me os ouvidos, o suor inunda-me o corpo de frio, e tremendo toda, mais verde que as ervas, julgo que a morte no pode j tardar. (Traduo de Eugnio de Andrade) Novas formas de interrogar: ne? Partcula encltica cuja resposta pode ser negativa ou positiva. Trad.: Por acaso?

  • 43

    Nonne? Partcula cuja resposta s pode ser afirmativa. Trad.: Por acaso? Num? Partcula cuja resposta s pode ser negativa. Trad.: Por acaso? Quid? = Quae res? Quid? = Quam rem? Qulis, e? De que espcie? Declina-se como fortis, e. Qu auxili? Por meio de qu? Resposta no ablativo. Responder, em latim, s perguntas: F21 Dulce est despre in loc. [ agradvel perder o juzo no momento certo] a. Nonne est dulce desipre in loc?.. b. Estne dulce desipre in loc? c. Quid est dulce?. d. Quand est dulce desipre?.. F22 Homns, dum docent, discunt. [Os homens, enquanto ensinam, aprendem] a. Quando homines discunt?.. b. Discuntne doctrs? c. Qui docent?.. d. Qui discunt?. e. Suntne doctres discipuli? F23 Obsequium amcs, uerts dium parit. [O favor gera amigos, a verdade, o dio] a. Quae rs amcos parit? b. Qus obsequium parit?.. c. Quam rem uerts parit? d. Quid uerts parit?. e. Quid dium parit?.. F24 Carpe diem. [Aproveita o momento] a. Quam rem sapiens carpre debet? b. Carpisne tu diem? Ego diem .. c. Carpitisne uos diem? Nos diem d. Quid debe carpre? Tu F25 Nunc uin pellte curas. [Afastai, agora, vossas preocupaes com o vinho]

  • 44

    a. Qu auxili debe curas pellre? b. Qus rs uin debmus pellre?. c. Estne uinum rs

    bona?.. F26 Carpent tua poma neptes. [Os descendentes colhero os teus frutos] a. Qui carpent tua poma?.. b. Qus rs carpent neptes?.. c. Carpentne tua poma neptes? F27 Difficle est longum subt depnre amrem. [ difcil abandonar repentinamente um longo amor] a. Quid est difficle?.. b. Qulem amrem difficle est deponere?.. c. Qu md est difficle longum deponre amrem? d. Deponisne longum amrem? Ego .. e. Deponsne longum amrem? Ego . F28 Si us pacem, para bellum. [Se queres a paz, prepara a guerra] a. Quam rem debtis uelle? Nos .. b. Visne pacem? Ego c. Quam rem non debmus uelle?. d. Estne bellum rs bona? d. Num est bellum rs

    bona? F29 Numquam periclum sine periclo uincmus. [Nunca venceremos o perigo sem perigo] a. Qu md periclum uincmus? Vos . b. Vincentne homns periclum sine pericl?. c. Vincsne periclum sine periclo? Ego d. Vincamne ego periclum cum pericl? Tu .. F30 Officium meum faciam. [Cumprirei o meu dever] a. Facisne officium tuum? Ego . b. Quid faciam? Tu .. Na F21 dulce est desipre in loc, o verbo desipre [perder o juzo] est no modo ., desempenha a funo sinttica de . Eu perco o juzo se diz, em latim, ego

  • 45

    desipi. Despre conjugase como o verbo capre, que um verbo da conjugao. Seu futuro imperfeito , pois, como o de capere: ego desip tu .ille .. nos . uos illi ..

    Dulce [dulcis, e] um adjetivo que est no gnero neutro, uma vez que o sujeito da frase um verbo no infinitivo desipere. Ele declinase como fortis, e, sendo, portanto, um adjetivo de terceira declinao ou de segunda classe, biforme.

    A vida agradvel, em latim, se diz uita [uita, ae (f)vida].

    Para se dizer a fonte agradvel, fons. [fons, fontis (m) fonte].

    Observese, pois, que a forma do adjetivo foi alterada para dulcis (m&f), j que o sujeito da frase feminino uita ou masculino fons.

    Se o sujeito for um substantivo neutro ou um verbo no infinitivo, como na F12 a forma do adjetivo ter de ficar no neutro. O vinho agradvel se diz em latim, portanto, uinum [uinum, i (n) vinho].

    Decline no singular e no plural uinum dulce:

    sg pl

    nom. uinum dulce

    gen.

    dat.

    ac.

    abl.

    voc.

    J fons dulcis se declina como segue:

    sg pl

    nom. fons dulcis

    gen.

    dat.

    ac.

    abl.

    voc.

    sg pl

    nom. uita dulcis

    gen.

    dat.

    ac.

    abl.

    voc.

    Na F22 Homns, dum docent, discunt, a forma verbal discunt est na . pessoa do um verbo que se conjuga como legere. Seu infinitivo, portanto,

  • 46

    Nas outras pessoas, sua conjugao :

    ego...tu.ille nos..uos..illi

    J eu aprenderei se diz:

    ego.tu aprenders.ele aprender . ns aprenderemos .. vs aprendereis ..eles aprendero ..

    Observe que docent tambm na F22 foi traduzido por ensinam, presente do indicativo. que docere, infinitivo presente de docent, um verbo de segunda conjugao. Conjugase, portanto, como monre (cf. Segunda Lio). H necessidade, pois, de se conhecer a conjugao a que um verbo pertence, para se poder identificarlhe o tempo. Essa informao aparece no vocabulrio. Numerase a conjugao a que o verbo pertence (1), (2), (3), (4).

    Na F23 Obsequium amcs, uerits dium parit, h duas oraes obsequium amcs parit [o favor gera amigos] e uerts dium parit [a verdade gera dio]. Obsequium o sujeito da primeira orao, estando, pois, no caso O sujeito da segunda orao ..

    Eu amo a verdade se diz ego [am, s, re (1) amar; uerts, uerittis (f) verdade] Repare que ueri/t/s, ueri/tt/is um substantivo derivado do adjetivo uerus, a, um [vero, verdadeiro]. De fato, o sufixo tat (que no se percebe plenamente no nominativo, uma vez que, ao se acrescentar a desinncia do caso, o s, este fez com que houvesse uma assimilao do t ao s, a saber, ueritts ueritss uerits ) serve para a formao de nomes abstratos em latim que indicam qualidade ou condio. Esse sufixo bastante produtivo em latim. Forme, pois, derivados dos seguintes adjetivos mediante esse sufixo: bonus, a, um bom bonitas, bonitatis bondade / felix, icis feliz felicidade / ciuis, is cidado cidade, estado / fidelis, e fiel... fidelidade / cupdus, a, um cpido..cobia, ambio / imbecillus, a, um fracofraqueza / doclis, e dcil............... docilidade / noblis, e nobre. nobreza / fraglis, e frgil fragilidade / pius, a, um pio, piedoso piets, piettis piedade / uicnus, a, um vizinho uicinits, uicinittis vizinhana.

    Na conhecida exortao do poeta Horcio para se aproveitar o momento presente carpe diem F24, encontrase o verbo carpre no modo .. um verbo que se conjuga como legre carp, carps, carpt, carpmus, carptis, carpnt pres. do ind.; carpm, carps, carpt, carpmus, carptis, carpnt, fut. imperfeito. Seu imperativo ser, pois: .

    Diem um substantivo da quinta declinao. Essa declinao tem um nmero reduzido de substantivos. Ela no possui substantivos neutros. Para se saber que um substantivo pertence quinta declinao, basta examinarlhe a terminao do genitivo singular, ou seu tema, que se obtm a partir do genitivo plural.

    Decline dies no singular e no plural:

    sg pl

    nom. dies

    gen.

    dat.

    ac.

    abl.

    voc.

  • 47

    muito conhecida a expresso sine die sem dia [sine (prep, + abl.) sem], quando se quer dizer que algo, uma reunio, por exemplo, foi adiada sine die, i.e., sem data marcada, sem dia.

    Na F25 Nunc uin pellte curs, a forma verbal pellte afastai, do verbo pellre (3) afastar, est no modo..., .pessoa do.. Esse verbo se conjuga como legre. Seu presente do indicativo ser, pois, ego pell.tu..illenosuosilli

    Curas [cura, ae (f) cuidado, preocupao] est no caso. Com cuidado se diz em latim cum cura [cum (prep. + abl. com)], sem cuidado, sine cura [sine (prep. + abl.) sem].

    A verso para o latim da orao vivo com cuidado ser . [uiu, s, re (3) viver].

    Para se dizer os insensatos vivem sem cuidado ..

    [stultus, a, um insensato]

    Nunc um advrbio que significa agora. Lembrese de que ele aparece na invocao da Ave Maria: nunc et in hora mortis nostrae.

    A orao por inteiro :

    Ave, Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructus uentris tui, Iesus.

    Sancta Maria, mater Dei, ora pro nobis, peccatoribus nunc et in hora mortis nostrae.

    Amen.

    Na F26 Carpent tua poma neptes, tua poma [tuus, a, um teu; pomum, i (n) fruto] est no casoJ neptes [neps, neptis (m) descendente] est no caso.

    Para se dizer em latim eu colherei os frutos, dirse ego ..

    A F27 Difficle est longum subt depnre amrem obedece mesma estruturao sinttica da F21 Dulce est desipre in loc, i.e., Predicativo do Sujeito + Verbo de Ligao + Sujeito no Infinitivo. Da difficle [difficlis, e difcil] estar no gnero., uma vez que seu sujeito um

    Observe ainda na F27 que o adjetivo longum [longus, a, um longo] est em concordncia com amorem [amor, amris (m) amor]. Esse distanciamento sinttico existente em latim no possvel em portugus, j que a lngua portuguesa ....

    Dizse que o infinitivo uma forma nominal do verbo. Nominal, porque pode desempenhar a funo de nome, como na F27, em que ele o sujeito da orao. No deixa, contudo, de ser verbo, j que seu comportamento sinttico tambm o de um verbo: longum amrem, na F27, seu objeto direto.

    Na F28 Si uis pacem, para bellum, tanto pacem [pax, pacis (f) paz] quanto bellum [bellum, i (n) guerra] esto no caso..

    Para, do verbo parare, [par, s, re (1) preparar] est no modo , pessoa.

    Observe que uis a segunda pessoa do singular do verbo uelle [uolo, uis, uelle querer]. um verbo irregular. Conjugueo no presente do indicativo: ego.tuille...nosuos..illi.

  • 48

    Bellum, i significa guerra; bellicus, a, um, referente guerra; bellicosus, a, um, guerreiro. Observase, pois, que bellicus e bellicosus so palavras derivadas de..; uma, bellicus, mediante o sufixo icus formador de adjetivos que significam pertencente a, ligado a, derivado de; outra, bellicosus, mediante o sufixo sus formador de adjetivos que indicam completude. Os elementos formadores do adjetivo bellicosus so: bell radical; ic, primeiro sufixo, sus, segundo sufixo, ou seja, bellicsus um adjetivo derivado de bellicus, que, por sua vez, se deriva de.

    A lngua portuguesa possui os adjetivos blico (material blico) e belicoso (um homem belicoso), mas abandonou o termo bellum. No um fato incomum esse. A palavra viril derivada do latim uirlis, e, que um adjetivo derivado de uir [uir, uiri homem] mediante o sufixo lis, formador de adjetivos que significam pertencente a, ligado a, derivado de. Civil outro exemplo: derivase do adjetivo latino ciuis [ciulis, e civil] que se origina de ciuis [ciuis, is cidado] mediante tambm o sufixo lis, o mesmo que forma uirlis. Veja que a palavra latina ciuilts [ciuilts, ciuilittis (f) qualidade do cidado] tem o radical ...e os sufixos e..

    Na F29 Numquam periculum sine pericl uincmus, a forma verbal uincemus est no...[uinc, s, re (3) vencer]. Observe que de periculum [periclum, i (n) perigo] se forma o adjetivo periculosus, a, um, mediante o sufixo..

    Na F30 Officium meum faciam, a forma verbal faciam [faci, s, re (3) fazer, cumprir] est no...

    A esse verbo est ligado o adjetivo, formado mediante o sufixo lis. J o substantivo, que significa facilidade em fazer qualquer coisa se deriva do adjetivo., mediante o sufixo.

    Verter para o Latim 1. O vinho doce. [vinho: uinum, i (n); ser: esse; doce: dulcis, e] 2. A vida breve. [vida: uita, ae (f); breve: breuis, e] 3. A cobia uma coisa ruim. [cobia: cupidts, tis (f); coisa: res, rei (f); ruim: malus, a, um] 4. Os atos mortais no enganam os deuses. [ato: actum, i (n); mortal: mortlis, e; no: non; enganar: fallre (3); deus: deus, i (m)] 5. O guia adverte os jovens sobre os perigos da guerra. [guia: dux, ducis (m); advertir: admonre (2); jovem: puer, pueri (m); sobre : de (prep. + abl.); perigo: periclum, i (n); guerra: bellum, i (n)] 6. O homem insensato no ama a sabedoria. [homem: uir, uiri (m); insensato: stultus, a, um; no: non; amar: amre (1); sabedoria: sapientia, ae (f) 7. A boa mulher d dinheiro ao pobre. [bom: bonus, a, um; mulher: femna, ae (f); dar: dre (1); dinheiro: pecunia, ae (f); pobre: pauper, is] 8. No amais a vida sem dinheiro. [no: non; amar: amre (1); vida: uita, ae (f); sem: sine (prep. + abl.); dinheiro: pecunia, ae (f)] 9. A verdade sempre vencer. [verdade: uerts, tis (f); sempre: semper; vencer: uincre (3)] 10. O sbio ama a verdade.[sbio: sapins, ntis; amar: amre; verdade: uerts, tis (f)] 11. A verdade filha do tempo. [verdade: uerts, tis (f); filha: filia, ae (f); tempo: tempus, ris (n)] 12. O escorpio dorme sob a pedra. [escorpio: scorpi, nis (m); dormir: dormre (4); sob: sub (prep. + abl.); pedra: lapis, dis (m)] 13. Os astros regem os homens. [astro: astrum, i (n); reger: regre (3); homem: hom, nis] 14. Ela tem um corpo sadio. [ela: illa; ter: habre (2); corpo: corpus, ris (n); sadio: sanus, a, um] 15. Ela tem uma mente sadia.[ela: illa; ter: habre (2); mente: mens, ntis (f); sadio: sanus, a, um] 16. Os homens buscam a felicidade. [homem: hom, nis; buscar: quaerre (3); felicidade: felicts, tis (f)] 17. O lobo procura o cordeiro. [lobo: lupus, i (m); procurar: quaerre (3); cordeiro: agnus, i (m)] 18. Os cordeiros evitam os lobos. [cordeiro: agnus, i (m); evitar: fugre (3); lobo: lupus, i (m)] 19. A morte do lobo vida para os cordeiros. [morte: mors, mortis (f); lobo: lupus, i (m); vida: uita, ae (f); cordeiro: agnus, i (m)] 20. A necessidade no tem lei. [necessidade: necessts, tis (f); no: non; ter: habre (2); lei: lex, legis (f)] 21. Todo homem mortal. [todo: omnis, e; homem: hom, nis ; mortal: mortlis, e] 22. A vida sem dinheiro difcil. [vida: uita, ae (f); sem: sine (prep. + abl.); dinheiro: pecunia, ae (f); difcil: difficlis, e] 23. Darteei muitos beijos, amada minha. [dar: dre (1); te: tibi (dat.); muito: multus, a, um; beijo: basium, i (n); amada: puella, ae (f); meu: meus, a, um]

  • 49

    24. As crianas no vem os males da vida. [criana: puer, pueri (m); no: non; ver: uidre (2); mal: mlum, i (n); vida: uita, ae (f)] 25. Seremos fortes e felizes. [forte: fortis, e; feliz: felix, cis] 26. Os astros brilham no cu. [astro: sidus, eris (n); brilhar: lucre (2); em: in (prep. + abl.); cu: caelum, i (n)] 27. Os cidados aprendero as leis da nao. [cidado: ciuis, is (m); aprender: discre (3); lei: lex, legis (f); nao: nati, nis (f)] 28. Afastarei com o vinho minhas preocupaes; [afastar: pellre (3); vinho: uinum, i (n); preocupao: cura, ae (f); meu: meus, a, um] 29. Guardo em mim um longo amor. [guardar: serure (1); em: in (prep. + abl.); mim: me; longo: longus, a, um; amor: amor, ris (m)] 30. Todos desejam a paz. [todo: omnis, e; desejar: uelle; paz: pax, pacis] 31. Sem paz no podemos viver. [sem: sine (prep. + abl.); paz: pax, pacis (f); no: non; poder: posse; viver: uiure (3)] 32. A guerra destri muitos homens e mulheres. [guerra: bellum, i (n); destruir: delre (2); homem: uir, uiri (m); mulher: fmna, ae (f)] 33. Devemos aproveitar o momento. [dever: debre (2); aproveitar: carpre (3); momento: dis, dii] 34. Quero perder o juzo na hora certa. [querer: uelle, perder o juzo: desipre (3); em: in (prep.+abl.); hora certa: locus, i (m)]

  • 50

    Quarta Lio

    O pretrito perfeito do indicativo latino; o pronome relativo; o particpio em latim; o supino.

    F31 Vn, ud, uc. (Csar, apud Suetnio) Vim, vi, venci.

    [uni, s, re, un, uentum vir, chegar ; ud, s, re, ud, uisum ver; uinc, s, re, uci, uictum vencer] F32 Vbi liberts cecdt, nem libr dicre audt. (Publlio Siro) Quando a liberdade cai (em latim, caiu), ningum ousa falar livremente .

    [ubi quando; liberts, tis (f) liberdade; cd, s, re, cecd, casum (3) cair; nem ningum; libr


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