José Roberto CardosoJosé Roberto CardosoEscola Politécnica da USPEscola Politécnica da USP
Instituto Tecnológico de Aeronáutica
São José dos Campos, 21 de Outubro de 2008
O ambiente das escolas de engenharia é o termômetro do desenvolvimento nacional. Na década de 70, época do milagre econômico quando no Brasil tínhamos algo em torno de 250 cursos de engenharia, dos quais 150 públicos, a temperatura associada era elevada, tal era o grau de agitação da profissão em face do acelerado desenvolvimento industrial da época. A procura de um curso de engenharia pelos jovens era grande, e a qualidade dos cursos era alta, pois estava parametrizada no nível de qualidade das escolas tradicionais de engenharia, dentre as quais incluo a Escola Politécnica da USP, a Escola de Engenharia da UFRJ, o ITA, fonte de inspiração da Faculdade de Engenharia Elétrica da Unicamp, a FEI e a Mauá, entre outras.
Nas últimas décadas a engenharia, além de mudar, conquistou novos mercados. A ênfase, que no passado era projeto, passou a ser gestão. O especialista deu lugar ao generalista, e o mercado passou a exigir do profissional qualidades que não eram exigidas no passado, tais como: liderança, eficiência em comunicação oral e escrita, espírito empreendedor, fluência em mais de uma língua estrangeira, dentre outras. A única exigência que ainda permanece é a de uma sólida formação básica, que favorece a mobilidade do profissional. Convém ressaltar que essa formação básica deve ter uma forte componente de humanidades, pois a capacidade de trabalho em grupo deve ser esmerada para garantir uma eficiência diferenciada em suas atividades.
A falta de jovens com interesse na tecnologia é uma preocupação mundial, e vários países investem um volume sensível de recursos financeiros para alterar esse cenário. Na China, houve um acréscimo de 550% de jovens na faixa de 24 anos que se interessam pela carreira tecnológica, em Taiwan, 530%, na Coréia do Sul, 495%, para citar apenas os países emergentes. Nos países desenvolvidos, o esforço mais bem sucedido foi o da Espanha, a qual observou um crescimento de 740% no interesse dos jovens pela tecnologia. Dos países da América Latina, destaca-se o México, cujas ações levaram a um crescimento de 740%. Os Estados Unidos observaram, no mesmo período (de 1975 a 2002), um crescimento de 43% de jovens que se interessam pela carreira tecnológica. Quanto ao Brasil, não temos esses números, mas as condições do País nos levam a concluir que houve uma redução nesse percentual, e agora estamos pagando a fatura.
33
Exportações BrasileirasExportações Brasileiras
Participação dos Produtos de Alta TecnologiaParticipação dos Produtos de Alta Tecnologia
27° Posição na exportação de produtos de 27° Posição na exportação de produtos de alta tecnologia, “commodities” e alta tecnologia, “commodities” e
agronegócioagronegócio
44
Saldo Comercial do Brasil com a Saldo Comercial do Brasil com a ChinaChina
Bilhões de US$ de 2007Bilhões de US$ de 2007
55
Investimentos Nacionais em C&TInvestimentos Nacionais em C&T
Em relação ao PIBEm relação ao PIB
66
Investimentos Nacionais em C&TInvestimentos Nacionais em C&T
PesquisadoresPesquisadores
77
Inovação Tecnológica nas IndustriasInovação Tecnológica nas Industrias
Incentivo para contratação de doutores nas Incentivo para contratação de doutores nas indústriasindústrias
Mudanças em nossa pós-graduaçãoMudanças em nossa pós-graduação
Apoio tecnológico à industriaApoio tecnológico à industria
Incentivo à criação de industrias de base Incentivo à criação de industrias de base tecnológicatecnológica
Subsídio governamentais à inovaçãoSubsídio governamentais à inovação
88
C&T para Desenvolvimento SocialC&T para Desenvolvimento Social
Benefícios fiscais e de créditos para as Benefícios fiscais e de créditos para as companhias inovadoras companhias inovadoras
Desenvolvimento de recursos humanos para a Desenvolvimento de recursos humanos para a tecnologia em nível de especialização e de pós-tecnologia em nível de especialização e de pós-graduação graduação
Popularização da ciência e da tecnologiaPopularização da ciência e da tecnologia
Melhoria do ensino de ciênciasMelhoria do ensino de ciências
Tecnologia para o desenvolvimento socialTecnologia para o desenvolvimento social
99
Evolução demográfica da cidade São Evolução demográfica da cidade São Paulo de 1972 a 2008Paulo de 1972 a 2008
Prof. João Del NeroProf. João Del Nero
1010
Causas de Morte no BrasilCausas de Morte no Brasil
Dados de 2004Dados de 2004
1111
Crescimento da População no BrasilCrescimento da População no Brasil
IdososIdosos
1212
Taxa de FertilidadeTaxa de Fertilidade
Filhos por mulherFilhos por mulher
1313
Pirâmide EtáriaPirâmide Etária
Brasil - 2000Brasil - 2000
1414
Panorama Mundial - 2020Panorama Mundial - 2020
Nova potência econômica -ChinaNova potência econômica -China
1515
Panorama Mundial - 2020Panorama Mundial - 2020
Combustível fóssil continuará dominandoCombustível fóssil continuará dominando
1616
OportunidadesOportunidades
Área, população e PIBÁrea, população e PIB
1717
Publicações CientíficasPublicações Científicas
1818
Publicações CientíficasPublicações Científicas
1919
Foco em PessoasFoco em Pessoas
2020
Referência:Referência:
M.A. Zago: CNPq -Apresentação na EPUSP 2008M.A. Zago: CNPq -Apresentação na EPUSP 2008
C.H.B.Cruz: FAPESP – Apresentação FAPESP 2007C.H.B.Cruz: FAPESP – Apresentação FAPESP 2007
INOVA Engenharia: CNI, FINEP, CAPESINOVA Engenharia: CNI, FINEP, CAPES
[email protected]@poli.usp.br
2121
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq -
Nível 1CGraduado em Engenharia de Eletricidade - Mod. Eletrotécnica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1974), concluiu o mestrado, o doutorado e a livre docência em engenharia elétrica na mesma escola em 1979, 1986 e 1993 respectivamente. Realizou um Pós-Doc no Labaoratoire d´Electrotechnique de Grenoble, França, no período 1987-1988. Atualmente é professor titular da Escola Politécnica da USP (EPUSP), coordenador do Laboratório de Eletromagnetismo Aplicado (LMAG) e exerce a vice-diretoria da EPUSP. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Circuitos Magnéticos , Magnetismos e Eletromagnetismos, atuando principalmente nos seguintes temas: elementos finitos, eletromagnetismo, aterramento, máquinas elétricas e imãs permanentes. Foi fundador e presidente da SBMAG-Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo por duas gestões. Foi presidente da CPG da EPUSP e membro da Comissão de Avaliação dos cursos de pós-graduação da Engenharias IV da CAPES. É pesquisador 1C do CNPq.
Prof. Dr. José Roberto Cardoso