Jornal do SindSaúde-SP Outubro de 2018
/sindsaudespwww.sindsaudesp.org.brACESSE:
TRABALHADORES (AS) APROVAM PLANO DE LUTAS NO 12º CONGRESSO
Delegados dão nota 9,2 para Congresso, página do sindicato no Facebook teve mais 150 mil visualizações
Durante os dias 13 e 17 de agosto, no município de São Pedro, trabalhado-res (as) da saúde pública do estado de São Paulo participaram do 12º Con-gresso do SindSaúde-SP. A atividade reuniu mais de 400 participantes e 306 delegados que foram eleitos de um total de 3.315 trabalhadores (as) filiados e não filiados participaram das etapas locais (mais de 130 etapas) e regionais (20 etapas).
Durante o evento os trabalhadores (as) realizaram debates sobre: A soci-edade dos nossos sonhos, a Defesa do Sistema Público, O SUS e nós Tra-balhadores da Saúde, A Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras do SUS, e O Sindicato que Queremos. Também participaram de rodas de conversas, e oficinas musicais e de defesa pessoal.
No último dia do evento os delegados (as) aprovaram 186 propostas de um total de 272 apresentadas, elas irão compor o plano de lutas 2019-2021 do sindicato. A avaliação da direção do SindSaúde-SP é positiva sobre o Congresso, de acordo com Gervásio Foganholi, presidente do sindicato, os trabalhadores (as) saem desta ativi-dade esperançosos e com disposição. “Tiramos um plano de lutas muito importante, com propostas de inves-timento na área de comunicação,
formação, saúde do trabalhador, polí-tica para mulheres, políticas de com-bate ao racismo, ações importantes para a classe trabalhadora”.
Os trabalhadores (as) também apre-sentaram o “Samba SUS” composição coletiva realizada no Congresso pelos participantes da oficina musical. As crianças, filhos (as) dos delegados (as) do 12º Congresso plantaram uma jabuticabeira, simbolizando a espe-rança. A árvore plantada em um vaso foi levada para sede do SindSaúde-SP em São Paulo.
Ao fim da atividade os trabalhadores (as) entregaram sua avaliação sobre o 12º Congresso do SindSaúde-SP. A média geral superou a expectativa da comissão organizadora, de 0-10 os delgados (as) deram nota 9,2 para o 12º Congresso.
Inovando no debate
O 12º Congresso inovou para ampliar o diálogo entre os delegados e dele-gadas. Trata-se da metodologia de “Roda de Conversa”. Foram trabalha-dos temas inovadores no espectro das lutas da categoria.
Comunicando em tempo real
Os esforços para ampliar a contribui-ção dos trabalhadores durante o 12º Congresso e permitir que as mesas de
debates pudessem ser acompanhadas por todos que tivessem interesse leva-ram com que a Secretaria de Comuni-cação do SindSaúde-SP também ino-vasse de forma ousada. Todos estes momentos foram colocados no ar ao vivo para acompanhamento simultâ-neo. O youtube, o instagram, o face-book e o site do Sindicato veicularam diretamente todo este trabalho. O resultado de todo o esforço foi gratifi-cante: a página no facebook teve mais de 150 mil visualizações.
Preocupados em facilitar e otimizar o acesso, o Sindicato também criou um aplicativo que permitia a visu-alização de tudo o que acontecia em tempo real para os delegados e delegadas. O aplicativo ficou conhecido como “Joaninha” e tratava-se de uma ferramenta de comunicação específica para acompanhar o 12º Congresso. A
experiência valeu a pena e deve ser incorporada, com as modificações necessárias, para uso cotidiano da direção e da categoria.
Para o secretário de comunicação do Sindicato, Jorge Alexandre Braz de Senna, o resultado de todo o trabalho de comunicação está sendo muito gratificante. “Vejo que foi uma ousa-dia a proposta de comunicação para o nosso Congresso. Foi um desafio ao mesmo tempo em que trouxe uma enorme satisfação com os resultados que estamos obtendo”.
2
Dir. Responsável: Jorge Alexandre de Senna Presidente do SindSaúde-SP: Gervásio FoganholiRedação: Willian Scaliante, Sergio Godoy e Luiz Fernando Diagramação:Revisão:
Willian Scaliante
Rua Paula Ney, 546/550 - CEP 04107-021 Vila Mariana - São Paulo
Fone: 3083-6100 Fax: 3083-0261
site: www.sindsaudesp.org.br
e-mail: [email protected]
Expediente:
Edson Cacciaguerra
COM A PALAVRA
Gervásio Foganholi, presidente do SindSaúde-SP
Trabalhadores (as) da saúde
pública do Estado de São Paulo
agora é o momento em que
precisamos de unidade para
conseguirmos combater as
propostas de retiradas de direitos
apresentadas pelo governo
federal e também para que
consigamos avançar na nossa
pauta salarial, já que até o
momento o governo não nos
recebeu para uma mesa de
negociação.
Es tamos re i v i nd i cando do
governo do estado a reposição
das perdas salariais de 30,62%, o
reajuste linear dos salários de
7,25%, o reajuste do valor do vale
refeição para R$ 34,20, do prêmio
de incentivo, das gratificações,
das insalubridades, além de
ou t ros impor tan tes pon tos
descrito na pauta salarial. A luta é
difícil e o governo não negocia,
apenas nossa unidade para fazer
pressão será capaz de mudar
essa realidade.
Você já deve ter ouvido isso, mas
é importante repetir: Temer está
apresentando um verdadeiro
pacote de maldades contra os (as)
trabalhadores.
Tudo começou com a PEC 55 que
c o n g e l o u p o r 2 0 a n o s o s
i n v e s t i m e n t o s e m s e t o r e s
essenciais para nossa população,
como a saúde e educação. Depois
a toque de caixa e na calada da
noite aprovaram no Congresso
Nacional um projeto que favorece
a t e r c e i r i z a ç ã o e g e r a a
precarização das relações de
t rabalho. Os t rabalhadores
terceirizados trabalham em média
3 horas a mais por semana,
recebem 24,7% a menos de
salário, permanecem por menos
tempo no emprego, são vítimas de
80% dos acidentes fatais no
trabalho e totalizam 90% dos
trabalhadores resgatados em
c o n d i ç õ e s s e m e l h a n t e s à
escravidão. Ou seja, em pouco
tempo décadas de conquistas e
direitos estão sendo aniquilados.
O governo tenta acabar com a
aposentadoria, por meio de uma
reforma da previdência. Essa
proposta de reforma não tem
nada, na verdade ela representa o
fim do direito de aposentar da
maioria da população. E por fim,
por baixo dos panos o governo
discute o projeto de reforma
trabalhista que pode acabar com
direitos fundamentais como a
licença maternidade, férias e 13º
salário.
Não resta outra opção, ou vamos
para as ruas e construímos
grandes manifestações e uma
greve geral no dia 28 de abril, ou o
Brasil voltará a ser tudo aquilo que
os brasileiros não querem, um
país de “ordem para o povo e
progresso para os ricos”.
O SindSaúde-SP convoca a todos
os trabalhadores e trabalhadoras
a lutarem contra essas propostas
do governo Temer. Só juntos e nas
ruas conseguiremos vencer mais
essa batalha. Nós precisamos de
você, nossos filhos precisam de
você, a classe trabalhadora
precisa de você o futuro do Brasil
O SEU VOTO PRA GOVERNADOR
INFLUÊNCIA NO NOSSO AUMENTO
ESCOLHA BEM O SEU PATRÃO
O governo do Estado de São Paulo tem adotado há anos uma estratégia silenciosa de repassar a gestão da saúde pública estadual para OSSs. A Lei de Responsabilidade Fiscal e a ideia de que a gestão privada é mais eficiente tem sido as justificativas públicas para tal feito.
O SindSaúde-SP mantêm suas posições históricas de defesa da saúde públ ica un iversa l e de qualidade, exercida por funcionários públicos administrados diretamente pelo Estado.
Todo o processo histórico de luta pelo SUS – Sistema Único de Saúde, e a transformação dessa luta em direitos garantidos por Leis, tinha como base uma concepção de saúde pública. U n i v e r s a l i d a d e , E q u i d a d e e Integralidade foram os três principais fundamentos na 8º Conferência Nacional de Saúde (realizada em 1988). Mas, além de afirmar a saúde como direito coletivo garantido pelo
Estado, tratou-se igualmente de p e n s a r n a s c o n d i ç õ e s d o s trabalhadores da saúde para a efetivação desses princípios.
Mas, desde a aprovação da Lei Federal 9637/98 e Estadual 846/98, que regulamentam e permitem o funcionamento das Organizações Sociais na execução de serviços públicos, os resultados prá�cos para as relações de trabalho na saúde, para os cidadãos e para o SUS como u m to d o, te m co n s o l i d a d o o desmonte dos princípios fundadores do SUS.
SAÚDE É UM DIREITO, NÃO É UM NEGÓCIO!
4
CAMPANHA SALARIAL 2018
3,5% É DESRESPEITO DE QUEM DEVE 44%Alckmin termina governo devendo mais de 40% de reposição da inflação ao salário dos trabalhadores (as) da saúde
´
DEVO,DEVO,NAO NEGO
~
E NAO~
PAGOPAGOO dia foi 13 de março de 2018, data em que os deputados estaduais de São Paulo que compõe a base do governo, se mostraram fieis aos interesses de Geraldo Alckmin e aprovaram de forma integral o projeto de reajuste salarial do servidor p ú b l i c o . A n t e s d a v o t a ç ã o o SindSaúde-SP realizou manifesta-ções, reuniões e negociações com o intuito de garantir isonomia no reajuste entre os trabalhadores (as) públicos do estado.O Sindicato ficou, entre os meses de fevereiro e março, de plantão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), diariamente diretores e delegados sindicais de base percorri-am os corredores e gabinetes com intuito de convencerem os deputados a apresentarem e aprovarem emen-das ao projeto de reajuste.
O projeto de reajuste do governador está aquém da expectativa dos trabalhadores (as) da saúde pública. Na avaliação do SindSaúde-SP os 3,5% são desrespeito de Alckmin, que durante os últimos 5 anos de seu governo não concedeu sequer o reajuste da inflação, fazendo com que os trabalhadores (as) da saúde acumulassem 44% de perdas salariais.Os diretores do SindSaúde-SP realizaram reuniões com diferentes deputados, da oposição e da situa-ção, incluindo o líder do governo o deputado Barros Munhoz. O sindicato também foi até o colégio de líderes da Alesp para dialogar com as lideranças partidárias solicitando apoio. Alguns deputados foram convencidos a apresentar emendas, principalmente pedindo isonomia no reajuste salarial. Porém, as emedas foram derrubadas pelos deputados de Alckmin, que contra o interesse de todo serviço público, aprovaram o projeto na integra, como enviado pelo governa-dor. O projeto aprovado reajusta o salário de forma diferente entre as categori-as. O governo Alckmin escolheu priorizar os trabalhadores (as) da educação que receberam 7% de reajuste. Em seguida, os policiais militares e civis com 4% e no terceiro escalão, junto das demais categorias, estão os trabalhadores (as) da saúde com apenas 3,5%.O SindSaúde-SP vinha buscando o caminho do diálogo, mas diante do descaso do governo e dos deputados estaduais irá avaliar com a categoria os próximos passos da campanha
salarial 2018. Já é sabido que os 3,5% não agradam aos trabalhadores (as) da saúde, principalmente por terem a clareza de que Geraldo Alckmin continuará devendo mais de 40% de reposição de perdas salarias acumu-ladas durante seu governo.O descaso com o servidor e o serviço público é marca registrada de Alckmin, além de pagar salários vexatórios e tratar o servidor público de forma diferenciada, o governo está entre-gando o que é público para o privado. Na saúde, não para de crescer o número de Organizações Sociais gestando equipamentos públicos estaduais. Alckmin não real iza concursos públicos e investe em uma política de extermínio do servidor público.Sabendo das pretensões eleitorais de Alckmin, que este ano deve ser candidato a presidência da República, alertamos que votar Alckmin é votar c o n t r a o s e r v i ç o p ú b l i c o . O SindSaúde-SP junto dos trabalhado-res (as) da saúde pública estadual, conhecedores que são do método Alckmin de fazer política lutarão contra Alckmin na presidência da república e em defesa do serviço público e do SUS.Reiteramos a toda categoria a importância de continuarmos unidos e mobilizados. Apesar da aprovação dos 3,5% continuaremos defendendo nossa pauta salarial. Somente com muita pressão e mobilização teremos a possibilidade de reverter este quadro. A direção do SindSaúde-SP se reunirá nesta semana para planejar as próximas ações da campanha salarial 2018.
MARCHA DOS HOLERITES
Trabalhadores (as) da saúde pública estadual realizaram no vão do MASP (Av.
Paulista) e nos corredores da ALESP manifestações para denunciar os baixos salários e 5 anos sem reajuste durante o
governo Alckmin
REUNIÃO COM DEPUTADOS
Reunião da direção do SindSaúde-SP com os deputados Barros Munhoz (líder do
governo) e Alencar Santana (líder do PT), o objetivo do encontro era garantir ao menos
7% para todos os servidores públicos.
COLÉGIO DE LÍDERES
Gervásio discursa durante reunião dos líderes partidários na Alesp com objetivo de
convencer os deputados estaduais a aprovarem as emendas elaboradas pelos
servidores públicos
PLANTÃO NA ALESP
Diretores e delegados sindicais de base realizaram diversas manifestações e ficaram
por semanas no pé dos deputados estaduais.
ABRIL DE 2018
1 2
3
4
5
67
8
9
10
11
12
13 14
1. Você conseguiu passar no concur-so e se tornar um trabalhador da saúde pública estadual. Ande uma casa.2. Você decidiu se filiar ao SindSaúde-SP. Agora a luta por uma saúde pública de qualidade ganha mais um militante. Avance 5 casas.3. Seu companheiro de trabalho se aposentou, mas o cargo dele não foi reposto e você está assumindo todas as tarefas dele, volte 3 casas.4. Com David Uip na Saúde continua a política de terceirização e entrega dos equipamentos de saúde para as OSS's. Volte duas casa.5. Seu sindicato é atuante na defesa
do trabalhador, só em 2017 foram XX milhões em ações ganhas na justiça pelo SindSaúde-SP. Você foi um dos contemplados, ande 2 casas.6. O Governador tentou fechar a Unidade de Saúde que você traba-lha, mas o Sindicato fez uma grande mobilização, avance 3 casas.7. Alckmin te deixou mais um ano sem reajuste salarial. Para perma- necer nesta casa grite bem alto “Fora Alckmin”, ou então volte 6 casas.8. O seu pedido de licença prêmio estava parado há mais de um ano, mas você procurou o SindSaúde-SP e conseguiu avançar o processo, avance 2 casas.
9. o Governo aprovou o fim da Sucen, mais de mil trabalhadores serão demitidos, volte 5 casas.10. Você caiu no conto da Reforma Previdenciária, difundido pelo presidente golpista. Para defender seu direito de se aposentar grite o mais alto que conseguir: “FORA TEMER!”, do contrário volte 8 casas.1 1 . A l c km i n a nun c i o u p r é -candidatura à presidência da República, isso significa, levar para o Brasil a política de extermínio do serviço público. Publique uma foto no Facebook com os amigos (as) de trabalho com a legenda #Trabalha-dorDaSaúdeNãoVotaAlckmin ou volte para o começo.
12. Você participou da etapa regional do 12º Congresso do SindSaúde-SP, avance 5 casas.13. João Dória se candidata ao governo do Estado de São Paulo, e como fez no município quer fechar unidades de saúde e acabar com sua previdência estadual. Daí, você lembrou que Dória enviou a polícia para agredir servidores públicos e decidiu NÃO VOTAR EM TUCANO para governador. Você avança 5 casas por defender o servidor público.14. O governo terceirizou seu setor, você ficou em disponibilidade e seu salário foi reduzido em 80%, volte 10 casas.
JOGO DA VIDA
DO TRABALHADOR (A)
DA SAÚDE
INICIO
PONTODE
PARTIDA
FIM!
VOCÊ VENCEU
MAS, A LUTA CONTINUA
1. Escolha um objeto (moeda, tampinha, etc) para percorrer as casas.2. Em seguida, você precisa de um dado. Caso não tenha, você pode baixar um aplicativo gratuito de dado no seu celular. Só entrar no Play Store, digitar “dados 3D” e instalar o aplicativo.3. Depois jogue o dado e percorra o número de casas indicado.4. Caso você caia em uma casa numerada, leia a legenda e siga as instruções, você pode avançar ou retornar casas.5. Vence o jogo quem chegar primeiro ao final.
COMO JOGAR?