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1Edição Especial – 54º Congresso da UNE – NOSSA VOZ |

boletim informativo oficial da união nacional dos estudantes

NOSSA VOZ

A UNE dESEjA bOAS-ViNdAS A tOdAS E tOdOS OS EStUdANtES dO brASil.

edição especial para o 54° congresso da une – junho de 2015 – #1

terra de honestinoGoias

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2 | NOSSA VOZ – Edição Especial - 54º Congresso da UNE

EM DEFESA DOS ESTUDANTES, DA DEMOCRACIA E DO BRASIL

Bem-vindas e bem-vindos ao maior encontro da juven-tude organizada brasileira, ao principal fórum do mo-vimento estudantil, onde

nos reunimos, mais uma vez, perante a história. a une caminha na vanguarda do pensamento político e da luta pela educação no brasil há 77 anos e nunca esteve tão grande. este momento de re-flexão sobre os rumos do país e de sua democracia é, simultaneamente, o mo-mento de maior acesso de brasileiras e brasileiros à universidade. são milhões de estudantes com um novo perfil, ocu-pando mais espaços, com disposição para fazer a diferença.

dessa forma, é necessário também um processo cada vez maior de democratiza-ção do movimento estudantil e esse tem sido um dos desafios da une. alcançamos cada vez mais, instituições de ensino públi-co e particular, ampliamos nossos canais de comunicação, realizamos encontros mais representativos e organizamos me-lhor a nossa rede. prova disso foi o pro-cesso preparatório para o 54º congresso, que envolveu a participação de 2 milhões de estudantes, em mais de 90% das uni-versidades de todos os estados brasileiros.

o último conselho nacional de en-tidades gerais (coneg) da une, que convocou o congresso, teve a participa-

ção de mais de 500 diretórios centrais de estudantes, executivas de cursos e uniões estaduais estudantis. as reuni-ões da diretoria plena da entidade, com mais de 80 membros, foram, pela pri-meira vez, transmitidas ao vivo pela in-ternet, por meio da tv une, estendendo o alcance dos debates para todo jovem ou internauta de qualquer parte do país. a une ampliou a parceria com outros movimentos populares brasileiros, fir-mando ainda mais seus laços de soli-dariedade com a luta dos trabalhadores da cidade e do campo, dos negros, indí-genas, da comunidade lgbt.

essa pluralidade será fundamental para avançar, nos próximos anos, fren-te a um cenário que inclui a ascensão do conservadorismo, um congresso

nacional sem compromisso com as de-mandas populares e um realinhamento das forças sociais no país. a une dará a sua contribuição a partir do protago-nismo das filhas e filhos dos pedreiros, empregadas domésticas, lavradores que agora ocupam seu lugar nas universida-des. em cada da ou ca de cada curso do país, a luta se renova em ritmo ace-lerado, mostrando que nada mais será como antes no brasil e no movimento estudantil. como diz o nosso bordão: “a universidade vai ser democratizada!”

bom congresso a todas e todos!

Vic BarrosPresidentaUnião Nacional dos Estudantes

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DIRETORIA EXECUTIVA DA UNE – GESTÃO 2013/2015 EXPEDIENTE

o jornal nossa voZ é uma publicação da união nacional dos estudantes.

Dir. Comunicação da UNE: thiago josé silvaJornalista responsável: rafael minoro – cr (drt/mg 11.287)Colaboração: artênius daniel, cristiane tada, renata bars, Yuri perez e thiago guimarãesProjeto gráfico: fields 360 - fields360.agency Endereço: rua vergueiro, nº 2485, bairro vila mariana, são paulo/sp - cep 04101-200Telefone: +55 11 5539.2342Fale com a UNE: [email protected] com a comunicação da UNE: [email protected] com a assessoria de imprensa da UNE: [email protected] de comunicação: contra regras comunicação ltda. cnpj: 12.795.929/0001-33

Presidenta: virgínia barrosVice-presidente: mitã chalfun1ª Vice-presidente: Katerine oliveira2º Vice-presidente: ronald luis3ª Vice-presidente: adriele manjaboscoSecretária-geral: iara cassano1º secretário-geral: tony sechiTesoureiro-geral: bruno correaDir. Assistência Estudantil: thiago Wender ferreiraDir. Comunicação: thiago josé silvaDir. Universidades Públicas: mirelly cardoso2º Dir. Universidades Públicas: iago camposDir. Relações Internacionais: thauan fernandesDir. Área de Humanas: ivo bragaDir. Direitos Humanos: camila souzaDir. Cultura: patrícia de matos

Dir. Movimentos Sociais: déborah costa3ª Dir. Movimentos Sociais: laís rondis nunes de abreuDir. Políticas Educacionais: juliana dos anjos de souza1º Dir. Políticas Educacionais: pedro paulo rocha de araújoDir. de Relações Institucionais: patrique lima1º Dir. Relações Institucionais: William rodrigues dantas2º Dir. Relações Institucionais: andré amaral filho1º Dir. Universidades Particulares: matheus Weber2º Dir. Universidades Particulares: Rafael da Silva da Costa

EDITORIAL

@uneoficial

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3Edição Especial – 54º Congresso da UNE – NOSSA VOZ |

“EU SENTI A FORÇA DA UNE QUANDO RODEI O BRASIL” – Mitã Chalfun

O vice-presidente Mitã Chalfun faz um balanço da gestão que, para ele, ficará marcada pela jornada de lutas de junho de 2013

ENTREVISTA

Como foi ser vice-presidente da UNE?

foi uma experiência muito boa. você acaba vivenciando todas as emoções e sentidos que alguém pode viver ao longo da vida. É uma correria muito grande. a une exige de nós respostas muito rápidas.

Qual é a avaliação que faz da sua gestão?

a gestão foi muito positiva. a une está passando por um processo de renova-ção muito importante. ela está com-preendendo os desafios e os anseios da nova juventude, mostrando que ain-da é forte e representa e defende todos os estudantes brasileiros.

O que mais te marcou nesses dois anos?

esse último período foi especial, por-que essa gestão ficará marcada como a que viveu e lutou em junho de 2013. foi o momento em que a nossa gera-ção foi mais para as ruas. como junho aconteceu no primeiro mês da gestão, acabou percorrendo todos esses dois anos. aquele mês pautou todo o perío-do e exigiu de nós muita luta.

E quais foram as principais conquistas para a educação?

com certeza, a aprovação do plano nacional de educação, com os 10% do

pib para a educação e destinação de 50% do fundo social do pré-sal para o setor. essas conquistas institucionais, obtidas graças à pressão dos estudan-tes, da juventude e da une, foram mui-to marcantes para mim, para a une e para todas as gerações que lutaram em defesa da educação.

E como você avalia as outras lutas da UNE?

a cultura teve seu grande momento na 9ª bienal, que reuniu milhares de jo-vens em um encontro lindo no rio de janeiro, mobilizando toda a rede que gira em torno da une, trazendo ricas discussões sobre cultura, arte e edu-cação em nosso país. agora, na reta final, tanto o enune (encontro de ne-gras e negros da une) como o eme (encontro de mulheres estudantes) fo-ram duas agendas muito positivas. es-ses dois encontros, que eram de van-guarda quando a une os criou [o eme comemorou o seu décimo aniversário], se mostraram muito atuais.

Estes dois últimos anos corresponderam às suas expectativas?

as minhas expectativas foram todas superadas. ser vice-presidente da une foi muito melhor do que imaginava. não consegui fazer tudo o que queria, por-que dois anos é pouco, mas saio com a certeza que fiz tudo o que podia pelos estudantes brasileiros. eu senti a força da une quando rodei o brasil conhe-

cendo a juventude de todo o país, nas universidades e fora delas. a identifi-cação que eles têm com a une é uma coisa muito bonita.

O que você espera do 54º Congresso da UNE?

este será o maior congresso da histó-ria da une e um dos congressos mais disputados, o que nos coloca muitos desafios. o primeiro é o de construir unidade no movimento estudantil e na une. a conjuntura mostra que os inimigos de hoje não estão dentro da une, mas fora: o conservadorismo, o golpismo, a direita organizada, o ata-que à democracia. esses são os nossos inimigos e a une tem um papel funda-mental na defesa da democracia para fazer o brasil continuar avançando.

Qual será a missão da próxima gestão da UNE?

a une, acima de tudo, deve continuar lutando por mais direitos e evitar re-trocessos nas conquistas dos estu-dantes. outro ponto importante para a próxima gestão será comemorar o início dos 80 anos da une, que serão completados em agosto de 2017. uma entidade madura, histórica e combati-va, mas com muito fôlego, como o de um garoto de 18 anos, querendo sem-pre mais. e, desta forma, construir uma une que consiga se reinventar, enfrentar os novos desafios e lutas, para continuar sendo atual.

durante a bienal, com o ministro miguel rosseto, no debate sobre reforma política. no ato em defesa da petrobras, no rio de janeiro, dia 13 de março.

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CONGRESSOS DA UNE SÃO PÁGINAS DE CORAGEM, MARCADAS PELA LUTA EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO BRASIL

(presidente), helenira resende, ro-nald rocha e honestino guimarães.

essa brava gestão resistiu até o final de 1973, quando foi, finalmente, destroçada pela repressão. honesti-no e umberto câmara foram seques-trados, torturados e mortos e, em poucos dias, os principais dirigentes foram perseguidos.

preso e torturado ainda em 1972, ronald rocha lembrou numa entre-vista: “nunca tomamos a decisão de cerrar as portas ou renunciar aos mandatos. essa resistência facilitou a reorganização da entidade anos de-pois, sem uma lacuna que liquidasse a memória coletiva.” se mobilizaram e, em março, marcharam pelas ruas para pressionar a prefeitura.

no rio de janeiro, após a conquista do passe livre municipal, a luta agora é

Principal encontro do movimento estudantil, Congressos narram períodos diferentes da história política brasileira e mostram a bravura dos estudantes na luta por um país mais justo.

A une caminha com o bra-sil. e chega ao seu 54º congresso pronta para encarar, mais uma vez, os desafios de milhares de

jovens que sonham em transformar o país. o momento é de defesa da de-mocracia e dos recursos da educação. para inspirar a luta, nada melhor do que reviver momentos históricos da entidade e do maior fórum do movi-mento estudantil brasileiro.

criada em agosto de 1937, a une já nasce em articulação com forças progressistas da sociedade, em opo-sição ao nazi-fascismo que avançava no mundo e ameaçava o país. pres-sionou o governo getúlio vargas a tomar posição e ocupou, em 1942, a sede do clube germânia, na praia do flamengo, 132, rio de janeiro, redu-

to de militantes fascistas.Quase 30 anos depois, o calendá-

rio marcava o ano explosivo de 1968. o movimento estudantil lançava a úl-tima tentativa de organizar uma luta massiva contra a ditadura militar, que havia incendiado a sede da une logo no primeiro dia de golpe. na zona ru-ral da ibiúna (sp), jovens militantes se reuniriam, de forma clandestina, para o 30º congresso da entidade.

o encontro terminou com uma das maiores prisões em massa da história do brasil: policiais detive-ram 920 estudantes. para a une, era o início de uma batalha contra a repressão. uma grande plená-ria em abril de 1969, considera-da a sequência do 30º congresso, elegeu uma nova direção, com no-mes como jean marc von der Weid

prisão dos estudantes no 30º congresso da une, em ibiúna.

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5Edição Especial – 54º Congresso da UNE – NOSSA VOZ |

congresso de reconstrução da une em salvador, em 1979.

fidel castro no 46º congresso une em belo horizonte, em 1999.

para que o direito seja irrestrito e tam-bém intermunicipal.

DE 1979 EM DIANTE: HORA DE RECONSTRUIR E ENCARAR NOVAS bATAlHAS

os ventos da abertura começavam

a movimentar a sociedade civil ao fi-

nal dos anos 1970. atenta às brechas

abertas pela fragilidade da ditadura,

a une organiza seu congresso da

reconstrução, em maio de 1979, em

salvador, num encontro para 8 mil es-

tudantes, que marcou o fim da ilegali-

dade da entidade.

a ditadura chegou ao fim, mas a

primeira eleição direta para presiden-

te mostrou que o caminho era longo. a

decepção com a corrupção, na gestão

fernando collor de mello, motivou os

estudantes a sair às ruas contra o pre-

sidente. pintaram os rostos de verde

e amarelo e deram vida à campanha

“fora collor”.

a indignação popular reforçou a

luta da une e do movimento estudan-

til, que encabeçaram uma gigantesca

passeata exigindo o impeachment em

11 de agosto de 1992. collor acabaria

sendo afastado pelo congresso no mês

seguinte. seu vice e sucessor, itamar

franco, devolveu à une a escritura do

terreno da praia do flamengo e come-

morou, junto aos estudantes, com o fa-

moso chopinho no bar lamas.

lUTA CONTRA O NEOlIbERAlISMO

a estabilidade política trouxe no-

vos desafios ao movimento. durante

o governo fernando henrique cardo-

so (1995-2002), as principais pautas

foram a luta contra o neoliberalismo

e contra a privatização do patrimônio

nacional. a une se opôs à mercanti-

lização da educação, promovida pela

gestão fhc, de privilégio a instituições

privadas e sucateamento das públicas.

o ano de 1999 foi especial por

marcar a retomada da ação cultural

da une, com a realização da 1ª bie-

nal, e pela participação do presidente

cubano fidel castro no 46º congres-

so da entidade, em belo horizonte. o

líder cubano discursou por mais de

duas horas no mineirinho.

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6 | NOSSA VOZ – Edição Especial - 54º Congresso da UNE

COMISSÃO DA VERDADE DA UNE LANÇA REVISTA ESPECIAL APÓS MAIS DE DOIS ANOS DE ESTUDOS SOBRE A DITADURA

humanos, maria do rosário, e do coor-denador da cnv, pedro dallari. a luta do movimento estudantil e da une no período de 1945 a 1985 também ganha destaque em textos produzidos espe-cialmente para essa edição.

“O relatório não encerra o esforço de esclarecimento de fatos ocorridos da ditadura militar. A UNE tem marcas profundas em um passado traumático, um passado que teima em não pas-sar. A Comissão Nacional da Verdade da UNE vem para afirmar uma políti-ca adotada pelo movimento estudantil, assumindo um caráter de denúncia, de resgate dos valores democráticos, da

Ato durante o 54º Congresso da UNE homenageará o baiano Ruy César, ex-presidente responsável pela reconstrução da entidade e que faleceu recentemente.

O ato da comissão nacional da verdade (cnv) da une, que por mais de dois anos investigou crimes cometi-dos por agentes do estado

contra estudantes brasileiros durante a última ditadura militar (1964-1985), marcará o lançamento de uma publi-cação impressa especial.

a atividade homenageará o ex-pre-sidente da entidade, ruy césar, eleito no congresso de reconstrução de 1979, em salvador. o baiano, falecido em 2014, foi o primeiro presidente que assumiu a frente da une após o desaparecimento de honestino guimarães em 1973.

“Além de representar um marco de reafirmação da democracia e da justiça, o movimento de abertura dos arquivos do regime e das comissões da verdade traz em si uma espécie de va-cina, um dispositivo de segurança para que aquilo não mais aconteça”, alerta a presidenta da une, vic barros.

EM bUSCA DA VERDADE

nos últimos anos, cresceu um mo-vimento pela apuração lúcida e justa de crimes e violações de direitos durante a ditadura. em resposta a pressão po-pular e de entidades como a une, pela abertura dos arquivos e pelo esclare-cimento de tudo o que ocorreu sob a égide de um estado opaco e violento, diversas comissões da verdade foram instaladas em todo o país.

em janeiro de 2013, a une lançou a sua comissão em ato durante o 14º conselho nacional de entidades de base, no recife. a iniciativa da entida-de veio para contribuir com os traba-lhos da comissão nacional da verdade, criada pela presidenta dilma rousseff, em 2012, que investigou as violações de direitos humanos cometidas de 1945 a 1988, com atenção especial ao período da ditadura militar.

“Esse relatório apresenta hoje o tra-

balho de dois anos de pesquisadores que contribuíram com a Comissão Nacional da Verdade da UNE, e é uma tentativa de síntese do regime militar, com textos que apresentam aspectos gerais da per-seguição sofrida pela UNE e pelos seus militantes, mas que ao mesmo tempo sintetiza algumas polêmicas, consen-sos, conceitos e novidades de pesquisas mais recentes”, afirma a coordenadora da comissão, raisa marques.

RECONSTRUINDO A MEMÓRIA

ao longo das pesquisas da cnv da une, foram identificados 85 universitá-rios assassinados pelo regime militar. a revista traz relatórios sobre as circuns-tâncias das mortes desses jovens que tombaram em defesa da democracia, com mais luz em honestino guimarães, ex-presidente da entidade, assassinado pelo regime em 1973, e helenira rezen-de, ex-vice-presidenta da une, morta na guerrilha do araguaia.

a publicação traz ainda artigos do presidente da comissão de anistia, paulo abrão, da ex-ministra de direitos

ato durante o 12º coneb da une em recife.

passeata dos 100 mil no rio de janeiro, em 1968.

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7Edição Especial – 54º Congresso da UNE – NOSSA VOZ |

(universidade federal de goiás), além da biblioteca municipal e o museu antropo-lógico da ufg. isso sem falar do famoso bar da tia, tio e primo, patrimônio local e também dos universitários.

uma das principais atrações da pra-ça é o museu de escultura ao ar livre, desenvolvido em conjunto com a popu-lação de goiânia no início do ano 2000. o espaço reúne 26 esculturas e dois painéis de diferentes artistas, feitos com materiais como bronze e pedra-sabão.

Quem passa por goiânia também não pode deixar de conhecer a culi-nária local, que une ingredientes lo-cais, sabores indígenas e a influência dos paulistas, que buscaram ouro em goiás no século 18. o pequi, fruto do cerrado, é usado no arroz, na galinha-da e na produção de licores (cuidado com os espinhos do pequi!). outras receitas tradicionais são o empadão goiano, o arroz com suã (espinha de porco), o angu (milho verde ralado e cozido em água) e o leitão à pururuca. a famosa pamonha, de origem indígena e feita com milho, é outro suces-so na cidade.

Conheça mais sobre a cidade que abrigará o 54º Congresso da UNE e homenageia Honestino Guimarães com nome de praça e avenida

Localizada no famoso planal-to central do centro-oeste do brasil, goiânia já ganhou um apelido carinhoso: cida-de dos estudantes. o nome

é uma homenagem ao município que já abrigou muitas edições do congresso da une, e que recebe, mais uma vez, neste ano o maior encontro dos univer-sitários do país.

a capital de goiás é uma cidade ainda jovem (81 anos), planejada e er-guida para ser a capital política e ad-ministrativa do estado. era a época da “marcha para o oeste”, política do pri-meiro governo getúlio vargas para de-senvolver e incentivar a ocupação des-sa região do brasil. a ideia era abrigar 50 mil pessoas – hoje já são mais de 1,4 milhão de habitantes.

hoje, goiânia é uma das cidades com melhor qualidade de vida do bra-sil e possui, ainda, a maior área verde por habitante (94m2). para a juventude brasileira, há também o peso simbólico por ser capital do estado de honestino guimarães, um líder histórico da une.

GOIÁS, TERRA DE HONESTINO

honestino foi eleito vice-presiden-te da une no congresso histórico de ibiúna (sp), em 1969, e assumiu a pre-sidência interina da entidade no mes-mo ano, após a prisão de jean marc von der Weid. o estudante de geologia da unb desapareceu em outubro de 1972, após ser preso pela sexta vez. foi torturado, morto e teve o corpo ocultado pela ditadura militar.

em abril de 2014, ele recebeu anis-tia política do governo brasileiro e a família, finalmente, teve uma certidão de óbito que reconhece a morte cau-sada por “atos de violência praticados pelo estado”. a família abriu mão de qualquer reparação financeira.

em goiânia, a memória de hones-tino é exaltada no nome da praça uni-versitária, que receberá atividades do 54º congresso da une, e em uma das principais avenidas da cidade.

ATRAÇÕES AO AR lIVRE

a praça universitária já é ponto de encontro tradicional dos estudantes goianos por abrigar, em seu entorno, instituições como a puc-go e a ufg

vista panôramica da praça universitária em goiânia.

passeata dos 100 mil no rio de janeiro, em 1968.

GOIÁS ABRE OS BRAÇOS PARA OS ESTUDANTES DO BRASIL

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8 | NOSSA VOZ – Edição Especial - 54º Congresso da UNE

faCEbOOkMayara

A UNE somos nós! É a nossa força e a nossa voz!

Luiz Otávio

Eita fidapeste, demoremo mais tamo chegando divagarzim. Játamo se indo, e rapidim cheguemo, to encabulado com tanta beleza sô. #PAAAAAAAAAAAAAAARTIU #UPE #UNE #CONGRESSODAUNE #GOIANIAÂAAAAAAAAAAAAA

Maria Das Neves

Tá tendo! Eleição de delegadas (os) para o #54CONUNE #DCEUNIDERP

iNstagram

@lanpratesBons momentos infelizmente não ficam para sempre. #CONUNE #GOIANIA #SAUDADE

@mateuscoelhoAqui está presente o movimento estudantil! #MOVIMENTOESTUDANTIL #AUNESOMOSNOS #UEEMG #UNE

@natidoriaNova cultura política: temos. #54CONUNE

@higorjuanMomento marcante da Eleição dos Delegados do #CONUNE e #CONUPE! Senhora de Mais de 60 anos, cadeirante e estudante de Relações Internacionais participa da votação! Ao colocar o voto na urna ela ainda disse: Obrigado Meninos, Boa Sorte! #I9UNICURITIBA #54CONUNE

twittErLara @lariinhaacMobilização bombando para o 54º CONGRESSO DA UNE! #CONUNE (@ Faculdade Vasco da Gama in Salvador, BA)

Nathália Nadine @NathaliaNadineEsse ano tem uhull #conune Por uma juventude politizada |o|

Ronald Luiz @sorrisouneUm aviso aos navegantes do Governo Federal: contra os cortes,

vai ter muita mobilização! #aUNEsomosNós

Alice Palafóz @alicepalafozVou aproveitar pra dormir e estudar, pq semana que vem.... #CONUNE

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Adson_Trocades @Trocades A @uneoficial vai realizar o maior congresso dos últimos tempos. #UNE #CONUNE


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