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Page 1: Jornal folha oeste março 2010

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Coordenador e chefe de fis-

calização da ANP/SP, Alcides

Amazonas, lidera a Força Ta-

refa que desde 2007 está nas

Em Defesa do Consumidor

ruas de São Paulo fiscalizando

postos que comercializam com-

bustíveis adulterados. Ele afir-

ma que “não se roda um quilô-

metro em São Paulo sem se ver

um posto interditado, é uma

guerra que está sendo vencida”

Destaques

O forte e combativo trabalho de

fiscalização imposto pela ANP/SP

tem diminuído práticas abusivas

e tirado empresas da informali-

dade no mercadoPág. 2

Pág. 3

Pág. 6Leia mais nas págs. 4 e 5

Destaques

Mercado de combustíveis

Combate à adulteração

Prática fraudulenta e crimi-

nosa tem lesado consumido-

res. ANP dá dicas para iden-

tificar a adulteração

Cerco aos fraudadores

Fiscalização chefiada por Alci-

des Amazonas vence a batalha

contra a adulteração em todo o

Estado de São Paulo

QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS MELHORASIGNIFICATIVAMENTE EM SÃO PAULO

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A Petrobras e suas parceirasna exploração de petróleo iden-tificaram, em meados de 2007,vários pontos com indícios dereservas desta matéria-primadistribuídos pela camada depré-sal, em profundidades deaté 8.000 metros, que se esten-de numa faixa de 800 quilôme-tros da costa litorânea do Espí-rito Santo a Santa Catarina.

Já em novembro do ano pas-sado, a estatal brasileira anun-ciou a descoberta de uma megareserva de petróleo no campo deTupi, na Bacia de Santos, que ficaentre os Estados de São Paulo eRio de Janeiro. Estima-se que, deacordo com cálculos da empresa,esta área tenha potencial paraproduzir em torno de 5 a 8 bilhõesde barris/dia, o que tornará o paísnuma das maiores potênciasmundiais neste setor.

Esta perspectiva, caso venhaa se consolidar, dará um impul-so substancial em vários seg-mentos produtivos com a ampli-ação da mão-de-obra, produtos,serviços e logística. As cidadese os municípios produtores e/oudistribuidores receberão quan-tias consideráveis do GovernoFederal, que poderão investi-las na melhora da saúde, edu-cação, infra-estrutura, dentreoutras. O emprego estará emconstante aquecimento, fatoreste que será importante para arobustez da economia nacional.

O tema pré-sal ao mesmo tem-po que vislumbra um futuro comdesenvolvimento, prosperidadee riqueza para o país, gera preo-cupação de seus vários atoresenvolvidos. Um dos motivos: aLei nº 9.478, de 1997, que findoucom o monopólio estatal e abriuespaço para as empresas petro-líferas multinacionais de explo-rarem e produzirem tanto o pe-tróleo quanto o gás brasileiro.

Sindicatos, organizadores,atores de vários setores, nestecontexto, defendem a revisão eaté anulação da lei em vigor porum novo marco regulatório quetem como objetivo regular estaatividade e desta forma garan-tir que as reservas, os poços deexploração, a produção sejamcontroladas pelo Estado de di-reito que é o Brasil, livre dequalquer disputa estrangeira.

Já o Governo Federal, sobre-tudo pelo fato de a Petrobrasnão saber exatamente o poten-cial de petróleo e gás existen-tes nas reservas de pré-sal, de-cidiu que os processos de con-cessões serão feitas somentenas áreas em terra e em águas

rasas. O Governo também con-sidera a possibilidade de se cri-ar uma estatal, a qual seria ba-tizada de Petrosal, que seria res-ponsável pela administraçãodos campos de pré-sal e pelacontratação de empresas paraexploração do gás e do petróleo.

Para Alcides Amazonas

esta descoberta é fruto de mui-to trabalho e investimento pro-movidos pelo Governo Federale, portanto, os recursos oriun-dos da exploração, produção ecomercialização do petróleoexistente nas mega reservas nospróximos anos devem ser des-tinados ao desenvolvimento dopaís em áreas como saúde, edu-cação e habitação.

Pré-sal, uma questãode soberania nacionalSegundo estudos da Petrobras, o país possui mega reservas de petróleo na camada pré-sal; correntes

da sociedade defendem a soberania da estatal sobre a exploração

Desenvolvimento

A exploração nopré-sal pode colocaro país entre osmaiores produtoresdo mundo

A distribuição dos royaltiesdo pré-sal tem causado bastan-te polêmica e discussão, sobre-tudo por causa da emendaaprovada, no início de março,na Câmara dos Deputados.Apresentada pelos deputadosfederais Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), ela determina que esta dis-tribuição, com exceção daUnião, seja rateada 50% paraEstados e Municípios do país.

Se for confirmado este cená-rio (falta passar pela aprovaçãodo Senado), Rio de Janeiro eEspírito Santo, que possuemgrandes reservas e tem áreasexploradas pela Petrobras, se-rão frontalmente prejudicadoscom a perda estimada em tor-no de R$ 7,5 bilhões em seuscofres. O governo carioca, porexemplo, indignado com estefato, lançou a campanha “Con-tra a Covardia, em Defesa doRio”, que busca apoio da socie-dade contra a emenda aprova-da na Câmara dos Deputados.

Para Alcides Amazonas, aquestão dos royalties por abran-ger muitos interesses gera polê-mica, no entanto, compreendeque todo o país deve se benefici-ar com os recursos que virão dopré-sal. “A questão dos royaltiesé uma grande polêmica, masestá sendo debatido no Congres-so. As cidades que são atingidasdiretamente com a exploraçãodo pré-sal, que sofrem com im-pactos ambiental e de infraes-trutura, devem, sim, ser bene-ficiadas talvez com um percen-tual maior, mas é certo que to-das as cidades brasileiras preci-sam ser beneficiadas com a dis-tribuição dos royalties”, afirmou.

Congresso discutea distribuição dos

royalties do pré-sal

Na última semana de março foi

dado início em várias capitais do

país à Jornada de Lutas, encabe-

çada pela União Nacional dos Es-

tudantes (UNE), União Brasileira

dos Estudantes Secundaristas

(UBES) e Associação Nacional dos

Pós-Graduandos (ANPG).

A principal reivindicação des-

te movimento estudantil é a des-

tinação de 50% dos recursos pro-

venientes da exploração do pré-

sal para investimentos na Edu-

cação. “O Brasil todo já está mobi-

lizado. Vamos mostrar a ampla capi-

laridade do movimento estudantil

pelo país, que está disposto a lutar

pelos recursos do fundo do pré-sal

para a Educação”, declarou o presi-

dente da UNE, Augusto Chagas.

Vale destacar que este movimento

vem sendo realizado desde o ano pas-

sado, com a UNE a frente de atos e

eventos, pois segundo Augusto Chagas

é fundamental que a população enten-

da o quão significa a riqueza do pré-sal

e os benefícios positivos com a destina-

ção de seus recursos para a sociedade.

Movimento estudantil reivindica 50%dos recursos do pré-sal para a Educação

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2Mercado

Expediente

O setor de combustíveis no

país, mesmo com sua expansão

motivada especialmente pela

flexibilização do mercado, con-

tinua sofrendo com a prática

da adulteração. Prova disso é

que os cofres brasileiros, no

ano passado, deixaram de ar-

recadar em torno de R$ 1 bi-

lhão apenas com a sonegação

fiscal do etanol, segundo cál-

culos do Sindicom.

A atuação destes fraudado-

res, cujos tentáculos se movi-

mentam em vários setores da so-

ciedade, tem como vítimas prin-

cipais os consumidores (lesados

pela adulteração e avarias me-

cânicas), a iniciativa privada

(através da concorrência desle-

Fiscalização ajuda no fortalecimentodo mercado de combustíveisO forte e combativo trabalho de fiscalização imposto pela ANP tem diminuído

práticas abusivas e tirado empresas da informalidade no mercado

al nos preços praticados no mer-

cado) e o governo (com a sonega-

ção fiscal nas esferas municipal,

estadual e federal).

Este cenário desfavorável no

setor, no entanto, tem sido re-

vertido progressivamente com a

ação firme e combativa da Agên-

cia Nacional do Petróleo, Gás

Natural e Bicombustíveis (ANP/

SP), em conjunto com outros ór-

gãos reguladores como a Prefei-

tura de São Paulo, o PROCON,

a Secretaria Estadual da Fazen-

da, dentre outros, que estão indo

a campo fiscalizar e punir dis-

tribuidoras e postos que comen-

tem práticas abusivas.

“Estamos na rua, com nos-

sa equipe de fiscalização aten-

ta para dar um basta nas frau-

des e adulterações cometidas

por distribuidoras e postos de

combustíveis, que frequente-

mente lesam os consumidores

e a sociedade de modo geral”,

destacou o coordenador e che-

fe de fiscalização da ANP/SP,

Alcides Amazonas.

Vale destacar que o trabalho

de fiscalização tem colaborado

para o fortalecimento do mer-

cado, uma vez que muitos esta-

belecimentos preocupados com

as punições oriundas da fiscali-

zação tem migrado para a for-

malidade, o que vem contribu-

indo para diminuir a sonegação

fiscal e a própria adulteração.

“Nós contribuimos para a

construção de um mercado

mais equilibrado, que funcione

através da concorrência leal,

onde todos tenham espaço para

trabalhar, produzir e pagar im-

postos, o que vai permitir que

o Estado arrecade mais. Um

mercado saudável ajuda na ge-

ração de empregos, distribui-

ção de renda e aquecimento da

economia”, destacou.

A perspectiva é que neste ano

o mercado de combustíveis al-

cance o crescimento na ordem

dos 9% em relação ao ano pas-

sado, que de acordo com o dire-

tor da ANP, Alan Kardec, é vis-

to como “um cenário bastante

positivo, tendo em vista que

outros mercados sofreram com

a queda de consumo”.

Diretor Executivo/Jornalista:José Roberto Silva dos Santos - Mtb n° 55834/SP

Diretor Jurídico: Dr. Reginaldo da Silva

Jornalista Responsável:Willian Ribeiro – Mtb nO 42.181/SP

Projeto Gráfico/Editoração:Osney Moura (41.081/SP)

Filiado à

As matérias, colunas e artigos assinados não representam necessariamente a opinião deste jornal, sendo de inteira responsabilidade dos autores.

Produção e Impressão:QS Graph Gráfica & Editora Ltda.

Abr/Mai/Jun 2010

Tiragem: 100.000 exemplares.

CNPJ: 07.575.101/0001-30 INSCR. MUNICIPAL 80.072

é uma publicação Folha Oeste Comuni-

cação Ltda. - A notícia no Bico do Galo –

Edição São Paulo.

O trabalho de combate à adul-teração de combustíveis realiza-do pela ANP/SP e chefiado porAlcides Amazonas é de extremacompetência, pois tem ajudado aeliminar esta prática tão danosapara todos nós.

Este combate à adulteração temcomo reflexos da sua rigorosa fis-calização, apreensão, interdição emultas aos infratores, uma série debenefícios convertidos para a soci-edade paulista. Vamos a elas!!!

O consumidor livre desta açãoadquire um produto com procedên-cia, de qualidade, que será reverti-do em maior rendimento do quilô-metro rodado por litro. Isto, certa-mente, resulta em economia nobolso. Além disso, seu patrimôniofica livre de avarias mecânicas.

O mercado composto por cer-ca de 2.000 estabelecimentos, ape-nas na cidade de São Paulo, ga-nha maior robustez e credibilida-de, uma vez que trabalhando deforma legal atrai mais clientes,aumenta a produtividade, eleva alucratividade e oferece mais em-pregos que aquecem a economia.

E, por fim, os governos (munici-pal, estadual e federal), a partir domomento em que seus contribuin-tes pagam os impostos em dia, es-tancam a sangria da sonegação fis-cal injetando verbas maiores que po-dem ser aplicadas na saúde, na edu-cação, na habitação, dentre outras.

Alcides Amazonas e a ANP/SP,portanto, estão de parabéns poisestão colaborando para o fortaleci-mento do mercado de combustíveise para o benefício do consumidor eda sociedade que deixam de ser le-sados por esta prática irregular.

Combate ao combustíveladulterado traz grandesbenefícios à sociedade

José Roberto Silva dos SantosDiretor Executivo

A intensa fiscalização daANP/SP colaborou para ocrescimento do mercadode combustíveis

A intensa fiscalização daANP/SP colaborou para ocrescimento do mercadode combustíveis

7

A frota de veículos no Esta-do de São Paulo, segundo da-dos do DETRAN/SP, chegou àincrível casa dos 18 milhões noúltimo mês de fevereiro. Estenúmero significa que houve umaumento considerável em tor-no de 10% da frota no mesmoperíodo do ano passado.

Na linha desta expansão porrodas também podemos listaros caminhões que transportamo progresso, os ônibus e vans(municipal, intermunicipal,fretados...) que deslocam nos-sos incansáveis trabalhadores,as motos de rápidas entregas,enfim, que somados são respon-sáveis por dinamizar as ativi-dades de todos os setores pro-dutivos em nossa sociedade.

Este contexto desenhado notexto acima, ao mesmo tempoem que é visto como mola pro-pulsora do desenvolvimento edo progresso traz consigo, emparalelo, uma série de proble-mas aos seus habitantes inseri-dos nas cidades brasileiras,como barulho em excesso, en-garrafamentos, congestiona-mentos, acidentes de trânsito,falta de respeito entre motoris-tas, dentre outros.

Outro problema correlacio-nado e tão sério quanto aos men-cionados, é o da poluição atmos-férica, que nos últimos anos temcausado sérios danos à saúdedas pessoas e do meio ambien-te, respectivamente.

Os milhares de escapamen-tos, todos os dias, liberam na at-mosfera paulista gases extrema-mente danosos como monóxidode carbono, óxido de nitrogênio,dióxido de enxofre e hidrocarbo-netos, que são os causadores dedoenças como bronquite, asma,alergia, secreção nos olhos e poraí segue. Prova disso é que oshospitais municipais, estaduaise particulares registram núme-

ros consideráveis de pacientesatendidos com doenças proveni-entes da poluição.

Estes mesmos gases agridemde forma feroz e progressiva anatureza, pois tornam o ar im-puro (quantas vezes o céu azulda cidade não esteve encobertopor uma camada ocre), diminu-em a camada de ozônio respon-sável pela incidência dos raiosultravioletas nos olhos e na pele,aumentam o efeito estufa queprovoca o aumento da tempera-tura e causam a chuva ácida quemata plantas, animais e corro-em monumentos e edifícios.

Também estão no rol dosagentes causadores da poluiçãoa adulteração de combustíveis,que é responsável pelo aumen-to da emissão de poluentes naatmosfera por causa da mistu-ra de solventes na gasolina e demetanol no etanol.

Este cenário alarmante temproduzido uma série de açõescom o objetivo de estancar estasangria tão prejudicial à soci-edade. Podemos listar aquibrevemente as montadorasque passaram a instalar nosveículos catalisadores nos es-capamentos para diminuir a li-beração de gases tóxicos e aprefeitura de São Paulo queimplantou o rodízio semanal ea Inspeção Veicular.

Dentre estes atores de sumaimportância destaca-se a açãocontínua e enérgica da ANP/SP,que por meio de sua fiscalizaçãovem procurando coibir práticasabusivas que possam gerar agen-tes poluidores. “O nosso traba-lho de fiscalização tem como umade suas vertentes desbaratarpráticas fraudulentas e negligen-tes e regular as atividades de-senvolvidas no setor de combus-tíveis que possam causar a po-luição do ecossistema vigente”,disse Alcides Amazonas.

ANP desdobra seus trabalhos com o objetivo de coibir a poluição através da adulteração

Meio Ambiente

Fiscalização contribui para adiminuição dos índices de poluição

Não são apenas o etanol, a gaso-

lina ou ambos na condição de adul-

terados os únicos vilões causadores

da emissão de gases poluentes lan-

çados no ar das cidades brasileiras.

Junta-se a estes o diesel, responsá-

vel pela emissão de enxofre, comu-

mente usado em veículos de grande

porte, como os ônibus, os caminhões,

além de uma pequena parcela de ve-

ículos leves importados.

A ANP/SP enquanto órgão re-

gulador, não tem como mecanismo

apenas seu intenso trabalho de fis-

calização. Não mesmo. Ela também

conta com a disposição de portarias

e resoluções que são importantes

para estabelecer limites de emissão.

No caso específico do diesel, a

agência apresentou a Resolução no31,de 14 de outubro de 2009, que tempor finalidade definir a especificaçãodo óleo diesel de uso rodoviário aosveículos automotores, conforme os cri-térios fixados pelo Programa de Con-trole da Poluição do Ar por VeículosAutomotores (PROCONVE).

“Desde que esta resolução entrou

Combustível adulterado eleva os índices de poluição lançados todosos dias na atmosfera

em vigor, no ano passado, o nossodiesel está menos poluente. Até en-tão este produto continha muito en-xofre, cuja taxa foi reduzida em dezvezes. A ANP, portanto, tem con-centrado esforços no sentido de di-minuir gradativamente a presençade enxofre no diesel”, afirmou Alci-

des Amazonas.Atualmente, na Europa, o diesel

utilizado pela frota de veículos é oS-10, que corresponde a 10 partí-culas por milhão de enxofre. No Bra-sil, mesmo com a vigência desta re-solução, ainda é usado o S-50, cujapresença de enxofre é consideravel-mente maior. “É sobretudo por cau-sa deste contexto que a agência nun-ca liberou o uso de diesel na frotade veículos leves”, destacou.

De acordo com o coordenadore chefe de fiscalização da ANP/SP,existe uma previsão bem positivade que até 2012 o diesel usado nosveículos circulantes da frota na-cional seja equivalente ao europeu,o que vai colaborar para um am-biente com menos enxofre.

Diesel menos poluente é meta da ANP/SP

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A equipe de fiscalização daANP/SP, em conjunto com seusparceiros, têm agido com todorigor no sentido de impedir aadulteração no mercado.

Os postos, quando constatadaa presença de combustível adul-terado em seus tanques, tem suasbombas e as máquinas de emissãode Nota Fiscal lacradas, os pro-prietários pagam multas por irre-gularidade e sonegação fiscal epodem ter as respectivas inscri-ções estaduais cassadas. Penas se-veras também são aplicadas àsusinas e distribuidoras, em con-formidade com suas finalidades.

O fato é que a utilização da ga-solina e do etanol adulterados,além de provocar falhas re-

pentinas no motor, aumento

no consumo, entupimento dos

bicos injetores, pode, sim, cau-

sar sérios danos aos compo-

nentes do motor, como corro-

são das válvulas, da câmara

de combustão, derretimento

das mangueiras, insuficiência

da bomba de combustível,

dentre outras. Moral da histó-ria: o consumidor, vítima destaprática, além de ser lesado comum combustível irregular podeter que arcar com prejuízos bem

Combate à adulteraçãoEsta prática fraudulenta e criminosa tem lesado consumidores; ANP dá dicas para identificar a adulteração

A adulteração de combustíveis pode ser vencida com aconscientização dos consumidores

Consumidor

A ANP/SP, dentre suas atri-

buições, é também responsável

pela normatização e fiscaliza-

ção do Gás Liquefeito de Petró-

leo (GLP), conhecido popular-

mente como gás de cozinha.

Este produto, altamente in-

flamável, de acordo com dados

levantados pela agência em in-

cursões a campo, é vendido em

estabelecimentos comerciais

como mercadinhos, padarias,

açougues, mercearias, clandes-

tinamente, sem qualquer cui-

dado com sua logística.

As equipes de fiscalização

da ANP/SP tem jogado pesa-

do pra cima dos estabeleci-

mentos que vendem botijões

de forma irregular, com au-

tuações, apreensões e aplica-

ções de multas severas.

“Estamos combatendo esta

prática com todo rigor, pois

este produto se manipulado

de forma incorreta represen-

ta risco à saúde dos consumi-

dores por conter alto risco de

explosão”, afirmou o coorde-

nador e chefe de fiscalização,

Alcides Amazonas.

Para ele o consumidor deve

comprar botijão somente de re-

vendas autorizadas pela ANP,

verificar se o mesmo não tem

o lacre rompido, está em bom

estado (sem amassados e fer-

rugens) e na dúvida solicitar

a sua pesagem. “No caso de ir-

regularidades o consumidor

deve ligar para 0800 9700267

e denunciar, tendo em vista

que a colaboração é funda-

mental para vencermos mais

esta batalha”, ressaltou.

GLP também

é fiscalizado

pela ANP/SP

� PROCON0800 7730151

� ANP/SP0800 9700267

www.anp.gov.br

� Secretaria de Estado dosNegócios da Fazendawww.fazenda.sp.gov.br

� CONTRU/SP(11) 3397-3655 / [email protected]

Você pode ajudar na luta

contra a adulteração!

DENUNCIE

Uma boa parcela do sucesso daOperação Força Tarefa, realizadapela ANP/SP e seus parceiros, coma chefia de Alcides Amazonas, sedeve a adesão da imprensa que ves-tiu a camisa “contra a adulteraçãodos combustíveis em São Paulo”.

“Não tenho dúvidas de que o tra-balho desenvolvido pela imprensafoi intenso e continua sendo funda-mental para ganhar a consciênciados consumidores”, destacou.

O telejornal SPTV, da Rede

Globo, por exemplo, durante me-

ses exibiu nas suas edições de

maiores no seu bolso para conser-tar as avarias no motor.

Alcides Amazonas afirmaque para fugir das fraudes pra-ticadas no mercado, o motoris-ta, assim que pensar em abas-tecer seu carro, deve atentar-separa alguns detalhes crucias. “Éfundamental que o motoristaabasteça seu carro no posto deconfiança, desconfie das promo-ções milagrosas (dos finais desemana e das madrugadas), tro-que de posto caso o consumo es-teja acima do normal, peça o tes-te do combustível e sempre exi-ja a Nota Fiscal”, afirmou.

Mídia teve atuação importanteno combate à adulteração

segunda a sexta-feira, o quadro

“Blitz do Combustível”, onde uma

equipe de reportagem acompanha-

va as incursões dos fiscais da

ANP/SP em busca de postos com

combustíveis adulterados.

Para Alcides Amazonas, a cria-ção de um quadro voltado especifi-camente para o combate à adultera-ção de combustíveis, em um progra-ma de grande audiência como oSPTV, mostra o quão a mídia, demodo geral, está engajada em nosajudar a acabar de vez com esta prá-tica lesiva à sociedade.

6

A ANP/SP realizou em con-junto com a Polícia Rodoviá-ria Estadual, a Secretaria daFazenda de São Paulo e oPROCON, entre os dias 12 a14 de janeiro, a Operação Eta-nol, em algumas regiões doEstado de São Paulo, cujo ob-jetivo foi combater a sonega-ção de tributos e verificar aqualidade do combustível.

Foram vistoriados, ao todo,253 caminhões que transporta-vam etanol por estradas das re-giões de Ribeirão Preto, SãoJosé do Rio Preto, Sorocaba,Paulínia e São José dos Campos.

Na ocasião foram autuadas31 distribuidoras de combus-tíveis, que, de acordo com aequipe de fiscalização daagência, estão sujeitas a mul-tas que variam de R$ 5 mil aR$ 5 milhões, definidas con-forme a infração cometida.

Muitos postos de combustí-veis que comercializavam esteproduto também não escapa-ram da malha fina, que teveinício por intermédio do coor-denador e chefe de fiscaliza-ção da ANP/SP, Alcides Ama-

zonas, que recebera denúnciadesta prática ilegal no últimodia 20 de janeiro.

Por isso, uma equipe de fis-calização, no dia 02 de feverei-ro, interditou duas bombas deetanol em um posto de SantoAndré, na Região do ABC, queapresentavam significativasporcentagens de metanol mis-turado ao álcool: 79,3% e 95,8.

Um dia depois, o CONTRUem parceria com a ANP/SP eas subprefeituras de Santana

e Ermelino Matarazzo, comapoio da Polícia Militar, lacra-ram bombas de postos em San-tana e na Penha, que na oca-sião detectaram 5,8% e 13% demetanol na mistura.

E no dia 12 de fevereiro, aANP/SP com a Secretaria Esta-dual da Fazenda, o Ipem, o PRO-CON, a Polícia Fazendária e aPrefeitura de Guarulhos, inter-ditou três bombas de etanol emposto no bairro do Picanço, emGuarulhos, que continham dife-rentes quantidades de metanol(33,7%, 21,1% e 6,3%).

Nas três ações, as bombasverificadas como irregularesforam imediatamente lacradaspara, sobretudo, resguardar asaúde e o bem-estar dos fren-tistas e dos consumidores,uma vez que o metanol é umasubstância altamente tóxicaque pode causar a cegueira oumesmo a morte, caso o manu-seio não seja feito com equipa-mentos de proteção.

Já os proprietários dos pos-tos flagrados responderão inqu-érito, nas esferas administrati-va e penal, pois as interdiçõesforam denunciadas ao Ministé-rio Público Federal.

De acordo com Alcides Ama-

zonas estes foram os primeiroscasos que apresentaram a pre-sença de metanol misturado aoetanol e, por isso, a operaçãoserá intensificada para comba-ter este tipo de fraude. “A agên-cia vai intensificar a coleta deamostras em São Paulo para ve-rificar se outros postos tambémestão vendendo etanol contami-nado com metanol”, enfatizou.

ANP aperta o cerco a distribuidorese postos fraudulentos em São Paulo

Operação Etanol e Força Tarefa em distribuidoras e postos de combustíveis estão coibindo fraudes e práticas abusivas contra a ordem econômica

Fiscalização na rua

Fiscalização vence a adulteraçãono Estado de São Paulo

Índices de não-conformidade para a gasolina

Índices de não-conformidade para o diesel

Índices de não-conformidade para o etanol

* Números elaborados e informados em percentagens, segundo dados do Programa Nacional do Monitoramen-

to de Qualidade de Combustíveis (PMQC)

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A adulteração de combustí-veis é uma prática fraudulentaque está em cena há vários anosno país, lesando os consumido-res, as empresas que trabalhamna legalidade e o Estado.

Este cenário negativo, no en-tanto, está sendo revertido coma ação firme e combativa da For-ça Tarefa, criada em 2007, enca-beçada pela ANP/SP em conjun-to com a Prefeitura Municipal eoutros importantes parceiros,que juntos vem desde então tra-vando uma guerra para aniqui-lar de vez este crime tão maléfi-co para a sociedade.

A frente desta operação estáo coordenador e chefe de fisca-lização da ANP/SP, AlcidesAmazonas, que desde 2005neste cargo tem se desdobradoem esforços para criar meca-nismos de combate à adultera-ção, que possam fortalecer omercado de combustíveis.

Em entrevista ao jornal Fo-lha Oeste, Alcides Amazonasfala da criação da Força Tarefa,da importância dos parceirospara o sucesso da operação, doatual cenário do mercado, dasperspectivas que envolvem otrabalho da ANP e mais um sé-rie de outros assuntos que va-lem a pena conferi-los a seguir.

Folha Oeste: De que formafoi iniciada a Força Tarefa?

Após fazer um amplo levan-tamento eu pude constatar queo problema da adulteração es-tava disseminado por toda cida-de, pois naquela oportunidadehavia uma certa impunidade ea adulteração estava atingindoíndices na casa de 20%.

Foi assim que iniciamos naANP um sério trabalho com oobjetivo de combater este tipode prática. Convidei a Prefei-tura Municipal, que se dispôsa montar uma Força Tarefa deCombate à Adulteração, queexiste até hoje.

Folha Oeste: Quantospostos foram interditados

desde a implantação daForça Tarefa em 2007?

Olha, só na capital neste pe-ríodo foram interditados cercade 250 postos, com os mais di-versos problemas, mas o prin-cipal sempre foi a adulteraçãoda gasolina e do etanol.

Folha Oeste: Qual é o atu-al panorama do mercado decombustíveis com o trabalhoda Força Tarefa?

Se a adulteração chegava acasa dos 20% em alguns lugaresem São Paulo, hoje a média daadulteração está em torno de 1,6,1,8, 2,0%. Por isso, o combustí-vel de São Paulo e do Brasil éequiparado na sua qualidade aosdos países considerados de pri-meiro mundo, isto porque os ín-dices de adulteração mostradossão vistos como aceitáveis.

Folha Oeste: Quais são osparceiros que estão juntocom a Prefeitura e a ANP/SPna Força Tarefa?

Estão conosco à frente daForça Tarefa, além da Prefei-tura, o Ministério Público doEstado de São Paulo, o CON-TRU, a Polícia Fazendária, aSecretaria Estadual da Fazen-da, o Ipem, e mais recentemen-te o PROCON.

Além destes parceiros, te-mos a colaboração permanentedo Sindicom, do Sincopetro, doRegran, do Resan e do Recap.

Folha Oeste: Qual a im-portância da mídia nesteprocesso?

Eu comecei a perceber quefaltava incluir neste processo oconsumidor. Foi então que tivea iniciativa de percorrer as re-dações dos principais jornais,emissoras de televisão e de rá-dio para buscar adesão a nossacampanha. E conseguimos!!!

Prova disso é que o telejornalSPTV chegou a criar um quadroespecial, “Blitz do Combustível”,que ia ao ar três vezes por se-mana, acompanhando in loconossas equipes de fiscalização.

Folha Oeste: Destaque aspráticas que os fraudadoresutilizam para escapar dafiscalização.

Primeiro surgiu a válvula re-versora, cujo equipamento per-mite vender combustível adul-terado e, quando a fiscalizaçãochega, substitui o produto ruimpor aquele de qualidade.

Outro mecanismo é a chama-da “caneta” que fica rosqueadana boca do tanque e comporta10, 15 litros de combustível bompara análise do fiscal, enquan-to os 30 mil litros adulteradospermanecem no tanque.

Existe também a fraude naquantidade, conhecida como“bomba baixa”, ou seja, quando ocliente pede para abastecer 20litros, no tanque entram 17, 18.

Ah, outro tipo de fraude queconstatamos foi o clone, cujos pos-tos de bandeira branca eram pin-tados com as cores dos postosbandeirados, além da associaçãode nomes para ludibriar os con-sumidores, como, por exemplo,Shell por Shall, 13R por BR.

Folha Oeste: Quais foramos resultados obtidos com afiscalização para coibir aação destas práticas?

Fechamos mais de 60 postospor apresentarem as válvulasreversoras. Acabamos com aprática da caneta, por meio deinúmeras ações combativasdos nossos fiscais. Após detec-tarmos a bomba baixa, fomos acampo e junto com o Ipem re-duzimos bastante a ação destafraude. Vários postos clonadosforam autuados e fechados, oque diminuiu esta prática con-sideravelmente.

Folha Oeste: Como os frau-dadores adulteram os com-bustíveis?

A adulteração da gasolina éfeita com a adição de etanol (oantigo álcool). No caso do eta-nol, propriamente, a adiçãomais comum que chamamos de“etanol molhado”, se faz com a

mistura de água comum, a detorneira, embora esta práticatenha reduzido bastante.

Recentemente foi descober-to outro tipo de adulteração,inédito em São Paulo, que foi amistura do metanol no etanol,provocado pela entressafra domercado cujo preço deste pro-duto é mais atrativo.

Folha Oeste: Como vocêconstatou este novo tipo deadulteração?

No dia de 20 de janeiro, eu re-cebi a denúncia de um derrama-mento de metanol em São Paulo.Então, imediatamente converseicom os laboratórios conveniadospara verificar se de fato esta de-núncia tinha procedência.

Inicialmente foram coleta-das 55 amostras de postos epara nossa surpresa 10 destesacusavam a presença de meta-nol. Estes postos foram inter-ditados, lacrados, inclusive fe-chamos duas distribuidoras emPaulínia que armazenavam cer-ca de 1 milhão de litros.

Força Tarefa, com a liderança firme de Alcides Amazonas, está vencendo a batalha contra a adulteração

de combustíveis em São Paulo

Consumidor

Em Defesa do ConsumidorEm Defesa do Consumidor

Alcides Amazonas lacrando bomba que apresentava combustível adulterado

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Folha Oeste: Quais açõestêm sido realizadas para coi-bir esta prática?

Vale destacar que nós comba-temos este fraude com muita for-ça, e, em aproximadamente 15 dias,eliminamos o metanol em São Pau-lo. Os consumidores podem ficartranqüilos, uma vez que já anali-samos mais de 500 amostras, e,portanto, não deixaremos que esteproduto volte ao mercado.

Folha Oeste: Quais são asperspectivas da ANP/SPpara este ano?

A ANP/SP tem procurado seequipar cada vez mais, se estru-turar melhor para não deixar apeteca cair, porque se a genteafrouxar, baixar a guarda, a frau-de pode voltar. Por isso, o órgãorealizará um novo concurso pú-blico, além de dois anteriores,após 20 anos, com o objetivo deotimizar ainda a nossa equipe detrabalho. Está em processo de li-citação a contratação de labora-tórios móveis, fechamos um novocontrato com a empresa de trans-

porte para contar com veículosmelhor equipados à disposiçãodos fiscais e alugamos um novoespaço com dois andares em tor-no de 1.000 m2.

Folha Oeste: Existe algumapossibilidade de tornar a le-gislação sobre a adulteraçãode combustíveis mais eficaz?

Sim. Estamos aprimorando anossa legislação com o objetivo detorná-la mais eficiente para com-bater qualquer tipo de adultera-ção. Estamos agilizando o proces-so de julgamento, pois quando in-terditamos um posto é através demedida cautelar, cujo processoadministrativo demorava três,quatro, cinco anos para ser julga-do. O infrator, muitas vezes, nãorecebia a multa em casa, pois oprocesso era muito moroso. Hoje,existe um processo de descentra-lização, onde aqui mesmo no es-critório da ANP nós fazemos o jul-gamento dos processos adminis-trativos que podem gerar as mul-tas que são entregues aos infra-tores num prazo de 160 a 180 dias.

A história deste incansável líder em defesa do

cidadão teve início há 47 anos, no Paraná. Ainda

jovem, migrou para São Paulo, que, anos mais tarde,

seria seu palco de lutas e conquistas.

Mas antes disso, morou por quatro anos no Pará,

quando esteve nas fileiras do Exército. Foi de lá que

surgiu o nome que hoje é reconhecido em todo o país:

Alcides Amazonas.

No seu retorno a São Paulo, trabalhou por 20 anos

como motorista da extinta CMTC. Neste período se

destacou como um importante personagem em favor

dos direitos dos trabalhadores.

No mundo sindical teve atuação marcante como

cipeiro, membro da Comissão de Garagem, diretor

representante dos trabalhadores da CMTC e secre-

tário-geral do Sindicato dos Motoristas de São Paulo.

No ano 2000 foi eleito vereador por São Paulo pelo

PCdoB-SP. Durante seu mandato sempre teve parti-

cipação atuante em prol do Setor dos Transportes e

de toda a sociedade.

Foi Alcides Amazonas, que entre seus vários Proje-

tos de Lei, evitou o desemprego dos cobradores de ôni-

bus por causa da inserção da catraca eletrônica e

acabou com a frota de ônibus de motor dianteiro.

Assumiu em novembro de 2005 o cargo de coorde-

nador e chefe de fiscalização da ANP, em São Paulo,

onde, desde então, tem lutado intensamente contra

a adulteração de combustíveis.

Com quase cinco anos de trabalho, os resultados

obtidos por Alcides Amazonas e suas equipes de fis-

calização apenas na cidade de São Paulo são im-

pressionantes:

� 1.757 postos fiscalizados (dos cerca de

2.000 instalados).

� 5.990 documentos fiscalizados lavrados.

� 1.572 infrações.

� 356 interdições.

� 1.325 coletas de amostras.

Quem éAlcides

Amazonas

COMBUSTÍVEL LIMPO!!!Acesse www.alcidesamazonas.com.br


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