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Page 1: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

A diretoria da União das Associações de Bairros já está organizando o XII Congresso. Sob o tema “Atualizando Propostas de Políticas Públicas do Movimento Comunitário”, a

entidade busca que os comunitaristas discutam as suas demandas, para uma atualização da pauta de reivindicações do movimento comunitário | Págs. 08 e 09

Ano 18Nº 10

Jornaldos

Bairros Outubro 2014

Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM

3041.1273www.radiouabfm.com

Vem aí o XII Congresso da UAB

Esplanada 10/11 |19h30 CC Esplanada

Rizzo - 11/11 | 19h30 C.C. São Gabriel

Fátima - 13/11 | 19h30 C.C. Santa Fé

Cruzeiro - 17/11 | 19h30 Salão Igreja Cruzeiro

Ana Rech - 18/11 | 19h30 C.C. Eldorado

Santa Lúcia - 20/11 | 19h30 C.C. Cohab

Centro - 21/11 | 19h30Sede UAB

Rural, Forqueta e Galópolis - 24/11 | 19h30Sede UAB

Pré-Congressos XII Congresso

Abertura do XII Congresso

05 de novembro

Às 19h30

Rodadas de debate e deliberações

06 de novembro

Das 09h00 às 17h00

Sede da UAB

AgendaEntrega premiaçãoCampeonatos Interbairros Série Ouro e Feminino25/10 |19h30UAB

Assembleia Geral da UAB01/11 |14h UAB

Término das inscrições para Interbairros Categorias de Base - 05/11 Escolha da Mais Bela Comunitária 15/11 |19h30Ginásio Nº 1 da UCS

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Jornal dos Bairros

Outubro 2014Opinião 02

Editorial

Jornal dos BairrosExpediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do SulFiliada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRA-CAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) Presidente: Valdir Walter

Diretor de Imprensa e Comunicação: Cláudio Teixeira - [email protected]: Karine Endres - MTb. 12.764 - [email protected]: Karine Endres e Luana ReisEditoração e Design Gráfico: Karine Endres

E-mail: [email protected] Telefone: 3238.5348Tiragem: 10.000 exemplares

Conselho Editorial:Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudio Teixeira, Flávio Fernandes, Karine Endres, Paulo Saussen e Valdir WalterEmail: [email protected]: 3219.4281Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Mande seu recadoEscreva para o Jornal dos Bairros. Mande sua sugestão, reclamação ou comentário.

Entregue na sede da UAB até a última semana de cada mês ou pelo e-mail [email protected]

XII Congresso da UAB: Atualizando Propostas de Políticas Públicas do

Movimento Comunitário

UAB Cultural oferece shows, oficinas e seminários

IFRS tem inscrições abertas para seleção de alunos

O ponto de cultural UAB Cultural está com uma série de oficinas abertas ao público. Gratuitas, elas abrangem desde atividades circenses até capaci-tação para o Carnaval.

Confira a agenda do ponto para as próximas semanas:

Oficinas regulares

Segundas: Oficina de Acrobacia em Te-cido | Horário: 15h30

Terças: Oficina de MC-Grafitte | Ho-rário: 19h

Quartas: Oficina de Adereços e Alego-rias de Carnaval | Horário: 15h

Quintas: Oficina de Adereços e Ale-gorias de Carnaval | Horário: 15h ||| Oficina de Acrobacia em Tecido | Ho-rário: 18h

Sextas: Oficina de Teatro | Horário: 19:00h

Eventos

17 de Outubro: Projeto LouvaDeus | Horário: 20h

19 de Outubro: Outubro do Samba | Horário: 16h

25 de Outubro: Show DJ Mono | Ho-rário: 20h30

1º de Novembro: Encontro Gospel | Horário: 21h

8 de Novembro: Encontro Hip Hop | Horário: 18h

15 de Novembro: Festival Dons | Ho-rário: 18h

Seminário de Cultura

28 de Novembro - Sexta-Feira | Inter-venções Artísticas | Horário: 20h

29 de Novembro – Sábado | Palestras e Debates | Horário: 40h e 14h30

30 de Novembro – Domingo | Almo-ço e Encontro de Cultura | Horário: 12h (almoço) e 14h30

O Instituto Federal já abriu as ins-crições para o processo seletivo 2015, referente ao primeiro semestre.

“Lembrem-se que os cursos do Ins-tituto Federal são gratuitos”, disse Valdir. Para o presidente da UAB, esta é uma oportunidade imperdível para que os jovens conquistem uma profissão pro-missora, com boa remuneração e opor-tunidade, de forma totalmente gratuita.

As inscrições para a prova, que equivale a um vestibular, iniciou no dia 6 de outubro, e podem ser feitas até 10 de novembro.

A taxa é de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) para os cursos de ensino médio e R$ 50,00 (cinquenta reais) para os cur-sos superiores.

As provas serão aplicadas no dia 7 de dezembro, na sede do Instituto em Caxias, no bairro Fátima.

Cursos e campus

O IFRS atende em 17 cidades gaú-chas: Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Erechim, Farroupilha, Feliz, Ibi-rubá, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rio

Grande, Rolante, Sertão, Vacaria, Vera-nópolis e Viamão.

Há cursos concomitantes ao ensi-no médio (quando o ensino médio e o técnico são feitos separadamente), téc-nico integrado (quando o curso engloba ao mesmo tempo o técnico e o ensino no médio), subsequencial (para quan-do o médio já foi concluído) e ensino superior (terceiro grau ou ‘faculdade’). Os cursos também são divididos em tecnologia, bacharelado e licentciatura.

Conquista

“O Instituto é uma conquista do povo de Caxias. O apoio do movimento comunitário foi fundamental para que ele saísse do papel e operasse. Agora temos que aproveitar essa oportunida-de que nossos jovens têm.”

Ele lembrou que o Instituto faz concurso prévio para ingresso. “São quatro anos de estudo, e nossos filhos saem formados em cursos como técni-cos em plástico. As empresas nem es-peram os alunos terminarem o curso e já contratam”, disse o presidente.

A União das Associações de Bairros de Caxias do Sul deflagrou o seu XII Con-gresso sob o chamamento ‘Atualizando Propostas de Políticas Públicas do Mo-vimento Comunitário’. Durante o mês de novembro ocorrerão plenárias pré-congressuais em todas as regiões da ci-dade, culminando com o XII Congresso no primeiro fim de semana de dezembro.

Para quem não lembra, no XI Con-gresso, em maio de 2012, a UAB discu-tiu o tema ‘Propostas de Políticas Pú-blicas do Movimento Comunitário para o Próximo Governo Municipal’, em que elaborou um documento com a síntese das discussões nas diversas áreas de in-teresse das comunidades.

Este documento foi entregue aos candidatos a prefeito, por ocasião do debate que ocorreu na sede da União. A ideia agora é rediscutir, dois anos e meio depois, as indicações feitas naque-le momento para aquele que viria a ser o vencedor do pleito e hoje prefeito, Alceu Barbosa Velho, de forma a averiguar o que foi conseguido avançar na melhoria das políticas públicas, o que não foi feito e o que deve ser acrescentado ou supri-mido, para assim termos uma nova sínte-se das necessidades e contribuições do Movimento Comunitário caxiense para o poder executivo municipal.

Um tema que apareceu fortemen-te nas discussões de 2012 foi a educa-ção infantil. Tema hoje que passou a ter um forte enfrentamento pela Prefeitura com a construção de várias escolas in-fantis. Um ponto: é preciso lembrar que com uma boa ajuda do Governo Federal e com a pressão do Poder Judiciário que condenou a Prefeitura a abrir mais de

duas mil novas vagas durante o manda-to deste Prefeito. Independente de como isso veio a acontecer, com certeza será um tema que aparecerá de forma bem mais suave neste XII Congresso.

Outro tema que apareceu forte em 2012 foi a saúde. Também obtivemos avanços neste ponto, também graças a ajuda do Governo Federal que com o Programa Mais Médicos possibilitou a vinda destes profissionais para Caxias. No entanto, a julgar pela última Confe-rência Municipal de Saúde ocorrida este ano, o tema será novamente um dos mais debatidos.

O transporte coletivo apareceu no último congresso e é um dos temas mais discutidos cotidianamente no Movimen-to Comunitário. Haja visto ser o único tema que possui um espaço organiza-do e regular para a sua discussão, que é o Fórum dos Usuários do Transporte Coletivo,com todos os atores envolvidos – concessionária, governo e usuários. Além disso, com o recente lançamen-to do SIM Caxias (Sistema Integrado de Mobilidade), também com ajuda do Go-verno Federal, este tema ganhou refor-ço na pauta. Existe uma série de interro-gações que perduram há anos, como as estações de transbordo que avançam a passo de tartaruga.

Temas de relevância para a melhoria de vida daqueles que vivem nas nossas comunidades estarão em debate no XII Congresso. Independente da quantidade de agrupamentos políticos existentes em meio ao movimento e das suas divergên-cias ou convergências, o congresso será um espaço nobre de discussão e avanço da política comunitária.

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Jornal dos Bairros

Outubro 2014

“Demandas dos bairros têm prioridade”, diz secretária

Movimento 03

Como levar as atividades da secretaria de cultura para os bairros foi a principal dúvida dos comunitaristas

Eleições Comunitárias

Fotos: Karine Endres

A gestora municipal do setor da cultura explicou aos comunitaristas o funcionamento da secretaria sobretudo em relação às demandas por eventos e reuniões. “Não estamos à disposição de vocês apenas nas terças-feiras, mas, por outro lado, temos a agenda organi-zada sempre com muita antecedência. Ficamos frustrados quando não pode-mos atender um pedido de reunião fei-to com pouco prazo. Para não deixar o pessoal esperando, prefirimos que seja agendado”, diz. Segundo ela, o fato de não ter marcado a reunião com antece-dência não significa que o comunitarista não será atendido. “Mas não podemos garantir que ele não terá que esperar um bom tempo”, afirma.

‘Demandas da Comunidade’Segundo Rúbia, a secretaria man-

tém uma pasta chamada ‘Demandas da Comunidade’, onde todos os pedidos feitos por comunitaristas são registra-dos. “Fizemos um arquivo com todas as

A afirmação da secretária municipal da Cultura,

Rubia Ana Mossi Frizzo, que participou da Assembleia

Geral da UAB no dia 4 de outubro. “Aquelas (demandas)

que vem da comunidade são as melhores, porque são as demandas verdadeiras”, disse Rúbia ao explicou o

agendamento de atividades nos bairros pela secretaria.

reivindicações, em formato de ata. To-dos os pedidos são estudados, e atra-vés desse arquivo, são encaixados para atendimento”, ex-plica. Segundo Rú-bia, nem sempre é possível atender a demanda. “Shows por exemplo, às ve-zes nos pedem uma banda e consegui-mos enviar, outras vezes não. Às vezes pedem transporte e conseguimos aten-der, outras não”, continua. “Tudo de-pende da situação, clima, tempo. Isso normalmente é uma consulta que se faz, pode ser por telefone ou pessoalmen-te”, diz.

Para a secretária, a cultura não deve ser apenas voltada para os bairros cen-trais, “até porque na cultura não existe ‘centro’”, afirma. “Quanto mais perto das pessoas, mais fluxo de público te-remos”, diz.

Rúbia Frizzo alerta também para o fato de que muitas atividades já foram realizadas e não contaram com um pú-blico condizente com a atividade. “Há um histórico que nos foi relatado pe-los servidores, que se faziam ações nos bairros, se alugava palco, som e apenas meia dúzia de pessoas aparecia”, afir-ma. Para ela, é importante lembrar que todas as atividades são realizadas com dinheiro público e isso exige atenção”.

Quanto à divulgação destas atividades pela secretaria, já que não há uma for-ma de divulgação popular, não foi feito nenhum comentário.

Como agendar

O presidente do São Victor Cohab, Natal Fonseca, questionou qual o pro-cedimento para se agendar eventos de grande porte, como shows. “Quero fa-zer um show gospel grande no bairro, e quero saber se precisamos pagar, ou se temos que fazer um ofício, se de um mês para outro consigo agendar. Como funciona?”, indagou.

Rúbia explicou que o prazo de agen-damento precisa ser muito maior. “O melhor é marcar de um ano para outro, já que grandes shows exigem grandes recursos financeiros, e então precisam estar inclusos no orçamento, que é sem-pre feito de um ano para outro”, afirmou.

“Não necessariamente tem que ser de um ano para outro, mas aí também vai depender das circunstâncias. Temos uma série de atividades que são orçadas e estão previstas no orçamento da secre-taria. Mas às vezes sobra uma folguinha, ou ainda temos o cancelamento de al-guma outra atividade e conseguimos en-caixar. Mas como disse, aí também vai depender das circunstâncias”, explicou.

“Temos uma margem de recursos fi-nanceiros que podem ser alterados. Mas quando alguém diz um show grande, eu já sinto medo”, brincou. Rúbia lembrou que outras negociações podem ser fei-tas, possibilitando que recursos priva-dos ou de doação colaborem para a realização da atividade. “A Amob pode conseguir a parceria na comunidade, como um mercado, por exemplo. Mas de

qualquer forma é melhor fazer um ofício com bastante tempo de antecedência, já indicando quais parcerias e quanto irão contribuir, além de estimar quantas pessoas serão beneficiadas com a ati-vidade”, disse. “Como envolve mais re-cursos, também precisa beneficiar mais gente”, afirmou.

Ela lembrou de que todas as contra-tações da secretaria passam por licita-ção. “Por exemplo, não temos um equi-pamento de som da secretaria, até por-que exige pessoal treinado e qualificado para isto. Então alugamos, mas para isso é necessário fazer a licitação”, disse.

Comunidade ativa

“Temos recebido muita gente na secretaria, graças a Deus, fazendo mui-tas propostas. Sempre achamos que as propostas vinda das comunidades são as melhores, porque são aquilo que as co-munidades querem de fato. Temos pes-soal treinado para incentivar a cultura, mas aquelas que vem da comunidade são as melhores, porque são as deman-das verdadeiras”, explicou.

Pontos de Cultura e Museus

Rúbia Frizzo convidou os presiden-tes a conhecerem os pontos de cultu-ra e museus que operam no município. “Temos seis museus com um uma rica história e com pessoas altamente quali-ficadas para o atendimento. Geralmente as escolas fazem essas visitas”, afirmou.

Já a programação dos pontos de cultura também está disponível na se-cretaria de Cultura e na agenda cultural, uma espécie de livreto distribuído pela pasta à população.

Valdir Walter, presiden-te da UAB, lembrou aos pre-sidentes que eles precisam fazer o recadastramento dos sócios de suas Amobs, já que as eleições comuni-tárias serão realizadas em junho do ano que vem.

“Não deixem o reca-dastramento para a última hora, que vocês sabem que é de arrancar os cabelos. Vamos evitar aquele corre-corre do fim do período permitido e vamos começar a fazer o recadastramento”, pediu Valdir.

Prestação de contasFlávio Fernandes, tesoureiro da en-

tidade, também ocupou o espaço des-

tinado aos informes da diretoria e fez a prestação de contas da UAB referente ao terceiro trimestre da UAB.

A prestação foi aprovada por unani-midade e sem abstenções. Ao todo, fo-ram arrecadado R$ 61.800 reais, com um saldo positivo de R$ 18.670 mil.

Flávio apresenta contas do terceiro trimestre do ano

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Jornal dos Bairros

Outubro 2014Transporte 04

Comunitaristas cobram secretário de TransportesFoto: Luana Reis

Rudimar Leiser, diretor de Mobilidade da UAB, reclama da demora para cumprir demandas

Presidentes cobram prazos

O terceiro Fórum dos Usu-ários do Transporte Público deste ano foi realizado dia 11 de outubro, na UAB, reunindo lideranças comunitárias para levantar as demandas da po-pulação referente aos serviços da Visate e da Secretaria Muni-cipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade de Caxias do Sul.

Durante o encontro, os presidentes de bairros desta-caram projetos, reclamações e

demandas urgentes do trans-porte nas suas comunidades.

Dentre os destaques, a zona sul teve um grande núme-ro de reclamações e solicitação de providências urgentes. A re-gião conta basicamente com a avenida Bom Pastor como acesso para os bairros e lote-amentos. As lideranças relata-ram uma série de dificuldades envolvendo as comunidades desses bairros. Segundo os pre-

sidentes da região, que estavam em peso no Fó-rum, a cau-sa des tes problemas de t râns i -to é princi-palmente o aumento do número de moradores e a falta de in-fraestrutura viária dos lo-teamentos.

As de-m a n d a s

abordadas pe-los presidentes sugerem medi-das como corredor de ônibus para a avenida Bom Pastor, alargamento das ruas Julio Cale-gari e Ernesto Casari e também o estudo de novas vias para cir-culação e acesso do transporte público coletivo para os bair-ros. Segundo as lideranças, em horários de movimento as vias de acesso ficam tumultuadas e, ainda, se tornam perigosas para pedestres.

Um dos pontos mais polê-micos do Fórum foi quando al-guns comunitaristas cobraram prazos para a entrega de pro-jetos e solução de problemas em seus bairros.

O presidente do Jardim Iracema, Rudimar Leiser, e o presidente do loteamento Ca-ravaggio, Paulo Kovaleski, fize-ram críticas à demora de retor-nos de seus protocolos.

Leiser afirmou que algu-mas demandas estão há mais de dois anos paradas na Se-cretaria de Transportes, e se indignou com a falta de consi-deração dos servidores ao tra-balho comunitário. ”A gente corre atrás de soluções e se empenha em melhorar as coi-sas, mas nada é feito, eu já de-sisti”, desabafou.

Kovaleski levou uma re-portagem do Jornal Pioneiro do ano de 2013, afirmando que os moradores esperam desde a

divulgação no jornal pela pavi-mentação da principal rua do loteamento Caravaggio.

Ele afirmou que de acordo com a reportagem, o Governo Federal já havia destinado ver-ba do PAC – Programa de Ace-leração do Crescimento, para essa obra, mas nada foi feito.

“Esta reportagem é a pro-va do descaso da prefeitura, pois há verba disponível para a pavimentação da nossa rua e de outras mais em Caxias, porém em um ano nada saiu do papel. Quero respostas”, cobrou Kovaleski.

Segundo o secretário mu-nicipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Manoel Marra-chinho, o projeto destinado à pavimentação de ruas em Ca-xias está parado por causa de alguns trâmites burocráticos e que agora, em período de elei-ções, a situação foi postergada para os próximos meses.

Mais demandasFernanda Goulart Pereira,

do loteamento Colina do Sol, pediu por melhorias nos ôni-bus da linha do bairro. “Tem vezes que o ônibus quebra duas vezes por dia, isso atra-sa e deixa as pessoas que tra-balham ‘na mão’. Peço que troquem o ônibus por um em melhores condições”, afirma.

Ela diz ter protocolos jun-to à secretaria, mas não ter sido atendida.

Gilberto da Silva Coelho, do loteamento Ouro Verde, que fica no acesso ao Campos

da Serra, também solicitou aju-da à Prefeitura.

“O fluxo de veículos é grande e isso traz muita inse-gurança para os pedestres da região”, afirma.

Além disso, o morador de-fende que o Campos da Serra se tornou uma cidade, e a de-manda de transporte é inten-sa. “Gostaríamos de pedir por mais faixas de segurança de pedestres e o estudo de via-bilidade para levar uma linha de lotação que faça a nossa região”, solicitou ele.

O retorno do secretárioO secretário Marrachinho

procurou dar retornos sobre os questionamentos levantados pelas lideranças.

Dentre os principais pro-blemas, como o da região do Bom Pastor, ele enfatizou que esta é a segunda região que mais cresce no município e que esse é o motivo do problema estar crítico.

“A região sul não tem vias estruturais e estamos com um projeto grande para resolver isso, porém não se resolve isso em pouco tempo”, explicou.

Para amenizar a situação, ele argumentou que indepen-dente das obras do projeto, serão construídos dois biná-rios para amenizar o problema de imediato.

“Fazem 15 dias que bate-mos o martelo para tomar uma providência de urgência para a região. O grande projeto que será implementado mais adian-te pretende ‘irrigar’ melhor a zona sul. Dentre o que já está proposto está a construção de um viaduto, melhoria das prin-cipais vias e ainda a elaboração

de mais três trechos de aces-so”, explicou.

Além disso, o secretário divulgou que já está aprovada uma grande obra na região do Rizzo, que totaliza mais de 20 milhões, com verbas federal e municipal.

Conforme o secretário, ou-tro problema que estaria com dias contados é o tumulto da Avenida São Leopoldo. Segun-do Marrachinho, até o fim do ano a situação dessa impor-tante via de acesso ao centro estará resolvida.

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Jornal dos Bairros

Outubro 2014 05Mais Belas

UAB já tem sua primeira corte de Belas Negras

Jornal dos Bairros - O que levou vocês a concorrem?

Stephanie - Meu pai me in-centivou muito. Desde peque-na participo das atividades do meu bairro junto com meu pai, Clóvis Barboza. Estou sempre junto e acabei tendo interesse também em participar das ati-vidades. Surgiu esse concurso e meu pai me incentivou muito a participar.

Jaine – Eu gosto de estar no movimento comunitário. Sem-pre participei dos concursos do meu bairro e é importante um concurso voltado para os ne-gros. O povo negro é sempre discriminado. Em uma entre-vista de emprego, o candidato negro sempre tem chances me-nores quando comparados aos brancos. Minha participação foi nesse sentido, de mostrar que a nossa cor não interfere em nossa capacidade.

Sara - Além de estar parcipan-do da corte da Mais Bela Negra o que me levou a participar do concurso foi realmente para ter

O movimento comunitário já conhece a sua primeira corte do Mais Bela Negra Comunitária. A escolha foi realizada no dia 27 de setembro no ponto de cultura UAB Cultural e contou com três

candidatas inscritas.

O movimento comunitá-rio já conhece a sua primeira corte do Mais Bela Negra Co-munitária. A escolha foi reali-zada no dia 27 de setembro no ponto de cultura UAB Cultural e contou com três candidatas inscritas.

Stephanie Ferreira Barbosa foi eleita a Mais Bela Negra Co-munitária. Representante do lo-teamento Millenium, Stephanie tem 17 anos e é filha do presi-dente da Amob, o líder Clóvis Barboza.

Já a faixa de Primeira Prin-cesa ficou com Jaine Bueira Rodrigues, de 17 anos, repre-sentando o Fátima Baixo. Sara Noronha, de 19 anos, repre-sentante do loteamento São Gabriel, conquistou a faixa de Segunda Princesa.

Também foi para o lotea-mento Millenium o prêmio de melhor torcida, pela animação, volume de pessoas e organi-zação. O prêmio foi uma caixa

de cerveja.

A EscolhaA realização do concurso

busca valorizar e aproximar a comunidade negra, além de ser uma forma democrática da UAB escolher uma representante para o concurso Mais Bela Ne-gra de Caxias do Sul.

Assim como o Mais Bela Comunitária, a escolha também incluiu uma entrevista. Além da beleza, foram consideradas a

desenvoltura na passarela, sim-patia e conhecimentos sobre o povo negro e o movimento comunitário.

O júri foi composto por Neila Andrade, representante da VISATE, Neiva Fátima Me-lotti representante do CAPC ( Centro de Auxílio às Pessoas com Câncer), Sandra Corso re-presentante do ICC – Banco do Povo (Instituição Comunitária de Crédito – Banco do Povo), Erica Ferreira Boeno , da cor-te atual do Mais Bela Negra de Caxias do Sul e Tainá Oliveira Teixeira , rainha do Carnaval de Caxias 2014 e Mais Bela Negra de Caxias do Sul em 2012.

Avaliação

Segundo Ângela Cordova, diretora do departamento de Organização das Mulheres, esta foi a primeira edição do evento e, por isso mesmo, serviu como aprendizado para os próximos.

Uma das questões que tal-vez tenha contado para uma procura menor seja o fato de que o regulamento previa que a candidata que ganhasse o Mais Bela Comunitária Negra não poderia concorrer ao Mais Bela Comunitária.

“Sabemos que o Mais Bela Comunitária já tem anos de tra-dição e acreditamos que esse fato inibiu muitas interessadas, já que a ganhadora não pode-ria concorrer ao concurso mais tradicional”, afirma Ângela.

Stephanie (à esq.), Jaine (ao centro) e Sara são rainha, primeira e segunda princesas da nova corte

Fotos: Karine Endres

Fim da discriminação

Torcida do Millenium (à esquerda) ganhou o primeiro lugar

Conheça, na entrevista que segue, um pouco mais so-bre estas meninas que não ti-veram vergonha de sua etnia e querem ajudar a diminuir o preconceito.

novos conhecimento sobre mi-nha etinia e assim poder com-partilhar com novas meninas.

JB - O que é ser Mais Bela Negra Comunitária?

Stephanie - Eu quero mostrar minha cultura para as pessoas. Para que todos percebam que somos todos iguais, só muda a cor. Quero incentivar as pes-soas para que tenhamos uma cultura e uma sociedade mais igualitária. E também, pessoal-mente, é uma oportunidade de vivenciar novas experiências.

Jaine – Fiquei muito feliz pela posição que conquistei. Sei que agora existem três meninas re-presentando o movimento ne-gro no comunitaristo. Podemos ajudar mais, levando a ideia de fim do preconceito. Estamos participando das atividades da UAB e acompanhando a corte do Mais Bela Comunitário. Fui incentivada muito pelos meus colegas de aula e a minha famí-lia a participar e mostrar que a gente é capaz de se superar e também mostrar aos que ainda nutrem o preconceito de que somos muito capazes.

Sara - É ser uma pessoa que esta disposta a ajudar as pes-soas do seu bairro se envolver nas atividades quanto na UAB

e no bairro. Tambem é incenti-var meninas a conhecer novas culturas .

JB - Vocês acham que a dis-criminação vem diminuin-do?

Stephanie – Eu acredito que sim.

Jaine – Depois que chegaram esses novos imigrantes negros para o Brasil, acho que a dis-criminação está aumentando. Depois que eles chegaram, pa-rece que a discriminação voltou a ficar visível.

Sara – Acho que não. Acho que está aumentando. Tem muito emprego, mas é raro que se-jam abertas as portas para os negros.

JB - Vocês já se sentiram discriminadas por serem negras?

Stephanie – Sim. Sobretudo na escola. A criança não nasce sendo preconceituosa. Isto é ensinado em casa.

Jaine – Já. Tem muita gente que fala dos meus cabelos, que é bem cacheado e tem muito volume. Muitos me olham dos pés à cabeça e comentam mui-to dos meus cabelos.

Sara – Já. Já sofri bullyng na es-cola e no trabalho.

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Jornal dos Bairros

Outubro 2014 06Mais Belas

Mais Bela Comunitária entra no pré-concursoJá iniciou a avaliação

para a escolha da nova corte do Mais Bela Comunitária, com o

início do pré-concurso. Nesta etapa, além

das meninas poderem adquirir formação para

atuarem como Mais Belas, elas também são avaliadas pelo seu comportamento

e compromisso com a agenda.

Foto: Luana Reis

As 27 candidatas ao Mais Bela foram apresentadas oficialmente durante a Assembleia Geral da UAB, no início de outubro

Ângela Córdova, diretora do departamento de Organiza-ção das Mulheres da UAB, lem-bra que o concurso busca a me-nina mais completa dentro do sentido comunitário “e não ne-cessariamente a mais bonita”.

Para Shânia Pandolfo, tam-bém diretora do departamento de Organização das Mulheres e Mais Bela Comunitária 2010, “ser a mais completa significa sim uma menina bonita e com um corpo atraente, mas tam-bém significa uma menina que tenha carisma e que tenha po-tencial para compreender e se envolver de fato com o movi-mento comunitário”.

“A Mais Bela Comunitária precisa ter sensibilidade, al-truísmo. Ela precisa se doar ao outro e se importar com o pró-ximo. Ela precisa ter a essência do comunitarismo”, fala Shânia.

Os prêmios neste ano se-rão surpresa, mas Shânia garan-

te que são bons prêmios. Ânge-la Córdova ressalta que o Mais Bela Comunitária é diferente de outros concursos de beleza. “O mais encantador do Mais Bela é que qualquer menina pode par-ticipar, independente da classe social, do bairro ou da formação escolar”, ressalta Ângela.

As diretoras lembram que o importante para o Mais Bela nos bairros é a integração da menina com a sua Amob, já que elas podem ser um suporte para o presidente. “Elas podem par-ticipar de eventos nos seus pró-prios bairros, afinal, elas terão conhecimento do que é o movi-mento comunitário”, diz Ângela.

“Há meninas que chegam no concurso e não conhecem

nem seu próprio presidente. Mas quando termi-na, estas me-ninas se vêem como agentes facilitadoras e agregadoras da sua Amob”, res-salta Shânia.

“Além dis-so, é o ar da ju-ventude, com novo vigor e no-vas ideias, bus-cando a pró-pria renovação do movimento comunitário”, acredita Ângela Córdova.

A avaliação das candidatas levará em conta a entrevistas, quando serão considerados os conhecimentos gerais e sobre o movimento comunitário, além de simpatia. Já na passarela, será levada em conta a desenvoltura ao desfilar. Ou-tros pontos que receberão notas são o comprometimento com o pré-concurso e o respeito ao padrão do vestido, que será usado no dia do desfile.

Durante o pré-concurso, as candi-datas devem lembrar de avisar quando não puderem comparecer a um evento.

Neste período, o uso da camiseta do concurso, além das faixas das respecti-vas Amobs é obrigatório. Já o vestido da escolha é de responsabilidade da Amob – que deve seguir um padrão pré-deter-minado pela diretoria . Sapatos, cabelo e maquiagem são livres.

Torcidas

Haverá escolha das melhores torci-das, com 1º, 2º e 3º lugares. Elas serão avaliadas por animação, visual, além de esportividade e comportamento duran-

A escolha da nova corte

A escolha será no dia 15 de novembro, no Ginásio

Esportivo Nº1 da UCS. Neste momento serão realizados os desfiles, individual e coletivo, e a soma das notas. O evento inicia às 19h30 e os ingressos estão sendo vendidos por R$ 5,00 mais 1KG de alimento

não perecível.

te o evento. As três melhores receberão troféus e a melhor delas também rece-berá uma caixa de cerveja.

Serviço:

Escolha do Mais Bela Comunitária 2014

Dia 15 de novembroÀs 17h30Ginásio Nº1 da UCSEntrada: R$ 5,00 + 1KG de alimento não perecível

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Jornal dos Bairros

Outubro 2014 07Mais Belas

As atividades do pré-con-curso prometem deixar as me-ninas bem ocupadas entre ou-tubro e novembro. Confira o que elas devem fazer:

04/10 - 13h30 | UAB Apresentação e Integração

das Candidatas - Apresentação das candidatas na Assembleia Geral, entrega do modelo e te-cido para a confecção do ves-tido, esclarecimentos referente ao concurso e entrega da agen-da do pré-concurso

11/10 – 13h30 | UAB Palestra sobre o papel da

Mais Bela e 1° ensaio - Noções do papel das Mais Belas na so-ciedade, na participação da entidade e no movimento co-munitário; primeiras lições de desfile e passarela

Quem concorre>> Adrieli Pasloski – Lotea-mento Millenium

>> Andreia de Almeida Pires Zabala – Aeroporto

>> Andressa Dasgotini – Lo-teamento Adamatti

>> Andresa dos Santos Vanin – Altos de Galópolis

>> Andriele dos Santos – São Ciro

>> Bianca Pereira Zaccani - Rosário II

>> Bruna Muniz - São Victor Cohab

>> Caroline Rafaela Martins – Século XX

>> Eduarda Maria P. Barth – Loteamento Parque Oásis e Dallagnol

>> Ingrid Bonatto – Bom Pastor

>> Jéssica Visoná – 8º Légua

>> Kaoana Costa Nunes – Es-planada

>> Larissa Binsfeld Lautert - Planalto Frente

>> Luisa Moraes Paim - Sa-grada Família

>> Maythê Borges de Brito - Santa Lucia Cohab

>> Michelen Reduzino Wal-ter – Loteamento Caxias

>> Milena Vaccari – São Le-opoldo

>> Nathalia Caroline Velho Trindade – Pioneiro

>> Paola Luisa Ribeiro dos Santos – São Gabriel

>> Rafaela Aver Jordão – Pa-nazzolo

>> Rafaela Marini – Fátima Alto

>> Shaiane Oliveira da Silva – Santa Fé

>> Sharline Casali – Floresta

>> Sheila Amanda Nicoletti – 4º Légua

>> Tainara Sarmento Don-doni – Serrano

>> Valesca Ribeiro Magri – Jardim Iracema

>> Yasmin dos Santos – San-ta Corona

Concurso tem agenda puxada

12/10 – 13h30 | Saída UAB

Interação com a Comu-nidade Caxiense - Visitação a asilos

18/10 – 13h30 | UAB Encontro de Beleza e 2°

ensaio para o desfile - Dicas de automaquiagem e técnicas para enaltecer a beleza de cada can-didata, dicas de penteados para o evento; fotos para a divulga-ção das candidatas; ensaio para a passarela

19/10 – 9h30 | Saída UAB

Tour nos bairros represen-tados no concurso

25/10 – 13h30 | UAB História do Movimento Co-

munitário - Palestra com inte-grantes do Movimento Comu-nitário e Cofeebreak

26/10 - 10h30 | Local a definir

Almoço de confraterniza-ção com as Famílias - Momento proporcionado para integração com a família das candidatas, seus presidentes de bairro e os participantes da entidade

01/11 – 13h30 | UABAvaliação do pré-concur-

so e 3° ensaio - Oportunidade das candidatas exporem suas emoções e analisarem o pré-concurso e retirada de dúvidas sobre o conteúdo teórico; trei-namento de passarela

14/11 – 19h | UAB Entrevista com os jurados

15/11 – 19h30 | Ginásio Nº1 da UCS

Escolha da corte Mais Bela Comunitária 2014

Page 8: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros

Outubro 2014 08Movimento

Movimento se prepara para o XII Congresso da UAB“Atualizando Propostas de Políticas Públicas do Movimento Comunitário” é o tema do XII

Congresso da UAB. A atividade acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, na própria UAB. Antes do

Congresso, será cumprida uma agenda nos bairros para aprofundas as discussões

Estas reuniões tem o objetivo de ajudar os militantes comunitaristas a aprofundarem o debate sobre os temas propostas. Com isto, eles chegam mais preparados para o Congresso.

Neste ano, o prinicpal objetivo do Congresso da UAB será debater as pro-postas aprovadas em maio de 2012, que foram posteriormente entregues para to-dos os candidatos à prefeitura de Caxias.

A entrega das propostas aconteceu

durante a Assembleia Geral de setembro de 2014, nas vésperas das eleições mu-nicipais. O então candidato Alceu Bar-

bosa Velho (PDT) também assi-nou o documento, se compro-metendo a avaliar as propostas.

Agora, a UAB quer avaliar quantas e quais demandas fo-ram atendidas, e também de que forma. Outro objetivo será discutir se aquelas demandas aprovadas ainda estão atuais para Caxias e quais novas neces-sidades surgiram neste período.

Habitação

:: Fiscalização das ocupações pelo po-der publico.

:: Lutar para uma política de fato e direito de financiamento público municipal pra planos de habitação popular.

:: Que o poder público tenha sintonia com os poderes, judiciário e cartório na questão da habitação.

:: Prosseguir com o processo de regulari-zação fundiária dos loteamentos e bair-ros irregulares existentes na cidade, ten-do a manutenção e a ampliação no setor habitacional do município.

:: Definir o custo financeiro e social dos investimentos habitacionais para que aja uma orientação técnica sobre as vanta-gens e desvantagens do crescimento horizontal ou vertical da cidade respei-tando sempre as previsões do Estatuto das Cidades.

:: Regularização dos moradores da Vila Amélia II bem como onde precise da mes-ma na cidade no geral.

:: Respeito aos investimentos a legisla-

ção habitacional do município. (espe-cial FUNCAP), para maior e melhor aten-dimento aos moradores de Caxias do Sul, com retorno do incentivo a fundo perdido.

:: Obediência ao Plano Diretor de Caxias do Sul, no que se refere às áreas habita-cionais e industriais, organizando defi-nitivamente a ocupação do solo na área urbana e rural da cidade.

:: Fiscalização de fato na construção do Programa Minha Casa Minha Vida por parte da prefeitura, CREA e Caixa Federal e ter um acompanhamento e fiscalização na qualidade dos imóveis construídos e entregues a população.

:: Ter a estrutura necessária aos morado-res dos novos loteamentos como escola infantil, escolas de ensino fundamental e médio bem como UBS e meios de loco-moção, (transporte).

:: Lutar pela reforma urbana conforme Estatuto das Cidades.

:: Implantação do Estatuto das Cidades na sua integra.

:: Seja revisto o fundo perdido para a ha-

bitação no município.

:: Políticas públicas pelo barateamento das terras.

:: Construção de cozinhas comunitárias (prédios próprios).

:: Cadastro mais rígido na seleção dos contemplados.

:: Ampliação dos critérios para inscrição dos programas habitacionais, priorizan-do as necessidades sociais.

:: Planejar com antecedência a remoção de casas localizadas em área de risco. Proporcionando segurança aos mora-dores que hoje ocupam encostas, áreas sujeitas a alagamentos, dentre outros riscos a que estão sujeitos.

:: Fiscalização do Plano Diretor Muni-cipal.

Transporte e Mobilidade Urbana

:: Ser executado e realizado um traba-lho na malha viária da região Esplanada e BR 116.

:: Efetivar o projeto de Troncalização do

transporte publica urbano, com atenção especial para o descongestionamento do transito no centro da cidade, a celeridade no percurso dos trajetos e unificação de linhas através do pagamento de apenas uma passagem e para termos o baratea-mento do transporte coletivo.

:: Ter um local especifica para os ônibus de turismo na cidade na área central.

:: Construção JÁ de passarelas e lomba-das na BR 116 e RS 122, com recursos da própria cidade além de buscar os recur-sos federais.

:: Planejar e manter as ciclovias alem de todos os projetos sejam executados de forma a beneficiar a comunidade no ge-ral.

:: Melhorar a sinalização alem de ampliar a já existente no geral.

:: Pavimentação das ruas para melhor fluir o trafico de ônibus.

:: Individualização dos itinerários onde o transporte comporte.

:: Fiscalização permanente nos horários e itinerários.

Veja as propostas encaminhadas ao XI Congresso

O que é o congresso da UAB?O congresso é a instância de

caráter deliberativo que norteia as diretrizes para a atuação da UAB no próximo período. Em geral é or-ganizado a cada dois anos e busca discutir as principais demandas do movimento comunitário. Após estes debates, é aprovado um documento com as definições, que é como bús-sula para a entidade.

Já os pré-congressos regionais são a etapa prévia do evento, que busca que os moradores e lideranças comunitárias debatam e encaminhem suas demandas ao congresso. Esta é uma forma de ampliar e aprofundar as discussões, proporcionando mais qualidade nas definições e garantindo mais representatividade e democracia no processo.

Saiba as datas:

Confira a agenda dos pré-congressos nas regiões e do XII Congresso da UAB na capa desta edição!

Fotos: Cláudia Alessi | Arquivo Jornal dos Bairros

Agora é hora de reavaliar demandas apontadas em 2012. Acima, debate do XI Congresso

Page 9: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros

Outubro 2014 09Movimento

Movimento se prepara para o XII Congresso da UAB:: Manutenção do passe livre aos domin-gos, com aumento do numero de ônibus.

:: Que seja criado um novo modelo de transporte coletivo com a valorização e aperfeiçoamento dos profissionais e com mecanismos de controle social.

:: Quebra do monopólio na cidade.

:: Construção da radial leste.

:: Que seja retirado o estacionamento de toda a rua sinimbu e corredor de ônibus da Av. Itália.

:: Abertura da Rodrigues Alves e Largo de São Pelegrino.

:: Implantação de mais horários de ôni-bus, em especial de madrugada e nos fi-nais de semana.

:: Que o Movimento Comunitário tenha de fato acesso a Planilha de Custos da concessionária do transporte e que seja colocado em um site de transparência para que todos tenham acesso.

:: Continuidade do passe livre ao idoso apartir dos 60 anos e ao passe do estu-dante na integra.

:: Renovação e ampliação do quadro fun-cional e maior transparência pela SMTT.

Esporte e lazer

:: Ter uma visão melhorada e humaniza-da ao esporte e ao lazer pela secretaria e que seja executado conforme a carência da comunidade.

:: Que seja construído quadras de espor-te e mais espaços de lazer.

:: Utilização dos espaços públicos de esporte e lazer existentes na cidade, em parceria com faculdades de educação física, serviço social e psicologia, para o desenvolvimento de atividades com crianças, adolescentes e terceira idade, como forma de orienta-los a um conví-vio social salutar e minimizar a situação de vulnerabilidade no qual se encontram.

Saúde

:: Fortalecimento e defesa do SUS pleno.

:: Cumprir o plano diretor de esgoto clo-acal para todos.

:: Valorização dos profissionais da área da saúde, através de salários dignos, viabili-zando a ocupação de vagas de especialis-tas, atualmente em falta, possibilitando a atenção de situações de pequena, media e alta complexidade, em tempo condi-zente com a necessidade de cada pacien-te, evitando óbitos enquanto aguardam atendimento.

:: Implantação de Upas 24 horas em pon-tos estratégicos conforme a necessida-de das comunidades, (zonas sul, leste, oeste e norte).

:: UPAS estruturada com todo equipa-mento (ambulância e médicos 24 horas).

:: Criação do Hospital de Pronto Socor-ro em Caxias do Sul, ampliando as vagas para atendimento de urgência e emer-gência para a população.

:: Extinção do hospital de campanha.

:: Construção e ampliação das UBS nas comunidades visto a deficiência destes equipamentos em alguns bairros.

:: Criação de um Centro Público de Oftal-mológico Municipal.

:: Fortalecimento do Conselho de Saúde, local e municipal.

:: Melhoria em torno do cemitério Ro-sário II.

:: Fiscalização da queima de resíduos em cemitério públicos.

:: Fiscalização pelo poder publico do lixo acumulado em locais como residências e áreas verdes.

:: Implantar um protocolo para consul-tas com especialista e uma agenda ágil e rápida para o atendimento dos mesmos.

:: Trazer URGENTE a EQUOTERAPIA de volta na cidade.

:: Ter um local próprio para o acolhimen-to para pessoas com doença infecta con-tagiosa.

:: Revisão dos critérios da cobrança da tarifa do esgoto gloacal.

:: Ter o cartão do SUS com foto alem nú-meros de canal direto entre saúde e po-pulação grátis.

:: Descentralização dos profissionais es-pecialistas.

:: Que os medicamentos voltem a ser dis-tribuídos para as UBS.

:: Cumprimento da Emenda 29.

:: Ampliação de vagas para atendimento de dependentes químicos, incluindo al-coolistas, pelo SUS, incluindo atenção psicológica e social as famílias vitimadas. Implantação de um cadastro de usuários de drogas.

:: Fiscalização na questão do ponto para profissionais da saúde (médicos).

:: Rever critérios para os atendimentos nas UBS.

Educação

:: Construção de centros educacionais regionais para atendimento de crian-ças e adolescentes no turno inverso ao da escola.

:: Propor com propostas eficientes e pos-síveis de concretização do déficit de va-gas pra as escolas infantis, atendendo toda a demanda existente hoje na cidade, sem abrir mão da qualidade do ensino a

essas crianças que, juntamente com as famílias, estão tendo um direito consti-tucional negado.

:: Construção de mais escolas de 1º Grau nas comunidades cuja estrutura não atende a demanda existente.

:: Definir claramente as regras para a co-brança do uso de uniforme por parte dos alunos da rede municipal de ensino.

:: Fortalecer a UERGS e criar condições políticas para implantação de um campo para a UFRGS em Caxias do Sul, principal-mente destinando-lhe espaço físico onde exista estrutura tecnológica que atenda adequadamente os alunos, bem como garantir calendário sistemático de novos vestibulares deste núcleo local.

:: Estabelecer convenio entre o Município e o Governo Federal no sentido de am-pliar cursos e vagas no Instituto Federal.

:: Retirada de escolas que estiverem em local onde passa a alta tensão. (urgente)

:: Ter uma central de vagas para escolas infantis, pois nem sempre a necessida-de da população é contemplada com a vaga oferecida (localização e distancia).

:: Ter uma política para que a vaga exis-tente na escola seja ela de nível munici-pal seja próxima a moradia do estudante.

:: Estruturar todas as escolas com quadra esportiva coberta.

:: Ter horário compatíveis com idade que seja de 1º a 5º ano seja na parte da tarde e do 6º ao 9º ano seja a manhã;

:: Definir as regras para o uso do unifor-me por parte do governo municipal de ensino com recursos do Poder Publico aos alunos carentes.

Organização do Movimento Comunitário.

:: Avaliação do Conselho de Comunica-ção do JB da entidade.

:: Que as lideranças sejam de fato respei-tadas e atendidas no poder executivo nos dias e horas determinadas.

:: Centralização das secretarias para me-lhor atender as lideranças.

:: Discutir os art. 6º, 7º e 8º do Estatu-to Social da UAB, no que diz respeito às competências do Congresso e da Assem-bleia Geral da entidade.

:: Dar nova redação ao caput do artigo 41 do estatuto social da UAB, facultando que os cargos de confiança de qualquer um dos poderes constituídos, nas três es-feras de poder, possam compor a direção da entidade, bem como de suas filiadas.

:: Retorno do Conselho do Orçamento Comunitário.

:: Propostas de participação das Associa-ções de Moradores para a UAB.

:: Sejam efetivamente cumpridos os ho-rários e dias dos representantes das AMOBS e da UAB junto às secretarias municipais.

Segurança:: Capacitação de todos os servidores da Guarda Municipal e profissionais da se-gurança pública.

:: Segurança com atendimento qualifica-do por profissionais.

:: Ampliar as entidades comunitárias no CIPAVE.

:: Desonerar a BM dos acompanhamen-tos nas internações compulsórias, pas-sando esta atribuição a Guarda Munici-pal, após ser qualificada para tal serviço com ampliação do efetivo da mesma.

:: Programas e políticas integradas visan-do ações comuns nas secretarias muni-cipais afins de segurança publica e pro-teção social.

Economia Solidaria e ponto de cultura

:: Ter um espaço específico central para a comercialização dos produtos confec-cionados. (Casa do Artesão)

:: Lutar pela construção da casa do arte-são nas comunidades com apoio da se-cretaria da cultura e poder público.

:: Construção de um Centro Público de Economia Solidaria.

Meio ambiente:: Políticas Publicas nas utilizações dos espaços públicos e áreas verdes do mu-nicípio.

:: Ter um estudo sobre os locais propí-cios para a localização e implantação de novos cemitérioS.

:: Revitalização e ampliação das áreas verdes.

:: Fiscalização de córregos e arroios.

:: Que haja uma política publica para a implantação das hortas comunitárias.

:: Respeito do poder publico nas áreas verdes nas comunidades.

:: Fiscalização na questão de corte de ar-vores incluindo o pode publico.

:: Implantação da educação ambiental no currículo escolar municipal.

:: Projetos de estímulos agrícolas.

Acessibilidade:: Estudo e implantação de um plano de acessibilidade em nosso município.

Page 10: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros10Outubro 2014

Especial Eleições 10

Deputados federais e estaduais do RS estão eleitos

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Os gaúchos já escolherem os deputados que irão legislar na Assembleia Legislativa do RS e na

Câmara dos Deputados. Conheça quem são eles:

Confira os deputados estaduais eleitos (por ordem de votação)

Composição gaúcha na Câmara Federal

Foto: Divulgação | Câmara dos Deputados

A deputada estadual mais votada foi Manuela D’Avila, pelo PCdoB, com 222.436 vo-tos. Assim, Manuela troca a Câ-mara Federal pela Assembleia Legislativa Estadual.

Já é do PT a maior banca-da na Assembleia Legislativa do RS (assim como foi o que mais elegeu deputados federais pelo RS). O Partido dos Trabalha-dores conquistou 11 cadeiras

na Assembleia, sendo seguido pelo PMDB e PDT, com oito ca-deiras cada.

Já o Partido Progressista (PP) elegeu sete deputados es-taduais, sendo o quarto partido com mais cadeiras na Assem-bleia, para a legislatura que ini-cia em 2015.

Das 55 cadeiras da AL, 30 foram conquistadas por depu-tados que concorrem à reelei-

ção. O PSOL e o PV elegeram pela primei-ra vez representantes para a Assembleia gaú-cha, com Pedro Ruas (PSOL) e João Reinelli (PV).

A maior parte dos deputados estaduais eleitos possui nível su-perior de ensino, com apenas 16 deles não sendo formados.

Porém, um deles tem escolaridade mí-nima para concorrer ao cargo. Segundo o Tribunal Superior Elei-toral (TSE), o ex-joga-dor do Grêmio, Jardel (PSB), apenas lê e es-

creve.

Manuela D’Avila (PCdoB) - 222.436

Lucas Redecker (PSDB) - 96.561

Marlon Santos (PDT) - 91.100

Silvana Covatti (PP) - 89.130

Edegar Pretto (PT) - 73.122

Sérgio Peres (PRB) - 67.002

Pedro Westphalen (PP) - 65.134

Eduardo Loureiro (PDT) - 60.816

Gilmar Sossella (PDT) - 57.490

Ernani Polo (PP) - 57.427

Fábio Branco (PMDB) - 57.135

Mainardi (PMDB) - 56.629

Edson Brum (PMDB) - 55.887

Ciro Simoni (PDT) – 55.622

Classmann (PTB) - 52.771

Marcelo Moraes (PTB) - 52.269

Jeferson Fernandes (PT) - 50.437

Frederico Antunes (PP) - 48.577

Jorge Pozzobom (PSDB) - 48.244

Ronaldo Santini (PTB) - 47.829

Lara (PTB) - 47.738

Tarcísio Zimmermann (PT) - 47.465

Regina Becker Fortunati (PDT) - 46.788

Gerson Burmann (PDT) - 46.173

Alexandre Postal (PMDB) - 44.856

Valdeci Oliveira (PT) - 44.501

Elton Weber (PSB) - 44.444

Adolfo Brito (PP) - 44.224

Pedro Pereira (PSDB) - 43.535

Nelsinho Metalúrgico (PT) - 42.102

Stela (PT) - 41.719

Zé Nunes (PT) - 41.609

Vilmar Zanchin (PMDB) - 41.488

Jardel Centroavante (PSD) - 41.227

Maurício Dziedricki (PTB) - 40.009

Gabriel Souza (PMDB) - 39.998

Mirian Marroni (PT) - 39.409

Boessio (PMDB) - 37.933

Enio Bacci (PDT) - 37.148

Gilberto Capoani (PMDB) - 36.535

Sérgio Turra (PP) - 36.518

Pedro Ruas (PSOL) - 36.230

João Fischer (PP) - 35.696

Tortelli (PT) - 33.879

Dr. Basegio (PDT) - 33.829

Missionário Volnei (PR) - 33.255

Tiago Simon (PMDB) - 32.717

Adilson Troca (PSDB) - 32.579

Adão Villa Verde (PT) - 31.927

Liziane Bayer (PSB) - 29.121

Miki Breier (PSB) - 28.855

Any Ortiz (PPS) - 22.553

Juliana Roso (PCdoB) - 17.092

Miguel Bianchini (PPL) - 13.515

João Reinelli (PV) - 9.098Manuela faz o caminho inverso e troca

Câmara Federal pela Estadual

O PT foi o partido que ele-geu o maior número de depu-tados federais pelo RS, como oito cadeiras conquistadas. Já o PP e o PMDB ficaram em se-gundo lugar no número de ca-deiras conquistadas na Câmara pelo RS, com cinco deputados federais eleitos por cada sigla. PDT e PTB ficaram com três ca-deiras cada.

Luiz Carlos Heinze (PP) com 162.462 votos, foi o can-didato a deputado federal elei-to com maior número de votos pelo RS. Ele superou o ex-joga-dor Danrlei de Deus (PSD) por uma diferença de 3.489 votos.

Membro da bancada rura-lista, Heinze irá para o seu quin-to mandato em Brasília. Antes

disso, foi prefeito do município de São Borja. O candidato atri-buiu ao trabalho em 16 anos na Câmara o resultado nas ur-nas: “Tenho um nome honrado e limpo em meio à corrupção e à sacanagem que está por aí”.

Das 31 cadeiras disponí-veis na Câmara dos Deputa-dos, 21 delas serão ocupadas por candidatos reeleitos. São eles: Luiz Carlos Heinze (PP), Danrlei de Deus (PSD), Alceu Moreira (PMDB), Onyx Loren-zoni (DEM), Paulo Pimenta (PT), Marco Maia (PT), Afonso Hamm (PP), Busato (PTB), Henrique Fontana (PT), Maria do Rosário (PT), Osmar Terra (PMDB), Nel-son Marchezan Júnior (PSDB), Marcon (PT), Giovani Cherini

(PDT), Jerônimo Goergen (PP), Sério Moraes (PTB), Perondi (PMDB), Pepe Vargas (PT), Re-nato Molling (PP), Bohn Gass (PT), Jose Stedile (PSB).

A Serra Gaúcha emplacou dois candidatos na Câmara Fe-deral: Pepe Vargas e Henrique Fontana, os dois eleitos pelo Partido dos Trabalhadores. Candidatos considerados for-tes, como o sindicalista Assis Melo (PCdoB) não conseguiram um mandato nestas eleições.

O Rio Grande do Sul é o quinto estado com maior nú-mero de deputados na Câmara Federal, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Ja-neiro e Bahia. No total, foram 308 candidaturas aptas a dis-

putar as 31 vagas disponíveis para a bancada gaúcha na Câ-mara Federal.

O número total de deputados na Câmara Federal é definido pelo a r t i go 45 da Constituição Fe-deral. Conforme a lei, a quantida-de deve ser es-tabelecida pro-porcionalmente à população, de forma que ne-nhuma das uni-dades da Fede-ração tenha me-nos de oito ou mais de setenta

representantes. Atualmente, a Câmara dos Deputados tem 513 parlamentares.

Foto: Divulgação | Agência Brasil

Pepe garantiu representação caxiense

Page 11: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros

Outubro 2014 11

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Especial Eleições

Deputados federais eleitos:Luiz Carlos Heinze (PP) - 162.462

Danrlei de Deus (PSD) - 158.973

Alceu Moreira (PMDB) - 152.421

Giovani Feltes (PMDB) - 151.406

Onyx Lorenzoni (DEM) - 148.302

Paulo Pimenta (PT) - 140.868

Marco Maia (PT) - 133.639

Afonso Hamm (PP) - 132.202

Busato (PTB) - 130.807

Henrique Fontana (PT) - 128.981

Maria do Rosário (PT) - 127.919

Osmar Terra (PMDB) - 120.755

Nelson Marchezan Junior (PSDB) - 119.375

Márcio Biolchi (PMDB) - 119.190

Marcon (PT) - 116.178

Giovani Cherini (PDT) - 115.294

Jerônimo Goergen (PP) - 115.173

Sérgio Moraes (PTB) - 115.155

Covatti Filho (PP) - 115.131

Perondi (PMDB) - 109.864

Pepe Vargas (PT) - 109.469

João Derly (PC do B) - 106.991

Renato Mol l ing (PP) - 102.770

Heitor Schuch (PSB) - 101.243

Bohn Gass (PT) - 100.841

Fernando Marroni (PT) - 94.275

Carlos Gomes (PRB) - 92.323

Pompeo de Mattos (PDT) - 91.849

Afonso Motta (PDT) - 90.917

Ronaldo Nogueira (PTB) - 77.017

Jose Stedile (PSB) - 60.523

Um parlamento de “Homens, Brancos e Ricos”

A velha máxima, “Homens, Brancos e Ricos”, usada muitas vezes para explicar a divisão de poder no Brasil vai ser nova-mente uma boa definição para o Congresso.

As eleições de 2014 elege-ram uma maioria de homens, empresários e ricos.

Quase a metade dos de-putados eleitos é de milioná-rios (248 deputados federais eleitos têm esta condição de classe); quase 80% destes par-lamentares são pessoas bran-cas (descendentes de europeus ou socialmente brancas, como os de origem árabe ou judia) e, segundo o Departamento In-tersindical de Assessoria Parla-mentar (DIAP), terá o perfil mais conservador desde o período pós-golpe de 1964.

TrabalhadoresAinda segundo o Diap, a

bancada trabalhista na Câma-ra, nessas eleições, sofreu o seu pior revés, desde que o sindi-calista Lula da Silva chegou ao Palácio do Planalto, em 2002. Atualmente, 83 deputados das mais diversas origens sindicais estão na Câmara, mas a partir de 2015 serão apenas 47. Uma quebra de quase 50% na repre-sentação.

MulheresApesar das cotas de can-

didaturas femininas nos par-tidos previstas na legislação eleitoral e de toda a campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incentivando a participa-ção da mulher na política, não houve uma aumento significa-tivo no número de mulheres eleitas em 2014, em relação ao ano de 2010.

Na Câmara dos Deputa-dos, foram eleitas, em 2010, 45

mulheres, que ocuparam 8,8% das 513 cadeiras. Nas últimas eleições, foram eleitas 51 par-lamentares, o que representa 9,9% do universo de deputados.

Em relação à participação feminina, esse cenário se repro-duz nos estados. O número de deputadas estaduais e distritais diminuiu 14,89% ao se compa-rar as representantes eleitas este ano e as atuais bancadas.

Em 5 de outubro, foram eleitas 120 mulheres, contra 141 hoje nas 26 assembleias es-taduais e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O número de eleitas repre-senta apenas 11,33% do univer-so total de deputados estaduais e distritais - a bancada atual re-presenta 13,31%. Ou seja, tan-to na legislatura atual como na próxima, a representação po-pular será predominantemente masculina.

Page 12: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros

Outubro 2014 12Bem Estar

Conheça a planta ‘Mão de Deus’ Série Prata e Veteranos entram na

segunda faseO departamento de Es-

portes da UAB está dando se-quencia ao 20º Campeonato Interbairros Série Prata e o 8º Campeonato Interbairros Vete-ranos. Entre as 12 equipes que iniciaram o Veteranos, oito delas devem passar para a segunda

fase. Já na Série Prata, 34 equi-pes iniciaram o campeonato e 16 devem seguir para a segun-da etapa.

Os jogos para disputar a se-gunda fase iniciam em 1º de no-vembro, nas quadras do Vasco, Arena, Cruzeiro e Santa Lúcia.

PremiaçãoA data da premiação dos

campeonatos Série Ouro e Fe-minino já está definida. O even-to acontece na sede da UAB, no dia 25 de outubro, às 19h30.

Serão premiados os quatro melhores times, a equipe mais disciplinada, o artilheiro e o go-leiro menos vazado. O melhor

técnico e o participante desta-que dos campeonatos também devem ser homegeados.

Lembrando que os quatro melhores colocados da Série Prata passam para a Série Ouro em 2015, assim como os quatro piores da Ouro deste ano caem para Prata.

Categorias de Base

O ano se aproxima do fim e chega a vez da meninada en-trar na quadra. Já estão abertas as inscrições para as categorias de base dos bairros, que pode-rão ser realizadas até o dia 5 de novembro.

As lideranças comunitá-rias podem inscrever quantos times tiverem interesse, em cada uma das três categorias.

O valor da inscrição é de R$ 90,00 por time, em cada uma das categorias.

Os jogos da Sub11 estão previstos para o dia 16 de no-vembro.

No dia 23, entram em cam-po os meninos da Sub13 e já no dia 30, também em novembro, é a vez dos jovens inscritos no Sub15.

O 7º Campeonato Inter-bairros Feminino - Copa Geni Peteffi – in memoriun - foi conquistado pela equipe do Fátima.

O segundo lugar ficou com o Vila Ipê.

Campeões 2015Já o troféu de campeão do

20º Campeonato Interbairros Série Ouro, Copa Valdir Silva – ‘Valdir Negrão - foi conquista-do pelo time do Belo Horizon-te e a segunda posição, pela equipe do Serrano.

Foto: Mário André Coelho

Equipe do Fátima foi campeã no Feminimo em 2014

Você conhece a Mão de Deus? A planta herbácea que leva esse nome curioso é co-nhecida cientificamente como Tithonia diversifolia e pertence à família botânica Asteraceae.

No Brasil, também é co-nhecida por margaridão-ama-relo, minigirassol, girassol-me-xicano, boldo-japonês, titônia e flor do Amazonas, mas cer-tamente recebe muitos outros nomes mundo afora, já que também é possível encontrá-la em outros países da América do Sul (na Colômbia, por exemplo, onde suas origens estão), Amé-

rica Central, Ásia e África. Inclu-sive, em cada país é conhecida por um uso diferente.

E pode ser encontrada ao longo de rodovias e em terre-nos baldios, sendo considerada planta invasora, podendo che-gar até mais de 2m de altura. É uma planta anual, arbustiva, semi-herbáceo, vigoroso, ereto, ramificado e depedendo da re-gião anual, que atinge de dois a três metros de altura, com has-tes lenhosas eretas e às vezes na forma de arbustos lenhosos. As flores são de cor laranja.

O margaridão tem sido uti-

lizado como planta medicinal em alguns países, incluindo o Brasil, evidenciando-se suas ações anti-inflamatória , anti-malárica e para o tratamento do diabetes, algumas delas com-provadas em estudos in vitro ou in vivo utilizando-se animais de laboratório.

Embora esta planta possa ser promissora para um possí-vel uso como fitoterápico, re-centemente estudos toxicoló-gicos em ratos revelaram que o uso oral e prolongado das fo-lhas provocam lesões nos rins e no fígado .

Benefícios

Características da planta

>> Arbusto perene, vigoroso, ereto e ramificado.>> Pode atingir até 3 metros de altura.>> Suas folhas podem ser inteiras ou com vários recortes.>> Possui grandes flores amarelas e vistosas.>> Ela se propaga através da brotação de ramos, sementes e estacas.

Quanto aos seus bene-fícios, podemos citar vários, começando pela ajuda no tra-tamento de distúrbios gástri-cos e hepáticos. Ela também é anti-inflamatória, ameniza os dois tipos de diabetes (e atua na prevenção da mesma), trata dores de cabeça, atenua diar-reias, acaba com a febre, atua no tratamento da malária e da ascaridíase.

Talvez, seu maior benefí-cio seja o poder de amenizar a síndrome da abstinência que atinge ex-usuários de drogas psicotrópicas (Álcool e fumo, por exemplo). Ela é muito uti-lizada através de seu chá, nes-ses casos.

Os pacientes deste trata-mento dizem que, enquanto utilizaram a planta, seus orga-nismos sentiam-se enjoados só de pensar em utilizar álcool ou fumo

Usos comuns em outros países:

Em Cuba, há o costume de tratar contusões com as folhas da Mão de Deus maceradas

com álcool, podendo substi-tuir a também famosa e eficaz arnica.

Na Colômbia, é usada em vários casos, mas geralmente fazem a decocção das folhas da Mão de Deus para tratar es-pasmos e problemas variados no fígado.

Na China, utilizam a Mão de Deus para tratar e preve-nir diabetes de todos os tipos.

No Congo muitos habitan-tes utilizam as folhas da planta para tratar diarreias.

Forma de uso

A forma mais utilizada da planta é o chá, feito a partir das suas poderosas folhas. Para mi-nimizar os sintomas da absti-nência de drogas como álcool e tabaco, recomenda-se secar as folhas e triturá-las até se obter um pó, que deve ser peneirado e guardado em vidros ao abri-go da luz.

Quando sentir muita von-tade, colocar uma pequena pitada deste pó na ponta da língua

Foto: Wikipédia

Planta tem fama de combater os sintomas da abstinência

Page 13: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros

Outubro 2014 13Esporte

Mais qualidade para o ICC Banco do PovoFoto: Karine Endres

Funcionários e dirigentes do Banco do Povo comemoram novo espaço

Segunda a Sexta6h às 8h - Bom dia 87.5 - Osmar Gasperin8h às 10h - Voz dos Bairros - José Peroni

11h às 12h - Manhã do Ouvinte - Luciano Behm12h às 14h - Comunicação 87 - Cláudio Teixeira14h às 16h - Agora é de Tarde - Mauro Teixeira

16h às 18h - Guigo Show - Rodrigo Fantinel18h às 19h - Momento Gaúcho - Marcelo Junior20h às 22h - Toque da Azaração - Daiane Mello

Sábado8:30h às 10:30h - Atualizando Notícias - Antonio Pacheco

10:30h às 12:30h - Sabadão do Sucesso - Marcílio Martins

14h às 16h - Show de Bandas - Marcos Oliveira

16h às 18h - Misturadão - Claudio Renato

18h às 20h - Som da Velha - Pedro Jardim e Michael Souza

Domingo9h às 13h - Repontando Tradições - Albery de Mattos

14h às 16h - Festival de Sucesso - Gilberto Godoy

16 às 18h - A Hora do Colono - Marcos e Niva Fellippi

18h às 20h - UAB Esportes - Flavio Fernandes, Pedro Jardim e Josmar Santos

20h às 22h - UAB Mulher - Shania Pandolfo e Michael Souza

|54| 3041.1273www.radiouabfm.comfacebook.com/radiouabfm87.5WhatsApp: 9683.8831

Rua Francisco Getúlio Vargas, nº 1215, Bairro Petrópolis

Desde o dia 29 de setem-bro, a Instituição Comunitária de Crédito – Banco do Povo (ICC - Banco do Povo) está atenden-do com mais qualidade. O moti-vo é a mudança da sede da enti-dade de uma sala de 30m2 para um novo espaço, com 142m2. O novo endereço é na rua Ernes-to Alves, 2654 (quase esquina com Feijó Júnior), em São Pe-legrino. Até então, a entidade atendia no prédio da Emater, antigo Sine.

O Banco do Povo atua em parceria com o Banrisul, atra-vés do Programa Gaúcho de Microcrédito. O público-alvo são pessoas que trabalham por conta própria, empreendedores individuais ou reunidos em gru-pos solidários que atuam nos setores informal ou formal da economia.

O banco trabalha com ca-pital de giro, fixo ou misto – quando envolve as duas cate-gorias anteriores).

As iniciativas podem ser agrupadas, conforme o setor

em que os clientes atuam como indústria (marcenarias, sapata-rias, carpintarias, artesanatos, alfaiatarias, gráficas, padarias), comércio (ambulantes, vende-dores em geral, mercadinhos, papelarias, bazares, farmácias, armazéns, restaurantes, lancho-netes, feirantes, pequenos lojis-tas, vendedores de cosméticos).

Segundo a presidente da ICC, Edi Maria Bolson – que também é comunitarista e se-cretária geral da AG da UAB – a mudança tem um grande signifi-cado para a instituição. “Estáva-mos num lugar muito pequeno e apertado, que não comporta-

va mais a ampliação da equipe. Essa mudança significa um novo ciclo”, afirma.

Ela ainda ressalta que o banco espera continuar contan-do com o apoio do governo mu-nicipal e estadual para continu-ar a atender o pequeno empree-

endedor. “Afinal, não é qualquer entidade que vai em busca do empreendedor que necessita, ajudando a legalizar a empresa, orientando em como crescer e ter uma boa renda”, diz.

Para o diretor gerente da ICC, Oraci Nepomuceno, as mudanças vão propor-cionar que os clientes de sintam melhor e os ne-gócios poderão aumen-tar, já que melhorará a qualidade de trabalho. A entidade conta como parceiros as prefeituras, as câmaras de dirigentes

logistas e o governo estadual, com um total de 17 funcionários e estagiários.

“O valor médio dos repas-ses é de R$ 4,500,00 por opera-ção. Já foram mais de R$ 71 mi-lhões emprestados a cerca de dez mil clientes, fortalecendo 9.630 empregos”, afirma Oraci.

A inauguração contou com a presença do presidente da UAB, Valdir Walter, o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Empre-go (SDETE), Francisco Spian-dorello, além do prefeito de Ca-xias, Alceu Barbosa Velho.

Conheça o Banco do PovoA ICC - Banco do Povo

é uma instituição de micro-crédito com sede em Caxias, mas que atende a toda a re-gião serrana. O objetivo da ICC é fornecer crédito com baixo custo para pequenos e micro empreendedores,

formais ou informais, desen-volverem seus negócios. Mi-crocrédito é aquele tipo de crédito com valores reduzi-dos quando comparado ao contratado por grandes em-presas e que conta com juros bem menores.

Contato:

Maiores informações através do telefone (54) 3217-8787 ou pelo e-mail [email protected]. O banco atende na rua Ernesto Alves, 2654 - São Pelegrino.

Page 14: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros

Outubro 2014Espaço Comunitário

São Gabriel comemora recuperação

Centro ComunitárioSão Gabriel

Estrutura: 200m2 de área construída, churrasqueira, cozinha equipada com freezer, geladeira e fogão. Banheiros feminino e masculino. Sem louça. Conta com biblioteca comunitária e espaço arborizado para convivênciaAluguel: atualmente em R$ 60,00, com previsão de reajuste. É necessário entregar limpo. Endereço: Rua Ainda Esther da Rosa Dell Canalli, nº 10, São Gabriel.

A comunidade do São Ga-briel está vendo seu centro co-munitário ressurgir. A diretoria que assumiu a gestão do espa-ço desde abril deste ano está literalmente colocando a mão na massa. Até mesmo cenas como diretores subindo no te-lhado para concertas as gotei-ras ou pintando paredes foram vistas na comunidade.

Segundo Sônia Terezinha Jesus, foi uma luta muito grande colocar o espaço em dia.

“Quando assumimos, fi-zemos uma limpeza aqui e ti-ramos dois caminhões de lixo. Despachamos tudo o que não prestava e sobrou apenas dois bancos quebrados, uma mesa e uma geladeira velhas”, afir-ma ela.

Um dos sintomas da con-dição do espaço era a falta de luz. “Há oito anos a luz estava cortada por falta de pagamen-to. Eram feitos gatos, vinha a RGE e cortava. Então eram fei-tos novamente e assim a coisa andava”, relata.

O espaço foi inaugurado em 1º de março de 2003 e havia ganho uma ampliação em 2009, mas estava em péssimas con-dições segundo a presidente.

“Assim que assumimos, já fizemos uma reunião do OC, no dia 30 de abril. Eram 200 pes-soas e tivemos que usar luz de bateria, porque não tinha luz”, lembra.

A presidente também con-ta que o espaço foi pintado, os banheiros reformados, novas cadeiras, freezer e fogão foram comprados.

ProjetoSônia explica que ainda

há muito trabalho pela frente, já que o centro não conta com louça para eventos, nem me-sas ou cadeiras em quantidade suficiente. “Já compramos 400 cadeiras de plástico, mas elas ainda não chegaram”, conta.

O espaço conta com uma biblioteca comunitária e uma ampla área de convivência, com gramado e bancos rode-ados por árvores. “A biblioteca estava muito desorganizada, com muitos livros estragados. Limpamos um pouco mas ainda não conseguimos colocar para funcionar”, relata.

Lazer e SolidariedadeA presidente explica que

desde que a diretoria assumiu a Amob, diversas atividades de lazer, integração e solidarieda-de estão sendo organizadas. Entre elas está uma distribui-ção de chocolate na Páscoa, festa de dia das mães e home-nagem do dia dos pais e matia-da comunitária. “Na mateada,

trouxemos grupo de teatro, de capoeira, de dança gaúcha. Foi muito divertido”, relata.

Agora, através do apoio do Banco de Alimentos, Sônia consegue distribuir alimentos como frutas, verduras e legu-mes de forma gratuita para a população.

IntegraçãoO centro também está

aberto para atividades culturais e esportivas. Nas segundas é dia de aula de violão para crian-ças de até 14 anos. Nas terças, é a vez da capoeira. Na quarta já estão sendo agendadas au-las de dança gaúcha. Às quintas é o momento de uma igreja da comunidade fazer suas reuni-ões. “E as sextas são reservadas para as reuniões da diretoria e de discussão política mesmo”, explica Sandra.

Ela conta que o espaço até é alugado para eventos, mas como não conta ainda com in-fraestrutura completa, não cos-tumam ser realizados almoços ou jantas. “Prefiro sempre alu-gar para os moradores. Eles têm preferência”, diz.

Foto: Karine Endres

Page 15: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros15Outubro 2014

Bairros

Monte Carmelo comemora regularização

Agora, no final de agosto, o presidente da Amob, Adroaldo da Silva, viu uma luta de mais de três anos começar a ser atendi-da. Foi quando iniciou a cana-lização pluvial da rua Francis-co Beltrão de Queiróz, uma das principais vias da comunidade. A canalização foi iniciada pelo loteamento Vêneto, para con-seguir abrir as passagens para a rede que terá 1.765 metros de tubulação.

Outras ruas do bairro tam-bém receberão a canalização, já que hoje o bairro não conta com rede de coleta de esgoto. Além da canalização, serão construí-das aproximadamente 60 bocas de lobo em toda a extensão da obra. Segundo divulgado pela prefeitura municipal, serão in-vestidos cerca de R$ 1,3 milhão. O prazo para conclusão da obra é de 150 dias.

“Fazem três anos que esta-mos correndo atrás deste servi-ço. A empresa contratada pela prefeitura fará 50% da rede, na área mais complexa. Os outros 50% serão feitos pela própria prefeitura”, diz o comunitarista. Ele também explica que será ne-cessário remover algumas famí-lias para concluir a rede, já que algumas vias estão obstruídas por residências.

Segundo Adroaldo, serão beneficiadas tanto as famílias que moram na parte alta do Monte Carmelo, como na parte baixa. “Quando chovia, a água da chuva mais a água do esgo-

A comunidade do loteamento Monte Carmelo tem muitos motivos para comemorar. Desde o início do atual governo foi dado o início para

a regularização da área, que envolve a questão fundiária, mas também a disponibilização de

serviços como coleta de esgoto e pavimentação das ruas.

to desciam para a parte de bai-xo, alagando muito as moradias. Essa parte da obra já beneficia os moradores das duas partes do bairro”, explica.

Cerca de 3.600 moradores vivem no Monte Carmelo. Des-tes, 30% estão na parte baixa do loteamento.

Tanto as obras de sanea-mento quanto a regularização fundiária estão sendo executa-das em parte com recursos do Orçamento Comunitário. Em-bora os valores não sejam nem comparáveis com o que pode ser conquistado pela comuni-dade, o acordo é que eles indi-quem estas obras como priori-dades nas reuniões do OC.

Regularização fundiária

Adroaldo afirma não ter conhecimento sobre a situação atual da regularização fundiária propriamente dita. Neste senti-do, é a assinatura das escrituras dos imóveis, dando a proprieda-de jurídica para os moradores. Com isso, eles também devem passar a pagar o Imposto sobre Propriedade Territorial e Predial Urbana (IPTU). Hoje, os proprie-tários contam apenas com con-tratos de compra e venda.

“Desde março, quando ti-vemos a última reunião com a Comissão Especial de Regula-rização Fundiária, já sabíamos que o processo estava para ser concluído. Mas desde então não tivemos mais notícias”, afir-

ma o comunitarista. Mas ele comemora que as

obras estão andando. “E tam-bém sabemos que a comissão está trabalhando em cima do bairro. Falta remover algumas casas que estão obstruindo ruas e em locais de risco”, diz. Segun-do ele, há cerca de 60 a 70 ca-sas que precisam ser removidas.

Adroaldo também relata que o secretário de Habitação, Renato Oliveira, já solicitou que

estar famílias procurem a pre-feitura e façam o cadastro para serem contempladas com uni-dades habitacionais do Minha Casa Minha Vida. Como a re-gularização está sendo fiscali-zada pelo Ministério Público, é necessário que haja a remoção destas famílias.

Novas demandasO secretário de Obras da

Amob, Adir da Silva Lamadril,

lembra que a comunidade pre-cisa de outras coisas além do esgotamento pluvial .

“Queremos uma linha de ônibus que atenda a parte baixa do Monte Carmelo. Hoje conta-mos com apenas uma linha. Os moradores do Vêneto precisam subir até aqui para pegar o ôni-bus, e quando o carro chega na parte superior do bairro, já está completamente lotado”, afirma. o secretário da Amob.

Mais compreensãoOs líderes comunitários

do Monte Carmelo também querem que a população te-nha mais compreensão em re-lação aos transtornos que es-tão sendo causados pela obra. “Não tem como fazer uma obra desse porte da noite para o dia. É claro que isso tudo iria gerar transtornos, mas como vão abrir buracos, quebrar pe-dras e instalar dois quilôme-tros de canos sem incomodar os moradores?”, questionam

Segundo Adir, tem que se ter paciência. “Quando con-quistamos uma coisa, logo vem outras reivindicações para ontem. Mas não é assim que funciona. Nem nós man-damos na prefeitura e o po-der público já é devagar por si só”, diz.

Ele aproveitou a oportu-nidade da visita do Jornal dos Bairros e afirmou que estaria se afastando da liderança do bairro. “É muita encomoda-

ção. Fazemos as coisas, nos envolvemos, mas as pessoas não se contentam e isso aca-ba prejudicando até a vida familiar, com nossos familia-res não sendo respeitados”, diz Adir.

“Eu agradeço a todos os secretários que trabalharam para que isso acontecesse, para que essa regularização saísse do papel, pelas obras que conquistamos e por tudo que ainda será feito”, disse.

Foto: Karine Endres

Primeira metade da implementação da rede está sendo feita por empresa contratada

Page 16: Jornal dos Bairros, Edição de Outubro de 2014

Jornal dos Bairros16Outubro 2014

Cultura

Integração na Semana FarroupilhaO dia 20 de setembro foi de comemoração das festividades farroupilhas e

também de integração para o movimento comunitário.

Foi no Vinte de Setembro, que a União das Associações de Bairros abriu seu rancho nos Pavilhões da Festa da Uva para todos os comunitaristas, no tradicional ‘Almoço dos Pre-sidentes’.

A entidade esteve presen-te durante toda a Semana Far-roupilha nos Pavilhões, abrindo espaço para as atividades dos diversos departamentos.

Esporte, Organização das Mulheres, Diretoria e Executiva

realizaram suas atividades nos Pavilhões.

E a rádio UAB FM 87.5 es-teve junto, transmitindo ao vivo dos Pavilhões, acompanhando a programação e as atividades comunitárias.

Fotos: Karine Endres


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