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Ano 17Nº 12

Jornaldos

BairrosDezembro 2013

Publicação da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul - Filiada à FRACAB e à CONAM

Caxias possui um dos dez melhores centros de ensino público do país. Conheça mais sobre o IFRS, que proporciona ensino técnico e superior gratuito

Pág. 07

Educação

Melhores da Série Prata e do Veteranos 2013 são premiados pela UAB

Pág. 15

Esporte

Comunidade Negra celebra sua culturaFoto: Ícaro de Campos

Págs. 08 e 09

Edinéia Santos de Castilhos é a Mais Bela Negra de Caxias. Ela foi escolhida em um concurso no dia 22 de novembro, em meio às comemorações do Dia da Consciência Negra. A data busca dar visibilidade para a situação do negro na sociedade, jogando luz sobre a desigualdade racial. Novembro é o mês de refletir, mas também de celebrar com alegria todas as contribuições do povo afrodescendente

Confira as dicas apresentadas na Oficina Básica de Comunicação Comunitária. Saiba como divulgar seu evento para imprensa e como criar uma notícia Págs. 04 e 05

Comunicação

Último Câmara Vai aos Bairros de 2013 concentra reclamações sobre a situação da BR 116

Pág. 10

BR 116

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013Opinião 02

Editorial

Preocupação com a Festa da Uva

Jornal dos BairrosExpediente: Veículo da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul – UAB - Rua Luiz Antunes, 80, Bairro Panazzolo – Cep: 95080-000 - Caxias do SulFiliada à Federação Riograndense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (FRA-CAB) e a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM)

Presidente: Valdir WalterDiretor de Imprensa e Comunicação: Cláudio Teixeira - [email protected]: Karine Endres - MTb. 12.764 - [email protected]ção e Design Gráfico: Karine EndresReportagem: Karine EndresE-mail: [email protected] Telefone: 3238.5348Tiragem: 10.000 exemplares

Conselho Editorial:Antonio Pacheco de Oliveira, Cláudio Teixeira, Flávio Fernandes, Karine Endres, Paulo Saussen e Valdir WalterEmail: [email protected]: 3219.4281Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Mande seu recadoEscreva para o Jornal dos Bairros. Mande sua sugestão, reclamação ou comentário.

Entregue na sede da UAB até a última semana de cada mês ou pelo e-mail [email protected]

UAB é homenageada pela Comenda 100 anos de Amizade do Pompéia

18 /12 - 18h30min Manifestação contra alagamentos na Região Norte. Concentração na Av. Dr. Mário Lopes, em frente a SER Criança Feliz

18/12 – 19h30min Reunião do Policiamento Comunitário Amob Sagrada Família II - Salão da Igreja Católica - na Rua Conselheiro Dantas

20/12 – 9h Ato de entrega dos novos núcleos de policiamento comunitário - Lagoa do Rizzo - Desvio Rizzo

21/12 – 14h Festa de Natal da Amob Parque dos Pinhais

21/12 – 14h Festa de Natal da Amob São Luiz

11/01 – 14h Assembleia Geral - Sede da UAB

Agenda Comunitária

Foto: Felipe PavanO Hospital Pompéia pres-

tou uma homenagem às institui-ções que colaboraram para que ele alcançasse a marca de um século de história. A UAB esteve entre as 100 entidades escolhi-das e, no dia 29 de novembro, foi agraciada com a Comenda 100 anos de Amizade do Hos-pital Pompéia.

Entre os demais homena-geados estavam entidades de classe, poderes executivos, le-gislativos e judiciários, além de órgãos de imprensa, entidades esportivas, educacionais e de saúde, entre outras. Os homenageados receberam troféus e diplomas.

“Certamente, teríamos muitas ou-tras instituições e pessoas para agra-ciar, mas essa Comenda dos 100 anos é a forma que o Hospital Pompéia encon-trou para dizer um muito obrigado para toda a comunidade pelo apoio que ela sempre lhe dedicou”, disse o superin-tendente-geral do HP, Francisco Ferrer.

Para Maria Bonilla, que recebeu a comenda em nome da UAB, comemorar

os 100 anos do HP é mais que festejar, “é abraçar uma longa história de servi-ços prestados à comunidade caxiense e, de modo mais especial, à classe mais necessitada”. “Quando não há vagas em outros pontos de atedimento, o Hospi-tal Pompéia abre suas portas e abraça a quem chegar”, disse.

“Sempre fomos parceiros do hospi-tal, mantendo boas relações com a Dire-ção e administração desse monumento intitulado ‘Hospital Pompéia’”, completa a diretora de Patrimônio da União.

Maria Bonilla (1º esq.) representou UAB

A Festa Nacional da Uva é tida como a maior festa comunitária do Brasil. Construída por muitas mãos, é realizada há mais de 70 anos e agora chega a sua 30ª edição. Como é uma festa feita há muito tempo, ela já tem uma receita mais ou menos a ser seguida. Nesta receita, entram os shows como um dos compo-nentes para a alegria da festa e são res-ponsáveis por levar uma boa parte do público aos Pavilhões. Tradicionalmen-te a Festuva traz shows nacionais e es-taduais de gosto bem popular. Este ano durante a escolha da corte da festa foi anunciado com pompa e circunstância que a Festa teria na sua abertura o show internacional da banda mexicana Maná.

Essa notícia causou alvoroço no es-tado inteiro, pois essa banda tem muitos sucessos em novelas e seria uma opor-tunidade única assistir a um show como esse com as facilidades que uma grande festa como a Festa da Uva proporciona, vide preço popular e espaço. Surpreen-dentemente, passados quase 3 meses após o anúncio pela alta cúpula da Fes-tuva juntamente com a escolha da cor-te do evento, a banda Maná publica em suas redes sociais uma nota desmentin-do qualquer agendamento de show para a Festuva. Explicações não faltam para tamanha falta de zelo com o nome de um dos maiores patrimônios de Caxias do Sul, que é a nossa Festuva. A culpa recaiu sobre a produtora contratada pela direção da Festa para intermediar o show. Dizem até que a produtora vai pagar R$ 50 mil de multa.

O fato é que foi feito um enorme es-trago na imagem da Festa Nacional da Uva e também no nome da cidade. Basta lembrarmos que nossa vizinha Flores da Cunha é conhecida como a terra do galo, por causa de uma lambança feita por um

mágico que cobrou por uma apresenta-ção em que mataria e ressuscitaria uma galo, enquanto o povo esperava o galo voltar a vida, o mágico fugiu com todo o dinheiro da apresentação. Os vizinhos florenses levam em auto estilo a gozação e cunharam terra do galo na cidade. Já pensaram se Caxias começar a ser lem-brada como terra do Maná?

Ainda se esse fato fosse isolado, mas outros acontecimentos recentes na história da Festa da Uva estão gerando uma carga negativa que pode compro-meter este que é o nosso maior evento. Não necessariamente por erros na con-dução da festa como este do Maná, mas no entorno da festa tem se notado uma apropriação pessoal buscando um retor-no político, haja visto no começo do ano e também começo do mandato da nova direção da festa a vontade de projetar a sucessão da Prefeitura em 2020 a partir do sucesso do evento. Ou ainda mesmo embaixatrizes que aproveitam o espaço da festa para catapultar suas carreiras políticas e já se anunciam candidatas a deputação em 2014. Esses fatos por si só não são de alçada da Festa da Uva, mas com certeza contribuem para criar uma aura negativa sobre a Festa.

A UAB é parceira da Festa da Uva desde sempre. Somos companheiros da construção desta Festa, que como dito no início deste texto, é construída com várias mãos.

Recentemente estivemos em São Gabriel para a escola da Mais Bela Esta-dual e fomos os ganhadores de melhor torcida. Torcida que com orgulho levou o nome da Festa da Uva 2014. Nossa pre-ocupação é com a Festa e com tudo que ela representa para o nosso povo. Deus queira que tenhamos uma boa festa, a maior festa que já tivemos.

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013Movimento 03

Saúde é pauta da última Assembleia do anoFoto: Karine Endres

Secretária Dilma Tessari apresenta dados sobre a saúde em Caxias

Comunitaristas questionam

Cooperativa Habitacional é apresentada

Também durante a AG foi apresentada a Coohabras – Co-operativa Habitacional Central do Brasil, que pretende ser uma ferramenta para a construção de moradias dignas e acessíveis.

A Coohabras atua em todo o Brasil, formando cooperati-vas autogestionárias que têm como objetivo a construção coletiva das moradias. Segun-do o Coordenador Pedagógi-co para a Região Sul da Cooha-bras, Tadeu Peixoto, desta for-ma se pode construir moradias dignas, maiores daquelas que estão sendo ofertadas para as famílias de baixa renda e ainda mais baratas.

“Em alguns lugares, já es-

O dia 7 de dezembro foi o momento dos comunitaristas participarem da última Assem-bleia Geral da UAB em 2013. E um dos temas que mais afeta as comunidades, a saúde pública, foi o tema do encontro, com a presença da titular da pasta, Dil-ma Tessari.

A secretária municipal da Saúde aproveitou a oportuni-dade para trazer mais informa-ções sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), seu financiamento e dados sobre a saúde pública em Caxias. Ela apresentou um relatório do trabalho realizado pela pasta, com um diagnósti-co da saúde pública, as dificul-dades e as formas de vencê-las.

A secretária explicou como estão estruturadas as redes de atenção à saúde. Dilma relatou que um dos objetivos a frente da secretaria é melhorar a re-solutividade da atenção primá-ria. Para isso, pretende incenti-var atividades preventivas, au-mentar as equipes e as próprias UBSs, proporcionar mais capa-citações aos funcionários, pro-mover a descentralização dos medicamentos e de exames. Além disso, Dilma falou que as UBSs Desvio Rizzo, Diamantino e Mariani terão novas equipes de Estratégia Saúde da Família.

Dilma Tessari também fa-lou sobre as novas unidades em construção, como a UPA da Zona Norte, a UBS Campos da Serra e a UBS Diamantino, e sobre a reforma e ampliação da UBS Planalto Rio Branco. Em números, ela citou que são atendidas mais de 4,2 mil pes-soas diariamente nas UBSs e 1,1 mil no Pronto Atendimento 24 Horas.

FinanciamentoConforme a Emenda Cons-

titucional 29, o SUS deve ser financiado pelos três entes fe-derativos, sendo que o muni-cípio deve contribuir com, no mínimo, 15% da sua receita, o Estado com 12% e a União com outros 10% da arrecadação própria. “Mas isto nem sempre acontece” afirma Dilma. “O Go-verno do Estado colocava cerca de 6%. Recentemente ampliou este percentual e está próximo aos 12%”, afirma ela ainda.

Além disso, a rede de saú-

de em Caxias também é utili-zada pelos municípios da re-gião, que não fazem o repasse correspondente ao número de leitos utilizados. Isto impacta na saturação do serviço, com muitas pessoas que não são de Caxias utilizando os hospitais, e em mais custos para o muni-cípio, que precisa arcar com as despesas.

Para resolver este proble-ma, está sendo construído um diálogo com os municípios que utilizam os serviços de saúde em Caxias, para que façam os repasses corretos e também para que busquem atender os serviços de média complexida-de nas suas cidades, desafogan-do os hospitais caxienses.

Atendimento domiciliarOutra estratégia apontada

pela secretária para liberar mais leitos hospitalares é o atendi-mento domiciliar. Nesta for-ma de serviço, o paciente que está com uma condição está-vel de saúde, mas que precisa de acompanhamento médico, poderá ser atendido em casa.

“O médico e a equipe vi-sitarão o paciente em sua pró-pria casa, adotando todos os procedimentos necessários. Ele terá o mesmo tratamento que teria no hospital, mas es-tará em casa, liberando o lei-to hospitalar para um paciente com uma condição mais grave”, afirma Dilma.

M a s a s e c r e t a r i a ressalta que este proce-dimento não pode ser ado-tado em qual-quer caso. “É preciso que e le atenda uma série de requisitos em relação à gra-vidade da do-ença. É cla-ro que um paciente em condição gra-ve não pode-rá ser atendi-do em casa”, afirma.

Ela citou como exemplo um idoso, que precise ser me-

dicado dez dias com um antibi-ótico. “Ele poderá ser medicado em casa, recebendo a visita da

equipe médica, pois não preci-sa ficar em um hospital para re-ceber antibióticos”, esclarece.

tão sendo oferecidos kitnets com 19m2, e estão sendo acei-tos financiamentos pelo Minha Casa Minha Vida para estes imó-veis. Como uma família vai mo-rar com dignidade neste espa-ço?”, ele questiona.

Segundo o coordenador, as residências construídas através do cooperativismo também po-dem ser financiadas pela Minha Casa Minha Vida, e, por não se-rem intermediadas por constru-toras que tem como objetivo o lucro, acabam tendo mais qua-lidade e preço mais acessível.

A Coohabras é uma coo-perativa autogestionária regida pela Lei do Cooperativismo (Lei 5.764/71) e pelo Novo Código

Civil (Lei 10.406/02). Ela tem as famílias com renda de até 3 sa-lários mínimos como seu foco e atua com método de organiza-ção social, educação popular e poupança coletiva, capaz de proporcionar a construção de imóveis a preço de custo.

Ela forma grupos de famí-lias que desejem adquirir a casa própria. Esse grupo forma um “círculo de cooperação”, ligado à Coohabras, que define quan-to pode ser pago mensalmente para formar a poupança coleti-va. Quando houver recursos su-ficientes, o grupo, com auxílio de assessores e educadores po-pulares, define a área que será comprada e o tipo de residência

que será construída. Os coope-rados tanto podem construir so-brados, casa ou apartamentos.

Todas as decisões referen-tes ao projeto de determinado “círculo” são tomadas pelos próprios integrantes, através de assembleia. A Coohabras pro-porciona assistência e apoio técnico para todas as fases, mas os cooperativados precisam colaborar com horas de servi-ço, exercendo algumas funções para o desenvolvimento do pro-jeto, que precisa ser coletivo.

A cooperativa iniciou com uma experiência em Bento Gon-çalves, há quase vinte anos, e foi inspirada pelas cooperativas ha-bitacionais do Uruguai.

Natal da Fonseca, pre-sidente do São Victor Co-hab, questionou a falta de médicos nas UBSs. “Esta-mos acabando mais um ano e continuamos com o mesmo problema: a falta de médicos. Estamos sem pe-diatra e sem clínico geral no nossa UBSs e isso me dei-xa muito preocupado”, fala Natal, que também integra o Conselho Local de Saúde.

“Temos que lutar pelo SUS pleno”, reivindicou o presidente de honra da

UAB, Luiz Pizetti. Segundo ele, o SUS é ainda um dos melhores sistema de saúde do mundo se fosse aplicado na sua integra-lidade, mas como os governos federal e estadual não cumprem sua responsabilidade em enviar os recursos estipulados por lei, as associações de moradores precisam se mobilizar e lutar pelo SUS pleno.

“Mas o problema não é apenas isso. Também precisa-mos de uma saúde preventiva e para isso é necessário que haja o médico da família. Temos que

lutar para que isso aconteça”, acredita Pizetti.

O presidente da AG, Paulo Saussen, fez sua fala questionando a efetividade do Conselho Municipal de Saúde. “Sabemos que o SUS possui um dos melhores mo-delos pois efetiva o controle social. Mas por isso mesmo temos que nos preocupar com a eleição do Conselho Municipal de Saúde, que já deveria ter acontecido e está sendo empurrada de uma for-ma complicada”, afirma.

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013Movimento 04

Foto: Karine Endres

Diversos tópicos foram abordados buscando auxiliar a comunicação das Amobs

Oficina aborda comunicação comunitáriaOs principais temas ligados

à comunicação comunitária fo-ram discutidos em uma oficina, elaborada e apresentada pelo departamento de Comunicação e Imprensa da UAB. O encontro “Oficina de Comunicação Co-munitária – Módulo Básico” foi realizado no dia 30 de novem-bro e procurou sanar as dúvidas dos presidentes e secretários de comunicação das Amobs quan-to ao tema.

Tópicos como a cobertura do Jornal de Bairros de eventos realizados pelas Associações, divulgação de informações pela imprensa e pelos veículos co-munitários, inclusão de eventos na agenda comunitária, criação de perfis e páginas no Facebook e publicação de fotos foram al-guns dos assuntos discutidos na oficina pelo diretor do departa-mento, Cláudio Teixeira, e pela editora do Jornal dos Bairros, Karine Endres.

Fato JornalísticoA editora do Jornal dos

Bairros introduziu os participan-tes nos principais conceitos de comunicação. “Para se discutir comunicação, seja comunitária ou não, é preciso compreender

alguns conceitos. Entre os prin-cipais, estão o de ‘fato jornalísti-co’ e ‘notícia’. Afinal, não é qual-quer fato que acontece que é de

interesse da sociedade como um todo. Quanto mais pessoas são atingidas pelo acontecido, maior é a chance disto ser um

fato jornalístico e vi-rar uma notícia”, afir-ma Karine.

“Por exemplo, se o reboco da casa de um morador cai, este não é um fato jorna-lístico, pois interes-sa praticamente ape-nas aos moradores daquela casa. Mas se uma casa desmorona devido à chuva, este fato é de interesse de toda a comunidade, pois pode indicar a necessidade da imple-mentação de políticas públicas ou a existên-cia de uma área de ris-co. Então, este é um fato jornalístico que quando for publicado por um veículo de co-municação, se trans-forma em uma notícia. Resumidamente, uma notícia é a publicação de um fato jornalísti-co por um veículo de comunicação”, diz a

editora.Para ela, é importante com-

preender que quanto mais pes-soas forem atingidas pelo fato,

mais interesse os veículos de comunicação irão ter em co-brir e divulgar o assunto. Então, quando houver o interesse que a imprensa, seja comunitária ou empresarial, cubra um determi-nado assunto, é importante dei-xar claro que o fato impacta na vida de inúmeras pessoas.

“Um exemplo disso é um protesto contra um buraco em uma rua. Se quando formos cha-mar a impressa para cobrir o protesto e dissermos que o bu-raco incomoda a ‘dona Maria’, é pouco provável que os veículos tenham interesse. Agora, se di-zermos que incomoda vinte fa-mílias, prejudicando o acesso à via, que inclusive é caminho para uma escola, o interesse pode aumentar”, explica o di-retor Cláudio Teixeira.

Eles pedem atenção para o fato de que isso não significa que é melhor inventar informa-ção ou deturpar para chamar mais atenção. Até porque essa atitude é facilmente descoberta por um bom profissional. “O que temos que ter é atenção na hora de divulgar um fato, mostrando que ele impacta na vida de vá-rias pessoas e não apenas de um pequeno grupo”, diz o diretor.

Confira alguns dos temas abordados na oficina

Agenda Comunitária

É a agenda com os eventos organizados pelas lideranças comunitárias ou de interesse do movimento.

É através desta agenda que os diretores da UAB se organi-zam para participar de um even-to promovido por uma Associa-ção. Ela fica sob a responsabi-lidade da secretária da União.

Para incluir um evento na Agenda Comunitária da UAB, entre em contato com a secre-tária (recepção) da UAB, através do número 3219.1281, infor-mando a data, horário e local da atividade.

Quanto antes a comunida-de avisar sobre o evento, mais fácil é para a diretoria da UAB definir um representante para a atividade. A inclusão na agenda não tem custo.

Agenda Comunitária

do JBOs principais eventos da

Agenda Comunitária da UAB são divulgados na “Agenda Comuni-tária do Jornal dos Bairros”. Em geral, a divulgação na agenda do JB também garante a cobertura do evento e sua posterior divul-gação (na edição seguinte a sua realização).

Para que seja incluído no Jornal dos Bairros, este evento precisa ser informado com cer-ca de 30 dias de antecedência.

Porquê? Como o Jornal dos Bairros é mensal, as reuniões acontecem logo após o fecha-mento da edição do mês. En-tão, as matérias que da edição de dezembro, por exemplo, já foram definidas ainda nos pri-meiros 10 dias de novembro.

Nenhuma equipe de reda-ção consegue cobrir todos os eventos da sua comunidade. Isso também acontece com o JB. Então, mesmo que nenhum repórter do JB vá ao seu evento, isso não impede de darmos uma nota sobre o assunto.

Divulgando seu evento no JBPara isso, envie uma pe-

quena matéria para a equipe do JB, com o lead (veja sobre lead na página ao lado) e uma de-claração do presidente ou res-ponsável pelo evento. É impor-tante também enviar algumas imagens para ilustrar a matéria.

PrazoPara um evento ser divul-

gado pelo JB na sua agenda co-munitária ou então, contar com a cobertura da equipe, ele pre-cisa ser informado ao conselho editorial com no mínimo 30 dias de antecedência.

Atenção com as fotos!Para uma foto ser publi-

cada em um jornal, ela preci-sa ter ‘resolução’. Resolução é a quantidade de pontos da imagem e que faz com que ela seja nítida ou não no jornal impresso.

Isto está re laciona-do com o tamanho da foto. Quanto maior a foto, maior a resolução. Em geral, uma foto pequena tem no mínimo cer-ca de 500K.

Para saber o tamanho de uma imagem no seu PC, clique sobre ela com o botão direito do mouse. Aparecerá uma cai-xa de diálogos.

Ao fim da caixa, consta o item propriedades. Clique em propriedades e aparecerá o ta-manho da imagem em ‘k’.

Fotos com menos de 300k dificilmente têm condições de serem publicadas. Busque sem-pre enviar as imagens mais cla-

ras, que são melhor impres-sas no papel jornal.

É por isso que fotos do Facebook, na grande maio-ria das vezes, não podem ser usadas para impressão de jor-nal. Na internet as fotos cos-tumam estar postadas com um tamanho pequenno (até 500K), para permitir a rápida visualização. Nas telas, você vê a imagem bonita, mas no papel, não vai ficar bom.

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013Movimento 05

Participantes participaram da criação de uma página e tiraram dúvidas

Com o advento da internet, cada vez mais as pessoas se co-municam através deste meio, sejam por e-mail, mensagens instantâneas ou redes sociais. As redes sociais são uma gran-

Como divulgar seu evento para a imprensa utilizando o releaseNa comunicação, o relea-

se é o material enviado para os veículos de comunicação, divul-gando um determinado assun-to. Em geral, ele é enviado bem antes para dar tempo do veículo agendar a cobertura do assun-to. Por exemplo, se houver uma festa na sua comunidade, é inte-ressante divulgar 15 dias antes, 1 semana antes, 3 dias e 1 dias antes da sua realização. A repe-tição da informação aumenta as chances do veículo cobrir o as-sunto, mas é importante tam-bém ter o cuidado para não ser irritante.

A notícia, na era industrial de produção da informação, também conta com uma ‘fór-mula’ para ser produzida. Esta fórmula se chama ‘pirâmide in-vertida’. A pirâmide invertida é

construída com o ‘lead’ em pri-meiro lugar e a ‘documentação’ em segundo.

O ‘lead’ é o nome dado para seis perguntas que sempre devem estar respondidas em uma notícia: o quê, quem, onde, quando, como e porque. Não há uma ordem fixa para estas respostas, mas é bom que elas estejam no primeiro e segundo parágrafos do texto. Ao respon-dê-las de forma coordenada, já estará feita a introdução da no-tícia ou do release.

Nos demais parágrafos pode constar a chamada ‘do-cumentação’ da notícia. Isto é, aquelas informações que provam o que está sendo afir-mado, seja uma declaração do presidente da Associação, de um morador, um histórico do

problema, ou dados estatísti-cos retirados de algum estudo.

Quando você quiser infor-mar um fato para a imprensa, seja objetivo. Não enrole. Tex-tos muito compridos ou cheios de ‘firulas’, ou que iniciam de forma pouco objetiva, geral-mente são descartados no cor-re-corre das redações. Vá direto ao ponto. E explique a impor-tância, histórico da questão ou dê a fala do presidente após dar as informações principais (que é o lead).

Não se esqueça de também incluir uma fonte, ou seja, um responsável pelo assunto na co-munidade, que poderá ser con-tato pelos jornalistas para dar mais informações ou uma de-claração. Inclua o nome dessa pessoa, e-mail e seus telefones.

Mais informações:João da Silva, presidente da AmobTelefones: 9126.7814 / 3014.7896 E-mail: [email protected]

Confira um exemplo de release

Almoço na Comunidade Kayser arrecada brinquedos para o Natal

A Associação de Moradores do Bairro Kayser está orga-nizando um almoço, no dia 12 de dezembro, com o objetivo de arrecadar brinquedos para a festa de Natal. Os ingressos estão sendo vendidos pelo preço de R$ 20,00 e podem ser adquiridos até o dia 10 de dezembro, com o presidente da Amob, João da Silva. O almoço, com risoto, pão, salada e vi-nho no cardápio, será servido às 12h30min no salão da Igreja Santíssima Trindade.

Os veículos comunitários são aqueles voltados exclusi-vamente para a sua comunida-de e que possuem no conse-lho gestor diversas entidades representativas da sociedade. Ou ainda, como no caso do JB, é mantido por uma organização comunitária.

Atualmente, existem três veículos comunitários oficiais

Ao enviar o release, sempre indique um nome para ser o contato com a imprensa, com telefone e e-mail.

Redes Sociaisde estrutura virtual, ou seja, só existe na internet, conectando pessoas, grupos, empresas, as-sociações ou entidades.

Atualmente, as principais redes são o Facebook e o Twit-

Veículos Comunitáriosem Caxias do Sul. A rádio UAB FM 87,5, a TV Caxias e o JB.

Cada tipo de veículo exige uma dinâmica própria e nem todos são mantidos exclusiva-mente pela UAB. A TV Caxias, por exemplo, conta com um grande número de instituições mantenedoras, como sindica-tos e até associações de classe patronais, como a CDL.

tter. Este último é diferenciado por permitir mensagens de até 140 caracteres, ou seja, men-sagens muito curtas com o ob-jetivo de informar rapidamente o que se está fazendo ou como se está sentindo, ou ainda, di-vulgar uma informação urgente de interesse público.

Em geral, o Facebook é mais utilizado por associações e empresas buscando fidelizar um determinado público.

No Facebook, há a possi-bilidade de montar álbuns de fotos, que podem ser compar-tilhadas, além de se conectar com as pessoas ou grupos de interesse.

Para entidades jurídicas, como Amobs, é aconselhavel fa-zer uma página que as pessoas poderão curtir e não adicionar como amigas.

Fotos na InternetAo contrário do que

acontece para se imprimir uma foto, que em geral, quan-to mais pesada melhor, na in-ternet as melhores fotos são as menores.

E é justamente por esse motivo que é muito difícil usar no jornal uma foto diretamen-te do Facebook, e se precisa

da original, mais pesada.Para a internet, as fotos

podem ser feitas do celular, tablet e postadas na Inter-net. Assim os integrantes das Amobs ou os moradores podem ilustrar os problemas vivenciados, não precisando do intermédio de um profis-sional da comunicação.

Foto: Karine Endres

Jornal dos Bairros6Dezembro 2013

Movimento 06

Nova direção da Fracab toma posseFoto: Serginho Neglia

Valdir (quarto da esq/dir) e Cleuza (de azul) representam caxienses na Fracab

A direção eleita para a Fe-deração Riograndense das As-sociações Comunitárias de Moradores de Bairros do Rio Grande do Sul (Fracab) já tomou posse. O ato aconteceu no dia 29 de novembro, em Porto Ale-gre, levando oficialmente An-tônio Carlos Damasceno Lima à presidência da entidade e Valdir Fernandes Walter à vice-presidência.

A nova diretoria assume a entidade após 13 anos sem o processo democrático direto para escolha dos dirigentes. O pleito foi realizado em 9 de no-vembro e contou com a parti-cipação de mais de 300 Amobs e Uniões de Bairros. Antônio e Valdir estavam inscritos na Cha-pa 1 – “Recuperação da Fracab”, que obteve a vitória com mais de 93% dos votos. Eles devem permanecer à frente da entida-de para o mandato de 2013 a 2017. Além de Valdir, presidente da UAB, a secretária geral da en-tidade, Cleuza Moraes, também

está na federação como secre-tária geral.

Valdir Walter afirma que aceitou participar da nova ges-tão da Fracab justamente por saber que ela está passando por dificuldades. “Entendemos que a Fracab é extremamente importante para o movimento comunitário e para o RS, por ser uma entidade que já liderou muitas lutas, como as por mora-dias melhores e mais acessíveis. Queremos retomar a capacida-de de luta e organização dessa entidade”, afirma. Segundo ele, grandes lideranças estão à fren-te da nova diretoria, com grande conhecimento do movimento comunitário.

Já Antônio Damasceno, presidente eleito, ressalta a conquista democratica que as eleições representaram. “A elei-ção significa muito para o mo-vimento, há 13 anos não havia uma eleição direta para a Fede-ração. Conseguimos avançar com uma grande mobilização

das Uniões. Foram mais de 300 asso-ciações e uniões que participaram desse momento e compro-va que as comuni-dades queriam par-ticipar do processo eleitoral”, afirma An-tônio.

Segundo ele, um dos principais objetivos da dire-toria empossada é efetivar os progra-mas que haviam sido anunciados duran-te a campanha elei-toral. “Em primeiro lugar está retomar os projetos habitacio-nais que são ligados ao Gover-no Federal. Afinal, nós enquanto federação de moradores temos um tratamento diferenciado e com certeza vamos usar isso para que as comunidades te-nham acesso à moradia”, pro-mete.

Outro objetivo, segundo

ele, é reativar o departamento Jurídico da Fracab, que estava desativado. “Por muitos anos a Fracab, através do seu depar-tamento, prestou assessoria e atuou em defesa dos mutuários do sistema nacional de habita-ção, buscando tabelas de rea-juste mais condizentes com a realidade financeira dos traba-lhadores”, relata.

Antônio diz que se inspira

na UAB como modelo de gestão comunitária e fica feliz em poder contar com Valdir Walter como seu vice. “Queremos dar um agradecimento especial para o presidente da UAB, Valdir Walter, que está à frente de uma entida-de comunitária que é modelo na gestão administrativa. Agrade-cemos por ter Valdir como vice-presidente”, completa o presi-dente da Fracab.

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013 07Educação

IFRS é o quarto melhor centro de ensino do país

Bairro Fátima abriga novas estruturas de um dos melhores centros de ensino do país

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-logia do Rio Grande do Sul (IFRS), Câmpus Caxias do Sul, tem muitos motivos para co-memorar.

Além das principais es-truturas do câmpus no bairro Fátima estarem finalizadas, do sucesso do vestibular realiza-do no início de dezembro, o Instituto ainda foi classificado como um dos dez melhores de todo o Brasil.

No caso, a classificação envolve todos os campus da instituição no RS, que possui sede em Bento Gonçalves e também está presente em Far-roupilha, Porto Alegre, Canoas, Erechim, Feliz, Ibirubá, Osório, Rio Grande e Sertão.

Entre mais de 15 mil cen-

tros de ensino superior do Bra-sil, o IFRS ficou colocado como o quarto melhor.

Esta estatística não envol-ve as universidades, que diver-gem dos centros por oferece-rem uma grande quantidade de cursos.

“Estar entre os 10 melho-res centros de ensino superior do Brasil com apenas 5 anos de existência é uma estatística fantástica para qualquer insti-tuição de ensino, mais ainda para uma pública”, afirma Ta-tiana Weber, diretora-geral do IFRS Câmpus Caxias.

“É motivo de muito orgu-lho e um incentivo para todos que fazem parte do propósito de promover a educação pro-fissional e tecnológica de ex-celência e impulsionar o de-

senvolvimento sustentável das regiões”, afirma ainda a diretora.

O concei-to preliminar de curso (CPC) ava-lia o rendimento dos estudantes, a infraestrutura da instituição, a organização didático-peda-gógica e o cor-po docente.

O cálculo do índice geral de cursos ava-liados da ins-tituição (IGC) inclui a média ponderada dos CPCs e os conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior (Capes), res-ponsável por avaliar os pro-

Estrutura principal está prontaAs principais estruturas do

câmpus Caxias do IFRS já estão prontas para receber os alunos, em 17 de fevereiro. Uma série de ações estão sendo organiza-das pela instituição, procuran-do inserir a comunidade neste processo.

O projeto “Faça Parte Des-sa História” tem o propósito de envolver todas as pessoas que estão vivenciando a construção da primeira fase do câmpus e se mobilizaram para que o projeto fosse viabilizado.

O projeto iniciou no dia 30 de novembro com o plantio de 400 mudas na nova sede e con-tou com a presença da comuni-dade, reitora Cláudia Schiedeck

Soares de Souza, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e de diversas lideranças. Ainda estão previstas outras iniciativas, como pesquisa de opinião, caixa de sugestões e criação da “cápsula do tempo”.

As novas estruturas do Ins-tituto em Caxias ficam na rua Avelino Antônio de Souza, nº 1730, no bairro Fátima.

Atualmente, o Instituto Fe-deral de Caxias funciona em um prédio alugado no bairro Flo-resta. A sede própria está sen-do construída no bairro Fátima desde 2009. Problemas com a construtora Costa Azul, que não está mais com a obra, atra-saram a entrega dos prédios. Os

blocos A4, D e F, estão prontos para que o ano letivo de 2014 possa iniciar na sede própria. No final de novembro foi publi-cado o edital para a construção do bloco A3.

Foto: Karine Endres

gramas de pós-graduação das instituições.

Novos alunos em 2014 IFRS realizou seu primei-

ro vestibular unificado entre os diversos campus, com um total de 9.379 inscritos concorrendo a 2.166 vagas em cursos supe-riores e técnicos de nível médio.

Via Exame Nacional do En-sino Médio (Enem), são mais 1.444 inscritos, que concorrem a 463 vagas em cursos técnicos subsequentes ao Ensino Médio.

O IFRS oferece 2.020 va-gas em cursos técnicos de nível médio e 1.219 vagas em cursos superiores, todos gratuitos, dis-tribuídas em 12 câmpus no Rio Grande do Sul.

Das vagas para os cursos

subsequentes, 50% terão in-gresso mediante as notas no Enem e das vagas para os supe-riores, 50% serão com ingresso via Sistema de Seleção Unifica-da (Sisu), cujas inscrições ainda não foram realizadas.

A divulgação do resulta-do do processo seletivo, da 1ª chamada e de orientações para a matrícula ocorreu no dia 10 de dezembro para os cursos técnicos, e acontece no dia 19 de dezembro para os cursos su-periores.

Todas as informações po-dem ser acompanhadas pelo site www.ifrs.edu.br.

Saiba Mais: www.ifrs.edu.br

Instituição pública com apenas cinco anos superou outros 15 mil centros de educação em todo o Brasil, oferecendo ensino gratuito e de qualidade também em Caxias

Foto: Catia Sandri

Pepe Vargas planta no IFRS

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013Igualdade

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365 dias para a Consciência Negra e a igualdade racialAinda falta muito para se

conquistar a tão falada igualda-de racial. Buscando a visibilida-de da condição atual do negro na sociedade é que se celebra no dia 21 de novembro o Dia da Consciência Negra. Este é um dia celebrado oficialmen-te, através de feriado, em mais de mil cidades brasileiras e que se busca, em diversos espaços públicos, discutir a questão da igualdade racial.

Os negros ainda figuram como maioria dos principais in-dicadores da desigualdade so-cial. São em maior número nas camadas com menor renda, me-nor salário, menor faixa de es-colarização e são vitimados em maior número pela violência.

Os dados estatísticos pro-vam que brancos e negros não saem do mesmo patamar para disputar o acesso aos bens eco-nômicos, culturais e sociais. E o Dia da Consciência Negra busca jogar luz sobre estas questões.

Dados da Secretaria de As-suntos Estratégicos, da Presi-dência da República, mostram que oss negros ainda são maio-ria entre os 5% mais pobres do país, representando 70% desse grupo que vive na pobreza ex-trema ou na miséria. Os dados comprovam que a renda dos negros é menor em compara-ção a dos não negros. A renda per capita entre os negros ficou em torno de R$ 543, em 2011, ante R$ 1.004 dos não negros.

O estudo demonstra que, em 2011, o rendimento médio por hora de negros (pretos e pardos) era R$ 6,28, o equiva-lente a 61% do valor para o res-tante da população, R$ 10,30. A pesquisa indica ainda que a diferença entre as taxas de de-semprego de negros e não ne-gros diminuiu nos últimos anos, embora a do primeiro segmento ainda supere a do segundo, em 2011 (12,2% e 9,6%, respecti-vamente). Essa diferença, de

2,6 pontos percentuais, cor-respondia a 7,2 pontos percen-tuais, em 2002, quando se ini-ciou a implementação das leis de cotas.

Já entre os brasileiros que ganham mais de dez salários mínimos, apenas 20% são ne-gros. Enquanto a respeito de crimes contra a vida, 29% dos mortos de forma violenta são brancos e 64,9% negros, reve-lando que eles também sofrem mais com a violência e com a criminalidade.

Em relação ao acesso à educação, em torno de 5,9% dos brancos são analfabetos contra uma taxa de 13,3% da população negra. Dos univer-sitários, 15% dos jovens bran-cos brasileiros freqüentam al-gum curso superior e apenas 4,7% dos jovens negros estão na mesma posição. E entre os profissionais que chegam a fa-zer pós-graduação, somente 20% são negros.

As mulheres negras po-bres são ainda as mais afeta-das pela exclusão racial, pois também precisam superar a pobreza e a discriminação de gênero. Um dos dados que mostram esse panorama é o cruzamento de dados feito pelo Instituto de Estudos So-ciais e Políticos (Iesp) da Uni-versidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que mostra que mulheres pretas, pardas e indí-

Mulher, Negra e Pobre

genas são a maioria entre os 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que não trabalham nem estudam no país, a chamada “geração nem nem”.

Elas somam 2,2 milhões, ou seja, 41,5% desse grupo. Do total de jovens brasileiros nes-sa faixa etária (27,3 milhões), as negras e indígenas representam 8% - enquanto as brancas na mesma situação chegam a 5% (1,3 milhão).

Para o coordenador do le-vantamento, Adalberto Cardo-so, que fez a pesquisa com base nos dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), várias ra-zões explicam o abandono da educação formal e do mercado de trabalho por jovens.

Entre elas, o casamento e a necessidade de começar a trabalhar cedo para susten-tar a família. Cerca de 70% dos jovens “nem nem” estão entre os 40% mais pobres do país. A gravidez precoce é o principal motivo do abandono, uma vez que mais da metade das jovens nessa situação têm filhos.

Segundo o levantamento, embora a taxa de jovens da “ge-ração nem nem” no Brasil seja considerada alta (19,5% do to-tal de pessoas de 18 a 25 anos), o índice não está distante do verificado em países com ca-racterísticas demográficas se-melhantes onde é comum que a mulher deixe de trabalhar e es-tudar para se casar. É o caso da Turquia e do México, segundo estudos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvi-mento Econômico (OCDE), ci-tados pelo pesquisador da Uerj.

Fonte: Agência Brasil

Em Caxias do Sul, entre os dias 13 e 20 de novembro, diversas atividades foram rea-lizadas, buscando promover a reflexão sobre a condição do negro na nossa sociedade.

As atividades estavam in-seridas na Semana da Cons-ciência Negra e também na 1º Semana Municipal da Ca-poeira.

A Semana da Consciência foi ralizada pelo Conselho da Comunidade Negra (COMUNE) e pela Câmara de Vereadores e a da capoeira pela Prefeitura Municipal, COMUNE e organi-zações da sociedade civil.

Encontros de capoeira, celebração do Dia Nacional da Umbanda, em 15 de no-vembro, lavagem das escada-rias da Catedral, encontro da Juventude e Religião de Matriz Africana, Seminários sobre a Lei 10.639/03 – que institui o ensino da história e cultu-ra negra em todas as redes de ensino - foram algumas das atividades promovidas.

Caxias realiza atividades para celebrar consciência negra

Fotografia de Miro, um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, que faz parte da exposição “Pérolas Negras” do Museu Afro Brasil

Já a semana da capoeira levou rodas da arte para diver-sas comunidades de Caxias, aulas especiais de dança, mú-sica, festival artístico, mesas redondas, batizados de ca-poeira, jantar e formatura de capoeira.

Além disso, neste ano a Semana da Consciência Ne-gra contou com o lançamento de um documentário sobre a participação do negro na so-ciedade caxiense.

“Questão de Pele” mos-trou a participação dos negros na construção de Caxias, des-de os seus primórdios, quan-do aqui chegaram os primeiros imigrantes italianos.

Outras importantes ativi-dades realizadas inseridas na Semana da Consciência Negra foram a outorga da Comenda Zumbi dos Palmares pela Câ-mara de Vereadores a Maria Geneci Silveira, Caren Daiane da Silva e Salézio Evangelista Macedo, além da realização do concurso “Mais Bela Negra”.

Jornal dos Bairros

Dezembro 2013Igualdade

Conversamos com a pre-sidente do COMUNE, Juçara Quadros, que também integra o Movimento Negro e é diretora de Etnias da UAB. Juçara falou sobre temas importantes para a igualdade racial. Para ela, as cotas são apenas uma das po-líticas afirmativas voltadas para o povo negro. Confira:

JB - Qual a importância de discutir a inserção do negro na sociedade e sua visibili-dade com o dia da Consci-ência Negra?Juçara – É justamente fazer visível a situação do negro. Ao lngo da história a comunidade não negra tenta nos tornar invi-síveis. Então, nós trabalhamos essa semana para conscienti-zar uma parte dessa população,

365 dias para a Consciência Negra e a igualdade racial

Caxias realiza atividades para celebrar consciência negra

Fotografia de Miro, um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, que faz parte da exposição “Pérolas Negras” do Museu Afro Brasil

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

No dia 22 de novembro, a comunidade negra de Caxias es-colheu as mais belas represen-tantes da sua etnia. O concurso foi realizado no ponto de cultu-ra UAB Cultural, pelo COMUNE e Prefeitura Municipal, com apoio do Movimento Negro, Visate e TV Caxias.

De oito candidatas que dis-putavam o título, Edinéia Santos de Castilhos foi a vencedora e é a

O documentário “Questão de Pele” foi lançado pela Câma-ra de Vereadores no dia 19 de novembro, integrando as ativi-dades da Semana da Consciên-cia Negra.

Os 50 minutos do docu-mentário são divididos em cin-co partes: origens, trabalho, ra-cismo, cultura (Clube Gaúcho) e ações afirmativas. Durante cin-co meses, as equipes do Cen-tro de Memória, de Relações

“Questão de Pele”Públicas e da TV Câmara Caxias (canal 16 da NET) e do Instituto de Memória Histórica e Cultural (IMHC) da Universidade de Ca-xias do Sul (UCS) ouviram 14 de-poentes sobre a história negra, no município. Organizaram mais de 500 fotografias oriundas de acervos familiares.

O presidente do Legisla-tivo caxiense, vereador Edson da Rosa (primeiro presidente negro da Casa), também depo-

ente do vídeo historiográfi-co, destacou o avanço do processo de respeito a to-das as etnias. Salientou o fato de a exi-bição ter reu-nido cerca de 200 pessoas, no plenário da Câmara.

Capa do documentário ‘Questão de Pele’

Escolhida nova corte do Mais Bela Negra

Mais Bela Negra de Caxias do Sul.Ainda compõem o trio, as

princesas negras Érika Ferreira Bueno e Priscila Oliveira Ferrei-ra. Todas as candidatas ganha-ram um troféu de participação e as ganhadoras, além das faixas e flores receberam uma premia-ção em dinheiro.

A corte recebeu as faixas da Mais Bela Negra 2012, Tainá Oliveira Teixeira, e das princesas

Ingrid Laisa Moraes e Giordânia Silva de Cândido.

Além das vencedoras, con-correram também as jovens An-diara Valduga da Rosa, Carina de Oliveira dos Santos, Giova-na dos Santos e Silva, Nathaly da Fonseca e Potira Moreira dos Santos Rodrigues. As meninas precisam ter entre 15 e 26 anos, e não podiam ter sido Rainha ou Princesa em outras edições.

Edinéia Santos de Castilhos (ao centro) é Mais Bela Negra de Caxias

Foto: Ícaro de Campos

“Políticas Afirmativas não são apenas cotas”

da importância do negro estar dentro dos espaços de poder, dentro do mercado de trabalho e que existam as políticas públi-cas voltadas para essa popula-ção. E é apenas nessa semana que conseguimos dar um pouco de reflexão para a comunidade, para pensarmos sobre essa si-tuação como um todo.

Porque as políticas afirmati-vas são importantes?Juçara – Políticas afirmati-vas não são apenas cotas. Por exemplo, é preciso implemen-tar uma política especial volta-da para a saúde do povo negro, que tem algumas peculiarida-des, como as doenças falcê-micas, entre elas a anemia fal-ciforme. Hoje já conseguimos ter profissionais que trabalham

com estas especificidades da saúde da população negra. Mas também não apenas na área da saúde, como na educação, por-que é ela que transforma a po-pulação. A lei 10.639 trabalha uma ação afirmativa na área da educação, que torna as crian-ças negras mais visíveis den-tro da sala de aula, evitando o abandono do ensino pelos jo-vens negros.

Como está a aplicação da Lei 10.639 em Caxias?Juçara – Existem seminários, existem capacitações, mas a aplicação da lei não existe. E esse é um problema que verifi-camos em todo o Brasil: como aplicar a lei. Porque discutir a lei em um seminário uma vez por ano não é aplicação da lei.

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Jornal dos Bairros10Dezembro 2013

Geral

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Região Leste quer solução para BR 116

!“Só nesta microrre-

gião, 127 crianças não têm vagas no primeiro ano da educação básica”,

Rudimar Leiser

A Região Leste foi protago-nista da última edição do “Câ-mara Vai aos Bairros” em 2013. Ao todo, 74 bairros e loteamen-tos da região foram convidados para participar do evento pro-movido pela Câmara de Verea-dores, no dia 18 de novembro, na UCS.

Agora, os 23 vereadores do Legislativo caxiense encami-nharão as demandas colhidas às autoridades competentes, para buscar a solução dos problemas apresentados. O presidente da Casa, vereador Edson da Rosa, conduziu a reunião. Neste ano, o projeto itinerante já havia ocorrido nas regiões Norte, Sul, Oeste, Centro e no Interior.

O reitor da UCS – que apoiou a realização do evento na região Leste – Isidoro Zorzi, enfatizou que a representação da diversidade de ideias é uma característica comum aos âm-bitos legislativo e universitário.

BR 116Gilda Pontalti, presidente

da Amob Bela Vista, ressaltou a importância dos vereadores estarem dispostos a ouvir as demandas comunitárias. Ela iniciou sua fala apresentando as dificuldades com a BR 116 e defendeu a municipalização da via. “As passarelas são impor-tantes, mas se a gente não co-locar semáforos, não vai adian-tar, porque há pessoas que irão ter muita dificuldade em usar as passarelas, como os idosos. Precisamos acelerar o processo de municipalização da BR 116”, afirmou.

Ela também falou a respei-to da ocupação por moradores de rua que está acontecendo no viaduto que dá acesso ao bairro Bela Vista. “Precisamos revitali-zar aquele viaduto, que é uma entrada horrível e agora está sendo ocupado por moradores de rua, gerando insegurança”, denunciou.

Bocas de LoboOutra presidente de Amob,

Ivete Maria Boff Moreira, do bairro Castelo, também apon-tou dificuldades com a BR 116. “Mas também temos problemas específicos no bairro”, afirmou. Segundo ela, as bocas de lobo acarretam diversos problemas para os moradores em dias de chuva forte, já que não dão con-ta do volume da água. “É feito o calçamento, o asfaltamento,

mas as bocas de lobo não suportam o volu-me de água em dias de chuvarada. Há casas sendo inundada,, pois ficam abaixo do nível da rua e não possuem boca de lobo”, afirmou ela. Segundo Ivete, as bocas de lobo foram

instaladas em pontos onde não coletam toda a água. “Quando se define um projeto, tem que olhar o entorno, as conseqüên-cias, que acabam prejudicando os moradores”, afirmou.

Orçamento ComunitárioIvete também registrou

queixas contra o Orçamento Comunitário, pois, segundo ela, foram prometidas obras que não foram realizadas. “Conquis-tamos o calçamento de uma rua através do OC. Nos promete-ram que em 30 dias a obra ini-ciaria e até agora nada. Eu pri-mo pela verdade. Se é possível fazer a obra, que se faça, mas se não é possível, que também se fale a verdade. Acredito que os vereadores precisam fiscali-zar essas situações”, afirmou a presidente.

Ildenfonso da Fonseca, do Jardim Adorado, foi outro pre-sidente a apontar dificuldades com o Orçamento Comunitário. “Precisamos fiscalizar as obras do OC. Há muitas obras atrasa-das e outras que não foram fei-tas. Dizem que vão realizar, mas passam anos e nada acontece e quem fica com

c a r a d e mentiroso na comu-nidade é o presidente da Amob”, denunciou.

Segurança Já Dan-

te Pinghello, presidente da Amob Diamantino, enfatizou as dificuldades com a seguran-ça pública no bairro. “No último ano, 12 pessoas foram assas-sinadas por causa das drogas. Não sabemos mais a quem re-correr. Os traficantes são leva-dos pela Brigada Militar, e no dia seguinte já estão de volta”, disse Dante.

Ele aproveitou a oportu-nidade para agradecer à secre-taria da Saúde pela construção de uma UBS no bairro. Outra demanda de Dante foi em rela-ção à abertura de uma via que daria acesso direto dos alunos da UCS para a região Cruzeiro, possibilitando que os mesmos evitassem a BR 116.

Regularização FundiáriaTânia Menezes, presiden-

te da Amob Villa Lobos e Ver-gueiros chama a atenção para a regularização fundiária, calça-mento das vias e para a partici-pação da comunidade no mo-mento de definição e execução de obras. “Precisamos ouvir a sabedoria popular, porque de

nada adianta mandar fazer o calçamento e não escutar, co-locando a boca de lobo no lado errado. Afinal de contas, quem sabe quanto desce de água e para que lado corre?”, questio-nou a presidente.

Tânia protestou contra a demora para a conclusão do processo de regularização fun-diária dos loteamentos Villa Lo-bos e Vergueiros. “Temos um problema grave com a regula-rização. Foi investido muito di-nheiro nesse processo e agora está emperrado. Boa parte dos moradores já estão pagando o IPTU, mas não conseguimos as escrituras porque a área é de ris-co”, afirma. “Ou a procuradoria geral do município, juntamente com as secretarias de Urbanis-mo e de Planejamento traba-lham a questão e fazem valer o More Legal, ou não tem porque existir esse programa”, critica.

Além disso, ela denunciou que uma pessoa se apropriou de uma procuração e reivindica 40 terrenos baldios no Vergueiros, impedindo também o término do processo de regularização.

EducaçãoO presidente do Jardim Ira-

cema cobrou mais vagas nas es-colas públicas que atendem a região. “Só nesta microrregião, 127 crianças não têm vagas no primeiro ano da educação bá-sica”, alertou. “Fizemos um le-vantamento em três escolas desta área 250 crianças ficarão fora de sala de aula por falta de vagas em 2014”, afirma. “Tere-mos que recorrer à Justiça para garantir a vaga e isso é uma ver-gonha. O Jardim Iracema está rodeado de novos loteamentos e empreendimentos. Se já não temos vagas agora, como fare-mos quando esses lotamentos começarem a ser ocupados?”, questiona.

Último ‘Câmara vai aos Bairros’ não teve a mesma participação que outras edições

Foto: Karine Endres

Jornal dos Bairros11Dezembro 2013

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Bem Estar

Fungo Oídeo compromete o tomate

Foto: Wikipédia

Trate suas plantas naturalmente com leite

Manter uma pequena horta em casa representa economia nas despesas do-mésticas e é uma forma de conquistar bem estar e qualidade de vida. Além do prazer de cultivar seu próprio alimento, ainda é uma forma de se obter vegetais e frutas livres de agrotóxicos.

Justamente este é um ponto difícil para quem mantém uma pequena hor-ta. Em muitos momentos é desvantajo-

so – e ecologicamente incorreto –usar agrotóxicos, embora as plantas sejam atacadas.

Existem diversas formas de cuidar das plantinhas caseiras sem o uso de ve-nenos químicos. E o leite pode ser um recurso. Melhor ainda: ele é indicado jus-tamente para as culturas típicas da pri-mavera e verão da Serra Gaúcha, como o tomate, pepino e moranga.

Tratando o tomateiro com leite crúO tomate é uma das culturas mais

sensíveis e difíceis de manter sem a utili-zação de agrotóxicos. Em primeiro lugar, sempre se lembre de colocar um tutor no pé – isto é, uma vara ou pau, amarrados à planta, que vai garantir que o pé não fique no chão. Em segundo lugar, evite ao máximo molhar as folhas dos toma-teiros ao regar a planta. Tente regar ape-nas a base do pé.

Mas mesmo estes cuidados não im-pedem o desenvolvimento dos fungos. Você percebe a presença deles quando as folhas começam a apresentar man-chas brancas ou ficam muito amarela-das.

Pode ser utilizado qualquer tipo de leite, caixinha ou de saquinho, e mesmo o leite que tenha azedado ou amanhe-cido fora da geladeira. Inclusive, para quem não consome leite, pode com-prar o em pó. Mas atenção, o leite pre-cisa estar crú.

Como preparar Se for leite líquido, dilua na propor-

ção de 30% de leite em água (3 copos de leite para 7 de água) para colocar a mistura diretamente na terra regando as raízes ou de 10% de leite em água (1 copo de leite para 9 de água) para bor-rifar a mistura nas folhas.

Se for leite em pó prepare um copo com 250ml de água e uma colher de sopa de leite em pó e use 1 medida des-se leite preparado para 4 medidas de água se for diluir para regar ou borrifar nas folhas.

O leite em pó também pode ser co-locado diretamente na terra, sem dilui-ção alguma, mas se as folhas dos seus tomates já estão com fungos prefira re-

gar a planta ou borrifar as folhas para um efeito mais rápido.

Como UsarSe as folhas dos seus tomates já es-

tiverem com fungos use a mistura de lei-te e água em dias alternados, ou a cada 3, 4 ou 5 dias dependendo da gravidade do problema. Isso serve tanto para regas quanto para borrifar as folhas.

As regas são mais seguras, pois o tomate não gosta de água nas folhas, facilitando o aparecimento de fungos. Caso haja muitos fungos, pode ser uma solução borrifar nas folhas, mantendo a rega. Não é indicado borrifar à noite, pois pode aumentar a quantidade de fungos, já que a planta fica úmida.

Se o seu tomateiro não apresenta problema de fungos e você vai usar a mistura como preventivo pode aumen-tar o intervalo para uma vez por sema-na (se houve problema recente), a cada 15 ou 30 dias e pode até misturar o leite em pó com o adubo.

Outras culturasA pulverização do leite de vaca

cru, pode ser feita em diversas cultu-ras, como abobrinhas, pepino, pimen-tão, hortaliças, roseiras e plantas orna-mentais.

Se utiliza uma vez por semana, nas

concentrações de 5% e 10%, dependen-do da severidade da doença. A concen-tração de 10% deve ser utilizada quando a infestação dos fungos for alta. O lei-te deve ser utilizado preventivamente e toda a planta deve ser pulverizada.

[Com informações da Embrapa e do blog ‘Saberes de Jardim’]

Jornal dos Bairros12Dezembro 2013

Espaço Comunitário

Século XX faz do seu centro espaço para integração

Foto: Karine Endres

Espaço é utilizado por todas as gerações da comunidade

Espaço Comunitário:Centro Comunitário

Século XX

Estrutura: churrasqueira, cozinha equipada com freezer, geladeira e fogãoAluguel: R$ 100,00Endereço: Rua Valdemar Betanin, s/n, Bairro Século XX

O centro comu-nitário do bairro Sé-culo XX foi constru-ído há mais de vinte e cinco anos e pas-sou por reformas e ampliações ao longo das diversas gestões que estiveram à fren-te da Amob. Segun-do Loiva Pereira dos Santos, presidente da Amob, as modificações fo-ram realizadas também com o apoio das administrações que comandaram a Prefeitura Mu-nicipal nestes anos. “Há alguns dias, eu estava conversando com o senhor Adiodato Reis de Brito, ex-presidente da Amob, que contou que neste espaço há um pouco de Manueto Se-rafini Filho, Mário Vanin, Pepe Vargas e José Ivo Sartori, além do apoio de vários vereadores e deputados”, conta Loiva.

No início da primeira ges-tão de Loiva à frente da Amob, foi feita uma reforma, envol-vendo principalmente o enca-namento e o escoamento de esgoto. “Também reformamos os banheiros, com troca dos sanitários”, diz ela. Loiva tam-bém relata que uma loja de materiais de construção doou alguns materiais para a conti-nuação da reforma, mas que não foi possível manter o pro-jeto naquela gestão.

Foram comprados novos equipamentos como cadeiras, liquidificador, balcão para do-

cumentos e um novo cortina-do. “A comunidade se esforça por manter o salão em boas condições de uso”, explica a presidente. Um dos principais objetivos da Amob no curto prazo é adequar o espaço às normas de segurança.

O centro é mantido atra-vés do aluguel de festas para aniversário e para os cultos da Igreja Universal no bairro. “Te-mos uma agenda bem cheia no centro, com diversos alugueis durante os finais de semana”, explica ela. A Amob cobra um valor de R$ 100,00 pelo aluguel, sem taxa de limpeza.

O centro também é utili-zado para as aulas de dança infantis que acontecem nas quartas-feiras e capoeira na sexta-feira. Os idosos do bairro utilizam o centro nas segundas-feiras, quando acontecem as aulas de ginástica para a ter-ceira idade. Além disso, o es-paço também é utilizado para as reuniões da Amob e ou-tros eventos voltados para a comunidade. “Na gestão pas-

sada, realizamos três eventos bus-cando arrecadar recursos para o centro, mas não é uma estratégia que utilizo com muita freqüência”, explica a presi-dente da Amob.

Para Loiva, além de aumen-

tar a segurança, seria impor-tante calçar a frente do centro comunitário e trocar o forro interno. “Pretendo buscar re-cursos junto com a prefeitura para fazermos essa reforma”, explica Loiva.

“A Amob também está avaliando a possibilidade de abrir o centro para ativida-des de lazer voltada para os homens da terceira idade da comunidade, já que o espaço que freqüentavam está sendo fechado. Esta é uma deman-da bem grande dos moradores mais antigos do bairro”, fala a presidente.

Ela também relata que al-gumas mulheres da terceira idade sentem a falta de mais atividades recreativas voltadas para elas. “Agora teremos que avaliar como contemplaremos todos estes anseios da nossa comunidade”, diz a presidente.

O centro conta com um salão, cozinha equipada com fogão, freezer, louça para 170 pessoas, churrasqueira para 40 espetos.

Jornal dos Bairros13Dezembro 2013

Bairros

Diversos problemas se en-trelaçam para compor a vida dos moradores do Beltrão de Quei-róz. Partindo do fato de ser uma comunidade de baixa renda, estigmatizada pela violência e que não foi completamente re-gularizada, temos um área onde faltam serviços e equipamentos públicos, com problemas bási-cos de manutenção nas redes de esgoto e regularização de energia. Além do quê, o pouco acesso aos bens culturais e edu-cacionais gera ainda mais crimi-nalidade e violência.

Por isso, uma das principais frustrações da comunidade é em relação à antiga quadra da escola de samba, demolida em 2009 e nunca mais reconstruída.

Quadra de sambaEm 17 de outubro de 2012,

um incêndio consumiu o que restava das estruturas da quadra da Escola de Samba XV de No-vembro, no Beltrão de Queiroz. O prédio havia sido interditado pela prefeitura e virado refúgio para usuários de drogas desde então. Logo após o incêndio, ainda em 2012, a prefeitura mu-nicipal se comprometeu a refor-mar o espaço, que também era usado para as oficinas e práti-cas esportivas. Desde então, os carnavalescos precisam guardar as fantasias nas próprias casas e não há mais a realização de

Beltrão de Queiróz reclama que está esquecidoOutra comunidade se or-

ganizou e garantiu que suas de-mandas fossem institucional-mente ouvidas pelo poder pú-blico, neste final de 2013.

As lideranças do Euzébio Beltrão de Queiróz, a ‘Vila do Cemitério’, solicitaram uma au-diência pública à Comissão de Legislação Participativa e Comu-nitária, da Câmara de Vereado-res, e foram atendidos.

Ela foi realizada no dia 30 de novembro, no centro co-munitário do Euzébio e contou com a presença de muitos mo-radores e lideranças que atuam na região, vereadores, incluin-do o presidente da casa, Édson da Rosa (PMDB), presidente da FAS, Marlês Andreazza, secre-tária municipal de Educação, Marléa Alves e representantes das secretarias de Habitação, da

Saúde, de Transporte e Mobili-dade e também Obras e Serviços

Públicos. Embora convidada, a secretaria de Esporte e Lazer

não enviou um representante.O presidente da comissão

realizadora da audiência, Ro-drigo Beltrão (PT), ressaltou que aquele é um espaço para as au-toridades terem conhecimento das demandas e, então, serem fiscalizadas e cobradas.

“É importante que as lide-ranças da comunidade se ma-nifestem e estamos aqui para ouvi-las. É somente assim que os representantes do governo e as secretarias terão conheci-mento dos problemas e então, à partir do que for apontado, a comissão poderá acompanhar e comparar”, afirmou.

“Sabemos que a reunião por si só não resolve nada, mas ela dá o conhecimento dos pro-blemas para o governo e, talvez, eles assumam alguns compro-missos. Depois disso podere-mos ficar ‘em cima’, como se diz”, ele explicou.

Fotos: Karine Endres

Moradores reivindicam local para integração e desenvolvimento de atividades educativas

Comunidade desassistidaatividades voltadas para os jo-vens, pois não existe outro es-paço que comporte uma grande quantidade de moradores.

O presidente da Amob Eu-zébio Beltrão de Queiróz, Paulo Roberto da Rosa Teixeira, mais conhecido por ‘Cara Preta’, fa-lou da importância do espaço para a comunidade. “Não temos como pagar para nossos filhos fazerem um curso, ou pratica-rem um esporte. E aqui a pre-feitura também não vem ofere-cer nada. Reclamam que nossos jovens se envolvem com a crimi-nalidade, mas eles não podem trabalhar, nós não podemos pagar para se ocuparem, o po-

der público não oferece nada e nosso único espaço foi tirado. Como que eles não vão se en-volver, estando desocupados?”, questionou.

O oficineiro Chiquinho, do grupo “Poetas Divilas”, que atua na comunidade, reiterou a im-portância de um espaço. “Esses muros que não estão mais aí, que eram nossa quadra, fazem uma grande falta. Queremos conversar com estas crianças, para mostrar e apontar alterna-tivas através do Hip Hop, mas não termos um projeto com periodicidade, um espaço, aca-ba prejudicando o trabalho e a confiança dos jovens”, fala Chi-

quinho.

Regularização fundiáriaO presidente da Amob aler-

tou que, no momento, 40% do bairro não teve a regularização fundiária concluída. “É preocu-pante a situação, porque, em trechos da parte que já está re-gularizada, embora alguns mo-radores contem com a escritu-ra, serviços básicos continuam faltando”, comentou.

Teixeira questionou ainda as grandes diferenças na taxa de IPTU, para casas semelhantes. Segundo ele, há casos de mo-radias parecidas onde para uma é cobrado R$ 400,00 de IPTU e para a outra R$ 80,00.

EducaçãoUm queixa que mobilizou

as mulheres da comunidade foi em relação à escola infantil. En-quanto moradoras do bairro não conseguem uma vaga na escola próxima, inúmeras ‘vans’ che-gam trazendo crianças. A se-cretária Marléa Alves prometeu que buscará uma escola para a comunidade e também expli-cou que neste ano foi mudado o critério de ingresso nas esco-linhas, que passará a ser renda e zoneamento.

“Estabelecemos uma nova matrícula este ano, fizemos todo o recadastramento e tam-bém temos um acordo com o

Ministério Público, que com este modelo, conseguiremos identi-ficar as famílias que mais preci-sam, de acordo com a renda, in-clusive fazendo um cruzamento com os dados dos cadastros dos programas sociais do governo federal, que terão prioridade. E também vamos buscar atender o zoneamento para as matrícu-las”, afirmou.

O presidente ‘Cara Preta’, em nome da comunidade, ofe-receu o terreno da escola de samba para a construção de uma escolinha. Em resposta, a secretária Marléa Alves, garantiu que, nos próximos dias, técni-cos da pasta avaliarão o terreno indicado por Teixeira. Segundo ela, se não houver viabilidade, a própria secretaria se encarre-gará de verificar outros espaços, nas proximidades.

Pavimentação Cristóforo Randon

Recentemente a Secreta-ria Municipal de Obras e Servi-ços Público anunciou a apro-vação de financiamento para o município, através do Programa de Aceleração do Crescimen-to 2 (PAC2 ), do Governo Fede-ral. Pelo convênio, o município conquista verba para algumas obras, entre elas o alargamen-to e pavimentação da Cristófo-ro Randon, que faz divisa com o bairro.

Mudança na Cristóforo Randon, que passa entre o estádio do Caxias e o

Cemitério Municipal, implica também em revitalização do Euzébio

Jornal dos Bairros14Dezembro 2013

Bairros

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Comunidade quer solução para terreno no São Victor

Fotos: Karine Endres

A situação de um terreno até então pertecente ao Go-verno Estadual no bairro São Victor, foi tema de audiência pública, à pedido da Associa-ção de Moradores do São Victor Cohab. Realizada pela Comis-são de Legislação Participativa, presidida por Rodrigo Beltrão, aconteceu no dia 6 de dezem-

O diretor estadua de Habi-tação, Aurélio Froener, trouxe um histórico da área, que era propriedade da Cohab e hoje é do Estado. Segundo ele, o pro-cesso de desmembramento e cessão para o município come-çou ainda em 2010 no governo de Yeda Crusius, quando foi so-licitada a doação da área para a construção da escolinha infan-til. Mas ainda em 2012, o Go-verno Estadual já teria assinado um termo de cessão, autorizan-do a construção. “No início de 2012, foi firmado um termo de permissão de uso entre o Esta-do e a Prefeitura, assinado pelo Sartori e pelo secretário esta-dual da Habitação, permitindo a utilização da área para a cons-trução da escola de educação infantil”, relata. Segundo ele, essa foi uma demanda passada pela secretaria estadual da Ha-bitação assim que ele assumiu a coordenação da Cohab.

Ele ainda explica que o Es-

bro na Câmara de Vereadores.Lideranças da comunida-

de, vereadores, o diretor do De-partamento de Desenvolvimen-to Urbano da secretaria estadu-al de Habitação e coordenador da Cohab Rio Grande do Sul, engenheiro Aurélio Froener e os secretários municipais, Marléa Ramos Alves - da Educação, e

Renato Oliveira - da Habitação, estiveram presentes. Eles deba-teram a situação do terreno e a construção da escola infantil Marquinhos no espaço.

A área havia sido cedida pelo Estado ao Município, mas não havia sido concluído o re-passe da escritura do terreno. Este impasse implica direta-

mente na conquista de uma nova escola infantil no bairro. A escola Marquinhos foi desati-vada pelo risco de desabamen-to em 2009 e desde então, 54 crianças estão sendo levadas para uma outra escola infantil no Bela Vista.

Uma das queixas é o fato da antiga escola dispor de 98 vagas de educação infantil. Além dis-so, as mães das crianças peque-nas não conseguem levar seus filhos, ficando desassistidas.

Ainda em maio deste ano, a comunidade já havia se reunido com a secretária da Educação Marléa Alves e os vereadores. A secretaria então havia prometi-do que a obra estaria finalizada ainda em 2013.

“A gente tem que achar o caminho para aquela área para termos logo a nossa creche”, afirmou Natal Fonseca, presi-dente da Amob São Victor Co-hab.

A secretária Marléa expli-cou que a escolinha antiga já está em processo de demoli-ção. “A escolinha antiga conti-nua em processo de demolição. Já foi feita uma parte, mas fal-tam outras partes de alvenaria. Foi interrompido em função de

obras de urgência que surgiram na cidade, mas vão ser retoma-das”, afirmou.

“Quanto à escola nova, o terreno, nós já temos o termo de cessão de uso do Estado para isso. Não é termo de doação, é termo de cessão de uso do es-paço, o qual já pode ser ocu-pado”, afirma. Segundo ela, já havia sido iniciado um projeto para a escolinha, através da Se-cretaria de Planejamento. Mas a arquiteta responsável se exo-nerou e o projeto ficou parado desde então. “Esta semana fo-mos informados que um novo arquiteto foi designado para continuar o trabalho. Temos a previsão de que a entrega deste projeto deve ser feita até o fim do primeiro trimestre de 2014, quando iniciaremos a licitação”, assegurou a secretária.

O secretário de Habita-ção, Renato Oliveira, reafirmou em sua fala o compromisso do governo em entregar a obra. “A escola infantil Marquinhos é um compromisso do Governo Mu-nicipal, e não é só a escola in-fantil, é também a praça espor-tiva e o ginásio. É compromis-so do governo fazer um projeto completo”, reiterou Renato.

Obra poderia ter iniciado em 2012

tado está doando metade da área para o município, com o objetivo de construir a esco-linha e outros equipamentos públicos. “A outra metade não está sendo doada. Tem que ser feita uma escritura definitiva da parte doada, desmembrando o terreno em duas matrículas. Hoje é uma matrícula só, é uma escritura só. Nós procedemos ao desmembramento em duas matrículas. Esse processo está há um tempo aqui na Prefeitura para ser feito. No momento em que esse desmembramento es-tiver pronto imediatamente vai ser assinada a escritura.”, expli-ca o secretário.

Demora irrita oposiçãoDenise Pessoa, vereadora

pelo PT, cobrou a demora na execução do projeto. “Já faz um ano e meio que foi feita a cessão do terreno pelo Estado, o pro-blema existia desde 2009 e não houve nenhum encaminhamen-

to por parte da Prefeitura. Uma Prefeitura que já teve aponta-mento do Ministério Público, condenação para que aumente o número de vagas da educação infantil, tem uma área que teve concessão para ser construí-da uma escola e simplesmente não encaminha projeto, deixan-do mães e crianças esperando. Este é um fato incompreensí-vel”, denunciou Denise.

A vereadora também ques-tionou sobre a fonte de recur-sos para custear a obra, já que o orçamento para 2014 já foi aprovado pela Câmara de Ve-readores e previa a construção de apenas uma escola de edu-cação infantil. “Quero saber se o recurso aprovado é para esta escola, porque quando apon-tamos a necessidade de emen-da, indicando recursos para a escola Marquinhos, a base do governo não aceitou e garantiu que isso já fazia parte do pla-nejamento municipal. O proje-

to ainda precisa ser finalizado, tem a licitação. Quando de fato estará pronta esta escolinha?”, indagou.

Segundo ela, nos momen-tos em que a oposição questio-nou sobre a obra, a base do go-verno afirmou que o atraso era responsabilidade do Governo do Estado, que estaria “burocra-tizando”. “Não para dá para vir aqui prometer um prazo e não cumprir. Agora o representan-te do Estado afirma que o des-membramento já foi repassado para a prefeitura, que precisa concluir o processo”, disse.

Para o presidente da co-missão responsável pela reu-nião, Rodrigo Beltrão, foi atigin-do o principal objetivo: esclare-cer para a população a situação de fato do terreno e da constru-ção da escola. “Ficou claro que a Prefeitura já tem o termo de cessão, que garante o direito de construir a escolinha há um ano e meio. Esperamos que a trami-tação legal para que enfim tenha a escritura seja breve, embora a obra já pudesse estar sendo re-alizada”, afirmou. Ele colocou a Câmara à disposição e prome-teu acompanhamento.

Audiência pública esclareceu que, desde 2012, Governo Municipal já tem documento permitindo construção da escola infantil Marquinhos em terreno público

Terreno ocupa toda uma quadra. Município já pode utilizar metade

Jornal dos Bairros15Dezembro 2013

Bairros

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Campeão - Serrano2º Lugar - Cidade Indústrial3º Lugar - Loteamento Caxias4º Lugar - Fátima BaixaMelhor Técnico - Adilson Teixeira (Serrano)Goleador - Antônio dos ReisDefesa Menos Vasada - Loteamento CaxiasDisciplina Geral - Fátima BaixaDestaque - Adelar Walter (Loteamento Caxias)

19º Campeonato Intebairros Série Prata - Copa Lambari

Campeão - Serrano2º Lugar - Santa Lúcia3º Lugar - Pio X4º Lugar - Belo HorizonteMelhor Técnico - Luiz de Miranda (Serrano)Goleador - André Toss - Pio XDefesa Menos Vasada - Serrano e Santa Lúcia, com seis gols cada Disciplina Geral - Pio X Destaque Geral: Paulo (Santa Lúcia)

7º Campeonato de Futsal Veteranos Copa Zé Maria

Série Prata

Veteranos

UAB premia melhores da Prata e Veteranos 2013

Confira os premiados

No dia 30 de novembro foi realizada mais uma premiação do departamento de Esportes da UAB. A atividade aconte-ceu no plenário da Câmara de Vereadores e entregou os tro-féus para os melhores times e jogadores do 19º Campeonato Interbairros Série Prata - Copa Luíz Alberto Cidade - “Lambari”, e o 7º Campeonato Interbair-ros Veteranos - Copa Eduardo Antônio dos Santos Fontoura -

“Zé Maria”.Neste ano, duas equipes

do Serrano conquistaram tanto o troféu da Série Prata, quanto do Veteranos. O bairro também levou para casa o título de me-lhor técnico nos dois campeo-natos. Adilson Teixeira foi res-ponsável pela conquista na Sé-rie Prata e Luiz de Miranda con-quistou pelo Veteranos.

No Veteranos, o time do Serrano ainda dividiu o trofeu

de Defesa Menos Vasada com com a equipe do Santa Lúcia, com seis gols marcados por cada um deles.

O segundo lugar da Série Prata ficou com o Cidade In-dústrial e o terceiro com o Lo-teamento Caxias. Este também recebeu o troféu Destaque da Competição, pela atuação de Adelar Walter, que é presidente da Amob Loteamento Caxias.

Já no Veteranos, o segun-do lugar ficou com a equipe do Santa Lúcia e o terceiro com o time do Pio X. Paulo, do Santa Lúcia, garantiu o troféu Desta-que da Competiação para a sua comunidade.

Pedro Jardim, diretor do departamento de Esportes, durante sua fala na abertura do evento, agradeceu a todos os integrantes do departamento, que possibilitaram que os jo-gos fossem realizados com su-cesso. Ele também saudou os apoiadores e em especial, aos responsáveis pelas quadras do Andy, Cruzeiro, Enxutão, Arena e Santa Lúcia, por terem cedido os horários para o campeonato.

“Em 1994 realizamos nos-so primeiro interbairros e a cada edição cresce o número de par-ticipantes. E o importante é que também está aumentando o interesse pelo futsal feminino e categorias de base”, afirmou.

O secretário municipal de Esporte e Lazer, Washington Stecanela Cerqueira, afirmou que o esporte é uma forma de preparar cidadãos.

Ele aproveitou a oportuni-dade para anunciar a abertura de dois novos ginásios em Ca-xias, o do Vascão e do centro esportivo com 3 quadras para alto e médio rendimento, além de formação de atletas e utili-zação pelas comunidades. “Sa-bemos da necessidade de mais espaço”, disse.

Fotos: Karine Endres

Departamento de Esportes comemora mais um ano bem sucedido

Jornal dos Bairros16Dezembro 2013

Mais Bela

UAB garante melhor torcida no estadual Mais Bela Comunitária

Foto: Ângela CórdovaEste ano foi a vez da UAB

trazer para Caxias o título de melhor torcida no concurso Mais Bela Comunitária do RS. Realizado no dia 7 de dezem-bro, em São Gabriel, a esco-lha ainda deu para a Caxias um lugar na corte, com Elisabeth Brenda Martins garantindo a fai-xa de segunda princesa – mes-ma faixa que ela já possui na atual corte municipal. Isadora Perotti, Simpatia Comunitária de Caxias, também participou do concurso estadual.

A noite foi de despedida para Gabriele Barilli Rossi - que entregou sua faixa de Primeira Princesa estadual - e para Le-tícia de Carvalho - que passou a faixa de Simpatia Estadual. Letícia é a atual Mais Bela Co-munitária de Caxias e Gabriele

é a primeira princesa munici-pal e Embaixatriz da Festa da Uva 2014.

A corte eleita do RS ainda

é composta por Rudiane Batis-ta do Amaral, como Mais Bela Comunitária do RS, represen-tando Cruz Alta, Giulia de David Gonçalves como primeira prin-cesa, representando Cachoei-ra do Sul e a simpatia Rosana Michael, de Butiá. A vencedo-ra recebeu uma viagem para Montevidéu, entre os prêmios oferecidos. Também foram pre-miadas as torcidas de Butia em segundo lugar e Cruz Alta como terceira.

Para Valdir Walter, presi-dente da UAB, as con-quistas caxienses só foram possíveis devido a atuação das diretoras do Departamento de Or-ganização das Mulheres da UAB. “Foram elas que acompanharam todo esse processo que re-sultou na conquista da faixa de segunda prince-sa e melhor torcida para Caxias”, ressalta.

Já Shania Pandol-

fo, diretora do departamento de Organização das Mulheres, ex-Mais Bela Comunitária e Em-baixatriz da Festa da Uva 2012, acredita que o mérito é de toda a torcida. “Temos que agrade-cer a todos os integrantes da torcida, que apesar de uma via-gem de 7 horas até São Gabriel, nos ajudaram a conquistar o primeiro lugar”, fala. “Nós man-tivemos sempre a animação e a integração do grupo, apoiando não apenas as candidatas, mas a entidade como um todo”, afir-

ma Shania.Para Shania, o concurso é

uma forma das meninas divul-garem a UAB, que possui um movimento organizado, forte e unido. E também é uma oportu-nidade para conhecer os movi-mentos de outras cidades.

Ângela Córdova, também diretora do departamento de Organização das Mulheres da UAB, concorda com Shania e ressalta que o concurso traz conhecimento para as partici-pantes, a respeito do funcio-namento de outras Uniões de Associações, do movimento comunitário estadual, além de reforçar a integração entre os municípios.

A próxima escolha da corte estadual já está marcada para dezembro de 2014, em Butiá.

Mais Bela Comunitária de Caxias

O Concurso Mais Bela Co-munitária de Caxias do Sul 2014 já está sendo organizado. As di-retoras prometem novidades. “Já comecem a pensar no as-sunto que logo estaremos di-vulgando as novidades”, pro-mete Ângela.

Nem a longa viagem, de mais de sete horas,tirou a ânimação da torcida caxiense

Foto: Caderno 7

Foto: Caderno 7

Elisabeth (nº 7) e isadora (nº 6) representaram o movimento caxiense

UAB na luta contra o câncerNo dia 23 de novembro, a UAB

participou de uma grande atividade no Parque dos Macaquinhos, buscando a conscientização sobre a importância da prevenção das doenças típicas da população masculina, em especial do

câncer de próstata.

O “Matiada pela Vida” foi promovido pelo Centro de Auxílio às Pessoas com Câncer (CAPC), com apoio da União, entre outras entidades. Entre as atividades, foram realizadas medições de glicose e pressão arterial, distribuição de mudas nativas, abordagens explicativas sobre as doenças da população masculina, apresentações artísiticas e

distruição de erva-mate.


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