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Page 1: Jornal do Cariri - 17 a 23 de Janeiro

CONSCIENTIZAÇÃOESPORTE

FÉRIASCOMUNICAÇÃO NOVOS OLHARESPOLÍTICA

JUAZEIRO

CRATO

DOCUMENTÁRIO

O periódico do Cariri independente REGIÃO DO CARIRI l DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2517 R$ 1,50

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Icasa e Guarani atentos ao programa sócio-torcedor

A arte está na essência do nordestino. Na forma de agir, pensar e, claro, na riqueza e diversidade de manifestações que nascem e ganham vida nesta terra. Por isso, nada mais justo do que este povo, há 13 anos, ter no Centro Cultural Banco do Nordeste um múltiplo espaço para experimentar e viver a cultura da Região e do mundo. Banco do Nordeste. A nossa cultura é investir na sua.

SAC Banco do Nordeste • Ouvidoria: 0800 728 3030

www.bnb.gov.br/cultura /ccbnb/ccbnb

Samuel Macedo

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Os dois municípios enfrentam grave problema no sistema prisional. As cadeias públicas, que deveriam abrigar com segurança e higiene, se transformam em espaços cada vez mais restritos e sem a mínima estrutura. Em Barbalha, porém, a situação está sob controle. São 55 celas para 47 detentos.

Paleontologia do Cariri chega a 25 paísesA historia da Paleontologia da formação Romualdo, localizada na Bacia do Araripe, foi narrada em um DVD e entregue a 25 países de vários continentes. O trabalho teve a participação de pesquisadores, paleontólogos e alunos da Universidade Regional do Cariri (Urca), com o objetivo de levar ao mundo inteiro conhecimentos sobre a riqueza paleontológica da Região e suas formações, a partir de 100 milhões de anos. A linguagem é de fácil entendimento, explicada por cientistas e pesquisadores locais e nacionais. O documentário tem 36 minutos de duração.

CAOS

Superlotação em cadeias de Crato e Juazeiro preocupa

Rock Cordel muda trilha sonora da Região

Edilmar Norões é reeleito presidente da Acert

Escolhidas as melhores fotografias do concurso

PCdoB lidera oposição em Barbalha

Comarca tem 15 mil processos à espera de julgamento

O Cariri é palco da sexta edição do Rock Cordel, que reúne bandas regionais e de Pernambuco, Bahia, Paraíba e Rio de Janeiro. O festival, iniciado no último dia 10, seguirá até 28 de Janeiro, com apresentações gratuitas ao público. Este ano, o Centro Cultural Banco do Nordeste, idealizador do evento, conta com a parceria do Sesc de Juazeiro do Norte.

Campanha incentiva reciclagem e reflorestamento

O jornalista comandará a Associação Cearense de Emissoras de Rádio de Televisão (Acert) por mais dois anos. A votação foi unânime e garantiu a permanência de Edilmar Norões no cargo para o biênio 2012-2013.

A falta de juízes, promotores de Justiça e serventuários aumentam as pilhas de ações acumuladas na comarca do Crato. Os processos se avolumam nas secretarias das Varas porque não existem magistrados nem representantes do Ministério Público para despachá-los. A denúncia é do presidente da subseção da OAB do Crato, Fabrício Siebra Calou. Ele sugere uma mobilização social para pressionar as autoridades e poderes constituídos a resolver a questão, que além de ferir princípios constitucionais, massacra os direitos do cidadão.

População terá voz ativa em Plano DiretorO Plano Diretor da cidade de Juazeiro do Norte está passando por uma revisão para suprir as exigências do Estatuto da Cidade. A participação direta da sociedade é a modificação mais enfatizada pela equipe que discute as mudanças, visando um plano mais democrático e transparente para o município.

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Coluna Donizete

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Raimundão e Carlos Cruz deixam dívida de R$ 22,5 mi com INSS

ROMBO EM JUAZEIRO

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ESCÂNDALO

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Edilmar Norões foi mais uma vez eleito presiden-te da Associação Cearense de Rádio e Televisão, com expressiva maioria de votos, o que demonstra sua in-fluência nesse importante setor econômico e cultural de nosso Estado.

O acontecimento, que só registra a qualidade de seu trabalho, sua liderança institucional, que ultrapassa as fronteiras do Estado e sua linha direta com as auto-ridades nacionais, além das grandes redes de televisão brasileiras, é também marcante para o Cariri. Edilmar é Norões, da velha Barbalha de Santo Antonio. Fiel às ori-gens e às suas raízes, ele é uma das grandes personalida-des da Região Sul do Ceará, cujo mérito se fez por suas próprias forças, mas que guarda em sua própria vivên-cia aquele conjunto de valores que tornam um caririense uma pessoa diferenciada.

As vivências de Edilmar não lhe pesam. Ao con-trário, contribuíram para torná-lo mais experiente, forte e conciliador. Aliás, todos que o conhecem afirmam que Edilmar Norões consegue aliar uma tenacidade ímpar

a uma inegável capacidade de conciliação de interesses muitas vezes antagônicos. Qualidades essas, diga-se, que ele aprendeu cedo na Barbalha e que as aperfeiçoou no convívio com Edson e Yolanda Queiroz, bem assim com as novas gerações que lideram esse pujante grupo empresarial, que leva o nome do Ceará para além das fronteiras brasileiras.

Em tempos como o que vivemos, de sucessivas informações sobre projetos de lei e decretos que restrin-gem a atividade da imprensa, a liberdade de expressão e tentam controlar os radiodifusores, lideranças experi-mentes como a de Edilmar Norões fazem-se cada vez mais necessárias. Ele sabe se cercar de pessoas com pen-samentos diferentes, mas que comungam consigo o espí-rito de liberdade e de respeito ao radiodifusor, acossado pelas emissoras piratas (que atuam sem fiscalização), pela interpretação absurda de regras jurídicas por al-guns agentes do poder público e pela luta diária para fechar a contabilidade todos os meses. A radiodifusão é uma das atividades mais sofridas no Brasil, pois luta por

verbas publicitárias cada vez mais decrescentes, e ainda tem de combater a concorrência ilegal de pessoas que exploram de man eira irregular esses serviços.

Agora, o inimigo das liberdades comunicativas parece surgir sob novas formas, com discursos que evo-cam a proteção do povo, mas, em verdade, escondem o mero objetivo de estrangular o setor e mudar as regras com o jogo em pleno andamento.

A sociedade precisa conscientizar-se desse proces-so lento e silencioso de supressão das liberdades comu-nicativas. A todos isso prejudica e a ninguém aproveita.

Com mais um mandato à frente da ACERT, Edil-mar Norões segue sendo a garantia para os radiodifu-sores e para sociedade de que terão um líder confiável e sério na condução da defesa dos valores constitucio-nais da Comunicação Social. Antes de tudo, Norões é um homem leal, qualidade aprendida no berço e exer-citada pelo exemplo de homens como Edson Queiroz. Essa lealdade faz-se quotidiana. Não a homens, mas a valores.

EditorialEDILMAR NORÕES: O HOMEM DA RADIODIFUSÃO

2Opinião

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2012

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

SEXTILHA CARTA

QUEM CUMPRE COM O SEU DEVERANDA DE CABEÇA ERGUIDARELEMBRAR COISAS RUINSÉ REABRIR A FERIDANINGUÉM MUDA O QUE PASSOUPELOS CAMINHOS DA VIDA!

Welington Costa

Moro em Juazeiro há muito tempo e nunca tinha visto um dia tão caótico quanto aquela terça-feira. Os policiais saíram das ruas e todo mundo ficou com medo. Os assaltos no Centro deixaram a população assustada. Não via ninguém andando nas ruas. Eu espero que nunca mais presencie momentos de tanta tensão. Parabéns ao Jornal do Cariri pela cobertura.

Cesar Augusto, de Juazeiro do Norte

No entorno da cidade de Cra-to, além da Chapada do Araripe, não existe um recanto mais bonito do que o babaçual do sítio Palmeiral, que pertenceu ao brigadeiro Macedo, no Bairro da Cruz.

Quem se aproxima dele, vin-do da chapada, de Farias Brito ou de Juazeiro, depara-se com o que resta daquele recanto coberto de pés de babaçu, plantados simetricamente. Aqueles troncos alinhados já ultra-passam dez metros de altura e suas palmas como flechas agudas varam o céu cratense.

Acredito que a prefei-tura deveria tombar a área, para não mais permitir a derrubada das essências, pois já só resta metade do bosque inicial. Ali pode-ria ser criado um “parque Ecológico”, onde também seriam plantadas mudas de outras espécies da flora lo-cal, tais como: ipês, aroeiras, jatobás, etc. O lugar ganharia equipamentos para exercícios e lazer, beneficiando assim a comunidade e visitantes.

Se continuar a vilauta crescen-

do morro abaixo e o bairro da cruz morro acima, em muito pouco tempo o rio Grangeiro será novamente estrangulado com o inevi-tável prolongamento do ca-nal, que tantos problemas já causou à cidade.

José Ronald BritoProfessor

UM NOVO PARQUE

ESCOLA PÚBLICA DE TRÂNSITO, APENAS

UM SONHO

JANGO, O ÚLTIMO PRESIDENTE TRABALHISTA DO BRASIL

João Belchior Marques Goulart, ou simplesmente Jango, foi o último presidente trabalhista do Brasil. An-tes, ele tinha sido duas vezes vice--presidente da República e ministro do trabalho.

Nos dois anos e meio que go-vernou o Brasil (07/09/61 a 31/03/64), Jango retomou as bandeiras de Getú-lio Vargas de proteção ao trabalhador e de um desenvolvimento autentica-mente nacional. Com esse propósito, encaminhou ao Congresso as refor-mas estruturais, as reformas de base – agrária, educacional, fiscal, admi-nistrativa e urbana, sem as quais, jul-gava, o Brasil não poderia romper a barreira do atraso e da miséria.

A postura nacionalista do pre-sidente João Goulart contrariou os interesses de grupos poderosíssimos, que se articulavam para desman-telar a Era Vargas. Embora acuado por esses setores, que dominavam a imprensa e praticamente todos os mecanismos de poder de persuasão no Brasil, Jango, com era conheci-do popularmente, imprimia medidas de grande alcance que procuram ate hoje.

Uma delas é o 130. Salário,

velha reivindicação traba-lhista. Outro foi a aposenta-doria especial em função da natureza do serviço. Gou-lart ainda determinou a re-gulamentação do Estatuto do Trabalhador Rural e do Código Nacional de Teleco-municação, que deu origem à Embratel e autonomia às telecomunicações, antes ser o mono-pólio de empresas estrangeiras.

Jango reorientou o processo de industrialização, distorcidos pelos governos que antecederam Getulio Vargas, para beneficiar o grande ca-pital, com o objetivo de realizar um desenvolvimento mais equilibrado e autônomo do capitalismo brasileiro. Nessa direção, proibiu terminante-mente o registro de financiamento estrangeiro para a importação de máquinas e equipamentos para que a indústria nacional pudesse fabricar.

Instalou a Eletrobrás e refor-mulou a legislação sobre o fundo de eletrificação, assegurando assim a expansão da capacidade nacional de produção de energia elétrica, antes entregue ao descaso de mul-tinacionais.

João Goulart ain-da inaugurou três grandes usinas e autorizou a Petro-bras a entrar no mercado nacional de distribuição de derivados do petróleo, que era restrito às companhias estrangeiras. Cuidou, con-tudo, de conferir à estatal

o monopólio para o forne-cimento aos órgãos do governo, e determinou a venda, com financia-mento de longo prazo, dos conjun-tos residenciais construídos pelo Ins-tituto de Previdência Social, em todo Brasil, beneficiando cerca de 100 mil famílias e iniciando a instalação de hospitais regionais da Previdência.

Tal orientação contrariou fron-talmente grandes empresários, ban-queiros, imprensa, agências de pu-blicidade e as oligarquias. Sem tais medidas, Jango julgava que o Brasil não poderia romper a barreira do atraso e da miséria.

Almério Carvalho Radialista e Secretario Geral da

Câmara municipal do Crato

O advento do novo Código de Trânsito Bra-sileiro, instituído através da Lei nº 9.503/97, tem como objetivo garantir a segu-rança no trânsi-to através dos ór-gãos do Sistema Nacional de Trânsito, promover a educação para o trânsito, favorecer a acessibilidade de pessoas com qualquer tipo de deficiência, fiscali-zar e controlar os níveis de poluição do meio ambien-te, e acima de tudo asse-gurar a plena cidadania para todos os brasileiros.

Nesse contexto, estão inseridas as escolas públicas de trânsito, pela resolução nº 207/2006 do Contran, que estabelece os critérios e padroniza-ção para o devido funcio-namento. Lei essa que ficou apenas no papel, pois no momento ape-nas as capitais Salvador e Curitiba já existem esco-las desse porte na área de trânsito. Remetendo para uma situação local, das três cidades do triângulo Crajubar, somente Juazei-ro do Norte tem uma lei já aprovada na Câmara dos Vereadores, que trata so-bre a Escola Municipal de Trânsito. Mas que, até o momento, foi apenas mais uma Lei aprovada.

As escolas públi-cas prevêem na sua par-te pedagógica e grade curricular, aula especifica de trânsito, curso de for-mação e capacitação para

os profissionais da área de trân-sito, disciplinas sócio-educativas, e principalmen-te, de forma a contribuir para o pleno exercí-cio do direito à

mobilidade dos espaços públicos das cida-des. Detalhe: as escolas de trânsito deverão ser ob-servadas e acompanhadas suas ações pelo Denatran e os órgãos executivos de trânsito ficarão respon-sáveis pelo público alvo e programas a serem segui-dos.

Além de todas as vantagens já citadas, exis-te também o seu caráter social, pois em primeiro plano devem ser ofereci-das vagas para os alunos comprovadamente em si-tuação de baixa-renda. As-sim, para que esse sonho se torne realidade, deve existir um esforço mútuo de cooperação dos pode-res públicos constituídos, sociedade civil, organiza-ções não-governamentais, entidades de classes, e um engajamento maior dos estabelecimentos de en-sino em nível municipal, estadual e federal.

Valdir Medeiros Sindicalista,

educador de trânsito e militante do PSOL/Juazeiro

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

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Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores

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Page 3: Jornal do Cariri - 17 a 23 de Janeiro

Raimundão e Carlos Cruz deixam rombo de R$ 22,5 mi

O juiz Federal da 16ª Vara, Tiago José Brasileiro Franco, expediu carta de

citação ao município de Jua-zeiro do Norte determinando que seja paga dívida no valor de R$ 22.543.751,11 devidos ao Instituto Nacional de Seguri-dade Social(INSS). O não pa-gamento desses tributos fede-rais aconteceu entre os meses de setembro de 2004 a setem-bro de 2008.

Esses débitos da Pre-feitura Municipal de Jua-zeiro do Norte se referem às administrações dos ex--prefeitos Carlos Cruz e Rai-mundo Macedo. Carlos Cruz terá que ressarcir o Municí-pio pelos recolhimentos re-alizados e não repassados à Previdência durante quatro meses - setembro a dezem-bro de 2004.

Já a situação de Rai-mundão é muito mais grave. Os repasses ao INSS deixa-ram de ser feitos durante os anos de 2005, 2006, 2007 e em 2008, até o mês de agos-to. Esse período compreen-de justamente a administra-ção de Raimundo Macedo.

As dívidas originais levantadas em quatro pro-cessos que tramitam na 16ªVara da Justiça Fede-ral em Juazeiro do Norte, identificadas sob os núme-ros 36925022-2, 36925023-0, 6925025-7 e 36925026-5; so-mam a quantia de R$ 22,5 milhões.

Esses débitos foram calculados pelo juiz Tiago José Brasileiro Franco até a data de dezembro de 2010. Os valores deverão sofrer reajustes com juros, multa de mora e encargos indica-dos na Certidão de Dívida Ativa até dezembro de 2011.

Entre 2004 e 2008, o Município de Juazeiro do Norte nas administrações Carlos Cruz e Raimundo Macedo, deixou de pagar o custeio da Previdência So-cial. Como resultado dessa inadimplência, a atualiza-ção dessa Certidão de Dívi-da Ativa deverá acusar um débito de quase R$ 30 mi-

3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2012

Política

INSS X PREFEITURA DE JUAZEIRODONIZETE ARRUDAPolítica

Raimundão ameaçado por Eunício

O presidente regional do PMDB, senador Eunício Oliveira, concedeu entrevista a TV Diário. Surpreendeu ao Cariri ao anunciar que o partido dele só tem candidato até agora no Crato – Ronaldo Matos. Nenhuma palavra sobre a candidatura do deputado Raimundo Macedo à prefeitura de Juazeiro do Norte. No atual momento, descartou o apoio à reeleição de Zé Leite em Barbalha e faz afagos ao prefeito Manoel Santana. Eunício não perdoa a traição de Raimundão nas eleições de 2010. Responsabiliza-o pela derrota de seu sobrinho, Daniel Oliveira na corrida por uma vaga na Assembleia.

INSS cobra dívida de ex-prefeitos

O dinheiro da aposentadoria dos servidores públicos de Juazeiro não foi depositado por dois ex-prefeitos: Carlos Cruz e Raimundo Macedo. A apropriação indébita deles ameaça o futuro dos funcionários públicos e a quebra da prefeitura de Juazeiro. Por determinação do juiz Tiago José Brasileiro Franco, da 16ª Vara Federal, o município de Juazeiro do Norte precisa pagar um débito superior a R$ 22 milhões. Esse dinheiro é devido ao INSS pelas administrações Carlos Cruz( setembro, outubro, novembro e dezembro de 2004) e Raimundão( janeiro de 2005 a setembro de 2008). Agora o prefeito Manoel Santana ou paga essa conta ou fica sem receber recursos da União. Sequer a verba do Fundo de Participação dos Municípios(FPM). Carlos Cruz irá responder um processo na Justiça Federal por apropriação indébita. Já Raimundão escapa desse futuro processo até o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a abertura. Como parlamentar tem foro especial.

Raimundão discrimina Juazeiro

O festival de notícias negativas cola em Raimundo Macedo. Além de envolvido em uma denúncia feita pela Justiça Federal de apropriação indébita de recursos do INSS em sua administração, o deputado federal Raimundo Macedo tem outro problema grave para administrar. Como justificar não ter dado nenhum real- zero – de suas emendas para Juazeiro e mandar R$ 4 milhões para Parambu, onde sequer é sua base eleitoral . A coluna assegura espaço para Raimundão dar suas explicações. Mas, convenhamos essa atitude de negar recursos para Juazeiro não é fazer oposição ao prefeito Manoel Santana. É um erro político.

Dor de cabeça para prefeito Zé Leite

AS declarações do presidente municipal do PT de Barbalha, Antonio Elder, dadas em seu próprio facebook prometem tirar o sono do prefeito Zé Leite. Elder chama a Universidade de Medicina de “elefante branco” e que essa faculdade não tem nenhuma serventia. Para desqualficá-la, usa palavras de baixo calão. Sem argumentos justificáveis, alega que a instituição não tem nem 10 alunos de Barbalha. Esquece que para um aluno estudar numa instituição dessa precisa ser aprovado ou no Enem ou num vestibular. O prefeito Zé Leite deve pedir para que o presidente o PT barbalhense se cale. Essa polêmica só atrapalha a reeleição de Zé Leite.

PCdoB assume oposição em Barbalha

Uma ampla frente de 10 partidos liderada pelo PCdoB de Maurício Teles ameaça a conquista de um novo mandato pelo prefeito Zé Leite. A novidade nessa união é a participação das siglas PSDB, PPS e DEM consideradas de oposição ao Governo Dilma e a administração Cid. Quem também endossa essa aliança é o ex-prefeito Rommel Feijó. Depois de dois encontros, o movimento “A Barbalha é do povo” tenta conquistar a adesão do PMDB de João Hilário. Sobre quem será o candidato não há definição. Por enquanto, o principal objetivo é construir uma base partidária para enfrentar Zé Leite,

Relação conturbada de deputados

O coordenador geral da bancada do Ceará em Brasília, deputado Arnon Bezerra, ainda não se decidiu se entrega o cargo, ou se fica e concorre a um novo mandato. Arnon está desgastado com o futuro líder do PT, deputado Zé Guimarães. Seria interessante que os dois resolvessem essa pendência para o bem do Cariri.

Disse me disse...• Deputado Sineval Roque já contratou os serviços do presidente do Inesp – órgão de assessoramento da Assembleia do Ceará – Paulo Linhares para comandar o marketing de sua campanha.

• Quem também estará na linha de frente de Roque para conquistar à prefeitura do Crato é o conhecido advogado Wilson Vicentino.

• Ainda sobre o Crato, o vice-prefeito Raimundo Filho parece ter se convencido que o prefeito Samuel Araripe irá apoiar mesmo a candidatura de seu secretário de Saúde, Cícero França, Cicinho.

• Ciente de ter sido rifado, Raimundo Filho negocia agora com o PMDB de Ronaldo Matos.

• Desculpe a ignorância, o ex-prefeito Carlos Cruz e o deputado Raimundo Macedo pode explicar onde foi parar o dinheiro da aposentadoria dos servidores públicos de Juazeiro do Norte?

lhões quando incluir o ano de 2011.

O ex-prefeito Carlos Cruz responderá por quatro meses de dívidas e Raimun-dão por quase quatro anos de seu mandato à frente da Prefeitura de Juazeiro do Norte. Os dois serão cha-mados pela atual adminis-tração para se responsabili-zarem com a quitação dessa dívida, sob pena de serem processados por improbida-de administrativa.

Até agora, sem a qui-tação dessa despesa devida à Previdência, o processo foi enviado à Seccional da Procuradoria da Fazenda Nacional, em Juazeiro do Norte. O procurador res-ponsável, Victor Hugo Reis Pereira, tomou conhecimen-to e determinou a execução fiscal do Município no valor de R$ 22.543.751,11 confor-me documento anexo publi-cado nesta página pelo Jor-nal do Cariri.

O procurador-seccio-nal Victor Hugo Reis Pereira concedeu entrevista exclu-siva ao Jornal do Cariri na manhã desta segunda-feira, 16. Durante a conversa, ele se limitou a informar que o processo não está mais no âmbito da Procuradoria da Fazenda, em virtude da in-tenção manifestada de paga-mento pela Prefeitura Muni-cipal de Juazeiro.

É que a atual gestão do prefeito Manoel Santana ao tomar ciência do rom-bo e, para evitar a falência de Juazeiro do Norte- o município inadimplente perderia o direito de rece-ber todos repasse de ver-bas federais inclusive do Fundo de Participação dos Municípios(FPM)- solicitou parcelamento da dívida pre-videnciária.

A medida impôs que as cifras negativas voltas-sem à Receita Federal para processamento do pedido formulado pelo Município.

Victor Hugo preferiu não emitir parecer oficial so-bre o caso, já que agora a si-tuação voltou a ser adminis-trada pela Receita Federal. n Fac-símile da proposta de execução fiscal contra o Município de Juazeiro

n Ex-prefeito Raimundo Macêdo diz que desconhesse dívida com a Previdência n Ex-prefeito Carlos Cruz: débitos com INSS referentes ao ano de 2004

Ex-prefeito nega dívida milionáriaO ex-prefeito de Ju-

azeiro do Norte, deputado federal Raimundo Macedo (PMDB), ficou surpreso com o valor acusado pela Certi-dão de Dívida Ativa, quan-do cerca de R$ 22,5 milhões devem ser pagos para cus-teio da Previdência Social por débitos entre os anos de 2005 e 2008. O parlamentar falou ao Jornal do Cariri que

desconhece o processo e ne-gou qualquer débito deixa-do enquanto chefe do Exe-cutivo municipal.

“Não conheço essa dívida. Paguei todos os compromissos da Prefeitu-ra e, se existisse qualquer valor pendente, as contas teriam sido bloqueadas e nunca foram. A interpreta-ção não pode ser de “débi-

to”, já que não deixei de pa-gar nada”, afirmou.“Deve haver algum equivoco, porque não existe nenhu-ma dívida previdenciária”.

O JC tornou a ligar para o ex-prefeito Raimun-do Macedo, minutos após a primeira entrevista, mas seu celular já estava desli-gado. A mesma dificuldade de comunicação aconte-

ceu com o ex-gestor Car-los Cruz, que antecedeu Raimundão na Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte. Em todas as tentati-vas contato por telefone, o ex-prefeito era ouvido com perfeição, mas do outro lado da linha, afirmava que não conseguiu ouvir, pois se queixava de ruídos e do baixo volume da ligação.

n Fac-símile da Carta de Citação da Justiça Federal para pagamento da dívida

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 20124Cidades

SUPERLOTAÇÃO

Em Juazeiro e Crato, 21 celas para 234 presosChagas Lima, Wilson Rodrigues e Serena Morais

Cometer um crime no Cariri pode render uma pena mais se-vera do que o pre-

visto no Código Penal Brasi-leiro. Não bastasse a clausura a que são submetidos homens e mulheres acusados de ho-micídio, assalto ou estupro, as celas estão superlotadas e, na maioria dos casos, não há higiene. Em Juazeiro do Nor-te, 153 detentos compartilham espaço que deveria abrigar apenas 80 na Cadeia Pública localizada no bairro Santa Te-reza. São 130 do sexo masculi-no e 23 do feminino, divididos em duas alas específicas.

Ao todo, são 12 celas, abrigando cada uma entre 10 e 15 presos. Há ainda uma cela maior de segurança má-xima, onde ficam aqueles que precisam de isolamento, como acusados de estupro. O mes-mo ocorre com as mulheres. “As mais problemáticas ficam separadas das outras mais comportadas, em uma cela chamada gaiolão. Mas a maior parte cumpre pena por homicí-dio e tráfico de drogas, afirma o agente penitenciário Francis-co Pereira Barbosa, conhecido como Barbosinha.

Um dos problemas da unidade prisional é a constan-te falta de água. Em 2011, a si-tuação motivou uma rebelião, quando os colchões foram in-cendiados como protesto. O sinistro só foi controlado com a chegada do Corpo de Bombei-ros. “Quando falta água na casa da gente é um transtorno dana-

do. Imagine uma cadeia, onde grande número de homens e mulheres estão recolhidos em regime fechado, com banho de sol um dia e outro não, obede-cendo um sistema de rodízio, para evitar atritos entre eles. Tem dia que no lado que está fechado falta água e as coisas se tornam difíceis”, relata o agente penitenciário, avisan-do que o problema na cadeia pública deverá ser resolvido com a instalação de duas caixas d’água, conforme promessa do coordenador-geral do Sistema Penitenciário do Ceará, José Bento Laurindo.

De acordo com Barbosi-nha, em cada cela há banheiro com vasos sanitários e chu-veiros, mas os equipamentos foram quebrados pelos pró-prios presos. Ele denuncia que também não existe acompa-nhamento médico dos presos. Quando adoecem, precisam ser levados ao posto médico

mais próximo sob escolta po-licial. “Aqui dentro da cadeia, por exemplo, tem muitos pre-sos com problemas dentários e uma juíza precisa autorizar o tratamento fora”, afirma, su-gerindo que “periodicamen-te, uma equipe da Secretaria de Saúde poderia se deslocar, devidamente equipada, para proceder o tratamento dentá-rio que diversos detentos es-tão precisando”.

No Crato, a superlota-ção também preocupa. A atual cadeia pública foi inaugurada em 1968, na administração do então prefeito Humberto Ma-cário de Brito. A casa foi pro-jetada para abrigar 40 presos e nunca foi ampliada. Atualmen-te, há 80 detentos na unidade, exatamente o dobro da capaci-dade, mas há períodos em que o número chega a 120, mudan-do o multiplicador de dois para três. O ex-juiz das execuções penais do Fórum Hermes Pa-

rahyba, Djalma Sobreira Junior, revela que eles são divididos em salas escuras, úmidas, com mau cheiro e pouca ventilação. A situação degradante e desu-mana já motivou varias tentati-vas de fuga e assassinato den-tro das celas.

O problema deve ser solucionado com a inaugura-ção da nova cadeia pública do Crato, prevista para fevereiro. As obras estão em fase de con-clusão, restando a instalação de geradores de energia elétri-ca e sistema de abastecimento d’água. A unidade, levantada em terreno doado pela prefei-tura, tem 1.200 metros de área coberta e terá capacidade para 130 presos. O futuro da atual cadeia ainda é desconhecido. A diretora Maria do Carmo Maia Esmeraldo Sobreira informou que ainda não recebeu nenhu-ma comunicação da Secretaria de Justiça sobre o que aconte-cerá no prédio, patrimônio do

município. Ao Jornal do Cariri, a responsável negou que exista precariedade no atendimento médico aos detentos. Maria do Carmo afirma que eles rece-bem assistência médico-odon-tológica, quatro refeições diá-rias, cursos profissionalizantes e assistência psicológica. Para ela, as dificuldades existentes são naturais.

BarbalhaEm Barbalha, a situ-

ação é diferente. A cadeia

pública do município conta com espaço para 55 internos e possui apenas 47. A unida-de recebe presos da cidade que cometem delitos em ou-tros locais, assim como pes-soas de fora que praticam m crimes em Barbalha. Os re-clusos assistem aula durante a semana, prestadas pela Se-ção de Educação de Jovens e Adultos (Seja) e têm acesso a livros. A prisão foi inaugura-da em 2008 e tem capacidade para acomodar oito pessoas em cada cela.

Samuel Macedo

Fotos: Samuel Macedo

n Sistema penitenciário da região preocupa autoridades

Wilson Rodrigues

O número de processos acumulados na comarca do Crato assusta. Mais de 15 mil ações ocupam prateleiras e mesas, à espera de juízes e pro-motores para andamento. A si-tuação caótica foi denunciada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Crato, Fabrício Sie-bra Felício Calou. Ele afirma que o quadro atual é preo-cupante, dada a quantidade insuficiente de serventuários, aliada à ausência de juristas. O problema se estende há mais de um ano e, garante, é fruto de más gestões do Tribunal de Justiça do Ceará, onde reina o maior índice de congestiona-mento processual do país.

Fabrício Siebra não sou-be indicar com exatidão o nú-mero de processos em trami-tação na comarca, mas estima

que o volume chegue a 15 mil, crescendo assustadoramente a cada dia em todas as secreta-rias das varas do Fórum Her-mes Parahyba. Dos cinco juí-zes que trabalham na comarca

do Crato, três estão gozando férias e não há substitutos. Na 1ª vara, o juiz titular encontra--se licenciado. A 2ª vara está funcionando sem promotor de Justiça titular. O promotor

da 3ª vara está de férias e a carência de magistrado titular ultrapassa três meses. Apenas um juiz auxiliar cumpre expe-diente uma vez por semana por responder também pela 4ª

vara e tendo ainda que prestar serviços em outras comarcas. A 4ª vara tem promotor, mas não tem juiz titular e na 5ª vara a situação é pior ainda: nem si-nal de promotor e juiz.

No Juizado Especial, os problemas não são dife-rentes, alerta Fabrício. O juiz titular goza férias e o auxiliar só tem como ir uma vez por semana, por prestar serviço a outras comarcas. O presidente da subseção da OAB explicou que a questão está associada à falta de gestão administrativa empreendida pela cúpula do Poder Judiciário do Estado, principal responsável pela realidade atual. Para Siebra afirma que os magistrados não são culpados pelo caos insta-lado na comarca do Crato. Ao contrário, eles se encontram sobrecarregados e sem as mí-nimas condições de trabalho. A solução apontada pelo ad-vogado seria uma mobilização

da sociedade, manifestada de forma contundente e expressi-va ao lado da Ordem dos Ad-vogados do Brasil, para pres-sionar os poderes constituídos a adotar as soluções urgentes e necessárias e dar um fim ao problema que afeta, constran-ge e massacra princípios cons-titucionais.

O juiz eleitoral Fran-cisco José Mazza Siqueira, titular da 2ª vara, diretor in-terino do Fórum, confirma a carência de servidores, ma-gistrados, defensores públi-cos e promotores de Justiça e defende uma releitura do momento vivido pelo judi-ciário cearense. Mazza ex-plica que na 2ª vara existem aproximadamente três mil processos e precisará de três meses para atualizar a pauta, despachando 50 processos por dia, em média. Para a proeza ser alcançada, neces-sita de assessores.

Mais de 15 mil processos acumulados na comarca cratense

Associação promove campanha para reciclagem e reflorestamentoChagas Lima

Dois conceitos moder-nos são aplicados com sim-plicidade pela Associação Engenho do Lixo, em Juazei-ro do Norte: reciclar e reflo-restar. A entidade promove uma campanha que envolve 46 famílias de catadores, em diversos bairros, responsá-veis pelo recolhimento de pi-lhas, lâmpadas fluorescentes, baterias de celular, monitores de computador, teclados, pla-cas e outros equipamentos ou produtos, que se despejados sem cuidados podem cau-sar danos ao meio ambiente, como óleo de cozinha.

O presidente da as-sociação, Francisco Alvino, demonstra empolgação com a iniciativa. “Nosso objetivo

é recolher, através dos nos-sos companheiros, a maior quantidade possível des-se material, retirando-o do meio ambiente, buscando re-duzir a degradação em dife-rentes áreas da cidade, prin-cipalmente nos locais mais afastados, onde a gente sabe que existem muitos terrenos baldios que são transforma-dos em verdadeiros lixões”, afirma.

O segundo passo é dado no momento da doação dos objetos que servem para reciclagem. A pessoa recebe em troca uma muda de uma árvore, para ser plantada na frente ou no quintal de sua casa. “Quem quiser doar é só se dirigir à sede da nos-sa associação, ou telefonar para irmos buscar o objeto

com todo o prazer e ainda levaremos a muda de árvo-re”, assegura. A entidade realiza também um trabalho voltado para o refloresta-mento das margens do rio Salgadinho e diversas outras áreas de Juazeiro do Norte, minimizando impactos am-bientais, tendo em vista que quando o catador associado ao projeto recolhe 500 quilos de material, ele recebe a mis-são de plantar uma árvore em qualquer local da cidade.

Os integrantes da As-sociação Engenho do Lixo confeccionam, ainda, peque-nos contêineres idênticos aos coletores de plásticos que geralmente são colocados praças e outros logradouros públicos, para coleta seleti-va, aproveitando monitores

antigos de computadores. Esses coletores também são trocados por materiais re-cicláveis. Grande parte dos objetos recolhidos nas ruas da cidade, como metal, alu-mínio e vidro, segue para co-mercialização em Fortaleza e Recife, enquanto que pa-pelão para Salvador. “É um trabalho que proporciona emprego e renda para deze-nas de famílias, garantindo o seu sustento e melhorando a qualidade de vida”, finaliza.

Como doarInteressados em

doar podem ligar para (88) 9203.3853 e um representan-te da associação irá buscar o material em domicílio. Em troca, uma muda de árvore é dada aos colaboradores.

n A carência de juízes, promotores e serventuários agrava a situação e os processos se acumulam

n Catadores recolhem material para reciclagem e distribuem mudas de árvores

Cícero Valério

Uma alternativa para a superlotação das unidades prisionais da região é a Peni-tenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc), inaugurada em novembro de 2000. Com capacidade para 525 pessoas, hoje há 485. Uma parte delas, 350, está ali provisoriamente, aguardando decisão da Jus-tiça. O chefe de Segurança e

Disciplina, Everaldo Mene-zes, afirma que a fábrica de bijuterias instalada no interior daquele presídio está tempo-rariamente desativada, mas a fábrica de bolas se encon-tra em pleno funcionamento, ocupando cerca de 30 deten-tos que produzem mensal-mente em torno de 90 bolas de futsal, campo e vôlei.

Pirc é alternativa para lotação de cadeias

Page 5: Jornal do Cariri - 17 a 23 de Janeiro

Roberta Farias

Os 73 radiodifuso-res que se diri-giram à sede da Associação Cea-

rense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT) não ti-veram dúvida e reelegram o jornalista Edilmar Norões presidente da entidade para o biênio 2012/2013. Repre-sentantes de emissoras de todas as regiões do Ceará fi-zeram questão de participar do pleito eleitoral e ajudar a formar a mesa diretora. Durante o encontro, foi res-saltado o apoio da Acert em ações e campanhas desen-volvidas no estado, como na elaboração de cursos para radialistas, realizado em ju-lho de 2011 e no lançamento do Guia do Rádio.

Outra boa notícia foi ressoada na reunião. A enti-dade cearense está entre as três mais fortes do país. “E saber que a Acert é avaliada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televi-são como uma das associa-ções mais atuantes, isso nos faz mais satisfeitos e alegres. É gratificante para quem preside e para os que fazem a diretoria”, disse Edilmar.

O presidente da As-sembleia Legislativa do Ceará, deputado Roberto Cláudio, compareceu à sole-nidade e votou como repre-sentante da TV Assembleia e da FM Assembleia. Também participaram da votação o radiodifusor Deodato Rama-lho, secretário de Meio Am-biente da Prefeitura de For-taleza, o jornalista Luzenor

de Oliveira, do Grupo Cea-rasát de Comunicação, Luís Paulo Arrais, da Rádio Ara-ripe do Crato, Waldeney Ro-lim, da rádio FM Jucás, Lívia Gurgel, como representante da Rede Somzoomsat, den-tre outros.

O momento de con-firmação do bom trabalho desenvolvido pela atual di-retoria também contou com a participação de outros nomes de destaque na comunicação cearense, como Anastácio de Sousa, Angélica de Barros, Carmem Lúcia Dummar, Carlos Castelo, José Rêgo Filho, Francisco de Souza Possidonio, Sérgio Cals de Oliveira e Afro Lourenço. A posse dos dirigentes da Acert está marcada para a noite desta quarta-feira, no Iate Clube, em Fortaleza.

5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2012

Cidades

Edilmar ganha novo mandato como presidente da ACERT

REELEIÇÃO

n Mesa diretora reunida para posse, em comemoração à votação unânime obtida pela chapa

n Waldeney Rolim, Edilmar Norões e Luís Paulo

Serena Morais

A População de Juazei-ro do Norte vai ganhar espaço para participar ativamente da revisão do Plano Diretor da ci-dade. Uma equipe da Secretaria de Planejamento e Desenvolvi-mento Econômico (Seplad) tem se reunido para discutir as exi-gências do Estatuto da Cidade, dando continuidade ao proces-so de organização da área urba-na e rural do município.

A sociedade tem papel fundamental no processo de elaboração, fazendo com que até o nome seja trocado para Plano Diretor Participativo (PDP). Outro ponto chave da revisão é a integração da área rural, já que o plano de 2000 era voltado somente para a parte urbana. “Buscamos a perspec-tiva do município como um todo e não só da área urbana da cidade”, revela David van den

Brule, coordenador da revisão do PDDU.

Uma equipe está fazen-do pesquisas de campo sobre a realidade da cidade, para pro-duzir um material de leitura, que será apresentado à popu-lação. A interação vai acontecer através das seis Subprefeituras existentes em Juazeiro, com lí-deres comunitários e empresá-rios. “Querermos saber como a sociedade está vendo o Juazeiro e quais as dificuldades enfrenta-das por ela” diz o coordenador.

A primeira etapa do pro-cesso está em fase de conclusão, que conta com quatro passos. Nesse primeiro momento está sendo discutida a metodologia, a formação e capacitação da equipe técnica e a conscientiza-ção da sociedade sobre a impor-tância do Plano Diretor para o município. O grupo é formado por arquiteto, sociólogo, geó-grafo, advogado e turismóloga.

O plano conta com o apoio das outras secretarias e com a par-ceria financeira da Caixa Eco-nômica Federal.

Outro momento da re-visão é entender quais os pro-jetos que já existem e que não foram colocados em prática. “O

Centro de Apoio ao Romeiro, na matriz, é uma realização do plano atual (2000) e já está em funcionamento. Existem tam-

bém o Roteiro da Fé e o Anel Pericentral”, diz David. A arti-culação do plano é lenta, pela extensão que alcança, e isso gera críticas. “A ideia tem que ser viável e ser feita de acordo com as condições. A proposta é que em 2013 consigamos en-tregar o projeto de lei para ser aprovado pela Câmara Munici-pal de Juazeiro” conclui.

Entenda maisO Plano Diretor é uma

lei municipal que atende as necessidades do Estatuto da Cidade para organizar municí-pios que possuam mais de 20 mil habitantes. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Juazeiro foi criado em 2000, um ano antes da im-plantação do estatuto. Por isso alguns instrumentos não foram contemplados pelo PDDU, sen-do necessária essa revisão.

Revisão do Plano Diretor de Juazeiro com participação popular

n Equipe estuda mapas e projetos da cidade para possíveis mudanças

Edilmar, a marcado diálogo

A vocação o transformou em um dos maiores nomes do jornalismo do Estado do Ceará. A dedicação profissio-nal o conduziu, nos últimos 50 anos, aos postos mais impor-tantes dos veículos de comunicação do Grupo Edson Queiroz. Essa é a trajetória do jornalista Edilmar Norões, reeleito, para o biênio 2012\2013, como presi-dente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT).

A eleição, realizada, na terça-feira, dia 11 de janeiro, reuniu representantes de 72 emissoras de rádio e televisão. Ali estavam, na sede da entidade na Capital cearense, dirigentes de grandes grupos de comuni-cação da Região Metropolitana de Fortaleza e de emissoras de pequenas cidades do Interior do Estado, com histórias construídas a partir do empenho de homens e mulheres que apostaram no rádio AM como instrumento de conquistas para a sua terra e para a sua gente.

Edilmar os representa em toda a sua essência: do pensa-mento que os une na defesa de uma radiodifusão forte, livre, sem amarras, ao sentimento dos bra-vos lutadores que nos anos 70, 80 e 90 tiveram a coragem de investir no Rádio AM e nos tem-pos atuais continuam a sonhar e administrar, com contratempos, o desafio da sobrevivência.

Filho de Barbalha, ho-mem do Interior, nascido nos tempos da radiadora usada como instrumento de comuni-cação para mobilizar moradores de comunidades, Edilmar Norões cresceu no rádio, na televisão e

no jornalismo. A his-tória o fez grande na comunicação do Ceará e, em quatro eleições, os radiodifu-sores o reconhecem como o homem do diálogo, da conversa franca, da pondera-ção e do equilíbrio como líder de um im-

portante setor da socie-dade marcado, diariamente, por novas lutas, embates e defesa intransigente da liberdade e da democracia.

Logo após a contagem dos votos que o confirmou como presidente reeleito, Edilmar ma-nifestou, em seu discurso, a feli-cidade por ter sido reconduzido a mais um mandato como pre-sidente da ACERT. Foi a eleição mais representativa da história da entidade.

Em suas palavras, Edil-mar, construtor de história e de diálogo, assim se manifestou em seu gesto de gratidão: ‘’sinto-me feliz e honrado pela recondução à Presidência da Associação Ce-arense de Emissoras de Rádio e Televisão’’.

Pedi a palavra para ex-pressar o sentimento que move neste momento o rádio e a te-levisão do Ceará: ‘’Caro Edilmar, você se diz feliz e honrado pela reeleição, mas me permita um registro: feliz está a radiodifusão cearense por tê-lo por mais um mandato como presidente da ACERT’’. Esse é o resumo que fazemos do resultado da eleição para presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão.

Luzenor de Oliveira,

jornalista, radiodifusor, Primeiro secretário daDiretoria da ACERT.

N O VA D I R ET O R I A D A A C E R T PA R A O B I Ê N I O 2 0 1 2 / 2 0 1 3

PRESIDENTE

José Edilmar Norões Coelho

VICE-PRESIDENTES

Carmen Lúcia Dummar Azulai

Sandoval Braga Júnior

Luis Aguiar Vale

1º DIRETOR FINANCEIRO

José Rêgo Filho

2º DIRETOR FINANCEIRO

Angélica de Barros C. de Albuquerque

1º DIRETOR SECRETÁRIO

Francisco Luzenor de Oliveira

2º DIRETOR SECRETÁRIO

Sérgio Cals de Oliveira

DIRETOR DE PATRIMÔNIO

Francisco de Sousa Possidônio

DIRETOR REL. EXTERIORES

Anastácio de Sousa Marinho

DIRETOR DE MARKETING

Marcos Ribeiro da Costa Erthal Tardin

CONSELHO FISCAL

Miguel Dias de Souza Filho

Cyro José Franklin Thomaz

José Alberto Bardawill

Etevaldo Nogueira Lima Filho

Gaudêncio Gonçalves de Lucena

Luiz Carlos Castelo Branco Mourão

SUPLENTE CONSELHO FISCAL

Antônio Adilson Eufrasino de Pinho

Maria Vieira Lins

João Jorge Furtado Cavalcante

CONSELHO SUPERIOR

Jaime Machado da Ponte Filho

Miguel Dias de Souza

João Dummar Neto

Ricardo Nibon Nottingham

CONSELHO CONSULTIVO

Anastácio de Sousa Marinho

Gélio Varandas Coelho

Fernando Eugênio Medeiros Marinho

Page 6: Jornal do Cariri - 17 a 23 de Janeiro

A tão esperada divul-gação dos ganha-dores do concurso fotográfico “Novos

Olhares sobre Juazeiro” se aproxima. Os olhos, outrora atentos atrás da lente da câ-mera, agora correm as pági-nas do Jornal do Cariri para saber quem são os primeiros colocados. As três melhores fotos já foram escolhidas. A revelação dos nomes aconte-

cerá apenas no ato da entre-ga dos prêmios, no dia 10 de fevereiro, com a presença do diretor-presidente do grupo CearaSat de Comunicação, Luzenor de Oliveira, e de au-toridades da região.

Além dos três melho-res cliques, todas as 32 fotos pré-selecionadas serão expos-tas em homenagem aos par-ticipantes, que se dedicaram no registro de imagens da

terra de padre Cícero. A deci-são da comissão de profissio-nais convidados pelo Jornal do Cariri não foi unânime. A qualidade das fotografias ele-vou o nível da disputa e for-çou uma avaliação minuciosa do material.

O local para a entrega dos prêmios e exposição das imagens ainda não foi de-finido, mas será divulgado com antecedência pelo JC. A

participação de moradores e fotógrafos da região do Cari-ri surpreendeu a organização da promoção. Até candidatos de Fortaleza enviaram arqui-vos para entrarem na briga por uma viagem ao Rio de Janeiro, com direito a acom-panhante, uma máquina fo-tográfica profissional ou um computador netbook. Para os participantes do concurso, boa sorte!

n História e potencial paleontológico do Cariri ganham o mundo

n A tradição de décadas é mantida, com o carregamento do pau, da zona rural até o Centro de Nova Olinda

Três melhores fotos já foram escolhidas

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 20126Cidades

NOVOS OLHARES GEOPARK

Wilson Rodrigues

Um documentário de 36 minutos, intitulado “For-mação Romualdo, um Milagre Paleontológico”, foi entregue a cientistas e pesquisadores de 25 países integrantes da rede mundial de Geoparks, entre eles Alemanha, Áustria, Cana-dá, Japão, Malásia, Hungria, Iran, Portugal e China, contan-do a historia da paleontologia da formação Romualdo, que fica num estrato da Bacia do Araripe, localizado no Ceará, Piauí e Pernambuco. Aflora-mentos importantes podem ser encontrados em Santana do Cariri, Crato, Barbalha, Missão Velha e Milagres.

O paleontólogo Antonio Álamo Feitosa Saraiva, um dos autores da pesquisa, ressalta a importância dessa riqueza paleontológica pela abun-dância de fosseis com espécies vegetais e animais e o cará-ter tridimen-sional, o que tem f a c i l i -tado o trabalho e a des-coberta cientifi-ca. “O e s t a d o de pre- serva-ção desses fósseis é algo não encontrado em nenhum lugar do mundo. É como se o animal tivesse morrido e ficado conge-lado”, disse o estudioso.

A paleontologia explica que há cem milhões de anos a Chapada do Araripe não existia, e em seu lugar havia apenas uma camada de rocha formada no fundo de um lago, em contato com águas mari-nhas de aproximadamente 180 quilômetros de comprimento por 50 quilômetros de largura. Era o chamado período cre-táceo. A configuração que co-nhecemos hoje começou com a separação dos continentes. “A presença de conchas de equinodermas, seres exclusi-vamente marinhos, nos traz a certeza de que a região do Araripe já esteve coberta pelo mar, cujas águas, estavam sob o continente. No período cre-

táceo, essa região foi abalada por freqüentes terremotos por falhamento em suas camadas ao longo de toda a bacia sedi-mentar”, afirma.

As variações de salini-dade e temperatura da água causavam mortandade no Pa-leolago Araripe. Os animais mortos flutuavam por algum tempo e quando os cadáveres caiam no fundo do lago, libe-ravam substâncias que se pre-cipitavam sobre os cadáveres, agindo como um sarcófago, e terminavam por substituir toda a matéria do antigo ser vivo por carbonato de cálcio, preservando as formas desses cadáveres do cretáceo até os dias atuais. Esse processo acon-teceu em animais e vegetais de

varias espé-cies, porém, o fato mais surpreen-dente é

a sua

c o n d i -ção de pre-

servação, o que faz o pesquisador es-

tudar em detalhe a anatomia desses seres. Outro aspecto importante é a existência de répteis voadores, encontrados em poucos lugares do mundo, como China e África. Os pes-quisadores ainda não conse-guiram descobrir como esses animais, que eram de pequeno porte, se relacionavam.

O documentário conta também que há 35 milhões de anos o Paleolago da Cha-pada do Araripe sofreu um soterramento e a erosão fez aparecer partes do antigo lago do cretáceo. O diretor do documentário, Jackson Oliveira Bantim, disse que o trabalho apresenta imagens de boa resolução, uma lin-guagem de fácil entendimen-to e narração dos textos ado-tando o idioma de cada país. Para o paleontólogo Álamo Feitosa, a idéia do documen-tário foi levar ao mundo o conhecimento da riqueza pa-leontológica do Cariri.

Paleontólogos de 25 países recebem documentário do Cariri

Aglécio Dias

Quando o assunto é religiosidade no Cariri, as ci-dades mais lembradas são Juazeiro do Norte e Barbalha, por manifestações ligadas ao padre Cícero e à festa de Santo Antonio. Agora, o município de Nova Olinda também des-ponta como referência de fé, resgatando tradição de mais de décadas. As festas em ho-menagem a São Sebastião, padroeiro da cidade, come-çaram no último dia 11, com o tradicional carregamento do pau da bandeira. Segundo estimativa da Polícia Militar, aproximadamente 4.500 pes-

soas percorreram 16 quilôme-tros, do Sítio Queimados até a Paróquia do Santo Protetor, no Centro da cidade.

Para o pároco da cida-de, padre Tarcisio, essa mani-festação com um número tão expressivo de público pode ser considerada um encontro de famílias, onde muitas pessoas que moram em outros estados e países vêm para cidade pres-tigiar as festas religiosas. “É um momento que mobiliza a cida-de, os sítios e todas as outras ci-dades vizinhas”, comentou. O pároco exaltou a importância da presença da população, que mostra a devoção e a fé da po-pulação com o santo protetor.

“É um enriquecimento para fé e para Igreja, além de ajudar na tradição e na história dessa ci-dade”, concluiu.

O comentário do padre é reforçado pelo depoimento de Cícero Rodrigues Barros, que participa do tradicional carregamento do pau da ban-deira há vinte anos. Segundo ele, que é devoto do santo, esse evento tem um significa-do especial para comunidade e representa a força da religião de um povo. “É a representa-ção da nossa fé e um símbolo da religião católica aqui em nosso município”, disse. As manifestações religiosas de Nova Olinda sempre reúnem

grandes públicos e têm cres-cido, afirma o vice-prefeito da cidade Elizio Manoel Galdino, conhecido como Cabeludo. “É uma festa que tem se des-tacado entre as manifestações religiosas e culturas da região do Cariri, onde a cada ano o público aumenta mais”, co-mentou.

A presença desses vi-sitantes também se reflete na economia da cidade, defende a secretária de Cultura e Tu-rismo do município, Maria Wildiane Bezerra Lopes Sam-paio. Esse ano, são esperadas mais de 10 mil pessoas, públi-co que contribuirá para a eco-nomia local.

Nova Olinda ganha espaço na rota religiosa do Cariri

Samuel Macedo

Page 7: Jornal do Cariri - 17 a 23 de Janeiro

Ingrid Monteiro

Em terra de forró, o som diferente das guitarras inova as férias caririenses.

O Festival Rock Cordel, rea-lizado pelo Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), inicia com apresentações de 23 bandas do Ceará e de ou-tros estados do país. A sexta edição, que este ano firma parceira com o Sesc de Jua-zeiro, começou no Cariri no último dia 10 e seguirá até 28 de janeiro.

O evento surgiu com a idéia de dar espaço para apresentação de músicos da região, como também pro-mover a junção do rock com a musicalidade de grupos tra-dicionais populares, em uma mistura de sons originais. “Procuramos diversificar a programação em variados gêneros, como o rock regio-nal, o clássico, o heavy metal e o pop rock. Trazemos no mínimo um representante de cada estilo a fim de contem-plar todo o público”, explica Maria Bezerra, coordenadora local do evento.

O Rock Cordel é rea-lizado simultaneamente em Fortaleza, Sousa (PB) e Jua-zeiro do Norte. Nesta última cidade, a primeira semana

de apresentações acontecem no teatro Patativa do Assaré, localizado no Sesc, e as duas seguintes no teatro do CCB-NB. Os shows acontecem à noite, sendo duas bandas programadas para cada dia, com ingressos distribuídos gratuitamente a partir das 13h30, na recepção do centro

cultural.O festival deste ano

oferece ao público oficinas de rap no Núcleo de Arte e Cultura Marcos Juciê. A par-tir desta terça-feira até o dia 20 de janeiro, os interessa-dos poderão aprender com o professor Cícero Magnus um pouco deste estilo musi-

cal que é, sobretudo, ligado à improvisação poética. No primeiro dia do evento, o pú-blico pode contar com a dis-cussão sobre o rock no Cariri e no mundo, através do espa-ço Troca de Ideias, dirigido pelo músico Michel Macedo e Welson Mota.

A seleção das ban-

das foi realizada a partir do material que os músicos en-tregaram ao longo do ano de 2011 à coordenadoria do evento. Dos grupos selecio-nados, destacam-se Black Dog, do Rio de Janeiro, e a banda cearense Caco de Vi-dro, atrações que reuniram centenas de pessoas, nos pri-

meiros dias do festival. “O Rock Cordel está sendo uma oportunidade para as bandas da região que estão come-çando, pois o público passa a conhecer o trabalho destes músicos locais”, declara o músico Michel Macedo, inte-grante da banda Rei Bulldog, que se apresentou no festival na última sexta-feira.

Para o estudante Jo-nas Jandson, que participa do evento desde a terceira edição, a proposta do festi-val é bastante interessante, uma vez que movimenta a região, que é carente de apre-sentações de bandas de rock, principalmente aquelas que desempenham trabalhos au-torais. “O crescente público que participa do Rock Cordel justifica que existe a prefe-rência pelo rock na região, e que o Ceará não se resume a um só estilo musical, como o forró”, finaliza.

Sociedade em FocoPOR WALESKA MARROCOS [email protected]

7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2012

Social Cultura

Rua Senador Pompeu, Nº 429 - Centro - Crato-CE

ALFARMA, a primeira farmácia de manipulação genuinamente Cratense.Diretora TécnicaDrª Fabiana Pereira Rodovalho Alencar Gomes

CULTURA

FORMATURAMATANDO AS SAUDADES

Simara Lemos Aguiar reuniu parentes e amigos para comemorar sua formatura em Enfermagem, com um churrasco regado a muita cerveja e animado por uma banda de forró pé de serra. Seus pais, Narcelio e Nerinha, eram uma felicidade só. Na foto, Simara com os pais, seu irmão Narcélio Jr e sua cunhada Ângela. Parabéns por essa etapa vencida.

Gilberto Ricarte é uma pessoa alegre por natureza. A festa de seu aniversário não podia deixar de ser um grande acontecimento. Ele comemorou com 300 convidados a passagem de mais um ano de vida. Cada participante levou três quilos de alimentos para serem doados a entidades de Juazeiro. E foi com muita alegria que Leonor, Patricia e Fabrício curtiram até o raiar do dia. Felicidades!

Luécia Lemos esteve no Crato, matando a saudade da família. Na foto, com suas irmãs Liana e Nerinha, ela aproveitou todos os dias a companhia de seus familiares. Volte sempre!

Meu irmão Helton Júnior comemorou, com sua noiva Edvânia, mais um ano de vida. Que Deus abençoe cada dia mais essa união. Aguardem a cobertura do casório.

FELICIDADEO jornalista João Hilário comemorou mais um ano de vida no último dia 14. Sempre atencioso com todos, ele é uma das grandes personalidades da região do Cariri. Pessoa maravilhosa que merece todo o nosso carinho. Parabéns e que Deus abençoe sua vida sempre!

ORGULHOO professor Deoclécio Said está orgulhoso com o reconhecimento obtido pela Faculdade Leão Sampaio. A instituição foi classificada pelo MEC como a melhor faculdade privada do Estado do Ceará. Ele nos contou que o curso de Direito foi recomendado pelo Conselho Nacional de Educação e está aguardando apenas a assinatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, para inauguração. Aguardamos ansiosamente por mais essa conquista!

BENÇÃO

FESTA SOLIDÁRIA

Rock Cordel leva música e arte para Juazeiro

n Muita animação durante as apresentações culturais no Sesc da cidade

PERDA DEDIPLOMA

PERDA DE DIPLOMA

MARIA DO SOCORRO DE OLIVEIRA SANTANACURSO: DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMFACULDADE: SANTA EMÍLIA DE RODAT

OMEGAPAR EMPREENDIMENTOS & INVESTIMENTOS LTDA

Torna público que requereu à Superintendência Esta-dual do Meio Ambiente – SEMACE a Licença de Instalação para o EMPREENDIMENTO MULTI-FAMILIAR - VILLAS DAS ES-TRELAS, na cidade de BARBALHA-CE.

Foi determinado o cumprimento das exigências conti-das nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

JOSÉ ARY FEITOSA JUNIORCURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICASFACULDADE: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIR - URCA

Page 8: Jornal do Cariri - 17 a 23 de Janeiro

SÓCIO-TORCEDOR

ESPERANÇA

8 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 17 A 23 DE JANEIRO DE 2012

Esporte

CÍCERO NICÁSSIO

TOQUE DE PRIMEIRA

IMPACTONem Icasa, nem Guarani fizeram

contratações de impacto. O que causou surpresa foi a contratação do ala direito Marcos Vinicius

para o Guarani. Até então, o jogador treinava no Verdão e deu entrevistas dizendo que estava feliz em vestir mais uma vez a camisa do Icasa.

CURSO NORMALO futebol cearense voltou ao seu curso normal, pois

o torcedor adora essa rivalidade intermunicipal dos anos 60. Crato contra Juazeiro, Itapipoca contra Sobral, Crateús versus Trairi. As equipes do interior transformaram-se em passarela política, onde os prefeitos brigam pela atenção das câmeras de televisão e pelos microfones. Quando veremos o futebol cearense profissionalizado? Quem viver, quem sabe verá.

PROVEITONão dá nem rima o proveito técnico que uma equipe

profissional tira ao enfrentar um time amador que treina duas vezes por semana, no final da tarde. O Guarani jogou contra o Avaí da cidade de Farias Brito, na noite de quinta-feira. Sinceramente, Vinicius Saldanha, o lucro não teria sido maior se o time tivesse treinado a bola parada, ofensiva e defensiva, e o posicionamento principalmente nos contra-ataques. Cada cabeça seu mundo.

VAIDADEO futebol, além de ser fascinante, também é sedutor.

Como explicar desportistas que colocam uma vida inteira de trabalho dentro do futebol. Não vou citar nomes, pois são muitos que tiveram prejuízos enormes colocando em risco suas empresas. Mas há quem diga que isso é o preço da vaidade.

DESENTROSAMENTO Quem analisa com a razão, sabe muito bem que

não dá pra exigir muito de uma equipe que está em formação. O Icasa fez um amistoso contra o Sousa (PB) e não apresentou um bom futebol. Em termos coletivos, o positivo foi a determinação e a marcação implacável de todo time. O placar de 0 a 0 foi justo, pois o time paraibano se defendeu muito bem. O treinador Oliveira Lopes terá muito trabalho pela frente para dar um padrão de jogo à equipe. O desentrosamento foi notório.

n Treinamentos intensos com jogadores para aperfeiçoamento de tática e técnica

Clubes confiam na torcida para melhorar finanças

• Cargas e Encomendas Urgentes para o Sertão Central, Cariri, Baixo Cariri e Chapada do Araripe, DIARIAMENTE.• Filiais: Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Mombaça, Acopiara, Iguatu, Várzea-Alegre e Juazeiro do Norte.

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Aglécio Dias

A paixão dos torce-dores é fonte de renda de muitos grandes clubes do

Brasil. Aos poucos, os times do Sul cearense acordam para a iniciativa moderna e simples de transformar a torcida em parceira na cons-trução de novas estruturas ou mesmo na formação de um time. Grêmio, São Pau-lo e até mesmo o espanhol Barcelona, atual campeão mundial, são exemplos de sucesso. O programa sócio--torcedor, apesar de com-provado resultado, ainda é pouco explorado, mas o cenário vem mudando nos

últimos anos no Cariri.Das três principais

equipes da região, Guarani e Icasa já aderiram à inicia-tiva. O Crato, por enquanto, não tem pretensão de seguir essa linha, é o que afirma diretor de futebol do clube, Carlos José. De acordo com ele, o clube já tem outro tipo de projeto, que é o “Titu-lo Patrimonial”, onde cada pessoa paga R$ 100 por um título e R$ 10 mensais. O di-retor, porém, não explicou as vantagens de ser ter esse tipo de titulo.

Já para José Moura Vieira Neves, presidente do Guarani Futebol Clube, que já conta com o programa desde o início do ano pas-

sado, a adesão teve e tem uma importância muito sig-nificativa para toda equipe, pois auxilia na quitação de algumas dívidas e ajuda a manter uma programação confirmada dentro do gru-po. “Com um valor fixo en-trando todo mês no caixa, nós podemos manter uma programação onde todo mundo ganha, tanto torce-dores quanto o próprio clu-be”, disse o presidente.

O segundo a buscar a ajuda dos arquibancadas foi o Icasa. Com o rebaixamen-to para a Série C do Cam-peonato Brasileiro, muitos patrocinadores deixaram o time. O Verdão lançou o programa “Torcedor de Fé”

no último dia 13, com o ob-jetivo de resgatar a auto-es-tima da equipe e dos torce-dores. O projeto, que estava engavetado, foi motivado pela Associação de Torcedo-res e Amigos do Icasa (Atai). O presidente da instituição, Marcos Santana, afirma que essa ajuda financeira trará diversos benefícios para o clube, que poderá utilizar os recursos das mensalidades para quitar dívidas ou reali-zar novos projetos. “Depois que foi rebaixado, o time tem passado por dificulda-des financeiras e essas men-salidades serão de grande importância para garantir alguns trabalhos dentro do grupo”, esclareceu.

Times do Cariri preparados para temporada 2012Samuel Macedo

O ano de 2011 não foi tão produtivo para os times do Cariri, exceto pela vice--liderança no campeonato ce-arense do Guarani de Juazei-ro. A nova temporada renova as esperanças por conquistas e, quem sabe, vaga nas divi-sões de cima. Acompanhe a preparação dos três princi-pais clubes da região.

IcasaApós o mau desem-

penho no Campeonato Cea-rense de 2011, o Icasa sacode a poeira e tenta dar a volta por cima. O Verdão do Cari-ri, que anseia voltar à série B, possui o desafio de formar um time competitivo, apesar de pouco dinheiro em caixa e maior cobrança por parte dos torcedores. O Icasa perdeu grandes nomes que disputa-

ram a competição nacional em 2011, no entanto, os joga-dores que ficaram no time, como o goleiro Carlos Luna, os zagueiros Andre Turatto e Rayan, o lateral-esquerdo Janilson e o atacante Diogo França, recebem a responsa-bilidade de conduzir grupo nesta nova fase.

GuaraniO Guarani de Juazeiro

encerrou sua série de amisto-sos com uma goleada sobre o Avaí, atual tricampão do tor-neio municipal da cidade de Farias Brito. O placar elástico de 7 a 0 contou com a partici-pação de Baiano, Moré e Wes-cley. O técnico Vinícius Sal-danha afirma que o momento agora é de dar continuidade aos treinos, mas sem exigir muito esforço dos jogadores

até a estreia no campeonato, marcada para o próximo dia 18, no estádio Romeirão. O treinador ainda espera rece-ber novas contratações.

CratoO Crato Esporte Clube

realiza os últimos preparati-vos para formação do elenco que vai disputar a temporada 2012. Algumas contratações já foram realizadas e os joga-dores já iniciaram os treinos com bola sob o comando do treinador Felinto Holanda. É o caso do lateral-esquerdo Rômulo e o atacante Índio, que chegaram recentemen-te ao Azulão da Princesa. O Crato estreia no Estadual nesta quarta-feira (18), dis-putando a bola com o Leão do Pici no gramado do está-dio Mirandão.

n Com poucos patrocinadores, clubes confiam na participação da torcida para melhorar renda e promover mudanças


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