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Page 1: Jornal do Cariri - 05 a 11 de Fevereiro 2013

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 05 A 11 DE FEVEREIRO DE 2013 1

O periódico do Cariri independente

HORA DE PLANTAR cuLTuRA

POLÍTIcA

REGIÃO DO CARIRI l DE 05 A 11 DE FEVEREIRO DE 2013 l ANO XIV l NÚMERO 2572 R$ 1,50

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AgRIcuLTuRA fAmILIARjuAzEIRO

TRANsPORTE

cARIRIAÇu

cRATO

Câmaras do Crajubar iniciam trabalhos com o dever de recuperar moralidade

Exposição Foto Silva traz o retrato popular de Juazeiro

Programa distribui uma tonelada de sementes no Cariri

Distribuição de milho é estável mesmo com previsão de pouca chuvaA distribuição de grãos de milho apresenta estabilidade neste primeiro bimestre do ano. No Cariri, 350 toneladas já foram distribuídas. Durante o mês de fevereiro, a Conab de Juazeiro espera que 2.500 toneladas estejam disponíveis para as 19 cidades atendidas.

Ônibus municipais circulam em condições precáriasO sistema de transporte coletivo de Juazeiro do Norte não atende adequadamente as diversas camadas da população, embora a cidade tenha um desenvolvimento sócio-econômico referência no interior do Nordeste. Apenas duas empresas fazem o transporte coletivo municipal, cujos ônibus, em sua grande maioria, estão em precário estado de conservação.

cRATO

Moradores ameaçam ir à Justiça pedir fim das obras de pavimentação

Prefeito Raimundo Macêdo herda dívida de R$ 71,4 milhões

cOLuNA DONIzETE

ALERTA

Bombeiros recomendam prudência para foliões de carnavalDurante o período de carnaval, aumenta a procura por diversão em clubes e mananciais. Mas, segundo o tenente Arthur Graça, do Corpo de Bombeiros, os exageros na ingestão de álcool e comida são os principais motivadores dos afogamentos, que triplicam nesta época do ano.

Populares questionam instalação de aterro sanitário em Gravata

Ronaldo denuncia buraco de quase R$ 36 milhões deixado por samuel e vai parcelar pagamento

O projeto para a implantação do Aterro Sanitário Consorciado, com sede em Caririaçu, foi apresentado à comunidade na última quinta-feira (31), durante audiência pública. Apesar da

empresa responsável pela obra apontar os benefícios para a população, os moradores da localidade escolhida não ficaram satisfeitos com o empreendimento e o questionaram.

Sere

na M

orai

s

A poluição sonora continua a por em xeque a autoridade pública em Juazeiro do Norte. Difícil de combater, principalmente em bairros da periferia, este tipo de crime ambiental é provocado, muitas vezes, por clientes que chegam aos bares, com os chamados “paredões de som”.

semana de expectativas para os vereadores caririenses. Com o início de mais um período legislativo, os presidentes das mesas diretoras do Crajubar pretendem adotar medidas enérgicas a fim de resgatar a credibilidade do legislativo do Crajubar que tem sido

alvo de críticas e denúncias envolvendo vereadores, principalmente em Juazeiro do Norte. Como primeira medida, haverá a votação de matérias, em caráter de urgência, para garantir o funcionamento do Executivo nas três maiores cidades do Cariri.

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Desafio permanente para autoridades de Juazeiro

Guerra entreRaimundão eSantana expõerombosmilionários

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Opinião

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

O EXEMPLO É UMA FORÇAQUE ARRASTA MULTIDÕESTODA CAUSA TEM EFEITOCOM SUAS REPERCUSSÕESQUEM ANDA COM JESUS CRISTOPRATICA BOASAÇÕES!

Wellington Costa

Desde o dia da inauguração da última reforma que transformou a Praça Feijó de Sá (Giradouro –Bairro Triângulo –Juazeiro do Norte), em academia popular de ginástica, eu venho prevenindo as autoridades sobre o grande erro que cometeram (Moro a 100 metros do local, há 16 anos). Aquele local jamais poderia ter sido escolhido para essa finalidade, porque, segundo estudos do DERT, circulam aquele giradouro cerca de 65.000 veículos diariamente. Os caminhos para chegar ao centro da praça são percorridos pelos pedestres driblando carroças, bicicletas, motos, automóveis, ônibus, caminhões, carretas etc., num verdadeiro malabarismo. Mas tudo já foi feito. Milhões de reais já foram investidos. Está sem jeito. Os responsáveis por aquela obra já foram afastados do poder. Resta aos atuais governantes colocarem alambrados de segurança resistentes a grandes impactos; sinalizar o trecho em todos os sentidos com tartarugas, redutores de velocidade, faixas para uso de pedestres, semáforos, fiscalização constante por agentes do DEMUTRAN. Permanecendo da maneira que está, resta a OAB, ou a qualquer cidadão comum que tenha noção do perigo que os desportistas estão correndo diariamente utilizando aqueles aparelhos de ginásticas, impetrarem ações junto às autoridades competentes no sentido de proibirem o acesso àquela praça. João Dino Neto

Um livro DE HUbErto tavarES

CHarGE

CoNtra o FUtEbolDepois que Charles Miller im-

plantou a prática do futebol no Brasil, a disseminação do ludopédio não foi fácil como muitos imaginam hoje. A atividade era vista como elitista, pois exclusiva de ingleses brancos e ricos. Nomes notórios da intelectualidade brasileira torceram o nariz para o novo esporte por julgá-lo ra-cista e preconceituoso dada a excludên-cia com negros e operários. Graciliano Ramos duvidou que o futebol vingasse por estas “paragens do cangaço” por ter vindo do estrangeiro. Rui Barbosa che-gou a tratar jogadores da seleção brasi-leira como “corja de malandros e vaga-bundos”. Por considerá-la uma atividade esportiva inglesa de natureza aristocráti-ca, Lima Barreto cogitou fundar uma liga de cidadãos para combater a novidade. Afora os mais diversos percalços, o culto à manifestação mais popular do plane-ta, até bem pouco tempo, era visto pelos puristas de academia como uma coisa sacrílega ao propor a mistura de neurô-nios com uma bola de couro. Algo des-proposital ou vulgar, ligado à ignorância do povo.

Um argentino, Juan Sebre-li, escreveu livro contra o futebol, onde demonstra pruridos por faze-rem da insignificância do conteúdo em si desse esporte, a coisa mais importante para milhões de pesso-as. Ora, quando bilhões de pessoas param para assistir uma decisão de Copa do Mundo, irrelevante seria a pre-tensão de qualquer intelectual ignorar o fenômeno. Mais do que muitas ideolo-gias, o futebol conseguiu agregar socie-dades, culturas, etnias, continentes e até sistemas políticos. Tudo isso gerou uma complexa dificuldade para se entender a razão de ser desta prática. Um fenônemo cultural de gigantes escalas, significân-cias e vitalidade resistentes até mesmo ao longo tempo dos gangsterismos in-ternos da sua própria estrutura de poder, da política das nações e das autoritárias idiossincrasias de seus dirigentes.

Há 30 anos, as obras literárias so-bre o futebol eram contadas nos dedos. Tal escassez era verificada, notadamente, nas livrarias do país cinco vezes campeão do mundo. Com a Copa do Mundo de

2014 a ser sediada no Brasil, hoje temos até bienal progra-mada com tudo que é obra escrita recentemente sobre o assunto. Um capítulo especial certamente ocupará grande parte das obras: a corrupção. A propósito, veremos como os

problemas de aceitação do futebol, no inicio do século passado, transformaram--se, então em “fichinhas” diante do que tem ocorrido nos últimos tempos. O Sr. Ricardo Teixeira, por exemplo, principal “beneficiário” dos escândalos nacionais e internacionais do mundo da bola, se defendeu de um dos inúmeros proces-sos a que respondeu, arguindo através do seu advogado com este “comovente agradecimento” a quem lhe proporcio-nou riqueza e projeção: “O futebol não tem interesse social relevante e contribui para a desinformação do povo, já de si mal aparelhado intelectualmente”. UM CRETINO.

Wilton BezerraComentarista esportivo da

TV Diário e Rádio Verdes Mares

H u b e r t o Tavares, pro-fessor, ator de teatro, poeta e boêmio de Cra-to, romântico e inspirado, ago-ra resolve reunir em livro (Eu preciso escre-ver versos) seus principais poemas, numa edição necessária para os que vi-veram a segunda metade do século XX nesta parte de mundo, berço de fes-tejados autores e juven-tude inquieta, atuante nas áreas da cultura.

A disposição dos escritores de levar adian-te suas produções preen-che esse tempo em que deixou de ser impossível a publicação de trabalhos ricos de lirismo e memó-rias várias, elementos essenciais ao estudo et-nográfico, sobretudo quando as máquinas ofe-recem condições de fugir do anonimato.

José Huberto Ta-vares de Oliveira, mais conhecido pela alcunha de Bebeto, abre assim o amplo espaço na sua história das vivências in-terioranas, para desem-penhar esse papel de testemunha ocular do coração dessas existên-cias de sua rua, a das Laranjeiras, hoje José Carvalho, e o Beco do Padre Lauro, próximos à

Praça da Sé, centro urbano de Crato, revivendo tipos po-pulares da cidade e as rotinas da be-leza cotidiana que jamais retornarão a não por meio da

mágica das palavras. Passa isso nos seus

poemas, páginas de rica beleza e emocionalidade, multiplicando sentimen-tos e impressões que se perderiam no eterno das horas, quando apenas os escritores reproduzem o íntimo da alma, em mo-mentos de enlevo.

Os leitores contam, pois, com este livro na viagem retrospectiva ou nas visitas às eras que viraram saudades pun-gentes, em versos ne-cessários ao registro de vidas sonhadas e amores adormecidos nas noites encantadoras de um ob-servador contumaz das melhores solidões.

Emerson monteiro Advogado

Exped

iente

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sEXTILHAcARTA

Desde a redemocratização, quando o Poder Legisla-tivo recuperou seu prestígio e parte de seu poder, o nível de descrédito popular nas Câmaras Municipais atingiu patamares nunca vistos na História do Brasil. De institui-ções importantíssimas no Brasil-Colônia e no Brasil-Im-pério, os legislativos municipais conheceram alternados momentos de crise e de respeito na República.

Na maior parte do século XX, os vereadores não recebiam nada por seus ofícios nas Câmaras. As sessões eram mais esparsas, não havia estruturas de gabinete, assessores e sim um número mínimo de servidores para tocar o quotidiano dos parlamentos. Os vereadores eram, em geral, pessoas das classes médias e altas.

No final dos anos 1970, quando o regime militar co-meçou a ruir, as coisas começaram a mudar. As primeiras eleições para vereador dos anos 1980 conheceram uma nova realidade. Vereadores remunerados, gabinetes bem estruturados, trens da alegria e escândalos em licitações e compras públicas. Foi o começo de um lento e corrosivo

processo de decadência da imagem das Câmaras. O perfil dos vereadores mudou muito. Se a participação das clas-ses populares fez-se notar, infelizmente, também entraram para o Poder Legislativo Municipal, à semelhança dos que ocorre nos Estados e na União, as personagens exóticas, os líderes clientelistas, as pessoas que encaram sua função como um meio de enriquecer rapidamente.

O início da legislatura de 2013 no Cariri, ao menos segundo os discursos dos presidentes das novas Câmaras de Vereadores, poderá ser marcado por medidas e ações que buscam “resgatar a credibilidade” dos parlamentos locais. Será que o Cariri conseguirá dar o bom exemplo e mudar os rumos desse processo de ruína moral das Câma-ras Municipais?

Se isso ocorrerá, o tempo vai dizer. No entanto, é no mínimo alvissareiro que haja o reconhecimento de que o nível de desgaste e de imoralidade administrativa nas Câmaras é insuportável. Só essa admissão é, por si só, positiva. Abandona-se o discurso hipócrita de que nada

existe de errado. A “política do avestruz” perde espaço e isso é positivo. A Democracia, com maiúsculas, precisa de um Parlamento respeitado e que exerça as competências de legislar e de controlar os outros poderes de maneira ética. É também necessário um Poder Legislativo escrito em maiúsculas.

A ninguém interessa a diminuição e o descrédito dos vereadores. Aliás, interessa sim. Aos prefeitos cor-ruptos, aos empresários desonestos, aos especuladores imobiliários pelintras e aos eleitores tão imorais quanto seus eleitos. Esses, porém, são uma minoria. Perigosa, barulhenta e poderosa minoria. O povo que trabalha e paga seus impostos quer e anseia por um Parlamento respeitado e respeitável. Nada além disso. Nada menos do que isso.

Se o discurso dos novos vereadores for posto em prática, ter-se-á um gasto público melhor, uma ocupação do solo urbano mais racional e um controle efetivo das atividades dos prefeitos. É o que se espera em 2013.

NovaS lEGiSlatUraS, alGUma ESPEraNÇa?Editorial

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Após 30 dias à frente do Executivo Municipal de Juazeiro do Norte, o prefeito Raimundo Macêdo (PMDB) relatou à im-prensa a situação encontrada nas contas do Município. Munido do balancete das finanças deixado pelo ex-prefeito, Manoel San-tana, Raimundão apresentou o panorama detalhado das dívidas herdadas da gestão anterior. De acordo com os dados contidos no documento, o débito real do Município está avaliado em R$ 71.496.228,46. Preocupados com o montante do saldo devedor, o prefeito e a sua equipe econômi-ca fizeram uma breve simulação do parcelamento da dívida, para sanar o impasse administrativo. Caso consiga parcelar em 12 ve-zes, as prestações mensais chega-riam ao patamar de quase R$ 6 milhões, ou seja, comprometendo 24,33% da receita líquida, ao mês, do orçamento municipal.

Esse cenário de déficit orçamentário pode implicar em atraso referente ao cronograma de ações planejado pela atual gestão. Segundo Raimundão, a projeção de investimentos pre-vista ao longo do seu governo,

na ordem de 25%, está compro-metida diante desse prejuízo. Os números do balancete apontam, ainda, R$ 6 milhões em caixa e um volume de restos a pagar na razão de R$ 26.145.368,22. Além de consignados no valor de R$ 1.107.368,31 e outras dívidas com INSS e PASEP na casa dos R$ 11 milhões, Receita Federal e Previ-juno R$ 3,5 milhões, e outros, to-talizando R$ 50.253.991,93.

O quadro apresentado por Raimundão revela o sucate-amento de algumas repartições, como o Gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Social, as

instalações vulneráveis e o lixo acumulado no Hospital Tasso Jereissati, entre outros. O Prefeito citou, também, a depreciação de veículos, ambulâncias e da gara-gem municipal, que encontra-se com a infraestrutura deteriorada. Segundo ele, os documentos do Programa Bolsa Família foram encontrados espalhados em uma sala sem o cadastro de arquivo

açõesRaimundão informou

que, apesar do cenário de de-sestruturação, cobra empenho e ações emergenciais por parte do seu secretariado, para que a cidade não estacione. Uma das primeiras medidas foi efetuar o pagamento atrasado dos servi-dores. Em seu primeiro mandato, ele disse ter deixado uma folha de pagamento da ordem de R$ 5,5 milhões e, hoje, são cerca de R$ 12 milhões, ou seja, 64% da receita, superando os 54% do pa-tamar determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As outras investidas da atual ges-tão dizem respeito à recuperação de ambulâncias, regularização da coleta do lixo (mais de 7.146 tone-

ladas foram recolhidas), entrega de apartamentos populares no bairro Antonio Vieira e amplia-ção do Aeroporto Regional. De acordo com o Prefeito, depois do período carnavalesco o Governo do Estado assinará a ordem de serviço para o início das obras do Anel Viário.

Sobre a relação com o le-gislativo, Raimundão disse que o distanciamento não se deve ao Executivo. “Dentro do en-tendimento administrativo, nós estaremos à disposição para dia-logar com os vereadores. O que nós não aceitaremos é pressão”, alfinetou o Prefeito. Embora te-nha acatado a decisão da Câma-ra, Raimundão advertiu sobre os impactos negativos em relação ao adiamento da votação das matérias, na última sessão extra-ordinária. O que nós propomos foram questões positivas a exem-plo da equiparação salarial dos plantonistas. Sem mencionar, em nenhum momento, o nome do ex-prefeito Manoel Santana, Raimundão avisou que não quer ficar apenas levantando proble-mas e sua determinação é buscar soluções.

Política

Câmaras iniciam trabalhos com pauta de votação concorrida

vOLTA às ATIvIDADEs

Washington Nogueira

Depois do reces-so de final de ano, as Câmaras Municipais de

Crato, Juazeiro e Barbalha retomam suas atividades nesta semana, com o com-promisso de votar maté-rias urgentes do Executi-vo. O conteúdo principal das pautas enviadas ao legislativo caririense trata da reestruturação do or-ganograma das máquinas administrativas, em especial da-queles municípios que terão uma nova gestão pela frente. Embora haja um volume considerável de temas a serem analisados pelos vereadores, os presidentes das Mesas Diretoras avaliam que o início do período legislativo será tranquilo, baseado em entendi-mentos positivos e respeito, entre os Poderes.

Apesar das particularida-des, o discurso de equilibrar as finanças, com dívidas herdadas das gestões anteriores, parece afi-nado nas três principais cidades da Região. A meta dos atuais pre-sidentes é atuar pela moralidade das Câmaras, principalmente em Juazeiro do Norte, que com o fi-nal da última legislatura, apre-sentou uma série de denúncias envolvendo alguns vereadores, incluindo o ex-presidente José de Amélia Júnior.

O discurso é unânime en-tre os três presidentes do legisla-tivo do Crajubar. Eles pretendem estabelecer medidas para resgatar a ética e o crédito junto à popula-ção. E o alvo principal são as des-pesas com a folha de pagamento, que, segundo eles, precisam ser

contidas.

Crato e barbalha em harmonia

O presidente da Câmara do Crato, vereador Luiz Carlos Saraiva (PSL), disse que a pers-pectiva é de união e diálogo per-manente para aprovar projetos que valorizem os reais interesses da cidade. “Nós esperamos uma conjuntura de harmonia com o Executivo, tendo em vista somar os propósitos e alavancar o de-senvolvimento socioeconômico do Crato”, disse. Entre as ma-térias que foram apreciadas na primeira sessão, segunda-feira (4), estão o projeto que propõe 20% dos programas habitacionais para os servidores públicos que se encaixam no perfil, a criação do Conselho Antidrogas, o reco-nhecimento dos diplomas emiti-dos pelo Mercosul para os planos de cargos e carreiras e a reforma administrativa encaminhada pelo Executivo Municipal.

A Câmara de Barbalha também começou suas ativida-des neste dia 04. Compuseram

a pauta de votação, projetos que propõem algumas reformas no âmbito administrativo. O presi-dente do legislativo barbalhense, Daniel Barreto (PT), acredita que não haverá dificuldades para aprovação dos projetos enviados pelo Executivo, considerando que o prefeito José Leite conta com a bancada de maioria. Ele lembrou o compromisso do Pre-feito reeleito em enviar somente projetos que visem o desenvolvi-mento, assim como o progresso da cidade.

Clima de tensãoEm Juazeiro do Norte, as

atividades legislativas começa-ram bem antes do previsto. No dia 29 de janeiro, durante o expe-diente extraordinário, o clima era de tensão, correria e negociação por parte da bancada governista, para tentar aprovar os projetos do prefeito Raimundo Mace-do. Na pauta, assuntos como a aprovação de um novo organo-grama, equiparação salarial dos servidores, reajuste salarial dos plantonistas da saúde, criação da Companhia de Desenvolvimento

de Juazeiro do Norte (CODJUNO) e o parce-lamento de dívidas do Refins.

Apesar de os vereadores da base de Raimundão alegarem urgência e necessidade de aprovação dos pro-jetos para o bom anda-mento da máquina, os vereadores de oposição conseguiram adiar a vo-tação, justificando que precisavam de um pra-zo maior para estudar

as matérias. Para o vereador Tar-so Magno, o que está acontecendo na Câmara é uma briga política. Segundo ele, os projetos enviados pelo Executivo são de interesse da municipalidade e não geram nenhum desgaste ao erário pú-blico. Já o vereador Cláudio Luz (PT), criticou as mensagens do Palácio Municipal José Geraldo da Cruz e afirmou que tratam-se de projetos sem conteúdo. Para ele, se esses projetos forem apro-vados sem a devida análise po-dem colocar em risco o respaldo fiscal do Legislativo.

O cenário de indefinição continuou, pelo menos, até o re-torno oficial da Casa, previsto para esta terça-feira (5). O presi-dente Antonio de Lunga reforçou o discurso da bancada indepen-dente, de manter a Câmara numa posição autônoma e democrática, votando somente o que for de in-teresse do povo. Para o primeiro dia de sessão está confirmado o retorno das matérias urgentes en-viadas pelo Executivo. Atualmen-te, dos 21 vereadores que ocupam vagas no legislativo juazeirense, apenas 10 compõem a base de apoio ao prefeito Raimundão.

n Raimundo Macedo (PMDB)

raimundão quebra silêncio e denuncia rombo de r$ 71,4 mi

ronaldo recebe Prefeitura com dívida de quase r$ 36 milhões

Serena Morais

guerra: Raimundão versus santana Primeiro, veio o ataque do prefeito Raimundão. Com barulho, a acusação do rombo deixado pelo ex-prefeito Manoel Santana no valor de R$ 71 milhões. O contra-ataque soou rápido. O ex-prefeito Santana através do microblog Twitter, desqualificou as denúncias de Raimundão e taxou-as de “mentirosas.” Segundo Santana, as informações divulgadas por Raimundão de que recebeu o Município com uma divida superior aos R$ 70 milhões é mentirosa. “A fala do prefeito Raimundo Macedo sobre a dívida da nossa gestão e do Município é mentirosa. Vou apresentar o nosso balanço final”. Diante do revide de Santana à sua declaração, Raimundão calou. Ataque de santana a RaimundãoManoel Santana está fazendo um levantamento completo das dívidas deixadas por Raimundão com o INSS, o PIS e o PASEP. Somente com esses impostos, a herança em 2009 para o seu então sucessor Santana em 2012, quando se encerrou o mandato do petista, ultrapassaria, hoje, os R$ 30 milhões. Com essa simples conta, Santana quer desmoralizar o rombo que Raimundão diz que ele deixou de herança. Os números prometem gerar muito bate-boca entre o atual prefeito e seu antecessor. Tomara que o confronto não paralise a administração, pois a população exige melhorias nos serviços públicos mP investiga doação suspeitaCom uma área de 195 hectares e avaliação superior aos oito dígitos de milhão, um terreno virou alvo de investigação do Ministério Público Estadual em Campos Sales. Ao final do seu mandato, o ex-prefeito Paulo Ney Martins enviou à Câmara de Vereadores, um projeto doando essa gleba de terra a ONG FLOR DE PIQUI. Bem submissa, a Câmara aprovou. A ONG tem como articulador o ex-candidato a vice prefeito do Crato, Pedro Lôbo. Agora, o promotor José de Deus solicitou a documentação da doação para averiguar. Constatando irregularidades, transformará a investigação numa Ação Civil Pública. Lôbo já foi informado da movimentação do MPE, mas demonstrou tranquilidade. Disse estar “à disposição para prestar esclarecimentos solicitados, assim como apresentar toda a documentação da doação”. A atuação do então secretário Chistian Martins, filho do ex-prefeito, também é alvo de apuração. Indefinição estratégica de zé Leite O mês de janeiro já terminou. E nem assim, o prefeito de Barbalha, Zé Leite, definiu os secretários a compor seu novo governo. O atraso no anúncio é estratégico. Decorre do desejo de querer nomear uma administração com seu perfil. Aos mais próximos colaboradores, Zé Leite confidenciou ter sofrido problemas com secretários no primeiro governo em virtude de serem ligados ou indicados pelo secretário das Cidades, Camilo Santana. Zé Leite não quer o rompimento com Camilo. Mas, um governo que jogue afinado com suas diretrizes. Rescaldo da guerra em juazeiroPrincipal aliado do ex-prefeito Santana, o deputado federal Manoel Salviano é, hoje, um interlocutor do governador Cid Gomes. Isso irrita profundamente ao prefeito Raimundão. Assim, a política em Juazeiro promete esquentar ainda mais com declarações do secretário da Casa Civil do Governo Raimundão, Geovani Sampaio. Segundo denúncia apresentada por ele, o Município teria acatado o recebimento de um terreno com valor de mercado inferior a R$ 30 mil, como pagamento de dividas referentes ao IPTU da ordem de R$ 700 mil de empresas de propriedade do deputado Salviano. A Procuradoria do Município, segundo informou Geovani, já foi acionada para reverter o encontro de contas, que ele classifica como “danoso ao povo juazeirense”. Ainda acrescentou que pedirá toda a documentação relativa à construção de duas torres empresarias de propriedade de Salviano. O temor é que a briga pessoal seja levada para dentro da prefeitura. Porém, a obrigação de intermediar o confronto é do prefeito Raimundão. Perigosa aproximação para o PTPetistas de Juazeiro irritados com movimentos do secretário Camilo Santana, que anda de namoro explícito com o prefeito Raimundão, do PMDB. Esquece a turma do PT, que o PMDB é o principal aliado da presidente Dilma. Desse modo, andam reclamando barbaridade da aproximação de Fernando Santana – homem de confiança de Camilo - com o governo do PMDB em Juazeiro. A ação é interpretada pelo PT, como movimentação do Secretário das Cidades, pois afirmam, que Fernando não participaria abertamente de movimentos administrativos de apoio ao governo Raimundão, sem a anuência de Camilo. Este ainda precisará conquistar o aval do governador para tal aliança.

DiSSE mE DiSSE...

• Durante coletiva no Hotel Verdes Vale, Raimundão voltou a falar sobre sua relação com a Câmara: “Só converso com vereador na forma administrativa. Com benesses, não converso”.

• Vereador Claudio Luz foi alçado a condição de líder da oposição. Seria o reconhecimento dos colegas oposicionistas à sua postura na eleição da Mesa Diretora.

• Prefeito de Aurora Adailton Macedo, despacha duas vezes por semana na Secretaria de Saúde de Juazeiro.

• Raimundão quer falar com o governador Cid. Solicitou ajuda ao ex-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Ivan Bezerra. Tem encontrado as portas do Abolição fechadas

• Camilo Santana comunicou ao PT, oficialmente, que será candidato a deputado federal nas eleições de 2014.

• Prefeito Ronaldo Matos prorrogou por mais 30 dias o estado de emergência decretado no Crato.

• Desculpe a ignorância, essa guerra em Juazeiro do Norte entre Raimundão e Santana não vai sobrar para o povo?

n Vereadores de Juazeiro avaliam propostas do Executivo em sessão extraordinária

DONIZETE ARRUDAPolítica

Uma dívida de R$ 35,6 milhões foi apresenta à população e a imprensa pelo prefeito de Crato, Ronaldo Gomes de Mattos, nesta se-gunda-feira (04). O montan-te deixa a prefeitura “enges-sada”, segundo argumenta o gestor. No valor, estão in-cluídas tanto as contas par-celadas e atrasadas, como os salários dos funcionários.

De acordo com o ba-lanço realizado durante o

mês de janeiro de 2013, as dívidas parceladas giram na casa dos R$ 24.092.000,00, que incluem débitos com o Instituto Nacional do Segu-ro Social (INSS). O prefeito declarou que o Município encontra-se em condição emergencial e que, por isso, todo dinheiro será voltado para o pagamento dos ser-vidores.

Com relação aos res-tos a pagar, o débito chega

11.503,653. Segundo o pro-curador do Município, Ge-orge Borges, a equipe ainda não teve acesso ao inventá-rio dos bens móveis e imó-veis do Município.

O relatório, que con-tem 1.277 páginas e versa sobre situação financeira e patrimonial, ainda está in-completo, segundo o pare-cer técnico da comissão de transição do novo prefeito, pois ainda faltam os dados.

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chagas Lima

A poluição sonora continua desa-fiando as autori-dades de Juazeiro

do Norte, se constituindo em um problema de difícil combate, principalmente em bairros da periferia. É provo-cada, na maioria das vezes, por clientes que chegam aos bares e ligam os chamados “paredões de som”. Para atuar contra a problemática, no Plano de Operação Anu-al apresentado ao comando--geral do policiamento am-biental, é inserida uma força tarefa exclusiva para coibir este tipo de crime ambiental.

De acordo com o co-mandante da Companhia de Policiamento Ambiental (CPMA), tenente Adriano Marcel, de cada dez ligações recebidas, seis são referen-tes à poluição sonora. O res-tante, diz respeito a outros delitos como maus-tratos de animais, caça predatória, transporte ilegal de madeira e carvão mineral.

Segundo ele, enquan-

to muitas pessoas gostam de se divertir nos finais de semana, ligando o som do carro em alto volume, outras preferem repousar em suas residências, após intensa jornada de trabalho. Porém, isso nem sempre acontece, por causa do barulho. “Não queremos proibir diverti-mento de quem quer que seja, mas uma vez que essa diversão prejudica o sossego público, a CPMA tem que in-tervir, fazendo a notificação e, se possível, a prisão dos infratores, além de recolher a aparelhagem de som. A po-luição sonora está tipificada na Lei dos Crimes Ambien-tais”, afirma Tenente Marcel.

A abordagem junto aos infratores é feita por equipes da Secretaria do Meio Am-biente e Serviços Públicos e policiais disfarçados para realizarem o flagrante. “É que, geralmente, as pessoas denunciadas diminuem o volume do som, ao percebe-rem a presença da CPMA. Por isso, nossa equipe vai ao local e realiza a aferição com 1 metro e meio ou dois me-

tros de distância. Se ultrapas-sar 65 decibéis será aplicada multa que pode variar entre R$ 750,00 e R$ 1.800,00, de-pendendo da intensidade do som”, avisa.

Pelo fato de incomodar tanto a população, muitos bares, churrascarias, restau-rantes e outros estabeleci-mentos congêneres já estão colocando placas em locais visíveis, alertando que som de carro é proibido, inibindo a prática entre clientes. “Não aceito, em hipótese alguma, qualquer freguês chegar aqui e ligar o som do seu carro. Primeiro porque incomoda os outros. Depois, o meu es-tabelecimento dispõe de som ambiente”, declara José An-tônio Medeiros, proprietário de churrascaria.

reclamaçõesA dona de casa Francis-

ca Maria de Sousa, moradora do bairro Frei Damião, diz que já não aguenta o som li-gado, até altas horas, perto de sua casa. “A gente não conse-gue dormir direito. Quando

chamamos o pessoal do Ron-da do Quarteirão, eles baixam o som. Quando a polícia sai, tornam a aumentar. É um ver-dadeiro inferno”, denuncia.

Para o jornalista Ro-berto Bulhões, já está na hora das autoridades locais agi-rem com maior rigor, como já ocorre em Fortaleza e outros municípios cearenses, onde o Ministério Público apreende o equipamento de som levan-do-o para o Fórum e quebran-do-o. “Aqui em Juazeiro, tam-bém já merece uma posição mais ferrenha contra essas pessoas que não respeitam o direito dos outros. No bairro do Socorro, onde eu moro, tem um barzinho próximo à minha residência, onde, de vez em quando, chegam al-guns elementos e ligam o som em alto volume. Se eu estiver num determinando local e o cara chega e faz isso, sim-plesmente eu vou embora. A polícia tem trabalhado muito realizando essas apreensões de paredões de som, mas são necessárias medidas mais du-ras para tranquilidade da po-pulação”, ressalta.

A instalação do Aterro Sanitário Consorciado para atender a Região Metropolitana do Cariri (RMC) e o município de Altaneira vem sendo moti-vo de polêmica entre os mora-dores de Gravata, em Cariria-çu. A localidade foi escolhida para sediar o empreendimento. Para esclarecer as diversas dú-vidas sobre a instalação, a em-presa EIA-RIMA (responsável pela engenharia) apresentou o projeto à comunidade, durante audiências públicas realizadas na última quinta-feira (31). Um delas ocorreu nas dependên-cias da Secretaria de Educação de Caririaçu.

Na ocasião, a empresa apresentou diversos benefícios sobre a implantação do aterro.

Entre eles, a preparação ade-quada da área (diferente dos li-

xões) para receber os resíduos, provenientes de residências, indústrias, hospitais e cons-truções, evitando a infiltração do chorume (ou percolado) no lençol freático, bem como, o monitoramento permanente na captação dos percolados, evitando a vazão das toxinas. As áreas fronteiriças do aterro apresentarão uma cerca viva para diminuir a proliferação de odores e a poluição visual. E ao atingir a capacidade de disposição de resíduos, neste caso, prevista para 20 anos, o mesmo será ‘abandonado’ e ‘revegetado’, sem nenhum dano a saúde humana. Além disto, a empresa afirmou que

haverá criação de emprego/renda e, possivelmente, inte-gração de cooperativas do lixo ao empreendimento.

Apesar das garantias, a população permaneceu con-trária a obra. Segundo eles, o projeto apresenta algumas contradições. Além disso, os moradores reclamam a falta de esclarecimentos sobre as condições de sua permanência, como a obra afetará no desen-volvimento agrícola e de cria-ção de animais, se serão retira-dos da localidade, e como esse processo se dará, entre outros questionamentos.

O prefeito municipal João Marcos Pereira se mani-

festou a favor do empreendi-mento. De acordo com ele, o impasse entre os populares ocorre apenas porque eles não estiveram cientes do projeto desde o início das negociações. “A gestão anterior pecou em permitir que, principalmente, a comunidade de Gravatá fi-casse totalmente alheia ao que estava sendo negociado. Mas eu, que sou a favor do desen-volvimento sustentável da Re-gião Metropolitana do Cariri, da qual Caririaçu faz parte, terei várias conversas com este povo, a fim de sanar todas as suas dúvidas e angustias. Por que este projeto é bom para to-dos”, declara.

Wilson Rodrigues

No inicio de 2012, a ad-ministração do ex-prefeito do Crato, Samuel Araripe, proje-tou calçar em pedra tosca, até o final daquele ano, várias ruas nos bairros e distritos do Mu-nicípio. Muitas das localidades não receberam o benefício e em outros lugares a pavimentação ficou pela metade, a exemplo da Rua Caloré no bairro Barro Branco, que tem extensão de 600 metros. Lá, o calçamento foi parado exatamente na parte baixa da Rua, onde, a água das chuvas forma uma lagoa impe-dindo a passagem de veículos e pedestres.

A moradora Maria Eu-nice Amorim conta que ficou feliz ao ver o início dos traba-lhos e entristeceu com a sus-pensão das obras. Bernardo de Assis Vieira associa-se a indig-nação de Maria, ao afirmar que

conversou, à época, com o se-cretário de Infraestrutura, que garantiu a conclusão da obra.

Assim como no Barro Branco, no Parque Grangei-ro, o calçamento de algumas ruas também não foi concluí-do. Ricardo Helisson Bezerra Amorim, da rua Jacó Epifanio Cortez, que tem quase um qui-lometro de extensão, declarou que a sua rua foi incluída na lista prioritária da Prefeitura e o calçamento que foi feito não chega a 200 metros. “Quan-do as obras foram suspensas, em outubro do ano passado, eu procurei a Prefeitura e fui informado que os serviços seriam concluídos antes do término da administração de Samuel Araripe. A gestão ter-minou e a obra não. Na admi-nistração atual, voltei a me in-formar sobre o problema e não me deram nenhuma resposta”, concluiu Helisson.

Ainda no Parque Gran-geiro, a rua Raimundo de Sou-sa Filho recebeu calçamento pela metade. A moradora da parte não beneficiada, Fátima Camilo, se diz decepcionada. “A prefeitura sabia que o cal-çamento não chegaria até nós e nos enganou, fazendo a obra somente para beneficiar uns e outros não”.

Os moradores disse-ram que vão esperar a mani-festação da atual gestão so-bre o problema e pensam em entrar com ação coletiva no Ministério Público pedindo o término das obras conforme foram planejadas. Também no Parque Grangeiro outras ruas que foram calçadas pela metade, em gestões anteriores a de Samuel Araripe, tiveram seus serviços concluídos, a exemplo da Arnaldo de Melo e Pergentino Maia.

O secretário de Obras

e Infraestrutura do Crato, en-genheiro civil José Muniz, in-formou que o calçamento da Rua Caloré, no Barro Branco, foi todo concluído dentro do

projetado. Mencionou, ainda, que o Município tem convênio com o Ministério do Turismo, no valor de R$ 6 milhões, para pavimentação de ruas e aveni-

das. Desse total, apenas foram gastos R$ 500 mil e, do mesmo projeto, faltam ainda serem cal-çadas cerca de 70 ruas e o com-plemento de outras.

O Secretário justificou a paralisação dizendo que o problema está nas ordens bancárias em Brasília, que não estão sendo creditadas nas da-tas estabelecidas no convênio. Garantiu que as três empresas contratadas pela Prefeitura para realizar as pavimenta-ções recomeçarão as obras na segunda quinzena de fe-vereiro. Explicou José Muniz que a gestão Samuel Araripe assinou dois contratos com o Ministério. O 1º no valor de R$ 2 milhões e o 2º no valor de R$ 4 milhões, para pavimen-tar 33 ruas na sede e distritos. Segundo ele, a ordem do atu-al prefeito, Ronaldo Mattos, é agilizar o quanto antes as questões pendentes.

cidades

cRImE AmBIENTAL

OBRAs PARALIsADAs

Poluição sonora atrapalha sossego de juazeirenses

População ameaça ir à Justiça por retomada de calçamento no Crato

Comunidade de Caririaçu questiona projeto de aterro sanitário

n Barulho pode registrar até 65 decibéis

n Rua qua ainda não recebeu a pavimentação, no Crato

Serena Morais

n Audiência realizada no último dia 31, em Caririaçu

Serena Morais

Page 5: Jornal do Cariri - 05 a 11 de Fevereiro 2013

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 05 A 11 DE FEVEREIRO DE 2013 5

chagas Lima

Embora a cidade de Juazeiro do Norte, seja considerada a Metrópole do Cariri,

em virtude do seu desenvol-vimento sócio-econômico, o sistema de transporte coleti-vo não atende adequadamen-te as diversas camadas da população. A cidade é servi-da por duas empresas, cujos ônibus, apresentam precário estado de conservação. Às reclamações por parte dos usuários são constantes.

A Empresa Lobo pos-sui uma frota composta por 33 ônibus circulando em oito linhas pelos bairros Novo Ju-azeiro, Tiradentes, João Ca-bral, Betolândia, Brejo Seco, São José, Centro e em áreas próximas a instituições de curso superior. Mensalmen-te, cerca de 350 mil passa-geiros são conduzidos. Para o gerente Ednaldo Lobo, a Empresa está trabalhando praticamente no vermelho. “O principal responsável por essa nossa situação é o poder público, que não dá a mínima importância para o transporte em Juazeiro do Norte”, afirma.

O gerente considera justas as reclamações dos

usuários, reconhecendo que o serviço prestado não é de boa qualidade. Segundo ele, a sua empresa não está fatu-rando o suficiente para pagar funcionários e investir na re-novação da frota. “Transpor-tamos cerca de seis mil pes-soas, gratuitamente, por dia. Sem qualquer subsídio, nem da Prefeitura, do Estado ou União. Por lei, as gratuida-des eram para ser inseridas no preço da passagem, mas temos uma defasagem su-perior a 60% na passagem. Passamos seis anos sem ter

aumento de passagem. Em 2011, houve um reajuste de 0,20 centavos, e em 2012 não tivemos aumento por ser um ano político”.

Ednaldo Lobo lembra, ainda, a situação do Termi-nal localizado nos cruzamen-tos das Ruas Santa Izabel e São Francisco, no Bairro São Miguel, que há mais de dois anos se encontra descoberto. O local não oferece qualquer condição de abrigo aos usu-ários. Além disso, o trajeto é realizado, segundo ele, em vias esburacadas, fazendo

com que os ônibus apresen-tam desfeitos.

Com a segunda empre-sa de transporte municipal, Viação São Francisco, não é deferente. Ela possui uma frota de 20 ônibus fazendo linhas nos Bairros Aeropor-to, Vila Nova, Centro, Parque Antônio Vieira, Parque São Geraldo, Parque Triângulo e Frei Damião. Aproxima-damente sete mil pessoas pagantes são transportadas diariamente pelos ônibus da empresa. Já os não pagantes são cerca de três mil.

A comerciante Maria do Carmo, residente no bair-ro Frei Damião reclama das condições físicas dos trans-portes. “De vez em quando, o ônibus quebra e agente tem que ficar aguardando passar outro, perdendo mui-to tempo. Em alguns deles, os bancos e vidros estão que-brados. Tem também o pro-blema da longa espera nos pontos de paradas.

O vendedor ambulan-te José dos Santos diz que andar em determinados ho-rários nesses ônibus é a pior coisa que pode existir. “Es-tão sempre superlotados. E tem mais, quem paga vai em pé, no maior sufoco, e quem anda de graça vai sentado”, protesta.

O gerente da Viação São Francisco, Iremar Alen-car, diz que todas as defici-ências verificadas têm sido analisadas. “Estamos traba-lhando para corrigir todas as falhas. Também buscamos intensificar a fiscalização jun-to à determinadas entidades estudantis, que muitas vezes emitem carteiras de estudan-tes para pessoas que não es-tudam. Isso, na verdade, cau-sa prejuízos para a empresa, tornando mais difícil a reno-vação da frota”, avalia.

Subsídios para gratuidades. Uma alternativa

Uma das soluções pro-postas pelo gerente da Em-presa Lobo seria a Prefeitura repassar às empresas os sub-sídios correspondentes às gra-tuidades autorizadas por ela, como para idosos e autorida-des. “O passageiro que paga, muitas vezes, não pega o ôni-bus porque está lotado por pessoas que andam de graça”, diz, acrescentando que, até o momento, não houve contato com o prefeito Raimundo Ma-cedo para discutir a situação, mas espera que isso seja viabi-lizado o mais rápido possível.

O gerente da Viação São Francisco concorda com o repas-se dos subsídios da gratuidade pela Prefeitura. “Fica muito di-fícil oferecermos um elevado número de gratuidade e não haver subsídios para compen-sar. Já entramos em contato com equipes da administração mu-nicipal. Esperamos que o atu-al gestor seja sensível e veja a possibilidade de subsidiar essa questão da gratuidade, que tem onerado bastante os custos da empresa. Em cada viagem, um carro carrega entre 25 e 30 pes-soas de graça”, afirma.

TRANsPORTE muNIcIPAL

Serena Morais

n Onibus que fazem o transporte coletivo municipal apresentam precário estado de conservação

cidades

Passageiros reclamam da precáriacirculação de ônibus em Juazeiro

Page 6: Jornal do Cariri - 05 a 11 de Fevereiro 2013

6 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 05 A 11 DE FEVEREIRO DE 2013

cidades

Pr. jecer goesPalavra de fé

Sempre que ocorre um desastre ou acidente onde aconteça morte coletiva, inicia-se um rosário de acusa-ções, buscando o culpado ou os culpados. Só tem um acidente que quando ocorre, quase cem por cento, o ser humano é o culpado: “Queda de avião”. Não estou que-rendo assumir o papel de acusador nem muito menos ser contrário aos desmandos, muito comum no serviço públi-co, e o desejo de se dá bem por parte de donos de estabe-lecimentos. Não estou querendo ser puritano a ponto de achar que nossos jovens não podem se divertir, não.

Não é bem isto que quero dizer. Quero apenas fa-

zer uma reflexão e chamar a atenção da sociedade atual. Quero com saudade lembrar nossos dias de jovens na dé-cada de 70, quando nossos pais tinham autoridade sobre nós e não permitiam que ficássemos noite a dentro em companhia de pessoas que não eram conhecidas das fa-milias. É claro que, aqui e acolá acontecia algo desagra-dável, mais era algo localizado, e não tão contundente como hoje.

Lembro, que tínhamos orgulho e prazer em fre-quentar nos domingos a tardinha, o culto, ou missa. Havia um sentimento de emoção para o batismo ou primeira comunhão. Nutríamos o sonho de casar com a princesa ou príncipe encantado, desejando criar os filhos que dora-vante iriam chegar.

A semana era dedicada aos estudos, nada mais. Nos sabádos, culto de jovens ou tertúlia para os não evangé-licos, que, ao chegar às 22 horas, já recolhíamo-nos para nossos lares. Que tranquilidade.

Também não havia de forma banalizada a distribui-ção e consumo de drogas, como hoje. A criminalidade, era caso isolado e não coletivo como hoje. As músicas, não faziam apologia a violência nem segregava os jovens. Ainda erámos sonhadores. Não compravámos mentes pri-vilegiadas para fazer nossa prova de vestibular. Mesmo tendo novelas que atingiam 100% do ibope, não erámos escravos da mídia, nem da tecnologia.

Sabíamos fazer poesia, escrever bem, compor boas músicas e produzir uma boa subjetividade. O amor e o ro-mance ainda tinham lugar em nossos corações, o que não existe mais hoje, e, se existe, está imperceptível.

Tínhamos respeito pelo idoso, pela grávida e pelo deficiente; se subisse um idoso no ‘ônibus’, como era chamado, logo saíamos da cadeira para ele sentar, o que ocorria com a grávida e o deficiente.

Idolatrávamos nossos professores e mestres; até nos apaixonávamos. Queríamos imitá-los, ser como eles ao término de nossos estudos. Não esquecendo que, naquela época, tivemos um celeiro de professores apaixonados em preparar outros para a vida, o que não ocorre o hoje.

Infelizmente, nossos jovens estão sendo ceifados sem provar o sabor da vida, sem realizar sonhos e proje-tos. O lugar do pai, do professor e do sacerdote, foi pre-enchido pelo chefe do tráfico ou de gangs. O tempo de estudar e se preparar para a qualificação e profissionaliza-ção, foi prenchido pela tecnologia sem controle, pelo con-sumo desenfreado e pelo culto ao corpo, impedindo-os, de pensar, descobrir, refletir e crescerem intelectualmente.

Nos episódio onde ocorrem mortes como o de San-ta Maria-RS, quém sou eu para julgar as pobres vidas que foram de forma abrupta, arrancadas da terra, deixando familiares com dores profundas como a dor da separação eterna, ali, cada um teve sua história de desafio, sonho, projeto de vida e certeza que seriam profissionais para assistenciar a sociedade, precocemente, cortado. Porem, fica para nós lições que precisamos aprender, e por em prática ,como, por exemplo:

01 - Tentar convencer nossos filhos que os homens não são confiáveis e que devam voltar a acreditar nos con-selhos dos pais;

02 - A luz da teologia, o ‘não’ do pai ou da mãe, geralmente é acompanhado pela bênção divina, pois está inserido ali, o zelo, o cuidado e o amor;

03 - Fazê-los entender que o ‘não’ faz parte de nos-sa maturidade e formação de caráter;

04 - Não acreditar em toda proposta de entreteni-mento, pois no geral, está imbutida a ganância, o desres-peito para com a vida e a negligência com a segurança;

05 - Que o vivemos uma civilização opositora à nor-ma, à lei, aos bons costumes, ao respeito, ao limite; tra-zendo prejuízos incalculáveis à sociedade, principalmente a juventude.

Enfim, preservar a vida afastando-se do extremo, do exarcebado e do exagero, o que não significa prisão, escravidão, ser cafona ou quadrado,não.

O sábio Salomão, depois de analisar o comporta-mento humano de seus dias, afirmou: “Lembra-te do teu Deus nos dias da tua juventude, antes que venham os dias maus e diga: Estou sofrido, sem alegria, sem prazer e sem vida” - (Eclesiastes 12:1). Deus abençoe!!!

ComPortamENto QUE PrEJUDiCa oS HomENSA distribuição de mi-

lhos para produtores rurais da região con-tinua estável. Mais

de 30 mil toneladas do produto foram enviadas ao Ceará nes-te início de ano, das quais 350 toneladas já foram entregues a produtores de algumas cidades do Cariri. Segundo Agenor Pe-reira, superintendente da Co-nab, no início da operação, em abril do ano passado, havia em média 10 mil inscritos em todo Estado. Hoje, há cerca de 60 mil cadastrados. Até o dia 26 de fevereiro, a Conab de Juazeiro espera que 2500 toneladas de milho sejam ofertadas às 19 ci-dades atendidas na Região.

Com a divulgação do prognóstico da quadra chu-vosa, realizado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Re-cursos Hídricos (Funceme), que apresenta baixa porcentagem de chuvas nos próximos meses, surge a preocupação acerca da demanda e disponibilidade do milho. Para os meses de feverei-ro, março e abril, há probabili-dade de 45% para precipitações abaixo da média, 35% na média e 20% acima da média.

Recentemente, a presi-dente Dilma Rousseff liberou

mais de 300 mil toneladas de milho para serem distribuídos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aos es-tados do Nordeste e de Minas Gerais atingidos pela estiagem. De acordo com Nelson Martins, secretário do Desenvolvimento Agrário do Ceará, o Governa-dor Cid Gomes negociará com o Ministro da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, Men-des Ribeiro, na busca de con-seguir, pelo menos, 30% desta quantidade para o Ceará.

O prognóstico oficial para o período da quadra chu-vosa de 2013 foi divulgado em reunião realizada em Fortaleza, que contou com a participação de meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (IN-MET), do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais (CPTEC/INPE), dos núcleos de meteorologia dos estados no Nordeste e da Funceme. “É uma situação pre-ocupante, mas todos os órgãos federais que estão lidando com essa circunstância de estiagem estão atentos”, afirma Agenor.

APOIO à AgRIcuLTuRA

cARNAvAL cHEgANDO

bombeiros advertem sobre riscos de afogamentos e acidentes de trânsito

O período carnavales-co está próximo e tem muita gente se preparando para co-memorar o feriadão. Entre os locais mais procurados pelos foliões estão os balneários e clubes. Mas, segundo o co-mandante adjunto do corpo de bombeiros de Juazeiro, te-nente Arthur Graça, os riscos de afogamentos nestes locais, assim como acidentes envol-vendo motociclista, triplicam nesta época.

Para o tenente, a in-gestão de álcool é o principal motivador destes casos. “A

mistura de álcool com diver-são é bastante perigosa e deve ser evitada nos mananciais. Assim como os excessos, que geralmente levam às tragédias. Portanto, não exceder na bebi-da e na comida é importante. É muito arriscado nadar com a barriga cheia”, exemplifica.

Com relação às tragé-dias no trânsito, o tenente co-menta que na área urbana de Juazeiro do Norte são os desas-tres envolvendo os motoquei-ros que aumentam no período carnavalesco. “É também por isso que o trabalho do corpo de

bombeiros é intensificado nes-te período”, destaca.

O tenente alerta à popu-lação sobre os diversos riscos. “Além do que já foi dito, deve--se sempre procurar locais que tenham salva-vidas credencia-dos. Por lei (Lei 13.462), tanto os mananciais públicos, quan-to particulares, devem dispo-nibilizar salva-vidas. Caso não haja profissionais credencia-dos, sugiro aos banhistas que deixem o local. Já aos pais, a recomendação é dobrar os cui-dados com os filhos. Mesmo com a presença do agente, são

eles que têm responsabilida-de para com a segurança das crianças, principalmente em locais com riscos de afogamen-to”, adverte.

O sargento informa que sempre são realizadas opera-ções durante o carnaval. “Este ano, a operação de carnaval do corpo de bombeiros será de-sencadeada a partir do dia 8, quando serão encaminhados os profissionais para as cida-des vizinhas. “A corporação também realiza a cobertura dessas áreas, quando solicitada pelas prefeituras”, comunica.

Produtores de todo Cariri já podem receber o be-nefício do Programa Hora de Plantar, desenvolvido pelo Governo do Estado do Cea-rá, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Empresa de As-sistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (Ematerce). Cerca de 34.960 agricultores caririenses serão beneficiados com a aquisição de sementes e mudas. Na região, 1.068 to-neladas de sementes já estão em fase de distribuição. Além delas, a Ematerce distribuirá 26.860 mudas e 300 mil raque-tes de palma forrageira para safra de 2013 no Cariri.

O Programa tem inves-timento de R$ 17,11 milhões em todo o Ceará e de apro-ximadamente R$ 3,9 milhões no Cariri. Segundo Elcileide Mendonça, gerente regional da Ematerce Cariri, para re-ceber o benefício, o agricul-tor deve estar devidamente registrado com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e ter o cadastro atualizado no escritório local da Ematerce. “O projeto busca fortalecer a agricultura familiar, utili-

zando sementes e mudas de elevado potencial genético”, explica Elcileide.

De acordo com Lúcio Filho, assessor de comunica-ção da Secretaria de Desen-volvimento Agrário do Ceará, os produtores pagarão, no iní-cio de 2014, 50% do valor das sementes que eles receberam. Caso seja comprovado que o agricultor não fez queimada para o plantio, terá desconto

de mais 30% sob o valor que será pago. E, se for compro-vado que o produtor utilizou as práticas agroecológicas re-comendadas pela Ematerce e SDA, terá desconto de mais 10%.

“Nós temos que convi-ver com a seca, pois ela sem-pre vai existir. A diferença é que agora o Estado oferece e incentiva, por meio de ações, oportunidades para gerar

renda. Apesar das previsões sobre o fraco inverno em 2013, nós estamos preparados para obter bons resultados”, afirmou o secretário adjunto da SDA, Antônio Amorim, acerca dos benefícios obtidos através da política de desen-volvimento agrário.Serviço:

Ematerce cariri 3102-1293 / 3521-2835

Sementes e mudas do Hora de Plantar

Pouca chuva não afeta distribuição de milho para pequenos produtores

n Mais de 350 toneladas de milho foram distribuídas a agricultores da região

Serena Morais

n Produtor se prepara para ir embora após receber saco de semente do Projeto Hora de Plantar

Serena Morais

Page 7: Jornal do Cariri - 05 a 11 de Fevereiro 2013

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 05 A 11 DE FEVEREIRO DE 2013 7social cultura

sociedade em focoPOR WALEsKA mARROcOs [email protected]

O casal Dacílio Grangeiro e Lindelma Leite comemorou 50 anos de casados, no último dia 31. O filho Washington Grangeiro parabeniza os seus pais pelo exemplo de família construída com amor e respeito.

Os animados Chico Bill e Celso Luis adoram uma balada. Além de animados, são pessoas de sucesso.

mÃE cORAgEm IN LOvE

A bela Rose Morais está namorando o empresário Yure Bruno.

LINDO cAsAL

BALADA

Com a presença de autoridades do Cariri, o Prêmio Contribuintes 2013 agraciou os empresários da Região. Em destaque, o casal Viviane e Deusdeles Dantas, um dos homenageados da noite.

BODAs DE OuROcONTRIBuINTEs 2013

A atriz e produtora de teatro Arlet Almeida organizou um bazar para arrecadar fundos para a compra da cadeira de rodas adaptada de seu filho Lucas. A campanha foi um sucesso e teve adesões de artistas globais que enviaram peças autografadas para serem vendidas. Quem ficou muito feliz foi Lucas, que estava sempre sorrindo e agradecendo a todos .

Os simpáticos Marcelino e Claudiana. Deus abençoe este casal!

LEmBRANÇAs fOTOgRÁfIcAs

Esta semana, o Cariri retorna à época em que fotógrafos, com suas máquinas em

punho e cenário montado, es-tavam sempre a postos espe-rando por clientes nas praças e igrejas da cidade. A Exposi-ção Foto Silva traz de volta a aura dessa época em que as fotografias originadas através de máquinas lambe-lambe e analógicas faziam parte do dia-a-dia caririense.

A instalação, que será aberta ao público a partir des-ta quinta-feira (7), na galeria do Sesc Juazeiro, é uma ideali-zação do artista plástico Rogê Venâncio, que iniciou seus trabalhos em 2005 com uma exposição de colagens. “Foto Silva é o começo de uma nova

abordagem nas artes plásticas para mim, porque é minha primeira instalação”, explica Rogê, que atualmente traba-lha com cinema, cenografia e produção de arte.

A inspiração para a ideia da exposição sobre fotografia popular em Jua-zeiro veio como forma de homenagear essa cultura que fazia parte do coti-

diano e parece se extinguir, apresentando-a às novas gerações. “A gente cresceu vendo isso e percebe que acabou. Então, de certa forma, é um resgate. Uma homenagem que a gente

faz. Uma forma de mostrar para as novas gerações, tam-bém”. Já a escolha do nome da exposição se deu pelo fato de haver, em tempos passados, empresas de fotografia com o sobrenome do proprietário. Daí a ideia da Exposição ser intitulada “Foto Silva”.

Além de algumas ima-gens oferecidas por amigos, a exposição conta com grande número de fotografias cedidas ao artista pelo Museu do Padre Cícero. Monóculos, máquina lambe-lambe e fotos 3X4 for-mando a imagem do padre são alguns dos elementos que es-tarão expostos para interação do público, que poderá relem-brar épocas passadas, onde era possível encontrar, com frequ-ência, barraquinhas montadas com cavalinhos e imagens de santos, prontas para mais um registro fotográfico.

A exposição, que tem início às 19 horas desta quin-ta-feira (7), na Galeria de Ar-tes do Sesc Juazeiro, será aber-ta ao público de segundas às sextas-feiras, das 13h às 21h. “Eu espero que as pessoas sintam prazer. Afinal de con-tas, a arte também é para isso, dar prazer às pessoas. Quero que elas se deleitem”, finaliza Rogê Venâncio.

Exposição Foto Silva traz monóculos e lambe-lambe

n Rogê Venâncio, artista plástico

Serena Morais

Rua Tabapuã, 540 - S.Paulo/SP

PABX (11) 3040-9800

FAX (11) 3040-9955

www.ciee.org.br

Presidente do Conselho de Administração: Ruy Martins Altenfelder Silva - Presidente Executivo: Luiz Gonzaga Bertelli

Informativo Semanal do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE (Entidade filantrópica e de assistência social)

Juazeiro do Norte

Ano I nº 5

Para contato: CIEE Juazeiro do Norte/CE: Rua São Francisco, 409 - Centro - Fone: (88) 3512-5995Informações e endereços completos da Rede CIEE de Atendimento: www.ciee.org.br

Até o final de fevereiro, o CIEE Juazeiro do Norte terá 500 vagas de estágio em oferta, para atuação em empresas e órgãos públicos. Isso acontece porque muitos contratos têm término nesse período e, consequentemente, novas oportunidades se abrem em empresas e órgãos públicos. Estudantes dos ensinos médio, técnico e superior interessados em concorrer às vagas, que são remuneradas por bolsa-auxílio

e outros benefícios, contam com uma série de facilidades gratuitas oferecidas pelo CIEE, como cursos pela internet para preparação para pro-cessos seletivos. Há oportunidades para todos os cursos e séries. Os candidatos só precisam acessar o portal www.ciee.org.br, fazer um rápido cadastro e aguardar o contato do CIEE ou comparecer na unidade do CIEE Juazeiro do Norte (Rua São Francisco, 409, Centro).

500 vagas de estágio em fevereiro

No ano passado, só na cidade de São Paulo, o CIEE recrutou candidatos para preencher quase 1,5 mil vagas por meio de processos seletivos per-sonalizados para empresas, número 57% superior ao registrado em 2011. Trata-se de um serviço adicional ofe-recido em todo o País a organizações que procuram talentos diferenciados e, assim, podem contar com pedago-gos e psicólogos, aptos a empregar modernas técnicas para identificar os candidatos que mais se encaixam no perfil das vagas. Devido à capila-ridade – são 350 unidades espalhadas por todo o território nacional –, o CIEE administra o recrutamento tanto para corporações que atuam em âmbito na-cional quanto para empresas de menor porte. Entre as organizações que mais recentemente contrataram os proces-sos seletivos especiais estão: Alstom, Bradesco, Ceagesp, Cristais Swarovski, Danone, Electrolux, Elevadores Otis, Globosat, Grupo Abril, Itaú Unibanco, Laboratórios Pfizer, LG, Mastercard, Motorola, Petróleo Ipiranga, Rolex, Schneider, Sesc, Valeo e Vivo. Infor-mações: www.ciee.org.br.

O CIEE Informa Juazeiro do Norte inicia nesta edição a publicação de uma série de notas, com o objetivo de auxiliar as empresas a entender melhor a Lei da Aprendizagem (nº 10.097/2000). Colaborando com as empresas e o governo federal, o CIEE mantém o programa Aprendiz Legal, já tendo beneficiado quase 110 mil jovens de todo o país, desde 2003.

Esclarecimentos sobre a Lei 10.097/2000, que obriga a contratação, pelas empresas, de cotas de jovens de 14 a 24 anos para formação técnico-profissional.

aPreNdiZ É LegaL

• Trata-se de um contrato de trabalho especial, com prazo máximo de dois anos, registro em carteira e benefício de incentivos fiscais. • O programa de aprendizagem, prática e teó-rica, deve ser desenvolvido por entidade quali-ficada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.• A fiscalização do cumprimento das cotas de aprendizagem é atribuição das Superintendên-cias Regionais do Trabalho e Emprego.

aPreNdiZagem, de aCordo Com a Lei

CIEE é entidade qualificada pelo Ministério do Trabalho e Emprego para desenvolver

programas de aprendizagem. Informações: www.ciee.org.br.

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Page 8: Jornal do Cariri - 05 a 11 de Fevereiro 2013

8 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 05 A 11 DE FEVEREIRO DE 2013

Para quem procura realizar uma ativi-dade física comple-ta, capaz de ofere-

cer benefícios ao seu corpo, pular corda é uma ótima op-ção. Com apenas 20 minutos diários, segundo o personal trainer Wilson Formiga, o praticante da atividade de-sempenha atividade similar à praticada por uma pessoa na esteira durante 60 minu-tos, a 6 quilômetros por hora. O praticante pode perder até 4kg por mês, dependendo do organismo e da alimentação.

Realizada desde a infância durante as brinca-deiras, a atividade de pular corda é fácil e divertida. O adepto às cordas consegue melhorar a coordenação mo-tora e fortalecer a musculatu-ra inferior, além de beneficiar os ossos, coração, circulação, respiração e veias.

Considerada uma ati-vidade de alta intensidade, não é aconselhável ser prati-cada sem a orientação de um profissional que entenda do assunto. Pessoas sedentárias, ou com problemas de cora-ção, coluna e articulações, de-vem ter atenção especial rela-

tiva à modalidade. No caso de gestantes, a atividade não é a indicada. Tênis confortáveis, alongamento antes e após os exercícios, e beber água não podem ser esquecidos.

“O interessante é que a pessoa que deseja pular corda procure alguém espe-cializado na área de ativida-de física, para que ela reali-ze as atividades e exercícios indicados pelo profissional”, explica Formiga, que afirma sempre incluir nas ativida-des de seus alunos o exercí-cio de pular corda.

As modalidades de pulo variam em nível de di-ficuldade. Para os iniciantes que ainda não estão adapta-dos, pular com os pés juntos é a primeira atividade. Quando a pessoa estiver acostuma-da com o salto convencional, pode experimentar outros es-tilos de pulo, como saltar com deslocamento ou com uma perna só, em diferentes inten-sidades. “É interessante que as pessoas incluam o pular corda nas suas atividades fí-sicas. Porque é uma atividade prazerosa, prática de se reali-zar e de um benefício esplên-dido”, finaliza Formiga.

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O periódico do Cariri independente

CÍCERO NICáSSIO

TOQUE DE PRIMEIRA

mOTIvAÇÃO

O futebol não se resume apenas a revelar jogadores, mas alguns treinadores

surgem com um futuro promissor. Roner Araújo vem se destacando no time do Crato, não apenas na parte tática, mas com um trabalho motivacional. É fácil comandar uma equipe com salários em dia, jogadores motivados e um elenco qualificado. O time do Crato não é ruim, mas resumido. A chegada do centroavante Alemão, que é um dos artilheiros do Campeonato, motivou o seu companheiro Paulino Guerreiro, que pouco marcou. O Azulão cratense voltou a jogar no Miirandão e espera ter o reconhecimento da sua torcida. Apesar da crise financeira, a equipe já pensa numa classificação para a próxima fase do Campeonato.

fRANcO

Boa parte da imprensa esportiva cearense está taxando o Cearense de 2013 como o mais fraco dos últimos anos. Não é a ausência do Ceará e Fortaleza na primeira fase. Vi alguns jogos aqui no Romeirão, que foram duros de ver e de analisar. Na vitória de 3 a 0, do Icasa sobre o Maracanã, os dois times não conseguiram trocar três passes seguidos durante o jogo inteiro. No final da partida, o treinador do Icasa, Francisco Diá, declarou que o Icasa fez um péssimo primeiro tempo, mas esqueceu de acrescentar que o segundo tempo foi abaixo de péssimo.

mANgABA As equipes que estão disputando o Campeonato

Cearense se apegam ao mito da fada Morgana, uma entidade com quem os viajantes estafados se encantam. De miragem em miragem, correm atrás do oásis verdadeiro, que é a Copa do Brasil de 2014, e não dois pontos adicionais para o primeiro colocado. Na segunda fase do Campeonato, Ceará e Fortaleza entram como convidados vips. Na história do futebol cearense, nunca houve uma mangaba tão suculenta para os dois maiores clubes do nosso futebol. O bolo foi mal dividido.

INTERmuNIcIPAL

Se uma equipe que sobe da segunda para primeira divisão permanecer com o mesmo elenco está propensa a bater e voltar. A maior prova disso está estampada nas posições de São Benedito e Maracanã. Apesar do campeonato cearense estar nivelado por baixo. A solução seria uma reformulação no elenco. Alguns times do interior chegam à elite do futebol cearense com estrutura de quem vai disputar o antigo intermunicipal.

gREvE

Quando uma classe de trabalhadores entra em greve é porque já não suporta argumentos por parte do patrão. O elenco do Crato ameaçou parar e com razão. O clube está atrasado dois meses, dezembro e janeiro. Há algum tempo, jogador de futebol que reivindicasse seus direitos era taxado de mercenário. O futebol evoluiu e o atleta de hoje não quer saber de dívida de gratidão com clube. Ele sabe que a carreira é curta e que a fama só dura apenas o período em atividade.

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