Nº 100 • SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012

4

2 3e

BRAÇO RIBEIRÃO CAVALO ESPERA MAIS OBRAS

Creche, ampliação da escola, posto de saúde e rotatória são as principais reivindicações.

Crianças terão duas novas vacinas obrigatórias

Campanhas contra a poliomielite serão modificadasAs campanhas anuais contra a poliomielite também serão modificadas a partir de 2012. Na primeira etapa – a ser realizada em 16 de junho – tudo continua como antes: todas as crianças menores de cinco anos receberão a dose da vacina Sabin, independente de terem sido vacinadas anteriormente. Na segunda etapa – em agosto – todas as crianças da faixa etária devem comparecer aos locais de vacinação, levando a caderneta de vacinação. A ca-derneta será avaliada para a atualização das vacinas que estiverem em atraso. A segunda etapa será nominada de Campanha Nacional de Multivacinação, possibilitando que o País aumente as coberturas vacinais.

A pentavalente combina a atual vacina tetravalente – difteria, tétano, coqueluche e influenza tipo B - com a vacina contra a hepatite B. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade. Com o novo esquema, além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina DTP – difteria, tétano e coqueluche. O primeiro a partir dos 12 meses e o segundo reforço, entre quatro e seis anos. Além disso, os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeira 12 horas de vida para prevenir a transmissão vertical.

As crianças brasileiras terão o calendário básico de vacinação ampliado no segundo semestre. A vacina injetável contra a pólio, feita com vírus inativado, será aplicada em paralelo com a imunização pelas duas gotinhas da vacina oral, nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.

Outra novidade será a vacina pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças – difteria, tétano, coque-luche, haemophilus influenza tipo B e hepatite B – que substituirá duas vacinas separadas. Em resumo, vai reduzir uma ida aos postos de saúde e uma picada nas crianças.

A introdução da VIP (Vacina Inativada Poliomielite), com vírus inativado, em ocorrendo em paí-ses que já eliminaram a doença. Os países das Américas, por reco-mendação da Organização Pan--Americana de Saúde, continua-

rão utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que assegura uma ptoeção de grupo.

O vírus ainda circula em 25 paí-ses. O Brasil utilizará um esquema seqüencial, com as duas vacinas,

aproveitando as vantagens de cada uma, mantendo desta forma o País livre da poliomielite. A VIP será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a vacina oral utilizada nos reforços, aos seis e aos 15 meses de idade.

Edição centenáriaEsta edição é a de número 100 do Jornal de

Bairros. é uma marca histórica de um veículo que tem uma linha editorial diferenciada, que privile-gia a informação, os pedidos das comunidades e que valoriza a educação e a cultura, como valor maior da população.

Drama das cheias continuaDrama das cheias continuaGuaramirimGuaramirim

FJBRUGNAGO

DIVULGAÇÃO

JEFE

RSO

N K

LAH

OLD

2 SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012

Diagramação:Jeferson Klahold

artejdv@hotmail.com

Tiragem: 5.000 exemplares

Circulação: Jaraguá do Sul e Guaramirim

O Jornal de Bairros é uma publicação semanal da Editora Pavanello Ltda.CNPJ 08.782.045.0001-77 I.E.: 255.391.323

Administração:Rua 25 de Julho, 1936, • Sala 1Vila Nova • Jaraguá do Sul (SC)

CEP 89259-000Fone/Fax: (47) 3371-5588

Comercial:Fone/Fax:

(47) 3371-5588 • (47) 3275-0633E-mail: comercial@jdv.com.br

Editor Chefe: Osmar Pinheiro (DRT 17764)

Redação:jornalismo@jdv.com.br

Direção: Odila Pavanello Brugnago

BRAÇO RIBEIRÃO CAVALO

Os moradores da Rua Ermelina Trenti-ni Menel, do Braço Ribeirão Cavalo, estão comemorando a pavimentação da via, uma luta de muitos anos concluída esta semana. A presidente da Associação de Moradores Marlene da Silva Machado diz que a reivindicação é antiga, mas efeti-vamente desde abril de 2010 a entidade tem registro dos pedidos formulados à Prefeitura.

Essa rua é a principal da comunidade e faz a ligação entre a BR-280 com a Rua Francisco Gretter, outra que deve ser asfaltada. A pavimentação foi feita pela Infrasul, com 98% de adesão dos mo-radores da rua, que poderão pagar em até 24 vezes. A Prefeitura também entra com a sua parte, explicou Marlene.

Com o asfalto, tornou-se uma via rápida e isso preocupa a presidente da Associação de Moradores. “Não fui informada se haverá algum tipo de re-dutor de velocidade. O asfalto era um

sonho e já aconteceu, mas não podemos prescindir da segurança dos moradores e daqueles que trafegam por essa rua. Tive tempos atrás à experiência triste de ver um acidente com vítima (uma criança), cena que jamais quero assis-tir”, completou.

Marlene Machado registra que a obra sofreu atraso e que já com a base pronta, teve de ser aberta para a colocação dos tubos para o esgoto sanitário. Acha que faltou planejamento. De todo o modo, embora não haja a ligação à rede sanitá-ria, ficou a espera para a futura ligação.

Outra via do Braço Ribeirão Cavalo que aguarda pavimentação e já com a adesão dos moradores é a Rua Francisco Gretter, que passa em frente à única es-cola do bairro. Não existe informação do início das obras, observa a presidente da Associação de Moradores. “Esperamos que inicie logo para livrar da lama e da poeira sufocante”, disse.

A supressão de alguns horários de ônibus que passavam pela Rua Ermelina Trentini Menel está sendo questionada pela comunidade. A presidente da Associação de Moradores do Braço Ribeirão Cavalo, Marlene da Silva Machado, notou que em determinados horários os coletivos não passam mais pela principal via do bairro, obrigando os moradores a percorrerem uma longa distância até próximo do Mercado Bino, uma das referências da comunidade.

Marlene quer que a Viação Canarinho se pronuncie e dê uma explicação lógica, uma vez que os usuários do transporte coletivo não receberam nenhuma informação sobre mudanças e supressão de horários. “Não podemos retroceder. A maioria depende de ônibus para trabalhar ou se locomover para outras atividades. A comunidade quer a volta dos horários anteriores na Rua Ermelina Menel, que agora tem asfalto”, registrou.

Via principal recebe asfalto. Comunidade quer mais

Marlene, da Associação de

Moradores: obra está pronta,

mas segurança preocupa

Redução de horários de ônibus gera transtornoB

AN

CO

DE

IMA

GEN

S/JB

FJBRUGNAGO

3SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012

No dia 1º de outubro de 2011 a co-munidade de Nereu Ramos, Ribeirão Cavalo e Braço Ribeirão Cavalo se manifestou cobrando urgências nas obras de construção de um tunnel liner e da rotatória de acesso. O túnel escavado sob o asfalto da BR-280, pelo sistema não destrutivo, sem

interrupção do tráfego está sendo finalizado. A estrutura metálica ga-rantirá o escoamento das águas e evitarão os alagamentos como os registrados nas grandes enxurradas do ano passado, que interrompeu o trânsito e causou prejuízos para dezenas de moradores.

A rotatória é a grande preocupa-ção. Com a chegada das 288 novas famílias no Condomínio Dante Menel, cresceu o movimento no local. O DNIT vinha prometendo há anos a constru-ção da rotatória no cruzamento dos Bairros Nereu Ramos e Ribeirão Ca-valo, considerado um dos locais mais

perigosos da BR-280, em Jaraguá do Sul e que os moradores chamam de “matadouro” pela quantidade de aci-dentes, com vítimas fatais, inclusive.

Pelas informações preliminares, o DNIT deve lançar em abril a licitação e possivelmente em maio as obras da esperada rotatória seja iniciada.

Faltam creche e vagas na única escola do bairro

A falta de creche e de vaga na única escola do Braço Ribeirão Cavalo preocupa. Com a chegada das 288 famílias no Condomínio Dante Menel agravou a situação. A presidente da Associação de Mo-radores, Marlene Machado, diz que há pelo menos dois anos a reivin-dicação é feita a Prefeitura, houve promessa, mas até agora nada de concreto. “No final do ano passado fizemos o levantamento no bairro e constatamos 132 crianças, levantamento que ainda não está completo, sem contar as residentes no condomínio. A fila de espera

é grande”, conta Marlene.A Escola Braço Ribeirão Cavalo

também não tem mais espaço para acolher os novos alunos. Outra situação difícil da comunidade é na área da saúde. O único posto da saúde é o de Nereu Ramos, onde existe número reduzido de fichas diariamente para o clínico geral que trabalha de segunda a quinta-feira e reserva a sexta-feira para visitas

aos pacientes. Pediatra é somente na quarta-feira. É uma região muito grande para pouca estrutura de

pessoal para atendimento.

O Jornal de Bairros procurou o secretário de Educação de Jaraguá do Sul, Sílvio Celeste Bard, para se pronunciar a respeito de centro de educação infantil (creche) no Braço Ribeirão Cavalo. Ele diz que o que a prefeita Cecília Konell se comprometeu será cumprido, mas nem sempre é possível atender dentro do tempo desejado por questões burocráticas e de ordem legal, que são mais complexas do que se imagina.

Sílvio explicou que o centro infantil do Braço Ribeirão Cavalo será construí-do cerca de 700 metros acima da escola. O terreno foi doado e a demora se deu devido à questão do inventário e desmembramento, enfim resolvido. Quanto à questão da escola de ensino fundamental do bairro, o secre-tário de Educação reconhece que está com a capacidade exaurida, mas garante que a administração municipal busca soluções.

Ele adiantou que a Prefeitura está avaliando a compra de uma área anexa para ampliar o estabelecimento. “A falta de espaço nes-sa escola não significa que os alunos fiquem sem aula. A Prefeitura está concluindo a ampliação de quatro salas de aula e dependên-cias na Escola Padre Alberto Jacobs, na Tifa Monos, que devem ser entregues em fevereiro, onde as crianças serão encaminhadas com o transporte gratuito e com segurança. São cerca de três quilômetros de distância”, comentou.

Creche/posto perto do motódromo

Um segundo centro de educação infantil está projetado àquela região. O secretário Sílvio

Celeste disse que a Prefeitura já decidiu pela cons-trução nas proximidades do antigo motódromo de

um complexo formado por posto de saúde e creche. O acesso será pela via principal do Ribeirão Cavalo,

evitando o trânsito pela BR-280. Ele não soube precisar data, mas garante que

existe a vontade política do governo municipal em ampliar a estrutura social daquela re-

gião, que é uma das que mais cresce em Jaraguá do Sul.

Secretário garante que Prefeitura busca soluções

DNIT licita em abril construção da rotatória

Comunidade protestou e fechou a rodovia pedindo rota-

tória em outubro

BA

NC

O D

E IM

AG

ENS/

JB

BA

NC

O D

E IM

AG

ENS/

JB

Escola Ribeirão Cavalo é a única da região e não tem mais vagas

DIVULGAÇÃO

Secretário Silvio Celeste Bard

4 SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012

Guaramirim foi mais uma vez invadida pelas águas. A forte chuva da tarde de quarta-feira (25) , em torno de 60 mm, não foi tão intensa quanto à registrada no dia 11, contudo, causou novamente alagamen-tos em diversos pontos e muito incômodo para famílias e empresas. Alagamentos em Guaramirim não são de agora, contudo, é preciso fazer um planejamento global para

minimizar a incidência, o que não cabe so-mente ao setor público.

De nada adianta ampliar o diâmetro da tubulação se os aterros continuam acon-tecendo e o lixo obstruindo a passagem das águas. As áreas que antes serviam para o refúgio das águas, hoje estão to-madas pelo barro e detritos. O asfalto que está modificando o cenário urbano acaba

contribuindo para uma demora na saída porque veda o solo, sobrando apenas às poucas bocas de lobo para escoar.

Não é preciso ser adivinho para dizer que o que foi feito pouco adiantará. Guaramirim, lamentavelmente, continuará convivendo com o drama das cheias. São necessários investimentos vultosos para afastar o fan-tasma da subida das águas a cada temporal.

Drama das cheias volta a se manifestar

GUARAMIRIM

FOTOS JEFERSON KLAHOLD