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Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Estabelecimento industrial e equiparado a industrial

a ICMS - Crédito do imposto

a ICMS - Isenções do imposto

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 07/2016

Piauí

/a FederalIPIContribuintes e responsáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSEFD - Apuração do ICMS - Bloco E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialFederalBebidas - IPI - Bebidas quentes - Novas regras de tributação . . . . . . 13

/a IOB ComentaEstadualProcedimentos fiscais relativos ao levantamento do estoque dos pro-dutos excluídos do regime da substituição tributária . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB Perguntas e RespostasIPIDCTF - Retificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

ICMSSubstituição tributária - Cest - Vigência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

ICMS/PIAlíquotas - Exercício de 2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : contribuintes e responsáveis. -- 12. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2650-5

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

16-00231 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

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07-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

a Federal

IPI

Contribuintes e responsáveis SUMÁRIO 1. Introdução 2. Contribuintes 3. Autonomia dos estabelecimentos 4. Responsáveis 5. Responsabilidade solidária 6. Responsabilidade por substituição

1. INTRODUÇÃOO princípio da legalidade ou da reserva legal

inserido no art. 150, caput, I, da Constituição Federal de 1988 (CF/1988), estabelece que nenhum tributo poderá ser exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça.

Dessa forma, o poder tributante (sujeito ativo da obrigação princi-pal - União, Estados, Municípios e Distrito Federal) só poderá exigir qualquer espécie de tributo quando este for instituído por lei.

A lei, dentre outras disposições, deve definir quais são os contribuintes do imposto (sujeito passivo da obrigação principal), com estrita observância das normas gerais em matéria tributária estabelecidas em lei complementar à Constituição, a que se refere o art. 146, caput, III, da Carta Magna.

O art. 121 do Código Tributário Nacional (CTN), aprovado pela Lei nº 5.172/1966, incorporado ao art. 21 do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, define como sujeito passivo da obrigação principal a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.

O parágrafo único do citado art. 121 do CTN, incorporado nos incisos I e II do art. 21 do RIPI, clas-sifica o sujeito passivo da obrigação principal como:

a) contribuinte, quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respec-tivo fato gerador;

b) responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dis-posição expressa de lei.

Portanto, a sujeição passiva pode ser direta (relacionada com aquele que efetivamente pratica o fato gerador - o contribuinte) ou indireta (relacionada àquele que, embora não pratique o fato gerador, é qualificado como responsável, em decorrência de disposição expressa de lei).

Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI aos

contribuintes e responsáveis pelas obrigações contidas nessa

legislação.

(CF/1988, art. 146, caput, III, e art. 150, caput, I; CTN - Lei nº 5.172/1966, art. 121; RIPI/2010, art.

21)

2. CONTRIBUINTES

São contribuintes do IPI, portanto, obrigados ao pagamento do imposto, as pessoas relacionadas nos subitens seguintes, nas hipóteses expressamente mencionadas.

2.1 Importador

O importador é obrigado ao pagamento do IPI em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira.

Cabe destacar que a legislação considera como contribuinte do imposto o importador, sem fazer dis-tinção entre pessoa física ou pessoa jurídica.

(RIPI/2010, art. 24, I)

O industrial é obrigado

ao pagamento do imposto em relação ao fato gerador decorrente

da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos

geradores decorrentes de atos que praticar

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07-02 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.2 Industrial

O industrial é obrigado ao pagamento do imposto em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decor-rentes de atos que praticar.

Estabelecimento industrial é aquele que executa quaisquer das operações caracterizadas como de industrialização (transformação, beneficiamento, mon-tagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento), sendo irrelevantes o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e as condições das instalações ou dos equipamentos empregados.

(RIPI/2010, art. 4º e art. 24, II)

2.3 Estabelecimento equiparado a industrial

O estabelecimento equiparado a industrial é obrigado ao pagamento do IPI quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.

As hipóteses de equiparação a estabelecimento industrial de caráter obrigatório estão previstas nos arts. 9º, 10 e 137 do RIPI, enquanto que as de cunho opcional estão relacionadas no seu art. 11.

Entre os casos de equiparação de caráter obri-gatório cita-se, por exemplo, os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída a tais produtos.

Portanto, os importadores estão obrigados ao pagamento do IPI em dois momentos distintos: no desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira (examinar subitem 2.1); e na saída pos-terior do mesmo produto, em razão da equiparação a industrial.

(RIPI/2010, art. 9º, art. 10, art. 11, art. 24, III, e art. 137)

2.4 Livros, jornais e periódicos

Estão obrigados ao pagamento do IPI os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jor-nalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista no art. 18, caput, I do RIPI.

(RIPI/2010, art. 18, caput, I, e art. 24, IV)

3. AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS

Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comer-ciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar.

Também é considerado autônomo, para efeito de cumprimento de obrigação tributária (pagamento do imposto, emissão de documentos, escrituração de livros fiscais etc.), cada estabelecimento mantido por uma mesma pessoa física ou jurídica.

(RIPI/2010, art. 24, parágrafo único, e art. 609, IV)

4. RESPONSÁVEIS

São obrigadas ao pagamento do IPI como responsáveis (sujeição passiva indireta) as pessoas relacionadas nos subitens seguintes, nos casos expressamente mencionados.

(RIPI/2010, art. 25)

4.1 Transportador de produtos desacompanhados de documento fiscal

O transportador é responsável pelo pagamento do IPI quanto aos produtos tributados que transportar desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência.

(RIPI/2010, art. 25, caput, I)

4.2 Produtos desacompanhados de documento fiscal

O possuidor ou o detentor responde pelo paga-mento do imposto em relação aos produtos tributados que possuir ou mantiver para fins de venda ou indus-trialização desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência.

(RIPI/2010, art. 25, caput, II)

4.3 Produtos usados sem comprovação da origem

É responsável pelo pagamento do IPI o estabele-cimento adquirente de produtos usados cuja origem não possa ser provada, pela falta de marcação, se exigível, de documento fiscal próprio ou do recibo de venda, no caso de aquisição de produtos usados de particulares.

(RIPI/2010, art. 25, caput, III, e art. 372)

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07-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4.4 Proprietário, possuidor, transportador ou detentor de bebidas ou cigarros destinados à exportação

É obrigado ao pagamento do IPI o proprietário, o possuidor, o transportador ou qualquer outro detentor de produtos nacionais do Capítulo 22 (bebidas) e do código 2402.20.00 (cigarros) da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), saídos do estabelecimento industrial com imunidade ou suspensão do imposto, para exporta-ção, encontrados no País em situação diversa.

Essa responsabilidade não se aplica quando as bebidas e os cigarros forem:

a) destinados a uso ou consumo de bordo em embarcações ou aeronaves de tráfego inter-nacional, com pagamento em moeda conver-sível;

b) destinados a lojas francas, em operação de venda direta, nos termos e nas condições estabelecidos pelo art. 15 do Decreto-lei nº 1.455/1976;

c) adquiridos por empresa comercial exporta-dora, com o fim específico de exportação, e remetidos diretamente do estabelecimento in-dustrial para embarque de exportação ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da adquirente;

d) remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduanei-ro de exportação.

(RIPI/2010, art. 25, caput, IV)

4.5 Produtos sem rótulo, marcação ou selo

São responsáveis pelo pagamento do IPI os estabelecimentos que possuírem produtos tributados ou isentos sujeitos a serem rotulados ou marcados ou, ainda, ao selo de controle, quando não estiverem rotulados, marcados ou selados.

(RIPI/2010, art. 25, caput, V)

4.6 Desatendimento de requisitos que condicionam a imunidade, isenção ou suspensão

Sujeitam-se ao pagamento do IPI como responsá-veis os que desatenderem às normas e aos requisitos a que estiverem condicionadas a imunidade, a isen-ção ou a suspensão do imposto.

(RIPI/2010, art. 25, caput, VI)

4.7 Empresa comercial exportadora

A empresa comercial exportadora está sujeita ao pagamento do IPI como responsável em relação ao imposto que deixou de ser pago na saída do esta-belecimento industrial, referente aos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação, nas seguintes hipóteses:

a) tenha transcorrido 180 dias da data da emis-são da nota fiscal de venda pelo estabeleci-mento industrial e não houver sido efetivada a exportação;

b) os produtos forem revendidos no mercado in-terno;

c) ocorrer a destruição, o furto ou o roubo dos produtos.

(RIPI/2010, art. 25, caput, VII)

4.8 Papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos na posse de pessoa que não seja empresa jornalística ou editora

É responsável pelo pagamento do IPI a pessoa física ou jurídica que não seja empresa jornalística ou editora em cuja posse for encontrado o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, imune à incidência do imposto.

(RIPI/2010, art. 25, caput, VIII)

4.9 Comercial atacadista

O estabelecimento comercial atacadista de produtos sujeitos ao IPI por classe de valores ou por unidade ou quantidade do produto de que trata a Lei nº 7.798/1989, que possuir ou mantiver produtos desacompanhados de documentação comprobatória de sua procedência ou que deles der saída, é respon-sável pelo pagamento do imposto.

(RIPI/2010, art. 25, caput, IX)

5. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

São solidariamente responsáveis:

a) o contribuinte substituído, pelo pagamento do imposto em relação ao qual estiver sendo substituído, no caso de inadimplência do con-tribuinte substituto;

b) o adquirente ou cessionário de mercadoria importada beneficiada com isenção ou redu-ção do imposto pelo pagamento do imposto e acréscimos legais;

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07-04 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pes-soa jurídica importadora, pelo pagamento do imposto e acréscimos legais;

d) o encomendante predeterminado que adqui-re mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora, na operação a que se refere o § 3º do art. 9º do RIPI, pelo pa-gamento do imposto e acréscimos legais;

Nota

Nas hipóteses das letras “c” e “d”, o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira responde conjunta ou isoladamente pela infração (RIPI/2010, art. 30).

e) o estabelecimento industrial de produtos clas-sificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigar-ros), com a empresa comercial exportadora, na operação de venda com o fim específico de exportação, pelo pagamento de impostos, contribuições e respectivos acréscimos legais, devidos em decorrência da não efetivação da exportação;

f) o encomendante de produtos sujeitos ao regime de que trata a Lei nº 7.798/1989 (tributação por classe de valores ou por unidade ou quantidade do produto), com o estabelecimento industrial executor da encomenda, pelo cumprimento da obrigação principal e dos acréscimos legais; e

Nota

O art. 1º do Decreto nº 8.656/2016 exclui do regime tributário de que trata o art. 1º da Lei nº 7.798/1989, os produtos descritos em seus incisos I a III (chocolates, sorvetes e fumo), com efeitos a partir de 1º.05.2016.

g) o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo do imposto, destinado à industrialização para exportação, pelas obrigações tributárias de-correntes da admissão de mercadoria no re-gime por outro beneficiário, mediante sua anu-

ência, com vistas na execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado.

(RIPI/2010, art. 9º, § 3º, art. 27, caput, I a VII, e art. 30; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

5.1 Acionistas, controladores, diretores, gerentes ou representantes

São solidariamente responsáveis com o sujeito passivo, no período de sua administração, gestão ou representação, os acionistas controladores e os direto-res, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, pelos débitos tributários decorrentes do não recolhimento do imposto no prazo legal.

(RIPI/2010, art. 28)

6. RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO

É responsável, por substituição, o industrial ou o equiparado a industrial, mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Nessa hipótese, o contribuinte substituído é soli-dariamente responsável pelo pagamento do imposto em relação ao qual estiver sendo substituído, no caso de inadimplência do contribuinte substituto.

O contribuinte substituto também é responsável pelo pagamento do IPI suspenso relativamente aos pro-dutos roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, objeto de qualquer outro caso fortuito que impossibilite o seu uso no processo produtivo, adquiridos com a aplicação do regime da substituição tributária.

(RIPI/2010, art. 26 e art. 27, caput, I; Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 4º e art. 15)

N

a Estadual

ICMS

EFD - Apuração do ICMS - Bloco E SUMÁRIO 1. Introdução 2. Estrutura do Bloco E 3. Composição dos registros na apuração de ICMS nas

operações próprias 4. Composição dos registros de apuração de ICMS nas

operações com substituição tributária 5. Apuração do diferencial de alíquota (EC nº 87/2015)

1. INTRODUÇÃO

O ICMS é um imposto não cumulativo, ou seja, permite a compensação dos créditos oriundos das aquisições de mercadorias ou prestações de serviços com o imposto devido pelas saídas tributadas reali-zadas pelo contribuinte.

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07-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Ao final do mês, o contribuinte efetuará a apuração do ICMS por meio da compensação dos créditos oriundos das aquisições de mercadorias e prestações de serviços (tributados pelo ICMS) com os débitos decorrentes das suas saídas realizadas no mês. Dessa forma, o resultado poderá ser devedor, gerando ICMS a recolher para o Estado, ou saldo credor, o qual o contribuinte manterá em sua escrita fiscal para utilização futura.

Para o correto cumprimento da obrigação princi-pal, o sujeito passivo deverá, todos os meses, escritu-rar o Registro de Apuração de ICMS.

Com a implantação da Escrituração Fiscal Digital (EFD) as apurações do ICMS próprio, ICMS devido por substituição tributária e a apuração de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são realizadas por intermédio do preenchimento do Bloco E.

Neste procedimento abordaremos os principais aspectos dos Registros E100 e E200 do Bloco E, incluindo seus respectivos registros filhos. Também fará parte deste procedimento as novidades para o ano de 2016, qual seja, a inclusão do Registro princi-pal E300 e seus registros secundários.

2. ESTRUTURA DO BLOCO E

O Bloco E, como salientado, refere-se às apura-ções que o contribuinte/declarante terá que realizar e está dividido da seguinte forma:

Bloco E

Apuração de ICMS Operações Próprias Registro E100 (Pai) e Registros Filhos

Bloco E

Apuração de ICMS-Substituição Tributária Registro E200 (Pai) e Registros Filhos

Bloco E

Apuração de ICMS Diferencial de Alíquota - UF Origem/Destino Emenda Constitucional nº 87/2015

Registro E300 (Pai) e Registros Filhos

Bloco E

Apuração de IPI Registro E500 (Pai) e Registros Filhos

Nota

Foi publicado o Ato Cotepe/ICMS nº 44/2015, DOU de 23.10.2015, que promoveu a inserção do Registro E300 e respectivos registros filhos, os quais serão preenchidos em face das alterações promovidas pela Emenda Consti-tucional nº 87/2015 a partir de 1º.01.2016.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

2.1 Composição dos registros no Bloco EO Bloco E, como todos os demais blocos da EFD,

possuem um registro de abertura, no caso o Regis-tro E001. Os contribuintes que utilizam o Programa Validador Assinador (PVA) não necessitam preencher este registro, pois a EFD o fará automaticamente, basta que outros registros do Bloco E contenham informações.

O Bloco E também apresenta um registro de encerramento - Registro E990.

Este registro destina-se a identificar o encerra-mento do Bloco E e a informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

Além do registro de abertura e encerramento, será obrigatório identificar o período objeto da EFD (ICMS/IPI), ou seja, os Registros E100 e E200 (hipótese retenção por substituição tributária). Os estabeleci-mentos industriais e equiparados à indústria devem preencher o Registro E500, em que será informada a data de início e término da apuração e a indicação do tipo “mensal” ou “decendial” e seus registros filhos.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3. COMPOSIÇÃO DOS REGISTROS NA APURAÇÃO DE ICMS NAS OPERAÇÕES PRÓPRIAS

No tocante à apuração do ICMS próprio, a EFD (ICMS/IPI) apresenta os seguintes registros:

Descrição Registro Nível Hierárquico

Período de apuração de ICMS E100 2Apuração do ICMS - Operações próprias E110 3Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS E111 4

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS E112 5

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS - Identificação de do-cumentos fiscais

E113 5

Informações adicionais da apuração do ICMS - Valores declaratórios E115 4

Obrigações do ICMS recolhido ou a reco-lher - Obrigações próprias E116 4

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1 Registro E100

O Registro E100 tem por objetivo informar o(s) período(s) de apuração do ICMS. Os períodos infor-mados devem abranger todo o intervalo da escritura-ção fiscal, sem sobreposição ou omissão de datas ou períodos.

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07-06 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Não podem ser informados 2 ou mais registros com a mesma combinação de valores dos campos 02 (DT_INI) e 03 (DT_FIN). Não devem existir lacunas ou sobreposições de datas nos períodos de apuração infor-mados nestes registros, em comparação com as datas informadas no Registro 0000. Supondo tratar-se da competência janeiro/2016, teremos o seguinte exemplo:

E100

Nota

A data inicial e a data final da apuração apenas não corresponderão ao 1º e último dia do mês na hipótese de abertura ou encerramento de atividade do estabelecimento em que este evento não coincida com o 1º e o último dia do período objeto da apuração.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.1 Registro E110

Este registro tem por objetivo informar os valores relativos à apuração do ICMS referentes às operações próprias.

O registro deve ser apresentado inclusive nos casos de períodos sem movimento. Neste caso, os valores deverão ser apresentados zerados.

Este registro contempla os seguintes campos, conforme Ato Cotepe nº 9/2008:

E110

O registro em questão possui campos correspondentes ao somatório dos débitos (VL_TOT_DÉBITOS) e dos créditos (VL_TOT_CRÉDITOS) originados do lançamento dos documentos fiscais de saída e/ou entradas escrituradas no Bloco C e no Bloco D de acordo com o modelo de documento fiscal.

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07-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Contudo, existem determinadas operações que geram débito ou crédito de ICMS, mas que não comporão os campos “Valor Total de Débitos” e “Valor Total de Créditos” devendo ser informados nos cam-pos 03, 04, 05, 07, 08, 09 ou 12, conforme dispuser a legislação de cada Estado.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.2 Registro E110 - Débitos especiais

A EFD tem um leiaute padrão a ser utilizado por todas as Unidades da Federação participantes deste subprojeto Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). No entanto, a escrituração fiscal poderá pos-suir maior ou menor complexidade à medida que a legislação do ICMS de cada Estado exija lançamentos diferenciados.

Os valores informados nos campos 02 a 14 do Registro E110 afetam um ao outro, ou seja, ao lançar um crédito no campo 08 o saldo devedor diminuirá.

O valor informado no campo 15 do Registro E110, diferentemente, não se comunica com os demais

campos deste registro e, assim, o valor informado será computado como débito, devendo ser pago indepen-dentemente da existência de saldo credor. Com isto, o contribuinte, observando as peculiaridades de cada Estado, deverá informar o correspondente ao somató-rio dos seguintes valores:

a) de ICMS correspondente aos documentos fis-cais extemporâneos (COD_SIT igual a “01”) e dos documentos fiscais complementares ex-temporâneos (COD_SIT igual a “07”);

b) de ajustes do campo VL_ICMS dos Registros C197 e D197, se o 3º caractere do código in-formado no campo COD_AJ do Registro C197 e D197 for igual a “7” (débitos especiais) e o 4º caractere for igual a “0” (operações próprias) referente aos documentos compreendidos no período a que se refere a escrituração; e

c) de ajustes do campo VL_AJ_APUR do Regis-tro E111, se o 3º caractere do código infor-mado no campo COD_AJ_APUR do Registro E111 for igual a “0” (apuração ICMS próprio) e o 4º caractere for igual a “5” (débito especial).

Exemplo de Registro E110 preenchido:

E110 - DÉBITOS ESPECIAIS

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07-08 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

É importante frisar que o valor da soma deste campo com o campo VL_ICMS_RECOLHER deve ser igual à soma dos valores do campo VL_OR do Registro E116.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.3 Registro E111

Este registro tem por objetivo discriminar todos os ajustes lançados nos campos VL_TOT_AJ_DEBITOS, VL_ESTORNOS_CRED, VL_TOT_AJ_CREDITOS, VL_ESTORNOS_DEB, VL_TOT_DED e DEB_ESP, todos do Registro E110.

A tabela de “Ajuste da Apuração e Dedução” tem seus códigos definidos por cada Unidade da Federa-ção, e seguem a regra de formatação estabelecida no Ato Cotepe/ICMS nº 11/2007, item 5.1.1, para criação dos códigos.

Os códigos referidos na tabela mencionada anteriormente são utilizados no Registro E111 da apu-ração ICMS próprio e no Registro E220 da apuração do ICMS-ST.

Estrutura do código (8 posições - AABCDDDD).

AA = ‘PI’ - Unidade da Federação criadora do código;

B = ‘0’ (Apuração do ICMS) ou ‘1’ (Apuração do ICMS-ST);

C = ‘0’ ou ‘1’ ou ‘2’ ou ‘3’ ou ‘4’;

0 - Outros débitos;

1 - Estorno de créditos;

2 - Outros créditos;

3 - Estorno de débitos;

4 - Deduções do imposto apurado;

5 - Débitos especiais.

DDDD = código da ocorrência.

(h t tp : / /www.sped . fazenda .gov.b r / sped tabe las /AppConsulta/publ ico/aspx/ConsultaTabelasExternas.aspx?CodSistema=SpedFiscal; Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.4 Registro E112

O registro em questão tem por objetivo detalhar os ajustes do Registro E111 quando forem relacionados a processos judiciais ou fiscais ou a documentos de arrecadação, observada a legislação estadual perti-nente. Valores recolhidos com influência na apuração

do ICMS - Operações próprias devem ser detalhados neste registro, com identificação do documento de arrecadação específico.

No Estado do Mato Grosso, podemos citar como exemplo de utilização o lançamento de “Débito Extem-porâneo”, em que não há emissão de documento fiscal relativo à operação ou prestação de serviço, no mês da apuração, recolhidos espontaneamente ou por autuação.

Neste caso, deverá ser lançado no período do recolhimento, informando no Registro E112 o identifi-cador de cada um dos documentos de arrecadação.

Nota

Tratando-se de operações sujeitas ao regime de substituição tributária esta informação será lançada no Registro E230 com o código respectivo.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.5 Registro E113

Este registro tem por objetivo identificar os documen-tos fiscais relacionados ao ajuste. Devendo ser informa-dos o código de participante previamente cadastrado no Registro 0150 da EFD (ICMS/IPI). Nos documentos de entrada deverão ser informados os dados referentes ao emitente do documento ou ao remetente das merca-dorias ou serviços. No caso de saída, deve constar a informação referente ao destinatário.

Informar, ainda, o código do modelo de do-cumento, a série do documento fiscal, a subsérie do documento fiscal, o número do documento, bem como a sua data de emissão, o código do item e o valor do ajuste.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.6 Registro E115

Este registro tem o objetivo de informar os valores declaratórios relativos ao ICMS, conforme definição da legislação estadual pertinente. Esses valores são meramente declaratórios e não são computados na apuração do ICMS.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

3.1.7 Registro E116

Este registro tem o objetivo de discriminar os pagamentos realizados (débitos especiais) ou a realizar, referentes à apuração do ICMS - Operações próprias do período. A soma do valor das obrigações

Page 11: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

deste registro deve ser igual à soma dos campos VL_ICMS_RECOLHER e DEB_ESP, do Registro E110.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4. COMPOSIÇÃO DOS REGISTROS DE APURAÇÃO DE ICMS NAS OPERAÇÕES COM SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

No tocante à apuração do ICMS retido em face do regime de substituição tributária, o substituto tribu-tário deverá apresentar os seguintes registros da EFD (ICMS/IPI):

Descrição Registro Nível Hierárquico

Período de apuração de ICMS-Substituição Tributária E200 2

Apuração do ICMS-Substituição Tributária E210 3Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS E220 4

Informações adicionais dos ajustes da apu-ração do ICMS-Substituição Tributária E230 5

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS-Substituição Tributária - Identificação de documentos fiscais

E240 5

Obrigações do ICMS recolhido ou a reco-lher - Substituição tributária E250 4

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1 Registro E200

O Registro E200 tem por objetivo informar o(s) período(s) de apuração do ICMS-Substituição Tributária para cada Unidade da Federação em que o informante seja inscrito como substituto tributário, inclusive para o seu Estado, nas operações internas que envolvam substituição, e também para a Unidade da Federação para a qual o declarante tenha comercializado e que não tenha inscrição como substituto. Os períodos informados devem abranger todo o período previsto no registro 0000, sem haver sobreposição ou omissão de datas, por Unidade da Federação.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.1 Registro E210

O Registro E210 tem por objetivo informar valores relativos à apuração do ICMS de substituição tribu-tária, mesmo nos casos de períodos sem movimento. Desta forma, sempre que o responsável tributário estiver promovendo informações relativamente ao seu Estado ou com outra Unidade da Federação em que tenha obtido inscrição de substituto tributário, deverá ser apresentado este registro ainda que sem movimento, assinalando, para isto, o indicador de movimento “0” - Sem operações com ST.

E210

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

Page 12: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-10 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

4.1.2 Registro E220

O Registro E220 tem a mesma função do Registro E111 da apuração do ICMS nas operações próprias, devendo ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos VL_OUT_CRED_ST, VL_OUT_DEB_ST e VL_DEDUÇOES_ST e os valores informa-dos no campo DEB_ESP_ST, todos do Registro E210.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.3 Registro E230

O Registro E230 - Informações Adicionais dos Ajustes da Apuração - será preenchido quando os ajustes de apuração forem relacionados a processos judiciais ou fiscais ou a documentos de arrecadação, observada a legislação estadual pertinente.

Este registro é, portanto, utilizado nas mesmas hipóteses do Registro E112.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.4 Registro E240

Este registro refere-se às Informações Adicionais dos Ajustes da Apuração do ICMS-Substituição Tribu-tária - Identificação dos Documentos Fiscais.

Este registro deve ser apresentado para identifi-cação dos documentos fiscais relacionados ao ajuste.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

4.1.5 Registro E250

Os contribuintes que realizem operações interes-taduais sujeitas ao regime de substituição tributária devem ter um Registro E200 e E210 para cada Uni-dade da Federação com a qual realizou operações que implicaram recolhimento do imposto na condição de responsável tributário.

Desta forma teremos um Registro E250 para cada Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) ou documento equivalente que for pago, devendo os contribuintes ficarem atentos à seguinte regra:

a) contribuinte com inscrição de substituto tribu-tário irá gerar uma única GNRE, para paga-mento em data única - preencher 1 Registro E250;

b) contribuinte sem inscrição de substituto com a Unidade da Federação destinatária - o recolhi-mento ocorre por ocasião da saída da merca-doria, existindo uma GNRE para cada recolhi-mento - gerar 1 Registro E250 para identificar cada recolhimento.

WExemploD

Empresa piauiense efetua venda de mercadoria sujeita à substituição tributária para o Estado de São Paulo e para o Estado do Rio de Janeiro. O sujeito passivo por substituição possui inscrição de substi-tuto tributário apenas com o Estado de São Paulo.

Como no Estado de São Paulo o referido con-tribuinte providenciou a inscrição estadual, haverá apenas um único recolhimento referente a todas as vendas do período e, com isto, uma única GNRE e um único Registro E250.

Já em relação ao Estado do Rio de Janeiro, o fornecedor piauiense não providenciou a inscrição de substituto e com isto fica obrigado a recolher o valor devido a título de substituição tributária a cada operação realizada. Assim, efetuando 3 operações de venda em um determinado período para o Rio de Janeiro, ele terá um Registro E200 e um Registro E210 para este Estado, no entanto, terá 3 Registros E250.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI - Versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5. APURAÇÃO DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA (EC Nº 87/2015)

A Emenda Constitucional nº 87/2015 alterou o § 2º do art. 155 da Constituição Federal/1988 e incluiu o art. 99 ao Ato das Disposições Constitucionais Transi-tórias (ADCT), para tratar da sistemática de cobrança do ICMS incidente sobre as operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outra Unidade da Federação.

Logo, nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outra Unidade da Federação, contribuinte ou não do imposto, será adotada a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alí-quota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual.

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte.

Diante do exposto, a contar de 1º.01.2016, os contribuintes na condição de responsáveis pelo recolhimento do diferencial de alíquotas para o Estado destinatário terão que providenciar o preenchimento de novos registros no Bloco E, conforme segue:

Descrição Registro Nível Hierárquico

Período de apuração de ICMS - Diferencial de Alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E300 2

Apuração do ICMS - Diferencial de alíquo-tas - Unidade da Federação de origem/des-tino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E310 3

Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS Diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E311 4

Informações adicionais dos ajustes da apu-ração do ICMS - Diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E312 5

Informações adicionais da apuração do ICMS diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E313 5

Obrigações do ICMS recolhido ou a reco-lher - Diferencial de alíquotas - Unidade da Federação de origem/destino - Emenda Constitucional nº 87/2015

E316 4

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.1 Registro E300

No Registro E300 o contribuinte/responsável informará a Unidade da Federação favorecida do diferencial de alíquotas, bem como a data inicial e final do período de apuração.

5.2 Registro E310

Neste registro se realiza a apuração do diferencial de alíquotas devido ao Estado de destino, devendo ser informados os seguintes campos:

IND_MOV_DIFAL

Indicador de movimento em que “0” indica a ausência de operações no período para a UF especifi-

cada e “1” quando existirem operações, ou seja, infor-mações a serem indicadas no registro em questão;

VL_SLD_CRED_ANT_DIFAL

Valor do “Saldo credor de período anterior - ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”;

VL_TOT_DEBITOS_DIFAL

Valor total dos débitos por “Saídas e prestações com débito do ICMS referente ao diferencial de alí-quota devido à UF do remetente/destinatário”;

VL_OUT_DEB_DIFAL

Valor total dos ajustes “Outros débitos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino” e “Estorno de créditos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”; VL_TOT_DEB_FCP

Valor total dos débitos a título de Fundo de Com-bate à Pobreza por “Saídas e prestações”;

VL_TOT_CREDITOS_DIFAL

Valor total dos créditos do ICMS referente ao dife-rencial de alíquota devido à Unidade da Federação do remetente/destinatário;

VL_TOT_CRED_FCP

Valor total dos créditos de Fundo de Combate à Pobreza por entradas;

VL_OUT_CRED_DIFAL

Valor total de ajustes “Outros créditos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino” e “Estorno de débitos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino”;

VL_SLD_DEV_ANT_DIFAL

Valor total de saldo devedor ICMS Diferencial de Alíquota da Unidade da Federação de Origem/Destino antes das deduções;

VL_DEDUÇÕES_DIFAL

Valor total dos ajustes “Deduções ICMS Diferen-cial de Alíquota da UF de Origem/Destino”;

VL_RECOL

Valor recolhido ou a recolher referente ao Fundo de Combate à Pobreza (FCP) e ao Imposto do Diferen-cial de Alíquota da Unidade da Federação de Origem/Destino;

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-12 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

VL_SLD_CRED_TRANSPORTAR

Saldo credor a transportar para o período seguinte referente ao FCP e ao Imposto do Diferencial de Alí-quota da Unidade da Federação de Origem/Destino;

DEB_ESP_DIFAL

Valores recolhidos ou a recolher, extra-apuração.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.3 Registro E311

No Registro E311 serão informados os ajustes/benefícios/incentivo da apuração do ICMS Diferencial de Alíquotas da Unidade da Federação de Origem/Destino EC nº 87/2015.

COD_AJ_APUR

Deverá ser informado o código de ajuste, con-forme disposto pela sua Unidade da Federação, sendo utilizada a formatação proposta no item 5.1.1 do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, alterado pelo Ato Cotepe nº 44/2015;

DESCR_COMPL_AJ

Descrição complementar do ajuste da apuração;

VL_AJ_APUR

Valor do ajuste da apuração.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.4 Registro E312

No Registro E312: informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS Diferencial de Alíquota da Unidade da Federação de Origem/Destino EC nº 87/2015. Serão informados os seguintes campos:

NUM_DA

Número do documento de arrecadação estadual se houver;

NUM_PROC

Número do processo ao qual o ajuste está vincu-lado se houver;

IND_PROC

Indicador da origem do processo:

0 - Sefaz;

1 - Justiça Federal;

2 - Justiça Estadual;

9 - Outros.

PROC

Descrição resumida do processo que embasou o lançamento;

TXT_COMPL

Descrição complementar.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

5.5 Registro E313

No Registro E313 será identificado o documento fiscal que ensejou o recolhimento do diferencial de alíquotas. Devendo ser informados os seguintes campos:

COD_PART

Código do participante (campo 02 do Registro 0150);

COD_MOD

Código do modelo do documento fiscal, conforme a Tabela 4.1.1 do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008;

SER

Série do documento fiscal;

SUB

Subsérie do documento fiscal;

NUM_DOC

Número do documento fiscal;

CHV_DOCe

Chave do Documento Eletrônico;

DT_DOC

Data da emissão do documento fiscal;

COD_ITEM

Código do item (campo 02 do Registro 0200);

VL_AJ_ITEM

Valor do ajuste para a operação/item.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

Page 15: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.6 Registro E316

Neste registro será identificado o documento de arrecadação utilizado para pagamento do diferencial de alíquotas. Destaca-se que o Fundo de Combate à Pobreza (FCP), originado nas operações de saída para consumidor final em outro Estado, nos termos da Emenda Constitucional nº 87/2015, deverá ser recolhido separadamente e, portanto, nos recolhi-mentos em favor dos Estados que instituíram o FCP. O responsável deverá providenciar pelo menos 2 Guias de Arrecadação e, como consequência, gerar 2 Registros E316. Serão preenchidos os seguintes campos:

COD_OR

Código da obrigação recolhida ou a recolher, conforme a Tabela 5.4 do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008;

VL_OR

Valor da obrigação recolhida ou a recolher;

DT_VCTO

Data de vencimento da obrigação;

COD_REC

Código de receita referente à obrigação, próprio da Unidade da Federação da origem/destino, con-forme legislação estadual;

NUM_PROC

Número do processo ou auto de infração ao qual a obrigação está vinculada se houver;

IND_PROC

Indicador da origem do processo:

0 - Sefaz;

1 - Justiça Federal;

2 - Justiça Estadual;

9 - Outros.

PROC

Descrição resumida do processo que embasou o lançamento;

TXT_COMPL

Descrição complementar das obrigações recolhi-das ou a recolher;

MES_REF

Informe o mês de referência no formato “mmaaaa”.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

N

a IOB Setorial

FEDERAL

Bebidas - IPI - Bebidas quentes - Novas regras de tributação

As bebidas classificadas nas posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08, exceto o código 2208.90.00 Ex 01 (bebidas quentes) da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, estão sujeitas a novo tratamento tributário, desde 1º.01.2016, nos termos da Lei nº 13.241/2015.

Essas bebidas foram excluídas do regime tribu-tário previsto nos arts. 1º a 4º da Lei nº 7.798/1989

(tributação por classes de valores), que vigorou até 31.12.2015.

Em decorrência da mudança da forma de tri-butação, são aplicáveis aos produtos em referência as regras comuns previstas na legislação do IPI, inclusive as relativas a fato gerador, contribuintes e responsáveis, base de cálculo e cálculo do imposto.

Quando a industrialização de bebidas quentes ocorrer por encomenda, o IPI será devido na saída do produto:

a) do estabelecimento que o industrializar; eb) do estabelecimento encomendante, que po-

derá apropriar o crédito do IPI cobrado confor-me o disposto na letra “a”.

Page 16: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-14 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Vale destacar que o encomendante e o industrial respondem solidariamente pelo IPI devido nas opera-ções citadas.

Fica equiparado a industrial, nas saídas de bebi-das quentes, o estabelecimento de pessoa jurídica:

a) caracterizada como controladora, controlada ou coligada de pessoa jurídica que industria-liza ou importa os produtos mencionados, na forma definida no art. 243 da Lei nº 6.404/1976;

b) caracterizada como filial de pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos;

c) que, juntamente com pessoa jurídica que in-dustrializa ou importa os produtos, estiver sob controle societário ou administrativo comum;

d) que apresente sócio ou acionista controlador, em participação direta ou indireta, que seja cônjuge, companheiro ou parente consanguí-neo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau, de sócio ou acionista controlador de pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos;

e) que tenha participação no capital social de pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos, exceto nos casos de participação inferior a 1% em pessoa jurídica com registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

f) que possuir, em comum com pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos, dire-tor ou sócio que exerçam funções de gerência,

ainda que essas funções sejam exercidas sob outra denominação; ou

g) que tiver adquirido ou recebido em consigna-ção, no ano anterior, mais de 20% do volume de saída da pessoa jurídica que industrializa ou importa os produtos.

Sujeita-se ao pagamento do IPI, na condição de responsável, o estabelecimento comercial atacadista que possuir ou mantiver produtos desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência ou que a eles der saída.

Sem prejuízo do disposto no art. 48 da Lei nº 4.502/1964, as notas fiscais de comercialização de bebidas quentes emitidas pelo estabelecimento industrial ou equiparado deverão conter a descrição da marca comercial, o tipo de embalagem e o volume dos produtos, para perfeita identificação destes e cálculo do imposto devido.

A inobservância dessa regra implicará considerar as notas fiscais enquadradas no art. 53 da Lei nº 4.502/1964.

O Poder Executivo federal poderá estabelecer para bebidas quentes valores mínimos do IPI em fun-ção da classificação fiscal na TIPI, do tipo de produto e da capacidade do recipiente

(Lei nº 4.502/1964, arts. 48 e 53; Lei nº 6.404/1976, art. 243; Lei nº 7.798/1989, arts. 1º a 4º; Lei nº 13.241/2015)

N

a IOB Comenta

ESTADUAL

Procedimentos fiscais relativos ao levantamento do estoque dos produtos excluídos do regime da substituição tributária

Foram excluídos diversos produtos do regime da substituição tributária em razão do Convênio ICMS nº 92/2015, que dentre outras disposições, instituiu

o Código Especificador da Substituição Tributária (CEST) que identifica a mercadoria sujeita ao regime da substituição tributária ou de antecipação do reco-lhimento do imposto.

O contribuinte que, em 31.12.2015, mantiver em estoque para revenda com o pagamento antecipado do ICMS, os produtos trigo em grão, picolé e gelo, aces-sórios de sorvete como casquinha e pazinha, aditivos, agentes de limpeza, anticorrosivos, desengraxantes, fluídos, graxas, removedores e óleos de têmpera pro-

Page 17: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

tetivos e para transformadores, discos, fitas cassetes e de vídeo e CDs, pilhas e baterias elétricas, filme fotográ-fico e cinematográfico e slide, armações para óculos e artigos semelhantes e suas partes, equipamentos de informática e suas partes, peças e acessórios, deverá observar os seguintes procedimentos:

a) efetuar o levantamento físico-documental das mercadorias existentes em estoque em 31.12.2015 e escriturar no livro Registro de In-ventário, individualizando por produto;

b) calcular o valor da mercadoria em estoque multiplicando a quantidade encontrada pelo valor da última aquisição, acrescido de frete e outras despesas transferíveis ao destinatário;

c) agregar, a título de lucro bruto, sobre o mon-tante encontrado na forma da letra “b”, o per-centual correspondente ao produto definido no Anexo V, do RICMS-PI/2008;

d) aplicar sobre a base de cálculo encontrada a alíquota correspondente ao produto, nos ter-mos da legislação vigente, para determinação do imposto a ser creditado;

e) escriturar, para efeito de crédito, o valor cor-respondente ao ICMS pago incidente sobre o estoque de mercadorias de que trata a letra “a”, utilizando o campo “Outros Créditos” da Declaração das Informações Econômico-Fis-cais (Dief).

O valor do ICMS apurado na forma a letra “d” deverá ser apropriado em 6 parcelas mensais, utili-zando o campo “Outros Créditos” da Dief, a partir do período de apuração do mês de janeiro/2016.

O aproveitamento do crédito, escriturado na forma da letra “e”, fica condicionado à emissão de Nota Fiscal de Entrada, em cada período de apuração, relativamente a cada uma das parcelas, indicando, além dos requisitos exigidos:

a) como “Natureza da Operação”: “Aproveita-mento de Crédito”;

b) no campo “Informações Complementares”, a expressão: “Nota Fiscal emitida nos termos do art. 3º do Decreto nº 16.369/2015”;

c) o valor do crédito fiscal a ser aproveitado.

A nota fiscal emitida, o levantamento do estoque, o cálculo e o creditamento do imposto ficam sujeitos a posterior homologação pelo Fisco.

Importa observar que, as mercadorias ou os bens submetidos ao regime de substituição tributária ou ao regime de antecipação do recolhimento do ICMS com encerramento de tributação relativos às opera-ções subsequentes, constam no RICMS-PI/2008, art. 1.140, os quais serão agrupados por segmentos com características assemelhadas de conteúdo ou de destinação. Aplicam-se os regimes de substituição tri-butária e de antecipação do recolhimento do imposto nas operações de venda de mercadorias ou bens pelo sistema porta a porta, independentemente de a mercadoria, o bem, ou seus respectivos segmentos estarem relacionados no RICMS-PI/2008, art. 1.140.

(Decreto nº 16.369/2015, art. 3º; RICMS-PI/2008, arts. 1.163-A a 1.163-C)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPIDCTF - Retificação

1) Como alterar os dados informados na Declara-ção de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) já entregue?

Nesse caso, deverá ser apresentada DCTF retifi-cadora.

A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substi-

tuindo-a integralmente, e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados.

Deverão ser observadas, para tal finalidade, as disposições contidas na Instrução Normativa RFB nº 1.599/2015, que disciplina a DCTF.

(Instrução Normativa RFB nº 1.599/2015, art. 9º)

Page 18: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-16 PI Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Substituição tributária - Cest - Vigência

2) Quando se inicia a exigência da utilização do Código Especificador da Substituição Tributária (Cest)?

Nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos II a XXIX do Convênio ICMS nº 92/2015, o contribuinte deverá mencionar o respectivo Cest no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto.

Essa exigência está prevista para vigorar a partir de 1º.04.2016, nos termos da cláusula sexta, I, do referido Convênio.

(Convênio ICMS nº 92/2015, cláusula terceira, § 1º, e cláu-sula sexta, I, Anexos II a XXIX)

ICMS/PI

Alíquotas - Exercício de 2016

3) Perante a legislação tributária do Estado do Piauí quais são as alíquotas do ICMS vigentes no exer-cício de 2016?

De acordo com a Lei nº 4.257/1989, no exercício de 2016, estão em vigor as seguintes alíquotas do ICMS:

a) 17%:a.1) nas operações e prestações internas

com mercadorias e serviços não relacio-nados nos incisos seguintes;

a.2) nas operações internas com óleo diesel, querosene iluminante, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleo combustível, gás na-tural veicular (GNV) e óleos combustíveis do tipo biodiesel;

b) 25%:b.1) embarcações de recreação e lazer;b.2) aeronaves (asas-delta e ultra-leves);b.3) nas prestações onerosas de serviços de

comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração a emissão, a recep-ção, a transmissão, a retransmissão, a re-petição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;

b.4) nas operações internas com energia elé-trica, sobre as faixas de consumo acima de 200 Kwh;

b.5) nas operações internas com perfumes e cosméticos, posições 3303, 3304, 3305 e 3307, da NBM/SH;

c) 20%:c.1) nas operações internas com energia elé-

trica sobre as faixas de consumo até 200 Kwh;

c.2) nas operações internas com lubrificantes derivados do petróleo;

c.3) nas operações internas com lubrificantes não derivados do petróleo;

d) 12% nas operações internas e nas interesta-duais, estas destinadas a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, com:d.1) arroz;d.2) aves vivas ou abatidas e produtos co-

mestíveis resultantes do abate, em esta-do natural, congelados, resfriado ou sim-plesmente temperados;

d.3) banha suína;d.4) café em grão cru ou torrado e moído, ex-

ceto solúvel ou descafeinado;d.5) feijão;d.6) farinha de mandioca;d.7) flocos, farinha e fubá de milho e de arroz;d.8) fava comestível;d.9) gado bovino, ovino, caprino, suíno, vivo

ou abatido, e produtos comestíveis resul-tantes do abate, em estado natural, res-friado ou congelado;

d.10) goma e polvilho de mandioca (tapioca);d.11) hortaliças, verduras e frutas frescas;d.12) leite, inclusive em pó;d.13) mandioca;d.14) milho;d.15) óleo vegetal comestível, exceto de oliva;d.16) ovos;d.17) sal de cozinha (cloreto de sódio);d.18) soja em grão;d.19) sorgo;d.20) açúcar de cana;d.21) creme vegetal (margarina);

e) 12%:e.1) nas operações e prestações interesta-

duais destinadas a contribuintes, para fins de comercialização, industrialização ou para uso, consumo ou ativo fixo do es-

Page 19: IOB - ICMS/IPI - Piauí - nº07/2016 - 3ª Sem Fevereiro

07-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 07 PI

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

tabelecimento (Resolução do Senado Fe-deral nº 22/1989);

e.2) nas operações e prestações interesta-duais destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto (Emenda Consti-tucional nº 87/2015);

f) 12%, nas operações internas e de importação:f.1) com partes, peças, componentes e pro-

dutos acabados, relacionados com a in-dústria de processamento de dados e in-cluídos na relação de bens definida pelo Poder Executivo e respectiva disciplina de controle;

f.2) programas para computadores, em meio magnético ou ótico (disquete ou CD ROM);

g) 12%:g.1) nas operações internas e de importação

com materiais de embalagem destinados aos estabelecimentos industriais, produ-tores ou extratores, para acondiciona-mento dos produtos relacionados na letra “d”;

g.2) nas prestações internas de serviços de transporte aéreo;

g.3) nas operações ou prestações que desti-nem bens ou serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto;

h) 4%, nas operações interestaduais de servi-ço de transporte aéreo de passageiro, carga e mala postal (Resolução do Senado federal 95/1996);

i) 30%:i.1) armas e munições;i.2) pólvoras, explosivos, fogos de artifício e

outros artigos de pirotecnia;

j) 4% nas operações interestaduais que desti-nem bens e mercadorias importados do exte-rior a contribuintes ou não do imposto. (Reso-lução do Senado Federal nº 13/2012);

k) 19%, nas operações internas com combustí-veis líquidos não derivados do petróleo.

Em razão do adicional de 2% incidente sobre os produtos sujeitos ao recolhimento da parcela destinada ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), disciplinado pela Lei nº 5.622/2006, destaca-se que no exercício de 2016 as alíquotas do ICMS relativas às operações e prestações internas e de importação do exterior, com os produtos seguir relacionados, são as seguintes:

a) bebidas alcoólicas:

a.1) exceto aguardente de cana: 29%;a.2) aguardente de cana fabricada no Estado

do Piauí: 19%;a.3) aguardente de cana fabricada nas de-

mais unidades da Federação: 21%;b) refrigerantes e bebidas hidroeletrolíticas (iso-

tônicas) e energéticas estas classificadas nas posições 2106.90 e 2202.90 da NBM/SH: 21%;

c) fumo e seus derivados, inclusive cigarros, ci-garrilhas e charutos: 29%;

d) nas operações internas com combustíveis lí-quidos derivados do petróleo, exceto óleo diesel, querosene iluminante e óleo combustí-vel, 27%;

e) nas operações internas e de importação com álcool para utilização não combustível 19%.

(Lei nº 4.257/1989, art. 23, I, “a” e “b”, II, “d”, “f”, “i”, “j”, “l”, 2, III, “a” a “c”, IV, “a” a “v”, V, “a e “b”, VI, “a” e “b”, VII, “a” a “c”, VIII, IX, “a” e “b”, XI, art. 23-A, I, “a” e “c”, II e III, art. 23-B, II e III e art. 23-C)


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