Download - Inventário de Barragens 2015
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INVENTRIO DE BARRAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ANO 2015
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SISTEMA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HDRICOS
FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE
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INVENTRIO DE BARRAGEM
DO ESTADO DE MINAS GERAIS
FEAM-DGER-GERIM-RT-03/2015
Belo Horizonte
Maro de 2016
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SISTEMA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HDRICOS
FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE
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Governo do Estado de Minas Gerais
Governador Fernando Damata Pimentel.
SEMAD Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel
Secretrio Luiz Svio de Souza Cruz.
FEAM Fundao Estadual de Meio Ambiente
Presidente Diogo Soares de Melo Franco.
Diretoria de Gesto de Resduos Renato Teixeira Brando.
Gerncia de Resduos Industriais e da Minerao Karine Dias da Silva Prata Marques. Denise Marlia Bruschi.
Equipe Tcnica Alder Marcelo de Souza, Engenheiro de Minas Alice Helena dos Santos Alfeu, Engenheira de Minas Luciano Junqueira de Melo, Engenheiro de Minas Vanessa Alves Rgis, Engenheira Qumica
Colaboradores
Bruna Monteiro Diniz, estagiria em Engenharia Ambiental Dbora Baea Rezende Marinho, estagiria em Engenharia Qumica Herculano Campos Gusmo, estagirio em Engenharia Ambiental Natlia Cristina Pelegrino da Fonseca, bolsista, Engenheira Ambiental Rodrigo Gomes da Luz, estagirio em Engenharia de Minas
Cidade Administrativa Tancredo Neves
Rodovia Prefeito Amrico Gianetti, n: 4143 1 Andar Edifcio Minas Bairro Serra Verde Belo Horizonte - MG CEP: 31630-900
Telefone: (031) 3915 -1105
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F981i Fundao Estadual do Meio Ambiente. Inventrio de barragem do Estado de Minas Gerais /
Fundao Estadual do Meio Ambiente. --- Belo Horizonte:
Fundao Estadual do Meio Ambiente, 2016.
54 p.; il.
FEAM-DGER-GERIM-RT-03/2015
1. Barragem de rejeito - inventrio. 2. Barragem de rejeito
fiscalizao. 3. Minerao Minas Gerais. 5. Controle ambiental.
I. Ttulo.
CDU: 622:504.064(815.1)
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SUMRIO
1. INTRODUO .............................................................................................................. 9
2. OBJETIVOS ................................................................................................................ 10
3. LEGISLAES VIGENTES ........................................................................................ 10
4. AO CIVIL PBLICA ................................................................................................ 14
5. METODOLOGIA.......................................................................................................... 20
6. RESULTADOS DA GESTO DE BARRAGENS EM 2015 ......................................... 22
6.1 DISTRIBUIO DAS BARRAGENS NO ESTADO DE MINAS GERAIS ................. 22
6.2 CONDIO DE ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS EM 2015 ............................ 35
6.3 BARRAGENS FISCALIZADAS NO ANO DE 2015 .................................................. 43
7. ACIDENTES AMBIENTAIS COM BARRAGENS ........................................................ 45
7.1 - BARRAGEM B1 - HERCULANO MINERAO ..................................................... 45
7.2 - BARRAGEM DO FUNDO SAMARCO S.A. ...................................................... 46
8. CONCLUSO.............................................................................................................. 53
9. REFERNCIAS ........................................................................................................... 54
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LISTA DE SIGLAS
ANA Agncia Nacional de guas
BDA Banco de Declaraes Ambientais
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hdricos
COPAM Conselho Estadual de Poltica Ambiental
DN Deliberao Normativa
DNPM Departamento Nacional de Produo Mineral
FEAM Fundao Estadual de Meio Ambiente
GERIM Gerncia de Resduos Slidos Industriais e da Minerao
PNSB Poltica Nacional de Segurana de Barragens
RSB Relatrio de Segurana de Barragens
SNISB Sistema Nacional de Informaes sobre Segurana de Barragens
SUPRAM Superintendncia Regional de Regularizao Ambiental
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LISTA DE FIGURAS/ GRFICOS
Figura 1: Evoluo do nmero de estruturas cadastradas no Banco de Declaraes Ambientais.22
Figura 2: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por Classe. ........ 23
Figura 3: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por Tipologia. ..... 25
Figura 4: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA considerando Classe e Tipologia. ...................................................................................................................................... 26
Figura 5: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por Bacia Hidrogrfica. ................................................................................................................................. 27
Figura 6: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por SUPRAM's. . 28
Figura 7: Grfico da Condio de Estabilidade das Estruturas no ano de 2015. .......................... 37
Figura 8: Disposio das barragens da SAMARCO. .................................................................... 46
Figura 9: Barragem de Fundo aps o rompimento do talude...................................................... 47
Figura 10: Distrito de Bento Rodrigues aps rompimento das barragens. Fonte Agncia Brasil .. 48
Figura 11: Distrito de Bento Rodrigues atingido pela lama de rejeitos da Barragem de Fundo. . 48
Figura 12: Situao da Barragem Santarm aps seu galgamento.............................................. 49
Figura 13: Caminho percorrido pela lama de rejeitos. .................................................................. 51
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Barragens presentes na Ao Civil Pblica e a condio de estabilidade verificada em 2015. ............................................................................................................................................. 16
Tabela 2: Periodicidade das Declaraes de Condio de Estabilidade conforme DN n 87/2005. ..................................................................................................................................................... 24
Tabela 3: Novas estruturas cadastradas no Banco de Declaraes Ambientais - BDA ................ 29
Tabela 4: Estruturas excludas do Banco de Declaraes Ambientais da FEAM em 2015. .......... 32
Tabela 5: Condio de estabilidade das estruturas dividido por classe. ....................................... 37
Tabela 6: Comparativo do nmero de estruturas e percentual de estabilidade nos anos de 2014 e 2015. ............................................................................................................................................. 38
Tabela 7: Estruturas com Condio de Estabilidade no garantida ou sem concluso pelo auditor por falta de dados e/ou documentos tcnicos no ano de 2015. ........................................ 40
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1. INTRODUO
Em funo dos acidentes j ocorridos no Estado de Minas Gerais e do potencial de dano
ambiental e social que esses acidentes podem ocasionar, o governo de Minas Gerais tem
priorizado a gesto de barragens de rejeito e de resduos em indstrias e minerao, por
meio do acompanhamento dos relatrios de auditoria tcnica de segurana e realizao
de fiscalizaes nas estruturas, que tm relao direta com uma das principais atividades
econmicas do Estado.
Desde 2002 a FEAM vem desenvolvendo o Programa de Gesto de Barragens de
Rejeitos e Resduos com o objetivo de reduzir o risco de danos ambientais em
decorrncia de acidentes nessas estruturas, seguindo as diretrizes das Deliberaes
Normativas COPAM n 62/2002, 87/2005 e 124/2008.
As barragens devem ser cadastradas no Banco de Declaraes Ambientais BDA e
passar por auditoria peridica de segurana, na freqncia estabelecida na legislao em
vigor e as informaes dessas auditorias devem ser inseridas no BDA.
partir das informaes do BDA, a FEAM elabora uma programao anual de
fiscalizaes, priorizando as estruturas que apresentam condio de estabilidade no
garantida, seja do ponto de vista da estrutura fsica do macio, seja do ponto de vista da
capacidade hidrulica para amortecimento de cheias; as que no apresentaram a
declarao de estabilidade e as que ainda no foram fiscalizadas.
Visando o acesso pblico das principais informaes referentes s barragens existentes
no estado de Minas Gerais, a FEAM publica anualmente o Inventrio de Barragens que
tem como objetivo apresentar os principais dados do cadastro, as diretrizes e aes
realizadas pela FEAM, considerando o modelo de gesto de barragens aplicado no
Estado de Minas Gerais.
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2. OBJETIVOS
Atualizar as informaes referentes s aes gerenciais desenvolvidas no ano de
2015;
Avaliar a evoluo do Programa de Gesto de Barragens;
Descrever incidentes ou acidentes ocorridos no perodo, e
Estabelecer metas para aes no ano de 2016.
3. LEGISLAES VIGENTES
O Conselho Estadual de Poltica Pblica COPAM, no uso das atribuies que lhe
confere o artigo 5, item I da Lei n 7.772 de 8 de setembro de 1980, elaborou a
Deliberao Normativa n 62 de 17 de setembro de 2002 que dispe sobre critrios de
classificao de barragens de conteno de rejeitos, de resduos e de reservatrio de
gua em empreendimentos industriais e de minerao no Estado de Minas Gerais. Essa
Deliberao considera:
A necessidade de conhecer o acervo de barragens de conteno de rejeitos,
resduos e reservatrios de gua existentes em empreendimentos industriais e de
minerao no Estado de Minas Gerais e de estabelecer requisitos mnimos para o
licenciamento de novas barragens nesses empreendimentos,
A necessidade de estabelecer critrios de classificao das barragens,
A necessidade de desenvolver mecanismos especficos para a segurana na
implantao, construo, operao e fechamento/desativao dessas barragens
por parte dos empreendedores,
E que a implantao de sistemas eficazes de gesto de riscos dessas barragens e
suas estruturas auxiliares podero reduzir o risco de acidentes.
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A Deliberao Normativa n 62 de 17 de setembro de 2002 determina critrios para
definio do porte da barragem e do reservatrio classificando-os em pequeno, mdio e
grande porte. Define tambm, 5 parmetros que so considerados para classificao de
uma barragem, quais sejam:
Altura do macio;
Volume do reservatrio;
Ocupao humana a jusante da barragem;
Interesse ambiental na rea a jusante da barragem e
Instalaes na rea a jusante da barragem
Dessa forma, as barragens sero classificadas em trs categorias considerando o
somatrio dos valores atribudo a cada parmetro de classificao mencionado acima.
Sendo assim enquadradas:
Baixo potencial de dano ambiental Classe I: quando o somatrio dos valores dos
parmetros for menor ou igual a 2.
Mdio potencial de dano ambiental Classe II: quando o somatrio dos valores dos
parmetros for maior que 2 e menor ou igual a 5.
Alto potencial de dano ambiental Classe III: quando o somatrio dos valores dos
parmetros for maior que 5.
A Deliberao Normativa COPAM n 62/2002 tambm preconiza que os proprietrios do
empreendimento so responsveis pela implantao de procedimentos de segurana nas
fases de projeto, implantao, operao e fechamento das barragens decorrentes de suas
atividades industriais. As atividades dos rgos com atribuies de fiscalizao no
eximem os proprietrios de empreendimentos da total responsabilidade pela segurana
das barragens e reservatrios existentes nos seus empreendimentos, bem como das
consequncias pelo seu mau funcionamento.
Posteriormente, considerando alterar e complementar a Deliberao Normativa n 62 de
17/12/2002 aps a concluso do relatrio do Grupo de Trabalho criado em cumprimento
ao disposto no Artigo 9 da referida deliberao, o COPAM publicou a Deliberao
Normativa COPAM n 87 de 17 de junho de 2005 com o objetivo de incorporar as
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recomendaes tcnicas do grupo de trabalho e estabelecer procedimentos para a
auditoria de segurana nas estruturas de que trata o referido instrumento.
A Deliberao Normativa COPAM n 87 de 17 de junho de 2005 estabelece que todas as
barragens devem realizar Auditoria Tcnica de Segurana conforme disposto no Art. 5 de
acordo com a periodicidade que varia em funo da classificao da barragem, sendo:
Auditoria a cada 1 ano para Barragens de Classe III;
Auditoria a cada 2 anos para Barragens de Classe II e
Auditoria a cada 3 anos para Barragens de Classe I.
Estabelece tambm que as Auditorias Tcnicas de Segurana devem ser independentes,
ou seja, devem ser feitas por profissionais externos ao quadro de funcionrios da
empresa para garantir clareza e evitar conflito de interesses e devem ser executadas por
especialistas em segurana de barragens.
Ao final de cada auditoria, o auditor responsvel deve elaborar um Relatrio de Auditoria
Tcnica de Segurana de Barragem contendo no mnimo o laudo tcnico sobre a
segurana da estrutura, as recomendaes para melhorar a segurana da barragem,
nome completo do auditor com a respectiva titularidade e Anotao de Responsabilidade
Tcnica. Uma cpia do primeiro relatrio de auditoria deve ser apresentada FEAM com
assinatura do auditor responsvel acompanhada da respectiva Anotao de
Responsabilidade Tcnica.
O primeiro e os demais relatrios devero ficar disposio no empreendimento para
consulta durante as fiscalizaes ambientais.
importante destacar que a realizao da auditoria de segurana no dispensa o
licenciamento ambiental da alterao nas caractersticas da estrutura da barragem.
Destaca tambm que, em nenhuma hiptese, poder o empreendedor da barragem
isentar-se da responsabilidade de reparao dos danos ambientais decorrentes de
acidentes, mesmo que sejam atingidas reas externas ao domnio definido pela rea a
jusante da respectiva barragem, delimitada na Deliberao Normativa n 87/2005.
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Ainda na esfera estadual, a Deliberao Normativa COPAM n 124 de 09 de outubro
de 2008 complementa a Deliberao Normativa COPAM n 87 de 06/09/2005
preconizando que o Relatrio de Auditoria Tcnica de Segurana dever estar disponvel
no empreendimento para consulta durante as fiscalizaes ambientais e deve ser
atualizado conforme a periodicidade definida de acordo com o Potencial de Dano
Ambiental de cada estrutura.
Alm disso, estabelece que o empreendedor dever apresentar FEAM a Declarao de
Condio de Estabilidade referente ltima atualizao do Relatrio de Auditoria Tcnica
de Segurana at o dia 10 de setembro de cada ano de sua elaborao.
No mbito nacional, a Lei n 12.334 de 20 de setembro de 2010 estabelece a Poltica
Nacional de Segurana de Barragens destinadas acumulao de gua para quaisquer
usos, disposio final ou temporria de rejeitos e acumulao de resduos industriais e
cria o Sistema Nacional de Informaes sobre Segurana de Barragens (SNISB).
A Agncia Nacional de guas (ANA) assume as atribuies de organizar, implantar e gerir
o Sistema Nacional de Informaes sobre Segurana de Barragens (SNISB), de promover
a articulao entre os rgos fiscalizadores de barragens, e de coordenar a elaborao do
Relatrio de Segurana de Barragens, encaminhando-o, anualmente, ao Conselho
Nacional de Recursos Hdricos (CNRH), de forma consolidada, e de fiscalizar a segurana
das barragens por ela outorgadas. O Relatrio de Segurana de Barragens (RSB) um
dos instrumentos da Poltica Nacional de Segurana de Barragens (PNSB), estabelecida
pela Lei Federal n 12.334, de 20 de setembro de 2010 e dever ser elaborado,
anualmente, sob a coordenao da ANA, que o enviar, de forma consolidada ao CNRH
para apreciao. O CNRH far, se necessrio, recomendaes para melhoria da
segurana das obras e encaminhar o RSB ao Congresso Nacional.
Destaca-se que a legislao mineira serviu como referncia para a elaborao da Lei
Federal n 12.334, publicada em 20 de setembro de 2010.
importante destacar que a barragem que no atender aos requisitos de segurana nos
termos da legislao pertinente, dever ser recuperada ou desativada pelo seu
empreendedor, que dever comunicar ao rgo fiscalizador as providncias adotadas.
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4. AO CIVIL PBLICA
Em 2012 o Ministrio Pblico instaurou uma ao civil cujo objetivo foi a condenao dos
requeridos em obrigao de fazer, consistente na prtica, medidas que minimizassem o
risco ambiental decorrente das barragens de rejeitos, garantindo sua estabilidade, bem
como a efetiva fiscalizao da segurana de tais barragens pela FEAM e DNPM.
A medida adotada foi acompanhar por meio da anlise de relatrios quadrimestrais
apresentados pelos empreendedores demonstrando a execuo das medidas corretivas,
bem como pela continuidade das campanhas de fiscalizao realizadas pela FEAM.
A FEAM, aps fiscalizaes realizadas entre os anos de 2007 a 2012, exigiu do
empreendedor o Plano de Aes Corretivas que se lastreia na determinao contida no
artigo 7, 3 da Deliberao Normativa COPAM 87/2005. O contedo mnimo do Plano
de Aes Corretivas traduz-se em laudo tcnico sobre a segurana da barragem,
recomendaes para melhorar a segurana, nome completo dos auditores com as
respectivas titularidades e anotaes de responsabilidade tcnica.
Tal plano de aes, portanto, consiste em avaliar a estrutura da barragem e indicar
medidas que efetivamente mitiguem a possibilidade do dano ambiental, a ponto de
garantir a estabilidade da estrutura.
As etapas pertinentes para a apresentao do plano em questo abrangem:
Vistoria do local;
Levantamentos em campo;
Monitoramento do barramento (a posteriori);
Caracterizao do rejeito ou resduo;
Clculos de estabilidade e da capacidade hidrulica;
Proposio do Plano de Aes Corretivas.
Assim, as medidas solicitadas na Ao Civil Pblica esto sendo atendidas no que tange
responsabilidade da FEAM, fazendo cobrar dos responsveis pelas barragens de
rejeitos em condies de no garantia de estabilidade ou de no concluso por falta de
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dados ou documentos tcnicos, o cumprimento de aes mitigatrias de forma a evitar
futuros desastres.
A Tabela 1 apresenta as 57 barragens que foram englobadas na Ao Civil Pblica
firmada no ano de 2012 e a condio de estabilidade verificada atualmente. Observa-se
que:
40 estruturas passaram para condio de estabilidade garantida no decorrer dos
anos.
10 foram descaracterizadas e excludas do Banco de Declaraes Ambientais
(Mdulo Barragens) da FEAM, tendo em vista que no atendiam aos critrios
tcnicos e as definies estabelecidas para o cadastro de barragens na
Deliberao Normativa COPAM n 87/2005.
06 ainda apresentam condio de estabilidade no garantida pelo auditor, e
01 apresenta condio em que o auditor no conclui sobre sua estabilidade devido
falta de dados e/ou documentos tcnicos.
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Tabela 1: Barragens presentes na Ao Civil Pblica e a condio de estabilidade verificada em 2015.
CNPJ PROCESSO
COPAM EMPREENDEDOR
NOME DA ESTRUTURA / BARRAGEM
CLASSE MUNICPIO SITUAO ATUAL
33.592.510/0001-54 364/1990 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique 2 II Baro de Cocais Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 364/1990 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique do Patrimnio I Baro de Cocais Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 364/1990 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique Fazendinha II Baro de Cocais Estabilidade Garantida
66.457.086/0001-94 232/1989 AVG Minerao S.A (MMX
- Antiga Extrativa Paraopeba)
Barragem III III Brumadinho Estabilidade Garantida
66.457.086/0001-94 232/1989 AVG Minerao S.A (MMX
- Antiga Extrativa Paraopeba)
Barragem I III Brumadinho Estabilidade Garantida
66.457.086/0001-94 232/1989 AVG Minerao S.A (MMX
- Antiga Extrativa Paraopeba)
Barragem II III Brumadinho Estabilidade Garantida
66.457.086/0001-94 232/1989 AVG Minerao S.A (MMX
- Antiga Extrativa Paraopeba)
Dique IV III Brumadinho Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 245/2004 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem IV II Brumadinho Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 245/2004 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Menezes I II Brumadinho Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 245/2004 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Menezes II III Brumadinho Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 312/1996 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Dico Leste II Catas Altas Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 312/1996 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem do Quiosque III Catas Altas Descaracterizada em 14/02/2014
33.592.510/0001-54 312/1996 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique Paracatu II Catas Altas Estabilidade Garantida
33.042.730/0001-04 103/1981 Companhia Siderrgica
Nacional - CSN Barragem do Lagarto I Congonhas Estabilidade Garantida
33.042.730/0001-04 103/1981 Companhia Siderrgica
Nacional - CSN Dique 16 - Dique do
Engenho I Congonhas Descaracterizada em 07/04/2015
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Baixo Jacutinga I Congonhas Descaracterizada em 22/04/2014
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CNPJ PROCESSO
COPAM EMPREENDEDOR
NOME DA ESTRUTURA / BARRAGEM
CLASSE MUNICPIO SITUAO ATUAL
33.592.510/0001-54 15195/2007 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Forquilha III III Congonhas
Estabilidade no Garantida pelo Auditor
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Freitas II Congonhas Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Grupo III Congonhas
Estabilidade no Garantida pelo Auditor
33.592.510/0001-54 15195/2007 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Mata Porcos I Congonhas Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Santo Antnio do Norte III Congonhas Descaracterizada em 22/04/2014
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Mars II III Congonhas Estabilidade Garantida
66.457.086/0001-94 886/2003 AVG Minerao - Ex.
Minerminas Mineradora Minas Gerais Ltda.
Barragem B2 III Igarap Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 119/1986 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Borrachudo II Itabira Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 119/1986 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Jirau II Itabira Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 119/1986 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Piabas II Itabira Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 119/1986 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Santana III Itabira Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 119/1986 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique 1A Conceio III Itabira Descaracterizada em 14/02/2014
33.592.510/0001-54 119/1986 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da Serraria II Itabira Descaracterizada em 14/02/2014
03.369.498/0001-52 075/1999 Piteiras Minerao Ltda. Aude de gua limpa I Itabira Estabilidade no Garantida pelo
Auditor
33.592.510/0001-54 024/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Cata Branca II Itabirito Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 211/1991
Companhia Vale do Rio Doce - Vale (Antiga MBR Mineraes Brasileiras
Reunidas)
Barragem Maravilhas I - Mina do Pico
III Itabirito Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 062/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Captao II Mariana Estabilidade Garantida
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CNPJ PROCESSO
COPAM EMPREENDEDOR
NOME DA ESTRUTURA / BARRAGEM
CLASSE MUNICPIO SITUAO ATUAL
33.592.510/0001-54 062/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Pocilga I Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 062/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Barragem Principal II Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 058/1984 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da Pra II Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 182/1987 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique Fosforoso I Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 182/1987 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique Permanente 5 III Mariana Descaracterizada em 14/02/2014
33.592.510/0001-54 058/1984 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da PDE Engano II Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 182/1987 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique PDE Permanente II -
Fase I II Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 186/1967 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique PDE Temporria II I Mariana Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 237/1994 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Captao de Troves I Nova Lima
Estabilidade no Garantida pelo Auditor
33.592.510/0001-54 082/1982
Companhia Vale do Rio Doce - Vale (Antiga MBR Mineraes Brasileiras
Reunidas)
Barragem B6 - Mina de Mar Azul
II Nova Lima Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 082/1982
Companhia Vale do Rio Doce - Vale (Antiga MBR Mineraes Brasileiras
Reunidas)
B3 - Mina Mar Azul I Nova Lima Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 082/1982
Companhia Vale do Rio Doce - Vale (Antiga MBR Mineraes Brasileiras
Reunidas)
B4 - Mina Mar Azul I Nova Lima Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 004/1977
Companhia Vale do Rio Doce - Vale (Antiga MBR Mineraes Brasileiras
Reunidas)
Barragem 8B - Mina de guas Claras
III Nova Lima Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Almas B II Ouro Preto Descaracterizada em 22/04/2014
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CNPJ PROCESSO
COPAM EMPREENDEDOR
NOME DA ESTRUTURA / BARRAGEM
CLASSE MUNICPIO SITUAO ATUAL
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Alto Jacutinga I Ouro Preto Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale CB-3 II Ouro Preto
Estabilidade no Garantida pelo Auditor
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Gamb I II Ouro Preto Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 036/1977 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Prata I II Ouro Preto
Estabilidade no Garantida pelo Auditor
15.144.306/0001-99 071/1987 Vale Mangans S.A
(Antiga Rio Doce Mangans S.A)
Barragem Lagoa Principal I Ouro Preto Auditor no conclui sobre a situao
de estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
33.592.510/0001-54 263/1991 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da Usina 12 I Sabar Descaracterizada em 30/03/2015
33.592.510/0001-54 263/1991 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da Usina 13 I Sabar Descaracterizada em 30/03/2015
33.592.510/0001-54 263/1991 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da Pilha 1 I Sabar Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 263/1991 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale Dique da Pilha 2 I Sabar Estabilidade Garantida
33.592.510/0001-54 022/1995 Companhia Vale do Rio
Doce - Vale B 3 I
So Gonalo do Rio Abaixo
Estabilidade Garantida
-
20
5. METODOLOGIA
Os dados apresentados neste relatrio foram baseados nas informaes apresentadas
pelas empresas nos anos anteriores e nos cadastros e declaraes de estabilidade
apresentados no Banco de Declaraes Ambientais (BDA).
O Banco de Declaraes Ambientais - BDA foi elaborado no ano de 2009 com o objetivo
de reunir informaes sobre as estruturas cadastradas e como instrumento para
otimizao da gesto de barragens.
No mdulo de barragem do BDA encontra-se disponvel todo o histrico das estruturas
tais como dados de cadastro, localizao, informao sobre volume e altura, classificao
e caractersticas do material armazenado, caractersticas a jusante da barragem,
informaes sobre a data de incio e previso de trmino de operao da estrutura,
situao de operao, material do macio, alm das declaraes de condio de
estabilidade j inseridas.
As barragens devem ser cadastradas no BDA e passar por auditoria peridica de
segurana, cujos resultados e recomendaes devem ser encaminhados FEAM, na
frequncia estabelecida na legislao em vigor. Ressalta-se que de inteira
responsabilidade do empreendedor a insero dessas informaes.
Dessa forma, os dados divulgados no Inventrio de Barragens do Estado de Minas
Gerais Ano 2015 representam as informaes enviadas pelos empreendedores no
referido ano.
Consideram-se estruturas em condio especial aquelas que no possuem nenhuma
declarao de condio de estabilidade inserida no BDA, seja por se tratarem de novos
cadastros e/ou por outros motivos os quais no sero tratados nesse momento.
Atualmente, o Banco de Declaraes Ambientais apresenta 16 estruturas em condio a
validar, ou seja, estruturas para as quais o empreendedor ainda necessita acessar o BDA
e confirmar as informaes do cadastro. Essa condio resultante da alimentao de
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21
dados das estruturas para BDA em 2010, os quais anteriormente encontravam-se
registrados em planilha Excel.
A planilha do Relatrio Geral de Barragens foi gerada no dia 17 de dezembro de 2015
por meio da utilizao dos dados registrados no BDA, dessa forma os resultados
divulgados neste Inventrio representam as condies verificadas at a referida data.
-
22
6. RESULTADOS DA GESTO DE BARRAGENS EM 2015
6.1 DISTRIBUIO DAS BARRAGENS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
O programa de gesto de barragens da FEAM teve incio no ano de 2006, quando havia
606 estruturas no cadastro. Com o passar do tempo, como consequncia das aes de
gerenciamento adotadas pela FEAM e da atitude responsvel dos empreendedores em
cumprir com as determinaes definidas nas Deliberaes Normativas do COPAM, o
nmero de estruturas vem se alterando a cada ano como pode ser verificado na Figura 1.
No ano de 2015 verificam-se 730 barragens cadastradas no BDA.
Figura 1: Evoluo do nmero de estruturas cadastradas no Banco de Declaraes Ambientais.
606 605
661
720697
720741 744
754730
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
EVOLUO DO NMERO DE ESTRUTURAS CADASTRADAS NO BDA
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Classe das Estruturas:
Em 2015, foram contabilizadas 730 estruturas cadastradas no Banco de Declaraes
Ambientais, sendo assim distribudas:
201 estruturas Classe I;
305 estruturas Classe II e
224 estruturas Classe III.
Considerando esse total, temos a distribuio das estruturas por classe apresentada na
Figura 2. Observa-se que as estruturas de Classe II apresentam-se em maior nmero,
representando 41,8% do total de estruturas cadastradas.
Figura 2: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por Classe.
0
100
200
300
400
Classe I Classe II Classe III
201
305
224
DISTRIBUIO DAS ESTRUTURAS POR CLASSE - ANO 2015
27,5%
41,8%
30,7%
-
24
De acordo com periodicidade estabelecida na DN n 87 de 17 de junho de 2005 (Tabela
2), em 2015, os empreendedores responsveis pelas estruturas enquadradas como
sendo de Classe I e Classe III deveriam realizar a Auditoria Tcnica de Segurana de
Barragens e, inserir no BDA a correspondente Declarao de Condio de Estabilidade
at o dia 10 de setembro conforme preconiza a DN n 124 de 09 de outubro de 2008.
Tabela 2: Periodicidade das Declaraes de Condio de Estabilidade conforme DN n 87/2005.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Classe I
Classe II
Classe III
Periodicidade para entrega das Declaraes de Estabilidade
No entanto, 57 estruturas Classe I e 28 estruturas Classe III no realizaram a insero da
Declarao de Condio de Estabilidade no BDA at a data limite. Algumas dessas
estruturas so novos cadastros e, portanto no so enquadradas como unidades em
descumprimento das Deliberaes Normativas COPAM visto que possuem prazo para
apresentao do primeiro Relatrio de Auditoria e respectiva Declarao de Condio de
Estabilidade.
-
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Tipologia das Estruturas:
Observando-se a Figura 3, nota-se que em 2015, a atividade de minerao deteve o
maior percentual de estruturas cadastradas (60,5%) no BDA, isso devido ao grande
potencial minerrio do estado de Minas Gerais. As indstrias e as destilarias de lcool
representaram respectivamente, 12,7% e 26,7% dos cadastros.
Figura 3: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por Tipologia.
0
150
300
450
Indstria Destilaria de lcool Minerao
93
195
442
DISTRIBUIO DAS ESTRUTURAS POR TIPOLOGIA - ANO 2015
26,7%
60,5%
12,7%
-
26
Classe x Tipologia das Estruturas:
Na Figura 4 nota-se que, em todas as classes, a atividade da minerao responsvel
pelo maior nmero de cadastros de estruturas no Banco de Declaraes Ambientais. Mais
uma vez, esse fato evidencia o grande potencial minerrio presente em todo o Estado de
Minas Gerais.
Figura 4: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA considerando Classe e Tipologia.
16
39 38
70
96
29
115
170
157
0
60
120
180
Classe I Classe II Classe III
DISTRIBUIO DAS ESTRUTURAS POR CLASSE X TIPOLOGIA -ANO 2015
Indstria Destilaria de lcool Minerao
-
27
Bacia Hidrogrfica:
A Figura 5 apresenta a distribuio das estruturas cadastradas no BDA de acordo com a
bacia hidrogrfica onde se localizam. Nota-se que a bacia do Rio So Francisco detm a
maior concentrao de estruturas cadastradas. Esse fato pode ser atribudo alta
concentrao de empreendimentos minerrios e demais indstrias nessa regio,
principalmente no Quadriltero Ferrfero.
Figura 5: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por Bacia Hidrogrfica.
336
146
125
80
12
9
8
7
7
Rio So Francisco
Rio Grande
Rio Doce
Rio Paranaba
Rios Piracicaba/Jaguari
Rio Paraba do Sul
Rio Pardo
Rio Mucuri
Rio Jequitinhonha
DISTRIBUIO DE ESTRUTURAS POR BACIA HIDROGRFICA - ANO 2015
Superintendncia Regional de Regularizao Ambiental - SUPRAM:
A Figura 6 mostra a distribuio das estruturas cadastradas por SUPRAMs. Verifica-se
que o maior nmero de estruturas est concentrado na regio de atuao da SUPRAM
Central (288 estruturas), em seguida aparecem a SUPRAM do Tringulo Mineiro (181
-
28
estruturas) e a SUPRAM do Leste de Minas (83 estruturas) com os nmeros mais
significativos de unidades dessa natureza.
Figura 6: Grfico da distribuio das estruturas cadastradas no BDA divididas por SUPRAM's.
288
181
83
51
45
40
31
8
3
Central Metropolitana
Tringulo Mineiro
Leste de Minas
Sul de Minas
Noroeste de Minas
Alto So Francisco
Zona da Mata
Jequitinhonha
Norte de Minas
DISTRIBUIO DE ESTRUTURAS POR SUPRAM's- ANO 2015
Novos Cadastros:
Em 2015 foram inseridos 28 novos cadastros de estruturas no Banco de Declaraes
Ambientais. A Tabela 3 apresenta as informaes bsicas a respeito dessas novas
estruturas cadastradas no BDA.
-
29
Tabela 3: Novas estruturas cadastradas no Banco de Declaraes Ambientais - BDA
CODIGO BARRAGEM
DATA CADASTRO
RAZAO SOCIAL NOME DA ESTRUTURA CLASSE MUNICIPIO BACIA HIDROGRFICA TIPOLOGIA
1889 01/11/2014 Veredas Agro Ltda. Barragem Velha III Joo Pinheiro Rio So Francisco Destilaria de lcool
1893 14/11/2014 Veredas Agro Ltda. Barragem Noroeste I Joo Pinheiro Rio So Francisco Destilaria de lcool
1894 01/12/2014 Veredas Agro Ltda. Barragem Nova I Joo Pinheiro Rio So Francisco Destilaria de lcool
2027 19/01/2015 Go4 Participaes E Empreendimentos
S.A. Barragem Da Vooroca II Antnio Dias Rio Piracicaba Minerao
2361 03/03/2015 Empresa De Minerao Esperana S/A Dique de Sada da Cava II Brumadinho Rio So Francisco Minerao
2474 30/03/2015 Kinross Brasil Minerao S/A Barragem A III Paracatu Rio So Francisco Minerao
2480 30/03/2015 Kinross Brasil Minerao S/A Tanque XI II Paracatu Rio So Francisco Minerao
2496 14/04/2015 Alexandrita Minerao Comrcio E
Exportao Ltda. Alder Souza II Antnio Dias Rio Doce Minerao
2510 23/04/2015 Empresa De Minerao Esperana S/A Sump de Conteno de
Sedimentos II Brumadinho Rio So Francisco Minerao
2599 29/04/2015 AVG Siderurgia Ltda. AVG IV - Direita da via de acesso a Descarga de Carvo Alto Forno II
I Sete Lagoas Rio Paraopeba Indstria
2516 05/05/2015 SAFM MineraoLtda. Barragem Central II Itabirito Rio das Velhas Minerao
2518 05/05/2015 SAFM MineraoLtda. Barragem Aredes II Itabirito Rio das Velhas Minerao
2517 06/05/2015 SAFM MineraoLtda. Barragem da Grota II Itabirito Rio das Velhas Minerao
2520 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R1 I Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2522 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R2 I Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2524 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R3 I Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2525 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R9 I Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2527 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R10 I Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2529 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R11 II Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
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CODIGO BARRAGEM
DATA CADASTRO
RAZAO SOCIAL NOME DA ESTRUTURA CLASSE MUNICIPIO BACIA HIDROGRFICA TIPOLOGIA
2531 21/05/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R12 II Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2550 08/06/2015 Bioenergtica Vale do Paracatu S.A R 13 I Joo Pinheiro Rio Paracatu Destilaria de lcool
2552 29/06/2015 Precon Industrial S/A Barragem De Conteno De gua
Pluvial Dique D-03 III Belo Horizonte Rio So Francisco Indstria
2557 21/07/2015 FERRO + MINERACAO S.A. Dique de Conteno de Sedimentos Pilha Sul
I Congonhas Rio So Francisco Minerao
2561 27/08/2015 Bela Ischia Ind. Comercio De Polpa E
Fruta Congela Barragem Usina Paraso III Astolfo Dutra Rio Paraba do Sul Indstria
2639 10/09/2015 Saint-Gobain do Brasil Produtos
Industriais e para Construo Ltda. Barragem de Conteno de Rejeito
1 I
So Gonalo do Rio Abaixo
Rio Doce Minerao
2640 10/09/2015 Saint-Gobain do Brasil Produtos
Industriais e para Construo Ltda. Barragem de Conteno de Rejeito
2 I
So Gonalo do Rio Abaixo
Rio Doce Minerao
2655 22/09/2015 Companhia Vale Do Rio Doce Forquilha IV III Ouro Preto Rio das Velhas Minerao
2662 03/11/2015 Ferrous Resources do Brasil Barragem 7 III Jeceaba Rio Paraopeba Minerao
-
31
Estruturas Excludas:
Em 2015 foram excludos 61 cadastros de estruturas no Banco de Declaraes
Ambientais BDA.
O procedimento definido pela FEAM para que uma estrutura seja excluda do Banco de
Declaraes Ambientais constitui da apresentao de Relatrio Tcnico e Fotogrfico
acompanhado de Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART), especificando
formalmente o motivo pelo qual a estrutura no se enquadra como barragem e solicitando
a retirada da mesma do cadastro da instituio. Aps a realizao de vistoria pela equipe
tcnica da GERIM ao empreendimento e comprovada a descaracterizao da estrutura,
registrada em Auto de Fiscalizao, a mesma excluda do Banco de Declaraes
Ambientais.
Finalizado esse procedimento, o empreendedor notificado por meio de ofcio que o
informa quanto retirada da estrutura do Banco de Declaraes Ambientais da FEAM e
dispensa do cumprimento das obrigaes estabelecidas na DN 87/2005 e na DN
124/2008 quanto quela barragem.
Cabe ressaltar que, dentre as estruturas excludas, 20 delas apresentavam cadastro
duplicado no BDA.
A Tabela 4 apresenta as informaes bsicas a respeito do total das estruturas excludas
do Banco de Declaraes Ambientais da FEAM.
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32
Tabela 4: Estruturas excludas do Banco de Declaraes Ambientais da FEAM em 2015.
CNPJ EMPREENDIMENTO / EMPREENDEDOR NOME DA ESTRUTURA CLASSE MUNICPIO
60.561.800/0030-48 Novelis do Brasil LTDA. Barragem Marzago III Ouro Preto
17.635.277/0001-93 Metalsider Ltda Barragem Reservatrio de gua de Refrigerao do Setor 1 II Betim
17.635.277/0001-93 Metalsider Ltda Barragem Reservatrio de gua de Refrigerao do Setor III
AF 5 II Betim
16.941.833/0001-97 Belmont Minerao Bacia de Decantao Escavada I I Itabira
16.941.833/0001-97 Belmont Minerao Bacia de Decantao Escavada II I Itabira
16.941.833/0001-97 Belmont Minerao Bacia de Decantao Escavada III I Itabira
16.941.833/0001-97 Belmont Minerao Bacia de Decantao Escavada IV I Itabira
16.941.833/0001-97 Belmont Minerao Bacia de Decantao Escavada V I Itabira
16.941.833/0001-97 Belmont Minerao Bacia de Decantao Escavada VI I Itabira
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Reservatrio do Ribeiro Beija-Flor III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IA III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IB III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IIA III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IIB III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IIIA III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IIIB III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IVA III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de decantao IVB III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de recirculao de gua I III Uberaba
08.684.547/0001-65 Magnesita Refratrios S.A Tanque de recirculao de gua II III Uberaba
18.565.382/0006-70 Anglo Gold Ashanti Crrego do Stio Minerao Barragem Calcinados III Nova Lima
18.565.382/0006-70 Anglo Gold Ashanti Crrego do Stio Minerao Barragem Rapaunha III Nova Lima
18.565.382/0006-70 Anglo Gold Ashanti Crrego do Stio Minerao Barragem Cocuruto III Nova Lima
18.565.382/0006-70 Anglo Gold Ashanti Crrego do Stio Minerao Barragem Cambimbe III Nova Lima
-
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CNPJ EMPREENDIMENTO / EMPREENDEDOR NOME DA ESTRUTURA CLASSE MUNICPIO
18.565.382/0007-51 Anglo Gold Ashanti Crrego do Stio Minerao Barragem Mina Cuiab III Sabar
16.565.897/0001-30 Brumafer Minerao LTDA (atual AVG) Barragem De Recuperao De gua Do Processo. Barragem
De Retorno III Sabar
33.592.510/0425-82 Vale S.A. Dique da Usina 11 I Sabar
33.592.510/0425-82 Vale S.A. Dique da Usina 12 I Sabar
33.592.510/0425-82 Vale S.A. Dique da Usina 13 I Sabar
33.042.730/0013-48 Companhia Siderrgica Nacional Dique 16 - Dique do Engenho III Congonhas
13.537.735/0007-96 Usina Delta Reservatrio De gua Servida 2/Conquista De Minas II Conquista
33.417.445/0005-54 Mineraes Brasileiras Reunidas S/A-MBR Barragem B2 - Mina Mar Azul (Antiga Cava C2
Preenchimento) II Nova Lima
72.111.321/0020-37 Usina Itaiquara De Acar E lcool S.A. Conjunto De Lagoas De Estabilizao Em Srie, De
Resfriamento E Recirculao - Lagoas 1; 2; E 3 II Passos
33.592.510/0007-40 Vale S.A. Barragem Corte Azul II Congonhas
13.537.735/0003-62 USINA DELTA S.A Reservatrio Final Vlvula 4 Delta - gua Servida I Delta
13.537.735/0002-81 USINA DELTA S.A Reservatrio Final Do Canal Do Lbano III Conceio das
Alagoas
16.617.789/0001-64 Agropu Agro-Industrial De Pompu S/A Reservatrio I Oxidao - Desativado I Pompeu
16.617.789/0001-64 Agropu Agro-Industrial De Pompu S/A Reservatrio II Oxidao - Desativado I Pompeu
16.617.789/0001-64 Agropu Agro-Industrial De Pompu S/A Reservatrio III - Oxidao gua Residuaria- Desativado I Pompeu
16.617.789/0001-64 Agropu Agro-Industrial De Pompu S/A Reservatrio IV Vinhaa - Desativado I Pompeu
16.617.789/0001-64 Agropu Agro-Industrial De Pompu S/A Reservatrio V - Vinhaa (Desativado) I Pompeu
21.256.870/0002-87 FERRO + MINERACAO S.A. Pilha De Rejeitos - J8 II Ouro Preto
33.592.510/0044-94 VALE S.A. Dique Nery I Itabirito
01.105.558/0001-02 WD Agroindustrial Ltda. (Ex-Destilaria WD Ltda.) R 01 III Joo Pinheiro
01.105.558/0001-02 WD Agroindustrial Ltda. (Ex-Destilaria WD Ltda.) R 02 III Joo Pinheiro
01.105.558/0001-02 WD Agroindustrial Ltda. (Ex-Destilaria WD Ltda.) R 03 III Joo Pinheiro
20.346.524/001-46 Kinross Brasil Minerao S/A Tanque Especfico V II Paracatu
20.346.524/001-46 Kinross Brasil Minerao S/A Tanque Especfico VI II Paracatu
20.346.524/001-46 Kinross Brasil Minerao S/A Tanque Especfico VII II Paracatu
-
34
CNPJ EMPREENDIMENTO / EMPREENDEDOR NOME DA ESTRUTURA CLASSE MUNICPIO
20.346.524/001-46 Kinross Brasil Minerao S/A Tanque Especfico VIII II Paracatu
20.346.524/001-46 Kinross Brasil Minerao S/A Tanque Especfico IV II Paracatu
21.783.238/0001-00 Destilaria Rio Do Cachimbo Ltda. Reservatrio 01 I Joo Pinheiro
21.783.238/0001-00 Destilaria Rio Do Cachimbo Ltda. Reservatrio 04 I Joo Pinheiro
21.783.238/0001-00 Destilaria Rio Do Cachimbo Ltda. Reservatrio 07 I Joo Pinheiro
33.592.510/0413-49 Vale S.A. gua Espalhada I Rio Piracicaba
33.592.510/0007-40 VALE S.A Bandeira I II Ouro Preto
33.592.510/0007-40 VALE S.A Bandeira II II Ouro Preto
20.176.160/0001-01 AVG Siderurgia Ltda. AVG I - Atrs da Manuteno I Sete Lagoas
20.176.160/0001-01 AVG Siderurgia Ltda. AVG II - Atrs da sala VIP, entre muro da empresa e BR 040 I Sete Lagoas
20.176.160/0001-01 AVG Siderurgia Ltda. AVG III - Frente o Escritrio I Sete Lagoas
20.176.160/0001-01 AVG Siderurgia Ltda. AVG IV - A direita da via de acesso a Descarga de Carvo do
Alto Forno II I Sete Lagoas
-
35
6.2 CONDIO DE ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS EM 2015
No ano de 2015 foi considerada, para clculo do percentual de estabilidade, a condio
de 713 estruturas cadastradas no Banco de Declaraes Ambientais. Esse nmero
engloba apenas as estruturas que possuem Declarao de Condio de Estabilidade
inserida no BDA. Desse quantitativo podemos dizer que:
191 estruturas so classe I;
302 estruturas so classe II e
220 estruturas so classe III.
Considerando a condio de estabilidade declarada dessas estruturas, temos que:
675 estruturas pertencem ao grupo A, ou seja, possuem estabilidade garantida
pelo auditor.
16 estruturas pertencem ao grupo B, ou seja, o auditor no conclui sobre a
estabilidade por falta de dados e/ou documentos tcnicos.
19 estruturas pertencem ao grupo C, ou seja, no possuem estabilidade garantida
pelo auditor.
1 estrutura rompida (Barragem do Fundo).
2 estruturas, Dique 1 e Dique 2, que foram cadastradas inicialmente como parte
do Sistema de Rejeitos do Fundo Barragem do Fundo.
Importante ressaltar que as estruturas Dique 1 e Dique 2 compunham o Sistema de
Rejeitos de Fundo. O Dique 2, onde eram dispostos os rejeitos finos (lama), foi
incorporado ao reservatrio da Barragem Fundo que manteve como dique principal o
Dique 1, onde era realizada a disposio de rejeito arenoso, na forma de empilhamento
drenado e, portanto, os dois diques constituam efetivamente a Barragem do Fundo.
Assim, as estruturas Dique 01 (Sistema de Rejeitos do Fundo) e Dique 02 (Sistema de
Rejeitos do Fundo) encontram-se em processo de excluso do banco de dados da
FEAM (BDA), pois a consolidao dos sistemas em apenas um reservatrio j
encontrava-se concretizada.
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36
Cabe esclarecer ainda que:
A condio de Estabilidade Garantida se refere situao em que o auditor, aps
estudos geotcnicos, hidrolgicos e hidrulicos, anlises visuais, avaliaes das
condies de construo (as built) e/ou condies atuais (as is) das estruturas, garante
que as mesmas esto estveis tanto do ponto de vista da estabilidade fsica do macio
quanto da estabilidade hidrulica (passagem de cheias) e, portanto no demonstram, no
momento da realizao da auditoria, risco iminente de rompimento.
A condio para a qual no h concluso sobre a estabilidade da estrutura devido
falta de dados e/ou documentos tcnicos reporta situao em que o auditor no dispe
de estudos geotcnicos, hidrolgicos e hidrulicos, anlises visuais, avaliaes das
condies de construo (as built) e/ou condies atuais (as is) das estruturas e por
esse motivo no consegue atestar a estabilidade da estrutura.
A condio de Estabilidade no Garantida significa que o auditor aps os estudos
geotcnicos, hidrolgicos e hidrulicos, anlises visuais, avaliaes das condies de
construo (as built) e/ou condies atuais (as is) das estruturas, no garante que as
mesmas estejam seguras seja pelo ponto de vista da estabilidade fsica do macio ou
pelo ponto de vista da estabilidade hidrulica (passagem de cheias), portanto so
estruturas que apresentam maior risco de rompimento, caso medidas preventivas e
corretivas no sejam tomadas.
O grfico da Figura 7 apresenta o percentual de estabilidade verificado em 2015. Foram
675 estruturas com condio de estabilidade garantida pelo auditor, representando 95,1%
do total. O auditor no pode concluir devido falta de dados e/ou documentos tcnicos
quanto a 16 estruturas (2,2%) e 19 estruturas (2,7%) no apresentaram estabilidade
garantida pelo auditor. Alm da estrutura rompida da Barragem do Fundo e dos diques
01 e 02, incorporados pelo Sistema de Rejeitos do Fundo.
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Figura 7: Grfico da Condio de Estabilidade das Estruturas no ano de 2015.
16 (2,2%) 19 (2,7%)
675 (95,1%)
CONDIO DE ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS -ANO 2015
Auditor No Conclui Estabilidade No Garantida Estabilidade Garantida
Na Tabela 5 verifica-se a distribuio da condio de estabilidade das estruturas levando-
se em considerao a classe de enquadramento das mesmas. Para a confeco dessa
tabela foi suprimida a condio de estabilidade da Barragem de Fundo devido ao seu
rompimento.
Tabela 5: Condio de estabilidade das estruturas dividido por classe.
Classe I Classe II Classe IIITotal de
estruturas
Auditor No Conclui 12 3 1 16
Estabilidade No Garantida 2 10 7 19
Estabilidade Garantida 177 287 211 675
TOTAL: 191 300 219 710
A Tabela 6 traz o comparativo dos percentuais das condies de estabilidade registrados
nos anos de 2015 e 2014.
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Percebe-se aumento do percentual de estruturas com estabilidade garantida, passando
de 94,3% em 2014 para 95,1% em 2015. Consequentemente houve reduo do
percentual de estruturas com estabilidade no garantida de 3,9% para 2,7% e aumento do
percentual de estruturas para as quais o auditor no conclui por falta de dados ou
documentos tcnicos de 1,8% para 2,2% do ano de 2014 para o ano de 2015.
Tabela 6: Comparativo do nmero de estruturas e percentual de estabilidade nos anos de 2014 e 2015.
N de
EstruturasPercentual
N de
EstruturaPercentual
Auditor No Conclui 13 1,8% 16 2,2%
Estabilidade No Garantida 29 3,9% 19 2,7%
Estabilidade Garantida 693 94,3% 675 95,1%
TOTAL: 735 100,00% 710 100,0%
20152014
Em relao concluso sobre a condio de estabilidade, verificou-se 33 estruturas
cadastradas no BDA apresentaram estabilidade no garantida pelo auditor ou o auditor
no concluiu sobre a situao de estabilidade por falta de dados e/ou documentos
tcnicos. A partir dessa informao, foram tomadas as seguintes aes:
Judicializao: Encaminhamento de 10 estruturas Advocacia Geral do Estado
(AGE). Considerou-se para tal ao aquelas estruturas que reiteradamente
apresentaram a situao de estabilidade definida pelo auditor com estabilidade no
garantida ou no conclui por falta de dados e/ou documentos tcnicos. Outros
fatores tambm considerados foram: situao de abandono, localizao em reas
interditadas e recorrentes descumprimento de legislao vigente e/ou no
atendimento s solicitaes da FEAM.
Novas Auditorias: Para 5 estruturas que apresentam maior potencial de dano
ambiental e segundo informaes constantes no BDA suas recomendaes, feitas
pela auditoria, no as levariam a atingir a condio de estabilidade garantida, foram
solicitadas aos empreendedores a realizao de Nova Auditoria com prazo de
entrega em 60 (sessenta) dias.
Inspeo de Urgncia: Para 16 estruturas foram solicitadas Inspees de
Urgncia. Compuseram esse grupo aquelas estruturas para as quais foram
apresentadas recomendaes que poderiam lev-las a atingir a condio de
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estabilidade garantida pelo auditor. Em alguns casos, os empreendedores
complementaram informaes que permitiram a descaracterizao das estruturas.
As 2 estruturas restantes encontram-se em processo de descaracterizao, com
documentao em anlise.
Para as estruturas denominadas Santarm e Sela e Tulipa, a Samarco apresentou
novas auditorias de condio de estabilidade, conforme preconiza a DN 87/2005 em seu
Art. 8 2o que determina que: Uma auditoria de idntica natureza dever ser sempre
solicitada ao empreendedor, quando ocorrer qualquer tipo de evento imprevisto na
operao da barragem, ou quando houver alterao programada nas caractersticas das
estruturas, devendo ser entregue FEAM o Relatrio da Auditoria de Segurana no prazo
de at 120 (cento e vinte) dias, contados a partir da solicitao que concluram em
fevereiro de 2016 pela condio de estabilidade no garantida e sero submetidas a
aes cabveis.
Na Tabela 7 esto listadas as 33 estruturas que, no ano de 2015, apresentaram
Estabilidade no Garantida ou que o Auditor no Conclui por falta de dados e/ou
documentos tcnicos.
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Tabela 7: Estruturas com Condio de Estabilidade no garantida ou sem concluso pelo auditor por falta de dados e/ou documentos tcnicos no ano de 2015.
1
EMPREENDIMENTO NOME CLASSE MUNICPIO BACIA TIPOLOGIA SITUAO DE ESTABILIDADE
NACIONAL MINERIOS S/A Dique Do Engenho III Congonhas Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL
Barragem De Captao De gua Do Crrego Maria Jos
II Congonhas Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
VOTORANTIM METAIS ZINCO S.A. Barragens E Mdulos Antigos II Vazante Rio So Francisco Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL
Baia 4 II Congonhas Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
MUNDO MINERACAO LTDA. Sistema De Captao De Rejeito III Rio Acima Rio So Francisco Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE Grupo III Congonhas Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE Forquilha III III Congonhas Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE CB-3 II Ouro Preto Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE Prata I II Ouro Preto Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
MINERAO USIMINAS S/A Dique 01 - Serra Azul - Dique Vai E
Volta 1 I Mateus Leme Rio So Francisco Minerao
Auditor no conclui sobre a situao de estabilidade, por falta de dados ou
documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Da Divisa I Itatiaiuu Rio So Francisco Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Da Oficina I Itatiaiuu Rio So Francisco Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
HERCULANO MINERACAO LTDA Depsito-Barragem De Rejeitos B1 III Itabirito Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
HERCULANO MINERACAO LTDA Barragem B4 III Itabirito Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
1 Conforme dados inseridos no BDA at o dia 10 de setembro de 2015.
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EMPREENDIMENTO NOME CLASSE MUNICPIO BACIA TIPOLOGIA SITUAO DE ESTABILIDADE
MMX SUDESTE MINERAO LTDA
Barragem Quias II Brumadinho Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE Captao De Troves I Rio Acima Rio So Francisco Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
PITEIRAS MINERACAO LTDA Aude De gua Limpa I Itabira Rio Doce Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
LDC BIOENERGIA S.A. Reservatrio II - Fazenda Bonifcil II Lagoa da Prata Rio So Francisco Destilaria de lcool Estabilidade no Garantida pelo Auditor
VALE MANGANES S.A Barragem Lagoa Principal I Ouro Preto Rio Doce Indstria Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
VALE MANGANES S.A Barragem Lagoa Do Ip II Conselheiro Lafaiete Rio Paraopeba Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
VALE MANGANS AS (MINA DO FUNDO OU CH)
Barragem BR-3 II Nazareno Rio Grande Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
VALE MANGANS AS (MINA DO FUNDO OU CH)
Barragem BR-2 II Nazareno Rio Grande Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
MINAR MINERACAO AREDES LTDA
Barragem Minar II Itabirito Rio So Francisco Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINAR MINERACAO AREDES LTDA
Dique 02 II Itabirito Rio So Francisco Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Couves (Musa) I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Da Mineira I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Da Oficina II I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Do Asfalto I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
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EMPREENDIMENTO NOME CLASSE MUNICPIO BACIA TIPOLOGIA SITUAO DE ESTABILIDADE
MINERAO USIMINAS S/A Dique Intermedirio I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
MINERAO USIMINAS S/A Dique Mazano II I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
Sermil Servios de Minerao Ltda. Barragem De Silte II Vermelho Novo Rio Doce Minerao Estabilidade no Garantida pelo Auditor
MINERAO USIMINAS S/A Dique Flotao I Itatiaiuu Rio Paraopeba Minerao Auditor no conclui sobre a situao de
estabilidade, por falta de dados ou documentos tcnicos
FERRO + MINERACAO S.A. Dique de Conteno de Sedimentos
Pilha Sul I Congonhas Rio So Francisco Minerao
Auditor no conclui sobre a situao de estabilidade, por falta de dados ou
documentos tcnicos
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6.3 BARRAGENS FISCALIZADAS NO ANO DE 2015
O programa de fiscalizaes de barragens realizado pela Gerncia de Resduos
Industriais e da Minerao GERIM fiscalizou 281 diferentes estruturas no ano de 2015
at a data 10/12/2015, gerando 87 Autos de Fiscalizao.
As fiscalizaes realizadas atenderam em suma, estruturas que no vinham
apresentando as declaraes de condio de estabilidade na periodicidade correta,
estruturas com alto potencial de dano ambiental, estruturas que no apresentaram
estabilidade garantida ou que o auditor no pode concluir devido falta de dados e/ou
documentos tcnicos, alm de denncias recebidas pela FEAM e atendimento s
demandas presentes em Aes Civis do Ministrio Pblico Federal.
As recomendaes descritas no primeiro Relatrio de Auditoria de Segurana constituem
o ponto de partida para a definio das providncias de adequao dos procedimentos de
segurana de que trata o 3 do Art. 9 da DN COPAM n 62 de 2002. Desta forma, a
FEAM atua na verificao da implantao das recomendaes apontadas no referido
relatrio, no contexto dos processos de licenciamento e fiscalizao ambiental.
Sero passveis de autuao, os empreendimentos que descumprirem a Deliberao
Normativa do COPAM no atendendo assim, s recomendaes para adequao dos
procedimentos de segurana das estruturas.
Aps a realizao das vistorias, foi constatado que, na maioria dos casos, as
recomendaes dos relatrios de auditoria foram implementadas, sendo registradas
algumas no conformidades operacionais de pequena significncia, para as quais foram
novamente solicitadas correes imediatas.
As no conformidades relacionadas se referem principalmente a: excesso de vegetao
nos taludes, impossibilitando uma boa inspeo e fiscalizao, acmulo de materiais
slidos nos vertedouros e algumas recomendaes que no foram implementadas dentro
do prazo inicialmente estabelecido no cronograma de obras e por alguma eventualidade
no foram atendidas no tempo previsto.
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Em alguns casos, onde as recomendaes da auditoria no so cumpridas resultando em
grandes inconformidades ou ocasionando o descumprimento das Deliberaes
Normativas do COPAM, faz-se necessrio a aplicao da legislao. Nesses casos, os
Autos de Infrao so gerados. No ano de 2015 foram lavrados 5 Autos de Infrao.
Cabe lembrar que as atividades dos rgos fiscalizadores no eximem os
empreendedores da total responsabilidade pela segurana das barragens e reservatrios
por eles operados, bem como das consequncias pelo seu mau funcionamento.
Em continuidade ao trabalho de gesto de barragens, aps consulta ao BDA, foram
verificados a no insero da Declarao de Condio de Estabilidade de 92 estruturas,
sendo necessria a lavratura em escritrio de outros 63 autos de infrao sendo esses
autos remetidos aos empreendedores.
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7. ACIDENTES AMBIENTAIS COM BARRAGENS
7.1 - BARRAGEM B1 - HERCULANO MINERAO
Desde o dia 10 de Setembro de 2014 quando houve o rompimento da Barragem B1 de
propriedade da Herculano Minerao localizada no municpio de Itabirito MG, as aes
do Programa de Gesto de Barragens foram intensificadas e o atendimento ao Plano de
Aes Emergenciais foi acompanhado pela FEAM para promover de forma segura e
eficaz, o controle, a minimizao e eliminao dos novos impactos ambientais em funo
deste acidente.
Em fevereiro de 2015, foi verificado por meio de fiscalizaes no empreendimento que,
at aquele momento, as aes propostas no Plano de Aes Emergenciais da estrutura
Barragem B1, foram implementadas com a finalizao das obras de implantao de um
Dique de Conteno localizado imediatamente a jusante do ponto de ruptura da
barragem.
Durante o acompanhamento do Programa de Gesto, em meados do ms de julho de
2015, foram observados alguns pontos de surgncia que aflorava no canal de descida da
brecha formada pela ruptura da estrutura, motivo pelo qual houve comunicado formal da
empresa sobre novo risco de ruptura da estrutura remanescente da Barragem B1. Foram
identificados alguns pontos de saturao em taludes formados pelo rebatimento dos
bancos sobre a rea deslizada no contato com os taludes remanescentes no sentido da
sua ombreira esquerda.
Em nova fiscalizao realizada em agosto de 2015, foi informado por representantes da
empresa que estava em elaborao o projeto final de estabilizao da Barragem B1 com
utilizao de material proveniente da mina de forma a garantir a estabilidade da estrutura
at que seja definido o plano de utilizao futuro da referida rea.
Foram definidas tambm novas medidas de controle no Plano de Aes Emergenciais
para garantir a estabilidade da Barragem B4, bem como, estabilizao da rea onde
ocorreu o vrtex na poro de montante do reservatrio.
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7.2 - BARRAGEM DO FUNDO SAMARCO S.A.
Por volta das 16hs do dia 05 de novembro de 2015 foi anunciado o rompimento da
Barragem do Fundo operada pela mineradora Samarco, localizada no distrito de Bento
Rodrigues, municpio de Mariana.
A Figura 8 apresenta a disposio das barragens operadas pelo empreendimento.
Figura 8: Disposio das barragens da SAMARCO.
De acordo com as informaes inseridas no Banco de Declaraes Ambientais da FEAM,
pelo responsvel da empresa, a Barragem do Fundo apresentava altura de 100 metros,
volume do reservatrio de 45.000.000 m, sendo classificada como estrutura classe III de
acordo com critrios estabelecidos na DN 87/2005. Na Figura 9 verifica-se a onda de
lama proveniente da ruptura da barragem.
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O barramento recebia rejeito gerado na unidade de beneficiamento de minrio de ferro e
era classificado no maior porte pelo alto potencial de dano ambiental principalmente pela
concentrao de populao no povoado de Bento Rodrigues, gravemente atingido pelo
transbordamento do material da barragem e pelo significativo interesse ambiental a
jusante.
Figura 9: Barragem de Fundo aps o rompimento do talude.
O distrito de Bento Rodrigues foi quase totalmente devastado pela lama de rejeito
proveniente da ruptura da barragem como pode ser observado nas Figura 10 e Figura 11.
At o fechamento desse Inventrio foram confirmadas 17 mortes e 2 pessoas ainda esto
desaparecidas. O desastre foi classificado pela defesa civil como nvel IV, isto , desastre
de porte muito grande, o que significa que os danos causados so muito importantes e
os prejuzos muito vultosos e considerveis.
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Figura 10: Distrito de Bento Rodrigues aps rompimento das barragens. Fonte Agncia Brasil
Figura 11: Distrito de Bento Rodrigues atingido pela lama de rejeitos da Barragem de Fundo.
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O rompimento da Barragem do Fundo causou efeito em cadeia, provocando o
galgamento da Barragem Santarm que acumulava gua. Dessa forma, quando o
material contido na barragem rompida chegou a essa barragem, a gua ali contida diluiu
ainda mais o rejeito o que provocou aumento da velocidade da lama, causando grande
dano ao meio ambiente.
A Barragem Santarm, implantada no vale do crrego de mesmo nome, concebida para
armazenamento de rejeito e gua, localiza-se a jusante das Barragens Germano e
Fundo. Encontrava-se com 33,1 metros de altura do macio e 0,76 x 106 m3 de volume,
por ocasio do acidente, segundo dados do BDA e do Relatrio de Auditoria da estrutura
de 2015. A onda de rejeitos galgou o barramento de Santarm (Figura 12) erodindo
severamente o talude de jusante, descalando o p do talude e comprometendo a sada
do dreno interno e a prpria estabilidade do macio.
Figura 12: Situao da Barragem Santarm aps seu galgamento.
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Devido gravidade do acidente, todas as atividades da empresa na regio foram
embargadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel
(SEMAD) no dia 06 de novembro de 2015, sendo permitida apenas a realizao das
obras emergenciais necessrias minimizao dos danos e estabilizao das estruturas
remanescentes. O empreendimento foi autuado em 13 de novembro de 2015 pela
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel SEMAD, com multa no
valor de R$ 112.690.376,32 (cento e doze milhes, seiscentos e noventa mil, trezentos e
setenta e seis reais e trinta e dois centavos). Cabendo empresa apresentar e
fundamentar defesa penalidade aplicada.
De acordo com informaes da Samarco, a terceira barragem, Barragem Germano,
sofreu trincas decorrentes do rompimento da Barragem do Fundo.
Obras emergenciais de conteno e reforo vm sendo realizadas nas barragens de
Santarm e Germano com o objetivo de reduzir os riscos de rompimento dessas
estruturas e o acompanhamento dessas atividades emergenciais tem sido realizado pelos
rgos competentes.
Os danos sociais e ambientais, ainda em contabilizao, foram imensos. A lama de
rejeitos foi carreada at o Rio Gualaxo do Norte, a 55 km da barragem, desaguou no Rio
do Carmo, atingiu o leito do Rio Doce e chegou ao litoral do Esprito Santo, adentrando
cerca de 60 km no Oceano Atlntico.
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Figura 13: Caminho percorrido pela lama de rejeitos.
De acordo com a concluso do Relatrio de Auditoria Tcnica de Segurana de
Barragens elaborados em 2015 pela empresa de consultoria Vogbr e Declaraes de
Condio de Estabilidade das estruturas inseridos pela Samarco no BDA da FEAM, as
trs estruturas apresentavam Estabilidade Garantida pelo Auditor.
No dia 12 de novembro de 2015, a Samarco disponibilizou Parecer Tcnico sobre os
resultados preliminares da anlise do acidente, apresentando o Plano de Recuperao
das estruturas remanescentes afetadas pelo esvaziamento do reservatrio de rejeitos da
Barragem do Fundo. A documentao e anlise de estabilidade para o dique de Selinha
que fica bem prximo Barragem Germano apontou condio crtica que requereria
reforo estrutural prioritrio.
No documento foi relatado tambm que a Barragem de Santarm, resistiu passagem de
todo o fluxo de rejeitos liberado pelo acidente com a Barragem do Fundo. Entretanto,
seu macio foi erodido e seu vertedouro teve o trecho em escada completamente
destrudo.
O empreendimento apontou vrias consideraes a fim de promover a reteno do
material carreado tais como implantao de diques de conteno de sedimento de
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pequeno porte, implantao de diques de conteno de sedimento no interior do talvegue
(rea do cnion) situado nas imediaes das Transportadoras de Correia de Longa
Distncia (TCLD) da VALE e para criar barreiras de reteno e reduzir o gradiente do
fluxo de sedimentos, reduzindo sua velocidade.
No dia 20/11/2015, por meio do Decreto n 46.892/2015 foi institudo Fora-Tarefa para
avaliao dos efeitos e desdobramentos do rompimento das Barragens de Fundo e
Santarm, localizadas no distrito de Bento Rodrigues, no municpio de Mariana.
A Fora-Tarefa composta por membros da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Regional, Poltica Urbana e Gesto Metropolitana SEDRU, Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel SEMAD, Gabinete Militar do Governador
GMG, Advocacia Geral do Estado AGE, Companhia de Saneamento de Minas Gerais
COPASA, Instituto Mineiro de Gesto das guas IGAM, Companhia Energtica de
Minas Gerais CEMIG, Prefeito Municipal de Mariana, Prefeito Municipal de Governador
Valadares, Prefeito Municipal de Ipatinga, Prefeito Municipal de Rio Doce, Prefeito
Municipal de Belo Oriente, Prefeito Municipal de Tumiritinga.
At o momento no houve definio do real motivo do rompimento da estrutura, porm
todos os esforos esto sendo tomados para que haja breve e eficaz resposta para os
rgos ambientais e principalmente populao.
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8. CONCLUSO
No ano de 2015, o Banco de Dados de Barragens da FEAM apresentou 730 estruturas
cadastradas.
As aes de gerenciamento adotadas para o referido ano foram consideradas
satisfatrias, repercutindo no aumento do nmero de estruturas estveis de 94,3% em
2014 para 95,1% em 2015. Consequentemente houve reduo do percentual de
estruturas com estabilidade no garantida de 3,9% para 2,7% e aumento do percentual de
estruturas para as quais o auditor no conclui quanto estabilidade por falta de dados ou
documentos tcnicos de 1,8% em 2014 para 2,2% no ano de 2015.
Verifica-se que 85 estruturas no apresentaram a Declarao de Condio de
Estabilidade em 2015, conforme preconiza a Deliberao Normativa do COPAM n 87 de
2005. Dessas, 57 estruturas so de Classe I e 28 estruturas, Classe III. No entanto,
algumas delas so novos cadastros no significando assim descumprimento da
Deliberao Normativa COPAM.
Os rompimentos de estruturas de conteno de rejeitos ocorridos em 2014 e 2015
evidenciam a necessidade de reformulao nas questes relativas gesto de barragens.
Maior rigor em relao s normas que regem a disposio de rejeitos no estado de Minas
Gerais ser adotado. Por esse motivo foi instituda Fora Tarefa com objetivo de discutir
questes relacionadas s metodologias de construo de barragens no Estado,
avaliaes mais detalhadas em relao s possveis causas que levaram ocorrncia
dos recentes acidentes, bem como prticas e normativas para disposio dos diversos
tipos de rejeitos.
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9. REFERNCIAS
BRASIL. Lei 12.334, de 20 de setembro de 2010. Estabelece a Poltica Nacional de
Segurana de Barragens destinadas acumulao de gua para quaisquer usos,
disposio final ou temporria de rejeitos e acumulao de resduos industriais, cria o
Sistema Nacional de Informaes sobre Segurana de Barragens e altera a redao do
art. 35 da Lei n 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4 da Lei n 9.984, de 17 de
julho de 2000.
VILA, Joaquim Pimenta. Barragens de Rejeitos no Brasil. Comit Brasileiro de
Barragens. Rio de Janeiro, CBDB 2012.
CONSELHO ESTADUAL DE POLTICA AMBIENTAL (Minas Gerais). Deliberao
Normativa n 62, de 17 de dezembro de 2002. Dispe sobre critrios de classificao de
conteno de rejeitos, de resduos e reservatrios de gua em empreendimentos
industriais e de minerao no Estado de Minas Gerais.
CONSELHO ESTADUAL DE POLTICA AMBIENTAL (Minas Gerais). Deliberao
Normativa n 87, de 17 de junho de 2005. Altera e complementa a Deliberao
Normativa COPAM n 62, de 17/12/2002, que dispe sobre critrios de classificao de
conteno de rejeitos, de resduos e reservatrios de gua em empreendimentos
industriais e de minerao no Estado de Minas Gerais.
CONSELHO ESTADUAL DE POLTICA AMBIENTAL (Minas Gerais). Deliberao
Normativa n 124, de 09 de outubro de 2008. Complementa a Deliberao Normativa
COPAM N 87, de 06/09/2005, que dispe sobre critrios de classificao de barragens
de conteno de rejeitos, de resduos e de reservatrio de gua em empreendimentos
industriais e de minerao no Estado de Minas Gerais.
FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Inventrio Estadual de Barragens do
ano de 2014. Belo Horizonte: FEAM, 2014. 44 p.